Dos despedimentos à frota, como a aviação enfrenta a crise

Companhias aéreas tentam reduzir custos com pessoal e frota, numa altura de incerteza sobre o futuro do setor. TAP segue estratégia internacional enquanto recebe apoio financeiro do Estado.

A TAP nunca teve resultados tão negativos. Devido à pandemia, a companhia aérea portuguesa registou prejuízos de 582 milhões de euros no primeiro semestre do ano e adotou uma estratégia de combate à crise focada em cortar custos (especialmente despesa com salários) e travar a fundo nos investimentos. Lá fora, a tendência entre as companhias aéreas internacionais não é muito diferente.

A empresa anunciou, esta segunda-feira, o resultado negativo no período em que transportou menos 4,9 milhões de passageiros (ou 62%) do que no período homólogo, o que significou uma quebra de 730 milhões em receitas com passagens. Os custos de excesso de cobertura (overhedge) de jet fuel custaram 136,3 milhões de euros e as diferenças cambiais outros 58 milhões.

A deterioração da liquidez foi travada por uma diminuição nos gastos operacionais de 460 milhões de euros, o que representa um corte de 30% na despesa. Em lay-off desde o início de abril, os trabalhadores da TAP continuam com horário (e remuneração) reduzido no âmbito do regime de apoio extraordinário à retoma progressiva. A situação, que permite à empresa reduzir custos com salários e impostos, deverá manter-se pelo menos até ao fim de outubro.

Em simultâneo, a TAP renegociou o plano de renovação da frota que estava definido para os próximos anos por causa da quebra de atividade. Nesse sentido, foram adiadas as aquisições de 15 aviões, que iam ser entregues até 2025 (e passam agora para 2027), atirando para mais tarde o pagamento de cerca de mil milhões de dólares.

O impacto da pandemia na TAP é conhecido numa altura em que os Estados estão a recuar no desconfinamento devido ao agravamento do número de casos de coronavírus. Com os países a desaconselharem viagens e obrigarem, nalguns casos, a um período de quarentena para quem viaje, as perspetivas para o setor não são positivas.

A organização internacional de aviação Eurocontrol reviu recentemente em baixa as projeções para o tráfego aéreo em 2021, estimando que o número de voos na Europa se situe, em fevereiro de 2021, em níveis 55% abaixo dos registados em 2019. A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla em inglês) espera que este seja o pior ano de sempre para a aviação mundial com perdas de 84,3 mil milhões de dólares só em 2020.

“As receitas deverão cair ainda mais do que a procura com as companhias aéreas a descontarem significativamente os preços dos bilhetes para estimular o turismo. A profunda queda nas receitas está a levar a elevadas perdas monetárias devido aos custos fixos e semi-fixos. As companhias aéreas estão sob pressão para reduzir custos operacionais e 32 milhões de postos de trabalho relacionados com a aviação (incluindo turismo) estão em risco“, alerta a IATA.

Companhias cortam força de trabalho

Várias companhias áreas anunciaram despedimentos, com destaque para os 22 mil que vão abandonar a Lufthansa, os 12 mil da British Airways ou os 7.500 da Air France. Entre as low cost, a escandinava SAS lidera com o anúncio de um corte de 5.000 postos de trabalho, mas também a EasyJet (4.500) ou a Ryanair (4.000).

Às reduções no número de trabalhadores, acrescem os cortes salariais. É o caso dos pilotos da Lufthansa ou da cabin crew da British Airways. Nalgumas situações é mesmo apresentado de forma condicionada, como é o caso da Ryanair que tentou que os pilotos aceitassem a diminuição nos rendimentos em troca de manter aberta a base em Frankfurt, na Alemanha. Mas acabou por fracassar. A Icelandair ameaçou despedir a tripulação de cabine, passando as funções para os pilotos.

Com a IATA a projetar que o setor só regresse a níveis pré-pandemia dentro de quatro anos, as companhias cortam custos não só com pessoal mas também com a frota. Entre os maiores grupos europeus, há cortes que chegam a 20% no total de aviões, como é o caso da Iberia e que vai retirar 17 aeronaves dos ares. A tendência é transversal desde gigantes do setor como Lufthansa (que vai reduzir 150 aviões) a low cost como a easyJet (que pretende cortar 51 aviões).

Estas são apenas algumas das formas que as empresas do setor procuram enquanto tentam, simultaneamente, aumentar a liquidez para manter a operação, através de emissões de dívida, aumentos de capital ou outras operações de mercado. De acordo com as contas da agência Fitch, os apoios dos Estados europeus já fechados às companhias aéreas ultrapassavam, no final de junho, os 25 mil milhões de euros.

Os valores mais elevados cabem à Lufthansa e à Air France, mas também a portuguesa TAP está neste grupo. Após o reforço da participação do Estado no capital, a companhia aérea já recebeu 500 milhões de euros, podendo ainda vir a receber mais até um máximo de 1,2 mil milhões de euros.

Frotas ficam paradas em terra

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Resultados das presidenciais dos EUA podem não ser conhecidos “durante meses”

  • Lusa
  • 30 Setembro 2020

"Podemos não saber durante meses porque estes boletins de voto vão estar espalhados por todo o lado", disse o presidente norte-americano, Donald Trump.

O vencedor da eleição presidencial nos Estados Unidos, marcada para 3 de novembro, poderá não ser conhecido “durante meses” por causa do voto por correspondência, disse o Presidente norte-americano, Donald Trump no primeiro debate com Joe Biden.

“Podemos não saber durante meses porque estes boletins de voto vão estar espalhados por todo o lado”, disse o presidente no debate, que decorreu esta madrugada em Cleveland, Ohio.

“É uma fraude e uma vergonha”, acusou o presidente, colocando em causa a integridade das eleições, que terão um número sem precedentes de votos por correspondência por causa da pandemia de covid-19. Apesar de não haver evidências de que esta forma de voto conduz a fraude, Donald Trump afirmou: “haverá fraudes como nunca vimos antes”.

Há semanas que o Presidente norte-americano vem dizendo, sem provas, que a votação por correspondência poderá distorcer o resultado. Trump disse ainda que contará com o Tribunal Supremo para “olhar para os boletins”, afirmando, sem evidências, que há boletins de voto a serem atirados para os rios, caixotes do lixo e até vendidos.

Durante o debate com o oponente democrata, o Trump disse mesmo que “isto não vai acabar bem” e urgiu os seus apoiantes a estarem atentos e preparados.

A possibilidade de não haver resultados na noite eleitoral é algo que vem sendo falado porque vários estados vão continuar a contar boletins de voto após 3 de novembro, desde que tenham sido colocados nos correios até essa data.

Na réplica, Joe Biden afastou a ideia de que o voto por correspondência possa ser fraudulento e lembrou que há cinco estados norte-americanos (Colorado, Havai, Oregon, Utah e Washington), alguns dos quais de maioria republicana, onde os boletins de voto são automaticamente enviados para todos os eleitores há vários anos sem registo de problemas.

Biden assegurou também que, se vencer a eleição, Donald Trump vai ser obrigado a deixar a Casa Branca. “Se tivermos os votos necessários, ele irá embora”, afirmou.

Num primeiro debate muito conflituoso, em que o moderador Chris Wallace, da Fox News, teve de intervir repetidamente para pedir a Donald Trump que deixasse Joe Biden falar, foram abordados os temas mais quentes da campanha, incluindo o Tribunal Supremo, o estado da economia, a covid-19, o sistema de saúde e o histórico de ambos.

Joe Biden, numa das situações em que Donald Trump o interrompeu, retorquiu algo que pode ser traduzido como “vais-te calar, homem?”.

Estão marcados mais dois debates, sendo que a acrimónia desta noite levou alguns comentadores da CNN, estação que transmitiu o debate, a questionar se Joe Biden deverá ou não continuar com o plano de voltar a estar em palco com Trump. O próximo debate do ciclo eleitoral será entre os candidatos a vice-presidente, Mike Pence (republicanos) e Kamala Harris (democratas), a 7 de outubro.

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Donald Trump recusa condenar supremacistas brancos durante debate

  • Lusa
  • 30 Setembro 2020

O Presidente dos Estados Unidos recusou-se a condenar os supremacistas brancos e membros de milícias espalhados pelo país, durante o primeiro debate presidencial contra Joe Biden.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recusou-se a condenar os supremacistas brancos e membros de milícias espalhados pelo país, durante o primeiro debate presidencial contra Joe Biden, que decorreu esta madrugada em Cleveland, Ohio.

“Quase tudo o que vejo vem da ala esquerda e não da ala direita”, afirmou, depois de questionado pelo apresentador da Fox News Chris Wallace, que moderou a noite. Trump pediu então ao grupo de extrema-direita Proud Boys que “se afaste” e fique “à espera”, em stand by. “Alguém tem de fazer alguma coisa por causa dos antifa [antifascistas] e da esquerda”, disse o Presidente norte-americano.

Segundo o jornalista da NBC Ezra Kaplan, as afirmações de Trump foram bem recebidas pelos Proud Boys, que disseminaram as palavras pelas redes sociais como um reconhecimento e uma chamada à ação. Joe Biden retorquiu que o próprio diretor do FBI da administração Trump, Chris Wray, disse que “antifa” é uma ideologia, não um grupo organizado. Trump disse que o diretor do FBI está errado.

Biden, o candidato democrata, afirmou que foram os comentários de Donald Trump sobre os acontecimentos de 2017 em Charlotsville, ao dizer que havia boa gente dos dois lados quando supremacistas brancos marcharam sobre a cidade, que o levou a candidatar-se a presidente. “Isto é sobre decência”, disse.

O democrata, que mencionou a morte do afro-americano George Floyd, considerou que “há injustiça sistémica neste país” e que, embora a maioria dos polícias sejam bons, há “maçãs podres” que têm de ser responsabilizadas pelos seus atos.

Donald Trump posicionou-se como o Presidente da “lei e ordem” e acusou Biden de querer abolir as forças de segurança. No entanto, Biden contrariou a ideia de cortar o financiamento à polícia, algo que tem sido defendido por uma das alas mais progressistas da esquerda no país. Trump disse que há várias cidades democratas, como Portland e Nova Iorque, a serem arruinadas por uma grande subida da violência. O moderador Chris Wallace afirmou, no entanto, que a escalada do crime violento também está a verificar-se em cidades controladas por republicanos, como Tulsa.

O governante foi também chamado por Wallace a explicar porque acabou com o treino de sensibilidade racial e respondeu que tal “era uma revolução radical” a ser operada no exército e nas escolas e que “estavam a ensinar às pessoas a odiar” os Estados Unidos.

Num primeiro debate muito conflituoso, foram abordados os temas mais quentes da campanha, incluindo o Tribunal Supremo, o estado da economia, a pandemia, o sistema de saúde e o histórico de ambos. Joe Biden, numa das várias situações em que Donald Trump o interrompeu, retorquiu algo que pode ser traduzido como “vais-te calar, homem?”.

Estão marcados mais dois debates, sendo que a acrimónia desta noite levou alguns comentadores da CNN, estação que transmitiu o debate, a questionar se Joe Biden deverá ou não continuar com o plano de voltar a estar em palco com Trump. O próximo debate do ciclo eleitoral será entre os candidatos a vice-presidente, Mike Pence (republicanos) e Kamala Harris (democratas), a 07 de outubro.

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Joe Biden diz a Trump que se cale em debate conflituoso

  • Lusa
  • 30 Setembro 2020

O primeiro debate das presidenciais nos EUA foi conflituoso e marcado por acusações de parte a parte. Biden disse que Trump é "o pior Presidente que a América já teve", acusando-o de ser "racista".

O candidato democrata Joe Biden disse ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se calasse durante o primeiro debate das eleições presidenciais de 3 de novembro, que decorreu esta madrugada em Cleveland, Ohio.

“Vais-te calar, homem?” disse Biden, depois de ser interrompido várias vezes por Donald Trump num debate muito conflituoso.

O candidato democrata falava depois de ser questionado pelo moderador, Chris Wallace, sobre a possibilidade de adicionar mais um lugar ao Tribunal Supremo, pergunta a que não respondeu diretamente.

No entanto, Biden afirmou que a vaga deixada pela morte da juíza progressista Ruth Bader Ginsburg não deve ser preenchida antes das eleições e que os eleitores devem ter a oportunidade de decidir quem vai nomear o próximo juiz da instituição.

Donald Trump, que nomeou a juíza conservadora Amy Coney Barrett para o lugar, disse que “tem todo o direito” de preencher a vaga e que os democratas só não conseguiram confirmar Merrick Garland em 2016 “porque não tiveram a eleição”.

Há quatro anos, o Senado controlado pelos republicanos impediu o então Presidente norte-americano, Barack Obama, de nomear Merrick Garland para o lugar de Antonin Scalia durante mais de nove meses, argumentando que deveria ser o próximo Presidente a fazê-lo.

O mesmo Senado, liderado por Mitch McConnell, inverteu agora a sua posição e pretende confirmar a nomeada de Trump independentemente dos resultados das eleições. O Tribunal Supremo foi uma das várias questões abordadas durante hora e meia de debate, onde os candidatos trocaram insultos e acusações.

Numa instância, Biden disse ser ” difícil responder a seja o que for com este palhaço” e afirmou que ele é “o pior Presidente que a América já teve”. Noutras ocasiões, afirmou que Trump é “racista”, “mentiroso”, “fantoche de [Vladimir] Putin” e “sem conhecimento” do que diz.

Donald Trump, por seu lado, colocou em causa a inteligência de Joe Biden, dizendo-lhe para não há “nada de esperto” no oponente democrata. Trump acusou ainda Biden de chamar aos militares do exército “bastardos estúpidos”, algo que o democrata negou.

O moderador e apresentador da Fox News, Chris Wallace, pediu repetidamente a Donald Trump que deixasse Joe Biden responder às questões, tendo acontecido com frequência o Presidente norte-amricano falar por cima do oponente de forma agressiva.

Trump lançou ainda várias acusações de corrupção e vício de drogas ao filho de Joe Biden, Hunter Biden, que o democrata defendeu vigorosamente, dizendo que “não fez nada de errado” e que “tem orgulho” nele.

Estão marcados mais dois debates, sendo que a acrimónia desta noite levou alguns comentadores da CNN, estação que transmitiu o debate, a questionar se Joe Biden deverá ou não continuar com o plano de voltar a estar em palco com Trump.

O próximo debate do ciclo eleitoral será entre os candidatos a vice-presidente, Mike Pence (republicanos) e Kamala Harris (democratas), a 7 de outubro.

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Cidadãos consideram que debate não atingiu objetivo de atrair eleitores indecisos

  • Lusa
  • 30 Setembro 2020

"É inédito este nível de desrespeito das regras, por parte de qualquer candidato em qualquer ciclo eleitoral anterior", diz um especialista em debates dos EUA.

Cidadãos norte-americanos consideraram esta quarta-feira que o debate entre Donald Trump e Joe Biden não terá aumentado significativamente o apoio para nenhum dos candidatos, não atingindo o principal objetivo da disputa.

O objetivo central dos debates televisivos é que os eleitores indecisos nos Estados Unidos (EUA), que constituem apenas cerca de 5% do eleitorado, mas que são o principal alvo das campanhas, possam formar opiniões mais fortes e apoio a uma das candidaturas. Para alguns cidadãos que visualizaram o debate em casa, porém, isso não terá acontecido, devido às frequentes interrupções entre os dois oponentes.

“Isto deixará os eleitores indecisos mais confusos ainda, porque ambos estão a agir como crianças”, escreveu Patricia, numa das muitas reuniões virtuais que se organizaram na noite passada, em substituição de eventos presenciais em locais públicos para se ver o debate. A resposta foi rápida de um outro participante que escreveu: “Dois homens brancos, velhos e privilegiados… o que esperávamos?”.

O especialista em debates David Birdsell, reitor da Escola de assuntos públicos e internacionais da universidade Baruch College, disse durante o debate que “é inédito este nível de desrespeito das regras, por parte de qualquer candidato em qualquer ciclo eleitoral anterior”.

As bases de apoiantes continuam a ser iguais e da mesma dimensão, argumentaram os docentes da mesma universidade Douglas Muzzio e Eric Gadner, que estimou que só Biden terá sido capaz de “marginalmente” aumentar o seu apoio. O facto de Donald Trump e Joe Biden se interromperem um ao outro foi desprezado por muitos espetadores, alguns descrevendo o debate no final como “uma discussão entre dois adolescentes”.

De opinião um pouco diferente foi Douglas Muzzio, que considerou ter ficado com uma compreensão mais profunda do caráter de cada um dos candidatos e Allison Hahn, que gostou de ver “o que acontece quando a pressão está em cima” de cada um. Os eventos virtuais organizados por diversas entidades na noite passada consistiram em declarações iniciais dos apresentadores e a transmissão, em partilha de ecrã, do debate, com a caixa de comentários a ficar preenchida.

“Vergonhoso” foi uma palavra repetida em muitas opiniões dos participantes, com Riley, um dos participantes, a questionar “o quão absurdo deve parecer tudo isto à liderança mundial que assiste ao redor do globo”. Para o professor e autor Don Waisanen “a linha entre a observação de sondagens credíveis e a intimidação dos eleitores é ténue”.

Henry, outro dos participantes, disse que “Biden foi coerente”, uma das características que iam ser mais observadas durante o primeiro debate presidencial, depois de Donald Trump acusar repetidamente que o “sonolento” oponente ia precisar de medicamentos para estar atento. Douglas Muzzio interveio mais uma vez no diálogo público considerando que “é difícil ser coerente quando estás a ser sempre interrompido” e refletindo que Trump foi “o mais rude e inculto”. A estudante Deborah lamentou a falta de representatividade nos assuntos discutidos e disse que “foi oferecido aos jovens desta noite um debate pobre”.

Os temas enfatizados no debate foram o Supremo Tribunal de Justiça, questões relacionadas com o clima, impostos, economia, prestação de cuidados de saúde, transparência do voto por correio, entre outros. Donald Trump e Joe Biden voltam a encontrar-se frente a frente em debates televisivos a 15 e 22 de outubro, antes das eleições nos Estados Unidos marcadas para 3 de novembro.

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UE prepara-se para obrigar tecnológicas a partilhar dados

  • ECO
  • 30 Setembro 2020

A legislação europeia que irá regular os serviços digitais poderá vir a obrigar as gigantes tecnológicas a partilharem dados com as pequenas empresas para melhorar o ambiente concorrencial.

A União Europeia está a preparar-se para forçar as gigantes tecnológicas a partilharem os dados que têm dos consumidores com empresas rivais mais pequenas, avança o Financial Times esta quarta-feira. Esta é a intenção da Comissão Europeia, a entidade que propõe legislação dentro da UE, na nova lei em preparação que visa regulamentar os serviços digitais. Em fevereiro, a vice-presidente da Comissão para a concorrência, Margrethe Vestager, já tinha avisado as grandes empresas que teriam de abrir o jogo às pequenas empresas.

Empresas como a Amazon e a Google “não devem usar dados recolhidos na plataforma (…) para as suas atividades comerciais (…) a não ser que os tornem acessíveis a outros negócios que estejam nas mesmas atividades comerciais”, diz o esboço da legislação a que o FT teve acesso. A nova lei tem, para já, 30 parágrafos de proibições ou obrigações para as empresas de Silicon Valley.

A proposta de lei sobre os serviços digitais, que se espera que seja divulgada até ao final deste ano, é a primeira tentativa em duas décadas da União Europeia para regular a internet. A intenção europeia é definir os padrões mundiais para a economia digital e resolver os problemas de concorrência colocados pelas vantagens das gigantes tecnológicas. Entre as proibições pode estar a prática comum de pré-instalação das suas próprias aplicações nos equipamentos que as próprias empresas vendem, como os computadores ou telemóveis, ou o facto de obrigarem outras empresas a pré-instalar no seu software.

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Disney vai despedir 28.000 trabalhadores nos Estados Unidos

  • Lusa
  • 30 Setembro 2020

A Disney anunciou que vai despedir cerca de 28.000 trabalhadores dos seus parques de diversão, cruzeiros e outros eventos nos Estados Unidos devido à crise causada pela covid-19.

A Disney anunciou esta terça-feira que vai despedir cerca de 28.000 trabalhadores dos seus parques de diversão, cruzeiros e outros eventos nos Estados Unidos devido à crise financeira causada pela pandemia de covid-19.

A decisão deve-se ao “impacto prolongado da covid-19” nos negócios do grupo e à “incerteza sobre a duração da pandemia”, explicou a empresa em comunicado.

A Disney perdeu mais de 4,2 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros) no primeiro semestre, devido ao encerramento dos parques de diversão, por causa da pandemia do novo coronavírus.

A crise neste segmento de negócio aberta pela pandemia não foi compensada pela entrada do conglomerado de diversões no mercado de entretenimento em linha, com a Disney+, informou a empresa em agosto.

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No segundo trimestre, as perdas totalizaram 4,7 mil milhões de dólares, depois dos ganhos de 475 milhões no primeiro trimestre do ano e de 1,4 mil milhões homólogos.

As receitas no segundo trimestre caíram 42%, para 11,7 mil milhões de dólares.

O impacto da pandemia é particularmente evidente no segmento dos parques de atrações, cuja faturação inferior a mil milhões de dólares no segundo trimestre deste ano compara com a de 6,6 mil milhões registada no mesmo período do ano passado.

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Von der Leyen avisa que dívida pública “terá de descer”

  • ECO
  • 30 Setembro 2020

"Neste momento concreto de crise, flexibilizámos totalmente o Pacto de Estabilidade e Crescimento. E agora, durante a pandemia, não é altura para mudar nada neste domínio", diz Ursula von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, avisa que, “no longo prazo, todos teremos de ser cuidadosos em relação à dívida”. Mas para já nada vai mudar na flexibilizam do Pacto de Estabilidade e Crescimento, garante em entrevista ao Diário de Notícias (acesso pago).

“Neste momento concreto de crise, flexibilizámos totalmente o Pacto de Estabilidade e Crescimento através do acionamento da cláusula geral de salvaguarda. E agora, durante a pandemia, não é altura para mudar nada neste domínio. Mas, no longo prazo, todos teremos de ser cuidadosos em relação à dívida. Esta terá de descer, os países no seu conjunto terão de reduzir as suas dívidas. Mas o melhor remédio contra a dívida é uma economia forte, é o crescimento económico sustentável e ecológico”, sublinhou Von der Leyen.

Para a presidente da Comissão Europeia o “Plano de Recuperação de Portugal, tal como os dos restantes países membros, vai ser feito à medida do país, mas a Comissão Europeia defende que há três pontos a cumprir” e, por isso, defende que “têm de ser respeitadas as recomendações específicas por país: combater as alterações climáticas, isto é, de investir no Pacto Ecológico de modo a atingir a neutralidade climática e cumprir as metas no campo da digitalização, como infraestruturas, 5G, 6G, fibra, economia de dados, inteligência artificial”. Ursula von der Leyen confirmou ainda que a Comissão já está “a trabalhar de forma muito próxima com o Governo português” na elaboração do plano nacional e por isso está “muito confiante de que o país vai ser bem-sucedido”.

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Inflação foi negativa em setembro, mas preço dos bens alimentares sobe 4%

A taxa de inflação dos bens alimentares não transformados está acima dos 4% enquanto a dos produtos energéticos está nos -5,5%.

Os preços no consumidor em Portugal baixaram 0,1% em setembro face ao mesmo mês do ano passado, segundo os dados preliminares revelados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Apesar da queda generalizada dos preços, a taxa de inflação nos produtos alimentares não transformados foi superior a 4%.

“Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá sido -0,1% em setembro de 2020, valor inferior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) ao registado em agosto”, lê-se no destaque do INE. Em agosto, a inflação tinha sido nula (0%).

Apesar de a inflação ser negativa no conjunto do cabaz, há diferenças dentro das várias categorias. No caso dos produtos alimentares não transformados, a inflação fixou-se nos 4,22%, em termos homólogos. Por outro lado, os preços dos produtos energéticos estão 5,5% abaixo dos valores registados em setembro do ano passado.

A variação mensal (entre julho e agosto) do IPC foi de 1%. A média dos últimos 12 meses até setembro coloca a inflação nos 0,1%.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, o indicador utilizado pelo Eurostat para comparar a evolução dos preços nos vários Estados-membros, fixou-se nos -0,7%, o que compara com -0,2% em agosto.

Os dados definitivos referentes ao IPC do mês de setembro serão publicados no próximo dia 13 de outubro.

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Táxis perdem receitas e “lento relançamento” está longe da atividade de 2019

  • Lusa
  • 30 Setembro 2020

Embora tenha tido alguma esperança de que, “com a abertura de escolas e a retoma de muitos serviços, as coisas iriam melhorar”, Florêncio Almeida afirmou que, na verdade, a situação piorou.

O setor do táxi perdeu entre 70% e 80% das receitas devido à Covid-19 e, apesar do “lento relançamento” da economia, com a abertura de serviços e escolas, os valores atuais ficam “muito longe” do período homólogo de 2019.

“Acompanhando o lento relançamento da economia nacional, o serviço público de transporte em táxi vive uma maior procura quando comparado com o tempo do confinamento, mas muito longe dos valores de período homólogo de 2019”, disse à Lusa o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos.

O presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóvel Ligeiro (ANTRAL), Florêncio Almeida, alertou que o setor “está uma desgraça” e reconheceu que se perdeu “entre 70% e 80% de receitas” desde o início da pandemia, em março.

As quebras de serviço, a rondar os “80% a nível nacional”, de acordo com Carlos Ramos, vêm “sendo variáveis de central para central e de unidade de operador para unidade de operador”.

Embora tenha tido alguma esperança de que, “com a abertura de escolas e a retoma de muitos serviços, as coisas iriam melhorar”, Florêncio Almeida afirmou que, na verdade, a situação piorou: “Desde 15 de setembro que os serviços têm vido a diminuir ainda mais”.

Desde 15 de setembro que os serviços têm vido a diminuir ainda mais.

Florêncio Almeida

Presidente da Antral

Ambos os responsáveis foram perentórios em admitir que a pouca procura provoca, em todo o país, a paragem de centenas de motoristas de táxis, que, sublinhou Carlos Ramos, “optam por anular custos através da paralisação das viaturas”.

“Temos centenas de carros parados em Lisboa, alguns entregaram as licenças à câmara, mas apelámos para que não o fizessem, só que parassem, que encostassem o carro”, avançou Florêncio Almeida, lembrando que a pandemia que se está a atravessar “é um motivo de força maior” para justificar estar parado.

Carlos Ramos reconhece que não podem ser apresentados dados finais de quantos táxis pararam, já que “diariamente há flutuações de mercado que acompanham as notícias da pandemia”, mas diz que não estarão muito longe dos valores do tempo de confinamento, em que “cerca de 18 mil profissionais estavam fora de serviço”.

Também o número de empresas/gerentes ou motoristas em ‘lay-off’ é difícil de aferir, de acordo com os responsáveis, já que os organismos não possuem esses dados.

Em junho, o Governo decidiu avançar com a criação de um grupo de trabalho que terá como missão a apresentação de recomendações para promover a modernização deste setor e, de acordo com os representantes, as reuniões têm vindo a realizar-se, embora ainda sem conclusões.

Carlos Ramos avançou estar aprovada “uma agenda de trabalhos” e disse que “a procura de consenso é permanente”, frisando que quando surgirem “compromissos entre as entidades envolvidas serão publicamente anunciados”.

Já Florêncio Almeida reconheceu “não existirem grandes avanços”, sublinhando a existência “de muita visão” sobre os problemas.

“Mas se as medidas não forem impostas a nível governamental vai ser difícil implementar no setor, porque há interesses implementados e muitos condicionalismos”, frisou.

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Prazo para pagamento do Adicional ao IMI termina hoje

  • Lusa
  • 30 Setembro 2020

Calculado anualmente pela AT, o AIMI tem por base o valor patrimonial tributário (VPT) dos prédios que constem das matrizes em 01 de janeiro do ano a que o imposto respeita.

Os proprietários de imóveis destinados a habitação ou de terrenos para construção têm até hoje para pagar o Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI).

De fora do alcance deste imposto ficam os prédios que no ano anterior tenham estado isentos ou não sujeitos a tributação em IMI, os prédios que se destinem exclusivamente à construção de habitação social ou a custos controlados e que sejam propriedade de cooperativas de habitação e construção ou associações de moradores ou ainda os imóveis ou partes de imóveis urbanos detidos por este tipo de titulares.

O AIMI prevê taxas de imposto distintas consoante o proprietário seja uma empresa ou um particular. No caso das empresas, é aplicada uma taxa de 0,4% sobre a totalidade do valor patrimonial dos prédios urbanos habitacionais e dos terrenos para construção. Já os prédios urbanos classificados como “comerciais, industriais ou para serviços” e “outros não são tributados.

No que diz respeito aos contribuintes particulares, o AIMI compreende três escalões de taxas: uma taxa de 0,7% sobre o valor patrimonial dos imóveis que exceda os 600 mil euros, outra de 1% quando o valor ultrapassa um milhão de euros, e uma terceira de 1,5% para os valores acima dos dois milhões de euros. Estes valores duplicam caso haja opção pela tributação em conjunto.

Este terceiro escalão do AIMI foi criado com o Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) tendo sido contemplado em 331 liquidações emitidas no ano passado, segundo dados então facultados à Lusa pelo Ministério das Finanças.

De acordo com as Estatísticas da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), o Adicional ao IMI gerou uma receita de 131,37 milhões de euros em 2017 e de 139,7 milhões de euros em 2018, tendo atingido os 151,56 milhões de euros em 2019.

A receita do Adicional ao IMI está consignada ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social.

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Biden acusa Trump de “desperdiçar” boom económico de Obama

Num debate marcado por insultos de parte a parte, Joe Biden acusou Donald Trump de "desperdiçar" o boom económico da Administração anterior, a de Barack Obama, da qual fez parte como vice-presidente.

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, agora candidato a Presidente, acusou Donald Trump de ter “desperdiçado” o boom económico que vinha da Administração de Barack Obama. Num debate marcado por acusações pessoais e interrupções constantes, Biden atacou o atual Presidente por estar apenas focado na bolsa e não na economia real.

Nós conseguimos ter uma recuperação económica que criou os empregos de que ele está a falar. Nós passámos uma economia florescente. Ele desperdiçou-a“, afirmou Joe Biden, dando como exemplo a indústria transformadora que já antes da pandemia estava “num buraco”.

“Fui eu quem trouxe de volta a indústria automóvel. Pediram-me para trazer de volta a Chrysler e a General Motors. Nós fizemos isso no Estado do Ohio e Michigan. Ele desperdiçou-o”, apontou o candidato democrata. Biden repetiu a promessa de eliminar os cortes de impostos implementados por Trump por estes apenas beneficiarem os mais ricos.

Já Donald Trump deu destaque aos ganhos do mercado bolsista: “Quando as bolsas sobem, isso significa empregos. Também significa 401(k)s“, disse, referindo-se a um investimento para a reforma que existe nos EUA. “Se alguma vez fosses Presidente com as tuas ideias, irias perder metade das empresas que vieram para aqui”, disse o atual Presidente norte-americano.

Além disso, Trump acusou Biden de querer fechar a economia para controlar a pandemia, o que levaria a mais stress económico. O ex-vice-presidente considera que “só é possível recuperar a economia se a pandemia estiver controlada” pelo que defende mais medidas restritivas onde for necessário para conter o número de novos casos.

Para o candidato democrata, o atual Presidente só levou a sério a crise pandémica quando viu a bolsa a cair. “Ele entrou em pânico ou apenas olhou para o mercado bolsista”, disse, criticando Trump por ter desvalorizado a pandemia no início de fevereiro. “Muitas pessoas morreram e muitos mais vão morrer a não ser que ele se torne mais esperto e mais rápido“, argumentou, acusando Trump de apenas estar preocupado com os mais ricos e não com a classe trabalhadora.

Outro dos temas que marcou o primeiro debate presidencial foi a declaração de impostos do atual Presidente, o qual sempre se recusou a mostrá-la, rompendo com uma tradição de transparência dos candidatos à presidência. Face à notícia do The New York Times de que teria pago apenas 750 dólares em impostos, Trump disse que era falso e garantiu que pagou “milhões de dólares”. Biden interpelou-o: “Mostra-nos as declarações de impostos”.

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