Há 19.685 infetados com coronavírus em Portugal. Número de mortes sobe para 687
Continua a aumentar o número de pessoas infetadas, mas a taxa de aumento continua abaixo dos dois dígitos. Os casos confirmados subiram 3,5%. Há também mais 30 vítimas mortais.
O número de casos de pessoas infetadas com coronavírus continuou a aumentar nas últimas 24 horas. Até ao final do dia desta sexta-feira, foram confirmados 663 novos casos, ou seja, mais 3,5% que no dia anterior. Morreram 30 pessoas, elevando o número de vítimas mortais para 687.
Há 19.685 casos confirmados de pessoas infetadas com coronavírus no país, segundo os últimos dados da Direção-Geral da Saúde (DGS). Destes, 1.253 pessoas estão internadas, das quais 228 estão nos cuidados intensivos.
Há ainda 5.166 casos a aguardar resultados laboratoriais e, desde que o surto começou em Portugal, já recuperam 610 pessoas. Este total significa que mais 91 pacientes receberam confirmação de estarem recuperados até final do dia de sexta-feira.
Desde que a pandemia chegou a Portugal, o Norte tem sido a região mais afetada. Conta atualmente com um total de 11.762 casos confirmados e 393 vítimas mortais. Atrás aparece a região de Lisboa e Vale do Tejo, com 4.428 casos e 124 mortes e o Centro com 2.863 pessoas infetadas e 157 mortes.
Há ainda registo de mortes no Algarve (nove, tal como no dia anterior) e nos Açores (também inalterado em quatro). Por concelhos, o Porto ultrapassou Lisboa com o maior número de casos — 1.040 e 1.033, respetivamente –, enquanto Vila Nova de Gaia atingiu o milhar, com 1.005 casos confirmados.
Pico já terá passado, mas confinamento não
Na conferência de imprensa que se seguiu à divulgação dos dados, a ministra da Saúde Marta Temido anunciou que o número médio de pessoas que cada doente infeta está a diminuir. Este rácio — que é um dos indicadores que o Governo segue para definir as medidas de confinamento — passou para 0,91 (ou seja, menos de uma pessoa), de 2,08 entre final de fevereiro e meados de março.
"Dados continuam a permitir estimar que o máximo da incidência tenha ficado no passado, entre os dias 23 e 25 de março. O planeamento de como vamos proteger as nossas comunidades nas fases seguintes está a ser preparado.”
“Estes dados continuam a permitir estimar que o máximo da incidência tenha ficado no passado, entre os dias 23 e 25 de março”, disse Marta Temido. Alertou, no entanto, que “erradicar a Covid-19 não parece possível no curto e no médio prazo”, pelo que Portugal “tem de estar preparado para alternar períodos de maior contenção de movimentos, com períodos de maior alivio”.
Tal como já tinha anunciado o primeiro-ministro, a Marta Temido confirmou que o Governo está a preparar o plano de redução das medidas. “O planeamento de como vamos proteger as nossas comunidades nas fases seguintes está a ser preparado“, explicou. Para isso, deverá ser recomendado ou obrigatório o uso de máscara social, sendo que o Governo não está a considerar a distribuição generalizada.
SNS vai começar a reagendar consultas
Uma das primeiras alterações prende-se com as consultas e cirurgias não urgentes no Sistema Nacional de Saúde (SNS). “Está na altura de invertermos a lógica. O despacho de 16 de abril vai ser suspenso na próxima semana”, disse a governante, sublinhando que foram aprendidas lições positivas que são para manter, como o incentivo à realização de atendimento não presencial e telesaúde, quando possível.
"Estamos a tomar todos os cuidados e a implementar todas as medidas para que não haja qualquer risco para os doentes não Covid-19 usem o SNS.”
A ministra da Saúde explicou que, em resultado do despacho do Governo sobre o adiamento dos procedimentos, houve uma queda “muito significativa” da atividade presencial. Em março, houve menos 300 mil consultas de cuidados primários, 180 mil consultas hospitalares e nove mil cirurgias. A procura por serviços de urgência teve uma queda de 11,5%.
Ao longo da próxima semana, será feito o planeamento da retoma gradual da atividade (nomeadamente a definição de prioridades), sendo que Marta Temido espera que, no final da semana seguinte, já seja possível dar início a esse processo.
“Estamos a tomar todos os cuidados e a implementar todas as medidas para que não haja qualquer risco para os doentes não Covid-19 usem o SNS. Não há razão para os utentes terem qualquer receio de utilizar o SNS”, sublinhou.
(Notícia atualizada às 13h45)
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