Fundo de Resolução avaliará venda de ativos do Novo Banco tendo em conta crise e mercados

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

Fundo de Resolução garante que “analisa cada operação que lhe é submetida pelo Novo Banco de forma individualizada".

O Fundo de Resolução disse esta terça-feira que terá em conta a crise económica e o contexto dos mercados na avaliação que fará dos ativos que o Novo Banco queira vender este ano, situações que são desfavoráveis a alienações.

Em resposta a questões da Lusa, sobre se o Fundo de Resolução deverá impedir no resto do ano a venda de ativos do Novo Banco que estejam protegidos pelo mecanismo contingente, tendo em conta a situação dos mercados financeiros, fonte oficial do Banco de Portugal (responsável pela comunicação do Fundo de Resolução) respondeu que o Fundo de Resolução “analisa cada operação que lhe é submetida pelo Novo Banco de forma individualizada, tendo presentes as condições específicas de cada uma e o contexto em que a operação tem lugar”.

Assim, acrescentou, essa análise terá obviamente em conta a situação dos mercados. “Nesse âmbito, a avaliação do Fundo de Resolução não pode deixar de ter em conta o quadro económico prevalecente em cada momento e o contexto de mercado”, lê-se na resposta à Lusa.

Segundo informações obtidas pela Lusa, no resto deste ano, o Fundo de Resolução deverá travar a venda de carteiras de ativos do Novo Banco (desde logo o projeto Nata III, de venda de grandes créditos problemáticos) de modo a que em 2020 o pedido de injeção de capital seja o mínimo possível, uma vez que as condições de mercado são negativas para a venda de ativos.

Na semana passada, o Governo disse que não deverão ser realizadas outras operações de venda de carteiras de ativos por parte do Novo Banco até estar concluída a auditoria da Deloitte, que se esperava que fosse entregue até final de julho.

Ainda segundo o comunicado do Ministério das Finanças, “na sequência das preocupações expressas pelo Governo, o Fundo de Resolução informou hoje [quinta-feira] o Ministério das Finanças que partilha do mesmo entendimento, tendo já comunicado ao Novo Banco que este não deve realizar tais operações até à conclusão do processo de auditoria”.

O Novo Banco divulgou, na sexta-feira passada, prejuízos de 555,3 milhões de euros no primeiro semestre (um agravamento de 38,8% face ao mesmo período de 2019) e estimou que o valor a pedir ao Fundo de Resolução seja de 176 milhões de euros apenas referente ao primeiro semestre.

Nascido na resolução do BES (em 3 de agosto de 2014), 75% do Novo Banco foi vendido em outubro de 2017 ao fundo de investimento norte-americano Lone Star, mantendo o Fundo de Resolução bancário 25%, numa solução acordada entre Banco de Portugal e Governo.

Nos últimos meses, os termos do contrato têm sido muito contestados (desde logo o mecanismo de capital contingente que prevê que até 2026 o Fundo de Resolução compense o Novo Banco até 3.890 milhões de euros por perdas num conjunto de ativos, dos quais o banco já foi buscar 2.976 milhões de euros) e têm sido noticiados negócios suspeitos, motivando duras críticas de todos os quadrantes políticos.

No último fim de semana de julho, o Expresso noticiou que o primeiro-ministro enviou uma carta à Procuradoria-Geral da República, na qual pede a suspensão da venda de ativos do Novo Banco até que esteja concluída a auditoria que está a ser feita pela Deloitte.

O jornal Público tinha noticiado, no início de julho, que o lote de quase 200 imóveis vendido em agosto de 2019 com um desconto próximo de 70% a entidades ligadas ao fundo de investimento Cerberus teve perdas de 328,8 milhões de euros e que esse fundo é o principal acionista do banco austríaco Bawag PSK, que era liderado por Byron Haines até meados de 2017, pouco antes de este assumir o cargo de ‘chairman’ do Novo Banco (presidente do Conselho Geral e de Supervisão).

Já a semana passada (28 de julho), o Público noticiou que a venda de outro conjunto de imóveis feita em outubro de 2018 (projeto ‘Viriato’, como designou o Novo Banco) foi feita a entidades de um fundo registado nas ilhas Caimão em que se desconhecem os donos, com preço significativamente abaixo do registado (os imóveis estavam registados no balanço do banco por 631 milhões de euros e foram vendidos por 364 milhões), tendo o Fundo de Resolução coberto perdas de centenas de milhões de euros. Além disso, o negócio foi feito com dinheiro que o Novo Banco emprestou ao fundo para este fazer esta aquisição.

Em comunicado, o Novo Banco afirmou que esta operação “não foi feita a preços de saldo, mas sim a preços de mercado”, e que os imóveis vendidos não “causaram prejuízos diretos ao Fundo de Resolução”. O presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, disponibilizou-se para prestar todos os esclarecimentos ao parlamento “em qualquer momento, até em agosto”.

Em 24 de julho, em entrevista ao Jornal Económico, o ‘chairman’ do Novo Banco, Byron Haines, disse que as vendas de carteiras de ativos que o Novo Banco tem feito são competitivas e que muitos ativos não estavam corretamente avaliados no balanço do banco.

“O Novo Banco não é o BES, o Conselho de Administração Executivo do Novo Banco não é a antiga gestão do BES e eu não sou o Ricardo Salgado”, acrescentou Haines, referindo ainda que, mesmo face à crise do covid-19, a prioridade continua a ser ‘limpar’ o Novo Banco dos ativos ‘tóxicos’ herdados do BES e que quer concluir esse processo este ano.

Em junho, em entrevista à Antena 1/Jornal de Negócios, o presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, já tinha dito que a instituição vai precisar de mais capital do que o previsto para este ano, face ao impacto da covid-19. Essas declarações levaram o Presidente da República a declarar ter ficado “estupefacto” e o ministro das Finanças, João Leão, disse que o Governo, à semelhança de Marcelo Rebelo de Sousa, também ficou “estupefacto”.

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Segurança é a nova prioridade. Marcas desenham produtos que “matam” o vírus

Ford e Samsung são dois exemplos de marcas que estão a estudar produtos capazes de "matar" o novo coronavírus. Porque a segurança é a nova prioridade.

Chamam-lhes PPE – Personal Protective Equipment, equipamentos de proteção pessoal que, para além da sua função tradicional, chegam agora ao mercado com uma outra missão: a de proteger os consumidores contra a nova grande ameaça do dia-a-dia, os vírus, como aquele provoca a Covid-19. E já não se tratam apenas de luvas, máscaras ou álcool-gel.

No mais recente relatório da Wunderman Thompson Intelligence, esse era um dos temas em análise, dando ainda alguns exemplos de setores e marcas que já entenderam que a segurança é, atualmente, uma prioridade no pensamento de compra dos consumidores.

Um desses exemplos apontados está no setor automóvel. Com o sentimento de insegurança e as pessoas a encontrarem refúgio nas viaturas próprias, há marcas a trabalhar na melhoria do ar.

A Ford, por exemplo, está a trabalhar num sistema de desinfeção do ar que circula no interior dos carros. O software aumenta a temperatura ambiente até 56 graus durante 15 minutos, o que permitirá ajudar a eliminar o vírus. O teste foi conduzido com microbiologistas da Universidade do Ohio e, segundo o relatório, poderá vir a ser usado pela polícia de Nova Iorque, que tem cerca de 9.000 veículos desta marca.

Já a Samsung, dentro das suas várias unidades de negócio, pensou no problema da contaminação das casas, através das roupas e objetos pessoais, como carteiras e telemóveis. No mercado norte-americano, acaba de lançar um smart closet que desinfeta as roupas que forem colocadas lá. O Air Dresser já tinha sido apresentado em 2018, mas surge agora com novas funções, como a capacidade de matar vírus em diferentes roupas e tecidos. A eficácia rondará os 99,9%, assegura a marca.

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Acordos extrajudiciais nos EUA atiram Bayer para prejuízos de 8 mil milhões

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

Os acordos extrajudiciais resultantes de processos relacionados com o herbicida Roundup, que continha glifosato, levaram a Bayer a apresentar prejuízos de mais de 8 mil milhões de euros no semestre.

A Bayer registou um prejuízo de 8.059 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, contra um lucro de 1.645 milhões de euros em termos homólogos, anunciou o grupo químico e farmacêutico alemão.

Este resultado é justificado pela Bayer com os custos dos acordos extrajudiciais em resultado dos problemas cancerígenos causados por um dos seus herbicidas, o Roundup, que continha glifosato e que era usado pela sua empresa, a norte-americana Monsanto, explica o grupo Bayer em comunicado.

A faturação, por sua vez, manteve-se quase idêntica no primeiro semestre deste ano, em 22.899 milhões de euros (-0,3%), se bem que descontado o efeito das diferentes taxas cambiais, teve um acréscimo de 2%.

O resultado operacional negativo foi de 8.285 milhões de euros no primeiro semestre do ano fiscal, contra um resultado de exploração positivo em 2.565 milhões de euros contabilizado no exercício anterior.

No segundo trimestre, o negócio da Bayer “desenvolveu-se bem”, apesar da pandemia de Covid-19 e da incerteza com ela relacionada, especialmente no negócio agrícola, disse o presidente do grupo químico e farmacêutico, Werner Baumann.

A Bayer divulgou que os resultados extraordinários foram de 13.150 milhões de euros de euros na metade do ano fiscal, devido sobretudo aos custos dos acordos extrajudiciais no caso dos processos relacionados com o glifosato nos Estados Unidos. Antes de descontados os resultados extraordinários, a Bayer contabilizou um lucro de 4.865 milhões de euros, mais 9,5% do que um ano antes, lê-se no comunicado.

Já no segundo trimestre, o grupo teve um prejuízo de 9.548 milhões de euros, que compara com um lucro de 404 milhões de euros em termos homólogos. A faturação da Bayer, por seu turno e neste período, recuou na divisão de medicamentos com receita e na venda de medicamentos sem receita.

No comunicado pode ler-se que o segundo trimestre foi penalizado sobretudo pelos processos judiciais nos Estados Unidos. Para a Bayer os efeitos financeiros da pandemia de covid-19 são “difíceis de calcular”, mas fez ajustamentos em baixa nas suas previsões para o final do ano fiscal.

A Bayer prevê alcançar este ano uma faturação entre 43.000 e 44.000 milhões de euros (contra 44.000 e 45.000 milhões anteriormente), num intervalo entre 0% e 1%, descontados os efeitos cambiais.

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Interpol alerta para aumento “alarmante” do crime informático

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

O crime informático aumentou de forma "alarmante" durante os primeiros quatro meses do ano, com ataques dirigidos a pessoas que trabalham em casa, empresas e Governos.

A Interpol avisou esta terça-feira que o crime informático aumentou de forma “alarmante” durante os primeiros quatro meses do ano, em plena crise sanitária, com ataques dirigidos a pessoas que trabalham em casa, empresas e Governos.

De acordo com a organização internacional de polícia, os criminosos aproveitam as falhas de segurança das companhias e dos organismos que tiveram de adaptar os sistemas informáticos, roubando dados, dinheiro ou criando perturbações.

“O crime informático está a desenvolver-se e os ataques estão a incrementar-se a um ritmo alarmante, explorando o medo e a incerteza causada pelas falta de estabilidade social e a situação económica provocada pela pandemia“, refere em comunicado o secretário-geral da Interpol, Jurgen Stock.

No período entre janeiro e abril, a Interpol detetou 907.000 mensagens de correio spam, 737 incidentes relacionados com programas malignos e mais de 48 mil episódios ligados à instalação de vírus informáticos. De acordo com Jurgen Stock, a dependência da internet “em todo o mundo” está a criar “novas oportunidades” aos delinquentes, sobretudo a pessoas e empresas que não têm sistemas de segurança atualizados.

O panorama atual do cibercrime mostra mudanças nos padrões de fraude eletrónica, roubo de imagens através de câmaras web, vírus informáticos contra infraestruturas básicas, instituições sanitárias ou bancos, entre outros.

A Interpol alerta que a elevada circulação de informação falsa que se chega rapidamente ao público, com “teorias de conspiração” e informação sem qualquer tipo de verificação “contribuíram para a ansiedade das comunidades e, em alguns casos, facilitaram a execução de ataques informáticos”. Também se constatam fraudes relacionadas com medicamentos, mensagens de texto com ofertas sobre alimentação gratuita ou descontos em vários produtos.

A Interpol avisa que esta tendência vai continuar, a curto prazo, e que provavelmente vai verificar-se um novo “pico” quando estiver disponível uma vacina contra o coronavírus, com táticas relacionadas com produtos médicos, intrusões de vária ordem com o intuito de roubo de dados.

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Depois do primeiro dia sem mortes, há mais um óbito e 112 novos casos de Covid-19

Foram identificados 112 novos casos de contágio pelo coronavírus em Portugal nas últimas 24 horas. O número total de pessoas infetadas subiu para 51.681.

Portugal registou 112 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 51.681 o número de infetados desde o início da pandemia, revelou a Direção-Geral da Saúde. Trata-se de uma subida de 0,22% face ao dia anterior.

Nas últimas 24 horas morreu mais uma pessoa com a doença, um dia depois de Portugal ter registado o primeiro dia sem qualquer óbito a lamentar, desde março. Assim, desde que a a pandemia chegou a Portugal, a 2 de março, já morreram 1.739 pessoas vitimas da Covid-19, sendo que este último óbito foi registado na região Norte.

Quanto ao número de pessoas dadas como recuperadas, são agora 37.318. Ou seja, mais 207 pessoas face ao balanço anterior.

No seguimento do que se tem vindo a observar desde meados de maio, a maioria das novas infeções foi registada na região de Lisboa e Vale do Tejo. Foram identificados 68 novos casos nesta região, o que representa 60,71% do total.

Boletim epidemiológico de 4 de agosto:

A Grande Lisboa é, assim, a zona do país com mais casos registados até ao momento (26.457 casos de infeção e 606 mortes), surgindo à frente do Norte (18.816 casos e 829 mortes), do Centro (4.475 casos e 252 mortes), do Algarve (901 casos e 15 mortes) e do Alentejo (746 casos e 22 mortes). Nas regiões autónomas, os Açores registam 169 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 117 pessoas infetadas.

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 401 estão internados (mais 11 face ao dia anterior), dos quais 44 em unidades de cuidados intensivos (mais dois). Há 1.451 pessoas a aguardar resultados laboratoriais, enquanto quase 37 mil pessoas estão sob vigilância das autoridades de saúde.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h01)

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Próxima época da Liga Nos com arranque previsto para 20 de setembro

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

A I Liga de futebol profissional deverá ter início no fim de semana de 20 de setembro, informou a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, cerca de dois meses depois da conclusão da época anterior.

A edição 2020/21 da I Liga de futebol profissional (Liga Nos) terá início no fim de semana de 20 de setembro, informou esta terça-feira a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

O campeonato arrancará quase dois meses após a conclusão da época 2019/20, num período de paragem menor do que o habitual, e também mais tarde, em função da reformulação da anterior temporada, devido à pandemia da Covid-19.

O sorteio da I Liga será realizado em 28 de agosto, tal como o da II Liga, que arranca em 13 de setembro, conforme tinha avançado na segunda-feira a LPFP. As datas do início da I e II Ligas ainda necessitam de “ratificação por parte da Direção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF)”, como explicou a LPFP.

Na temporada que terminou, a I Liga decorreu até ao primeiro fim de semana de março, data após a qual foi suspensa devido à crise sanitária existente com a pandemia do novo coronavírus, e foi retomada no início de junho, mas sem a presença de público.

Em 2019/20, o FC Porto conquistou o campeonato, que terminou em 26 de julho, e a Taça de Portugal, disputada em 1 de agosto, enquanto o Benfica venceu a Supertaça, e o Sporting de Braga a Taça da Liga.

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BI4ALL fatura 16 milhões de euros em 2019. Quer crescer 25% este ano e recrutar mais colaboradores

Tecnológica portuguesa atingiu, no ano passado, um volume de negócios recorde de 16 milhões, um crescimento de 4,4 milhões face a 2018. Este ano, quer crescer 25% e contratar 100 novos colaboradores.

A BI4ALL, empresa portuguesa especializada em soluções gestão de dados e inteligência artificial, atingiu um volume de negócios recorde de 16 milhões de euros no ano passado, um crescimento de 38% face ao ano anterior.

Os números foram avançados pela empresa em comunicado, no qual a BI4ALL salienta que, mesmo em contexto de pandemia, está focada em expandir o negócio. Prevê um crescimento de 25% este ano e tenciona contratar até 100 novos colaboradores para a função de data analytics.

“Com os resultados alcançados em 2019, conseguimos atingir a meta à qual nos tínhamos proposto, consolidando a posição da BI4ALL nos mercados nacional e internacional. Em 2019, fomos particularmente bem-sucedidos, entre outros, em setores como farmacêutica, life science, banca e serviços financeiros e transportes”, refere José Oliveira, presidente executivo da BI4ALL, citado na mesma nota.

O crescimento da tecnológica registou-se, essencialmente, nos continentes americano e europeu, onde viu o negócio expandir em 65% e 61%, respetivamente. O mercado nacional “pesou” em 44% nas contas globais da empresa, registando um crescimento absoluto do volume de negócios superior a um milhão de euros, uma evolução de 17% face ao valor registado em 2018, indica.

A Covid-19 veio acelerar a transformação digital e, para muitas empresas, esta tendência é vista como uma oportunidade. É o caso da BI4ALL: “O clima de incerteza que vivemos devido à pandemia da Covid-19 impôs às organizações uma clara aposta no digital. É imperativo que as organizações tenham hoje uma estratégia digital que as mantenha próximas dos clientes e dos fornecedores, que permita reduzir custos, prever as vendas e agilizar e otimizar todos os processos para que continuem produtivas, rentáveis e eficientes”, realça também o líder da tecnológica.

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Atlantica emite obrigação verde convertível de 98 milhões de euros

  • Servimedia
  • 4 Agosto 2020

O novo financiamento verde da empresa energética vence em 2025 e ganha juros de 4% ao ano, pagáveis semestralmente.

A Atlantica Sustainable Infrastructure, empresa de infraestruturas espanhola especializada em ativos renováveis, anunciou a emissão de uma obrigação verde convertível de 98 milhões de euros, um dos primeiros instrumentos deste tipo emitidos nos Estados Unidos da América.

O novo financiamento verde vence em 2025 e ganha juros de 4% ao ano, pagáveis semestralmente. A obrigação tem um preço de conversão inicial de 34,36 euros por ação e foi colocada junto a investidores institucionais dos EUA.

A empresa espera utilizar estes fundos para financiar oportunidades de crescimento em ativos renováveis, em conformidade com o seu Quadro de Financiamento Verde. A questão tem um parecer independente emitido pela Sustainalytics, uma das principais agências internacionais de avaliação da gestão da sustentabilidade.

Este é o terceiro financiamento verde fechado pela Atlantica em 2020. Em abril, a empresa fechou um financiamento verde ao abrigo da modalidade de project finance, através do qual conseguiu recapitalizar aproximadamente 122 milhões de euros. Também no segundo trimestre de 2020, fechou uma transação privada verde de aproximadamente 272 milhões de euros. Estas obrigações verdes têm uma maturidade de seis anos e um cupão de 1,96% ao ano.

“Esta nova transação verde permite-nos aumentar a nossa capacidade de financiar o plano de crescimento em investimentos sustentáveis. Tornámo-nos um emissor muito ativo de finanças verdes, alavancando a nossa força na gestão da sustentabilidade”, disse Santiago Seage, CEO da Atlantica.

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Associação automóvel denuncia problemas na atribuição do complemento a quem esteve em lay-off

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

Em causa estão os trabalhadores que estiveram em lay-off durante trinta dias que não coincidiram com um mês civil.

A Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) denunciou esta terça-feira problemas na atribuição do complemento de estabilização aos trabalhadores em ‘lay-off’ durante trinta dias que não coincidiram com um mês civil.

Este complemento, para as pessoas abrangidas pelo ‘lay-off’ simplificado e pelo ‘lay-off’ normal (do Código do Trabalho), é atribuído aos trabalhadores cuja remuneração base em fevereiro tenha sido igual ou inferior a duas vezes a Remuneração Mínima Mensal Garantida (1.270 euros), e que, entre abril e junho, tenham estado abrangidos pelo menos um mês civil completo pelo apoio à manutenção do contrato de trabalho (‘lay-off’ simplificado) ou pela redução temporária do período normal de trabalho ou suspensão do contrato de trabalho prevista no Código do Trabalho.

“Esta redação prejudica todos os trabalhadores que tenham estado em situação de ‘lay-off’ durante trinta dias que não coincidam exatamente com um determinado mês civil”, afirma a assoiciação, em comunicado divulgado esta terça-feira, explicando que a Segurança Social entende que, por exemplo, não têm direito ao complemento de estabilização os trabalhadores que tenham estado em situação de ‘lay-off’ entre 03 de abril e 02 de maio.

A associação critica o facto de existirem trabalhadores que durante trinta dias (não coincidentes com um mês civil) estiveram em ‘lay-off’ sem acesso a este complemento de estabilização por perda de retribuição, enquanto outros trabalhadores em ‘lay-off’ pelo mesmo período, mas coincidente com um determinado mês civil, já têm direito ao complemento.

Esta situação tem gerado muitos conflitos sociais entre os trabalhadores e os seus empregadores, que imputam às empresas a responsabilidade pelo não pagamento daquele complemento, uma vez que referem que as mesmas poderiam ter iniciado o ‘lay-off’ no primeiro dia de cada mês e assim já teriam direito ao seu pagamento”, revela a associação.

A associação lembra que o diploma que criou este apoio só foi publicado após o estado de emergência, numa altura em que as empresas já tinham tido necessidade de recorrer ao ‘lay-off’ e que não poderiam ter antecipado uma tal questão, além de as empresas apenas poderem recorrer às medidas de apoio a partir do momento em que se verificaram as condições para o seu acesso.

“A ARAN – Associação Nacional do Ramo Automóvel pugnará junto do Governo e das demais entidades competentes pela necessária correção desta injustiça social”, afirma a associação, considerando que é inconstitucional por violar o princípio da igualdade.

O complemento de estabilização começou a ser pago na passada quinta-feira, segundo a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que revelou na segunda-feira da semana passada que o Instituto da Segurança Social já tinha processado o complemento de estabilização e que estaria à disposição dos trabalhadores no passado dia 30, devendo chegar a cerca de 470 mil pessoas.

O complemento de estabilização varia entre 100 euros e 351 euros e é dirigido a quem tem um salário superior a 635 euros e até 1.270 euros, estando apenas acessível para as empresas que não recorrerem ao regime que sucede ao ‘lay-off’ a partir de agosto, o chamado apoio extarordinário à retoma progressiva.

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Importação de carros elétricos na UE dispara para o triplo em 2019

As importações continuam a aumentar fortemente: de 1,8 mil milhões de janeiro a abril de 2019, para quase o dobro (3,1 mil milhões em 2020), excetuando o mês de abril. 

De acordo com o Eurostat, em 2019 os países da União Europeia importaram carros elétricos e híbridos no valor de 7,1 mil milhões de euros, três vezes mais (+208%) do que no ano anterior, quando as importações deste tipo de veículos não foram além de 2,3 mil milhões.

A União europeia comprou carros elétricos e híbridos sobretudo aos Estados Unidos (43% das importações em termos de valor), Coreia do Sul (23%) e Reino Unido (17%).

Do lado oposto da balança comercial, o grupo dos 27 exportou no ano passado 8,2 mil milhões de euros em carros 100% alimentados a energia elétrica ou híbridos que podem ser conduzidos em combinação com um motor a gasolina ou diesel. Reino Unido (26% das exportações em termos de valor), Noruega (22%) e Estados Unidos (19%) foram os principais destinos das exportações. Entre compras e vendas, o resultado foi positivo, com um superávit comercial de 1,1 mil milhões de euros, mas muito abaixo dos 3 mil milhões registados em 2018.

No geral, em 2019 o comércio de carros elétricos e híbridos no espaço comunitário foi dominado por carros elétricos, responsáveis ​​por 69% do valor das importações e 56% do valor das exportações da UE. Por seu lado, os híbridos representaram 31% das importações e 44% das exportações.

Em 2018, as exportações aumentaram 24% em relação a 2017, enquanto em 2019 aumentaram 54% em relação a 2018. As importações mais que duplicaram entre 2017 e 2018 (+104%), enquanto entre 2018 e 2019 mais do que triplicaram (+208%).

Já durante os primeiros meses de 2020, as exportações de carros elétricos e híbridos aumentaram em comparação com o ano anterior (2,9 mil milhões de euros entre janeiro e abril, face a 2,5 mil milhões em igual período de 2019). O mês de abril a exceção à regra, já que as exportações caíram para apenas 300 milhões de euros (em comparação com os 800 milhões em abril de 2019), muito devido à pandemia de Covid-19.

As importações continuam a aumentar fortemente: de 1,8 mil milhões de janeiro a abril de 2019, para quase o dobro (3,1 mil milhões em 2020), excetuando o mês de abril.

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Em duas semanas, TAP foi a segunda companhia que mais cresceu em voos na Europa

No domingo, a companhia aérea nacional operou 152 voos. Não ganhou em número, mas ficou no pódio em termos de evolução, com o número de voos a disparar 81% em duas semanas.

Ainda está longe de ser a companhia aérea com mais voos diários na Europa, mas já quase lidera em termos de crescimento. De acordo com a Eurocontrol, que publica dados do tráfego aéreo de duas em duas semanas, a TAP operou 152 voos no último domingo, ocupando a 23.ª posição. Foi a segunda transportadora que mais cresceu, com o número de voos a disparar 81% em duas semanas.

Já o topo do pódio das companhias aéreas com mais voos no último domingo foi ocupado pela Ryanair, com 1.882 rotas, ficando à frente da easyJet, que realizou 1.064 rotas, e da Turkish Airlines, com 698. É preciso descer até à 23.ª posição para encontrar a TAP, que operou um total de 152 voos diários, à frente de companhias como a Air Europa, Transavia ou até da Emirates.

Apesar de não liderar em número de voos, a TAP quase lidera na evolução, depois das quebras provocadas pela pandemia. Isto porque os dados mostram que a companhia aérea portuguesa viu o número de voos disparar 81% face ao domingo de 19 de julho, ou seja, duas semanas antes, sendo a segunda transportadora que mais cresceu. Esta distinção é reflexo de como a TAP estava a operar um número significativamente reduzido de voos devido à pandemia. Somente a easyJet apresentou um maior aumento (96%).

Na análise por país, Portugal também surge bem classificado entre os pares europeus. Os dados de tráfego aéreo desta segunda-feira, publicados pela Eurocontrol, mostram que Portugal ocupa a 10.ª posição em termos de número diário de voos, com 726 rotas, e a 2.ª posição em termos de evolução, com uma subida de 38% no número de voos face a 20 de julho.

Em número de voos diários, o Reino Unido (2.865), a Alemanha (2.818) e Espanha (2.648) lideram, enquanto, em termos de evolução, a Geórgia apresenta o maior aumento face às duas semanas anteriores (63%).

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Ganhos da banca espanhola sob pressão com pandemia, alerta DBRS

A agência DBRS admite que as medidas como moratórias têm ajudado a abrandar a deterioração da qualidade dos ativos dos bancos espanhóis.

A pandemia está a começar a afetar a qualidade dos ativos dos bancos espanhóis e a colocar pressão sobre os ganhos das instituições financeiras. O alerta é da agência de notação financeira DBRS Morningstar, que admite ainda assim que as medidas aplicadas ajudam a travar estes efeitos, por agora. Por outro lado, o crescimento nos créditos e depósitos é visto como positivo.

Apesar de se começar a notar uma deterioração da qualidade dos ativos, as medidas extraordinárias definidas pelo Governo e pela banca em resposta à crise decorrente da pandemia, como a moratória nos créditos e as garantias do Estado, contribuem para abrandar, por enquanto, esta queda, sinaliza a DBRS, numa nota de comentário.

Para fazer face à possível queda na qualidade dos ativos, as provisões vão-se acumulando, e a agência de rating prevê mesmo que continuem a ser constituídas ainda mais provisões para perdas com créditos nos próximos trimestres.

A agência destaca dois bancos presentes em Portugal, o Santander e o BBVA, que registaram perdas de 10,8 mil milhões e 1,2 mil milhões, respetivamente. Em ambos os casos, as perdas foram causadas por imparidades de goodwill em subsidiárias internacionais, refletindo expectativas mais baixas de desempenho nos próximos anos, principalmente como resultado da crise de Covid-19.

No entanto, DBRS salienta que os grandes bancos espanhóis registaram um forte crescimento nos créditos e depósitos durante os dois primeiros trimestres deste ano, algo que “mostra que o canal de empréstimos está a funcionar bem, o que é crucial limitar os efeitos negativos do choque económico”.

Crescimento dos depósitos e créditos nos bancos espanhóis (apenas relativo às operações espanholas).DBRS Morningstar

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