Linhas de crédito do MEE podem ser pedidas até 2022. E pagas em dez anos

O Eurogrupo chegou a acordo sobre os aspectos técnicos das linhas de crédito do MEE: os países podem pedir o dinheiro até ao final de 2022 e o empréstimo terá uma maturidade até dez anos.

O Eurogrupo chegou a acordo esta sexta-feira sobre as condições das linhas de crédito que vão ser disponibilizadas pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) para financiar despesas diretas e indiretas relacionadas com a prevenção e cura da pandemia. Os Estados-membros poderão pedir o dinheiro até 31 de dezembro de 2022 e o empréstimo terá uma maturidade até dez anos.

“Chegamos a acordo sobre a proposta do MEE nos termos e condições financeiras comuns” deste instrumento de precaução, o que “inclui um máximo de dez anos para a maturidade média dos empréstimos e modalidades favoráveis dos juros”, lê-se no comunicado divulgado após a reunião desta sexta-feira.

O dinheiro será emprestado a um custo muito reduzido“, classificou Mário Centeno, presidente do Eurogrupo, na conferência de imprensa. Klaus Regling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), adiantou que, neste momento, o custo seria à volta de 0,1% (custo de financiamento do próprio MEE) acrescido de uma margem anual de dez pontos base e 0,5 pontos base para os honorários anuais. Há ainda uma taxa de serviço antecipada de 25 pontos base. Contudo, este valor pode ser mais elevado caso o custo de financiamento do MEE suba nos próximos meses.

Ontem a Comissão Europeia divulgou a sua avaliação da saúde financeira dos Estados-membros necessária para aferir se são elegíveis para aceder às linhas de crédito do MEE. A conclusão é que todos os países da Zona Euro poderão pedir estes empréstimos cuja referência será 2% do PIB (de 2019) de cada país. Caso a adesão seja total, este instrumento irá emprestar um total de 240 mil milhões de euros aos Estados-membros.

Os Estados-membros que pedirem para aceder a esta “rede de segurança” terão as linhas de crédito disponíveis durante doze meses, um período que pode ser prolongado duas vezes por seis meses.

A expectativa que existe agora, segundo Centeno e Regling, é que este instrumento esteja operacional daqui a uma semana, 15 dias antes do anterior objetivo de 1 de junho. O passo final para tornar estas linhas de crédito operacionais deverá ser dado a 15 de maio na reunião do conselho de governadores do MEE.

Os ministros das Finanças da Zona Euro voltam a reunir-se na próxima sexta-feira.

Novo presidente do Eurogrupo escolhido em julho

Confrontado com a notícia de que não irá recandidatar-se, Mário Centeno não desfez o tabu e remeteu uma decisão para mais tarde. Como o seu mandato de dois anos termina a 13 de julho, será na reunião do Eurogrupo desse mês que os ministros das Finanças terão de escolher o seu sucessor ou renovar o seu mandato, caso queira recandidatar-se.

“Há muito trabalho exigente para fazer neste momento. Esse é o meu único foco neste momento”, respondeu o atual presidente do Eurogrupo.

(Notícia atualizada às 18h09 com mais informação)

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Bruxelas propõe estender proibição de entradas na UE até 15 junho

  • Lusa
  • 8 Maio 2020

Comissão Europeia convidou os Estados-membros a prolongarem até 15 de junho a interdição de entradas “não indispensáveis” em território europeu.

A Comissão Europeia convidou esta sexta-feira os Estados-membros a prolongarem até 15 de junho a interdição de entradas “não indispensáveis” em território europeu, adotada em meados de março como forma de prevenir a propagação da pandemia Covid-19.

O executivo comunitário justifica esta proposta de prorrogação da medida por mais 30 dias por a situação relativa à pandemia permanecer “frágil” e entender que só faz sentido as restrições nas fronteiras externas serem aligeiradas depois de os controlos nas fronteiras internas começarem a ser gradualmente levantados, e de forma coordenada entre os Estados-membros.

Em comunicado divulgado hoje à tarde em Bruxelas, o executivo comunitário nota que, “se bem que certos Estados da UE e certos países associados ao espaço Schengen [de livre circulação] estejam a tomar medidas preliminares para flexibilizar as medidas de luta contra a propagação da pandemia, a situação permanece frágil, tanto na Europa como no resto do mundo”.

“Afigura-se, pois, necessário manter as medidas que estão a ser aplicadas nas fronteiras externas a fim de reduzir o risco de propagação da doença através das viagens para o território da UE”, argumenta a Comissão Europeia, segundo a qual “a supressão da restrição das viagens deverá ser faseada”.

Segundo Bruxelas, “antes que as restrições nas fronteiras externas possam, numa segunda fase, ser aligeiradas, será necessário levantar, gradualmente e de uma forma coordenada, os controlos nas fronteiras internas”.

“Precisamos de respeitar uma abordagem faseada e coordenada. Assim que a situação sanitária o permita, o restabelecimento do funcionamento normal da livre circulação no espaço Schengen constituirá o nosso principal objetivo”, declarou a comissária europeia dos Assuntos Internos, Ylva Johansson.

“As restrições à livre circulação e os controlos nas fronteiras internas terão de ser gradualmente suprimidos antes que possamos eliminar as restrições nas fronteiras externas e garantir o acesso dos residentes de países terceiros ao território da UE, para efeitos de viagens não indispensáveis”, sustentou a comissária europeia.

Bruxelas lembra que a restrição das viagens, bem como o convite à sua prorrogação, aplica-se ao chamado «Espaço UE+», que inclui todos os Estados-Membros que pertencem ao espaço Schengen (incluindo Bulgária, Croácia, Chipre e Roménia) e os quatro Estados associados a Schengen (Islândia, Lichtenstein, Noruega e Suíça), num total de 30 países (a Irlanda tem uma derrogação).

“A Comissão apela à manutenção de uma abordagem coordenada no que respeita à prorrogação da medida, uma vez que a ação nas fronteiras externas só pode ser eficaz se for posta em prática por todos os Estados-Membros da UE e pelos Estados do espaço Schengen, em todas as fronteiras, de modo uniforme e respeitando a mesma data final”, conclui o comunicado.

Em 17 de março passado, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos em videoconferência, acordaram a interdição de entradas “não essenciais” em território europeu por 30 dias, proposta no dia anterior pela Comissão Europeia, que em 08 de abril propôs a extensão até 15 de maio da medida, que agora propõe que seja prorrogada por outros 30 dias.

A Europa é a região mais atingida pela pandemia, somando mais de 152 mil mortos e mais de 1,6 milhões de casos de infeção.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

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Conselho de Prevenção da Corrupção pede mais transparência nas compras da pandemia

O Conselho de Prevenção da Corrupção alerta para o maior risco de fraude por causa da pandemia e pede que a transparência seja reforçada nas compras públicas.

O Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), presidido por Vítor Caldeira, considera que a pandemia traz um risco acrescido de fraude na gestão do dinheiro público e, por isso, recomenda a todos as entidades públicas que procedam a um reforço da transparência e do controlo das verbas. Esta recomendação surge após as notícias que vieram a público sobre os contratos de milhões firmados pelo Ministério da Saúde.

“Esta situação reclama a adoção de medidas de prevenção, contenção, mitigação e tratamento da infeção epidemiológica da Covid-19 que implicam a mobilização de avultados recursos públicos“, explica o CPC num comunicado divulgado esta sexta-feira onde faz os alertas e a recomendação, reconhecendo que “os gestores públicos, estão hoje confrontados com necessidades inadiáveis e às quais urge responder adequada e atempadamente“.

Porém, “neste contexto, não podem ser ignorados os riscos de fraude e de corrupção associados a estas intervenções”, alerta, uma vez que a situação de “exceção” criada pela pandemia é “propícia ao desenvolvimento de fenómenos fraudulentos e de corrupção, os quais devem ser combatidos de forma a garantir que o enorme esforço realizado não é enfraquecido e que é garantido o normal funcionamento das instituições”.

E, por isso, é necessário adotar mais medidas que previnam estes riscos de se materializarem, nomeadamente com um reforço da transparência e controlo das verbas públicas que estão a ser desembolsadas neste momento, apesar da necessidade de celeridade.

“Assim, o Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC) deliberou recomendar a todas as entidades que gerem dinheiro ou património públicos que mantenham e reforcem os cuidados próprios de uma cultura de transparência, de ética e de integridade, incluindo nas componentes de controlo e das medidas de prevenção e mitigação de riscos no âmbito das suas condutas”, escreve o Conselho liderado por Vítor Caldeira (que é também presidente do Tribunal de Contas) e que conta com responsáveis do Ministério das Finanças, da Economia, da Ordem dos Advogados e do Ministério Público.

A recomendação divide-se em quatro aspetos: assegurar que não há conflitos de interesses; reforçar os meios para garantir que há transparência e imparcialidade na atribuição dos apoios públicos; criar instrumentos de monitorização da implementação desses apoios, “em obediência ao princípio da eficiência e da eficácia na aplicação de dinheiros públicos”; e ainda garantir um “controlo efetivo sobre as operações de intervenção pública no Setor Empresarial e noutras Entidades Privadas beneficiárias”.

Nas últimas semanas vieram a público notícias relacionadas com compras públicas na área da saúde. Segundo o Correio da Manhã, o Ministério da Saúde fez negócios “milionários” por ajuste direto, sem publicar ou assinar contrato escrito, com fornecedores de equipamentos de proteção individual, tais como máscaras e álcool em gel. O mesmo jornal escreveu que o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, terá pedido ao presidente da Câmara Municipal de Viseu para “potenciar” a empresa de um alegado ex-sócio.

Em relação aos ajustes diretos, tal foi justificado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) com “a urgência imperiosa” de adquirir este tipo de produtos em plena pandemia, garantindo que será produzido e divulgado um relatório sobre essas compras. A ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu que as compras feitas pelo Ministério durante a pandemia respeitaram o direito de concorrência e os princípios da realização de despesas públicas. As compras foram realizadas ao abrigo do regime excecional e transitório para a realização de aquisições que o Governo aprovou por causa da pandemia.

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EDP acelera 6% após disparo nos lucros

EDP brilhou na bolsa de Lisboa, com as ações a acelerarem mais de 6%. Mexia anunciou ontem um disparo dos lucros no primeiro trimestre e mateve a meta para 2020 apesar da pandemia.

A EDP foi a estrela da sessão na bolsa de Lisboa. As ações da elétrica nacional valorizaram 6,02% para 4,124 euros, depois de ter anunciado um disparo de 45% dos lucros no primeiro trimestre e de o CEO António Mexia ter assegurado que a pandemia não mudou o objetivo de lucro de 800 milhões para este ano.

Foi um desempenho que permitiu ao PSI-20, o índice de referência nacional, valorizar 0,42% para 4.238,40 pontos, isto apesar da perda de 1% no acumulado desta semana.

Além da EDP, mais oito cotadas nacionais encerraram a semana com ganhos. A Mota-Engil valorizou 2,99% para 1,102 euros, no segundo melhor registo em Lisboa.

Entre os pesos pesados nacionais, o dia foi negativo. A Galp e a Jerónimo Martins desvalorizaram 1,16% para 10,26 euros e 0,35% para 15,45 euros, respetivamente.

A operadora Nos teve um dos piores desempenhos, com uma queda de 1,75%, depois de ter anunciado prejuízos de 10 milhões de euros no trimestre.

EDP acelera 6% após resultados

Lisboa acompanhou o sentimento europeu, com os investidores mais animados em relação ao acordo comercial entre os EUA e China e as indicações de que a implementação da fase 1 está a correr dentro do previsto.

A praça de Londres esteve encerrada devido à celebração dos 75 anos do fim da II Guerra Mundial. Mas em Frankfurt, Paris e Milão os ganhos ascenderam a mais de 1%. O espanhol IBEX-35 somou 0,71%.

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Só metade dos portugueses usam máscara quando saem de casa

Mais de dois terços dos inquiridos numa sondagem da Marktest diz que já tem uma máscara em casa para quando for necessário.

Só cerca de metade dos portugueses utiliza máscara quando sai de casa, revela uma sondagem da Marktest. Isto mesmo quando mais de dois terços dos inquiridos refere que já tem uma máscara em casa para quando for necessário, número que aumentou nas últimas semanas.

Enquanto há duas semanas apenas 47% dos portugueses inquiridos tinha uma máscara, agora essa percentagem subiu para 71%. O número de pessoas que de facto utilizam este equipamento de proteção quando saem de casa também aumentou. No entanto, continua a não ser superior a 50%.

Quanto a necessidade de utilizar máscaras, já 82% dos inquiridos concordam que o seu uso deveria ser obrigatório. De recordar que, desde o início do mês, o uso de máscara é obrigatório nos transportes públicos, comércio, escolas, bem como, em locais fechados em que haja um elevado número de pessoas.

Ser contaminado é o principal receio dos portugueses nesta altura, seguido pela falência da economia nacional. A informação para esta que é a 7ª edição do barómetro de opinião Covid-19 foi recolhida entre os dias 27, 28 e 29 de abril, junto de uma amostra de 519 inquiridos, com mais de 18 anos, residentes em Portugal Continental.

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PCP critica Governo por continuar a “enterrar milhões” no Novo Banco

  • Lusa
  • 8 Maio 2020

O Estado continua “a enterrar milhões de euros dos portugueses no Novo Banco” sem que no final seja estatal e sem ser “colocado ao serviço dos interesses do país”, diz deputado do PCP.

O PCP considerou esta sexta-feira “inqualificável” que o Estado continue a “enterrar milhões” no Novo Banco sem que se recupere o controlo sobre o banco, “ainda mais” em tempo de crise causada pela pandemia de Covid-19.

Em declarações à Lusa, o deputado comunista Duarte Alves afirmou que esta nova transferência para o Novo Banco “feita sem aparentemente o governo ter tido um controlo político” sobre ela revela dois pesos e duas medidas.

“Houve uma agilidade e uma falta de controlo político que é totalmente contrastante com a quantidade de burocracias que são exigidas as microempresas para ter acesso ao apoio [do Estado] que necessitam nesta fase em que estamos a viver”, acusou, referindo-se ao facto de a transferência ter sido feita sem conhecimento do primeiro-ministro, que disse o contrário no debate quinzenal de quinta-feira, no parlamento.

Além disso, acrescentou, esta transferência de “mais de 850 milhões de euros para o Novo Banco dá mais uma vez razão à proposta que o PCP apresentou no Orçamento [do Estado] de 2020 de que não fosse entregue nem mais um cêntimo sem que se iniciasse o processo de recuperação do controlo público sobre o banco”.

Para o deputado comunista, o que está a acontecer é o contrário do que o PCP propôs, continuando o Estado “a enterrar milhões de euros dos portugueses no Novo Banco” sem que no final seja estatal e sem ser “colocado ao serviço dos interesses do país”.

O Expresso noticiou na quinta-feira que o Novo Banco recebeu esta semana mais um empréstimo público no valor de 850 milhões de euros. A notícia surgiu depois de António Costa ter garantido, nessa tarde, no debate quinzenal, que não haveria mais ajudas de Estado até que os resultados da auditoria ao banco fossem conhecidos.

Os 850 milhões de euros foram transferidos para o Fundo de Resolução sob a forma de um empréstimo, que injetou 1.037 milhões de euro no Novo Banco. O dinheiro destina-se a compor as contas do Novo Banco de 2019.

Hoje, o primeiro-ministro explicou que não foi informado pelo Ministério das Finanças do pagamento de 850 milhões de euros ao Novo Banco, tendo já pedido desculpa ao Bloco de Esquerda pela informação errada transmitida durante o debate quinzenal.

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Segurança Social paga hoje pensões com aumentos extraordinários

A partir deste mês, as pensões já beneficiam de um aumento extraordinário. Prestações aumentadas são pagas, esta sexta-feira, pela Segurança Social aos pensionistas.

A partir deste mês, as pensões mais baixas passam a beneficiar do aumento extraordinário previsto no Orçamento do Estado para 2020. Em conjunto com a atualização normal já atribuída desde janeiro, as pensões até 658 euros passam agora a contar com uma subida total de dez euros. Segundo confirmou ao ECO fonte do Ministério do Trabalho, os cheques com as prestações aumentadas chegam, esta sexta-feira, aos pensionistas da Segurança Social e no dia 19 aos subscritores da Caixa Geral de Aposentações (CGA).

Desde janeiro que as pensões até 877,62 euros mensais (duas vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais ou IAS) têm beneficiado de um aumento de 0,7%, ditado pela inflação registada até novembro de 2019 e pelo crescimento económico dos últimos dois anos. Para as pensões entre 877,62 e 2.632,86 euros, o reforço foi de 0,2%. Já as pensões acima desse valor, ficaram estagnadas.

Além desta atualização normal, ficou previsto no Orçamento do Estado um aumento extraordinário para as pensões até 658,2 euros (1,5 vezes o IAS). A soma da subida normal com a extraordinária traduz-se, à semelhança do que aconteceu nos últimos anos, num reforço total de dez euros em 2020.

Em 2019, esse aumento adicional tinha sido sentido desde janeiro, mas este ano ficou estabelecido que tal subida extra só seria paga a partir do mês seguinte à entrada em vigor do Orçamento do Estado. Ou seja, a partir de maio.

Face ao contexto de incerteza trazido pela pandemia de coronavírus e perante os atrasos que se têm verificado no pagamento dos apoios sociais extraordinários, o ECO questionou o Ministério do Trabalho sobre o calendário desta prestação. Fonte do gabinete de Ana Mendes Godinho garantiu que se mantém o pagamento do aumento extraordinário em maio e, segundo o calendário da Segurança Social, as pensões reforçadas são transferidas esta sexta-feira. Na CGA, o pagamento só deverá ser feito a 19 de maio.

Este é o quarto ano consecutivo em que o Executivo procede a aumentos extraordinários das pensões, de modo a “aumentar o rendimento dos pensionistas com pensões mais baixas e a compensar os pensionistas que não tiveram qualquer atualização nas reformas entre 2011 e 2015“.

No total, este aumento extra abrange, este ano, 1,9 milhões de pensionistas da Segurança Social e da CGA: 1,3 milhões beneficiam de um aumento total (normal e extraordinário) de dez euros e 600 mil euros beneficiam de um aumento total (normal e extraordinário) de seis euros. Este último grupo diz respeito às pensões até 658,2 euros que foram atualizadas entre 2011 e 2015. Esta atualização extraordinária representa uma despesa anual de 120 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 16h57)

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Trabalhadores informais só vão ter apoio da Segurança Social durante dois meses

Os trabalhadores informais que peçam o novo apoio extraordinário têm de manter atividade aberta durante 24 meses, mas a ajuda tem a duração máximo de dois meses.

O novo apoio social destinado aos trabalhadores informais tem como duração máxima dois meses, esclareceu o Executivo de António Costa, no decreto-lei publicado esta quinta-feira. Para ter acesso a esta ajuda, os trabalhadores têm, contudo, de cumprir uma espécie de “período de fidelização” à Segurança Social “por um período mínimo de 24 meses”.

Com vista a “promover a entrada na economia formal”, o Governo lançou um apoio extraordinário destinado aos trabalhadores “que não se encontram enquadrados no sistema de Segurança Social”, desde que declarem o início ou reinício de atividade independente junto da administração fiscal.

Uma vez cumprida essa condição e requerido o apoio, a Segurança Social transfere o montante correspondente a metade do valor do Indexante dos Apoios Sociais, ou seja, 219,4 euros.

Em troca, o trabalhador informal tem de manter a atividade independente aberta “por um período mínimo de 24 meses após a cessação do pagamento da prestação“. Se falhar este “período de fidelização”, o trabalhador terá de devolver a totalidade dos apoios à Segurança Social.

Até agora, os trabalhadores informais não tinham direito a qualquer apoio extraordinário, mas o Governo decidiu lançar agora uma nova ajuda. No pacote de novos apoios aprovado e promulgado esta quinta-feira, está também incluída a flexibilização do acesso ao subsídio social de desemprego, uma ajuda para os “recibos verdes” que não cumpram o prazo de garantia e o alargamento da proteção social aos sócios-gerentes com trabalhadores.

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Nestlé apoia hotéis, restaurantes e cafés com 475 milhões

#AlwaysOpenforYou é a mais recente iniciativa da Nestlé que tem como missão ajudar as empresas parceiras na reabertura dos seus negócios.

A Nestlé lançou internacionalmente a iniciativa #AlwaysOpenforYou (#SempreAbertosparaSi). O objetivo é ajudar as empresas parceiras, como hotéis, restaurantes e cafés, na reabertura dos seus negócios.

Um investimento de 475 milhões de euros que será canalizado para o desenvolvimento de soluções adaptadas às necessidades, individuais e específicas de cada negócio, nomeadamente a extensão de prazos de pagamento de créditos, a suspensão de taxas de aluguer de máquinas de café e a flexibilidade nas quantidades mínimas de pedidos.

“A Nestlé está a desenvolver planos personalizados e adaptados à realidade de cada um destes negócios, para que se consigam manter resilientes durante este período, mantendo o seu “músculo” empresarial ativo para um retorno à atividade com o maior sucesso possível”, afirma Victor Manuel Martins, diretor ibérico de Nestlé Professional.

Perante as dificuldades que as empresas estão a enfrentar, o manager da Nespresso Professional em Portugal, João Graça, acredita que “só assim conseguimos ajudar a garantir uma reabertura de negócio com sucesso”.

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Festivais cancelados dão voucher válido até dezembro de 2021. Mas dinheiro só chega em 2022

Quem tinha bilhete comprado para os festivais, vai ter direito a um voucher no mesmo valor, com validade até dezembro de 2021. Mas quem quiser ser reembolsado em dinheiro, tem de esperar até 2022.

Depois de proibir a realização de festivais até 30 de setembro, o Governo já deu mais detalhes sobre o reembolso de quem já tinha comprado bilhete. Os festivaleiros terão direito a um vale no valor do bilhete, com validade até dezembro de 2021. Mas, caso não seja utilizado nesse prazo, quem quiser ser reembolsado em dinheiro tem de esperar até 2022.

Incluídos neste novo regime estão os festivais que se iam realizar entre 28 de fevereiro e 30 de setembro deste ano. Para quem tinha bilhete comprado para um destes eventos, terá direito à “emissão de um vale de igual valor ao preço pago”. Este voucher será emitido em nome do portador do bilhete e poderá ser transmitido a terceiros “por mera tradição”, refere o Governo, na proposta de lei que deu entrada no Parlamento.

O utilizador tem até 31 de dezembro de 2021 para usar o vale e pode optar por utilizá-lo “na aquisição de bilhetes de ingresso para o mesmo espetáculo a realizar em nova data ou para outros eventos realizados pelo mesmo promotor”. Incluído continuará, se for o caso, o seguro que tiver sido contratado no momento da aquisição do bilhete e ao utilizador não podem ser cobrados quaisquer outros valores ou comissões.

Caso o vale não seja utilizado até ao dia 31 de dezembro de 2021, o portador tem direito ao reembolso do valor do mesmo, a solicitar no prazo de 14 dias úteis. Ou seja, apenas em 2022.

A partir desta sexta-feira, os organizadores dos festivais devem publicitar o cancelamento do espetáculo ou a nova data para a sua realização, o local, físico ou eletrónico, o modo e o prazo para emissão de vale e todos os espetáculos a realizar pelo mesmo promotor, até 31 de dezembro de 2021, que permitam a utilização dos vales emitidos, bem como o local, físico e eletrónico, o modo e o prazo para utilização do mesmo.

Além disso, devem publicar a lista das agências, postos de venda e plataformas de venda eletrónica de bilhetes que permitam a utilização do vale e ainda o local, físico ou eletrónico, o modo e o prazo de reembolso do vale não utilizado. O Governo refere ainda que os organizadores dos festivais e espetáculos podem proceder à “substituição do bilhete do espetáculo por outro espetáculo diferente, ajustando-se o preço devido”.

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BTL adiada para março de 2021. Organização não exclui evento de apoio ao Turismo de Portugal este ano

A Bolsa de Turismo de Lisboa foi adiada para os dias 3, 4, 5, 6 e 7 de março de 2021. Mas a organização admite a hipótese de realizar ainda este ano um evento de apoio ao Turismo de Portugal.

Estava marcada para o final de maio mas, tal como muitos outros eventos, também a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) foi adiada devido ao surto de coronavírus. Assim, o evento fica marcado para março de 2021 mas, ainda este ano, a organização não exclui a hipótese de organizar um outro evento para promover e apoiar o Turismo de Portugal.

O evento estava marcado para 27 a 31 de maio, mas face às recomendações da Direção Geral de Saúde (DGS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), a Fundação AIP decidiu cancelar o evento nestas datas.

“A Fundação AIP, após auscultar diferentes parceiros e entidades publicas e privadas do Sector do Turismo concluiu que, face ao cenário evolutivo da pandemia, continuam a não estar reunidas as condições para poder assegurar a realização da BTL 2020”, explicou, em comunicado.

“Este evento terá assim lugar apenas em 2021 entre os dias 3 e 7 de março, na FIL“, diz. Nessa altura, já se esperam estarem reunidas as condições necessárias.

Até lá, a Fundação AIP e o Turismo em Portugal vão estudar a viabilidade de, ainda no decorrer de 2020, organizar um evento “dedicado exclusivamente à promoção, suporte e apoio ao Turismo em Portugal que permita minimizar os impactos económicos decorrentes do Covid-19”, acrescenta.

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(RE)Inventar o Retalho

“EACH DAY IS AN OCCASION TO REINVENT OURSELVES”. A opinião é do designer norte americano Ralph Lauren e é um bom inicio de conversa para mais uma Ecoolhunter Talks goes digital.

Depois de tempos sem precedentes, aos poucos o país começa a voltar ao normal. A uma nova normalidade a que vamos ter de nos habituar. Dias que trazem consigo também a reabertura do retalho, o que traz consigo desafios, mas também novas oportunidades.

Nesta Ecoolhunter Talks goes digital, juntamos Helena Amaral Neto, consultora e professora especialista no mercado de luxo; Nuno Oliveira, business diretor do VIA Outlets Ibéria; e Renato Leite Portugal, managing director Global Blue.

Uma reflexão sobre a forma de (RE) Inventar o retalho que pode ver no vídeo:

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