Vai abrir uma garrafa de vinho? Por cada rolha de cortiça são sequestradas mais de 300 gramas de emissões poluentes

O estudo da EY concluiu que 80% dos produtos da Amorim Cork têm uma pegada de carbono negativa, ao apresentar emissões diretas do processo produtivo inferiores ao carbono contido no produto.

São portuguesas e podem ser encontradas nas garrafas dos melhores vinhos do mundo. Além de manterem intactas todas as propriedades dos néctares que guardam, cada uma das rolhas de cortiça 100% natural da Amorim Cork, unidade de negócio da Corticeira Amorim, permite também um sequestro de carbono até -309 gramas equivalentes a CO2. Esta pegada carbónica negativa foi o principal resultado dos estudos conduzidos pela consultora EY e evidencia a contribuição da cortiça para a descarbonização da indústria do vinho.

A Amorim Cork revela agora aos seus cerca de 19.000 clientes nacionais e internacionais os resultados das análises feitas a 10 dos seus principais produtos que concluíram que “o balanço de carbono de todas as rolhas analisadas é negativo quando considerado o sequestro das florestas de sobro e as emissões associadas à produção do produto”. Abrangendo rolhas para diversos segmentos de vinhos tranquilos, espumantes e espirituosos, os estudos conduzidos pela EY concluíram que 80% dos produtos avaliados têm uma pegada de carbono individual negativa, ao apresentar emissões diretas do processo produtivo inferiores ao carbono contido no produto.

E se uma rolha natural permite um significativo sequestro de carbono, também uma rolha Twin Top Evo para vinho, com dois discos de cortiça, permite sequestrar até -297 gramas de CO2 equivalente; uma rolha microaglomerada Neutrocork vai até -392g CO2eq e uma rolha Advantec de rotação rápida permite um sequestro de carbono até -328g CO2eq.

Nos espumantes, uma rolha com dois discos permite um sequestro de carbono até -562g CO2eq; uma rolha aglomerada para permite reduz até -540g CO2eq; já nos espirituosos, uma rolha natural Top Series com cápsula de madeira permite um sequestro de carbono até -96g CO2eq; uma rolha Top Series Wood Neutro sequestra até -148g CO2eq; uma rolha natural Top Series com cápsula em plástico não vai além dos -87g CO2eq e uma rolha Top Series Plastic Neutro garante um sequestro de carbono até -138g CO2eq.

Segundo António Rios de Amorim, a empresa “continua a aprofundar o enorme contributo do montado e de toda a fileira da cortiça através de mais investigação sobre a matéria. De resto, as questões dos serviços do ecossistema agora lançados para a discussão pública por vários especialistas começaram a ser estudados pela Corticeira Amorim há 10 anos. Este estudo da EY vem complementar e pôr em evidência o enorme valor do montado em matéria de sustentabilidade”, conclui o Presidente e CEO da Corticeira Amorim.

Levados a cabo entre 2018 e 2020, os estudos debruçaram-se sobre as diferentes etapas do ciclo de vida numa abordagem cradle to gate, nomeadamente: atividades florestais; preparação de cortiça, incluindo o transporte da floresta; produção; acabamento e embalagem. Tendo como objetivo a comparação com abordagens de estudos anteriores, também foi incluída a distribuição do produto de Portugal para o Reino Unido. A avaliação incluiu ainda informações adicionais sobre o sequestro de carbono da floresta de sobreiro.

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Campanhas “Vá para fora cá dentro” de outros países estão a tramar turismo nacional

De descontos em impostos nos setores do turismo e hotelaria à oferta de "cheques" e devolução de dinheiro a quem "Vá para fora cá dentro". Veja as estratégias seguidas por outros países europeus.

A pandemia está a provocar quebras históricas no turismo em todo o mundo. Com uma estratégia de crescimento que assentou nos últimos anos na captação de turistas estrangeiros, Portugal não escapa a esse “contágio”. Essa situação é agravada ainda pelo facto de se ter visto excluído do corredor aéreo do Reino Unido, um dos mercados mais relevantes para o turismo nacional, mas não só. A fazer mossa ao turismo nacional estarão também os apoios que os governos de outros países estão a dar aos próprios cidadãos para optarem pelo “Vá lá para fora cá dentro” que acabam por afastar turistas do território nacional.

O número de turistas estrangeiros a visitar Portugal aumentou 7,9% para mais de 24,6 milhões de pessoas, no ano passado, cimentando a aposta na promoção turística do país no estrangeiro que despertou o interesse de muitos em descobrir o país. Mas esses números à luz da realidade atual são uma “miragem”.

E as consequências económicas prometem ser muito duras. De acordo com um ranking da EY, feito com base nos dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (CNUCED), Portugal surge na quarta posição dos países mais afetados pela quebra do turismo, com uma perda de 11,7 mil milhões de euros estimada para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional equivalente a uma contração de 6%.

Temendo já os efeitos sobre o setor em Portugal devido aos efeitos da pandemia, ainda em pleno confinamento, o Governo optou por apostar na promoção do turismo nacional, convidando os portugueses a viajar pelo país em vez de rumarem ao estrangeiro. Outros países estão também a optar pela promoção do turismo interno, mas estão a ir mais longe com a implementação de medidas de apoio e promoção. Estas vão desde descontos em impostos nos setores do turismo e hotelaria à oferta de “cheques” e devolução de dinheiro aos cidadãos que sigam a estratégia do “Vá para fora cá dentro”. Veja o que cinco países europeus estão a fazer nesse âmbito.

Reino Unido reduz IVA no turismo e hotelaria

Uma das medidas anti-crise tomadas pelo Executivo de Boris Johnson que mais têm sido realçada recai sobre a redução do IVA sobre o setor do turismo e da hotelaria que passa de 20% para 5% até 12 de janeiro de 2021. Além disso, há também uma redução de 50% nos impostos pagos nas contas dos restaurantes durante o mês de agosto.

Alemanha corta o IVA. Restauração beneficiada

No pacote de estímulos anunciados com vista a puxar pela economia, a Alemanha também optou por medidas fiscais para impulsionar o turismo nacional. Para o efeito, aprovou a redução da taxa geral do IVA de 19% para 16% e a da taxa reduzida de 7% para 5%. Ambos os ajustes fiscais vigoram desde o dia 1 de julho e durarão até ao último dia deste ano. A restauração sai beneficiada neste campo já que, para além de mais profundo, o corte de impostos é mais extenso no tempo. Para o setor o IVA desce de 19% para 7% durante um ano. Ou seja, até 30 de junho do próximo ano.

Grécia também dá desconto no IVA

A Grécia foi o país da União Europeia que mais cedo abriu as fronteiras ao turismo e que mais tem tentado tirar partido das dificuldades de outros países como Itália e Espanha para gerir a crise do coronavírus. Em maio, aprovou uma redução do IVA de 23% para 14% para transporte, bebidas não alcoólicas e ingressos de cinema entre junho e outubro, a fim de atrair turismo da Alemanha e dos países nórdicos.

Itália dá “bónus de férias” às famílias para gastar em estadias

Com vista a promover o turismo interno e a incentivar as famílias de mais baixos rendimentos a fazer férias, o Governo italiano decidiu dar um “Bónus de férias” de 500 euros por família a ser gasto em estadias em alojamentos turísticos localizados na Itália. O auxílio destina-se exclusivamente a agregados familiares com rendimentos inferiores a 40 mil euros brutos anuais. As famílias com filhos a cargo têm direito a 500 euros, sendo que o valor baixa para 300 para agregados com apenas dois membros e 150 para famílias monoparentais.

França reembolsa em caso de confinamento

Logo no início da crise sanitária, o Executivo francês lançou uma campanha de promoção do turismo nacional para o período de julho e agosto. Para isso, comprometeu-se a devolver o montante desembolsado nas reservas aos afetados em caso de confinamento.

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Grandes empresas estão a usar Covid-19 para atacar numerário, defende ativista Brett Scott

  • Servimedia
  • 12 Agosto 2020

O ex-corretor, escritor e activista britânico denunciou durante vários anos o controlo e o impacto na privacidade provocado pelo crescimento dos pagamentos digitais agora reforçados pelo Coronavírus.

Brett Scott acredita que as grandes empresas estão atualmente a tirar partido da crise do Covid-19 para atacar ainda mais o dinheiro em numerário. O objetivo deste ataque, explica, é aumentar o controlo através da informação e dados gerados pelos pagamentos digitais, nas mãos de empresas privadas em oposição ao numerário, que descreve como “público, democrático e estatal”.

Com o Coronavírus, foram impostas medidas de recomendação de pagamentos digitais e eletrónicos com base no medo de contágio, facto que foi negado em várias ocasiões pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelos bancos centrais. Assim, Scott denuncia que tem sido “amplamente divulgado por atores interessados na luta contra o numerário, gerando desinformação e medo”.

Em Espanha, antes da pandemia, o numerário continuou a ser o método de pagamento preferido para 53% da população e desempenhou um papel de liderança em até 87% das operações, de acordo com dados do Banco Central Europeu e do Banco de Espanha. Esta tendência mudou com a pandemia, segundo o ativista britânico, principalmente devido à pressão das grandes empresas que viram na crise do Covid-19 uma forma de reforçar a banca e a digitalização dos pagamentos.

Scott adverte para a intensificação da “guerra ao numerário” e o seu impacto no acesso de muitas franjas da população com menos bancos, bem como a perda de privacidade e segurança nos pagamentos para toda a população.

O ativista argumenta que a ascensão do comércio digital e “a indústria de pagamentos digitais não é uma coincidência“. Na sua opinião, “estes atores têm sinergias naturais, já que todos procuram criar vastos sistemas de automação interligados”. “Querem e beneficiam de um mundo em que as economias são coordenadas remotamente através dos seus enormes sistemas de centros de dados, em vez de serem negociadas através da interação cara a cara, entre as pessoas na rua”.

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Com vacina a caminho, Wall Street regressa aos ganhos

Os Estados Unidos vão comprar 100 milhões de doses da vacina experimental contra o coronavírus da Moderna e isso bastou para trazer as bolsas de Wall Street de volta aos ganhos.

Os principais índices norte-americanos estão de volta aos ganhos, animados pela notícia de que Donald Trump vai encomendar 100 milhões de doses da vacina que a Moderna está a desenvolver contra o coronavírus. Esta compra animou, sobretudo, as empresas de cruzeiros e as companhias aéreas, deixando esperanças de uma acelerada recuperação do setor turístico.

Depois de, na última sessão, ter encerrado no vermelho ao fim de oito sessões consecutivas de ganhos, o S&P 500 voltou a recuperar e está a valorizar 0,94% para 3.365,06 pontos. A mesma tendência é acompanhada pelo industrial Dow Jones que soma 1,04% para 27.973,54 pontos e pelo tecnológico Nasdaq que avança 1,11% para 10.902,57 pontos, depois de ter penalizado Wall Street na última sessão.

Esta recuperação das bolsas de Nova Iorque acontece depois de Donald Trump ter anunciado que vai comprar 100 milhões de doses da vacina da Moderna contra o coronavírus, que está na fase final de testes em humanos.

Entre as ações, o destaque foram as empresas de cruzeiros — a Royal Caribbean Cruises está a subir 0,77% enquanto a Norwegian Cruise Line avança 1,34% — e as companhias aéreas –o American Airlines Group valoriza 1,6% enquanto a Delta Air Lines avança 1,65%.

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Concorrência foi notificada na semana passado do reforço do Estado na TAP

  • Lusa
  • 12 Agosto 2020

A Autoridade da Concorrência recebeu na passada quinta-feira a notificação do reforço do Estado na TAP com compra de 22,5% do capital da companhia.

A Autoridade da Concorrência (AdC) recebeu na passada quinta-feira a notificação do reforço do Estado na TAP com compra de 22,5% do capital da companhia, somando aos 50% já detidos pela Parpública, segundo um anúncio publicado esta quarta-feira na imprensa.

Segundo a notificação à AdC, de 6 de agosto, e hoje publicada em dois jornais nacionais, a operação de concentração está agora a ser objeto de observações de interessados que as podem remeter à AdC no prazo de dez dias úteis contados da publicação do aviso.

Os acionistas da companhia aérea brasileira Azul, liderada por David Neeleman, aprovaram na segunda-feira em assembleia-geral o acordo de saída da TAP, incluindo a eliminação de direitos de converter em ações das obrigações relativas ao empréstimo da Azul à TAP, realizado em 2016, de 90 milhões de euros, e a alienação da posição da Global AzurAir Projects na TAP pelo “valor total de, pelo menos”, 10,5 milhões de euros.

A 2 de julho, o Governo anunciou que tinha chegado a acordo com os acionistas privados da TAP, para deter 72,5% do capital da companhia aérea portuguesa, por 55 milhões de euros.

O dono da transportadora aérea Azul, David Neeleman, saiu assim da estrutura acionista da TAP, e do consórcio Atlantic Gateway, que passou a ser integrado apenas pelo português Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro. Mas a participação social de 72,5% do Estado na TAP aguarda agora luz verde da AdC.

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Iniciativa Liberal questiona “relevância política” da ministra da Agricultura

  • Lusa
  • 12 Agosto 2020

A Iniciativa Liberal questionou a "relevância política" da ministra da Agricultura. João Cotrim quer saber se existem “planos para centralizar todas as competências” do ministério.

A Iniciativa Liberal (IL) questionou esta quarta-feira a “relevância política” da ministra da Agricultura e se existem “planos para centralizar todas as competências” do Ministério da Agricultura no do Ambiente, após a transferência da tutela dos animais de companhia.

“Quão prioritária é a agricultura para o Governo e qual a relevância política desta ministra, após duas desautorizações e atestados de incompetência nas últimas semanas (proibição de atividades agrícolas e florestais por parte do ministro da Administração Interna e agora a retirada das competências da proteção e bem-estar animal)?”, pergunta o deputado João Cotrim Figueiredo.

Numa pergunta dirigida aos ministérios da Agricultura e do Ambiente, a IL quer saber quanto irá custar retirar a tutela dos animais de companhia da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e se esta mudança “implica transferir parte do orçamento, dos recursos humanos e dos sistemas de registo e movimentação de animais da DGAV, para a estrutura a criar no Ministério do Ambiente”.

“Como será feita a coordenação entre as duas estruturas em termos de sanidade animal e de alimentos para animais”, questiona também João Cotrim Figueiredo, querendo saber se “existem mais planos para centralizar todas as competências do ministério da Agricultura no ministério do Ambiente e Ação Climática, depois da passagem de tutela do ICNF e agora de parte da DGAV”.

O deputado único João Cotrim Figueiredo lembra que, na sequência do incêndio em Santo Tirso que vitimou 73 animais de companhia que estavam em dois abrigos, o trabalho da DGAV foi criticado pelo primeiro-ministro e que a ministra da Agricultura anunciou que a tutela dos animais domésticos deixaria de ser da DGAV e passaria para o Ministério do Ambiente e da Ação Climática.

No dia seguinte a este anúncio, Maria do Céu Antunes afirmou que o Governo está a estudar a passagem da tutela dos animais domésticos para o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) ou para outro organismo do Ambiente.

“Desde então, temos assistido a inúmeras reações negativas da sociedade civil, incluindo uma carta aberta ao primeiro-ministro de um grupo de trabalhadores da DGAV que desmonta a narrativa técnica utilizada para justificar esta decisão, provando então que esta decisão possa ser puramente ideológica, e para satisfazer a agenda extremista e animalista do PAN como moeda de troca do seu apoio”, assinala o deputado.

Na semana passada, um grupo de trabalhadores da DGAV exigiu a “reposição da verdade” face às acusações do primeiro-ministro na sequência do incêndio em Santo Tirso que matou 73 animais, criticando a lei que impede o abate.

Para os trabalhadores da DGAV, António Costa foi “mal assessorado e incorretamente informado” sobre muitos aspetos basilares.

Na pergunta, a Iniciativa Liberal questiona também se os “animais de companhia, animais de produção e animais de trabalho serão tratados em estruturas diferentes” e “onde serão tratados e registados os cães e cavalos de trabalho, por exemplo, sabendo que a sua ação se distribui a várias competências e por vezes se sobrepõe com o estatuto de animal de companhia (eg: pastoreio, resgate, guias, terapias e reabilitação)”.

O deputado João Cotrim Figueiredo pergunta ainda se “tinha ou não a DGAV dado ordem para encerramento dos canis que arderam” e se “é correta a estimativa de custo anual de 100 milhões de euros em canis e gatis”.

No debate do Estado da Nação, no passado dia 24 de julho, o primeiro-ministro, António Costa, classificou como “absolutamente intolerável” o incidente em Santo Tirso e admitiu repensar o quadro legal e a “orgânica do Estado” nesta matéria.

O primeiro-ministro disse que irá aguardar pelos factos saídos do inquérito aberto pela Inspeção-Geral da Administração Interna mas admitiu repensar o quadro legal e a “orgânica do Estado” nesta matéria.

Em causa está um incêndio que atingiu dois abrigos para animais, em Santo Tirso, no distrito do Porto, que vitimou 73 animais, levando à abertura de um inquérito pelo Ministério Público e à contestação sobre a atuação das autoridades de socorro.

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Tráfego nas autoestradas registou o pior trimestre de sempre

  • Lusa
  • 12 Agosto 2020

A APCAP indica que o trimestre de abril a junho foi o pior em termos de circulação e tráfego de que há registo. Pandemia e estado de emergência levaram a quebra de 46%.

A rede da Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Autoestradas ou Pontes com Portagens (APCAP) registou de abril a junho “o pior trimestre de circulação e tráfego médio desde que há registos”, recuando 46% devido ao confinamento.

Em comunicado, a APCAP – cuja rede dos associados inclui autoestradas e outras vias principais concessionadas no continente, Madeira e Açores – atribui esta queda para quase metade do tráfego médio diário no segundo trimestre de 2020, face ao período homólogo de 2019, às “restrições impostas à circulação dos portugueses não só no período de confinamento, como em vários fins de semana importantes como foi o do período pascal”, devido à pandemia de Covid-19.

No segundo trimestre, o número médio de veículos registado na rede foi de 8.800 veículos/dia, o que contrasta com os 16.300 verificados em 2019, o “pior registo” desde que há estatísticas da APCAP deste indicador, ou seja, desde 2006.

Por regiões, as maiores quedas verificaram-se em dois extremos do país: o interior norte (A24) com menos 53%, e a Via do Infante (A22), esta última com uma quebra de 65%, “reflexo também da diminuição de turistas”.

Apesar da redução global de tráfego e receitas, a APCAP diz que os seus associados, responsáveis por um total de 3.580 quilómetros, “mantiveram sempre em funcionamento pleno os sistemas de vigilância, patrulhamento e assistência 24 horas aos utentes, bem como os investimentos na rede, tendo reforçado os meios de prevenção e desinfeção das estruturas de maior contacto físico de clientes e funcionários”.

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Há 278 novos casos de Covid-19 e morreram mais três pessoas

Foram identificados 278 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal nas últimas 24 horas. O número total de casos sobe para 53.223.

Portugal registou 278 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 53.223 o número de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma subida de 0,53% face ao dia anterior, a maior desde 7 de agosto (0,56%).

Nas últimas 24 horas morreram mais três pessoas com a doença, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quarta-feira. Desde que a pandemia chegou a Portugal, a 2 de março, já morreram 1.764 pessoas vítimas da doença. Quanto ao número de pessoas dadas como recuperadas, são agora 38.940, ou seja, mais 180.

Tal como se tem observado ao longo das últimas semanas, a maioria das novas infeções foram na região de Lisboa e Vale do Tejo. Foram identificados 160 novos casos nesta região, o que representa 57,5% do total.

Boletim epidemiológico de 12 de agosto:

A Área Metropolitana de Lisboa continua, assim, a ser a região com mais casos registados até ao momento (27.441 casos de infeção e 621 mortes), surgindo à frente do Norte (19.217 casos e 836 mortes), do Centro (4.538 casos e 253 mortes), do Algarve (938 casos e 17 mortes) e do Alentejo (780 casos e 22 mortes). Nas regiões autónomas, os Açores registam 184 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 125 pessoas infetadas (e zero mortes).

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 367 estão internados (mais dois face a ontem), dos quais 40 em unidades de cuidados intensivos (mais cinco). Há 1.292 pessoas a aguardar resultados laboratoriais, enquanto 36.377 pessoas estão sob vigilância das autoridades de saúde.

(Notícia atualizada às 13h54 com mais informação)

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PLMJ assessora WiZink em operação que ascendeu aos 510 milhões de euros

Gonçalo Reis Martins, Alexandre Norinho de Oliveira, Kathleen Hoffman Barley e Pedro Roque Coelho foram os advogados da PLMJ que coordenaram a assessoria ao WiZink Bank e à StormHarbour.

A sociedade de advogados PLMJ assessorou juridicamente o WiZink Bank e a StormHarbour na primeira operação feita em Portugal de titularização de um portefólio de dívida de cartões de crédito. O valor da operação ascendeu a 510 milhões de euros.

A assessoria foi coordenada por Gonçalo Reis Martins, sócio de bancário e financeiro e mercado de capitais, Alexandre Norinho de Oliveira, associado sénior, Kathleen Hoffman Barley, associada, e Pedro Roque Coelho, advogado estagiário.

“A operação de emissão de obrigações de titularização denominada “Victoria Finance no. 1”, colateralizada pelas receitas da titularização do portfólio de cartões de crédito, inédita em Portugal, foi aprovada pelo regulador do mercado de capitais, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários e foi fundamental para a consolidação da estratégia da WiZink para o mercado português“, nota a firma em comunicado.

As obrigações de titularização obtiveram rating pelas agências Fitch e DBRS e foram admitidas à negociação na Euronext Lisbon.

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TikTok poderá ficar indisponível para download nos EUA se não for vendido até 15 de setembro

  • Tiago Lopes
  • 12 Agosto 2020

Se a aplicação não for vendida até 15 de setembro, o TikTok poderá ser forçado a deixar as principais lojas de aplicações e anunciar na rede social será ilegal.

É uma corrida a contrarrelógio. Se a empresa chinesa ByteDance não chegar a um acordo para vender o TikTok nos EUA até 15 de setembro, o mais provável é que se assista ao fim da popular rede social de vídeos naquele país, segundo informações obtidas pela Reuters.

Na semana passada, o presidente do Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que proíbe todas as transações com a empresa mãe chinesa da rede social TikTok, a ByteDance. Essa ordem entra em vigor a 15 de setembro, ou seja, esse é o prazo que a ByteDance tem para vender o TikTok a uma outra empresa sem relação com a China.

Agora, graças a um documento interno da Casa Branca, a que a Reuters teve acesso, são conhecidas algumas das implicações para a aplicação desenvolvida pela ByteDance caso não seja vendida no prazo estipulado. A aplicação terá de sair das principais lojas Play Store e App Store e anunciar naquela rede social passará a ser ilegal, devido aos receios de que possa ser uma ameaça à segurança do país.

“As transações proibidas podem incluir, por exemplo, acordos para disponibilizar o TikTok em lojas de download de aplicações, compra de publicidade no TikTok por parte de anunciantes e a aceitação dos termos de serviço para descarregar a aplicação TikTok para um dispositivo do utilizador”, lê-se no documento agora divulgado.

Estas medidas podem prejudicar gravemente a atividade da empresa nos Estados Unidos, estagnando o seu crescimento e, eventualmente, ferindo de morte a operação da empresa nos EUA: “Estas medidas vão matar a atividade do TikTok nos Estados Unidos”, disse James Lewis, um especialista em cibersegurança ouvido pela Reuters.

Entretanto, a Microsoft continua a negociar a compra da operação da empresa chinesa na América do Norte, Austrália e Nova Zelândia sob a supervisão da Administração Trump e, caso a operação seja bem-sucedida, estas medidas que estão a ser estudadas pela Casa Branca deverão ficar sem efeito.

Recorde-se que a proibição imposta na semana passada à ByteDance também se aplica à plataforma WeChat, que pertence à gigante tecnológica Tencent. “Tal como TikTok, o WeChat captura automaticamente grandes pedaços de informação sobre os seus utilizadores, ameaçando dar ao Partido Comunista Chinês acesso a informação pessoal sobre os norte-americanos”, informava o decreto.

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António Costa dá as boas-vindas à Champions e espera grande momento desportivo em Lisboa

  • Lusa e ECO
  • 12 Agosto 2020

O primeiro-ministro dirigiu uma mensagem de boas-vindas às oito equipas que vão disputar em Portugal a ‘final a oito’ da Liga dos Campeões. Espera que este torneio seja um "grande momento desportivo”.

O primeiro-ministro, António Costa, assinalou esta quarta-feira, com uma mensagem de boas vindas, o início da Final a Oito da Liga dos Campeões, dirigindo uma mensagem de boas vindas a todos e expressando a confiança de que será um Torneio de sucesso.

Gostaria de dirigir uma mensagem de boas-vindas às oito equipas que vão disputar em Portugal a ‘final a oito’ da Liga dos Campeões, no fim desta época 2019/20, tão especial e tão diferente de anos anteriores. Temos em Lisboa as oito melhores equipas de futebol da Europa e quero que este torneio seja um grande momento desportivo”, afirmou António Costa.

O primeiro-ministro adianta que é com orgulho que Portugal acolheu esta prova e enalteceu a capacidade do país em organizar grande eventos desportivos. “É, para nós, uma enorme honra poder acolher esta prova. É, por um lado, a demonstração da extraordinária capacidade de organização de Portugal e da FPF que, desde o Europeu de 2004, já deu boas provas da sua capacidade de organização. Espero que esta seja mais uma demonstração da nossa excelência da capacidade organizativa. Mas é também uma forma de a UEFA nos ter reconhecido como sendo o local mais seguro para a realização desta prova, prosseguiu Costa.

A fase final da principal competição continental de clubes arranca hoje, às 20:00, em Lisboa, com o embate entre os italianos da Atalanta e os franceses do Paris Saint-Germain, no Estádio da Luz, para os quartos-de-final. Seguem-se, até sábado, os restantes embates desta fase, disputada a um só jogo e sem público, e as meias-finais, nas próximas terça e quarta-feira, nos estádios José Alvalade e da Luz, que vai acolher a final, em 23 de agosto.

Este foi o formato encontrado para fazer face à pandemia de Covid-19, que levou à suspensão de quase todos os campeonatos, tendo a UEFA escolhido a capital portuguesa para receber esta inédita fase final, que tinha o embate decisivo marcado para Istambul.

O primeiro-ministro revelou que o protocolo sanitário e de segurança que determinou e permitiu a organização desta Final em Portugal, foi “trabalhado muito intensamente entre os diversos organismos e a Direção Geral da Saúde”, de modo a que todas as regras fossem cumpridas escrupulosamente.

António Costa afirmou que o Governo português e a UEFA, em conjunto, entenderam que não havia ainda condições, nesta fase, para que os jogos pudessem ter público dentro dos estádios. E disse compreender a frustração dos adeptos que não podem acompanhar os jogos ao vivo, dentro dos estádios. “Mas quem quiser vir, seja para a Champions, seja passar as suas férias, seja por outro motivo qualquer, é muito bem-vindo a Portugal. E pode sentir-se em Portugal em segurança”, concluiu.

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Governo diminui em 8% orçamento para Expo Dubai 2020

  • Lusa
  • 12 Agosto 2020

Diminui em 500 mil euros a verba que em setembro de 2019 tinha sido autorizada à Aicep para a produção, montagem, manutenção e desmontagem dos conteúdos expositivos do Pavilhão de Portugal.

O Governo reduziu em cerca de 8% o orçamento da participação de Portugal na Expo 2020 Dubai, que em maio foi adiada para o próximo ano por causa da pandemia de Covid-19, revela um diploma hoje publicado.

A resolução, publicada em Diário da República esta quarta-feira, diminui em 500 mil euros a verba que em setembro de 2019 tinha sido autorizada à Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep) para a produção, montagem, manutenção e desmontagem dos conteúdos expositivos do Pavilhão de Portugal, que tinha o valor máximo de 2,5 milhões de euros e desce agora para dois milhões de euros, dos quais 500 mil euros para este ano, um milhão de euros para 2021, e 500 mais mil euros em 2022.

Também descem as verbas para a aquisição de serviços de gestão e funcionamento do Pavilhão de Portugal, de um valor máximo de dois milhões de euros autorizados em 2019, para 1,4 milhões de euros autorizados pela resolução publicada, e de aquisição de serviços de manutenção diária do Pavilhão de Portugal, de 400 mil euros, para 240 mil euros.

Assim, o Governo refere no diploma que o adiamento da exposição mundial do Dubai “não acarreta um aumento” do limite de 21 milhões de euros, fixado pelo Executivo em 2018, e que seja utilizado em 2022 o saldo apurado no ano anterior, “acomodando a reprogramação da despesa já autorizada” à Aicep.

A resolução fixa ainda novos prazos para obras exteriores do pavilhão de Portugal, fixando a conclusão das obras interiores do pavilhão em 31 de dezembro de 2020, a conclusão da montagem da exposição em 31 de agosto de 2021 e a conclusão das obras de desmontagem do pavilhão em 20 de outubro de 2022.

O calendário inicial da Expo 2020 Dubai previa que o evento decorresse entre 20 de outubro de 2020 e 10 de abril de 2021, tendo o pavilhão de Portugal começado a ser construído pela empresa Casais em dezembro passado, com conclusão prevista para o final deste mês. O investimento, incluindo a conceção do edifício, a construção, a sua manutenção e operação, estava estimado em 21 milhões de euros.

Em maio deste ano, a organização Exposição Universal (Expo) 2020, no Dubai, anunciou o adiamento por um ano do evento, devido à pandemia de Covid-19, e nova data de inauguração – 1 de outubro de 2021 – e de encerramento – 31 de março de 2022.

“Neste contexto, é necessário atualizar algumas das decisões tomadas pelas referidas resoluções de Conselho de Ministros, designadamente no que respeita às datas do término do exercício de funções do Comissário-Geral de Portugal, da entrega do relatório final de balanço, do prazo de conclusão da conceção, construção e desmontagem do pavilhão de Portugal, dos prazos dos contratos de trabalho das equipas técnicas de apoio, bem como da reprogramação dos encargos plurianuais já autorizados”, afirma o Governo no diploma hoje publicado.

Explicando que “as circunstâncias atuais impõem que se faça um esforço de contenção de custos”, o Governo defende, no diploma, que o adiamento do evento “não irá acarretar um acréscimo de despesa, mas sim uma diminuição” dos montantes inicialmente previstos e aprovados, e uma redução orçamental de cerca de 8% face ao inicialmente estimado.

Esta redução, acrescenta, reflete um “ajustamento às expectativas do impacto” da Expo no Dubai, mas sem prejudicar o cumprimento dos objetivos da participação portuguesa e da programação previstos anteriormente pelo Governo.

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