Moratória no crédito da casa? Como funciona e quem pode aceder

Na resposta a cinco questões, fique a par do que a moratória do crédito pode dar às famílias. Nomeadamente, como funciona, quem a ela pode aceder e em que circunstâncias, bem como por quanto tempo.

O Governo aprovou em Conselho de Ministros, nesta quinta-feira, a criação de uma moratória que irá permitir o alívio dos encargos das famílias com o crédito da casa, bem como das empresas, neste período mais agudo da crise imposta pela pandemia do coronavírus. Contudo, nem todas as famílias nem todos os créditos da casa são abrangidos. Na resposta a cinco questões, fique a par do que esta moratória pode dar às famílias. Nomeadamente, como funciona a moratória, quem a ela pode aceder e em que circunstâncias, mas também por quanto tempo.

O que é a moratória?

A moratória aprovada em Conselho de Ministros nesta quinta-feira é um mecanismo que, no caso do crédito da casa, vai permitir a suspensão do pagamento das prestações mensais. Ou seja, possibilitando um alívio dos encargos das famílias penalizadas pelo impacto económico negativo da pandemia do Covid-19. Nesse período, ficam dispensadas tanto de proceder à amortização do capital em dívida, como ao pagamento dos juros do empréstimo. De salientar que esta moratória apenas se aplica a créditos de habitação própria permanente, como explicou o ministro de Estado e da Economia, Siza Vieira. Ou seja, exclusivamente para a primeira habitação.

Por quanto tempo?

O decreto-lei que vai reger a atribuição da moratória ainda não foi publicado, mas segundo avançou o Governo prevê que esta se aplique durante um prazo de seis meses, até 30 de setembro de 2020. Ou seja, dispensa o pagamento das prestações mensais entre abril e setembro.

Deixa de ser pago esse prazo?

A moratória não prevê que os titulares do crédito à habitação fiquem dispensados do pagamento do valor da dívida respeitante a esse prazo, apenas suspende o encargo nesse período. Ou seja, a amortização do capital e o pagamento dos juros é retomado findo o mês de setembro, sendo que o prazo final do crédito atualmente em vigor se estende por mais seis meses. Ou seja, um empréstimo que ficasse totalmente pago, por exemplo em dezembro de 2030, passa a findar seis meses depois, em junho de 2031.

Quem pode aceder e como?

Esta moratória não está disponível a todas as famílias, mas sim apenas para àquelas que sofram uma quebra inesperada de rendimentos neste período da pandemia do coronavírus. O ministro da Economia referiu-se a “pessoas que estejam em situação particularmente difícil”: situação de desemprego, em lay-off simplificado, que trabalhem em estabelecimentos que tenham fechado ou que estejam em isolamento profilático.

Os clientes que se encontrem dentro deste quadro poderão requerer a moratória às instituições bancárias onde tenham esses créditos. Siza Vieira esclareceu que esse pedido produz efeitos à data em que o cliente entrega a declaração no banco.

Qual a diferença face às propostas dos bancos?

Antes de o Governo ter anunciado os termos desta moratória, vários bancos já tinham avançado com a vontade de implementar as suas próprias moratórias. Mas o grosso das propostas da banca apenas prevê a carência de capital e não dos juros. Por outro lado, os bancos dispõem-se a disponibilizar moratórias também para o crédito ao consumo, e não apenas para habitação, como prevê o decreto de lei do Governo. Em termos de prazos, os bancos também vão mais longe, sobretudo no caso do crédito às empresas, prevendo alguns um prazo de carência de capital que é o dobro. Ou seja, 12 meses.

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EDP Brasil corta dividendos por causa do Covid-19. EDP vai ganhar menos

Alteração vai ser votada pelos acionistas a 31 de março, mas deverá será aprovada dado que o maior acionista é a EDP. Casa-mãe deverá receber 32,5 milhões de euros, contra 43,7 milhões no ano passado.

A EDP Brasil cortou para quase metade os dividendos que vai entregar aos acionistas devido ao coronavírus. A elétrica, que é detida pela portuguesa EDP, resolveu diminuir a remuneração acionista como medida de prevenção da capacidade financeira, devido à incerteza causada pela pandemia de Covid-19.

A administração da EDP Brasil comunicou ao supervisor do mercado brasileira uma nova proposta para deliberação em assembleia geral de acionistas. Propõe agora distribuir dividendos de 353,5 milhões de reais (equivalente a cerca de 63,6 milhões de euros) referentes a 2019, abaixo dos 604,8 milhões de reais (109 milhões de euros) propostos anteriormente.

“Tendo em vista o atual cenário de pandemia do Covid-19, e as incertezas quanto aos seus impactos para os negócios da EDP”, foi deliberada a alteração “visando a preservação da posição de caixa e manutenção da saúde financeira da companhia”.

O montante representa um payout de 27,8% dos lucros, face à anterior proposta de distribuição de 47,59% do resultado líquido. A administração da companhia esclarece que a alteração acima indicada não prejudicará o direito de recebimento dos dividendos mínimos obrigatórios previsto no seu estatuto social, de 25% do lucro líquido ajustado de cada exercício social”, sublinha.

A proposta será votada pelos acionistas na assembleia geral extraordinária que terá lugar a 31 de março, mas é quase certo que será aprovada dado que o maior acionista é a EDP (com 51% do capital).

Face à revisão em baixa, a casa-mãe deverá receber 180,3 milhões de reais (32,5 milhões de euros), após ter recebido 242,8 milhões de reais (43,7 milhões de euros) no ano passado. Contactada, não foi possível obter reação da EDP.

A decisão foi tomada no mesmo dia em que a assembleia geral de acionista da EDP Renováveis (também detida pela EDP) aprovou a distribuição de resultados no valor de 69,8 milhões de euros. O valor corresponde a um dividendo de oito cêntimos por ação e significa que não houve alterações face à proposta.

A própria EDP pode ainda rever a política de remuneração acionista, mas a administração elétrica tem mais tempo para mudar a proposta já que a assembleia geral está marcada apenas para 16 de abril. Para já, a empresa liderada por António Mexia prevê manter o valor do dividendo em 19 cêntimos por ação.

Dividendo vai descer face ao ano passado

Fonte: Relatório e Contas da EDP Brasil

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Like & Dislike: Onde pára a ministra do Trabalho?

Se isto é uma “guerra” como diz o Presidente, é caso para dizer que Ana Mendes Godinho desapareceu em combate. Siza Vieira transformou o Ministério do Trabalho numa direção-geral do seu ministério.

Dia sim, dia não, António Costa, Mariana Vieira da Silva ou Siza Vieira aparecem na televisão, seja no final dos conselhos de ministros, seja no final das reuniões de concertação social, a dar a cara pelas medidas do Governo de combate à crise.

A maior parte destas medidas são de áreas tuteladas pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Mas numa altura em que, como diz o Presidente da República, “o país está em guerra”, é caso para dizer que Ana Mendes Godinho desapareceu em combate.

Nesta altura, os empresários e os trabalhadores precisavam de um interlocutor que percebesse das regras do mercado laboral e que conseguisse falar a mesma língua e explicar o alcance e a operacionalização das medidas anticrise. O país precisava nesta altura de um Vieira da Silva que é, muito provavelmente, o português que mais percebe de temas relacionados com o Trabalho e a Segurança Social.

Por causa do familygate e da presença da filha nas reuniões do Conselho de Ministros, Vieira da Silva resolveu não continuar na pasta. António Costa escolheu para o substituir no seu segundo Governo, e de uma forma surpreendente, Ana Mendes Godinho.

Foi uma surpresa porque Ana Mendes Godinho fez toda a sua carreira ligada ao setor do turismo, e de Trabalho e Segurança Social apenas se lhe conhecia experiência como “diretora dos Serviços de Apoio à Atividade Inspetiva da Autoridade para as Condições do Trabalho”.

Rapidamente se percebeu que quem ia realmente mandar nesse grande ministério seria Siza Vieira. É Vieira, mas não é Vieira da Silva. Isto nota-se pelas trapalhadas, falta de informação e de clareza nas medidas aprovadas.

Esta ausência e falta de peso político de Ana Mendes Godinho notou-se todos os dias ao longo desta semana em que só no diploma do lay-off simplificado foram precisos quatro decretos e portarias para tentar chegar a um texto que fizesse um mínimo de sentido para os empresários. Mesmo tendo acesso ao lay-off, os empresários nem sequer sabem muito bem como processar os salários, pois ainda não perceberam se a parte dos 70% financiada pela Segurança Social é ou não sujeita a retenção de IRS.

Não é de hoje que Ana Mendes Godinho desapareceu em combate. Ficou, como era tradição, a presidir às reuniões da concertação social sempre que o primeiro-ministro não estivesse presente, mas Costa quis que tivesse sempre a sombra de Siza Vieira. Quando foram as reuniões da concertação social para discutir o Acordo de Rendimento e Competitividade, quem deu a cara não foi quem tutelava a pasta, mas sim Siza Vieira.

Ana Mendes Godinho aparecia ao lado, a fazer figura de corpo presente, sempre sorridente. Aliás, o sorriso constante é a imagem de marca desta ministra, mesmo quando fala de temas menos dados a sorrisos.

Nunca se percebeu se é um sorriso de nervosismo, de quem ainda não domina os dossiers, se é o sorriso de alguém confiante e de bem com a vida, ou simplesmente se é um sorriso para agradar a Siza Vieira que conseguiu transformar o ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social numa espécie direção-geral do ministério da Economia e da Transição Digital.

Nesta altura, em que o país está a enfrentar uma dupla crise — sanitária e económica — Ana Mendes Godinho deveria estar a fazer briefings diários, tal como fazem Graça Freitas e Marta Temido no campo da Saúde. Os empresários, angustiados, porque não sabem como vão pagar os salários do mês de março, precisam de quem lhes comunique com clareza, que lhes explique a que medidas podem recorrer para salvar os postos de trabalho e como o fazer.

Para terminar, deixo aqui uma carta que recebi ontem de manhã de um empresário a perguntar pelo paradeiro da ministra:

Gostei do seu artigo, mas como calcula, sem poder operar, conheço o tema de cima a baixo. O que se pergunta é onde a quem e quando nos devemos dirigir.

Como é do seu conhecimento nada está ainda preparado. Já passaram duas semanas (vamos a caminho da terceira) e tirando as linhas de crédito que já estavam activas, as empresas têm de aguardar que a burocracia do Estado coloque os impressos e as regras a funcionar… entretanto a tesouraria vai desaparecendo.

Quais são os decretos-lei, ou as leis, Portarias e restantes papeladas que regulam essa famosa ajuda? Quando é que os apoios chegam à “rua”?

Eu desconheço e o meu contabilista também. Os meus parceiros também não sabem. Onde na Segurança Social posso preencher o impresso para o novo lay-off?

O Like & Dislike é um espaço de opinião.

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Com recessão prevista pelo Banco de Portugal, PIB regressa a níveis anteriores à crise financeira

A recessão de 5,7% prevista pelo Banco de Portugal no cenário adverso retirará 11,5 mil milhões de euros ao Produto Interno Bruto (PIB) num só ano, levando-o para um nível inferior ao de 2007.

Foi apenas em 2018 que a economia portuguesa conseguiu recuperar (e superar) o nível de produção que registava antes da crise financeira de 2008. Mas essa conquista vai agora evaporar-se com o choque económico do coronavírus, segundo as mais recentes previsões do Banco de Portugal. A concretizar-se a recessão prevista no cenário adverso, será destruída a riqueza “acrescentada” durante os últimos dois anos e meio e o PIB ficará abaixo do nível de 2007.

A contração do PIB prevista pelo banco central no boletim económico de março é de 5,7% em 2020, no cenário adverso, o que corresponde a uma queda de 11,5 mil milhões de euros no PIB, que terminou 2019 nos 202,4 mil milhões de euros. A intensidade dessa recessão num só ano levaria o PIB para os 190,9 mil milhões de euros, o que, na prática, “apaga” o crescimento de 2019, de 2018 e de cerca de metade de 2017 (ver gráfico).

As contas, que são feitas com base nos dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram que o PIB voltaria para um nível inferior ao de 2007 ou 2008, período que antecedeu a anterior crise financeira. Recorde-se que uma contração do PIB de 5,7% será superior à registada no pior ano do ajustamento da troika: em 2012, o PIB encolheu 4%.

Ainda assim, no pior cenário perspetivado no boletim — o Banco de Portugal não exclui que possa ser ainda mais adverso — o PIB continuaria acima do nível de 2016 (186,5 mil milhões de euros) e, por isso, ainda relativamente longe dos valores de riqueza anual a que se chegou durante a crise anterior e que remontava ao início do século.

Os números mostram que Portugal arrisca interromper de novo o desenvolvimento económico após uma década “perdida”. Mas, ainda para mais neste caso, tal dependerá também da rapidez e intensidade da recuperação económica. A contração de três anos durante a troika demorou seis anos a ser recuperada.

Pouco depois de recuperar da troika, PIB volta a cair

Cálculos do ECO. Evolução do Produto Interno Bruto (PIB) com base no cenário base e no cenário adverso do Banco de Portugal do boletim económico de março e nos dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística até 2019.

Esta análise é feita com base nos dados do Produto Interno Bruto (PIB) em volume, isto é, descontando a variação dos preços. Ou seja, este dado permite perceber exatamente se a economia está ou não a produzir mais (quantidades transacionadas entre agentes económicos), independentemente da evolução da inflação.

Contudo, é de notar que no cenário base, onde o Banco de Portugal prevê uma recessão de 3,7%, a conclusão não é tão dura: o PIB perderia praticamente dois anos (2018 e 2019) de crescimento, mas ficaria acima do nível de 2007 e 2008, não se perdendo, portanto, a recuperação feita nos últimos anos. Neste caso, a perda de riqueza seria de 7,5 mil milhões de euros, terminando 2020 nos 194,9 mil milhões de euros.

A dimensão da queda da economia é importante não só porque mostrará até que ponto as empresas e os cidadãos foram afetados por esta crise pandémica, mas também terá grande influência na evolução da dívida pública, o indicador mais vigiado pelos investidores e pelas agências de rating. Com o valor do endividamento público (numerador) a aumentar dada a subida do défice orçamental e o PIB (denominador) a cair, o rácio da dívida pública poderá subir de forma significativa.

PIB recupera em 2022 no cenário base, mas precisará de mais tempo no cenário adverso

Tendo novamente por base as previsões do Banco de Portugal, agora para 2021 e 2022, é possível perceber em cada um dos cenários quando é que o PIB conseguirá recuperar da recessão de 2020.

No cenário base (-3,7%), o BdP prevê que o PIB recupere 0,7% em 2021 e 3,1% em 2022. A confirmarem-se todas estas previsões, o PIB voltaria em 2022 para o patamar em que terminou 2019.

Já no cenário adverso (-5,7%), o BdP prevê que o PIB recupere 1,4% e 3,4% em 2022. A concretizarem-se todas estas previsões, o PIB mesmo assim não conseguiria recuperar em dois anos a “pancada” de 2020, mas já estaria perto.

Recorde-se que o PIB representa o resultado final da atividade económica em Portugal durante um determinado período, não correspondendo à produção total mas sim “à noção de produção líquida ou de valor acrescentado”, como explica o INE.

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Siza Vieira não sabe quanto o Estado deve a fornecedores. Ordem para pagar já tem duas semanas

As medidas anunciadas pelo Executivo "são um ventilador para as empresas", diz o ministro da Economia. No âmbito do sistema de incentivos já foram pagos 60 milhões que estavam pendentes.

Há duas semanas que o Conselho de Ministros deliberou proceder à aceleração de todos os pagamentos das administrações públicas, mas o ministro de Estado e da Economia não faz ideia de qual o montante que o Estado deve aos fornecedores. Em entrevista na SIC Notícias, Pedro Siza Vieira revelou, contudo, que ao nível dos apoios às empresas, no âmbito do Portugal 2020, já foram pagos 24% dos montantes pendentes.

“No âmbito do Sistema de Incentivos temos cerca de 250 milhões de euros pendentes e já procedemos, sensivelmente, ao pagamento de 60 milhões de euros. E vamos continuar a acelerar”, anunciou Siza Vieira, admitindo que “está a ocorrer mais depressa nuns sítios do que noutros”. No entanto, não tem “a noção do montante de pagamentos pendentes, no resto da despesa do país”, apesar de a indicação do Executivo ser para proceder ao seu pagamento.

De acordo com o PSD, o Estado deve entre quatro e cinco mil milhões de euros de a fornecedores e pede que esse montante seja pago em 15 dias.

Garantindo que todos os dias se tenta meter na pele de centenas de milhares de empresários que existem em Portugal, “confrontados com uma incerteza muito grande”, dada a redução “muito brusca da atividade económica”, explica que o objetivo do Executivo é “tentar reduzir a incerteza e introduzir alguma confiança” seja nas empresas seja nas famílias.

Para Siza Vieira, o conjunto de medidas adotadas nos últimos dias, incluindo no Conselho de Ministros desta quinta, é “muito poderoso”. “As medidas que temos hoje é um ventilador para as empresas”, afirmou, dando como exemplos a moratória bancária ou o alargamento do regime de lay-off simplificado, “uma medida para premiar quem mantém o emprego”. Em causa está o facto de as empresas suportarem apenas 16% da sua folha salarial, já que os trabalhadores focam apenas com dois terços do seu rendimento e 70% desse montante é assegurado pela Segurança Social, e de no final receberem um prémio pela manutenção do posto de trabalho (635 euros).

“Nesta altura, a melhor maneira de um empresário se proteger da incerteza é mesmo manter, o mais possível, os postos de trabalho”, frisou Pedro Siza.

O ministro de Estado e da Economia defende a necessidade de evitar que se destrua tudo nestes tempos de pandemia o que tornaria muito mais difícil recuperar depois. “Por causa dois meses não se pode deitar fora o trabalho de uma vida”, lembrou o responsável.

Entre as medidas para “mitigar os danos” de um estado de emergência que “muito provavelmente vai ser renovado”, Siza Vieira recordou as linhas de crédito de três mil milhões de euros que têm como condicionante que as empresas “não procedam a despedimentos e durante o ano de 2020 não procedam a despedimentos por motivos económicos” (despedimentos coletivos ou extinção do postos de trabalho).

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Covid-19: Conselho Europeu dá duas semanas ao Eurogrupo para apresentar propostas

  • Lusa
  • 26 Março 2020

A reunião do Conselho Europeu terminou com os governantes a convidarem o Eurogrupo a apresentar propostas, dentro de duas semanas, para fazer face ao impacto do vírus.

Os chefes de Estado e de Governo da UE acordaram uma declaração na qual “convidam” o Eurogrupo a apresentar dentro de duas semanas propostas que tenham em conta os choques socioeconómicos sem precedentes causados pela pandemia de Covid-19.

Ao fim de cerca de seis horas de discussões, através de videoconferência, os líderes dos 27 adotaram uma declaração conjunta que, no capítulo dedicado a como “enfrentar as consequências socioeconómicas” da pandemia, convida o fórum de ministros das Finanças da zona euro, presidido por Mário Centeno, a apresentar propostas “dentro de duas semanas”, que “tenham em conta a natureza sem precedentes do choque de covid-19”, que afeta as economias de todos os Estados-membros.

“A nossa resposta será reforçada, se necessário, com mais ações de uma forma inclusiva, à luz dos desenvolvimentos, de modo a darmos uma resposta abrangente”, lê-se na declaração do Conselho Europeu.

Em relação ao esboço de declaração que antes circulava – e que segundo fontes diplomáticas o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, se recusou a assinar -, a alteração prende-se com o prazo dado ao Eurogrupo para avançar com propostas (agora no plural), quando a versão original solicitava aos ministros das Finanças que, em breve, aprofundassem “as especificações técnicas” da sua discussão na reunião de terça-feira.

Nessa reunião, os ministros das Finanças da zona euro privilegiaram como solução o recurso a uma linha de crédito com condicionalidades do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), solução que não agrada a um conjunto de países, entre os quais Itália, Portugal e Espanha, que, juntamente com outros países, reclamaram antes a emissão de dívida conjunta europeia (coronabonds).

Questionado sobre a carta que lhe foi dirigida pelos chefes de Estado e de Governo de nove Estados-membros nesse sentido, o presidente do Conselho Europeu garantiu que foram discutidas “todas as possibilidades” mas que essa discussão deve prosseguir, pois em várias questões os 27 estão em sintonia, “mas noutras” – sem precisar quais – “ainda é preciso trabalho”.

Coronavírus Dados Informativos

Última atualização: 2021-03-03 15:32:02

Fonte: DGS

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Caravela cresce 28% em 2019 e lucra 4,2 milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 26 Março 2020

Realizado um aumento de capital de 30 milhões de euros e com ano recorde em volume de prémios e em lucros, a seguradora afirma-se “consistente e forte” para enfrentar 2020.

A Caravela obteve um volume de negócios de 76 milhões de euros em 2019, resultado do crescimento dos prémios brutos emitidos em 28% face a 2018, ano em já havia aumentado 24% relativamente ao ano anterior.

O Resultado Líquido do Exercício foi de 4,2 milhões de euros, representando um crescimento de 37,7%, relativamente ao ano anterior. Ainda quanto a desempenho, o rácio combinado foi de 94,5%, uma melhoria face aos 96,3%, no período homólogo e a margem de solvência está em 202,1%.

Luís Cervantes, presidente da Caravela: “Os resultados obtidos, bem como o reforço de capital realizado em 2019, permitem à Caravela enfrentar os tempos difíceis que se avizinham com mais segurança”.

Luís Cervantes, presidente da Caravela, sublinha: “Os resultados obtidos, bem como o reforço de capital realizado em 2019, permitem à Caravela enfrentar os tempos difíceis que se avizinham com mais segurança”, acrescentando que “a nossa viagem tem sido desafiante e gratificante, mas caracterizada pela consistência e forte proximidade ao mercado, fator que será determinante num cenário de recessão económica que se aproxima”, conclui.

Em 2019 a Caravela realizou um aumento de capital de 30 milhões de euros com a entrada da TPIF Douro Bidco, empresa que integra o Private Equity Tosca Fund, passando esta a deter 48% da seguradora. No passado dia 10 de março a ASF confirmou o registo do conselho de administração que já inclui representantes da TPIF Douro e que é composta, para além do presidente Luís Cervantes, pelo vice-presidente David Angulo Rubio e pelos vogais José Paulo de Castro Trigo, Gonçalo Ramos e Costa, Fabrizio Cesario, Georgios Koulouris e António Nestor Ribeiro.

Ainda durante o ano passado a companhia lançou o Caravela Ciber e o Caravela Renting, produtos com um processo 100% digital, dentro da aposta da empresa na inovação. “Em 2019, não só assistimos a um aceleramento do crescimento, mas também à conclusão do nosso Projeto Digital 2020, um projeto que nos coloca numa rota de inovação e diferenciação no mercado Segurador em Portugal” refere Luís Cervantes.

No âmbito do crescimento orgânico, a Caravela iniciou a exploração do segmento de empresas que veio complementar a oferta apresentada ao mercado no segmento de retalho.

A Caravela, que resultou da compra da francesa Macif por capitais portugueses em 2014, ocupa o 19º lugar no ranking das maiores seguradoras ou grupos seguradores de Portugal e está focada em ramos Não Vida para clientes particulares e pequenas e médias empresas. Tem uma distribuição através de mediadores de Seguros habilitados a representar a companhia e está disponível para gestão de seguros e de sinistros, 24 horas por dia, 7 dias por semana através dos seus canais digitais e telefónicos.

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BCP cancela dividendos e paga 5,3 milhões aos trabalhadores

Banco liderado por Miguel Maya ia pagar um dividendo "conservador" mas cancelou a remuneração acionista devido ao impacto do coronavírus. Vai compensar trabalhadores com 5,3 milhões de euros.

Tal como o ECO avançou em primeira mão, o BCP decidiu cancelar a remuneração aos acionistas, justificando a decisão com a recente crise provocada pelo surto do coronavírus no país. Apesar disto, o banco anunciou que vai compensar os trabalhadores com 5,3 milhões de euros pelos cortes salariais entre 2014 e 2017.

“Face aos potenciais impactos e à incerteza associada à situação de pandemia, e ainda que o banco integre o grupo de instituições financeiras sem limitações regulatórias específicas em matéria de distribuição de dividendos, o conselho de administração entendeu propor à assembleia geral anual a retenção dos resultados relativos ao exercício de 2019“, informou o banco em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Tal proposta visa garantir que o banco esteja mais preparado para fazer face ao presente contexto de incerteza, tendo o conselho de administração reiterado a determinação de,
uma vez ultrapassada a crise e na medida em que o banco e a economia nacional iniciem a sua recuperação, retomar a política de dividendos aprovada“, acrescenta o banco.

Desde modo, dos resultados retidos, a administração do banco vai propor que 14,9 milhões de euros sejam transferidos para reserva legal do banco, enquanto um mínimo 120 milhões sejam resultados transitados.

Em fevereiro, quando apresentou lucros de 302 milhões de euros relativos ao exercício de 2019, Miguel Maya revelou que a proposta de dividendo iria ser “muito conversadora” e de “prudência” face ao ambiente de incerteza que reinava na altura. Esse cenário agravou-se nas últimas semanas, com a pandemia do Covid-19 a fechar países e a colocar um travão sério na economia mundial, incluindo a portuguesa.

Trabalhadores com compensação de 5,3 milhões

Ainda que tenha cancelado a remuneração aos acionistas, o banco decidiu manter a compensação aos trabalhadores que entre junho de 2014 e junho de 2017, aceitaram uma redução temporária dos salários com o objetivo de viabilizar o processo de recuperação do banco.

Nesse sentido, vai pagar até 1.000 euros aos trabalhadores que não foram já integralmente compensados com os resultados distribuídos em 2019. O banco tem 5,28 milhões de euros para dar aos quadros.

As propostas vão ser colocadas à consideração dos acionistas na assembleia geral marcada para o dia 20 de maio.

(Notícia atualizada às 21h39)

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Lisboetas e portuenses são os que mais confiam na atuação do Governo

Segundo o barómetro da Marktest, mais de 89% dos residentes de Lisboa e Porto atribuem nota positiva à atuação do Executivo para gerir a pandemia, mas a avaliação é igualmente boa a nível nacional.

Quase nove em cada dez lisboetas os portuenses dão nota positiva à atuação do Governo na resposta à pandemia do novo coronavírus, segundo o Barómetro da Marktest, que conclui que, em termos globais, os portugueses confiam na atuação do Executivo liderado por António Costa.

Segundo a sondagem, “mais de 89% dos residentes de Lisboa e Porto” atribuem nota positiva à atuação do Executivo liderado por António Costa durante este período. “Apesar de uma certa homogeneidade dos resultados”, já que o Governo tem um “Índice Global de 72 pontos (numa escala de 0 a 100)”, os jovens, entre os 18 e os 34 anos, são os mais críticos relativamente à atuação do Governo, ao atribuírem 64 pontos, ou seja oito pontos abaixo da média nacional, revela o estudo.

Quanto ao Índice de Confiança na atuação do Governo o valor é igualmente alto, com a média nacional a situar-se nos 71 pontos, ou seja, sete em dez dos portugueses inquiridos avaliam positivamente a atuação do Executivo e sentem igualmente confiança nas suas decisões. “É junto dos residentes nas regiões da Grande Lisboa, Interior Norte, ambas com 73 pontos e do Sul (75 pontos), que se registam os índices de confiança elevados”, aponta a Marktest.

Entre os vários ministérios, o da Saúde e da Administração Interna alcançam valores igualmente positivos, ambos com 68 pontos.

Relativamente à transparência do Executivo, nomeadamente ao nível das informações veiculadas sobre a situação atual, o índice alcança um valor de 69 pontos.

Quase sete em cada dez portugueses têm medo de ter Covid-19

Apesar de estas avaliações serem positivas, não afastam, contudo, o receio dos portugueses relativamente ao perigo do novo coronavírus. Quase sete em dez portugueses (66%) têm receio de virem a ser contaminados, sendo que este medo é mais expressivo nas mulheres (73%) do que nos homens (69%).

Em termos regionais, é a região da Grande Lisboa, que manifesta maior receio de contaminação, 76%, face aos 66% a nacional.

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Covid-19: Cinquenta e quatro pessoas detidas por crime de desobediência

  • Lusa
  • 26 Março 2020

Segundo o balanço realizado pela Administração Interna, cinquenta e quatro pessoas foram detidas, até às 18h00 desta quinta-feira, por crime de desobediência.

Cinquenta e quatro pessoas foram detidas, até às 18h00 desta quinta-feira, por crime de desobediência, anunciou o Governo num balanço atualizado sobre o incumprimento do estado de emergência devido à pandemia da covid-19.

As pessoas foram detidas, nomeadamente, por violação da obrigação de confinamento obrigatório e por “outras situações de desobediência ou resistência”, refere o Ministério da Administração Interna, numa nota à comunicação social, acrescentando que foram encerrados 1031 estabelecimentos por “incumprimento das normas estabelecidas”.

As medidas que concretizam o estado de emergência em Portugal entraram em vigor no domingo, sendo fiscalizadas pela PSP e GNR.

A lista de medidas inclui o confinamento obrigatório, em hospitais ou em casa, dos doentes com covid-19 e das pessoas em vigilância ativa e o encerramento de estabelecimentos comerciais que não vendam bens essenciais, como alimentação ou medicamentos.

O Ministério da Administração Interna “reitera o apelo a todos os cidadãos para o escrupuloso cumprimento das medidas impostas pelo estado de emergência, contribuindo assim para conter a propagação da pandemia”.

O estado de emergência, decretado pelo Presidente da República, vigora até 02 de abril.

Portugal regista 60 mortes e 3.544 infeções, segundo o balanço feito esta quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde. Das pessoas infetadas, 191 estão internadas, 61 das quais em unidades de cuidados intensivos hospitalares, havendo 43 doentes que já recuperaram desde que a covid-19 foi confirmada no país, em 02 de março.

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Lloyd’s volta aos lucros e diz-se pronta a ajudar parceiros

  • ECO Seguros
  • 26 Março 2020

Maior rigor nas subscrições e bons investimentos fizeram o mais antigo mercado de seguros regressar a resultados positivos em 2019. A tempo de ajudar parceiros e clientes a enfrentar o Covid-19.

O Lloyd’s of London, gigante segurador mundial, voltou aos lucros em 2019, reportando 2,5 mil milhões de libras de resultados positivos depois de perdas de mil milhões em 2018 e dois mil milhões um ano antes.

A inversão de resultados deu-se, segundo o Lloyd’s, através de corte de custos na compra de seguros, obtido principalmente por um maior rigor nas subscrições de riscos e por um sólido retorno dos investimentos nos mercados de capitais.

O Mercado, como é conhecido, apresentou ainda uma Margem de Solvência de todos os seus parceiros de 205%, apesar da instabilidade dos mercados financeiros nas últimas semanas.

Com este resultado o Lloyd’s afirma que está em condições de ajudar os seus parceiros e clientes nas consequências provocadas pela crise Covid-19.

Embora nenhuma informação tenha sido revelada, a imprensa britânica revela que todos os membros do Lloyd’s têm sido inquiridos pela administração sobre os impactos financeiros estimados por danos provocados pela pandemia.

Como primeira conclusão comenta que as catástrofes naturais, responsáveis pelos grandes prejuízos dos anos anteriores, foram agora substituídas pelo cancelamento de grandes eventos, por exemplo o adiamento dos Jogos Olímpicos 2020, como causa de preocupação para seguradoras do Lloyd’s, nomeadamente para a Beazley e para a Hiscox.

Reforçado pelos resultados, Bruce Carnegie-Brown, chairman do Lloyd’s afirma: “mais que nunca, os nossos clientes precisam que os apoiemos nos próximos desafiantes tempos”.

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Wall Street dispara 6% à boleia do pacote de estímulos

Índice Dow Jones valoriza mais de 20% desde que tocou mínimos no dia 23 de março e está em "bull market". Plano de estímulos de dois biliões dá força a Wall Street.

Wall Sreet encerrou esta quinta-feira em alta, com os principais índices americanos a registarem ganhos de mais de 5%, à boleia do pacote de estímulos no valor de dois biliões de dólares para reanimar a maior economia do mundo.

O índice de referência mundial, o S&P 500, valorizou 6,24% para 2.630,07 pontos. Também o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq somaram 6,4% e 5,6%, respetivamente.

No caso do Dow Jones, já valoriza mais de 20% desde que tocou o ponto mais baixo nos últimos seis meses a 23 de março, o que coloca o índice numa situação de “bull market”.

Houve uma notícia na frente económica que marcou o dia pela negativa, mas que não abalou o otimismo dos investidores com o plano de estímulos aprovado no dia anterior pelo Senado americano — o aumento do número de pedidos de subsídio de desemprego na última semana. Esta evolução já reflete o travão na economia provocado pelo surto do Covid-19. Foram solicitados 3,28 milhões subsídios de desemprego na semana terminada a 21 de março, um número recorde, de acordo com os dados avançados pelo Departamento do Trabalho.

“Em menos de duas semanas mudámos de uma situação de pleno emprego para uma situação de destruição de postos de trabalho que nunca tivemos num período de paz”, referiu Christopher Dembik, analista do Saxo Bank, citado pela Reuters.

Esta quinta-feira, o presidente da Reserva Federal americana, Jerome Powell, adiantou que a maior economia do mundo está já em recessão, acrescentando que a reabertura da atividade só deve acontecer depois de o surto do novo coronavírus estar controlado.

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