South African Airways suspende todas as operações por dificuldades financeiras

  • Lusa
  • 30 Setembro 2020

A companhia aérea estatal da África do Sul suspendeu todas as suas operações depois de ter falhado o plano de salvamento que envolvia um financiamento de cerca de 507 milhões de euros.

A companhia aérea estatal da África do Sul suspendeu todas as suas operações depois de ter falhado o plano de salvamento que envolvia um financiamento de 10 mil milhões de rands (507 milhões de euros).

A South African Airways, estatal, enfrenta alegações de corrupção e má gestão, pediu a liquidação e a proteção contra falências em dezembro do ano passado.

A equipa de resgate de empresas designada para gerir a companhia anunciou que não conseguiu reunir o dinheiro necessário para aplicar um plano de salvamento. A suspensão das operações poderá ser levantada se o Governo apoiar a empresa através de fundos que prometeu.

Todos os voos regulares de carga e repatriamento serão efetuados, mas não serão aceites novos voos durante a suspensão, referiu fonte da empresa. A medida afetará também pelo menos três das filiais da companhia aérea, incluindo a companhia aérea de baixo custo Mango.

A indústria do turismo da África do Sul tem sido muito afetada devido às restrições impostas no âmbito do combate à covid-19, mas os problemas financeiros da South African Airways já existiam muito antes da pandemia do novo coronavírus. A suspensão surge no momento em que a África do Sul vai reabrir o país aos voos internacionais, na quinta-feira.

Os sindicatos dos trabalhadores advertiram que o fracasso do resgate da companhia aérea resultará em perdas significativas de emprego numa economia que se espera que caia mais de 7,2% este ano. O desemprego subiu para 42%, de acordo com as estatísticas divulgadas esta semana.

A companhia aérea é atualmente objeto de uma investigação estatal sobre alegações de corrupção, fraude e má gestão durante o mandato do ex-Presidente Jacob Zuma.

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Derrocada no metro “é responsabilidade de uma obra da Câmara”, diz Medina

O presidente da Câmara de Lisboa esclareceu que a derrocada na estação de metro na Praça de Espanha é da responsabilidade de uma obra da autarquia. Autarca ordenou abertura de inquérito.

O presidente da Câmara de Lisboa (CML) esclareceu que a derrocada na estação de metro na Praça de Espanha é da responsabilidade de uma obra da autarquia. Em declarações aos jornalistas esta quarta-feira, Fernando Medina afirmou que os túneis daquela estação “não apresentavam nenhum tipo de problema” que tivesse sido identificado pela autarquia. A CML ordenou a abertura de um inquérito.

“Naturalmente a responsabilidade é de uma obra da Câmara. Isso é absolutamente inequívoco”, disse Fernando Medina, em declarações transmitidas pelas televisões, depois de se ter reunido com os presidentes do Metropolitano de Lisboa e da Carris.

O autarca falou em “erros grosseiros” por parte da empresa que está a trabalhar no desenvolvimento do jardim da Praça de Espanha, em Lisboa, explicando que foi feita uma “perfuração indevida relativamente ao túnel do metro”. Ou seja, foi feita uma perfuração vertical por cima do túnel do metro que provocou o desabamento, originando quatro feridos e levando à interrupção da linha azul do metro.

“O que aconteceu é que no decorrer de uma obra à superfície foi feito algo que, obviamente, nunca devia ter sido feito: um erro grosseiro que é a perfuração de uma estrutura do túnel do metro, que não podia ter acontecido“, detalhou Medina, afirmando que, “obviamente, a Câmara não sabia dessa perfuração, se não não se teria perfurado”.

Posto isto, o autarca anunciou que foi instaurado um inquérito “para rapidamente definir o sítio da responsabilidade”. Para isso, a CML pediu ao Bastonário da Ordem dos Engenheiros para designar um especialista para lidar a comissão que vai apurar essas responsabilidades. “Sabemos o que aconteceu, não sabemos ainda é o que motivou. Isso é o que vamos saber depois do inquérito”, disse Medina.

A Câmara de Lisboa, em conjunto com o Metropolitano de Lisboa e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) já definiram um “plano de intervenção”, que arrancou ontem, “para que se possam repor as condições de segurança naquele troço limitado no túnel e para que a circulação possa ser retomada com brevidade”, explicou Medina.

Enquanto a circulação na linha azul do metro de Lisboa não é reposta, a autarquia diz que está a fazer “tudo” para “minorar” os problemas que as pessoas estão a sentir. Desde logo ordenou o “reforço significativo” dos autocarros entre as Laranjeiras e o Saldanha.

Relativamente às obras na Praça de Espanha, Fernando Medina diz que “ao fundamental da obra não há razão para nenhuma alteração”, acreditando não haver razão para que haja alteração dos calendários da obra.

Normalização da circulação da linha azul “não passará de sexta-feira”

A acompanhar Fernando Medina estava o presidente do Metropolitano de Lisboa, que deu detalhes mais técnicos sobre os próximos passos. Vítor Domingues dos Santos começou por dizer que, “nesta altura”, ainda não consegue adiantar uma data para a normalização da circulação da linha azul do metro de Lisboa, mas “não passará de sexta-feira”.

“O projeto de recuperação ficou definido ontem. Estamos a efetuar uma inspeção à proposta de trabalho que foi conjugada entre o Metropolitano de Lisboa, o empreiteiro e o LNEC. Espero que durante a tarde iniciemos a betonagem. Há um buraco, há que tapar o buraco (com ferro e betão) e é esse o tempo de espera até se acabarem os trabalhos“, detalhou o responsável.

(Notícia atualizada às 12h51 com mais informação)

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PIB da zona euro crescerá 1,3 pontos até 2022 devido às medidas do BCE

  • Lusa
  • 30 Setembro 2020

Segundo os cálculos do BCE, as medidas aplicadas para travar os efeitos da pandemia provocarão um aumento acumulado do PIB da zona euro de 1,3 pontos percentuais entre 2020 e 2022.

A presidente do BCE disse esta quarta-feira que as medidas aplicadas desde março para travar os efeitos da pandemia provocarão um aumento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro de 1,3 pontos percentuais entre 2020 e 2022.

Numa intervenção esta quarta-feira na conferência do BCE com representantes do mundo académico “ECB and its Watchers” (“BCE e os seus Observadores”), a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, acrescentou que estes estímulos monetários irão aumentar a inflação em cerca de 0,8 pontos percentuais no mesmo período, de acordo com cálculos do BCE.

O BCE decidiu até agora comprar este ano 1,35 biliões de euros de dívida pública e privada da zona euro, e injetou enormes quantidades de liquidez muito barata para garantir que as taxas de juro permanecessem baixas em todos os países da zona euro e para estimular a concessão de empréstimos a empresas e famílias.

Todas as medidas de política monetária aplicadas desde meados de 2014 tiveram um impacto no crescimento do PIB de entre 2,5 e 3 pontos percentuais em termos acumulados até 2019 e na inflação de entre 1,7 e 2 pontos percentuais.

Na intervenção desta quinta-feira, Lagarde argumentou que um regresso à normalidade pré-pandemia da covid-19 poderia significar um regresso a uma situação não convencional para a política monetária em que a utilização de medidas não convencionais já se tenha tornado normal.

Desde o início da crise financeira em 2008, assumiu-se que “a normalização da política monetária significava um regresso a uma política monetária de taxas de juro e um terminar gradualmente com as medidas não convencionais“, recordou Lagarde.

“Mas se o normal está próximo do que vimos antes do surto da pandemia e, receio, do que vemos mais claramente agora, precisamos de estar preparados. Precisamos de ter um consenso claro – acordado no seio do Conselho do BCE e compreendido pelo público – sobre os instrumentos de que dispomos quando a inflação é demasiado baixa e como devem ser utilizados sistematicamente em resposta a diferentes tipos de impactos”, disse Lagarde.

A presidente do BCE considerou que, sem a utilização das grandes compras de dívida realizadas desde 2015, a facilidade de depósito deveria ter sido reduzida até -2% para atingir a mesma taxa de inflação.

Este é um nível de taxa de juro que provavelmente teria criado uma dinâmica de taxa de juro reversível, em que uma queda nas taxas de juro é contraditória porque “prejudica o modelo empresarial dos intermediários financeiros e altera a transmissão da política monetária”, de acordo com Lagarde.

A taxa de reversão é o nível de taxas de juro a partir do qual a política monetária se torna contracionista porque diminui o crédito em vez de o aumentar.

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Apoio à redução total de horários só para empresas com perdas superiores a 75%

  • Lusa e ECO
  • 30 Setembro 2020

A intenção da medida é "apoiar empresas com grandes quebras de faturação e que não estejam a conseguir recuperar".

Apenas as empresas que registem quebras de faturação superiores a 75% vão poder beneficiar do apoio do Governo relativo à redução total de horários de trabalho, avançou esta quarta-feira a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.

A governante falava aos jornalistas antes de entrar na reunião da Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS) que tem na ordem de trabalhos a situação decorrente da covid-19 e o Plano de Recuperação e Resiliência.

“O objetivo é apoiar o emprego e apoiar a manutenção nos postos de trabalho nas empresas que estejam neste momento com mais dificuldade na retoma da atividade, com maior quebra de faturação, ou seja, aquelas que têm quebra de atividade acima dos 75%”, disse Ana Mendes Godinho.

Para a ministra do Trabalho, a intenção da medida é assim “apoiar empresas com grandes quebras de faturação e que não estejam a conseguir recuperar com o grande objetivo de manter emprego, apoiar a formação e garantir os rendimentos dos trabalhadores”.

A governante escusou-se a avançar mais detalhes antes destes serem discutidos com os parceiros, mas o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, avançou aos jornalistas, também antes da sua entrada na reunião, que a intenção do Governo é a de que os trabalhadores mantenham uma remuneração “não inferior a 88% do salário, sendo que a comparticipação será exatamente idêntica”.

“Ficamos mais tranquilos, mas há outras matérias que precisamos de salvaguardar e que iremos analisar na reunião de concertação social, designadamente até quando esta situação pode ser mantida para os trabalhadores e para as empresas”, disse. Esta informação tinha já sido avançada ao Expresso (acesso livre) esta terça-feira.

A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, por seu turno, disse aos jornalistas que esta medida deveria ser alargada às Pequenas e Médias Empresas (PME), salvaguardando-se a abrangência de todos os setores e considerou que os salários devem ser pagos a 100%.

Na segunda-feira, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira anunciou que o apoio à retoma progressiva vai ser flexibilizado de forma a permitir que as empresas com perdas significativas possam manter o regime de redução total da capacidade de trabalho. Em causa está a flexibilização da medida de apoio que veio substituir o ‘lay-off’ simplificado e que, ao contrário deste, não permite às empresas a suspensão do contrato de trabalho, mas apenas a redução do horário em função da quebra da atividade.

O ‘lay-off’ simplificado foi substituído em agosto pela medida de apoio à retoma progressiva e pelo incentivo financeiro extraordinário à normalização da atividade empresarial (que contempla um apoio equivalente a dois salários mínimos por trabalhador pago ao longo de seis meses ou a um salário mínimo pago de uma vez).

Na reunião de hoje, além da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, a reunião conta com a presença do ministro do Planeamento, Nelson de Souza, contando ainda presencialmente com dois elementos de cada confederação sindical e um elemento de cada confederação patronal.

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Shell vai despedir 9.000 pessoas até 2022 no caminho para o carbono zero

A petrolífera anglo-holandesa está a planear cortar entre 7.000 e 9.000 postos de trabalho até 2022, mais de 10% da força de trabalho, no processo de transição para a redução de emissões poluentes.

A petrolífera anglo-holandesa Shell anunciou esta semana que vai cortar entre 7.000 e 9.000 postos de trabalho até 2022, principalmente nos postos de abastecimento da marca, devido aos planos para reduzir as emissões de carbono. A petrolífera acredita que esta decisão permitirá poupar até 2 mil milhões dólares (1,7 mil milhões de euros) até 2022, avança a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

No final de 2019, a Shell empregava 83.000 pessoas e esta decisão corresponde a um corte de mais de 10% da força de trabalho. Além destes cortes, a petrolífera anunciou ainda que este ano 1.500 trabalhadores decidiram sair voluntariamente.

“Nada disto muda os nossos valores enquanto empresa, e faremos o que tivermos de fazer com honestidade, integridade e respeito pelas pessoas. Seremos o mais rápidos possível e mostraremos carinho por todos aqueles que perdem os seus empregos ou sejam afetados negativamente. Mas também acredito que, uma vez concluída a reorganização, mais pessoas sairão beneficiadas: trabalhar numa organização mais rápida, mais focada no cliente e capacitada para tomar as decisões que realmente fazem a diferença”, explica Ben van Beurden, CEO da Royal Dutch Shell, numa entrevista publicada no site oficial.

No início do ano, a Shell já tinha anunciado o corte de custos na ordem dos 4 mil milhões de dólares, até 2022. Na mesma entrevista, Ben van Beurden reafirma a vontade de transformar a Shell num negócio de emissões de carbono zero e sublinha que será “um desafio”.

A solução poderá passar por “desenvolver novos tipos de biocombustíveis e torná-los comercialmente viáveis” ou criar “modelos de negócio para transporte rodoviário de cargas pesadas a hidrogénio“, refere o responsável.

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A reestruturação anunciada pela petrolífera terá um forte impacto no corte de custos dos 45.000 postos de abastecimento da Shell, considerada uma das atividades de maior valor da petrolífera. No futuro, a Shell refere ainda que a produção de petróleo e gás deverá focar-se em alguns pontos-chave como o Golfo do México, Nigéria e mar do Norte.

Na Europa, petrolíferas como a BP, Eni e Total também já começam a fazer o caminho para um futuro de neutralidade carbónica. Em junho, a BP também anunciou o corte de 10.000 emprego em todo o mundo até ao final deste ano, uma decisão que passa também pela maior aposta nas energias renováveis.

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Supremo confirma multa de 22.950 euros ao Benfica por tweets com críticas à arbitragem

  • Lusa
  • 30 Setembro 2020

Em causa estão comentários acerca da arbitragem de Manuel Oliveira no jogo Vitória de Setúbal - FC Porto, na época 2018/2019, que os portistas venceram por 2-0, reproduzidos num jornal desportivo.

O Supremo Tribunal Administrativo (STA) confirmou a multa de 22.950 euros aplicada ao Benfica por conteúdo ofensivo de mensagens que foram difundidas numa conta do clube encarnado da rede social Twitter reservada a jornalistas.

Na decisão, datada de 10 de setembro e a que a Lusa teve acesso esta quarta-feira, o STA deu provimento ao recurso da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e revogou o acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul, que confirmou a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto, que tinha anulado a pena de multa aplicada ao Benfica em 12 de março de 2019.

Em causa estão comentários acerca da arbitragem de Manuel Oliveira no jogo Vitória de Setúbal – FC Porto, na época 2018/2019, que os portistas venceram por 2-0, reproduzidos num jornal desportivo.

Porque se foi nomear um árbitro que recebe convites para o camarote dos dragões? Para que se assista ao regresso em força de Felipe Vale-Tudo. Para que faltas que todos veem só o árbitro não veja”, refere um dos tweets publicado na conta SL Benfica Press.

Num outro tweet, foram feitas mais críticas à arbitragem: “Para que golos limpos sejam anulados. Porque a Liga Blue Velvet, para perdurar, perdeu a vergonha e esta noite assistimos a uma farsa com alto patrocínio”.

Os juízes conselheiros não ficaram com dúvidas de que as mensagens difundidas pelo Benfica “são lesivas da reputação do árbitro”, nomeadamente quando nelas se afirma que o mesmo “cometeu erros de arbitragem com a intenção de beneficiar o Futebol Clube do Porto”.

“Na verdade, ao afirmar que Manuel Oliveira não arbitrou aquela partida de acordo com os critérios de isenção, objetividade e imparcialidade a que está adstrito, o texto insinua que o mesmo foi corrompido pelo clube rival, colocando assim deliberadamente em causa o seu bom nome e reputação”, lê-se no acórdão.

O STA concluiu assim que a sanção disciplinar foi bem aplicada pelo Conselho de Disciplina da FPF, devendo por isso manter-se, contra o que foi decidido pelas instâncias.

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Deputados aprovam período de nojo de três anos entre funções na banca e Banco de Portugal

  • Lusa
  • 30 Setembro 2020

Em votação na especialidade, foi aprovado o período de nojo de três anos entre as funções na banca comercial e cargos no Banco de Portugal. Mas foi chumbada proposta que abrangia cargos políticos.

A Comissão de Orçamento e Finanças aprovou esta quarta-feira a fixação de um período de nojo de três anos entre o exercício de funções na banca comercial e cargos no Banco de Portugal e chumbou a que abrangia cargos políticos.

O PAN, partido que em maio desencadeou a revisão da legislação sobre a nomeação do governador e dos restantes administradores do Banco de Portugal, propunha um período de nojo de cinco anos para quem tenha desempenhado funções na banca comercial, em auditoras ou consultoras que tenham trabalhado com o banco central, mas também no Governo (como primeiro-ministro ou na área das Finanças).

Em votação esta quarta-feira na especialidade, foi aprovado um período de nojo para quem venha do setor privado e de três anos, uma proposta socialista.

A proposta do PS estabelece que “não podem ser designados como governador ou membro do Conselho de Administração [do Banco de Portugal] pessoas que nos três anos anteriores à designação tenham integrado os corpos sociais, desempenhado quaisquer atividades ou prestado serviços, remunerados ou não, ou detido participações sociais iguais ou superiores a 2% do capital social, em entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal ou em cuja supervisão o Banco de Portugal participe no âmbito do Mecanismo Único de Supervisão, bem como em empresas ou grupos de empresas que controlem ou sejam controlados por tais entidades, no referido período ou no momento da designação”.

A proposta socialista coloca ainda o mesmo período de nojo de três anos para “pessoas que nos três anos anteriores à designação tenham integrado os corpos sociais, desempenhado quaisquer atividades ou prestado serviços, remunerados ou não, ou detido participações sociais iguais ou superiores a 2% do capital social, em empresas de auditoria ou de consultadoria no referido período ou no momento da designação”. Esta legislação ainda tem de ser aprovada na generalidade, devendo entrar em vigor em 1 de janeiro de 2021.

O PAN também viu rejeitada a sua proposta de ‘período de nojo’ de cinco anos para quem teve funções na banca comercial e em auditoras ou consultoras, uma vez que as propostas que vingaram foram as socialistas, de um período de três anos.

Foi ainda aprovada a proposta do PS para que haja uma representação mínima de 40% de homens ou mulheres na designação dos membros do Conselho de Administração do Banco de Portugal.

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“Ameaça de crise política foi criada artificialmente pelo primeiro-ministro e pelo Presidente”, diz João Oliveira

  • ECO
  • 30 Setembro 2020

Nas negociações para o Orçamento do Estado, o PCP não tem ainda nenhum compromisso com o PS para a viabilização do documento, aponta João Oliveira.

O líder parlamentar do PCP defende que a “ameaça de crise política foi criada artificialmente pelo primeiro-ministro e pelo Presidente” da República, em entrevista à TSF (acesso livre). João Oliveira aponta mesmo que o “Presidente da República não tem competência de aprovação ou elaboração do Orçamento do Estado” (OE).

Esta posição surge no seguimento da pressão de Marcelo Rebelo de Sousa para que o OE seja viabilizado, defendendo que o “natural” seria que passasse com os votos à esquerda, mas colocando também a responsabilidade no líder da oposição se tal não acontecer. João Oliveira aponta que a negociação do OE tem como objetivo “encontrar resposta para o país e não para encontrar respostas para uma crise política criada artificialmente”.

Quanto ao avançar das negociações, que o líder parlamentar diz que não estão a ser muito diferentes, por agora “não existem compromissos com o Partido Socialista para aprovação do Orçamento”, garantiu João Oliveira, sendo que as respostas do Governo ao PCP têm sido “umas favoráveis, outras menos desfavoráveis”. O partido, que votou contra o Orçamento Suplementar, não tem então uma decisão tomada para já quando ao OE para 2021.

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PLMJ reforça área de europeu e concorrência. Martim Valente é o novo senior counsel

Martim Valente é o segundo reforço do ano da área de europeu e concorrência e integrará a PLMJ a partir de outubro como senior counsel.

A PLMJ vai reforçar a sua equipa de europeu e concorrência com a integração de Martim Valente, enquanto senior counsel. Desde 2016 que ocupava a posição de Legal Director na Competition and Markets Authority, em Londres.

“É um regresso a Portugal no melhor contexto: uma equipa de referência na área de europeu e concorrência, numa top firm nacional cuja qualidade é amplamente reconhecida no mercado internacional. A PLMJ está a fazer um caminho de inovação e crescimento sustentado com o qual me identifico muito, desde logo porque é a cultura que conheço desde que iniciei a minha carreira. Integrar um projeto com estas características e poder somar-lhe a minha experiência é extremamente aliciante”, nota o novo senior counsel.

Martim Valente tem uma carreira internacional com mais de 15 anos na área do direito europeu e da concorrência, tendo passado por duas sociedades de referência na área, a Cleary Gottlieb Steen & Hamilton (Bruxelas) e a Freshfields Bruckhaus Deringer (Londres), e ainda pela empresa Google.

A equipa que Martim Valente irá integrar é liderada por Ricardo Oliveira e integra 10 advogados.

“Temos uma equipa de europeu e concorrência já muito sólida e que queremos continuar a fazer crescer com o melhor talento disponível no mercado por forma a estarmos sempre à frente do que sabemos ser a exigência crescente dos nossos clientes. O Martim traz uma ampla experiência internacional que vem valorizar substancialmente o projeto que estamos a construir para as próximas décadas”, explica Ricardo Oliveira, sócio da PLMJ.

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Criação de emprego em agosto não trava subida da taxa de desemprego para 8,1%

A taxa de desemprego subiu para 8,1% em agosto, face aos 7,9% registados em julho. A boa notícia é que houve criação de emprego pelo terceiro mês consecutivo.

A estimativa provisória para a taxa de desemprego em agosto aponta para os 8,1%, acima dos 7,9% de julho, um número que foi revisto em baixa face à anterior estimativa (8,1%). O número de desempregados tem vindo a subir desde março por causa da crise pandémica, mas a novidade é que durante os meses de verão houve uma recuperação da população empregada, ou seja, dos postos de trabalho. Os dados foram divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A população empregada teve um acréscimo de 0,5% em relação ao mês anterior e de 1,3% em relação a três meses antes“, revela o gabinete de estatísticas no destaque em que refere os dados provisórios para agosto, mês em que a taxa de desemprego terá sido de 8,1%. Já em julho a população empregada tinha crescido 0,5% face ao mês anterior. Nos meses de verão foram criados 59,7 mil empregos.

Porém, a taxa de desemprego mantém-se em trajetória ascendente uma vez que a população desempregada tem crescido ainda mais ao subir 3,3% em agosto face a julho. Neste momento, o número de desempregado é 25,7% superior ao de agosto do ano passado, o que se traduz numa taxa de desemprego superior em 1,7 pontos percentuais, em termos homólogos. Face a maio deste ano, havia em agosto mais 127,4 mil desempregados.

“A informação deste destaque é influenciada pela situação atual determinada pela pandemia COVID-19, seja pela natural perturbação associada ao impacto da pandemia na obtenção de informação primária, seja pelas alterações comportamentais decorrentes das medidas de salvaguarda da saúde pública adotadas”, explica o gabinete de estatísticas, referindo que “por este motivo, o INE alerta para o especial cuidado a ter na análise das estimativas provisórias apresentadas“.

O Governo espera chegar ao fim do ano com uma taxa de desemprego de 9,6%, de acordo com as estimativas do Orçamento Suplementar, as quais deverão ser atualizadas na proposta do Orçamento do Estado para 2021 que deverá ser entregue a 12 de outubro.

Taxa de subutilização do trabalho diminuiu em agosto

A taxa de subutilização de trabalho baixou para os 15,3% em agosto, o que corresponde a 823,5 mil pessoas, baixando 0,3 pontos percentuais face a julho. Este indicador passou a ser mais acompanhado desde o início da pandemia uma vez que é uma medida “mais abrangente da subutilização do trabalho do que a medida mais restrita correspondente à taxa de desemprego oficial, que obedece à definição da OIT”.

A diminuição mensal da taxa de subutilização do trabalho neste mês resultou, principalmente, da diminuição do número de inativos disponíveis mas que não procuram emprego, que mais do que compensou o aumento da população desempregada“, explica o INE.

Este indicador abragen a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de
emprego mas não disponíveis para trabalhar e os inativos disponíveis mas que não procuram emprego.

Ora, por causa das restrições da pandemia, nos primeiros meses “pessoas anteriormente classificadas como desempregadas e pessoas que efetivamente perderam o seu emprego foram (corretamente, do ponto de vista estatístico) classificadas como inativas caso não tenham feito uma procura ativa de emprego, devido às restrições à mobilidade, à redução ou mesmo interrupção dos canais normais de informação sobre ofertas de trabalho em consequência do encerramento parcial ou mesmo total de uma proporção muito significativa de empresas”, explica o INE.

Acontece que com o processo de desconfinamento passou a haver cada vez mais pessoas a cumprir os critérios de procura ativa de emprego e de disponibilidade para começar a trabalhar, levando à transição da população inativa para a população desempregada.

(Notícia atualizada às 11h52 com mais informação)

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Galp Energia em mínimos de 2009. Ações cotam nos 7,68 euros

  • ECO
  • 30 Setembro 2020

Os títulos da petrolífera estão a cair quase 1%, valendo 7,678 euros, naquela que é a cotação intradiária mais baixa desde janeiro de 2009.

Os títulos da Galp Energia na bolsa de Lisboa estão a desvalorizar quase 1%, tocando mínimos de janeiro de 2009. Este desempenho da petrolífera nacional acontece num ano que está a ser marcado por fortes quedas no setor.

Num dia em que o PSI-20 está a somar 0,3%, a Galp Energia está entre as cotadas que estão a penalizar o desempenho do índice nacional. As ações da petrolífera estão a cair 0,88% para 7,69 euros, naquela que é a segunda sessão consecutiva de perdas. Esta cotação intradiária é a mais baixa desde janeiro de 2009, ou seja, mínimos de mais de dez anos.

Em termos acumulados, a Galp está a perder 7% desde a passada quinta-feira e 48% desde o início do ano.

Este desempenho acontece num dia em que o preço do barril de petróleo está a desvalorizar nos mercados internacionais. O Brent, negociado em Londres, recua 1,15% para 41,08 dólares, enquanto o WTI, negociado no Texas, recua 0,84% para 38,95 dólares.

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Caso Marega foi tema da primeira talk da Advocatus Summit Porto. Veja aqui o vídeo

  • ADVOCATUS
  • 30 Setembro 2020

Raquel Moura Tavares, associada da PRA, e Ricardo Costa, advogado do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, são os participantes da primeira talk da Advocatus Summit Porto.

Sobre o tema “Direito do desporto: Responsabilidade disciplinar objetiva dos clubes e sociedades desportivas”, Raquel Moura Tavares, associada da PRA, e Ricardo Costa, advogado do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, apresentam-se na primeira talk da Advocatus Summit Porto, que se estreou este ano.

A conversa entre os dois advogados já está disponível. Veja aqui o vídeo.

http://videos.sapo.pt/USe51iEMzalE3fP7Noti

Até dia 2 de outubro, será lançado no site da Advocatus e ECO, diariamente, um novo painel.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou, nas duas edições em Lisboa de 2018 e 2019, com a participação das principais sociedades de advogados a operar em Portugal. Este ano a edição de Lisboa está marcada para final de novembro.

Os escritórios patrocinadores desta primeira edição da Advocatus Summit Porto são a PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Cerejeira Namora, Marinho Falcão & Associados, Aguiar-Branco & Associados e a Gama Lobo Xavier, Luís Teixeira e Melo & Associados. Contamos ainda com o patrocínio da Universidade Portucalense.

Conheça aqui o programa da Advocatus Summit Porto

Com Nuno Cerejeira Namora, sócio da Cerejeira Namora, Marinho Falcão & Associados e Maria Emília Teixeira, docente investigadora da Universidade Portucalense, moderado por Filipa Ambrósio de Sousa, diretora executiva da Advocatus;

Com Gonçalo Gama Lobo, managing partner da Gama Lobo Xavier, Luís Teixeira e Melo e Associados e João Massano, presidente do Conselho Regional de Lisboa, da Ordem dos Advogados, moderado por Filipa Ambrósio de Sousa;

  • Talk – “Direito do desporto: Responsabilidade disciplinar objetiva dos clubes e sociedades desportivas”

Com Raquel Moura Tavares, associada da PRA e Ricardo Costa, advogado do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol;

  • Talk – “Imobiliário: efeito dos fins das moratórias em contexto coronavírus?”

1 de outubro

Com Rita Rocha, sócia da Aguiar-Branco & Associados e Adriano Nogueira Pinto, Diretor Coordenador Regional da Decisões e Soluções – Consultoria Imobiliária;

  • Encerramento: “Faz sentido falar ainda de uma advocacia do Norte?”

2 de outubro

Com Paulo Pimenta, presidente do Conselho Regional do Porto, entrevistado por Filipa Ambrósio de Sousa.

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