Costa avisa que 3.º período de aulas é essencial para preparar próximo ano letivo

  • Lusa
  • 15 Maio 2020

O primeiro-ministro frisou que o regresso às aulas dos 11.º e 12.º anos, a partir de segunda-feira, será essencial para treinar e preparar as medidas de segurança a implementar no próximo ano letivo.

O primeiro-ministro considerou esta sexta-feira que o regresso às aulas presenciais nos 11.º e 12.º anos, a partir de segunda-feira, será essencial para treinar a comunidade educativa, visando aperfeiçoar as condições de segurança no próximo ano letivo.

António Costa deixou esta mensagem no final de uma visita à Escola Secundária D. Pedro V, em Lisboa, uma das maiores do país com 1260 alunos, dos quais 460 retomarão as aulas presenciais já na segunda-feira.

Estas semanas vão ser muito importantes para todos, não só para concluir bem este ano letivo, mas, sobretudo, para treinar o próximo ano“, afirmou o líder do executivo, numa ação em que esteve acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.

O primeiro-ministro frisou em seguida que, “seguramente, em todo o próximo ano letivo”, a comunidade educativa terá de continuar a conviver com o novo coronavírus, “porque não estará disponível uma vacina”.

“Portanto, este regresso é uma forma de as direções das escolas, os docentes, os alunos, os assistentes operacionais e as famílias testarem metodologias e aprenderem com a prática para saberem aquilo que é necessário aperfeiçoar no próximo ano letivo. Mais uma vez, no próximo ano letivo, vamos ter também a Covid-19. Temos de aproveitar este período para aprender a conviver com a Covid-19″, reforçou António Costa.

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Conselho da UE dá luz verde a programa temporário contra desemprego

  • Lusa
  • 15 Maio 2020

O programa SURE providenciará 100 mil milhões de euros em empréstimos em condições favoráveis aos Estados-membros, para ajudar a financiar aumentos da despesa pública em medidas contra o desemprego.

Os embaixadores dos 27 Estados-membros junto da União Europeia alcançaram esta sexta-feira um acordo político sobre o programa SURE, o novo instrumento temporário criado para salvaguardar postos de trabalho no quadro da crise da Covid-19, anunciou o Conselho.

Este instrumento constitui uma das três “redes de segurança” do pacote de resposta de emergência à crise provocada pela pandemia da Covid-19, e providenciará até 100 mil milhões de euros em empréstimos em condições favoráveis aos Estados-membros, para os ajudar a financiar aumentos súbitos e avultados da despesa pública relacionada com medidas de combate ao desemprego, como regimes nacionais de redução do tempo de trabalho.

Os Estados-membros que decidirem aceder a estes empréstimos podem declarar despesas desde 1 de fevereiro passado.

No mais recente Conselho Europeu, celebrado em 23 de abril por videoconferência, os chefes de Estado e de Governo aprovaram o pacote de emergência acordado pelo Eurogrupo num montante global de 540 mil milhões de euros, e solicitaram que todos os instrumentos estivessem operacionais até 01 de junho.

Além do programa SURE, a “rede de segurança” para trabalhadores, o pacote é constituído por uma “rede” para as empresas – um fundo de garantia pan-europeu do Banco Europeu de Investimento – e outra para os Estados, a linha de crédito do Mecanismo Europeu de Estabilidade, através da qual os Estados-membros podem requerer até 2% do respetivo PIB para despesas direta ou indiretamente relacionadas com cuidados de saúde, tratamentos e prevenção da Covid-19.

Na passada terça-feira, a Confederação Europeia dos Sindicatos (CES) exortara os Estados-membros a adotarem na reunião de embaixadores desta semana o programa para salvaguardar postos de trabalho, argumentando que este chegaria “tarde demais para fazer a diferença” se não fosse assinado esta semana.

Para ilustrar a urgência na adoção deste programa, a CES recorre a um inquérito publicado na véspera pela Eurofund, de acordo com o qual 28% dos trabalhadores europeus perderam o seu emprego, temporária ou permanentemente, devido à crise provocada pela Covid-19.

Após o aval desta sexta-feira dos 27, ao nível de embaixadores, o programa será formalmente adotado pelo Conselho através de procedimento escrito, o que está previsto para a próxima terça-feira.

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Alemanha, França e Itália já estão em recessão

As três maiores economias da União Europeia já estão em recessão técnica ao acumularem dois trimestres consecutivos de contração económica.

A Alemanha, França e Itália entraram em recessão técnica no primeiro trimestre de 2020. As três maiores economias da Zona Euro e da União Europeia acumularam dois trimestres consecutivos de contração económica, o que corresponde à definição técnica de recessão.

As economias alemã, francesa e italiana já estavam a encolher mesmo antes da pandemia, tendo contraído no quarto trimestre de 2019 em cadeia (face ao trimestre anterior). Com a chegada da crise pandémica no primeiro trimestre deste ano, o PIB aprofundou a contração em cadeia nesses três países que acabaram assim por entrar em recessão técnica, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.

No caso da Alemanha, cuja economia representa cerca de 25% da economia da Zona Euro, o PIB tinha contraído 0,1% em cadeia no quarto trimestre. A essa queda trimestral juntou-se agora uma contração de 2,2% no primeiro trimestre, consequência da pandemia que se instalou na Europa em março. É a queda em cadeia mais expressiva desde a crise financeira.

Contudo, em comparação com França e Itália, a Alemanha conseguiu resistir melhor ao impacto económico, até porque foi menos afetada pelo vírus. A queda do PIB alemão em cadeia ficou abaixo da média da Zona Euro (-3,8%) e da União Europeia (-3,3%).

Quedas históricas no PIB em cadeia

Evolução da taxa de crescimento em cadeia do PIB da Alemanha, França e Itália.Dados do Eurostat.

A economia francesa foi a que sentiu o maior impacto, tendo passado de uma contração em cadeia de 0,1% do quarto trimestre para uma queda trimestral de 5,8% no primeiro trimestre de 2020. Ao acumular dois trimestres de contração, França também já está oficialmente em recessão técnica.

Às duas maiores economias europeias junta-se a terceira: Itália, o país mais afetado pela pandemia na União Europeia (excluindo o Reino Unido, que já não é um Estado-membro desde 31 de janeiro). A economia italiana tinha contraído 0,3% no quarto trimestre e agora caiu 4,7% no primeiro trimestre, também acima da média europeia.

A Grécia deverá integrar este grupo que entrou em recessão técnica no primeiro trimestre de 2020. Ainda não há dados para a evolução da economia grega no primeiro trimestre, mas no quarto trimestre o PIB grego também tinha registado um queda em cadeia.

Além da Grécia, Estónia, Irlanda, Croácia, Luxemburgo, Malta e Eslovénia não têm dados para o primeiro trimestre. Contudo, o PIB destes países cresceu em cadeia cresceu no quarto trimestre pelo que só deverão entrar em recessão técnica no segundo trimestre, à semelhança de Portugal.

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INE confirma impacto da pandemia no turismo. Hóspedes recuaram 62,3% em março

O número de hóspedes que passou pelos alojamentos turísticos de Portugal totalizou os 697,7 mil em março.

No mês de março os efeitos do coronavírus no turismo já se sentiram em força. O número de hóspedes que passou pelos alojamentos turísticos nacionais caiu 62,3%, totalizando os 697,7 mil, adiantou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta sexta-feira. Tanto os hóspedes estrangeiros como os nacionais caíram para mais de metade.

De salientar que as taxas de variação homóloga dos hóspedes das estimativas rápidas, que tinham sido divulgadas no final de abril, foram retificadas esta quinta-feira pelo INE, para 62,1%. Desta forma, a queda foi ainda mais acentuada do que o estimado inicialmente.

Já o número de dormidas foi confirmado, registando uma queda de 58,7% para 1,9 milhões. Não só os turistas residentes registaram uma diminuição acentuada, de 57,6%, mas também os estrangeiros (59,2%), numa altura em que o surto de coronavírus já estava espalhado pelo globo. Em todos os principais mercados emissores se verificaram quedas, nomeadamente aqueles mais atingidos. Foi o caso dos turistas chineses, que caíram quase 80%. Também aqueles vindos de Itália, primeiro foco do vírus na Europa, recuaram 76,5% em março. Já o mercado espanhol, onde também se contaram vários casos, que corresponde a 7,7% do total, registou um decréscimo de 67,3% nesse mês.

Os turistas norte-americanos também cortaram nas visitas, registando uma queda de 67,5% em março. Já os mercados alemão e britânico, que juntos contabilizam mais de um terço do total das dormidas daqueles não residentes em Portugal, caíram para mais de metade.

Com a forte redução de turistas, os proveitos totais tiveram uma queda de 60,2%, situando-se em 98,9 milhões de euros. De salientar que, “para além do impacto da atual pandemia, as variações homólogas foram também influenciadas pelo efeito de calendário correspondente ao Carnaval que, este ano, ocorreu em fevereiro e, no ano anterior, tinha ocorrido em março”, nota o INE.

Oito em cada dez estabelecimentos tiveram cancelamentos

A chegada inesperada da pandemia trouxe alterações aos planos de muitos turistas. Muitos dos que já tinham férias marcadas decidiram cancelar, perante a propagação do surto. Em Portugal, “78,9% dos estabelecimentos de alojamento turístico respondentes assinalaram que a pandemia motivou o cancelamento de reservas agendadas para os meses de março a agosto de 2020″, assinalou o INE.

Foi nas regiões autónomas que os cancelamentos se sentiram mais. Na Madeira 91,8% dos estabelecimentos registaram cancelamentos de reservas, e nos Açores 90,7% sofreram o mesmo problema. Seguiram-se a região de Lisboa e do Algarve, ambos com uma proporção a rondar os 80%.

A maioria dos cancelamentos diziam respeito a reservas para os meses de junho a agosto, tipicamente altura das férias de verão. Foram os turistas nacionais que mais decidiram mudar a reserva, e foi no setor da hotelaria que mais se verificaram cancelamentos. Este foi também o tipo de estabelecimento onde as dormidas foram mais penalizadas.

(Notícia atualizada às 11h50)

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BES: Tribunal da Concorrência vai julgar recurso da KPMG a coimas de perto de 5 milhões de euros

  • Lusa
  • 15 Maio 2020

Vão ser julgados os pedidos de impugnação da auditora KPMG e de cinco dos seus sócios às coimas no valor global de 4,9 milhões de euros aplicadas pelo supervisor no âmbito do caso BES.

O Tribunal da Concorrência, em Santarém, vai julgar os pedidos de impugnação da auditora KPMG e de cinco dos seus sócios às coimas no valor global de 4,9 milhões de euros aplicadas pelo supervisor no âmbito do caso BES.

Com início de julgamento marcado para o próximo dia 20, em causa está a condenação, pelo Banco de Portugal (BdP), da KPMG ao pagamento de uma coima de três milhões de euros, do seu presidente, Sikander Sattar, de 450.000 euros, de Inês Neves (425.000 euros), de Fernando Antunes (400.000 euros), de Inês Filipe (375.000 euros) e de Silvia Gomes (225.000 euros), de que todos recorreram.

A decisão do BdP concluiu que houve a violação de normas que determinam o “dever de os revisores oficiais de contas ao serviço de uma instituição de crédito e os auditores externos de comunicarem factos que são suscetíveis de determinar uma emissão de reserva às contas da entidade que auditam”, neste caso o Banco Espírito Santo (BES), e a prestação de informações incompletas e de informações falsas ao supervisor, relativas à situação da filial em Angola (BESA).

Na sua decisão, de 22 de janeiro de 2019, que culminou com a autuação em 17 de junho, o BdP considerou ter ficado provado que, entre 2011 e, pelo menos, dezembro de 2013, os arguidos sabiam que, no âmbito do seu trabalho de auditoria, nomeadamente para efeitos de certificação das contas consolidadas do BES, não tinham acesso a informação essencial sobre a carteira de crédito do BESA e que, pelo menos a partir de janeiro de 2014, sabiam que existia um conjunto de créditos considerados incobráveis.

Para o BdP, tais factos deveriam ter determinado a emissão de uma reserva às contas consolidadas do BES e deveriam ter sido comunicados ao supervisor.

Nos pedidos de impugnação entregues no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), consultados pela Lusa, os arguidos afirmam ser “falso” que tenham tido conhecimento de qualquer informação sobre a carteira de crédito do BESA que fosse suscetível de gerar reservas às contas consolidadas do BES.

Na sua defesa, a KPMG salienta que as contas do BESA foram auditadas em 2011, 2012 e 2013 pela KPMG Angola, pessoa coletiva de direito angolano que não tem qualquer relação de grupo com a KPMG Portugal, apesar de serem ambas presididas por Sikander Sattar.

A KPMG assegura que a ata da assembleia-geral do BESA, realizada nos dias 3 e 21 de outubro de 2013, traduzia uma “fotografia provisória” da situação do banco, por, nessa altura, estar ainda a ser recolhida informação, e alega que a mudança de administração da filial angolana do BES dificultou o acesso e “porventura levou ao desaparecimento” de alguma informação.

Sobre o exercício de 2013 do BES, afirma que o reporte teve em conta a existência da garantia soberana do Estado angolano que assegurava o reembolso dos créditos em causa.

Negando ter havido prestação de informações incompletas e falsas, a KPMG refere a reunião realizada a 6 de junho de 2014 com a equipa do BdP, em que foi prestada a informação que tinha na sua posse e que havia sido solicitada em 30 de maio, nomeadamente, de que o valor máximo de perda potencial, caso não existisse garantia soberana, era de 3,4 mil milhões de euros.

Quanto aos arguidos singulares, afirma que as infrações que lhes foram apontadas dependem do exercício das funções de revisor oficial de contas do BES, sendo “absolutamente irrelevante” os cargos sociais que ocupavam à data dos factos na KPMG Angola e na KPMG Portugal, bem como o facto de serem sócios ou ‘partners’ com contratos de trabalho com as auditoras.

A KPMG Portugal foi Revisor Oficial de Contas (ROC) e auditor externo do BES desde dezembro de 2006. Em 2010 assumiu a gestão da KPMG Angola, a pedido da KPMG International.

O processo surge no âmbito do aumento da exposição do BES ao BESA, sendo que, entre janeiro de 2011 e agosto de 2014, data da resolução do Banco Espírito Santo, o montante total do financiamento concedido por este passou de cerca de 3,131 mil milhões de dólares para perto de 5,1 mil milhões.

O TCRS vai iniciar igualmente (ainda sem data marcada) o julgamento dos recursos às coimas, superiores a 3,5 milhões de euros, aplicadas pelo supervisor a ex-administradores do BES também no âmbito da exposição do banco ao BESA.

Na condenação, em junho de 2019, o Banco de Portugal aplicou coimas de 1,8 milhões de euros ao ex-presidente do Banco Espírito Santo Ricardo Salgado, de 1,2 milhões de euros ao antigo administrador Amílcar Morais Pires, de 400.000 euros a Rui Silveira e de 150.000 euros a Gherardo Petracchini, que recorreram da decisão para o TCRS.

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Covid-19: FCT tem 500 mil euros para investigações sobre impactos de género

A Fundação para a Ciência e Tecnologia tem 500 mil euros para financiar estudos que investiguem o impacto da pandemia nas desigualdades de género, na violência doméstica e contra as mulheres.

O concurso Gender Research 4 COVID 19, lançado esta quinta-feira pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) vai apoiar novos estudos sobre os impactos de género da atual pandemia. Esta iniciativa pretende estimular novos trabalhos de investigação do impacto do Covid-19 nas desigualdades de género e na violência contra as mulheres e a violência doméstica.

A FCT tem 500 mil euros para apoiar estes projetos de implementação rápida — até 10 meses de desenvolvimento –, e com o limite máximo de financiamento por projeto de 40 mil euros. Serão consideradas três linhas de orientação: género e mercado de trabalho; quotidianos, estereótipos e papéis de género; e violência contra as mulheres e violência doméstica.

“Sabemos que a “ciência cura”, mas que é também com mais investigação social que poderemos aprender a ser mais responsáveis e a educar as novas gerações”, ressalva Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, sobre o projeto.

“Sabemos que nenhuma crise é neutra sob o ponto de visto de género e que reproduz e tende a exacerbar as desigualdades existentes entre mulheres e homens. Tal como na anterior crise económico-financeira, anteveem-se impactos desproporcionais para as mulheres, que, desta vez, o Governo quer conhecer e medir. Por isso decidimos lançar este apoio inédito para a área de estudos de género, de forma a melhor fundamentar as nossas políticas de igualdade”, sublinha Rosa Monteiro, secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade.

Esta iniciativa faz parte de uma série de programas lançados pela FCT nos últimos dois meses, respetivamente o Research 4 COVID19: para projetos de I&D em áreas específicas de ciências da vida e engenharia, o AI 4 COVID19, para apoiar projetos de I&D em ciências dos dados e inteligência artificial com a administração pública, as bolsas de doutoramento para investigação em ciências da virologia Doctorates4COVID-19, e ainda o Science 4 COVID19, uma plataforma relacional e de comunicação entre cientistas.

As candidaturas devem ser submetidas com o preenchimento de um formulário no site oficial, entre 15 de maio e 2 de junho.

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Quebra do PIB em Portugal foi a sexta maior da União Europeia

O Eurostat atualizou esta sexta-feira os dados do PIB do primeiro trimestre, incluindo a desagregação por país. Portugal registou a quinta maior redução do PIB em termos homólogos.

A contração da 2,4% da economia portuguesa, em termos homólogos, no primeiro trimestre, foi a sexta maior da União Europeia, de acordo com os dados do Eurostat divulgados esta sexta-feira que já incluem o número divulgado também hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em média, a economia da Zona Euro contraiu 3,2% (revista em baixo de 3,3%), em termos homólogos, no primeiro trimestre de 2020 no qual já foi parcialmente afetada pela pandemia. Já face ao trimestre anterior, a quebra foi de 3,8%. Dos 20 Estados-membros para os quais já há dados, nove países continuaram a crescer enquanto 11 países viram o seu PIB contrair.

Na comparação homóloga, Portugal está no grupo dos países cuja economia contraiu no primeiro trimestre por causa da pandemia. Contudo, é superado por França (-5,4%, a maior queda), Itália (-4,8%), Espanha (-4,1%), Eslováquia (-4,1%), Bélgica (-2,8%) e igualado pela Áustria (-2,4%). Ainda não há dados para a Grécia, Estónia, Irlanda, Croácia, Luxemburgo, Malta e Eslovénia.

A registarem uma contração mais baixa estão países como a Alemanha (-2,3%), a República Checa (-2,2%), a Letónia (-1,5%) e a Holanda (-0,7%).

http://videos.sapo.pt/1Y3FZ26wgpSGzptmSYEZ

Apesar de Portugal registar a sexta maior queda homóloga do PIB no primeiro trimestre, a contração fica aquém da média da Zona Euro (-3,2%) e da União Europeia (-2,6%). Tal é explicado pela influência que as grandes economias, neste caso França, têm na média, arrastando-a para níveis inferiores ao que é registado na maioria dos Estados-membros.

Os números mostram que, em pelo menos nove países, a contração da economia ainda não começou no primeiro trimestre, apesar de terem desacelerado: o PIB continuou a crescer na Dinamarca (0,3%), Bulgária (2,4%), Chipre (0,8%), Lituânia (2,5%), Hungria (2%), Polónia (1,6%), Roménia (2,7%), Finlândia (0,4%) e Suécia (0,5%).

Tal como o INE, o Eurostat também assinala que muitos destes dados são provisórios e poderão ser revistos nas próximas atualizações das contas nacionais.

Apenas três países resistem à contração em cadeia

Na comparação em cadeia, ou seja, do quarto trimestre de 2019 para o primeiro trimestre de 2020, apenas três países — a Finlândia (0,1%), a Roménia (0,3%) e a Bulgária (0,3%) — registaram variações positivas.

Os restantes Estados-membros viram a sua economia contrair em cadeia, com a queda mais expressiva a ocorrer em França (-5,8%), seguida da Eslováquia (-5,4%) e de Espanha (-5,2%).

No caso de Portugal, a contração em cadeia de 3,9% é ligeiramente superior à da média da Zona Euro (-3,8%) e da União Europeia (-3,3%). Nesta ótica, a quebra do PIB português é a quinta maior da UE, igualando o registo da Bélgica (-3,9%).

Olhando para a evolução em cadeia, as três maiores economias da Zona Euro e da UE já estão em recessão ao acumularem dois trimestres consecutivas de contrações. É o caso da Alemanha, da Itália e de França que no quarto trimestre de 2019 já tinham visto o PIB cair face aos três meses anteriores.

Emprego encolhe pela primeira vez desde 2013

O número de trabalhadores na Zona Euro e na União Europeia caiu 0,2% no primeiro trimestre de 2020, em comparação com o quarto trimestre de 2019. Esta foi a primeira queda da população empregada na Europa desde o segundo trimestre de 2013, altura em que ainda se vivia a recessão provocada pela crise das dívidas soberanas.

Ainda assim, na comparação homóloga, o número de emprego continua a ser mais elevado do que no primeiro trimestre de 2019: +0,3% tanto na Zona Euro como na União Europeia.

Contudo, registou-se uma travagem profunda dado que no quarto trimestre as taxas de crescimento homólogas do emprego eram de 1,1% na Zona Euro e 1% na União Europeia. “Estas são as taxas de crescimento mais baixas desde o primeiro trimestre de 2014 para a Zona Euro e desde o quarto trimestre de 2013 para a União Europeia“, assinala o Eurostat.

(Notícia atualizada às 11h14 com informação do mercado de trabalho também divulgada pelo Eurostat)

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CIP quer fundo de três mil milhões para capitalizar empresas

  • ECO e Lusa
  • 15 Maio 2020

A Confederação Empresarial de Portugal quer um fundo para a capitação das empresas no valor de três mil milhões de euros. O objetivo é ficar na órbita do banco de fomento.

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) vai levar esta sexta-feira à reunião de concertação social um conjunto de propostas para a capitalização das empresas, entre elas está um fundo de capitalização de três mil milhões de euros, apurou o Jornal de Negócios (acesso pago) e o Jornal Económico (acesso pago)

Uma proposta que visa dotar as empresas de capital, ao invés de reforçar o endividamento. Esta “bazuca portuguesa” funciona como um “fundo de fundos”, e seria coordenado pela Instituição Financeira de Desenvolvimento, mais conhecido como banco de fomento. Este instrumento é para a CIP uma forma de capitalizar as empresas, que não podem sobreviver apenas com moratórias e linhas de crédito.

Este instrumento, na opinião da Confederação Empresarial de Portugal, só deveria ser usado em situações de necessidade absoluta — como é o caso da TAP, mas que nunca seria “elegível” para este fundo de fundos tendo em conta a dimensão do apoio que necessita — já que se limitaria este fundo a setores estratégicos como transportes, defesa, comunicações, saúde e energia.

De acordo com a proposta, “a remuneração das operações de capitalização deve ser de médio e longo prazo e rendimento variável ou ligado à evolução económica das empresas, tendo como referência, nesta situação de emergência nacional, a simples devolução de capital com retorno indicativo máximo de 2% ao ano”.

Outra das propostas da CIP é a criação de uma linha de dívida subordinada “para colmatar os prejuízos sofridos em 2020/2021 pelas empresas dos setores da restauração, agências de viagens, comércio e microempresas”, que seria reembolsada a partir do quinto ano por um prazo de mais cinco anos e que durante os dois primeiros teria uma taxa de juro de próxima de 0%.

Para as empresas que mantiverem a atividade económica e garantirem a manutenção do emprego, sem redução da massa salarial, “a garantia de Estado seria transformada em incentivo não reembolsável (fundo perdido) como apoio ao emprego para os próximos quatro anos”, defende a confederação presidida por António Saraiva.

A CIP afirma que “em casos absolutamente excecionais poderá haver lugar a operações de capitalização direta promovidas pelo Estado português no quadro do novo regime de auxílios de Estado”.

Estas operações, explica a confederação, seriam feitas “através de instrumentos de dívida ou híbridos com intervenção moderada na gestão e limitadas a setores estratégicos e ainda em casos de absoluta necessidade para defesa de ataques oportunísticos a empresas portuguesas e que não possam ser capitalizadas através de outros instrumentos”.

A confederação volta ainda a pedir o aumento das linhas de crédito, que se encontram “esgotadas”, e o reforço da capacidade de resposta do sistema financeiro e do sistema de garantia mútuo. Os “pagamentos a pronto” por parte do Estado, o reforço do seguro de crédito, as garantidas do Estado para novo crédito à exportação são outras das propostas da CIP para as empresas enfrentarem a crise causada pela covid-19.

A CIP propõe ainda o ‘lay-off’ em grupos empresariais, o alargamento do regime de diferimento dos impostos e das contribuições para a Segurança Social, a dispensa do segundo pagamento por conta do IRC em 2020 e a aposta na requalificação e reconversão profissional, bem como um “Simplex Covid”.

(Notícia atualizada às 12h00)

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Pandemia provoca queda de 2,4% no PIB no primeiro trimestre. A maior desde o arranque de 2013

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta sexta-feira a estimativa rápida para a evolução do PIB no primeiro trimestre.

A economia portuguesa contraiu 2,4%, em termos homólogos, no primeiro trimestre de 2020, no qual já foi parcialmente afetada pela pandemia. Já face ao trimestre anterior, a quebra foi de 3,9%. Os dados foram divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na estimativa rápida do PIB.

A contração da atividade económica reflete o impacto da pandemia COVID-19 que já se fez sentir significativamente no último mês do trimestre“, esclarece o gabinete de estatísticas, assinalando o contributo negativo tanto da procura externa (exportações) como da procura interna (consumo).

Maior contração do PIB em cadeia desde, pelo menos, 1995

Evolução da taxa de crescimento homóloga e em cadeia do PIB.Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os dados históricos do INE, a queda homóloga é a maior desde o primeiro trimestre de 2013 (-3,6%), período marcado pela intervenção da troika. Em cadeia, esta é a maior contração desde, pelo menos, 1995, ano em que começa a série histórica. Anteriormente, a maior queda em cadeia tinha ocorrido no primeiro trimestre de 2009 (-2,5%) na altura da crise financeira.

Esta contração do PIB português compara com uma queda homóloga de 3,2% em média na Zona Euro, no mesmo período, e de 3,8% na comparação em cadeia (do quarto trimestre para o primeiro trimestre). No caso da contração em cadeia, esta foi a mais expressiva desde que a série histórica começou em 1995, segundo o Eurostat.

Apesar de esta ser uma estimativa rápida que ainda não contém as variações de todas as componentes do PIB, é possível concluir que, na comparação homóloga, a deterioração da economia no primeiro trimestre foi mais intensa na procura externa, principalmente por causa da queda das exportações de turismo, do que na procura interna. Porém, ambas foram afetadas de forma significativa.

De acordo com os dados do INE, a procura externa deu um contributo negativo de 1,4 pontos percentuais ao passo que a procura interna deu um contributo negativo de um ponto percentual. É a primeira vez desde o terceiro trimestre de 2013 que a procura interna está em terreno negativo, o que está associado “à diminuição do consumo privado e do investimento”, explica o gabinete de estatísticas, referindo que o consumo público desacelerou no primeiro trimestre.

No primeiro trimestre, a queda das exportações foi de 5,1% enquanto as importações registaram uma redução de apenas 1,8%. “Esta diferença de comportamentos é sobretudo consequência da contração da atividade turística na evolução das exportações de serviços“, nota o INE.

Por causa do momento que a economia vive, o gabinete de estatísticas assume que poderá haver revisões significativas nos próximos destaques, nomeadamente no próximo a 29 de maio: “Apesar de se terem utilizado todas as fontes habituais de informação na compilação destas estimativas rápidas, é possível que ocorram revisões de magnitude superior ao habitual em divulgações futuras atendendo a perturbações no processo de obtenção dos dados destas fontes”.

Ainda assim, o INE considera ser muito importante ter dados sobre a atividade económica neste contexto excecional “em que também paradoxalmente é maior a urgência em obter informação relevante“.

(Notícia atualizada às 9h55 com mais informação)

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Portos do continente movimentam 22 milhões de toneladas no primeiro trimestre, menos 3,7%

  • Lusa
  • 15 Maio 2020

Os portos do continente movimentaram 21,86 milhões de toneladas de cargas no primeiro trimestre, uma descida de 3,7% face ao mesmo período do ano passado.

Os portos do continente movimentaram 21,86 milhões de toneladas de cargas no primeiro trimestre, uma descida de 3,7% face ao mesmo período do ano passado, divulgou esta sexta-feira a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

“Entre janeiro e março de 2020, os portos do continente movimentaram um total de 21,86 milhões de toneladas de carga, inferior em -3,7%, ou seja, -850,3 mil toneladas, ao registado no primeiro trimestre de 2019”, refere o relatório de março do Acompanhamento do Mercado Portuário, elaborado pela AMT.

No entanto, analisando apenas o mês de março, verifica-se um crescimento de 3,7% face ao mesmo mês de 2019.

A AMT explica o recuo global registado nos primeiros três meses do ano como resultado do “confronto dos mercados de carga contentorizada (-910,4 mil toneladas) e carvão (-1,06 milhões de toneladas), com influência negativa, e do petróleo bruto (+1,16 milhões de toneladas), com influência positiva, todos representados maioritariamente pelo Porto de Sines”.

A variação global negativa do volume de carga movimentada nos primeiros três meses do ano resulta, ainda, diz o IMT, da conjugação de comportamentos negativos registados nas operações de embarque e de desembarque, incluindo transhipment (transbordo de mercadorias), que observam quebras de 3,2% e de 4,1%, respetivamente.

O IMT ressalva que o transhipment não parece ainda refletir o impacto negativo induzido pela pandemia de Covid-19, uma vez que o volume registado no Porto de Sines no mês de março é o mais elevado dos últimos doze meses, enquanto Leixões regista um crescimento de 26,5%, atingindo uma quota de 7,1% do movimento do porto.

Já o Porto de Lisboa, apresenta um volume de “meramente residual” de transhipment em março, com as perturbações laborais que lá existem a contribuir para esse valor, defende o IMT.

O Porto de Sines continua a liderar a estrutura de quotas, com 49,7% do total (menos 1,8 pontos percentuais, face ao período homólogo de 2019), seguindo-se Leixões com 24,2%, Lisboa com 9,7%, Setúbal com 7,3%, Aveiro com 6,3%, Figueira da Foz com 2,3%, Viana do Castelo com 0,4% e Faro e Portimão, ambos, com 0,1%.

No período em análise, o tráfego de contentores sofreu uma quebra de 10,8%, o que correspondente a menos 82 mil TEU (Unidade equivalente a 20 pés), justificada, fundamentalmente, pelo comportamento do Porto de Sines, cujo movimento registou uma descida de 55,5 mil TEU, e por Lisboa, a registar menos 36,2 mil TEU.

Apenas Leixões se destacou pela positiva, tendo registado um crescimento de 8%, ao movimentar 184.096 TEU, o seu volume mais elevado de sempre.

No entanto, o Porto de Sines mantém a liderança com uma quota maioritária absoluta de 56,4% no segmento de contentores, seguindo-se Leixões, com 27,3%, Lisboa, com 10,5%, Setúbal, com 5,1%, e Figueira da Foz, com 0,7%.

No primeiro trimestre deste ano, aumentou a movimentação de toda a tipologia de cargas da classe dos granéis líquidos, com destaque para o petróleo bruto (+42,7%), os outros granéis líquidos (+8,5%) e os produtos petrolíferos (+0,1%), juntando ainda o contributo positivo da carga fracionada (+5,6%) e minérios (+28,4%), que apresenta o volume mais elevado de sempre.

No seu conjunto, estas subidas representam a movimentação de mais 1,37 milhões de toneladas.

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Tem uma microempresa ou uma PME? Já se pode candidatar a apoios para reabrir portas

São cem milhões de euros para apoiar as PME e microempresas a reabrir portas depois da pandemia. Apoios são 80% a fundo perdido para as microempresas e de 50% para as PME.

Os avisos para as candidaturas ao Programa Adaptar, que contempla apoios para as micro, pequenas e médias empresas se ajustarem às regras do desconfinamento, abrem esta sexta-feira. Se quer candidatar-se a estes incentivos, financiados pelo Portugal 2020, veja como.

Qual a dotação do concurso?

O Programa Adaptar tem uma dotação de 100 milhões de euros. O ministro do Planeamento, Nelson Souza, já tinha anunciado que as microempresas — que empregam menos de dez pessoas e cujo volume de negócios anual ou balanço total anual não excede dois milhões de euros — terão uma linha de 50 milhões de euros o que deixa entender que a dotação do concurso é divida em parte iguais entre microempresas e PME.

Que despesas podem ser financiadas?

Os custos com a aquisição de equipamentos de proteção individual e equipamentos de higienização para um período máximo de seis meses para utilização pelos trabalhadores e clientes, mas também os contratos de desinfeção ou gastos com organização e isolamento dos espaços. A aquisição e instalação de dispositivos de pagamento automático, abrangendo os que utilizem tecnologia contactless, incluindo os custos com a contratação do serviço para um período máximo de seis meses, também é elegível assim como “os custos iniciais associados à domiciliação de aplicações, adesão inicial a plataformas eletrónicas, subscrição inicial de aplicações em regimes de software as a service, criação e publicação inicial de novos conteúdos eletrónicos, bem como a inclusão ou catalogação em diretórios ou motores de busca”, pode ler-se no decreto lei publicado.

No caso das PME são elegíveis também as despesas com a intervenção de contabilistas certificados ou revisores oficiais de contas, na validação da despesa dos pedidos de pagamento.

São elegíveis as despesas realizadas desde 18 de março, data da declaração do estado de emergência.

Qual a percentagem do apoio?

Para as microempresas o apoio é de 80% a fundo perdido para despesas entre os 500 e os 5.000 euros. Já para as PME o apoio a fundo perdido desce para 50% e o valor dos projetos sobe para valores entre 5.000 e 40.000 euros.

Quanto tempo levam as autoridades a dar resposta às candidaturas?

A decisão sobre as candidaturas será tomada em dez dias úteis, candidaturas que serão feitas através de um regime simplificado, “baseado num orçamento de despesas por grandes rubricas, em que a confirmação dos requisitos administrativos obrigatórios é efetuada de forma automática pelo sistema de gestão de candidaturas ou mediante declaração do promotor”. No caso das microempresas, e de 20 dias úteis no caso das PME.

Quando são pagos os apoios?

Em ambas as situações, após a validação do termo de aceitação da candidatura, será processado um adiantamento automático de valor equivalente a 50% do incentivo aprovado. O restante apoio é pago mediante declaração de despesa realizada por parte da empresa, confirmada por contabilista certificado. O pedido de pagamento final deve ser apresentado pelo beneficiário no prazo máximo de 30 dias úteis após a data de conclusão do projeto.

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Revista de imprensa internacional

A terceira ronda de negociações entre UE e Reino Unido termina com novo impasse, numa altura em que a Comissão Europeia acusa Reino Unido de não cumprir as regras de livre circulação.

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Ronda de negociações entre UE e Reino Unido termina com novo impasse

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A Comissão Europeia abriu um procedimento por infração contra o Reino Unido, acusando o país de não cumprir a lei da União Europeia relativa à livre circulação de cidadãos. Durante o período de transição do Brexit, o qual deverá acabar a 31 de dezembro, a lei da União Europeia relativamente à livre circulação aplica-se ao Reino Unido como se fosse um Estado-membro, ainda que já não o seja desde 31 de janeiro, explica a Comissão Europeia.

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Indústria chinesa recupera em abril

A indústria chinesa recuperou no mês de abril de uma quebra recorde, mas a recuperação económica do país continua frágil após a última ameaça de relações ainda mais tensas por parte do Presidente dos EUA. A produção industrial aumentou 3,9% em abril, após um colapso de 13,5% no período de janeiro-fevereiro, durante o surto de coronavírus, afirmou na sexta-feira o Gabinete Nacional de Estatística. O investimento em ativos fixos caiu 10,3% nos primeiros quatro meses do ano e as vendas de retalho de abril caíram 7,5% em termos homólogos.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

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Casa Branca quer obrigar farmacêuticas a fabricarem medicamentos essenciais

A Casa Branca está a preparar uma ordem executiva para obrigar as farmacêuticas a produzirem certos medicamentos essenciais nos Estados Unidos, avança a CNBC com base em fontes próximas. De acordo com a estação de televisão norte-americana, 72% dos ingredientes farmacêuticos utilizados nos EUA são importados de empresas externas, incluindo 13% da China. O objetivo é reduzir a dependência externa na produção destes fármacos.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Luxemburgo enfrenta ação da UE contra o branqueamento de capitais

O centro bancário offshore do Luxemburgo vai ser alvo de uma ação judicial da Comissão Europeia por não ter inscrito na sua legislação nacional as últimas leis da UE contra o branqueamento de capitais e evasão fiscal. As regras fiscais permitem que as multinacionais se escondam atrás das empresas de fachada e beneficiem da dedução ilimitada dos juros, afirmou a Comissão.

Leia a notícia completa no euobserver (acesso livre, conteúdo em inglês).

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