Argentina fecha acordo de reestruturação da dívida com credores externos

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

A Argentina chegou a acordo com os três principais grupos de credores estrangeiros para a reestruturação da dívida de 66.238 milhões de dólares que mantém o país em default desde abril.

O Governo argentino chegou a acordo financeiro com os três principais grupos de credores estrangeiros para a reestruturação da dívida de 66.238 milhões de dólares que mantém o país em default desde 22 de abril, foi esta terça-feira anunciado.

Numa nota emitida hoje, o Ministério da Economia classifica o acordo como “um alívio significativo da dívida”. “A República Argentina e os representantes do Grupo Ad Hoc de Credores Argentinos, o Comité de Credores da Argentina e o Grupo de Credores, além de outros credores, chegaram hoje a um acordo que lhes permitirá apoiar a proposta de reestruturação da dívida da Argentina e conceder à Argentina um alívio de dívida significativo”, anuncia o comunicado do Ministério da Economia.

O Governo argentino ressalta que a proposta económica não foi alterada, mas que serão ajustadas algumas datas de pagamento contempladas nos novos títulos que vão substituir a dívida velha em default. “A Argentina ajustará algumas datas de pagamento contempladas para os novos títulos, mas sem aumentar o montante total dos pagamentos de capital ou de juros, melhorando, ao mesmo tempo, o valor da proposta”, esclarece o comunicado.

No dia 06 de julho, a Argentina fez a sua quarta oferta aos credores, depois de três fracassos iniciais de acordo. Segundo a proposta argentina, o país reconheceria 53,50 dólares de cada 100 dólares de dívida.

A proposta foi rejeitada pelos credores, que apresentaram como contraproposta um mínimo de 56,50 dólares. A diferença significava 3 mil milhões a mais, mas o governo argentino negou-se a melhorar a oferta ao defini-la como “o máximo esforço que o país poderia fazer”. Porém, ao antecipar os prazos de pagamento, o país também alterou indiretamente os valores reconhecidos, chegado a um valor de 54,80 dólares.

As modificações precisarão ser comunicadas esta terça-feira à Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês). Formalmente, a Argentina estenderá o prazo de adesão que termina hoje para o próximo 24 de agosto para que os credores formalizem a sua adesão à nova oferta.

A primeira oferta argentina em abril teve uma adesão próxima de 13%. A atual, que vence hoje, mal chegou aos 35%, revelando que os três grupos de credores tinham conseguido coordenar posições. Para que um acordo de reestruturação seja possível, são necessários em entre 66% e 85% de adesão, de acordo com cada título.

Com o acordo, a Argentina sairá do seu nono default na história e terá um balão de oxigénio para enfrentar o pós-pandemia, mas os desafios do país são ainda gigantes, segundo analistas.

“Mesmo com a questão da dívida resolvida, a Argentina fica malparada para contrair novos créditos e para receber novos investimentos. A tarefa será ainda titânica”, indica à Lusa o analista económico Marcelo Elizondo.

“Agora o governo precisa apresentar um plano económico. O acordo com os credores é uma condição, mas não é suficiente“, acrescenta à Lusa o economista Fausto Spotorno, diretor da consultora Orlando Ferreres.

Depois dos credores privados, a Argentina enfrentará negociações com o Fundo Monetário Internacional para também reestruturar outros 44 mil milhões de dólares. Essa negociação, no entanto, não envolve nenhuma redução. Apenas um alargamento dos prazos. A dívida pública argentina total chega a 323 mil milhões de dólares.

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Rei Juan Carlos terá partido para viver na República Dominicana

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

O rei emérito deverá estar na República Dominicana, para onde se terá deslocado depois de comunicar ao rei Filipe VI que decidiu ir viver para fora de Espanha, avança a imprensa internacional.

O rei emérito espanhol, Juan Carlos, deverá estar na República Dominicana, para onde se terá deslocado depois de avisar o filho, o rei Filipe VI, que decidiu morar fora do país, noticia esta terça-feira a imprensa espanhola.

Apesar de o Palácio Real ter anunciado, na segunda-feira, a decisão de Juan Carlos de sair do país, não avançou qualquer informação sobre o destino de Juan Carlos, tendo-se especulado que o rei emérito espanhol poderia ir viver para o Estoril, em Portugal.

Toda a imprensa espanhola dá como certo que o monarca, alvo de uma investigação por corrupção, já deixou o território na segunda-feira, embora nem o Palácio Real nem o Governo o tenham confirmado.

A primeira página do site do diário ABC, favorável à monarquia, diz esta terça-feira que Juan Carlos, de 82 anos, visitou a República Dominicana, tendo o El Mundo e o La Vanguardia acrescentado que o rei emérito pretende ficar uns tempos com os amigos naquele país das Caraíbas.

Mas o jornal online El Confidencial escreve que Juan Carlos poderá preferir viver em Portugal, onde passou a primeira infância, ou em França ou Itália, onde tem família.

O Palácio Real recusa comentar as especulações, depois de ter publicado uma carta de Juan Carlos ao seu filho Felipe VI, na qual anunciou a sua decisão de se afastar de Espanha para ajudá-lo a “exercer as suas responsabilidades”.

Na carta, Juan Carlos diz que pretende facilitar o exercício das funções de Filipe VI, pelo que deixará de viver no Palácio da Zarzuela e sai de Espanha, perante “a repercussão pública” de “certos eventos do passado”.

A decisão de Juan Carlos acontece quatro meses depois de Filipe VI ter privado o seu pai de uma subvenção pública de quase 200.000 euros anuais, enquanto renunciava a qualquer herança que pudesse corresponder às suas contas no estrangeiro.

Juan Carlos viu-se envolvido numa investigação judicial, desde o verão de 2018, quando agentes da polícia suíça foram enviados por um juiz para analisar as contas de uma empresa gestora de fundos alegadamente ilegais em paraísos fiscais, onde o rei emérito tem investimentos pessoais.

O antigo rei de Espanha não está a ser investigado, mas fontes judiciais suíças já disseram que pode vir a sê-lo num futuro próximo, embora a lei exija que apenas o departamento fiscal do Supremo Tribunal possa assumir o caso.

A investigação está na fase que pode determinar se há indícios suficientes para poder acusar Juan Carlos de ter cometido algum delito, desde que deixou o trono. Os seus advogados já disseram que o rei emérito continuará a colaborar com a justiça, apesar da decisão de deixar Espanha para viver noutro país.

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Comissão Europeia aprova criação do Banco Português de Fomento

Banco que resulta da fusão da IFD e da PME Investimentos na SPGM já recebeu luz verde da Comissão Europeia.

A Comissão Europeia já deu luz verde à criação do novo banco promocional português. O Banco Português de Fomento recebeu esta terça-feira a aprovação da Comissão Europeia, um passo fundamental para que possa efetivamente sair do papel. Agora falta ainda a aprovação do Banco de Portugal.

A instituição que vai resultar da fusão da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) e da PME Investimentos na SPGM não viola as regras comunitárias das ajudas de Estado e como se destina a promover o crescimento da economia portuguesa, não teve oposição das autoridades comunitárias. No comunicado desta terça-feira, a Comissão sublinha que o banco será detido pelo Estado com um capital social de 255 milhões de euros e que as suas atividades se dirigem à supressão das falhas de mercado na concessão de crédito e nos mercados de capitais.

Na opinião da Comissão, o Banco Português de Fomento é “uma solução apropriada e proporcional para oferecer financiamento adicional às empresas e a projetos que, de outra forma, permaneceriam subfinanciados devido a falhas de mercado”. Além disso, Bruxelas sublinha que a nova instituição vai implementar medidas de salvaguarda para que as instituições financeiras privadas não sejam excluídas do mercado. E é essa garantia que permite que a Comissão considere a instituição não viole as regras das ajudas de Estado, apesar de “facilitar o desenvolvimento de algumas atividades económicas ou de alguns setores”.

A criação do Banco Português de Fomento já tinha sido aprovada em Conselho de Ministros em junho, mas tratou-se apenas de uma aprovação “na generalidade”, porque ainda era necessário decorrer um período de audições, nomeadamente no Banco de Portugal, para que fosse efetivamente formado. E, claro, ter luz verde de Bruxelas, a etapa concluída esta terça-feira.

“Após essas consultas voltará para uma votação final no Conselho de Ministros”, precisou, na altura o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, explicando que é necessário decorrer esse período de audições para que seja efetivamente formado. “Uma tramitação formalmente obrigatória”, acrescentou André Moz Caldas.

O ECO sabe que o Executivo já enviou todo o dossier para ao Banco de Portugal e que este está a ser analisado. Apesar de uma das instituições que integra a nova instituição já ter licença bancária. Mas, tal como o ECO avançou em primeira mão em janeiro, a integração é feita na SPGM, uma instituição que está sob a tutela do Ministério da Economia. O novo desenho institucional traduz-se numa perda de poder por parte do Ministério das Finanças, já que o IAPMEI terá 47% do capital social do Banco de Fomento, a DGTS 40,88%, o Turismo de Portugal 8,1% e a AICEP 4,02%.

O banco de fomento estava prometido para os primeiros cem dias de Governo, um prazo que se esgotou a 6 de fevereiro. E apesar da aprovação do diploma em conselho de ministros e da aprovação de Bruxelas, 281 dias depois do objetivo o banco continua a existir apenas no papel.

(Notícia atualizada às 15h13 com informação sobre o ponto de situação no Banco de Portugal)

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EDP Renováveis estreia novo parque eólico de 200 MW nos EUA

A energia renovável ali produzida vai ser comprada pela Wabash Valley Power Alliance, Walmart e um off-taker privado, que adquiriram respetivamente 100 MW, 50 MW e 50 MW .

Com 53 parques eólicos, oito parques solares e sete escritórios regionais espalhados pela América do Norte, a EDP Renováveis já desenvolveu mais de 7500 MW e opera mais de 7200 MW em projetos de energia renovável. No estado do Illinois, a empresa do grupo EDP é a maior proprietária e operadora de sete parques eólicos no total, com uma capacidade operacional de 1201 MW, o que permite abastecer 412.000 famílias.

A mais recente aquisição para o portfólio da EDP Renováveis do outro lado do Atlântico é o parque eólico de Harvest Ridge, que começou agora a produzir energia limpa em Douglas County, no Illinois. Com 200 MW de capacidade instalada, já está totalmente operacional e vai permitir poupar mais de 1.343 mil milhões de litros de água todos os anos e evitando as emissões de carbono das centrais de combustíveis fósseis, que são as que mais contribuem para as alterações climáticas.

Através de contratos de compra e venda de energia elétrica (na sigla em inglês, PPA) a longo prazo, a Wabash Valley Power Alliance (WVPA), a Walmart e um off-taker privado adquiriram respetivamente 100 MW, 50 MW e 50 MW da capacidade do parque eólico.

Além de Harvest Ridge, a carteira da EDP Renováveis inclui o Parque Eólico Bright Stalk, de 205 MW, em McLean County, o Parque Eólico Rail Splitter, de 100 MW, em Tazewel County e Logan County, o Parque Eólico Top Crop, de 300 MW, em LaSalle County e Grundy County, e ainda o Parque Eólico Twin Groves, de 398 MW, em McLean County.

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Pandemia faz lucro do Banco Best cair 43% para 1,3 milhões de euros

  • ECO
  • 4 Agosto 2020

Apesar desta quebra de 43% nos lucros no primeiro semestre, o Banco Best considera este resultado "positivo", destacando os depósitos que atingiram a "marca histórica de 682 milhões de euros".

O Banco Best registou um resultado líquido de 1,3 milhões de euros no primeiro semestre, menos 43% face aos 2,3 milhões observados no mesmo período do ano passado. Mas, apesar desta quebra nos lucros, justificada pela pandemia de coronavírus, o banco considera que este foi um resultado “positivo”, destacando os depósitos, que atingiram a “marca histórica” de 682 milhões de euros.

Mantiveram-se “rácios prudenciais e de solidez financeira muito favoráveis”, nota a instituição, referindo que “o primeiro semestre ficou marcado pela declaração da pandemia e por um período longo de confinamento, com inegável impacto económico global”. Dado o Best ser um banco digital, “estes níveis históricos de volatilidade nos mercados financeiros afetaram o valor dos ativos sob gestão dos clientes”.

Contudo, o Best sublinha que “os depósitos atingiram a marca histórica de 682 milhões de euros”, o que representa uma “variação positiva significativa” de 18% face ao primeiro semestre do ano passado. “Este crescimento resultou, fundamentalmente, do resgate de aplicações financeiras, mas também da entrada de recursos”, explica o banco.

No que diz respeito ao volume de crédito a clientes — “sendo em 96% colateralizado por ativos financeiros” — este caiu 22% para 110 milhões de euros. “Face às especificidades da carteira de crédito, os pedidos de moratória no Best têm uma expressão absolutamente inexpressiva”.

A área de trading, por sua vez, “beneficiou fortemente da referida volatilidade verificada nos mercados financeiros, tendo o volume de transações de derivados online aumentado 70%”, mais do que os 34% de aumento observados no mercado nacional. No entanto, nota o banco, “o maior crescimento no trading online ocorreu nas operações de bolsa, onde o volume de negociação registou um aumento de 128% atingindo os 585 milhões euros”.

Durante o período de confinamento, o Best viu o número de novos clientes aumentar 15% face ao ano passado, tendo a videochamada sido utilizada em 24% dos processos de abertura de conta e a Chave Móvel Digital (“uma novidade introduzida neste primeiro semestre”) por 19%.

“Apesar de toda a volatilidade que marcou os primeiros seis meses do ano, designadamente ao nível dos mercados, o Banco Best apresentou resultados positivos, acima dos objetivos fixados, cresceu em número de clientes e em valor de depósitos“, diz Madalena Torres, CEO da Banco Best, citada em comunicado, referindo que “a realidade demonstrou que o modelo de negócio do Best é resiliente e responde muito bem aos desafios”.

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Atlantica aumenta dividendos em 5% face a 2019

  • Servimedia
  • 4 Agosto 2020

Durante o primeiro semestre do ano, a empresa energética finalizou com sucesso várias operações financeiras que lhe permitiram obter fundos para crescer em cerca de 489 milhões de dólares.

A Atlantica Sustainable Infrastructure anunciou os resultados para o primeiro semestre de 2020, tendo registado um volume de negócios de 457 milhões de dólares e um Ebitda de 380 milhões de dólares, contra 505 milhões e 411 milhões, respetivamente, no primeiro semestre de 2019, de acordo com dados enviados ao regulador da bolsa de valores dos EUA, onde a empresa está cotada.

O fluxo de caixa livre cresceu 3% para 97 milhões de dólares. Com estes resultados, o Conselho de Administração da empresa energética decidiu declarar um dividendo para o segundo trimestre de 2019 de 0,42 dólares por ação, o que representa um aumento de 5% em comparação com o mesmo período em 2019.

Durante o primeiro semestre do ano, a Atlantica finalizou com sucesso várias operações financeiras que lhe permitiram obter fundos para crescer em cerca de 489 milhões de dólares. “Atlantica continua a ser uma referência no financiamento verde e fechou recentemente uma obrigação convertível verde por um montante de 115 milhões de dólares. Esta operação soma-se ao financiamento verde, sob a modalidade project finance, para o qual a empresa obteve 140 milhões de dólares”, informou a empresa.

Além disso, a Atlantica refinanciou dois outros ativos em Espanha, Helios e Helioenergy, obtendo mais 73 milhões de dólares. Finalmente, fechou um financiamento de 158 milhões de dólares com um investidor privado.

Com estes fundos, a empresa energética espera financiar o seu plano de crescimento. Nesse sentido, a empresa exerceu a opção de compra que tinha sobre o seu parceiro financeiro na fábrica solar de Solana, nos EUA, por 290 milhões de dólares e espera finalizar a transação em agosto. Além disso, adquiriu recentemente uma central solar de 55MW no Chile, através da plataforma de energias renováveis que criou recentemente com parceiros financeiros.

Finalmente, a empresa reiterou que até agora não teve qualquer impacto material devido à Covid-19. Atlantica continua a operar todos os seus ativos, e a prestar um serviço contínuo aos seus clientes, sem interrupções significativas na disponibilidade ou produção.

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Espanha regista primeira quebra nos pedidos de subsídio de desemprego desde fevereiro

Número de pessoas que se inscreveram nos centros de emprego caiu 2,33% em julho face ao mês anterior, ou seja, menos 89.849 pessoas. Esta foi a maior queda mensal em julho desde 1997.

Espanha registou em julho a sua primeira quebra nos pedidos de subsídio de desemprego desde fevereiro, à medida que mais empresas começaram a reabrir portas após meses de confinamento imposto pela pandemia.

O número de pessoas que se inscreveram nos centros de emprego caiu 2,33% em julho face ao mês anterior, ou seja, menos 89.849 pessoas, o que significa que esta foi a maior queda mensal em julho desde 1997, como sublinhou o Ministério do Trabalho. Ainda assim, continuam sem trabalho 3,77 milhões de pessoas em Espanha, o que significa que há mais 761.601 desempregados do que no mês homólogo.

“O aumento nas contratações, o dobro do registado em abril, indicia uma forte recuperação da atividade”, sublinhou a ministra espanhola do Trabalho na rede social Twitter.

O número de desempregados diminuiu em todos os setores de atividade exceto na agricultura que registou um aumento de 5,9% devido ao fim da campanha da apanha de fruta.

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BP regista perdas de 18 mil milhões no primeiro semestre

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

Nos primeiros seis meses deste ano, a BP registou uma perda de 21.213 milhões de dólares (18.031 milhões de euros). Face à pandemia, a empresa reduziu para metade os dividendos pagos no 2.º trimestre.

A BP anunciou esta terça-feira uma perda semestral atribuída de 21.213 milhões de dólares (18.031 milhões de euros) e redução para metade dos dividendos pagos no segundo trimestre devido à contração da procura de petróleo provocada pela pandemia.

Num comunicado enviado à Bolsa de Londres, a BP afirmou que estas perdas milionárias no primeiro semestre do ano contrastam com os lucros atribuídos de 4.756 milhões de dólares (4.042 milhões de euros) obtidos no mesmo período do ano passado.

O volume de negócios total da empresa no semestre – janeiro a junho – foi de 90.730 milhões de dólares (77.120 milhões de euros), enquanto que as perdas antes de impostos nos seis meses ascenderam a 24.547 milhões de dólares (20.864 milhões de euros).

A empresa pagará um dividendo de 5,25 dólares (4,46 euros) por ação no segundo trimestre em comparação com 10,5 dólares (8,9 euros) no trimestre anterior, devido à contração da procura de petróleo depois do cancelamento dos voos devido à pandemia.

A dívida líquida em 30 de junho era de 40.900 milhões de dólares (34.765 milhões de euros), em comparação com 46.500 milhões de dólares (39.525 milhões de euros) no ano anterior, e a liquidez atingiu 47 mil milhões de dólares (39.950 milhões de euros).

A companhia petrolífera estima que a procura global de petróleo bruto será entre menos oito e nove milhões de barris por dia do que em 2019 e adverte que existe o risco de a pandemia ter um impacto duradouro na economia global, com um possível enfraquecimento da procura de energia durante um período de tempo sustentado. O preço do petróleo foi inferior em cerca de 57% – 29,50 dólares por barril – no segundo trimestre face ao mesmo período de 2019.

Além da pandemia, o setor petrolífero enfrentou problemas de natureza geopolítica depois de a Arábia Saudita e a Rússia terem iniciado uma guerra de preços no início do ano, à qual se seguiu a pandemia da covid-19 que fez baixar a procura.

No primeiro semestre de 2020, a BP readquiriu 120 milhões de ações ordinárias por 776 milhões de dólares (659 milhões de euros) e fez aquisições no primeiro semestre do ano no valor de 67.656 milhões de dólares (57.507 milhões de euros).

O CEO (Chief Executive Officer) da empresa, Bernard Looney, disse que estes resultados representam outro momento “muito desafiante” para a indústria, mas observou que o desempenho da empresa é resistente, “com bom fluxo de caixa e, mais importante, com operações seguras e responsáveis.

A BP informou que está a acompanhar de perto o impacto da covid-19 nas suas operações globais e que até agora não houve qualquer impacto operacional direto significativo, embora isto possa mudar durante o resto do terceiro trimestre (de julho a setembro).

Também informou que presta apoio às comunidades em que opera, tais como a concessão de descontos a serviços de emergência e trabalhadores da saúde no Reino Unido e nos Estados Unidos, bem como a doação de equipamento de proteção para a promoção da saúde e do uso de máscaras em África.

Além dos resultados, a empresa informou que espera investir cerca de cinco mil milhões de dólares (4,25 mil milhões de euros) em projetos de baixas emissões carbono até ao final desta década.

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Mais de 24.000 hectares arderam nos primeiros sete meses do ano

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

Entre 1 de janeiro e 31 de julho, a base de dados nacional registou um total de 5.294 incêndios rurais, que destruíram um total de 24.680 hectares, entre povoamentos, matos e áreas agrícolas.

Mais de 24.000 hectares arderam nos primeiros sete meses do ano, período em que se registaram 5.294 incêndios rurais, valores inferiores à média anual na última década, segundo o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

Segundo o 3.º relatório provisório de incêndios rurais do ICNF, que abrange o período entre 1 de janeiro e 31 de julho, a base de dados nacional registou um total de 5.294 incêndios rurais, que destruíram um total de 24.680 hectares (ha), entre povoamentos (12.031 ha), matos (8.247 ha) e áreas agrícolas (4.420 ha).

Comparando os valores dos primeiros sete meses deste ano com o histórico dos 10 anos anteriores, o relatório indica que houve menos 43% de incêndios rurais e menos 34% de área ardida relativamente à média anual do mesmo período.

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Colégios sem descontos se aulas presenciais forem suspensas

  • ECO
  • 4 Agosto 2020

Algumas escolas do ensino particular estão a avisar os pais de que as mensalidades não serão reduzidas caso as aulas deixem de ser presenciais.

Há colégios que não vão baixar as mensalidades mesmo se as aulas tiverem de continuar em casa, adianta o Jornal de Notícias (acesso pago). Os pais estão a ser avisados desta decisão, sendo que algumas escolas do ensino particular estão a mudar os regulamentos de forma a travar a redução de prestações.

A Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) enviou aos associados propostas de normas para acrescentar nos regulamentos, tanto para excluir reduções na anuidade, como para as prever. “A orientação é que, seja qual for a decisão, comuniquem antecipadamente aos pais, que devem saber quais as regras”, defende o diretor executivo da AEEP.

Segundo as contas da associação, cerca de metade dos associados, que são 500 no total, decidiu fazer descontos. Estes têm sido, na sua maioria, mais significativos no pré-escolar e menores nos restantes ciclos. A AEEP adianta ainda que, apesar do contexto de crise, o número de matriculas está a crescer em Lisboa, Porto, Coimbra e Braga.

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Fectrans pede demissão imediata da administração da IP depois de acidente com Alfa Pendular

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

"É altura de o ministério da tutela substituir esta administração incapaz de dar prioridade a um assunto importante para evitar acidentes ferroviários", defende a estrutura sindical.

A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) criticou esta terça-feira a administração da Infraestruturas de Portugal (IP) por “pretender antecipar as conclusões do inquérito” ao acidente em Soure e exige “a sua demissão de imediato”.

“É altura de o ministério da tutela substituir esta administração incapaz de dar prioridade a um assunto importante para evitar acidentes ferroviários e devolver à ferrovia o que é da ferrovia, concentrando nesta a gestão unificada de todos os seus segmentos – operação, infraestruturas e manutenção”, defende a estrutura sindical, em comunicado.

A FECTRANS e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário, o seu sindicato do setor, criticam a IP por, numa altura em que decorre um inquérito para apurar as causas da colisão entre um Alfa Pendular com 212 passageiros e um veículo de conservação de catenária, da qual resultaram dois mortos, a administração ter já dito “quem são os culpados, para procurar desculpar as causas”.

“A administração foi clara a atribuir culpas e depois procurou justificar a sua incapacidade de implementar as recomendações a que estava obrigada, que se o tivesse feito, como todos reconhecem, teria evitado o acidente”, salienta a organização sindical, na mesma nota.

A administração foi clara a atribuir culpas e depois procurou justificar a sua incapacidade de implementar as recomendações a que estava obrigada, que se o tivesse feito, como todos reconhecem, teria evitado o acidente.

Fectrans

Para a FECTRANS, a atual administração da IP “já está fora de prazo, como se comprovou pelas diversas contradições sobre o assunto em análise”.

O descarrilamento do comboio Alfa Pendular, no concelho de Soure, distrito de Coimbra, com 212 passageiros, provocou na sexta-feira dois mortos, oito feridos graves e 36 feridos ligeiros. Dos 44 feridos, quatro tiveram alta no local, 28 foram transportados para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, incluindo três crianças, e 12 foram assistidos no Hospital da Figueira da Foz. Quase todos os feridos já tiveram alta hospitalar, à exceção dos três que permanecem internados em Coimbra.

O comboio seguia no sentido sul-norte com destino a Braga e o descarrilamento ocorreu após o embate entre o Alfa Pendular e uma máquina de trabalho, perto da vila de Soure, junto à localidade de Matas.

Segundo uma nota informativa do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), a que a agência Lusa teve acesso, o veículo de conservação de catenária, no qual seguiam duas pessoas – as duas vítimas mortais -, passou um sinal vermelho e entrou na linha do Norte, tendo sido abalroado pelo comboio Alfa Pendular.

O Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminho de Ferro Portugueses frisou que há “recomendações anteriores noutros incidentes semelhantes com este tipo de material motor” por parte do GPIAAF, uma das quais à IP no sentido de “este material motor ser apetrechado do sistema CONVEL [sistema de controlo automático de velocidade]” e “essa recomendação não foi seguida”.

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Nas notícias lá fora: BP, Brexit e EasyJet

  • ECO
  • 4 Agosto 2020

A BP decidiu cortar os dividendos, depois de registar perdas recorde. Em Espanha, verificou-se a primeira quebra nos pedidos de subsídio de desemprego desde fevereiro.

Pela primeira vez em dez anos, a BP decidiu cortar os dividendos, depois de registar perdas recorde no segundo trimestre do ano. Já a EasyJet, por outro lado, está a ter uma recuperação melhor do que o esperado, decidindo por isso aumentar a operação no verão. Pelo Reino Unido, o número de cidadãos que saíram do país para a União Europeia depois do referendo do Brexit aumentou em 30%. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Reuters

BP corta nos dividendos após perdas recorde no segundo trimestre

A BP decidiu cortar os dividendos pela primeira vez numa década após ter registado perdas recorde de 6,7 mil milhões de dólares no segundo trimestre, uma vez que a pandemia de coronavírus reduziu a procura por energia. As perdas líquidas, que saíram em linha com o esperado pelos analistas, são em grande parte devidas à decisão do da petrolífera de reduzir em 6,5 mil milhões o valor dos ativos de exploração de petróleo e gás depois de ter revisto fortemente em baixa as suas previsões. O ano passado a empresa sedeada em Londres tinha registado um lucro de 2,8 mil milhões de dólares e de 791 milhões nos primeiros três meses de 2020. O presidente executivo, Bernard Looney, que assumiu os comando da empresa em fevereiro, evitou o corte de dividendos no primeiro trimestre apesar do agravamento das condições de mercado.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre / conteúdo em inglês)

Expansión

Espanha regista primeira quebra nos pedidos de subsídio de desemprego desde fevereiro

Espanha registou em julho a sua primeira quebra nos pedidos de subsídio de desemprego desde fevereiro à medida que mais empresas começaram a reabrir portas após meses de confinamento imposto pela pandemia. O número de pessoas que se inscreveram nos centros de emprego caiu 2,33% em julho face ao mês anterior, ou seja, menos 89.849 pessoas, o que significa que esta foi a maior queda mensal em julho desde 1997, como sublinhou o Ministério do Trabalho. Ainda assim, continuam sem trabalho 3,77 milhões de pessoas em Espanha, o que significa que há mais 761.601 desempregados do que no mês homólogo.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre/conteúdo em espanhol)

The Guardian

Número de cidadãos do Reino Unido que emigraram para a UE aumentou 30% desde referendo do Brexit

O número de cidadãos britânicos que emigram para outros países da União Europeia (UE) aumentou 30% desde o referendo do Brexit, sendo que metade tomou a decisão de sair nos primeiros três meses após a votação, revela uma análise com base em dados do Eurostat e da OCDE. O estudo também mostra um aumento de 500% naqueles que fizeram a mudança e depois assumiram a cidadania num Estado-membro da UE.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês)

Bloomberg

EasyJet expande programação de verão

A EasyJet está a ter uma recuperação mais forte do que o esperado na procura após o levantamento das restrições às viagens, levando a uma aceleração do aumento de voos. As aeronaves operaram com 84% dos assentos ocupados em julho, adiantou a companhia aérea low-cost. Com as reservas para o final do verão acima das previsões, a EasyJet vai operar 40% da capacidade no trimestre até setembro, acima dos 30% planeados.

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Travel Market

Abertura do hotel InterContinental em Luanda adiada para o final do ano

O primeiro hotel da cadeia InterContinental Hotels Group na capital angolana, Luanda, deverá abrir apenas no final deste ano. Num comunicado, o grupo hoteleiro britânico diz que a inauguração do Luanda Miramar, que será “o primeiro hotel de luxo de uma marca internacional” na cidade, está marcada para o último trimestre do ano. No portal do InterContinental Luanda Miramar na internet, apenas é possível, contudo, fazer reservas para estadias a partir de 01 de janeiro de 2021. De acordo com portais internacionais de recrutamento, o InterContinental Hotels Group já em junho passado estava à procura de pessoal para a gestão do hotel. A construção do edifício de 24 andares, cujo projeto previa um hotel com 377 quartos e um casino, esteve parada durante dois anos, só recomeçando em janeiro de 2018. Segundo o Relatório de Contas da Sonangol para 2019, a petrolífera estatal angolana já tinha investido 139,3 mil milhões de kwanzas (205 milhões de euros) no projeto.

Leia a notícia completa na Travel Market (acesso livre / conteúdo em inglês)

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