Pela primeira vez, Merkel admite emissão de dívida comum na Zona Euro

  • ECO
  • 17 Março 2020

Pela primeira vez, a chanceler alemão demonstrou abertura para que seja emitida dívida pública europeia. Posição surge em plena pandemia, com a economia dos vários países da região em forte travagem.

Há muitos anos que alguns países europeus pedem para que se avance com a mutualização da dívida dos países europeus, mas essa ideia nunca foi vista com bons olhos por parte de alguns governos. A Alemanha sempre se mostrou contra, mas agora sinaliza alguma abertura. Com a Europa a encaminhar-se para uma recessão, fruto do coronavírus, Angela Merkel não diz que sim, mas também não rejeita a possibilidade.

As Eurobonds voltaram a estar em cima da mesa na reunião do Conselho Europeu extraordinário, realizado por videoconferência. E foi levantada, segundo a Bloomberg, por Giuseppe Conte, primeiro-ministro daquele que está a ser o país mais fustigado pela pandemia do Covid-19, vírus que surgiu na China no final do ano passado. O chefe do governo italiano não ficou sem resposta. Aos jornalistas, Merkel mostrou abertura.

Angela Merkel afirmou que perante o pedido de Conte, solicitou ao seu ministro das Finanças para analisar a situação para que a Alemanha possa fazer parte desta potencial operação de emissão de dívida de vários países do euro. E remeteu o tema para a “reunião dos ministros das finanças”, ou seja, o Eurogrupo.

É a primeira vez que a chanceler admite esta dívida comum, que implicaria custos de financiamento mais baixos para muitos países do euro. É que havendo dívida alemã, mas também francesa, neste “bolo” — as duas maiores potências da região –, o apetite por estes títulos seria elevado num contexto de juros em mínimos históricos, fazendo baixar as taxas exigidas pelos investidores nos mercados internacionais.

A abertura da Alemanha surge numa altura em que vários países do euro, como Itália, Espanha e Portugal, veem os juros da sua dívida agravar-se nos mercados. Sendo países com elevados níveis de endividamento, a perspetiva de um forte impacto do vírus nas suas economias faz aumentar a desconfiança dos investidores, levando-os a exigirem taxas mais elevadas para os financiarem. A taxa de Portugal a 10 anos está já acima de 1%.

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Governo avança com requisição civil no Porto de Lisboa

Incumprimento dos serviços mínimos por parte dos estivadores em greve do Porto de Lisboa e "atual quadro de contingência decorrente do surto Covid-19" justifica a requisição civil.

O Governo português avançou para a requisição civil do Porto de Lisboa no seguimento incumprimento dos serviços mínimos por parte dos estivadores em greve daquele porto e face ao “atual quadro de contingência decorrente do surto COVID-19”, deu conta o gabinete do ministro das Infraestruturas em comunicado. A requisição civil tem efeitos imediatos.

“Constatou-se que o sindicato que declarou a greve e os trabalhadores por ela abrangidos não asseguraram os serviços mínimos fixados, pondo em risco o abastecimento das regiões autónomas dos Açores e da Madeira e da região de Lisboa”, concretiza o gabinete do ministro Pedro Nuno Santos, referindo-se à greve dos estivadores que decorre no Porto de Lisboa.

Neste sentido, e “perante o incumprimento da obrigação de prestação de serviços mínimos“, é explicado que “decidiu o Conselho de Ministros determinar a requisição civil, de forma proporcional e na medida do necessário para assegurar a satisfação de necessidades sociais impreteríveis e o funcionamento de setores vitais da economia nacional, em particular das regiões autónomas dos Açores e da Madeira”.

É dito também que “o caráter excecional da requisição civil fica ainda a dever-se ao atual quadro de contingência decorrente do surto Covid-19”, que já infetou mais de quatro centenas de portugueses.

Segundo o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, a requisição civil tem “efeito imediato”, incidindo sobre “os trabalhadores portuários aderentes à greve nas empresas em que se encontra comprovado o incumprimento dos serviços mínimos”.

“O não cumprimento dos serviços mínimos e a necessidade de assegurar o abastecimento das nossas populações obriga-nos a recorrer a este instrumento legal limite”, conclui Pedro Nuno Santos.

A greve dos estivadores do Porto de Lisboa a 100% decorre desde o dia 9 de março, tendo surgido na sequência do impasse nas negociações com a A-ETPL e da decisão da direção daquela empresa de pedir a insolvência, deixando sob ameaça de desemprego cerca de 140 estivadores.

(Notícia atualizada às 21h44)

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Boris Johnson criticado por ‘facilitar’ vida às seguradoras

  • ECO Seguros
  • 17 Março 2020

A cobertura padrão contratada por empresas britânicas para risco de interrupção de negócios não inclui fecho por decreto do governo. Poucas têm seguro com esta extensão adicional e PM é criticado.

A grande maioria das empresas na Grã-Bretanha não dispõe de uma cobertura de seguros para encerramentos por causa de epidemias como a Covid-19. “Independentemente de o governo ordenar ou não o fecho de determinados negócios, a grande maioria das empresas contrata apólices de seguro que não lhes permite reclamar junto da seguradora uma compensação pelo fecho do negócio devido ao coronavírus, explica uma nota da Associação de Seguradoras Britânicas (ABI na sigla original), citada na imprensa local.

De acordo com o jornal The Guardian, que também aborda o assunto, um universo de apenas 2% das empresas terão contratado cláusulas adicionais que cobrem risco de interrupção de negócio por doenças infecciosas.

O primeiro-ministro (PM) britânico recomendou na segunda-feira que as pessoas evitem restaurantes, bares e clubes, e que trabalhem a partir de casa sempre que possível. Neste contexto, o governo de Boris Johnson deixou de pedir às empresas para fecharem as portas.

Agora, por causa da aparente mudança de discurso do primeiro-ministro do Reino Unido, chovem críticas nos media e nas redes sociais, acusando Johnson de estar a fazer a sua parte (a favor do setor segurador) depois de ter recebido 25,5 mil libras esterlinas da associação de corretores de seguros (BIBA) para falar na conferência anual da organização, em maio de 2019.

“Uma pequena minoria de empresas, tipicamente maiores, pode ter adquirido uma extensão da sua cobertura para encerramento forçado devido a qualquer doença infecciosa”, considera ainda a ABI. “Neste caso, um encerramento de atividade decretado pelas autoridades (figura que encaixa no conceito segurador de interrupção de negócio por força maior) poderia ajudá-las a participar um sinistro, mas isso dependerá ainda da natureza precisa da cobertura que compraram, portanto devem verificar com sua seguradora ou corretor para ver se estão cobertas”.

Um dos setores mais atingidos pela progressão do surto pandémico em Londres, por exemplo, é o da restauração e alojamentos.

Mark Jones, CEO da Carluccio´s – uma rede de restaurantes de cozinha italiana com mais de 70 estabelecimentos no Reino Unido e na Irlanda -, disse à Radio 4 (da cadeia BBC), que o grupo de restauração está a poucos dias de encerramentos em grande escala.

Por seu lado, a Compass – que opera um catering de referência responsável pelo fornecimento de refeições a muitas escolas, escritórios e clubes de futebol britânicos – já anunciou a suspensão de atividades em vários países europeus e no mercado norte-americano, assumindo ter sido severamente atingida pela crise do novo coronavírus.

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Pacote de estímulos puxa por Wall Street. S&P 500 soma 6%

Principais índices bolsistas norte-americanos encerraram com ganhos entre 5% e 6%, com os investidores a receberem com agrado o pacote de estímulos à economia.

Após uma segunda-feira negra, em que as bolsas norte-americanas afundaram 10%, esta terça-feira foi dia de respirar de alívio em Wall Street. Os principais índices bolsistas norte-americanos encerraram com ganhos entre 5% e 6%, com os investidores a receberem com agrado o pacote de estímulos à economia por parte da Administração Trump e com a ajuda da Fed.

O S&P 500 valorizou 5,99%, para os 2.528,96 pontos, em linha com os ganhos de 6,23%, para os 7.334,78 pontos, do Nasdaq. Já o Dow Jones somou 5,9%, para 21.237,01 pontos.

Recuperação das ações norte-americanas acontece depois de, nesta terça-feira, a administração Trump ter avançado um pacote de estímulo de 850 mil milhões de dólares para ajudar a sustentar uma economia atingida por medos de coronavírus, tendo o presidente norte-americano ainda revelado a intenção de dar cheques acima de mil dólares a cada americano.

Esta terça-feira, também a Fed anunciou mais medidas para apoiar a economia e assegurar que os bancos vão continuar a financiar as empresas e famílias. A entidade liderada por Jerome Powell propõe-se a adquirir papel comercial, à semelhança do que fez na crise financeira de 2008.

“Os mercados de papel comercial financiam diretamente um conjunto alargado de atividades económicas, concedendo crédito e financiamento a empréstimos para a compra de automóvel ou habitação, bem como liquidez para satisfazer as necessidades operacionais de muitas empresas”, justificou a Fed num comunicado.

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Covid-19: CP suprime 350 ligações diárias a partir de quarta-feira

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Passam a ser feitas 1.050 ligações, com a CP a adequar a oferta de viagens à procura, que recuou cerca de 60% devido à evolução da pandemia do Covid-19.

A CP – Comboios de Portugal reduz, a partir de quarta-feira, em 350 as ligações diárias, para 1.050, adequando assim a oferta de viagens à procura, que recuou cerca de 60% devido à evolução da pandemia do Covid-19.

Numa comunicação divulgada hoje, a CP adianta que “para dar resposta às reais necessidades de mobilidade das populações”, decidiu proceder “ao ajustamento da sua oferta, aplicando o Cenário II do seu Plano de Contingência”, o que resulta numa redução de cerca de 25% do número de ligações diárias.

A CP efetua cerca de 1.400 ligações ferroviárias em dia útil, sendo que a partir desta quarta-feira, dia 18 de março, este número será reduzido para cerca de 1.050 ligações diárias, mantendo-se 75% da oferta regular de comboios da CP.

A empresa assinala que este plano permite continuar a assegurar a mobilidade dos cidadãos pela via ferroviária e que a redução foi decidida num contexto em que se registou uma quebra global da procura de viagens na ordem dos 60%.

A informação sobre as ligações ferroviárias é atualizada no final do dia de hoje e poderá ser consultada em www.cp.pt.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

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Covid-19: Agências de viagens e operadores querem dar vouchers em vez de reembolsos

  • ECO Seguros
  • 17 Março 2020

Agentes de viagens e operadores turísticos europeus falam de saídas exorbitantes de liquidez ligadas a cancelamentos e querem atuar com critério mais flexível.

A Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA), que integra a portuguesa APAVT (Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo), pediu a Bruxelas “que continue a dar um forte sinal à indústria europeia de viagens”.

No contexto da atual crise por pandemia da Covid-19, a organização pede à Comissão Europeia uma “aplicação flexível das regras de reembolso” por causa dos cancelamentos no setor, noticia a agência Lusa citando um comunicado da ECTAA.

Segundo o presidente da confederação, Pawel Niewiadomski, citado no comunicado “os governos e a indústria estão a trabalhar em conjunto para encontrar soluções práticas tanto para os clientes como para as empresas de viagens, como fornecer aos clientes um ‘voucher’ para viajar após a crise em vez de reembolsos”.

Segundo o mesmo responsável, é preciso “que a Comissão Europeia conceda esta flexibilidade excecional na aplicação da Diretiva 2015/2302 sobre viagens organizadas e acordos de viagem ligados”, defendendo que “é do interesse de todos”, incluindo clientes, empresas de viagens, fornecedores e governos”.

Pawel Niewiadomski acrescentou que “os clientes não têm nada a ganhar, se as empresas de viagens estiverem falidas e não houver dinheiro para reembolsar”.

A organização pede ainda à Comissão que convide “os Estados-membros a utilizarem as possibilidades previstas” na legislação europeia “com urgência, para apoiar financeiramente os operadores turísticos, os agentes de viagens, bem como toda a cadeia de valor das viagens (transportes, serviços de alojamento e outros prestadores de serviço)”.

Segundo a entidade, “o cancelamento de viagens está atualmente a causar uma saída exorbitante de liquidez, o que pode levar à insolvência de milhares de empresas de viagens” em breve.

A Comissão Europeia garantiu “flexibilidade”, no âmbito das regras sobre ajudas estatais na União Europeia (UE), aos auxílios que os Estados-membros queiram dar ao setor da aviação, admitindo compensações às companhias aéreas afetadas pelo surto de Covid-19.

“Se queremos evitar o ‘layoff’ [suspensão temporária dos contratos de trabalho por iniciativa das empresas] permanente e os danos no setor da aviação europeu, é necessária uma ação urgente. A Comissão está pronta para trabalhar imediatamente com os Estados-membros para encontrar soluções viáveis que preservem esta parte importante da nossa economia, utilizando toda a flexibilidade prevista nas regras em matéria de auxílios estatais”, vincou em comunicado a vice-presidente executiva da Comissão Europeia Margrethe Vestager.

Também nesta terça-feira, Bruxelas propôs restringir, por 30 dias, as viagens não essenciais para a União Europeia, para tentar conter a propagação do novo coronavírus e evitar pressionar mais os sistemas de saúde no espaço comunitário.

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Apólice de seguro deixa maior rede britânica de pubs à mercê de Covid-19

  • ECO Seguros
  • 17 Março 2020

O Ei Group detém a maior rede de pubs no Reino Unido, reunindo mais de quatro mil estabelecimentos do setor, na maioria operados em regime de leasing por pequenos empresários.

O Ei Group, anteriormente conhecido como Enterprise Inns Plc e atualmente detido pela Stonegate, avisou os operadores dos bares de cerveja típicos das comunidades britânicas (pubs) de que o seguro associado aos contratos de leasing dos seus estabelecimentos não cobre perdas decorrentes de interrupção de negócio por causa do novo coronavírus (Covid-19).

De acordo com o jornal The Guardian, uma carta endereçada pela Ei aos gerentes da rede de pubs é taxativa: a apólice que a companhia contratou com a seguradora Zurich “não inclui o Covid-19” entre as doenças consideradas como notificáveis. Por isso, “qualquer estabelecimento afetado” pelo novo coronavírus “não poderá reclamar reembolso por perda de negócio”.

Descartando assim as hipóteses destes estabelecimentos poderem aceder a quaisquer compensações de seguro por descontinuação de negócio que resulte da propagação da pandemia, o Ei Group aconselha a comunidade de franchisados a procurarem outra forma de cobrir os riscos.

Através de uma operação de aquisição anunciada em agosto de 2019, por cerca de 1,27 mil milhões de libras (cerca de 1 400 milhões de euros), a Stonegate Pub Company tomou o controlo do Ei Group, emergindo como a maior operadora de pubs em Inglaterra e País de Gales, respondendo por uma rede de aproximadamente cinco mil estabelecimentos desta natureza.

Citado no site britânico The Morning Advertiser, Nick Griffin, dirigente da associação de operadores de pubs (Licensees Association), salientou que o setor vive uma falsa sensação de segurança, reforçada ainda pela mensagem de tranquilidade que as autoridades do Reino Unido tentam passar de que todos estão cobertos.

“Há muitos trabalhadores por conta própria no setor dos pubs que arriscam um pesadelo absoluto porque não vão poder pagar aos empregados”, notou Griffin.

Para dar resposta ao vazio que deixa milhares de empresários entregues à sorte, a associação disponibilizou o acesso a uma apólice de seguro cobrindo até 50 mil libras esterlinas para bares (cerca de 55,1 mil euros), e duas outras separadas com coberturas de até 150 mil e 250 mil libras disponíveis para estabelecimentos hoteleiros, sendo que o valor varia consoante a localização, refere a publicação.

Dado o risco de saúde pública, a associação abriu o acesso a estas apólices a empresários não-membros da organização.

Na República da Irlanda, o governo já ordenou o encerramento de todos os pubs na cidade de Dublin e arredores, por um período de duas semanas, por forma a conter a propagação da doença Covid-19.

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Voos extracomunitários suspensos em Portugal desde a meia-noite

A União Europeia decidiu limitar os voos extracomunitários, havendo especificidades definidas por cada país. Portugal suspendeu as ligações à meia-noite desta quarta-feira.

A União Europeia decidiu limitar os voos extracomunitários por causa do coronavírus, havendo especificidades definidas por cada país. Portugal suspendeu as ligações de e para fora do espaço europeu à meia-noite desta quarta-feira, mas António Costa deixa a “porta aberta” para voos de alguns destinos onde existe uma forte presença da comunidade portuguesa.

Depois de um Conselho Europeu Extraordinário, que decorreu por videoconferência, o primeiro-ministro anunciou que ficou decidido que a UE vai suspender as ligações internacionais por um período de 30 dias. Costa revelou que cada país poderá ajustar esta suspensão. No caso português, a limitação entrou em vigor à meia-noite desta quarta-feira.

O primeiro-ministro esclareceu, depois, as especificidades da suspensão definida por Portugal. De fora desta restrição ficam “países extracomunitários onde existe uma forte presença de portugueses: Canadá, EUA, Venezuela e África do Sul”, disse Costa.

Além disso, “manteremos ligação aérea com os PALOP”, embora países como Angola tenham anunciado que cancelaram os voos com Portugal. Ainda no caso dos PALOP, mas no que diz respeito ao Brasil, serão apenas feitas ligações com Rio de Janeiro e São Paulo, revelou Costa, numa conferência de imprensa transmitida pela SIC Notícias.

Fronteiras na UE “abertas”

António Costa disse que ao nível das fronteiras internas o que ficou definido foi a manutenção da “liberdade de circulação”, sendo de evitar eventuais encerramentos de forma unilateral. Portugal fechou a fronteira com Espanha, mas no âmbito de um acordo bilateral, de forma a tentar conter a pandemia.

Charles Michel limitou-se a afirmar que no que toca às fronteiras internas ficou definida apenas a necessidade de “assegurar a passagem de medicamentos, alimentos e bens”. O presidente do Conselho Europeu salientou que há que garantir que os cidadãos europeus “devem poder regressar aos seus países” e que são encontradas “soluções para trabalhadores transfronteiriços”.

(Notícia atualizada a 18 de março com entrada em vigor das medidas)

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Os números de uma pandemia no mundo. 7.813 mortes e 190 mil infetados

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Desde a contagem realizada na segunda-feira às 17h00, ocorreram até à mesma hora desta terça-feira 806 novas mortes e 14.159 novos casos foram registados em todo o mundo.

O novo coronavírus matou pelo menos 7.813 pessoas em todo o mundo desde seu surgimento em dezembro passado, segundo um relatório compilado esta terça-feira, até às 17h00, pela agência noticiosa AFP através de fontes oficiais. De acordo com os dados, mais de 189.680 casos de infeção foram comunicados em 146 países e territórios desde o início da epidemia.

No entanto, alerta a AFP, esse número de casos diagnosticados reflete apenas imperfeitamente a realidade, com um grande número de países a testarem agora apenas as situações que requerem atendimento hospitalar.

Desde a contagem realizada na segunda-feira às 17h00, ocorreram até à mesma hora desta terça-feira 806 novas mortes e 14.159 novos casos foram registados em todo o mundo.

Os países com mais mortes nas últimas 24 horas foram a Itália, com 345 novos óbitos, seguida pela Espanha (mais 182) e pelo Irão (mais 135).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de dezembro, totalizou até agora 80.881 casos, incluindo 3.226 mortes e 68.869 recuperações. Foram anunciados 21 novos casos e 13 novas mortes entre segunda-feira e terça-feira.

Em outras partes do mundo, às 17h00 havia um total de 4.587 mortes (793 novas) para 108.805 casos de infeções (14.138 novos).

Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 988 mortes (16.169 casos), a Espanha, com 491 mortes (11.178 casos) e a França com 148 mortes (6.633 casos).

Desde segunda-feira às 17:00, Malásia, Brasil e República Dominicana anunciaram as primeiras mortes relacionadas a vírus e o Benim anunciou o diagnóstico dos primeiros casos.

Esta avaliação foi realizada usando dados recolhidos pelos escritórios da Agence France-Presse AFP) das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

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TAP emite voucher para cancelamentos de viagens com início até 31 de maio

  • Lusa
  • 17 Março 2020

A TAP vai reembolsar, com a emissão de um voucher, os clientes que queiram cancelar viagens com início até 31 de maio. Voucher é não reembolsável e tem validade de um ano.

A TAP vai reembolsar, com a emissão de um voucher, os clientes que queiram cancelar viagens com início até 31 de maio, adiantou esta terça-feira a companhia aérea em comunicado.

“Os clientes da TAP que pretendem cancelar as suas reservas para viagens com início até 31 de maio podem fazê-lo de forma automática online em https://myb.flytap.com/. A TAP converte integralmente o valor gasto na aquisição do bilhete num voucher não reembolsável com validade de um ano, para utilização num voo futuro à escolha”, refere a transportadora.

Em alternativa, a TAP permite aos clientes “alterar as suas reservas para viagens com data de início até 31 de maio, remarcando a nova viagem para qualquer destino e para uma data até 31 de dezembro de 2020”, informa a empresa.

A transportadora lamenta ainda os “grandes tempos de espera” no atendimento, devido ao elevado número de contactos, e recomenda a escolha de ferramentas ‘online’, como https://myb.flytap.com/.

“Desta forma, a TAP volta a simplificar a resolução de situações relacionadas com as reservas dos clientes”, numa estratégia “adaptada aos impactos da evolução do surto do coronavírus e às necessidades dos clientes”, de acordo com a mesma nota.

A transportadora informa também que, tendo em conta que “cada vez mais as restrições de tráfego aéreo impostas pelas autoridades nacionais e internacionais” e que há um número crescente de desistências, “nos casos em que não seja possível reencaminhar o cliente num voo até ao seu destino, a TAP pode emitir um voucher no valor total da aquisição do bilhete, com validade de um ano, para utilização num voo futuro à escolha”.

Este voucher “deve ser pedido no site www.flytap.com e será emitido de forma automática”, de acordo com a mesma nota.

A TAP recorda ainda que atualiza a informação relativa ao impacto do surto de coronavírus na sua operação em https://www.flytap.com/pt-pt/ultimas-atualizacoes.

Na quinta-feira, a TAP anunciou que iria alargar as situações em que permite a alteração de datas e destinos nos seus voos, sem penalização, tendo em conta o impacto gerado pelo surto de Covid-19, segundo um comunicado.

Assim, nas “viagens reservadas antes de 08 de março e para voos com partida até 31 de maio, os clientes podem agora alterar a sua viagem e até o destino, para novo voo a ser feito até ao prazo alargado de 31 de dezembro, sem pagamento de qualquer taxa de alteração”, detalha a companhia aérea.

“Para as viagens cujas reservas forem efetuadas entre 08 e 31 de março aplicam-se as regras que já estavam em vigor ao abrigo da campanha ‘Reserve com Confiança’”, recordou a TAP.

De acordo com esta campanha, a transportadora garantia “a possibilidade de reagendamento do seu voo sem o pagamento da taxa de alteração associada, em bilhetes emitidos entre os dias 08 e 31 de março de 2020”, de acordo com um comunicado anterior do grupo, sendo que “a alteração gratuita terá que ser solicitada com uma antecedência de 21 dias, em relação à da data do primeiro voo, e é aplicável a todas as rotas TAP e a todas as datas de viagem”.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

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Covid-19: Reino Unido avança garantias financeiras de 364 mil milhões para ajudar economia

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Governo britânico anunciou fundo de 330 mil milhões de libras (364 mil milhões de euros) para ajudar as empresas e a economia britânica a resistir aos efeitos da pandemia do coronavírus.

O governo britânico anunciou esta terça-feira um fundo de 330 mil milhões de libras (364 mil milhões de euros) para ajudar as empresas e a economia britânica a resistir aos efeitos da pandemia do coronavírus Covid-19.

“Posso anunciar hoje um pacote sem precedentes de empréstimos garantidos pelo Governo para apoiar as empresas a superar isto. Hoje estou a disponibilizar garantias iniciais de 330 mil milhões de libras equivalentes a 15% do nosso PIB [Produto Interno Bruno]”, anunciou o ministro das Finanças, Rishi Sunak.

As medidas são destinadas a que “qualquer empresa que precise de dinheiro para pagar a renda, salários, fornecedores ou compra de ações poderá ter acesso a um empréstimo ou crédito com garantia do Governo em condições atrativas. E se a procura for maior, irei mais longe e fornecerei a capacidade necessária”, prometeu.

Sunak já tinha avançado com um pacote de medidas no valor de 30 mil milhões de libras (34 mil milhões de euros) para estimular a economia e ajudar trabalhadores e empresas afetados pela epidemia do novo coronavírus no orçamento de Estado apresentado na semana passada.

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Teletrabalho? Estas ferramentas vão ajudá-lo a trabalhar a partir de casa

O trabalho a partir de casa traz desafios, sobretudo ao nível da comunicação e da gestão de equipas. Estas ferramentas tech podem ajudá-lo a adaptar-se mais facilmente ao teletrabalho.

O trabalho a partir de casa pode ser um desafio, sobretudo em aspetos como a gestão de equipas e a comunicação. Para facilitar a vida da sua equipa e a sua, e fazer com que o tempo de trabalho em casa seja bem aproveitado, estas ferramentas podem dar uma ajuda.

Slack

É já é uma ferramenta clássica de trabalho e partilha de informação entre equipas que impede que as decisões tomadas se percam. Ajuda na comunicação entre equipas remotas, que é naturalmente assíncrona, e isso significa que mantém gravadas todas as mensagens nos respetivos canais mas elimina o efeito frustrante de ter sempre mensagens por ler no desktop. Possibilita criar canais diferentes para temas e grupos de trabalho distintos, e ainda permite que cada um dos elementos fique informado e ainda consiga contribuir para a decisão. A app tem ainda features “sociais” como emojis e giphy, uma maneira de as equipas remotas comunicarem mais naturalmente. E com mais graça. Pode testar a aplicação aqui.

Teams

A ferramenta da Microsoft para comunicar entre equipas foi disponibilizada gratuitamente, na sequência da pandemia de coronavírus. Num artigo no LinkedIn assinado pela country manager para Portugal, Paula Panarra, a responsável explica que a multinacional tem como “prioridade máxima a saúde e a segurança dos trabalhadores, clientes, parceiros, e comunidades”. “Temos a capacidade de os nossos trabalhadores trabalharem remotamente – é algo que as pessoas podem escolher sob circunstâncias normais e que continua a ser uma opção atualmente”. A empresa decidiu abrir o acesso ao Teams “a tantas pessoas quanto possível” para, dessa forma, “apoiar a saúde e segurança pública, mantendo as pessoas juntas enquanto trabalham separadas”.

Pode aceder ao Teams aqui. A ferramenta já está disponível para empresas que tenham licenciado o Office 365 mas há outras formas de aceder à tecnologia.

Trello

A ferramenta serve para criar, atribuir, concluir e comunicar tarefas entre equipas, sem a necessidade de estarem no mesmo espaço físico. O Trello lançou, a propósito da pandemia de coronavírus, um guia de trabalho remoto que pode ser descarregado gratuitamente aqui. O registo é gratuito, aqui.

Zoom

A solução de vídeo permite fazer reuniões de equipas, funcionando com todo o tipo de conexões de internet, especialmente quando se trata de reunir centenas de participantes em reuniões. A feature “gallery view” é um plus em reuniões remotas com muitos participantes. Ao mesmo tempo, permite também usar a ferramenta de chat, e partilhar reações e comentários enquanto a informação está a ser apresentada. O mais divertido? Permite customizar o cenário de fundo. Pode aderir aqui.

MessageBird

É uma espécie de Slack das comunicações externas, que permite manter um serviços de chat em tempo real entre clientes e a função de apoio ao negócio, permitindo reduzir os tempos de espera de respostas. O seu novo produto, Inbox.ai, foi testado e está de momento a ser utilizado pelo HelloFresh e Deliveroo na Europa, Zilingo na Ásia e Join Buggy e Tix Telecom na América latina. O Inbox.ai leva 60 segundos a ser configurado e permite aos clientes comunicarem com as empresas em tempo real, partilhando tudo, desde imagens e vídeos até geolocalização via WhatsApp, SMS, Voz, Messenger, Instagram, WeChat, Apple Business Chat, RCS, Line e Telegram. Pode experimentar gratuitamente aqui.

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