Nas notícias lá fora: guerra comercial, Brexit e China

  • ECO
  • 31 Dezembro 2020

Reguladores chineses estão a rever as participações do Ant Group e Espanha vai permitir aos intermediários britânicos que já operavam no país a exercer a sua atividade até 30 de junho.

Não há tréguas para a guerra comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia. Washington impôs tarifas adicionais a produtos provenientes de França e da Alemanha. Os auxílios públicos à Boeing e à Airbus estão na génese desta luta. Uma guerra que chegou ao fim foi a do Brexit, o acordo comercial que Boris Johnson negociou com Bruxelas já é lei. Em consequência, em Espanha, o Ministério da Economia publicou uma norma que permite aos intermediários britânicos que até agora operavam no país com o seu passaporte comunitário continuarem a exercer atividade até 30 de junho.

Financial Times

Guerra comercial entre EUA e UE continua com novas tarifas impostas por Washington

Os Estados Unidos anunciaram a imposição de tarifas adicionais a produtos provenientes de França e da Alemanha, em retaliação às tarifas impostas pela União Europeia (UE). Washington alega que o país foi penalizado pelo método de cálculo utilizado pela UE. Bruxelas é, por isso, acusada de cobrar um valor demasiado elevado de direitos alfandegários sobre os produtos norte-americanos. Assim, as peças da indústria aeronáutica, os vinhos, excetuando espumantes, e os conhaques de França e da Alemanha serão, em retaliação, acrescentados à lista de produtos tributados desde 2019, no âmbito do litígio sobre os auxílios públicos para a Boeing e para a Airbus. A UE também foi autorizada este ano, pela Organização Mundial do Comércio (OMC) a cobrar direitos aduaneiros adicionais sobre os produtos norte-americanos.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

The Guardian

Acordo comercial de Boris Johnson com a UE já é lei

A Câmara dos Lordes do parlamento do Reino Unido aprovou, na noite de quarta-feira, o acordo de comércio pós-Brexit com a União Europeia (UE), e a Rainha Isabel II já o promulgou permitindo assim que o acordo se torne lei, após 14 horas de manobras parlamentares. Uma maratona necessária porque o período de transição que se seguiu à saída do Reino Unido da UE em 31 de janeiro termina às 23h00 de Londres e Lisboa. Boris Johnson agradeceu aos deputados pelo esforço para conseguirem aprovar a lei num dia. Após dez meses de negociações, a União Europeia e o Reino Unido chegaram finalmente a um Acordo de Comércio e Cooperação em 24 de dezembro que garante o acesso mútuo dos mercados sem quotas nem taxas aduaneiras.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

Cinco Días

Calviño dá borla à banca britânica para operar em Espanha apesar do Brexit

Não houve um grande acordo geral entre a União Europeia e o Reino Unido relativamente aos serviços financeiros, mas os 27 Estados membros podem dar uma autorização especial para cada país. Em Espanha, o Ministério da Economia publicou uma norma que permite aos intermediários britânicos que até agora operavam no país com o seu passaporte comunitário continuarem a exercer atividade até 30 de junho. Assim, os contratos de prestação de serviços bancários, valores, seguros e outros serviços financeiros com uma entidade domiciliada no Reino Unido mantêm a vigência.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Reuters

Reguladores chineses apertam o cerco ao Ant Group

Os reguladores chineses estão a rever as participações que o Ant Group detém em dezenas de empresas, num apertar do cerco ao império tecnológico do bilionário Jack Ma, avança a Reuters. Os reguladores estão a ponderar obrigar o Ant Group a desinvestir em algumas empresas, sobretudo start-ups fintech ou tecnológicas, caso viole alguma regra, como por exemplo criar concorrência injusta no mercado. Qualquer desinvestimento forçado privaria o grupo de investimentos potencialmente lucrativos, obrigaria a uma reestruturação das empresas e a uma maior injeção de capital, mas também reduziria significativamente a dimensão e influência do grupo no setor das fintech em franco crescimento.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

AFP

General Electric despede milhares mas CEO pode receber bónus

O diretor executivo da General Electric (GE), Larry Culp, poderá receber um bónus de 47 milhões de dólares (cerca de 38 milhões de euros), apesar de o grupo estar a despedir milhares de funcionários depois de más decisões de gestão. Este bónus poderia chegar a 230 milhões de dólares (cerca de 187 milhões de euros) se o diretor executivo conseguisse atingir os objetivos financeiros da empresa, de acordo com documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, consultados pela AFP. Este ano, em plena crise do setor da aviação por causa da pandemia e que afetou o grupo – fabricante para as aeronaves LEAP em parceria com o grupo francês Safran –, a GE alterou, em 18 de agosto, o contrato do diretor executivo, com novos termos que eram melhores em relação ao contrato assinado em 2018.

Leia a notícia completa na AFP (acesso pago, conteúdo em inglês)

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42% dos portugueses dispostos a “pagar o preço” de salvar a TAP

  • ECO
  • 31 Dezembro 2020

Mais de 40% dos portugueses preferem salvar a TAP com recurso a dinheiro públicos a deixar a transportadora falir, indica sondagem da Aximage.

Deixar falir a TAP ou salvar a transportadora aérea nacional? Grande parte dos portugueses (42%) inclina-se para a segunda opção, com todos os custos que lhe estão associados. Ainda assim, 37% preferiam ver a transportadora deixar de voar, evitando injeção de dinheiro público, de acordo com uma sondagem feita pela Aximage para o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF.

Na resposta à referida pergunta, há uma clara divisão geracional entre as faixas etárias mais jovens e as mais velhas. As mais novas optariam pela falência da TAP, enquanto as mais velhas estão mais dispostas a “pagar o preço” da sobrevivência da empresa em questão, com o recurso anunciado a dinheiros públicos.

É importante analisar os dados recolhidos pela Aximage também a nível regional. No Norte, prevalece o desinteresse pela “salvação” da TAP, com 44% dos portugueses dessa região a preferir a falência a uma injeção de dinheiros públicos. Quanto à aprovação do plano de reestruturação apenas pelo Governo (sem passar pelo crivo do Parlamento), 49% dos inquiridos em todo o país consideram estar em causa uma má decisão e só 34% concorda com essa escolha.

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Linha de apoio ao Brexit só chegou a sete empresas

  • ECO
  • 31 Dezembro 2020

Linha de apoio às empresas afetadas pelo Brexit tinha dotação de 50 milhões de euros, mas só foram aprovadas sete candidaturas no valor de quatro milhões de euros.

A linha de apoio às empresas afetadas pelo divórcio do Reino Unido da União Europeia chegou ao fim com apenas sete candidaturas aprovadas, no valor total de quatro milhões de euros. Isto quando a linha tinha como dotação total 50 milhões de euros, avança esta quinta-feira o Público (acesso condicionado).

Segundo explicou ao jornal fonte do Ministério da Economia, este apoio foi criado “no âmbito da Linha de Crédito Capitalizar 2018”, que se encontra suspensa para novas candidaturas por ter sido ultrapassada a sua dotação global. Ou seja, uma vez que a adesão à linha do Brexit foi fraca, a verba foi canalizado para ajudar as empresas a enfrenta o impacto da pandemia, o que levou ao fim do apoio em causa.

Falta perceber agora se o Executivo de António Costa vai criar um apoio semelhante para a nova fase do Brexit, uma vez que já está definido o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia. Anteriormente, o Ministério da Economia afirmou que poderia ser disponibilizado um novo incentivo “assim que ficarem definidas as condições de saída do Reino Unido da UE e se se revelar necessário”.

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Maré vermelha em Lisboa no arranque da última sessão do ano

É dia de perdas na praça lisboeta. Entre as cotadas do PSI-20, só uma está a negociar acima da linha de água. Papeleiras, retalho e BCP pressionam bolsa nacional.

Em linha com as demais praças do Velho Continente, Lisboa arrancou a última sessão de 2020 em “terreno negativo”. Esta quarta-feira é dia de maré vermelha na praça nacional, com apenas uma das cotadas do PSI-20 a escapar às perdas. Papeleiras, retalho e BCP pressionam bolsa portuguesa.

O índice de referência nacional, o PSI-20, desvaloriza 0,55% para 4.894,560 pontos. Nas demais praças europeias, a tendência descendente repete-se. O alemão Dax cai 0,31%, o francês CAC 40 recua 0,6%, o espanhol Ibex desce 0,53% e o britânico FTSE desvaloriza 1,31%. O índice pan-europeu Stoxx 600 desvaloriza 0,32%.

Nem o arranque da vacinação contra a Covid-19 está a ser suficiente para animar os investidores, neste final de ano. Isto uma vez que está a ser registado um aumento do número de casos de infeção, em vários países, o que está a levar ao prolongamento das medidas restritivas. No Reino Unido, por exemplo, as medidas de confinamento serão alargadas, anunciou o secretário de Estado da Saúde britânico.

Na praça lisboeta, destaque para as papeleiras. Os títulos da Navigator recuam 1,27% para 2,484 euros e estão entre os que estão a registar maiores perdas, na sessão desta quinta-feira. Também as ações da Semapa caem 0,55% para 9,02 euros e as da Altri perdem 0,96% para 5,16 euros.

No retalho, as ações da Jerónimo Martins recuam 0,94% para 13,77 euros e as da Sonae desvalorizam 1,12% para 0,66 euros.

A pesar sobre Lisboa estão também as energéticas, com os títulos da Galp Energia a desvalorizarem 1% para 8,674 euros, os da EDP a caírem 0,15% para 5,192 euros e os da EDP Renováveis a recuarem 0,43% para 22,9 euros.

Também no vermelho estão os títulos do BCP, que perdem 0,64% para 0,1243 euros. E as ações da Mota-Engil recuam 1,46% para 1,352 euros.

A contrariar, as ações da Corticeira Amorim somam 0,9% para 11,24 euros, destacando-se como única cotada do PSI-20 a negociar acima da linha de água.

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Mutualista garante que pode capitalizar banco Montepio

  • ECO
  • 31 Dezembro 2020

A mutualista Montepio quer criar um veículo, na sua esfera, para o qual passar ativos tóxicos do Montepio. Solução terá de ser validada pelos auditores externos e pelos supervisores.

Sob o olhar atento dos supervisores e do Governo, a maior associação mutualista do país está a tentar resolver o peso que os créditos e outros ativos problemáticos têm no Banco Montepio. A mutualista pretende, por isso, passar os ativos tóxicos para um veículo externo, solução que terá de ser validada pelos auditores externos e pelos supervisores, adianta o presidente da associação ao Expresso (acesso pago).

A Montepio Geral – Associação Mutualista (MGAM) está a estudar a possível criação de um veículo, na sua esfera, que fique com 1.400 milhões de euros em crédito malparado e 600 milhões em ativos que pertencem ao banco em causa, livrando-se assim da sua herança tóxica. Tal poderá, contudo, criar necessidades de capital no banco, sublinha o semanário.

Ao Expresso, o presidente da MGAM explica que “a solução, depois de concluído o seu estudo, tem de ser validada pelos auditores externos e pelos supervisores” e garante que “tudo será, necessariamente, feito após validação pelos reguladores e pelos auditores”. Virgílio Lima frisa que o objetivo é que o Montepio consiga melhorar a estrutura de capital, para ter margem para se reestruturar.

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Segurança Social “atrasa” apoios a seis mil recibos verdes

  • ECO
  • 31 Dezembro 2020

Há milhares trabalhadores independentes a serem informados que ainda não é desta que vão receber o apoio extraordinário prometido desde julho. Processos vão ser reanalisados.

Há seis mil trabalhadores independentes que ainda não receberam o apoio extraordinário e que estão a ser agora informados de que os seus processos vão ser reanalisados até 7 de janeiro, avança esta quinta-feira o Correio da Manhã (acesso pago). A Segurança Social garante que não está em causa um atraso, mas de uma “segunda oportunidade”, porque a informação disponível levaria à rejeição destes pedidos, daí que se tenha decidido reanalisar os casos.

Ao jornal, o Instituto da Segurança Social explica que todos os trabalhadores independentes que reuniam condições para ver o seu pedido de ajuda deferido já receberam os pagamentos a 23 e 30 de dezembro, mas confirma há outros “recibos verdes” que estão agora a ser informados de que o seu processo será reanalisado. “Não se trata de um atraso, mas de uma segunda oportunidade”, garante a Segurança Social, referindo que a informação disponível levaria à rejeição destes pedidos, mas foi decidido reanalisar os casos.

A Segurança Social optou por não indeferir liminarmente, devido a informações que os levariam a ser excluídos, nomeadamente por receberem outras prestações, por não terem quebra de remuneração declarada ou por não preencherem a condição de recursos, estando a reavaliar todas as situações e a contactar as pessoas”, sublinha fonte do instituto ao Correio da Manhã. “Caso exista correção das desconformidades, os pagamentos serão feitos em janeiro”, garante a mesma fonte. Até agora, foram feitos 18 mil pagamentos do apoio extraordinário em causa.

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Hoje nas notícias: Recibos verdes, Montepio e Brisa

  • ECO
  • 31 Dezembro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Há milhares de recibos verdes a serem informados de que ainda não é desta que vão receber o apoio extraordinário prometido desde julho. Os seus pedidos vão ser reanalisados pela Segurança Social. O último dia de 2020 fica ainda marcado pela nota de que se procura uma solução para o Montepio, para o investimento de 55 milhões de euros da Brisa em autoestradas e pelo facto da linha de apoio ao Brexit ter chegado apenas a sete empresas. De olhos postos em 2021, Centeno alerta para os impactos de um eventual fim “abrupto” de apoios à economia.

Estado “atrasa” apoios a seis mil recibos verdes

Há trabalhadores independentes que ainda não receberam o apoio extraordinário e que estão a ser agora informados de que os seus processos vão ser reanalisados até 7 de janeiro. O Instituto da Segurança Social explica que todos os que reuniam condições para ver o seu pedido de ajuda deferido já receberam os pagamentos a 23 e 30 de dezembro, mas há outros “recibos verdes” que estão agora a ser informados de que o seu processo será reanalisado. “Não se trata de um atraso, mas de uma segunda oportunidade”, garante a Segurança Social, referindo que a informação disponível levaria à rejeição destes pedidos, mas foi decidido reanalisar os casos. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Mutualista garante que pode capitalizar banco

Sob o olhar atento dos supervisores e do Governo, a maior associação mutualista do país está a tentar resolver o peso que os créditos e outros ativos problemáticos têm no Banco Montepio. Por isso, a mutualista pretende criar um veículo que fique com 1.400 milhões de euros em crédito malparado e 600 milhões em ativos que pertencem ao banco, livrando-se assim da herança tóxica. Tal poderá, contudo, criar necessidades de capital no banco. “A solução, depois de concluído o seu estudo, tem de ser validada pelos auditores externos e pelos supervisores. Mas tudo será, necessariamente, feito após validação pelos reguladores e pelos auditores”, explica o presidente da associação. Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Brisa investe 55 milhões em 2021 nas autoestradas

A Brisa Concessão Rodoviária prevê investir, no próximo ano, 55 milhões de euros na conservação e renovação de autoestradas, o que representa um aumento de 6% face a 2020. Alargamento do sublanço Águas Santas-Ermesinde, nas autoestradas A4 e A3, reformulação do nó de Ermesinde na A4 (autoestrada Porto-Amarante) e beneficiação do pavimento nos sublanços Torres Novas (A1/A23) – Fátima (A1) são algumas das obras que vão arrancar em 2021. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Linha de apoio ao Brexit só chegou a sete empresas

A linha de apoio às empresas afetadas pelo divórcio do Reino Unido da União Europeia chegou ao fim com apenas sete candidaturas aprovadas, no valor total de quatro milhões de euros. Isto quando a linha tinha como dotação total 50 milhões de euros. Falta perceber agora se o Executivo de António Costa vai criar um apoio semelhante para a nova fase do Brexit, uma vez que já está definido o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Centeno alerta para impactos de fim “abrupto” de apoios à economia

O governador do Banco de Portugal sublinha que 2021 trará novos desafios. Mário Centeno acredita que o plano de vacinação contra a Covid-19 traz um “sinal de esperança”, mas alerta para o impacto do eventual fim “abrupto” ou precoce dos vários apoios à economia que foram criados em resposta à pandemia. O Governo já garantiu que a retirada desses instrumentos será gradual, tendo, por exemplo, prolongado o “sucedâneo” do lay-off simplificado até ao final do primeiro semestre. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

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Marcelo promulga aumento do salário mínimo e alargamento da ADSE

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2020

Presidente da República promulgou cinco diplomas do Governo, entre os quais o aumento do salário mínimo e o alargamento da ADSE.

O Presidente da República promulgou os diplomas que estabelecem ao aumento do salário mínimo nacional de 665 e o alargamento da ADSE aos titulares de contrato individual de trabalho que exerçam funções em entidades de natureza jurídica pública.

Através de uma nota publicada na página na internet da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa dá conta de que foi promulgado o diploma do Governo “que fixa o valor da retribuição mínima mensal garantida para 2021”.

O Governo aprovou em 22 de dezembro, em Conselho de Ministros, o aumento do salário mínimo nacional em 30 euros a partir de janeiro de 2021.

Atualmente, o salário mínimo nacional é de 635 euros e o Governo, liderado pelo socialista António Costa, tem como objetivo atingir os 750 euros até ao final da legislatura, recordou, na semana passada, o secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos.

“A decisão do aumento do salário mínimo nacional para 2021 no valor de 30 euros significa que o novo valor atingirá 665 euros durante o próximo ano, dando sequência ao que tem sido o percurso de aumento sustentado do salário mínimo e é um passo na concretização do que está no programa do Governo com vista a atingir 750 euros no final da legislatura, em 2023”, disse na altura o governante.

O chefe de Estado também promulgou o diploma que “estabelece o alargamento da ADSE aos titulares de contrato individual de trabalho que exerçam funções em entidades de natureza jurídica pública”.

O Governo aprovou, também em 22 de dezembro, o alargamento da ADSE a cerca de 100 mil trabalhadores com contrato individual no Estado, a maioria dos quais funcionários do setor da saúde. “O decreto-lei que se aprova consagra o direito dos contratos individuais de trabalho a se inscreverem na ADSE”, disse a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, no briefing que decorreu depois da reunião do Conselho de Ministros que decorreu na semana passada.

De acordo com a governante, o alargamento vai abranger 100 mil trabalhadores com contrato individual no Estado, “dos quais 60 mil são do setor da saúde”, a que acrescem 60 mil beneficiários não titulares, ou seja, os cônjuges e descendentes dos titulares.

A medida terá um impacto anual de 67 milhões de euros nas receitas da ADSE, acrescentou Alexandra Leitão, sublinhando que a inscrição é facultativa e, para os novos contratados, será automática.

No caso dos atuais trabalhadores com contrato individual haverá um período de seis meses após a entrada em vigor do diploma para se inscreverem, tendo a ministra admitido que haverá um faseamento tendo em conta o volume de pedidos.

O Presidente da República também promulgou o diploma que assegura “a execução na ordem jurídica nacional, do Regulamento (UE) n.º 2019/515, relativo ao reconhecimento mútuo de mercadorias comercializadas legalmente noutro Estado-membro”, assim como o que altera “as medidas excecionais e temporárias” na sequência da pandemia.

Marcelo Rebele de Sousa promulgou ainda o diploma do Governo que “define os termos da regularização, entre entidades públicas, de situações relativas à transmissão, uso ou afetação de património imobiliário público”.

O Presidente promulgou igualmente um diploma da Assembleia da República que aprova a orgânica da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, alargando a composição do Conselho Nacional de Bombeiros à participação da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários (APBV).

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Estes são os 14 maiores desafios ambientais para 2021

Para o próximo ano, a ANP|WWF deixa uma mensagem de urgência: é possível reverter a perda de biodiversidade, mas é preciso intervir já. 2021 é o novo super-ano do ambiente e estes são os desafios.

Apesar de 2020 ter falhado como o tão esperado super-ano para o ambiente, para a organização de conservação da natureza ANP|WWF ainda é possível reverter a perda de biodiversidade global, mas é preciso intervir já para garantir um futuro sustentável para a vida selvagem, os ecossistemas e as pessoas.

“A pandemia da Covid-19 criou uma nova emergência (a da saúde humana) que uniu todos os países numa luta comum: a da nossa proteção imediata. Ao longo do ano, assistimos ao efeito que os confinamentos obrigatórios provocados pela Covid-19 tiveram na contração da economia mundial e vimos retroceder a tendência crescente do antecipar da data em que temos esgotado os recursos naturais da terra, um sinal claro da relação entre a atividade humana e a saúde do planeta”, referiu a associação ambientalista no seu documento Balanço de 2020 e Tendências para 2021.

Citando o Relatório Planeta Vivo 2020, a ANP|WWF sublinha as provas existentes da acentuada degradação da biodiversidade
do planeta: as populações de espécies de vertebrados sofreram um decréscimo de 68% nos últimos 50 anos. No entanto, o mesmo relatório “deixa também uma mensagem de esperança e urgência”.

“É por isso que em 2021, o novo super-ano da biodiversidade, a ANP|WWF irá continuar a promover o Novo Acordo Pela Natureza e as Pessoas junto dos cidadãos, empresas e governos, focando-se no papel único que cada um pode desempenhar para reverter a perda de biodiversidade e exigir uma recuperação mais justa e sustentável”, referem.

Estes são os 14 maiores desafios ambientais para 2021, segundo a ANP|WWF:

  1. LEI DO CLIMA NACIONAL – De acordo com a ANP|WWF, já foram entregues no Parlamento cinco propostas de lei de bases do clima (PAN, PCP, PEV, BE, PS), e uma sexta está a caminho (PSD). A discussão em plenário de todas estas propostas deverá acontecer no início de 2021.
  2. CONFERÊNCIA DA ONU SOBRE OCEANOS – A Conferência da ONU sobre Oceanos será co-organizada por Portugal e pelo Quénia, em Lisboa, possivelmente no segundo semestre de 2021. O encontro, que deveria ter acontecido em 2020, vai reunir representantes de governos, ONG, sociedade civil, academia, comunidade científica, setor privado e filantropia. A Conferência deverá adotar uma declaração intergovernamental sobre as ações a tomar, com base na ciência em prol da conservação dos oceanos e definir vários compromissos voluntários dos países para apoiar a implementação do 14º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) – “Proteger a Vida Marinha”.
  3. 15ª CONFERÊNCIA DAS PARTES (COP) DA CONVENÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA (CBD) – A Estratégia da Biodiversidade da UE para 2030 defende que se proteja pelo menos 30% da terra e 30% do mar da UE. Esta será uma das traves mestras do mandato negocial da UE para a COP da CBD, que Portugal tem de preparar durante a sua presidência do Conselho Europeu.
  4. PLANO ESTRATÉGICO DA POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM (PEPAC) – Os Estados membros estão a desenvolver os seus PEPAC, e em Portugal prevê-se a publicação de um primeiro esboço das medidas da futura PAC em abril de 2021. Espera-se maior abertura do governo para que o processo de construção do PEPAC seja mais participativo, em comparação com o atual modelo meramente consultivo, e mais inclusivo, envolvendo para além das ONGA outros setores da sociedade civil. “Queremos uma PAC mais ambiciosa em termos ambientais e climáticos, que incorpore a ambição das Estratégias europeias ‘Do Prado ao Prato’ e da Biodiversidade 2030, contribuindo para uma transição para sistemas alimentares mais sustentáveis e saudáveis”, diz a ANP|WWF.
  5. PLANOS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS – Serão concluídas e submetidas a consulta pública as propostas finais dos dez Planos de Gestão de Região Hidrográfica, as quais devem incorporar as diretrizes da Diretiva Quadro da Água e os seus objetivos até 2027, conforme decorre da avaliação (Fitness Check) positiva da diretiva.
  6. PRESIDÊNCIA PORTUGUESA DO CONSELHO EUROPEU (PPCE) – A próxima PPCE acontece já no primeiro semestre de 2021. A adaptação às alterações climáticas continuará a ser um dos temas principais, em linha com a implementação do Pacto Ecológico Europeu, sendo de esperar que dossiers legislativos como a Estratégia para as Florestas, a Lei de produtos ligados à desflorestação e a revisão do regulamento europeu de Controlo das Pescas recaiam sobre a Presidência Portuguesa. Será durante a PPCE que a maioria dos diálogos para negociação da nova PAC deverão decorrer para se chegar a um acordo definitivo.
  7. PLANO DE RECUPERAÇÃO E RESILIÊNCIA (PRR) – Portugal foi dos primeiros países a entregar o seu PRR, e prevê receber 13,9 mil milhões para promover a recuperação da economia da crise provocada pelo coronavírus, 37% dos quais devem ser alocados à “transição climática”. “A ANP|WWF defende um PRR mais vocacionado para a sustentabilidade ambiental e justiça económica e social, e continuará a acompanhar o seu desenvolvimento tendo criado um barómetro”, refere a organização.
  8. 26.ª CONFERÊNCIA DAS PARTES (COP) DA CONVENÇÃO-QUADRO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS, EM GLASGOW (UNFCCC) – Glasgow, na Escócia, acolherá a próxima COP do Clima em novembro de 2021. Portugal terá mais um palco para mostrar as suas políticas climáticas, que precisam de ser mais ambiciosas para travar aquecimento global abaixo de 1,5 ºC. “Por isso é preciso passar das palavras aos atos: a gestão florestal não pode continuar a permitir as grandes áreas ardidas que se verificam anualmente, o modelo de uma agricultura e pecuária intensivas deve ser drasticamente alterado, e é preciso inverter o paradigma de um crescimento económico ligado a prejuízos dramáticos para o clima e para todos nós”, sublinha a ANP|WWF.
  9. SAÚDE E NATUREZA – A pandemia da Covid-19 mostrou como a nossa saúde está inequivocamente ligada à saúde do planeta. Se continuarmos a destruir a natureza a este ritmo, perdemos não só a base biofísica das nossas sociedades e da economia, mas também a nossa saúde vai continuar a sofrer. Nunca como agora precisamos de operacionalizar o conceito de OneHealth (Uma Saúde para as Pessoas e a Natureza), defende a associação ambientalista no seu relatório.
  10. DIETAS SUSTENTÁVEIS E DESFLORESTAÇÃO – Terá lugar em 2021 a primeira Conferência da ONU sobre Sistemas Alimentares, que irá dar força à necessidade de comermos melhor, para nosso bem e da natureza. Um primeiro passo será tornar as cadeias de abastecimento livres de desflorestação.
  11. NOVO AEROPORTO PARA A REGIÃO DE LISBOA – O Governo via o projeto do aeroporto do Montijo como uma das prioridades para acelerar a recuperação do turismo pós-pandemia. No entanto, o que era um dado adquirido, afinal poderá ser reavaliado nos próximos meses: o Ministro das Infraestruturas afirmou, em novembro, que pondera fazer a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) sobre o novo aeroporto do Montijo. A ANP|WWF e outras 7 ONGAs têm defendido que a lei exige que a localização de um novo aeroporto tem de ser ponderada no contexto de uma AAE, em que seja avaliada a necessidade do mesmo e as várias opções possíveis.
  12. IMPLEMENTAÇÃO DO PACTO ECOLÓGICO EUROPEU (PEE) – “A Estratégia ‘Do Prado Ao Prato’ dificilmente conseguirá formatar a próxima Política Agrícola Comum, mas queremos contribuir para que novas propostas legislativas sejam mais bem sucedidas a implementar o PEE”, refere a associação. Estão em desenvolvimento o Plano de Ação da UE para a Agricultura Biológica, o novo quadro financeiro da Política Comum de Pescas e a nova estratégia europeia para as renováveis offshore.
  13. AMBIENTE E DIREITOS HUMANOS – Estes são dois temas cada vez mais interligados e que prometem mais debate em 2021, como o PEE veio realçar. A ANP|WWF, consciente desta interligação, fez menção à mesma no seu Manifesto por uma recuperação económica justa e sustentável.
  14. CRIAÇÃO DO CENTRO IBÉRICO DE INVESTIGAÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS – A ANP|WWF vai acompanhar a criação deste centro, que irá melhorar no conhecimento sobre incêndios nos dois países. “Esperamos que este se centre na prevenção colaborativa, e que adote uma matriz de interdisciplinaridade para fazer face à crescente gravidade dos incêndios que assolam frequentemente a Península Ibérica”, rematam.

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Passagem de ano leva portugueses a procurar destinos exóticos

Depois de um ano de confinamento e apesar das restrições (ou por causa delas), há quem queira entrar no ano novo num cenário diferente. As praias exóticas lideram as preferências dos portugueses.

Apesar das restrições perduram devido à pandemia, e mesmo com o número de casos a continuar a aumentar em muitos países, ainda há quem não abdique de entrar em 2021 num destino internacional. Uma pesquisa pelas agências de viagens mostra várias opções para a passagem de ano, a maioria para destinos pouco comuns. Ao ECO, a Agência Abreu confirma esta tendência, numa altura em que os preços desceram, ainda que pouco.

São vários os sites de agências de viagens que oferecem pacotes de voos para a passagem de ano. E não apenas para as ilhas nacionais, como é mais comum nesta altura do ano. Em tempos de pandemia, a procura direciona-se para destinos mais exóticos. “Durante esta temporada, a procura tem vindo a intensificar-se para destinos de praias exóticas como as Maldivas, Seychelles, Zanzibar e outros mais tradicionais como Caraíbas e Dubai“, explica ao ECO Pedro Quintela, diretor de vendas e marketing da Agência Abreu.

A Abreu confirma a procura por pacotes para estes destinos. “Seja por dificuldades de viagem, seja por não estarem ainda confortáveis com eles, destinos tradicionais nesta época — como Cabo Verde, Brasil, EUA e até as cidades europeias — tiveram pouca procura por parte dos clientes”, continua o responsável, que nota, contudo, que as operações charter [em que as próprias agências de viagens reservam um avião] “estão suspensas para já”.

Mas, e os preços? Na Abreu, uma semana num destes destinos ronda, normalmente, os 2.000 euros por pessoa. Pedro Quintela refere que “os preços sofreram descidas pouco significativas, uma vez que aliada à escassez da procura, também há uma grande escassez de oferta”.

“São poucos os destinos que estão abertos às viagens dos portugueses, há muitos hotéis fechados — os que estão abertos têm capacidade reduzida –, e a quantidade de ligações aéreas diminuiu muitíssimo”. Por isso, sublinha o responsável de vendas e marketing, “de um modo geral, podemos dizer que há um encontro entre a procura e a oferta em termos de preços“.

A par destes destinos, continua a haver quem prefira saltar para 2021 nos Açores ou na Madeira. Da parte da Abreu, esta tendência continua a observar-se, sobretudo em tempos de pandemia. “A procura interna pelos arquipélagos nacionais e, inclusive, por estadias no próprio continente mantém-se, podendo até dizer-se que foi o destino preferencial dos portugueses ao longo do ano“, diz Pedro Quintela, referindo que o Douro, a Serra da Estrela, o Algarve e o Alentejo também fazem parte dos destinos mais procurados pelos portugueses.

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Compras online estão mais seguras. Veja o que muda nos pagamentos

  • ECO
  • 31 Dezembro 2020

A partir de 31 de dezembro, os pagamentos online passarão a ser mais seguros. Uma autenticação forte dos compradores passa a ser requerida em todas as compras com cartão bancário.

Apesar de bastante apetecíveis, por serem práticos, os pagamentos realizados por via online têm a si associados alguns riscos, nomeadamente de fraudes e de outros abusos. No entanto, o dia 31 de dezembro irá trazer uma maior segurança a todos aqueles que pagarem, através da internet, a reserva de um quarto de hotel ou de uma viagem, por exemplo.

A partir dessa data, deixará de ser possível realizar compras online utilizando apenas os dados do cartão bancário para autorizar o pagamento. Uma autenticação forte dos compradores, medida que surge com o objetivo de lhes oferecer uma segurança acrescida no momento da realização de toda e qualquer compra online com cartão, é o que passa a estar em causa. Mas em que é que isto consiste?

Eis o que passa a acontecer: de forma a verificar a sua identidade ou a validade do meio de pagamento que está a tentar utilizar, passará a ser-lhe pedido que forneça, pelo menos, dois fatores de validação diferentes, como um código enviado por SMS, um PIN ou uma palavra-passe, ou até mesmo a sua impressão digital, para que o pagamento das suas compras seja aceite.

Mas é importante esclarecer que existem fatores de validação de três naturezas distintas e que os dois elementos solicitados aos compradores devem, a partir de dia 31, pertencer a categorias de segurança diferentes. Passamos, então, a explicar, mostrando alguns exemplos.

Existem os elementos de conhecimento que, tal como o nome indica, são apenas conhecidos pelo próprio utilizador, como uma palavra-passe própria, o PIN do seu cartão bancário ou o padrão de desbloqueio do seu telemóvel, devendo ser fornecidos no momento da compra.

Já os fatores de validação de posse dizem respeito a dispositivos que só a pessoa que está a realizar a compra possui, nomeadamente, o seu telemóvel. Nestes casos, o utilizador pode, por exemplo, receber no seu telemóvel uma mensagem onde encontra uma palavra-passe que deve também ser inserida no momento do pagamento.

Quanto aos elementos de inerência, estes permitem a identificação direta do próprio comprador, garantindo que ele é quem diz ser, por via do reconhecimento facial, da impressão digital, da voz, da retina e do batimento cardíaco.

As novas regras aplicadas aos serviços de pagamento eletrónicos, que entraram em vigor na União Europeia a 14 de setembro de 2019, têm já vindo a exigir, desde então, tanto a bancos como a prestadores de serviços de pagamento, como o MB Way e o PayPal, a aplicação deste procedimento.

É natural, portanto, que já se tenha deparado com ele, enquanto acedia à sua conta por via online ou enquanto fazia transferências ou pagamentos através do homebanking ou da aplicação do seu banco, por já ser obrigatória. Mas a novidade é que, a partir de agora, ela será aplicada a todo o comércio online.

Portanto, dados como o número do seu cartão, o seu código de segurança (CVV/CVC) e a data de validade do mesmo, embora possam continuar a ser exigidos no momento do pagamento, não serão suficientes, exigindo-se sempre que se forneça, pelo menos, dois dos fatores de autenticação forte.

Isto porque, tal como nos é explicado pelo Guia sobre a autenticação forte do cliente, os dados do cartão bancário podem ser do conhecimento de outras pessoas, “por serem frequentemente partilhados com terceiros”, comprometendo-se assim a segurança da transação.

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5 coisas que vão marcar o dia

Mensagens de ano de Merkel ou Macron, bem como o fim do período de transição do Brexit são os destaques do último dia do ano.

O último dia traz uma série de prazos que chegam ao fim, incluindo o período de resgates sem penalização de PPR ou o período de transição do Brexit. Num dia mais curto para as bolsas europeias, os únicos dados estatísticos fazem o retrato da banca durante a pandemia. Há ainda mensagens de ano novo de líderes europeus.

Bolsas fecham o ano na linha de água

É o último dia de negociação das bolsas e será uma sessão de baixa liquidez não só pelo período das festas, mas também porque a sessão será mais curta que o habitual. Após o pânico lançado em março pelo surto da Covid-19, os investidores recuperaram o otimismo, especialmente com a perspetiva de uma vacina. Nos EUA e na Alemanha, o ano termina no verde, enquanto na generalidade das praças europeias — incluindo em Portugal — o entusiasmo das últimas semanas não foi suficiente para salvar o ano.

Durão Barroso assume presidência da Aliança Global para as Vacinas

Durão Barroso foi nomeado presidente da Aliança Global para as Vacinas (GAVI), uma organização que assume atualmente grande importância devido à pandemia provocada pela covid-19. Inicia agora funções, substituindo a economista e antiga ministra das Finanças da Nigéria Ngozi Okonjo-Iweala, cujo mandato termina no fim do ano. O cargo não é remunerado.

Banco de Portugal faz retrato da banca

O dia é pouco ativo em termos de dados estatísticos, mas há uma exceção. O Banco de Portugal divulga um relatório sobre o Sistema Bancário Português, no qual faz o retrato dos bancos em termos de qualidade dos ativos ou rendibilidade no terceiro trimestre do ano. Estes indicadores são particularmente importantes para perceber tanto o impacto do coronavírus como a preparação do setor para os desafios após a pandemia.

Fim do período de transição do Brexit

As regras da União Europeia deixam de ser aplicadas no Reino Unido. Termina esta quinta-feira o período de transição da saída do Reino Unido da União Europeia, durante o qual o país continua a respeitar as normas europeias a fazer parte do mercado único europeu, designado oficialmente por Período de Implementação. A partir do dia 1 de janeiro entrarão em vigor as regras do novo acordo alcançado a 24 de dezembro.

Líderes europeus fazem mensagem de ano novo

Prestes a entrar 2021, há ainda espaço para vários líderes europeus se dirigem aos respetivos países. Logo às 9h (hora de Lisboa), o Presidente russo, Vladimir Putin, faz a habitual mensagem de Ano Novo, tal como a chanceler alemã, Angela Merkel, (às 16h00 em Lisboa) e o presidente francês, Emmanuel Macron (às 18h00 em Lisboa). Em Portugal, o Presidente da República decidiu não fazer a tradicional mensagem de Ano Novo para os portugueses por causa da campanha eleitoral para as presidenciais.

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