Nos ganha 10% em bolsa com resultados “melhores que o temido”
As ações da Nos estão em forte alta na bolsa de Lisboa, somando uma valorização de 10% perante os resultados do semestre que "surpreenderam" os investidores.
As ações da operadora Nos estão em forte alta na bolsa de Lisboa. Os títulos da empresa negoceiam com um ganho de quase 10%, no rescaldo dos resultados do semestre que apresentou depois do fecho da sessão anterior.
Apesar de os lucros da empresa terem afundado 61% até junho, num dos períodos “mais desafiantes” na ótica da companhia, os analistas destacam que o resultado líquido de 35 milhões de euros foi uma surpresa. As ações negoceiam a subir 9,66%, para 3,974 euros, acumulando, ainda assim, um recuo de 17,21% desde o início do ano.
Ações da Nos em forte alta na bolsa de Lisboa
Numa nota de research sobre a empresa presidida por Miguel Almeida, os analistas do CaixaBank/BPI destacam as “poupanças materiais” nas despesas operacionais “que permitiram à empresa surpreender no lucro”. “Além disso, a empresa foi capaz de entregar novamente uma geração de cash flow sólida”, indicam, reforçando a recomendação de compra e o preço-alvo de 4,75 euros.
Já os analistas do Barclays falam em resultados “melhores do que o temido” e aponta ainda para uma reação positiva dos investidores aos “comentários encorajadores” do Governo acerca do 5G. Em causa, a audição do secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, que apelou à Anacom no Parlamento para que mude o regulamento do leilão de frequências.
No rescaldo dessas declarações, mais de três milhões de ações da Nos já trocaram de mãos esta quinta-feira, acima da liquidez média desta ação. O grupo soma agora uma capitalização bolsista na ordem dos 1,89 mil milhões de euros.
Os lucros de 35 milhões de euros no semestre comparam com os 90,2 milhões alcançados no mesmo período do ano anterior. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 6,3%, para 310,6 milhões de euros. “A queda nos resultados explica-se pelos efeitos da pandemia Covid-19, pelo aumento de custos não recorrentes, nomeadamente o aumento de provisões para fazer face ao aumento de dívidas incobráveis, efetuada no primeiro trimestre, entre outros”, justificou o grupo numa nota enviada à CMVM.
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