Microsoft aposta na flexibilidade. Vai permitir teletrabalho permanente

  • Trabalho
  • 12 Outubro 2020

A gigante tecnológica comunicou novas diretrizes aos trabalhadores para o pós-pandemia. A partir de agora, a flexibilidade horária e o teletrabalho passarão a ser a norma na maioria das funções.

A pensar num futuro de trabalho mais flexível e que se adapte a todos os trabalhadores, a Microsoft vai implementar o teletrabalho permanente no pós-pandemia, desde que os trabalhadores tenham a aprovação dos seus superiores e as funções assim o permitam, avança a BBC (acesso livre, conteúdo em inglês). A gigante tecnológica define agora que, para a maior parte dos cargos, a flexibilidade de horários e a possibilidade de teletrabalho passa a ser a norma, desde que alinhada com as necessidades de cada equipa e função.

A informação foi partilhada na página oficial da Microsoft pela responsável pelos recursos humanos da tecnológica, Kathleen Hogan, que reconhece que a flexibilidade se deve adaptar às diferentes necessidades de cada trabalhador, dependendo do cargo e dos objetivos de negócio.

“A flexibilidade pode significar coisas diferentes para cada um de nós e reconhecemos que não existe uma solução única, dada a variedade de funções, requisitos de trabalho e necessidades de negócios que temos na Microsoft. Reconhecemos que alguns trabalhadores precisam de estar no escritório e, algumas funções e negócios são mais adequadas do que outras para serem executadas fora do local de trabalho. No entanto, para a maioria das funções, consideramos como norma o teletrabalho para parte do período de trabalho (menos de 50%), assumindo o alinhamento da gestão e da equipa”, lê-se no comunicado.

 

“A pandemia levantou questões sobre o que os nossos trabalhadores podem esperar no futuro, por isso, esta semana, fornecemos algumas orientações sobre o nosso pensamento acerca da flexibilidade no trabalho. No futuro, é nosso objetivo oferecer o máximo de flexibilidade possível para apoiar estilos de trabalho únicos, ao mesmo tempo que equilibramos as necessidades de negócio e garantimos que continuamos a viver a nossa cultura”, refere Kathleen Hogan, vice-presidente executiva e chief people officer da Microsoft, no comunicado oficial.

Até à data, o regresso aos escritórios na Microsoft continua a ser opcional, exceto para as funções que requerem presença física obrigatória. A decisão da Microsoft agora anunciada aproxima-se assim de outras já tomadas em empresas como o Twitter, que em maio autorizou o teletrabalho para sempre a todos os trabalhadores.

Empresas como a Uber, a Google e o Facebook também já adiaram o regresso aos escritórios para 2021, devido à pandemia. Em Portugal, o Grupo Impala optou pelo trabalho remoto permanente para alguns trabalhadores.

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Santos Silva e Matos Fernandes testam negativo à Covid-19

  • Lusa
  • 12 Outubro 2020

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, testaram negativo para a covid-19.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, testaram negativo para a covid-19, disse à agência Lusa fonte governamental.

Os testes aos ministros do atual Governo foram feitos depois de se saber que o titular da pasta da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, está infetado com covid-19.

No domingo, o primeiro-ministro e todos os membros do Governo que foram testados tiveram resultados negativos, segundo comunicado do gabinete de imprensa de António Costa divulgado esta segunda-feira de manhã.

“Durante a manhã [de hoje] serão ainda testados o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e o ministro do Ambiente e Ação Climática, que se mantêm isolados até conhecerem os resultados”, adiantava o comunicado.

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A mesma nota adianta que “por determinação da Direção-Geral da Saúde ficarão em confinamento, apesar de testarem negativo, o ministro do Planeamento e a ministra do Trabalho Solidariedade e Segurança Social que ladeiam Manuel Heitor na reunião do Conselho de Ministros”, que se realizou na quinta-feira.

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EDP Renováveis dispara 7,5% para novo recorde. PSI-20 lidera ganhos na Europa

Após ter divulgado dados operacionais -- que indicam uma quebra homóloga de apenas 7% na produção de energia renovável para 20,4 TWh --, elétrica chegou a tocar o máximo histórico de 16,50 euros.

A EDP Renováveis nunca valeu tanto em bolsa. A elétrica liderada interinamente por Rui Teixeira disparou 7,5% na sessão desta segunda-feira no PSI-20, acompanhada de um ganho de 3% da casa-mãe EDP. O impulso dado pelo grupo levou o índice de referência nacional a uma subida de 1,56% para 4.247,14 pontos, acima dos pares europeus.

Após ter divulgado dados operacionais — que indicam uma quebra homóloga de apenas 7% na produção de energia renovável para 20,4 TWh –, a EDP Renováveis valorizou em bolsa e chegou mesmo a tocar o máximo histórico de 16,50 euros por ação durante a sessão. Acabou por fechar com um ganho de 7,53% para 16,28 euros por ação. Já a EDP avançou 2,97% para 4,502 euros por ação, no valor mais elevado desde 24 de julho.

Entre os “pesos-pesados” do índice, fecharam ainda em terreno positivo a Jerónimo Martins (1,93%), a Navigator (0,58%) e a Nos (0,13%). Em sentido contrário, o tombo de 1,95% do BCP bem como as perdas de 1,87% da Sonae e de 1,71% da Galp Energia travaram o índice.

Apesar disso, o PSI-20 esteve entre as bolsas que mais subiram nesta sessão. Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhou 0.8%, tal como o francês CAC 40. O alemão DAX valorizou 0,7% e o espanhol IBEX 35 avançou 0,1%.

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Governo quer continuar a negociar OE2021. Diz que já fez “várias aproximações” aos partidos da esquerda

O Governo assegura que tem disponibilidade para continuar a negiociar a proposta do Orçamento do Estado para 2021 e argumenta que já fez "várias aproximações" ao BE, PCP e BE.

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, afirmou esta segunda-feira que o Governo continua com “total disponibilidade” para negociar a proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021), mas argumentou que já houve “várias aproximações” às exigências do BE, PCP e PAN. “Este é um orçamento que não faz sentido ser rejeitado“, disse Cordeiro, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

Numa declaração a partir do Parlamento, o negociador do Governo com os partidos à esquerda veio responder diretamente a Catarina Martins que esta manhã disse na Antena 1 que o Executivo tinha terminado as negociações com o BE sem uma reunião final antes da entrega do OE, em contraste com o que tinha acontecido em anos anteriores. Nesta mesma entrevista, a líder bloquista assumiu que “com aquilo que se conhece, não creio que o Bloco tenha condições para viabilizar o Orçamento”.

A necessidade [desta declaração] resulta de hoje ter sido passada uma mensagem que não corresponde aquilo que é a vontade do Governo“, justificou Duarte Cordeiro, repetindo a intenção de continuar a negociar e de aproximar-se das exigências dos partidos à esquerda. Perante o perigo de chumbo do OE 2021, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares fez questão de assinalar que o Governo procurou “soluções de aproximação a cada uma das matérias que foram identificadas” pelos parceiros parlamentares.

Duarte Cordeiro explicou que houve “disponibilidade de compromisso com os partidos, em particular com o Bloco de Esquerda”, nomeadamente com um “documento político de compromissos na área do trabalho” que foi enviado aos partidos na passada quarta-feira e que, após a resposta dos partidos, no sábado esse documento ganhou “novos avanços” face à versão inicial. Para já, Cordeiro assegura que o Governo não fechou a porta a nada.

"A necessidade [desta declaração] resulta de hoje ter sido passada uma mensagem que não corresponde aquilo que é a vontade do Governo.”

Duarte Cordeiro

Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares

O secretário de Estado assinalou também os vários momentos de negociações, realçando que o Governo quer continuar a dialogar com os partidos até à votação na generalidade, marcada para o final deste mês, e depois durante a especialidade. Ou seja, o Executivo pede uma oportunidade aos partidos para que não chumbem de imediato o orçamento sem mais negociação.

Este é um orçamento que tem tudo para passar na fase da generalidade“, considera Duarte Cordeiro, referindo que o Governo “não quer acreditar que não haja capacidade de entendimento” neste orçamento que contém “respostas” para as necessidades do país em plena pandemia. Cordeiro argumentou ainda que, nesta fase, esta proposta do Orçamento “muito para além” do que as propostas de anos anteriores em fases semelhantes.

Sobre as medidas do OE 2021, Duarte Cordeiro remeteu para a conferência de imprensa do ministro das Finanças, João Leão, que deverá ocorrer após a entrega do documento na Assembleia da República nesta segunda-feira.

(Notícia atualizada às 17h14 com mais informação)

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Governo cria regime especial e reforça incentivos fiscais para mecenato cultural

  • Lusa e ECO
  • 12 Outubro 2020

Governo prevê o estabelecimento de um regime de "mecenato cultural extraordinário", através de benefícios fiscais.

O Governo prevê o estabelecimento de um regime de “mecenato cultural extraordinário”, através de benefícios fiscais, são medidas inscritas na versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para 2021.

“No período de tributação de 2021, os donativos do Estatuto dos Benefícios Fiscais são majorados em 10 pontos percentuais, desde que: o montante anual seja de valor igual ou superior a 50.000 euros por entidade beneficiária, o donativo seja dirigido a ações ou projetos na área da conservação do património ou programação museológica e as ações ou projetos referidos na alínea anterior sejam previamente reconhecidos por despacho dos membros do Governo responsáveis pela área das finanças e da cultura”, lê-se no documento que será entregue esta segunda-feira na Assembleia da República pelo Executivo.

O “mecenato cultural extraordinário”, a estabelecer durante o próximo ano, está enquadrado pelo “Estatuto dos Benefícios Fiscais”, para 2021.

Na área da cultura, estes são “majorados em 10 pontos percentuais” se o montante anual de mecenato for de “valor igual ou superior” a 50 mil euros, “por entidade beneficiária”, tendo em vista “ações ou projetos na área da conservação do património ou programação museológica”.

Para a obtenção do benefício, os projetos apoiados têm de ser “previamente reconhecidos por despacho dos membros do Governo responsáveis pela área das finanças e da cultura”.

Para efeitos de impostos sobre rendimento (IRC e IRS), os donativos, considerados como gastos ou perdas do exercício, têm como limite uma majoração de 50%, e podem ser aumentados em 20%, quando tiverem “conexão direta com territórios do interior, definidos por despacho” dos ministros das Finanças e da Cultura.

Estas ações de mecenato cultural terão reconhecimento efetivo, depois de comunicadas pela Direção-Geral do Património Cultural à Autoridade Tributária, “nos termos a definir por protocolo a celebrar entre as partes”.

Sobre o “incentivo à investigação do património cultural”, com o estabelecimento da “gratuitidade no acesso aos museus e monumentos nacionais” para estudantes das áreas do património, história da arte, museologia e turismo, exige comprovação documental, para acesso às instituições.

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PAN “mais distante do que podia ser um voto favorável” ao OE

Para o PAN, a capacidade de acolhimento das preocupações das várias forças políticas por parte do Governo ficou aquém, estando o partido "mais distante" de um voto favorável ao OE.

O Governo apresenta, esta segunda-feira, o Orçamento do Estado na Assembleia da República, com o Bloco de Esquerda a avisar que não irá viabilizar a proposta como está. Do lado do PAN, nem o voto favorável nem a abstenção estão garantidos. Em declarações à SIC Notícias, a deputada Inês Sousa Real frisou que, “tendo em conta a falta de capacidade de acolhimento” do Governo das propostas dos vários partidos, o PAN está “mais distante do que podia ser um voto favorável”.

“Neste momento, não conhecemos ainda o documento final, mas tendo em conta a falta de capacidade de acolhimento de forma mais profunda das medidas, estamos mais distantes daquilo que podia ser um voto favorável“, disse a deputada, quando questionada se o PAN estará disponível para viabilizar o OE, na votação na generalidade.

Inês Sousa Real considerou que “um conjunto de medidas importantes” foi acolhido pelo Governo, mas de modo geral o Executivo ficou aquém. “Temos algumas matérias que nos parece que foram acolhidas de forma insuficiente pelo Governo. Seria fundamental haver uma capacidade de acolhimento das medidas”, afirmou. “O Governo falhou na capacidade de acolhimento das preocupações das restantes forças políticas”, acrescentou.

A deputada sublinhou que o PAN “não se demite de negociar”, pelo que continuará a discutir as propostas em torno das quais ainda não foi possível encontrar consenso na fase da especialidade. “Esperamos que este seja um Orçamento de viragem”, rematou Inês Sousa Real.

O Governo tem até às 23h59 para apresentar a proposta do Orçamento do Estado para 2021 na Assembleia da República. O Bloco de Esquerda já avisou que, como está, esse documento não merece viabilização por parte dos bloquistas.

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PCP não se compromete com sentido de voto. Motivação não é “resposta a ameaças de crise política artificiais”

O deputado do PCP Duarte Alves não adiantou qual será o sentido de voto do partido no Orçamento do Estado, apontando que o documento será apreciado na sua globalidade.

O PCP ainda não se compromete com o sentido de voto para a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2021, que será entregue esta segunda-feira no Parlamento, mas reitera que a decisão não será motivada por “ameaças de crise política artificiais”. Duarte Alves salienta, ainda assim, algumas medidas avançadas pelo partido que estarão incluídas no documento.

O que motiva o partido na decisão quanto ao OE 2021 “é a resposta aos problemas do país, não é a resposta a ameaças de crise política artificiais que são lançadas não só pelo primeiro-ministro como pelo Presidente da República”, defendeu o deputado Duarte Alves, em declarações transmitidas pela TVI24.

O deputado comunista apontou que o partido tem “intervindo desde o início do processo” com propostas, reiterando que há medidas que apresentou e são “património de intervenção”, nomeadamente o alargamento da gratuitidade das creches e o aumento extraordinário das pensões, que esperam para confirmar se estão no documento. De salientar que, de acordo com a versão preliminar da proposta do Governo para o OE 2021 obtida pelo ECO, estas medidas estão incluídas.

Ainda assim, Duarte Alves aponta que o PCP vai “olhar para este Orçamento na sua globalidade e de acordo com aquilo que de concreto tenha nas respostas aos problemas do país” tomar uma decisão. O deputado recordou ainda que nos últimos anos o partido já votou a favor, já se absteve e já votou contra o Orçamento Suplementar, não se comprometendo com nenhum sentido de voto.

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PS pede que medidas do OE não sejam “desperdiçadas por agendas políticas partidárias”

Deputado João Paulo Correia defende que houve avanços negociais entre Governo e os partidos à esquerda. "Acreditamos que o OE será viabilizado pelo PCP e BE", afirma.

O PS acredita que ainda será possível chegar a consenso com o Bloco de Esquerda e PCP para aprovar a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2021, que será entregue esta segunda-feira no Parlamento. A líder bloquista Catarina Martins já disse que, do que foi tornado público, será difícil que o partido dê o ok ao documento.

O deputado do PS João Paulo Correia diz que o OE “responde às necessidades de proteção das famílias, das pessoas e das empresas que mais têm sido afetadas pela crise” pandémica e económica. “Responde com grandes avanços e com medidas que têm sido negociadas com os nossos parceiros — o BE e PCP — e são medidas que não podem ser desperdiçadas por agendas políticas partidárias“, rematou.

O apelo do socialista foi feito depois de Catarina Martins ter dito que poderá chumbar a proposta por considerar que não foram acolhidas as propostas que o BE tinha feito ao partido. João Paulo Correia contrapõe com o reforço do Sistema Nacional de Saúde, a exigência para que o Estado deixe de emprestar diretamente dinheiro ao Novo Banco e a nova prestação social.

Questionado sobre se o Governo estaria disponível para negociar com o PSD caso não conseguisse que a esquerda aprovasse a proposta, João Paulo Correia deixou em aberto. “As negociações não estão fechadas, estão abertas e decorrem até à hora da votação na generalidade“, disse, lembrando que a faltam ainda duas semanas para essa votação no Parlamento. “Acreditamos que o orçamento será viabilizado pelo PCP e BE”, acrescentou.

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Governo tem quase 200 milhões para continuar a reduzir preço dos passes em 2021

Este financiamento será feito através da "consignação de receitas ao Fundo Ambiental", com um reforço até 90 milhões de euros para aumentar a oferta nos sistemas de transportes públicos.

Apesar da enorme quebra na procura nos transportes públicos em 2020 por causa do confinamento e da pandemia de Covid-19 — é agora 60% do que era no ano passado, nos metros de Lisboa e Porto, comboios e autocarros, de acordo com o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes —, em 2021 o Governo quer voltar à carga com a promoção do uso de transportes coletivos, em detrimento dos veículos próprios, sobretudo nos grandes centros urbanos.

Para isso, em 2021 o Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) nos transportes públicos vai ter um financiamento reforçado de 198,6 milhões de euros, de acordo com a versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, a que o ECO teve acesso. Este financiamento será feito através da “consignação de receitas ao Fundo Ambiental e de saldos no valor de 60 milhões de euros para reforço extraordinário dos níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo PART”.

Isto resulta, diz o documento, “dos efeitos do contexto nos sistemas de mobilidade, sendo o montante a transferir apurado trimestralmente pelas áreas das finanças e do ambiente, podendo, dentro da verba remanescente, as autoridades de transportes proceder à atribuição das verbas consignadas pelo PART para financiamento dos serviços de transporte”, tal como ficou decidido em abril, por causa da pandemia de Covid-19.

Além disso, o Governo também autoriza o Fundo Ambiental a “transferir para as autoridades de transporte, por conta dos seus saldos de gerência, até mais 30 milhões de euros para reforço adicional dos níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo PART, tendo em conta um cenário mais adverso dos efeitos da crise pandémica no sistema de mobilidade”.

Depois de um financiamento total de 102,2 milhões de euros em 2019, provenientes do Orçamento do Estado e das autarquias, 98,6% dos quais se destinaram a medidas de redução tarifária e 1,4% a medidas de aumento da oferta, em 2020, o montante das receitas a consignar ao Fundo Ambiental para financiamento do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) nos transportes públicos foi de 138,6 milhões de euros.

Logo no ano em que entrou em vigor, em 2019, o programa de redução tarifária nos transportes públicos levou à diminuição do tráfego rodoviário, principalmente nas áreas metropolitanas Lisboa e Porto, reduzindo em 154 mil toneladas as emissões de dióxido de carbono, segundo um relatório do IMT.

Em ano atípico, a 7 de abril de 2020 o Governo publicou um decreto-lei para a atribuição de financiamento e compensações aos operadores de transportes essenciais, no âmbito da pandemia COVID-19. As medidas impostas pela Direção-Geral da Saúde implicaram fortes limites à operação de transporte público de passageiros: desde a redução dos níveis de utilização, até limitações à venda e validação de títulos de transportes e forma de acesso aos veículos. “Com impactos diretos na redução das receitas provenientes da venda de serviços de transporte, estas medidas também inviabilizam a contabilização da utilização dos serviços de transporte e das vendas de títulos de transporte”, estabeleceu o diploma.

Face a esse cenário, o Governo decidiu canalizar as verbas para 2020 do Programa de Apoio à Redução Tarifária para “compensar os operadores de transporte de passageiros pela realização dos serviços de transporte público essenciais”, por assegurarem uma ocupação máxima de 1/3 da capacidade dos veículos e pela imposição da não-obrigatoriedade de validação dos títulos de transporte para minimizar os contactos e salvaguardar a saúde pública durante o período de emergência.

Tudo isto conduziu “ao agravamento do défice de exploração dos serviços de transporte que se mantiveram operacionais”, que terá um “impacto negativo na liquidez das empresas que operam serviços de transporte público, justificando-se, assim, o desenvolvimento de mecanismos que promovam a sustentabilidade daquelas empresas e permitam a manutenção do serviço público de passageiros em níveis que permitam satisfazer necessidades mínimas de mobilidade”.

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Governo quer Estado a gastar menos dinheiro com sociedades de advogados

Com este Orçamento, a contratação de estudos, pareceres ou serviços jurídicos e de consultoria em 2021 devem ser evitados. Só a VdA custou ao Estado 11,5 milhões e a Cuatrecasas 7,6 milhões.

O Governo quer passar a limitar e reduzir a contratação de serviços jurídicos externos ao Estado como o pedido de estudos, pareceres, projetos, serviços de consultoria, trabalhos especializados e representação judiciária feitos por escritórios de advogados e consultoras. Estes devem assim passar a ser “realizados por via dos recursos próprios das entidades públicas”.

O “aviso” é feito na versão preliminar do Orçamento do Estado para 2021, a que o ECO teve acesso, que diz ainda que o recurso a estes serviços externos deve ocorrer em “situações excecionais devidamente fundamentadas e se demonstrar não ter essas competências na equipa e após autorização do membro do Governo da área”.

Segundo dados recentes divulgados no portal da contratação pública, dez sociedades de advogados receberam do Estado cerca de 30 milhões de euros, nos últimos cinco anos, por serviços jurídicos prestados. Desse total – relativo aos anos de 2015 a 2019 – 24 milhões foram relativos a contratos celebrados com o Banco de Portugal (BdP). Na pole position está a Vieira de Almeida (VdA) que, só por si, recebeu 11,5 milhões de euros de dinheiros públicos por prestação de serviços jurídicos. Segue-se a ibérica Cuatrecasas que recebeu das mãos do Estado 7,6 milhões de euros.

Na lista dos dez – para além das duas referidas — estão ainda a Morais Leitão, PLMJ, a Miranda, Uría Menéndez- Proença de Carvalho, SRS, Caiado Guerreiro, Abreu e Raposo Sá Miranda. Mas com valores muito mais baixos.

Só do BdP, os escritórios de advogados receberam 24 milhões de euros, 15 milhões dos quais foram para a VdA e Cuatrecasas. Só para a VdA foram 9,3 milhões de euros, através de cinco ajustes diretos. No caso da Cuatrecasas foram realizados seis ajustes diretos no valor global de 7,5 milhões de euros.

Tanto num caso como no outro, há ajustes diretos que ultrapassam o milhão de euros. Segundo os dados constantes do portal dos contratos públicos, o BdP foi a única entidade pública a fazer contratos para prestação de serviços jurídicos cm valores tão elevados.

O contrato mais alto que regulador celebrou com uma sociedade de advogados foi com a Vieira de Almeida, em junho de 2018, e tinha um valor de 4,85 milhões de euros. O regulador fundamentou o recurso ao ajuste direto por “motivos de urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis” e descreveu o objeto do contrato de forma genérica: “Serviços de assessoria jurídica e de patrocínio judiciário.”O ajuste direto celebrado com a Cuatrecasas, em março de 2019, registou o valor de três milhões de euros. Os dois contratos foram feitos por um período de três anos, logo ainda não terão terminado.

Mas já este ano o BdP assinou um outro contrato de serviços de assessoria jurídica, por um período de três anos, com a VdA, no valor de 890 mil euros.

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Governo tem 96,3 milhões para os transportes em 2021

Para o próximo ano há até 96,3 milhões de euros disponíveis para os metros do Porto e Lisboa, CP e Transtejo. Dinheiro será usado em material circulante, expansão da rede e renovação da frota.

O Governo vai aumentar a verba disponível para os transportes. Segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) a que o ECO teve acesso, estão disponíveis cerca de 96 milhões de euros para os metros do Porto e Lisboa, mas também para a Transtejo e para a CP.

De acordo com o documento, 2021 vai trazer do Fundo Ambiental até 36,8 milhões de euros para o Metropolitano de Lisboa, um montante que servirá para financiar a expansão do metro da capital, mas também a compra de material circulante. No Orçamento deste ano a verba disponível era de cerca de 34,7 milhões de euros, ou seja, menos 5,7%.

Além disso, prevê-se ainda a transferência de verbas até ao máximo de 40,3 milhões de euros para o Metro do Porto, uma quantia que será usada para financiar a expansão da rede e a compra de material circulante. Este ano o máximo previsto era semelhante: 40,2 milhões de euros.

Por sua vez, a Transtejo vai receber um máximo de 9,18 milhões de euros, que servirão para renovar a frota de barcos (5,6 milhões em 2020), enquanto a CP terá disponíveis até dez milhões de euros para comprar material circulante (5,1 milhões em 2020).

Feitas as contas, o Fundo Ambiental tem disponíveis para os transportes em 2021 até 96,3 milhões de euros, um montante superior aos 80,7 milhões que estavam disponíveis este ano, de acordo com as propostas do OE.

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Miranda reforça equipa com dois novos associados

Margarida Costa e Duarte Valido Viegas são as mais recentes apostas da Miranda & Associados. Os advogados vão integrar a firma enquanto associada sénior e associado júnior, respetivamente.

A Miranda & Associados reforçou a sua equipa com a contratação de Margarida Costa, como associada sénior, e Duarte Valido Viegas, como associado júnior. Os advogados vão integrar as áreas de comercial e societário e público e regulatório, respetivamente.

Margarida Costa conta com mais de 15 anos de experiência no mercado nacional e internacional, em particular em Angola, onde mais recentemente foi responsável pelo departamento jurídico de grupos empresariais dedicados à construção civil e gestão de património. A advogada centra a sua prática na área do direito comercial e societário, tendo experiência em operações de fusões e aquisições, projetos de reestruturação e de investimento estrangeiro.

Já Duarte Valido Viegas, que transita da CMS Rui Pena & Arnaut, tem cerca de três anos de experiência nas áreas do direito civil, societário, financeiro e penal.

“Estas recentes contratações inserem-se na estratégia de crescimento da Miranda, em Portugal e a nível internacional, e visam atender às crescentes solicitações do mercado nestes dois setores”, refere a firma em comunicado.

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