Segundo teste ao PR deu negativo. Marcelo volta a Belém

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Marcelo Rebelo de Sousa, que estava em quarentena voluntária em casa desde 8 de março, “irá trabalhar, ainda esta tarde, para o Palácio de Belém”, em Lisboa.

O segundo teste à Covid-19 realizado ao Presidente da República deu negativo e Marcelo Rebelo de Sousa vai voltar “ainda esta tarde” a trabalhar a partir do Palácio de Belém, anunciou a Presidência.

“O Presidente da República fez hoje o segundo teste ao Covid-19, decorridos 15 dias sobre a sessão com alunos da escola de Idães, Felgueiras. O resultado do teste foi negativo”, lê-se numa nota publicada no ‘site’ da Presidência da República.

A mesma nota dá conta igualmente que Marcelo Rebelo de Sousa, que estava em quarentena voluntária em casa desde 8 de março, “irá trabalhar, ainda esta tarde, para o Palácio de Belém”, em Lisboa.

O Presidente da República realizou o primeiro teste ao novo coronavirus no dia 9, e deu negativo.

Horas antes da informação sobre a realização do teste, a Presidência da República havia anunciado que Marcelo Rebelo de Sousa tinha suspendido a agenda por duas semanas e iria permanecer em casa sob monitorização, “apesar de não apresentar nenhum sintoma” de infeção pelo novo coronavírus.

A decisão foi tomada depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter estado na terça-feira anterior, no Palácio de Belém, com uma turma de uma escola de Felgueiras (Porto), que foi encerrada devido ao internamento de um aluno.

“Atendendo ao que se sabe hoje e não se sabia na terça-feira passada, tendo ouvido as autoridades de saúde, o Presidente da República, apesar de não apresentar qualquer sintoma virótico, decidiu cancelar toda a sua atividade pública, que compreendia várias presenças com número elevado de portugueses, assim como a própria ida a Belém, durante as próximas duas semanas. O mesmo fará com deslocações previstas ao estrangeiro”, lê-se na nota emitida por Belém na altura.

Segundo a nota, “nem o aluno ora internado, nem a sua turma estiveram em Belém”, e durante a quarentena Marcelo Rebelo de Sousa seria “monitorizado em casa”.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou o número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

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Ikea fecha todas as lojas em Portugal por causa do vírus

A empresa sueca anunciou que vai fechar temporariamente todas as lojas que tem no país, consequência do surto de coronavírus.

Os impactos do coronavírus também chegaram às lojas da Ikea Portugal. A empresa anunciou esta terça-feira que vai encerrar temporariamente todas as lojas no país, “como medida de prevenção”.

“No seguimento do surto de coronavírus, a Ikea Portugal decidiu fechar temporariamente todas as Lojas e Estúdios de Planificação no país até nova indicação, a partir de amanhã, 18 de março“, lê-se no comunicado enviado pela empresa.

A Ikea refere ainda que, “após a declaração do primeiro-ministro no passado dia 16 de março, de que todos os retalhistas têm o poder de decisão de fechar ou não os seus espaços comerciais, a Ikea Portugal decidiu fechar todas as lojas ao público, garantindo a operação online“.

“A saúde e o bem-estar dos nossos colaboradores, clientes e parceiros é a principal prioridade da Ikea Portugal. Desde o início desta crise que temos vindo a seguir todas as recomendações da DGS e do Governo, avaliando cuidadosamente o melhor para as pessoas e para o negócio em cada fase”, diz Helen Duphorn, country manager da Ikea Portugal, citada em comunicado. “Depois de o Governo ter transferido a responsabilidade de fechar lojas para os retalhistas, tomámos imediatamente esta decisão”.

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Cascais cria dois centros de rastreio de Covid-19. Testes serão gratuítos

  • ECO
  • 17 Março 2020

O centro de congressos de Cascais e a Cerci da Rana vão funcionar como centros de rastreio. Por forma a evitar aglomerados só devem deslocar-se a estes centro de rastreio pessoas com marcação prévia.

Depois do Porto, também a Câmara de Cascais decidiu criar centros de rastreio ao Covid-19. A autarquia prepara-se para abrir dois locais dedicados ao diagnóstico laboratorial para rastrear gratuitamente os habitantes do município, avança o Público (acesso livre).

Ao contrário do que acontece no Porto, o modelo aplicado vai ser o drive-in, explicou o presidente da Câmara de Cascais, ao Público. Ou seja, o centro de congressos de Cascais vai ser destinado à população das antigas freguesias de Cascais, Estoril e Alcabideche. Já o outro na Cerci (Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas) da Rana para os habitantes das fregesias de Carcavelos, Paredes e S. Domingos de Rana.

As análises serão gratuitas para toda a população do município e todos os custos suportados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pela autarquia. Estes testes estarão a cargo da rede de laboratórios Germano de Sousa e a Joaquim Chaves.

Estes centros vão ser abertos a pedido da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e, para evitar “grandes aglomerados”, quem quiser participar terá que realizar uma pré-inscrição para marcação e todas as pessoas vão ser sujeitas a um rastreio à chegada, explicou Carlos Carreiras, ao Público.

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Águas do Porto alarga prazo de pagamento de faturas

A Águas do Porto decidiu alargar o prazo de pagamento das faturas durante a pandemia do coronavírus. Também não serão realizadas ações coercivas, como o corte de água e execuções fiscais por dívidas.

A Águas do Porto decidiu alargar o prazo de pagamento das faturas por causa da pandemia do coronavírus. Além disso, durante este período de maiores dificuldades, não serão realizadas ações coercivas, tais como o corte de água e execuções fiscais por atraso no pagamento. Estas medidas acompanham a decisão já tomada pela EPAL em Lisboa.

“Foi aumentado o prazo de pagamento das faturas em processo de emissão e não serão realizadas ações coercivas neste período, como corte de água e execuções fiscais por atraso no pagamento. Os leitores de contadores deixam de realizar leituras, mantendo o contacto com os clientes por telefone (no caso dos clientes com contacto telefónico definido)”, avançou a Águas do Porto num comunicado.

Na mesma nota, publicada no site do município, a empresa de fornecimento de água do Porto garante que os serviços essenciais, como o abastecimento e a drenagem de saneamento da cidade, estarão assegurados.

As vistorias estão suspensas e “os trabalhos relacionados com piquetes técnicos, reparações de avarias, controlo de reservatórios, operadores de ETAR e técnicos de manutenção vão ser assegurados por turnos, estando uma segunda linha de colaboradores em casa, de reserva, que apenas serão chamados caso seja efetivamente necessário”, refere a mesma nota.

A Águas do Porto já tinha decidido suspender o atendimento presencial nos postos de atendimento. Neste momento, o serviço continua a ser prestado através de atendimento telefónico e “a maior parte dos trabalhadores” da empresa já opera em regime de teletrabalho.

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Há 8 portugueses na Forbes 30 under 30. Só 3 vivem em Portugal

"Finanças", "indústria e manufatura", "ciência e cuidados de saúde" e "desporto e jogos": há oito portugueses na lista dos jovens sub-30 mais prometedores da Forbes para 2020.

É o maior número de sempre de representação portuguesa na lista 30 under 30 da Forbes. Na edição europeia do ranking da revista que distingue os jovens mais prometedores do continente com menos de 30 anos, revelada esta terça-feira, existem oito nomes portugueses destacados. No entanto, apenas três — Simão Cruz, Bruno Azevedo e Rodrigo Pires— vivem em Portugal.

O cofundador da Portugal Fintech, Simão Cruz, é distinguido por estar envolvido no desenvolvimento de “uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo criar as melhores condições para o desenvolvimento das fintech em Portugal”. Aos 24 anos, o português entra para a lista na categoria “finance”, pelo trabalho na associação que liga diferentes players – startups, corporates e banca com o objetivo de acelerar a digitalização da indústria. No início deste ano, a entidade inaugurou a Fintech House, um edifício de cinco andares no centro de Lisboa e com capacidade para ser teto de 35 startups.

Já os cofundadores da startup AddVolt, Bruno Azevedo e Rodrigo Pires, constam da lista na categoria “Manufactoring and industry” por terem “criado um produto elétrico que pode ligar-se a camiões para recarregar energia durante pausas e desacelerações. “Essa energia é usada para refrigeração ou outras operações nos camiões, carrinhas e outros veículos comerciais”, explica a publicação, reforçando que a empresa tem atividade em Portugal, Espanha e Alemanha.

Entre os nomes portugueses estão ainda o de José Maria Macedo, partner fundador da AmaZix Capital, uma empresa de consultoria financeira especializada em digital assets e blockchain, que vive em Londres. Na categoria “Science & Heathcare” constam os nomes de Fábio Rosa, a viver na Suécia, e cofundador de duas startups a trabalhar na área da imunoterapia oncológica — a Asgard Therapeutics e a Blood Reprogramming Technologies; e os de Joana Paiva e Luís Valente, a viver no Reino Unido e cofundadores da iLoF, uma startup que usa inteligência artificial para construir uma biblioteca de biomarcadores de doenças com base na cloud, e inicialmente focada na doença de Alzheimer. Os dados que armazenam deverão reduzir os custos e o tempo de desenvolvimento de medicamentos: a startup já levantou mais de 2,4 milhões de dólares.

Já na categoria de “Sports & Games” encontramos a segunda portuguesa: Catarina Macedo estudou na Universidade do Minho e é program manager da Xbox. Segundo explica a Forbes, a portuguesa — que vive em Washington — “contribui com features sociais em produtos como o Game Bar ou a app da Xbox para PC”. Catarina Macedo também lidera a iniciativa interna de programação e diversidade “Women in Gaming”.

“Num tempo de incerteza global, é difícil ver além da desgraça e da tristeza. Por sorte, o nosso 50.º ranking anual Under 30 da Europa oferece uma muito necessária dose de otimismo”, explica a publicação. Na lista, a revista destaca “jovens líderes visionários que reinventam descaradamente os negócios e a sociedade”.

A lista deste ano é resultado de milhares de recomendações internacionais e de meses de investigação, que termina com “o selo de aprovação do nosso painel de juízes”, explica a Forbes. O resultado é uma lista de 300 jovens com 30 anos ou menos, distinguidos em 10 indústrias e oriundos de 32 países europeus. A lista completa pode ser consultada aqui.

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Fórum para a Competitividade admite contração de 1% a 2% do PIB por causa do vírus. Vê défice acima dos 3%

O Fórum para a Competitividade antecipa que a economia portuguesa possa contrair entre 1 a 2% em 2020 com a taxa de desemprego a subir ao patamar dos 8 a 9%.

Se o novo coronavírus atingir o seu pico em abril e desaparecer durante o verão, a economia portuguesa poderá contrair entre 1 a 2% em 2020, a taxa de desemprego pode subir para os 8% a 9% e o défice orçamental poderá superar os 3% do PIB. Este cenário que, ressalve-se, tem uma “elevada incerteza envolvida”, foi elaborado por Pedro Braz Teixeira, diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade.

O impacto económico do vírus dependerá da sua duração e dimensão em Portugal e no resto do mundo, mas já é certo que o choque será grande e algumas análises internacionais, como a do Morgan Stanley, já apontam para uma recessão global. A economia portuguesa não escapará, mas também aqui é difícil fazer previsões, de tal forma que o Conselho das Finanças Públicas decidiu adiar a divulgação de um relatório sobre as finanças públicas.

Ainda assim, e ressalvando que existe uma “excecional incerteza que rodeia qualquer tipo de previsões neste contexto“, o Fórum para a Competitividade lança os primeiros números daquilo que poderá vir a ser o impacto da (quase) paralisação da economia portuguesa.

Os resultados são claros a traçar 2020 como um ano de crise: poderá haver uma recessão que tira 1% a 2% ao PIB, um aumento do desemprego (a taxa está na casa dos 6%) para os 8 a 9% e uma subida do défice para lá dos 3% do PIB, patamar que abandonou em 2016. Estes números já têm em conta as medidas anunciadas pelo Governo que vão aumentar a despesa pública — a ministra do Trabalho referiu o custo de dois mil milhões de euros por mês com medidas de apoio às famílias, por exemplo — ou baixar as receitas, além do impacto da evolução do PIB e do mercado de trabalho nos estabilizadores automáticos.

Estas estimativas têm como hipótese de partida que “o pico da aceleração do contágio seria atingido em abril, com desaceleração posterior e contenção a partir de julho”, explica Pedro Braz Teixeira, referindo que “o impacto económico seria máximo no 2º trimestre, abrandando no 3º trimestre e quase nulo no 4º trimestre”.

Esta é uma primeira análise que o Fórum admite ser muito incerta. “Aguardamos toda e qualquer informação vindoura que permita ir afinando estas estimativas iniciais“, refere o diretor do gabinete de estudos, descrevendo este choque como “excecional” dado que tem uma origem “não económica” e por ser um problema de saúde a nível mundial.

Perante a gravidade da situação e apesar da dificuldade em estimar, há mais economistas a fazer os primeiros cálculos. Na segunda-feira, o Público dava conta de um estudo do economista Francesco Franco que apontava para uma perda de 4 mil milhões de euros por mês, o que corresponde a cerca de um quarto do valor acrescentado mensal da economia portuguesa. Já o Correio da Manhã escrevia esta terça-feira que há 340 mil empregos ameaçados, citando os economistas Eugénio Rosa e Carlos Pereira da Silva.

A nível oficial, o Governo, que já assumiu que deverá rever em baixo a previsão de crescimento de 2020, vai atualizar as projeções económicas a 15 de abril, dia em que terá de entregar o Programa de Estabilidade à Comissão Europeia. Bruxelas neste momento já trabalha num cenário em que a recessão na Zona Euro em 2020 é muito provável.

Portugal tem “duas vantagens e uma grande desvantagem”

Apesar de não se conhecer a dimensão do choque, as vias do impacto económico do novo coronavírus são conhecidas. Em primeiro lugar, haverá uma diminuição “genérica” da procura, “embora com subidas muito significativa de procuras específicas, como máscaras de proteção, desinfetantes, etc (papel higiénico, …)”. Em segundo lugar, haverá uma quebra na oferta pela falta de força de trabalho e pela escassez de componentes em “inúmeras cadeias de valor”.

Em contrapartida, já foram anunciadas medidas pelos Governos e pelos bancos centrais que visam combater este impacto negativo: “Existem mecanismos clássicos de correção de diminuição temporária da procura agregada (políticas monetária e orçamental expansionistas), mas, atualmente, a margem para estas atuarem é limitada, sobretudo na zona euro, mais do que nos EUA”, considera Pedro Braz Teixeira, assumindo que na Europa — que se tornou o epicentro da pandemia — será “mais difícil contrariar” este choque pelo que “os efeitos sobre o PIB podem ser, aqui, mais acentuados”.

Portugal, que está dentro enquadramento da Zona Euro em que faltam instrumentos de estabilização macroeconómica, tem “duas vantagens e uma (grande) desvantagem”, na análise do Fórum. A economia portuguesa beneficia de ter, para já, “menor incidência relativa de casos” do que outros países europeus e de não fazer parte das principais cadeias de valor a nível mundial, “o que, sendo, em geral, negativo, neste caso, é-nos favorável”, assinala Pedro Braz Teixeira.

Contudo, há uma desvantagem que poderá superar essas duas vantagem: “a elevada exposição ao turismo e viagens, que deverão ser muito afetadas pelas medidas de contenção do contágio“. Só a título de exemplo, em Portugal, que é um dos países da União Europeia onde esse setor mais pesa no PIB, a TAP já cancelou milhares de voos e a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) disse na semana passada que o impacto deverá chegar a uma queda de 50% da receita entre março e junho até a um máximo de 800 milhões de euros.

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Empresa canadiana espera testar potencial vacina em humanos no verão

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Uma empresa biofarmacêutica canadiana anunciou ter criado uma potencial vacina para o novo coronavírus e espera começar os testes em humanos no verão.

Uma empresa biofarmacêutica canadiana anunciou esta terça-feira ter criado uma potencial vacina para o novo coronavírus, começando por uma partícula semelhante ao vírus, e espera começar os testes em humanos no verão.

A Medicago vai sujeitar a partícula a “testes pré-clínicos de segurança” e conta “iniciar os testes da vacina em humanos no verão de 2020”. O processo para chegar à vacina começou com a identificação do gene do vírus que causa a doença Covid-19 e a empresa usa plantas na sua investigação.

Em vez de injetar o vírus em ovos para este se propagar, como outras empresas farmacêuticas, esta não usa um vírus vivo, mas introduz a sequência genética do vírus numa bactéria encontrada no solo que é absorvida por plantas da família da planta do tabaco. Depois disso, a planta começa a produzir uma proteína que pode ser usada como vacina, que pode acompanhar eventuais mutações do vírus usando plantas novas.

A Comissão Europeia disse esta terça-feira esperar que uma potencial vacina para o novo coronavírus que está a ser criada por um laboratório alemão esteja no mercado até ao outono, podendo “salvar vidas dentro e fora da Europa”.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 já infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China em dezembro de 2019 e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia. Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

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Metro do Porto desliga máquinas. Validação deixa de ser obrigatória

Metro do Porto anunciou que a partir de amanhã todas as máquinas de venda de títulos e validações estarão desligadas.

Face à pandemia de coronavírus que já infetou mais de quatro centenas de pessoas em Portugal, a Metro do Porto anunciou esta terça-feira, através da sua página oficial do Facebook, que a partir de amanhã, dia 18 de março, todas as máquinas de venda de títulos e todos os validadores estão desligados.

A empresa explica ainda que “até indicação em contrário, o carregamento e a validação do Andante deixa de ser necessário e obrigatório”. Esta é uma das medidas implementas pela autarquia portuense de forma a evitar a propagação deste vírus que já foi declarado pandemia pela Organização Mundial de Saúde.

Para além desta medida foi anunciado também, esta terça-feira, que o Metro do Porto vai reforçar igualmente as medidas de higiene e desinfeção por causa da Covid-19, nomeadamente com a aplicação – já iniciada – de um produto desinfetante que elimina o coronavírus e tem ação prolongada durante 30 dias no interior das composições e nas estações.

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UEFA quer concluir todas as competições domésticas até 30 de junho

Em conjunto com as federações europeias, a UEFA estipulou que todas as competições domésticas devem terminar até ao próximo dia 30 de junho.

Depois de já ter adiado a fase final do campeonato da Europa de futebol para 2021 e as competições europeias de clubes, a UEFA revelou que os principais representantes europeus de futebol se comprometeram a concluir todas as competições domésticas até 30 de junho de 2020.

Através de um comunicado, o organismo que tutela o futebol europeu informou que estipulou esta data limite, mas salientou que as partidas e competições só recomeçam caso a situação relacionada com a pandemia seja adequada “e prudente o suficiente”.

Assim, as federações assumiram o “compromisso de completar todas as competições nacionais e europeias de clubes até ao final da época desportiva atual, ou seja, o mais tardar até 30 de junho de 2020, caso a situação melhore e o recomeço dos jogos seja adequado e prudente o suficiente,” refere a UEFA.

Na prática, com a implementação desta medida, significa que a Liga Nos terá de finalizar as dez jornadas restantes no calendário até ao próximo dia 30 de junho, caso haja condições. Neste momento, as competições estão suspensas devido ao crescimento de casos de Covid-19 em território nacional.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h31)

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Marcelo fala ao país depois do Conselho de Estado que vai discutir estado de emergência

  • ECO
  • 17 Março 2020

Marcelo Rebelo de Sousa fará a declaração depois da reunião do Conselho de Estado que vai discutir o estado de emergência em Portugal face ao surto do coronavírus.

O Presidente da República fará nova comunicação ao país esta quarta-feira. Marcelo Rebelo de Sousa fará a declaração depois da reunião do Conselho de Estado que vai discutir o estado de emergência em Portugal face ao surto do coronavírus.

A declaração ao país acontecerá entre o final da tarde e início da noite desta quarta-feira, indica uma nota colocada no site da Presidência da República.

Marcelo Rebelo de Sousa fará a sua comunicação em direto, a partir do Palácio de Belém. Apenas a RTP estará presente para transmitir a mensagem do Chefe de Estado.

De acordo com a mesma nota, o Conselho de Estado não será acompanhado pela comunicação social e também “não haverá nenhuma declaração no final da reunião”.

“No final da reunião será colocada no sítio da Presidência da República uma nota informativa”, acrescenta-se.

A reunião do Conselho de Estado, convocado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa para discutir a possível declaração do estado de emergência no país face à pandemia de Covid-19, tem início marcada do para as 10h00.

Às 16h00, o plenário da Assembleia da República vai também reunir-se para discutir e votar a proposta de lei do Governo que “aprova medidas excecionais e temporárias de resposta ao surto”.

A Direção Geral de Saúde confirmou esta terça-feira a existência de 117 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal. Com este novo balanço, o número total de doentes com Covid-19 aumenta para 448 (de 331 na segunda-feira). Há três pessoas recuperadas, registando-se já uma morte.

(Notícia atualizada às 18h03)

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Covid-19: Governo dos EUA vai enviar cheques com dinheiro às famílias

  • Lusa
  • 17 Março 2020

O Presidente Donald Trump disse acreditar que as medidas que estão a ser tomadas permitirão à economia dos Estados Unidos reagir positivamente logo que passe a crise sanitária do novo coronavírus.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou o envio imediato de cheques aos cidadãos, entre outras medidas, para conter o impacto económico do vírus, e diz que o país vai recuperar logo a seguir à pandemia.

“Vamos enviar cheques aos americanos imediatamente (…) Os americanos precisam de dinheiro agora”, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Steve Mnuchin, referindo-se às instruções para atenuar o impacto da crise sanitária na economia do país dadas pelo Presidente num briefing. “Queremos garantir que têm dinheiro no bolso rapidamente”, explicou Mnuchin, numa declaração que fez de imediato subir as bolsas de valores nos EUA, que têm estado em queda vertiginosa nos últimos dias.

No mesmo briefing, o Presidente disse acreditar que as medidas que estão a ser tomadas permitirão à economia dos Estados Unidos reagir positivamente logo que passe a crise sanitária do novo coronavírus. “Se fizermos isto bem, o nosso país poderá recuperar e começar a rolar de novo rapidamente”, disse Donald Trump.

A Casa Branca pediu esta terça-feira ao Congresso para aprovar um pacote massivo de emergência, para ajudar empresas e contribuintes a lidar com a crise económica decorrente da pandemia.

O plano de Mnuchin implica um investimento de cerca de 850 mil milhões de dólares (quase 800 mil milhões de euros), que o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell prometeu aprovar rapidamente.

“O Senado não irá adiar decisões que são fundamentais para ajudar a nossa economia a enfrentar esta tempestade”, disse esta terça-feira Mitch McConnell. A proposta da Casa Branca tem uma dimensão superior à do esforço estatal durante o resgate bancário de 2008 e inclui uma enorme redução de impostos aos assalariados, bem como fundos para setores estratégicos que serão profundamente afetados pela pandemia.

O Governo norte-americano anunciou ainda que vai expandir de imediato a cobertura dos sistemas de telemedicina em todo o país, para ajudar os idosos a resolverem os seus problemas de saúde sem saírem de casa.

A nova opção permitirá que milhões de idosos tenham acesso a cuidados médicos em ambiente protegido, ao mesmo tempo que permite aos médicos uma maior agilidade e segurança no tratamento de casos.

“Isto vai ajudar a impedir a propagação do vírus”, disse o administrador do programa Medicare, Seema Verma. As autoridades sanitárias estão a pedir a familiares dos idosos menos competentes com tecnologia para ajudarem estes doentes a colaborar com os médicos nas consultas em ambiente virtual.

O risco de doença grave causada pelo novo coronavírus é maior para pessoas idosas e com problemas de saúde, como sejam doenças pulmonares, diabetes ou questões cardíacas. Até agora, o sistema de telemedicina no programa Medicare era muito limitada, estando circunscrita às áreas rurais e mais isoladas. A proposta do Governo de Donald Trump é que o sistema fique agora muito mais disponível, para um maior número de utentes e em mais regiões do país.

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Governo decreta estado de calamidade em Ovar. Só exceções podem entrar ou sair

Há 30 casos, confirmados esta terça-feira, de Covid-19 no município, mais do dobro do que na segunda-feira. Autarquia e Direção Geral de Saúde decidiram colocar Ovar em quarentena geográfica.

O Governo está a preparar-se para declarar estado de calamidade no município de Ovar devido à disseminação de Covid-19. O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, confirmou esta terça-feira, em conferência de imprensa o que autarca do município, Salvador Malheiro, já tinha anunciado no Facebook.

O despacho, já assinado pelo primeiro-ministro António Costa e com entrada em vigor imediata, “significa essencialmente a criação de uma situação de cerca sanitária aplicável a todo o município, o estabelecimento de uma série de restrições à atividade económica e à circulação de pessoas dentro do município”, explica Eduardo Cabrita.

Apenas pessoas ligadas à saúde ou segurança tal como residentes a regressarem à sua residência habitual, poderão movimentar-se dentro e fora do município. Para todos os outros, fica vedada a entrada ou saída. “Par dar um exemplo, a linha do Norte que atravessa o município de Ovar continuará a operar, mas nas estações situadas nesse município não haverá entrada nem saída de passageiros”, refere o governante. “Ficam igualmente interditas todas as atividades comerciais ou industriais, exceto as que sejam relativas ao setor alimentar”.

O autarca social-democrata Salvador Malheiro tinha feito já vários alertas públicos sobre o contágio de Covid-19 na região e apelado aos munícipes que cancelassem tudo e ficassem em casa. “O número de casos confirmados em Ovar mais que duplicou [entre segunda e terça-feira]. Temos hoje mais de 30 casos. Perante tudo isto, em articulação com a DGS [Direção Geral de Saúde], o Município de Ovar vai entrar em Quarentena Geográfica. Todo o nosso perímetro vai ser isolado“, escreveu Salvador Malheiro na rede social, esta terça-feira, numa altura em que há 448 doenças por todo o país.

O presidente da Câmara Municipal vai propor ainda esta terça-feira à Comissão Municipal de Proteção Civil o acionamento do Plano Municipal de Proteção Civil de Ovar, bem como a operacionalização do “gabinete de crise” do município. “Por favor, fiquem em casa e encerrem as vossas instalações”, pediu o autarca, acrescentando que há 263 entidades que decidiram encerrar instalações.

Portugal está em estado de alerta, desde sexta-feira, devido ao surto do novo coronavírus. Com o evoluir da situação, existe a hipótese de ser declarado o estado de emergência, algo que compete ao Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa poderá anunciar esse estado — que limita direitos, liberdades e garantias dos cidadãos — esta quarta-feira, depois da reunião do Conselho de Estado.

(Notícia atualizada às 18h00)

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