OPEP adia decisão sobre níveis da produção em 2021 para quinta-feira

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2020

A OPEP adiou para quinta-feira a decisão sobre os níveis de produção de petróleo em 2021, de forma a dar mais tempo às negociações.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) adiou para quinta-feira a decisão sobre a manutenção ou anulação dos cortes à produção de crude a partir de janeiro, evidenciando as diferenças de opinião no seio do grupo.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, as reuniões virtuais foram adiadas por dois dias para dar mais tempo às negociações, depois da reunião de segunda-feira ter sido infrutífera.

Na quinta-feira, os 13 países da OPEP, que incluem os lusófonos Angola e Guiné Equatorial, vão reunir-se com um conjunto mais alargado de produtores, conhecido como OPEP+, incluindo a Rússia, para tentar chegar a acordo sobre o aumento da produção ou a manutenção dos cortes durante o primeiro trimestre de 2021.

Alguns membros do cartel consideram que o mercado ainda está muito frágil para absorver um aumento da produção, enquanto outros pretendem aproveitar a subida dos preços para aumentar a produção e, consequentemente, a receita, escreve a Bloomberg.

“O impacto da pandemia na indústria do petróleo é tremendo e vai sentir-se ainda nos próximos anos”, advertiu o ministro da Energia da Argélia, Abdelmadjid Attar, que exerce a presidência rotativa da OPEP e falava na abertura da videoconferência ministerial da organização, na segunda-feira.

A procura mundial de petróleo vai cair este ano em 9,8 milhões de barris diários em relação ao ano passado, e vai recuperar em 6,1 milhões de barris por dia em 2021, precisou.

Pouco antes do início da conferência, a agência russa TASS afirmou que vários países da OPEP+ defendem um aumento gradual da produção. “Alguns países, incluindo a Rússia, querem aumentar gradualmente [a produção] a partir de janeiro”, ao considerar que a situação é agora mais favorável do que na primeira vaga da pandemia de Covid-19, na primavera passada, assinalou fonte da OPEP.

Outros querem prolongar “por vários meses” o atual corte de 7,7 milhões de barris diários em vigor desde agosto, um corte que vigora até 31 de dezembro.

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Países da UE vão trocar informações sobre rendimentos obtidos em vendas online

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2020

A partir de 2023, as autoridades tributárias europeias vão partilhar informação sobre rendimentos obtidos em vendas nas plataformas online. Medida visa combate à evasão fiscal.

As autoridades tributárias da União Europeia (UE) vão, a partir de 2023, trocar informações sobre os rendimentos obtidos em vendas nas plataformas online, para combater a evasão e a fraude fiscal na internet.

Em causa estão alterações à diretiva relativa à cooperação administrativa no domínio da fiscalidade, ao abrigo da qual, “a partir de 2023, as autoridades tributárias dos Estados-membros irão trocar automaticamente informações sobre os rendimentos obtidos pelos vendedores em plataformas digitais”, informa o Conselho da UE em comunicado.

Na nota de imprensa sobre os principais resultados da reunião de hoje por videoconferência do Conselho de Assuntos Económicos e Financeiros (Ecofin), é indicado que os ministros da Economia e das Finanças da UE “confirmaram o seu apoio” a essas mudanças na legislação.

“Isto ajudará a evitar a evasão e fraude fiscais em relação às atividades em tais plataformas, reforçará a justiça fiscal e promoverá condições equitativas tanto para as plataformas como para os seus vendedores”, acrescenta a estrutura.

Em concreto, segundo o Ecofin, será “mais fácil obter informações sobre grupos de contribuintes e haverá melhorias nas regras para a realização de controlos simultâneos”, já que as novas regras também preveem “um enquadramento para as autoridades competentes de dois ou mais Estados-membros realizarem auditorias conjuntas”, a partir de 2024.

Citado pelo comunicado, o ministro das Finanças da Alemanha, país que assume atualmente a presidência rotativa da UE, observa que “a economia da plataforma digital está a criar novos desafios para as administrações fiscais, em particular quando os serviços são oferecidos além-fronteiras”.

“As novas regras de cooperação administrativa irão dar aos Estados-membros ferramentas importantes para assegurar que os vendedores em plataformas digitais paguem a sua quota-parte justa de impostos”, frisa Olaf Scholz, falando num “importante passo” para que a UE “assuma um papel de liderança” na tributação online. A nova diretiva deverá ser adotada nas próximas semanas.

Em cima da mesa do Ecofin desta terça-feira estiveram também novas regras para tributação às gigantes tecnológicas, dadas as discussões em curso na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Depois de o Conselho da UE ter dito, na passada sexta-feira, que espera um acordo até meados de 2021 sobre a tributação à economia digital, considerando-o como “central” para uma “recuperação sustentável” após a crise da Covid-19, esta posição foi agora reforçada.

Os ministros europeus destacaram “a vontade da UE e dos seus Estados-membros de analisar as possibilidades de implementação do acordo global o mais rapidamente possível”.

Outro assunto abordado foi o reforço da União Bancária, em que os ministros da Economia e Finanças da UE defenderam a criação de “medidas destinadas a melhorar a gestão de crises bancárias” e de “um sistema europeu de seguro de depósitos [designado como EDIS] com base no chamado modelo híbrido”, pedindo que estas sejam prioridades da liderança portuguesa da União.

“No seu relatório de progresso, a presidência [alemã] convidou a próxima presidência portuguesa a desenvolver os progressos alcançados e a continuar a trabalhar no sentido de reforçar a União Bancária, abordando todos os elementos”, refere o comunicado.

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S&P 500 abre em recorde. Moderna sobe 12% com a vacina

As bolsas norte-americanas abriram em forte alta e o S&P 500 negoceia em recorde. A farmacêutica Moderna destaca-se com um ganho de quase 12%, por causa do pedido de aprovação da vacina.

As bolsas norte-americanas abriram em alta, negociando perto de máximos históricos numa altura em que os investidores estão mais otimistas face à pandemia. A Agência Europeia do Medicamento confirmou esta terça-feira ter recebido pedidos de aprovação de duas vacinas contra a Covid-19, da Pfizer e da Moderna, esperando-se decisões ainda este ano.

O S&P 500 abriu em recorde e ganha 1,2%, para 3.663,32 pontos, enquanto o industrial Dow Jones valoriza 1,1%, para 29.976,62 pontos. O tecnológico Nasdaq soma 0,9%, para 12.308,34 pontos. Wall Street beneficia de uma subida nas ações das empresas mais castigadas pela pandemia, com os investidores a anteciparem o início do fim da crise da Covid-19.

Os ganhos acontecem também num dia em que os investidores vão estar atentos à intervenção do presidente da Fed, Jerome Powell, no Senado dos EUA. O líder da Reserva Federal deverá alertar os senadores para os riscos do ressurgimento da Covid-19, mas não se espera quaisquer sinais sobre mudanças na política monetária, estando a próxima reunião agendada para dias 15 e 16 de dezembro.

As ações da Tesla estão em destaque na bolsa. Os títulos somam 2,85%, para 583,6 dólares cada, depois de a S&P Dow Jones ter confirmado que a empresa será adicionada a 21 de dezembro ao S&P 500 de uma vez, ao contrário de em duas parcelas, como era pedido por alguns gestores de ativos. Fundos de investimento passivos que seguem o índice deverão canalizar centenas de milhares de milhões de dólares para adicionarem a Tesla aos respetivos portefólios.

A Moderna soma 11,62%, para 170,49 dólares por ação, depois de empresa ter pedido aprovação para a sua vacina experimental contra o novo coronavírus também na União Europeia.

A Apple impulsiona as bolsas norte-americanas com um ganho de 3,07%, para 122,69 dólares, enquanto o Zoom derrapa 12,99%, para 416,89 dólares, face às perspetivas de desconfinamento e regresso ao trabalho presencial.

Por fim, uma última nota para o preço da bitcoin. A criptomoeda atingiu um novo máximo histórico na segunda-feira, mas corrige agora 6,3%, caindo para 18.157,38 dólares cada moeda.

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Portugal chegou mais rápido a juros negativos que Espanha, Itália e Grécia

Ministério das Finanças assinala o feito de, pela primeira vez, Portugal registar juros negativos na dívida a dez anos. Tendência será para manter, permitindo baixar o custo do elevado endividamento.

Longe vão os tempos em que os juros da dívida atingiam recorde, forçando o país ao pedido de ajuda externa. Agora, os recordes são outros: há cada vez mais dívida com juros negativos, tendo Portugal conseguido alcançar taxas abaixo de zero na dívida com o prazo de dez anos mais rapidamente que outros países do euro, entre eles Espanha.

Depois de semanas em queda, que colocaram as taxas até aos nove anos com sinal negativo, a yield das Obrigações do Tesouro a dez anos acabaram por atingir o nível mais baixo de sempre. Caíram de 0%, passando para “terreno” negativo, ainda que apenas por breves instantes. Estão, atualmente, nos 0,011%.

João Leão atribui o recorde “à contínua melhoria da qualidade creditícia da República e da credibilidade junto dos investidores”. “Esta visão que os investidores têm sobre o nosso país foi conseguida através da implementação de medidas e políticas que permitiram, nos últimos anos, reduzir o rácio de dívida pública sobre o PIB, melhorar os saldos orçamentais, sendo de destacar o superavit alcançado em 2019, e ainda melhorar a avaliação pelas agências de notação financeira mais importantes”, refere o Ministério das Finanças em resposta a questões colocadas pelo ECO.

Benefício [dos juros negativos] poderá materializar-se em todas as emissões de dívida de empresas portuguesas junto dos mercados internacionais, os quais utilizam o nível de juros da República em mercado secundário como referencial para a definição do valor dos juros para essas empresas.

Ministério das Finanças

“Este movimento de descida das taxas de juro tem-se verificado também na generalidade das dívidas soberanas europeias, devido à atuação do Banco Central Europeu“, reconhecem as Finanças, numa alusão à “bazuca” utilizada por Christine Lagarde para ajudar os países do euro a responderem à crise provocada pela pandemia de Covid-19.

“Contudo, é preciso salientar que Portugal conseguiu alcançar taxas de juro negativas (na dívida com o prazo de dez anos) mais rapidamente do que Espanha e muito mais rapidamente do que Itália e Grécia”, diz. Ou seja, o BCE tem sido fundamental no movimento, mas Leão aponta o mérito do país em alcançar este feito.

Custo da dívida toca novo mínimo

O Ministério das Finanças diz que o “Governo continuará a desenvolver o seu trabalho com o mesmo rigor, cumprindo os compromissos assumidos, como sempre tem feito, e tudo fará para continuar a melhorar a imagem de Portugal“. Ou seja, prosseguirá o caminho da sustentabilidade das contas públicas no contexto de pandemia, acreditando que isso se traduzirá em juros ainda mais baixos nos mercados.

Esta taxa negativa a dez anos ainda não teve qualquer impacto no custo de financiamento do país, mas a perspetiva é que venha, em breve, a fazer-se sentir. “Benefício poderá materializar-se em todas as emissões de dívida de empresas portuguesas junto dos mercados internacionais, os quais utilizam o nível de juros da República em mercado secundário como referencial para a definição do valor dos juros para essas empresas”, diz.

A pandemia agravou, no pico desta crise, o custo de financiamento do país, algo que rapidamente foi revertido. E apesar dos encargos com a nova dívida terem aumentado face ao momento anterior à chegada da Covid-19, para 0,6% até outubro, o custo total da dívida vai voltar a baixar este ano.

De acordo com as Finanças, “o custo médio da dívida (stock) em 2020 é de 2,2% (estimativa), que compara com 2,5% em 2019″, sendo o mais baixo desde que há registos, ou seja, desde 2010, isto apesar do endividamento do país continuar a aumentar, batendo recordes tanto em termos absolutos como em função do PIB. A dívida portuguesa ascendeu a 267.114 milhões de euros em setembro, devendo chegar a 134,8% do PIB no final de 2020.

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Há 2.401 novos casos de Covid-19 e morreram 72 pessoas. Portugal já registou mais de 300 mil infeções

Consulte aqui o último balanço da Direção-Geral da Saúde.

As autoridades de saúde portuguesas registaram 2.401 novos casos de coronavírus e 72 pessoas morreram nas últimas 24 horas, vítimas da Covid-19, revela o balanço diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O número de casos confirmados ultrapassa agora os 300 mil, desde que o surto foi detetado no país, a 2 de março deste ano. Além disso, a doença provocada pelo SARS-CoV-2 já provocou a morte a 4.577 pessoas no país, indica ainda a DGS.

Atualmente, cerca de 75 mil pessoas lutam contra a doença em Portugal, uma redução de 5.606 face ao boletim epidemiológico anterior, número que não era tão baixo desde meados de novembro.

O decréscimo nos casos ativos é explicado por um aumento de 7.935 no número de pessoas dadas como recuperadas. Este ascende agora às 220.877.

Boletim epidemiológico de 1 de dezembro:

A taxa de crescimento diária de novos casos é agora inferior a 1%, fixando-se nos 0,81%. É o ritmo de crescimento mais baixo desde 6 de outubro, segundo o histórico de dados dos dados mantido pelo ECO.

Menos internados, incluindo em UCI

Há também sinais positivos na distribuição dos casos em internamento. A maioria dos doentes com Covid-19 estão a ser medicamente seguidos a partir do respetivo domicílio, mas há reduções nos internamentos, incluindo mesmo nos internados nos cuidados intensivos (UCI).

Segundo a DGS, 3.275 pessoas estão em internamento hospitalar, das quais 521 estão em unidades de cuidados intensivos, representando os casos mais graves de Covid-19. Ambos os valores representam uma redução de, respetivamente, 67 e de 4.

Em contrapartida, a região Norte continua a ser a mais fustigada pela pandemia. Nas últimas 24 horas, foram detetados nesta zona do país 1.300 novos casos de infeção e 43 mortes. Lisboa e Vale do Tejo segue em segundo lugar, com 538 novos casos de Covid-19 e 11 óbitos.

Há também 349 novos casos no Centro e 13 óbitos, bem como 129 novos casos no Alentejo, mais três mortes a lamentar. O Algarve tem agora mais 48 casos e duas mortes. Nas regiões autónomas não há qualquer morte a lamentar nas últimas 24 horas, mas há 17 novas infeções nos Açores e 20 novas infeções na Madeira.

Por fim, a DGS indica que há um total de 79.963 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com pessoas entretanto diagnosticadas com Covid-19. Trata-se de uma redução de 1.514 no número de pessoas sob vigilância.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h48)

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Uma a uma, em que pé estão as vacinas que Portugal vai receber?

Pfizer, Moderna, AstraZeneca, Johnson & Johson e CureVac. Uma a uma, saiba em que pé estão as vacinas contra a Covid-19 que Portugal deverá receber, e quantas doses.

O comentador da SIC Luís Marques Mendes revelou que Portugal está à espera para receber 22 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, encomendas que estão condicionadas à aprovação das mesmas pelos reguladores, caso provem ser seguras.

A confirmação deverá chegar na quinta-feira à tarde, altura em que o Governo tenciona apresentar os detalhes do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19.

Duas das vacinas poderão começar a chegar já em janeiro e fevereiro, nomeadamente a da Pfizer e a da Moderna, ambas já em fase de análise pelos reguladores. Mas em que pé está cada uma das vacinas que o país vai receber?

Pfizer e BioNTech

Foi a primeira a anunciar os resultados dos ensaios clínicos e terá uma eficácia a rondar os 95%. É uma vacina do tipo genético, o que significa que injeta material genético do novo coronavírus nas células para induzir a produção de proteínas e uma resposta imunitária do organismo. É uma vacina de duas tomas.

Quantas doses? Portugal deverá receber 4,5 milhões de doses, em entregas graduais, a começarem provavelmente em janeiro de 2021, revelou o comentador.

Em que fase? Esta vacina está já a ser analisada pelos reguladores europeus e norte-americanos, sendo que, segundo a imprensa britânica, poderá ser aprovada para uso de emergência no Reino Unido nos próximos dias. Após a aprovação, poderá começar a ser distribuída dentro de poucas horas, sendo já público que a United Airlines está a fretar voos para uma distribuição mais rápida das doses já produzidas.

Moderna

É a segunda candidata mais avançada e provou ter uma eficácia de quase 95% nos ensaios clínicos. A vacina da Moderna também é do tipo genético e a empresa pediu esta segunda-feira aprovação de emergência nos EUA.

Quantas doses? Portugal deverá receber 1,9 milhões de doses, a começar em fevereiro de 2021, segundo Luís Marques Mendes.

Em que fase? A aprovação já foi pedida nos EUA e na União Europeia e a empresa está pronta para iniciar a distribuição em meados de dezembro.

AstraZeneca e Universidade de Oxford

Esta é uma das vacinas mais promissoras, por ser barata e de distribuição e armazenamento mais simples do que as duas anteriores. Os ensaios clínicos mostraram que a vacina, que recorre a um vetor viral, tem eficácia a rondar os 70%, mas que pode chegar aos 90% seguindo um método de toma específico.

Quantas doses? Portugal tem a receber 6,9 milhões de doses da vacina, segundo o comentador da SIC.

Em que fase? A comunidade científica duvidou dos resultados da eficácia desta vacina, desde logo porque a taxa de eficácia de 90% foi o resultado de um erro na administração das vacinas num dos ensaios clínicos. Este facto deverá atrasar o processo e a Organização Mundial da Saúde já veio indicar que são precisos mais dados para que seja determinada a sua verdadeira segurança e eficácia.

Johnson & Johnson

A vacina da Johnson & Johnson é de toma única e os ensaios clínicos estão em curso. Recorre a um método de desenvolvimento de vacinas criado em Israel há uma década, usando um adenovírus chamado A26. É também, por isso, uma vacina de vetor viral.

Quantas doses? Portugal tem a receber 4,5 milhões de doses desta vacina.

Em que fase? Os ensaios clínicos estão em curso, esperando-se a divulgação de resultados mais perto do fim do ano.

CureVac

Deste conjunto, a vacina da CureVac é a que estará mais atrasada no seu desenvolvimento, estando em curso os ensaios clínicos, mas ainda em “fase 2”, num grupo mais restrito de voluntários.

Quantas doses? Portugal tem a receber quatro milhões de doses desta vacina.

Em que fase? Com os ensaios clínicos de “fase 2” em curso, espera-se que a CureVac possa avançar para ensaios clínicos de “fase 3” (a última antes do pedido de aprovação) durante o mês de dezembro. Os resultados já só deverão ser conhecidos em 2021.

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Nasdaq quer obrigar cotadas a terem mulheres e minorias na administração

O Nasdaq pediu autorização à SEC para obrigar as cotadas a terem pelo menos uma mulher e pelo menos uma pessoa de uma minoria nos seus conselhos de administração.

O Nasdaq pediu autorização ao regulador norte-americano dos mercados de capitais para obrigar as cotadas a incluírem mais mulheres e pessoas de diversas identidades raciais ou diferentes orientações sexuais nos seus Conselhos de Administração.

Segundo avançou o The Wall Street Journal (acesso pago), o pedido remetido à SEC visa obrigar as empresas cotadas nesta bolsa a terem pelo menos uma mulher na administração e pelo menos uma pessoa de uma minoria pouco representada, ou que seja lésbica, gay, bissexual ou transgénero.

Se o novo conjunto de regras for aprovado pela SEC, as empresas cotadas no Nasdaq que não cumpram estes requisitos serão obrigadas a justificar a razão. Estas empresas terão ainda um ano para reportar estatísticas de diversidade referentes ao seu Conselho de Administração.

O Nasdaq estima que, ao longo dos últimos seis meses, mais de três quartos das empresas cotadas não cumpriam os requisitos que agora pretende implementar. O objetivo da medida é, por isso, o de promover uma maior uma maior diversidade e representatividade na liderança destas companhias.

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Intercidades vai ligar Lisboa a Valença do Minho já em 2021

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2020

O Público avança esta terça-feira que o Intercidades da CP que liga Lisboa a Viana do Castelo irá até Valença do Minho quando for concluída a eletrificação deste troço, já no próximo ano.

O Intercidades da CP vai ligar a estação de Santa Apolónia em Lisboa a Valença do Minho, já em 2021, avança o Público (acesso condicionado). Trata-se de um prolongamento da atual ligação entre Lisboa e Viana do Castelo, possível depois da eletrificação do troço de Viana do Castelo a Valença, noticia o jornal.

O Público explica também que vão estrear-se as primeiras carruagens Arco compradas pelo Governo a Espanha, rebocadas por locomotivas da série 2600, que estavam paradas no Entroncamento e encontram-se a ser recuperadas. Ao jornal, fonte oficial da CP disse que as primeiras três carruagens estarão prontas até ao final de janeiro, e outras três até ao final de março do ano que vem.

A extensão desta ligação representa ainda o alargamento daquela que já é a segunda viagem de comboio mais comprida do país, atualmente com 417 quilómetros, mas que passará a ter 446 quilómetros. A viagem mais longa é a do Alfa Pendular entre Porto e Faro, com 632 quilómetros, explica o Público.

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OCDE melhora previsão: economia global cai 4,2% em 2020

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2020

A OCDE reviu em ligeira alta as previsões para a economia global. PIB mundial cai 4,2% em 2020, cresce 4,2% em 2021 e 3,7% em 2022, anunciou esta terça-feira.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) reviu em ligeira alta as perspetivas para a economia global em 2020, mas avisa que a recuperação em 2021 será muito desigual entre os seus membros.

A economia global deverá cair 4,2% em 2020 (três décimas menos face às anteriores previsões) e registar o mesmo crescimento em 2021, seguido de uma expansão de 3,7% em 2022.

Para a Zona Euro, a OCDE antevê uma contração de 7,5% neste ano, seguida de crescimentos de 3,6% e de 3,3% em 2021 e 2022, respetivamente.

Entre os países, a OCDE antecipa que a economia francesa cresça 6% em 2021 e 3,3% em 2022, enquanto o PIB italiano deverá avançar 4,3% no próximo ano e 3,2% em 2022, enquanto a Alemanha deverá contrair 5,5% em 2020 e recuperar 2,8% em 2021 e 3,3% em 2022.

“Pela primeira vez desde que começou a pandemia, há esperança num futuro mais brilhante”, destacou a economista-chefe da OCDE, Laurence Boone no relatório semestral de perspetivas.

As diferenças serão significativas entre os países e o grande vencedor, em termos comparativos será a China, que além de ser o único membro do G20 que evitará a recessão este ano (com o PIB a avançar 1,8%), será também aquele que apresentará uma maior recuperação no próximo ano (8%).

Na outra face da moeda, estão os países que estão a sofrer com as novas vagas da pandemia, em particular muitos países europeus, mas também África do Sul, México, Índia e muito particularmente a Argentina.

A OCDE considera que a situação se mantém “excecionalmente incerta”, com a possibilidade de uma melhoria mais rápida no caso de avançar o desenvolvimento e distribuição de vacinas, o que viria a reduzir a incerteza e a necessidade de poupança e aumentar o investimento e o consumo.

A OCDE avisa, no entanto, que a perspetiva de vacinas não deve ser uma desculpa para que os governos retirem de forma prematura as medidas de apoio à economia.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.460.018 mortos resultantes de mais de 62,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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BCE confirma João Oliveira e Costa como presidente executivo do BPI

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2020

O BCE deu "luz verde" a João Oliveira e Costa para exercício de funções de presidente executivo do BPI. Novo Conselho de Administração foi ainda aprovado pelo CaixaBank.

O Banco Central Europeu (BCE) autorizou o presidente executivo indigitado do BPI, João Oliveira e Costa, a exercer funções e o novo Conselho de Administração foi aprovado pelo acionista único, o CaixaBank, comunicou o banco à CMVM.

Na nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BPI dá conta de que, na sequência da autorização do BCE, dada em 27 de novembro, o CaixaBank, “na sua qualidade de acionista único” do BPI, “aprovou por deliberação unânime por escrito”, na segunda-feira, designar “Fernando Ulrich para as funções de presidente e António Lobo Xavier para vice-presidente, bem como 13 vogais”.

O Conselho de Administração, reunido esta terça-feira, designou João Oliveira e Costa para presidente da Comissão Executiva, que terá como vogais António Farinha Morais, Francisco Manuel Barbeira, Ignacio Alvarez-Rendueles e Pedro Barreto.

O processo para a aprovação de João Oliveira e Costa como novo presidente executivo deu entrada no Banco de Portugal em maio, mas aguardava luz verde do BCE, que tem de dar a última palavra, enquanto supervisor bancário.

Em 4 de maio, o Conselho de Administração do BPI escolheu João Pedro Oliveira e Costa, 54 anos para novo presidente executivo, sucedendo ao espanhol Pablo Forero, que se vai reformar. O BPI acrescentou, na altura, que a eleição de João Pedro Oliveira e Costa apenas se iria concretizar “depois da necessária aprovação das autoridades de supervisão”.

Pablo Forero era presidente executivo do BPI desde inícios de 2017, tendo então substituído Fernando Ulrich após o sucesso da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI, o grupo espanhol que hoje controla todo o banco.

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Governo quer Natal com “mínimo de regras”, mas Ano Novo terá “todas as restrições”. Medidas serão anunciadas no sábado

  • ECO
  • 1 Dezembro 2020

A intenção do Governo é que, no Natal, os portugueses tenham "o máximo de pedagogia e o mínimo de regras". Mas, para o Ano Novo, não haverá tolerância, revelou o primeiro-ministro.

O Governo vai anunciar no próximo sábado as medidas para o período do Natal e do Ano Novo, para que as famílias e agentes económicos possam ter uma “perceção” de como será o período das festas com alguma antecipação. Desde já, numa entrevista ao Observador, António Costa revelou que o objetivo é ter “o máximo de pedagogia e o mínimo de regras” no Natal, mas a passagem do ano “vai ter todas as restrições”.

Sobre os dias 24 e 25 de dezembro, António Costa apontou ser o objetivo do Governo que “as pessoas pudessem deslocar-se, que pudessem encontrar-se em segurança, evitando ao máximo os riscos de contágio”. “Vamos todos fazer um esforço para podermos ter um Natal com as melhores condições, mas a passagem do ano vai ter todas as restrições porque aí não pode haver qualquer tipo de tolerância”, disse o primeiro-ministro.

“O Governo propôs ao Presidente da República, e o Presidente da República aceitou, que desta vez, quando anunciarmos a renovação do estado de emergência, possamos anunciar não só as medidas para a próxima quinzena, mas as que vão vigorar também para a quinzena seguinte, até 6 ou 7 de janeiro. É fundamental que as famílias e agentes económicos possam ter uma noção antecipada de como vai ser o Natal”, apontou o primeiro-ministro na entrevista.

Na quinta-feira de manhã, está agendada uma reunião com especialistas no Infarmed, sendo este o dia em que os técnicos terão “os números mais atualizados sobre a evolução da pandemia nas próximas semanas”. “Esta semana é decisiva para podermos tomar essas decisões, que serão anunciadas no próximo sábado”, apontou António Costa. Antes, na entrevista, avançou também que, na quinta-feira à tarde, o Governo anunciará os detalhes do plano nacional de vacinação contra a Covid-19.

Sem querer antecipar medidas em concreto para o Natal, o primeiro-ministro disse que “o desejo é que o Natal fosse um Natal normal”. Contudo, reconheceu que “não vai poder ser um Natal normal”. “Isso é evidente”, acrescentou. De seguida, explicou: “Estamos a trabalhar com especialistas para ver se eles nos podem definir um conjunto de variáveis em que possam informar as pessoas para que as famílias possam ter a perceção de como podem ter um Natal da forma mais segura possível.”

“Há uma coisa que sabemos: quanto mais o Natal for à mesa, mais perigoso é, porque à mesa estamos sem máscara. Quanto mais as pessoas estiverem à mesa, mais perigoso é, porque maior é o risco de contaminação”, sublinhou. Por isso, a intenção é que os especialistas “ajudassem as pessoas e as famílias a poderem compreender bem a lógica de transmissão do vírus”, afirmou, frisando que “vamos ter o máximo de pedagogia e o mínimo de regras”.

Salientando que a decisão final só será mesmo tomada depois da reunião do Infarmed e anunciada no sábado, o chefe do Governo reiterou, contudo: “O que é que gostaríamos? O nosso objetivo coletivo devia ser a 24 e a 25 que as pessoas pudessem deslocar-se, que pudessem encontrar-se em segurança, evitando ao máximo os riscos de contágio.”

“Ora, os riscos de contágio variam em função de n fatores. Há muitas zonas em que o momento alto do Natal é ao ar livre, à volta do madeiro. Sabemos que o risco é menor ao ar livre do que num espaço fechado. Sabemos que, à mesa, o risco de contágio é maior”, concluiu o primeiro-ministro.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h53)

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Governo apresenta plano nacional de vacinação contra Covid-19 esta quinta-feira

  • ECO
  • 1 Dezembro 2020

O Governo vai anunciar os detalhes do plano nacional de vacinação contra a Covid-19 na quinta-feira à tarde, disse o primeiro-ministro numa entrevista.

O Governo vai apresentar o plano nacional de vacinação contra a Covid-19 na quinta-feira, adiantou o primeiro-ministro, António Costa, numa entrevista ao Observador.

“Na próxima quinta-feira à tarde vamos apresentar todo o plano nacional da vacinação Covid, toda a estratégia”, disse o líder do Governo, que recusou que Portugal esteja atrasado nesta matéria. “Não vale a pena estarmos a antecipar ansiedades”, reiterou.

A apresentação do plano português acontece numa altura em que vários países europeus já anunciaram as suas estratégias de vacinação, incluindo Alemanha e Espanha. Há já duas vacinas em fase avançada de desenvolvimento, sendo que a Pfizer pediu formalmente esta semana aprovação para a sua vacina experimental junto da Agência Europeia do Medicamento.

No domingo, o comentador da SIC Luís Marques Mendes avançou o que disse serem alguns dos detalhes previstos no plano nacional de vacinação. Portugal deverá receber as doses de vacinas ao mesmo tempo que os demais Estados-membros e os idosos estarão no topo dos grupos prioritários.

O país deverá contar com um total de 22 milhões de doses de vacinas, que serão administradas nos centros de saúde. As primeiras doses deverão chegar em janeiro de 2021.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h41)

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