Deputado do PS defende equacionar Startup Aliança das Nações fora de Lisboa

  • Lusa
  • 4 Abril 2021

Carlos Pereira diz ser "fundamental poder equacionar a possibilidade de descentralizar-se estruturas desta natureza para cidades médias". António Costa anunciou que a nova estrutura ficaria em Lisboa.

O vice-presidente da bancada parlamentar do PS Carlos Pereira defendeu este domingo que deve equacionar-se localizar fora de Lisboa a nova estrutura de empreendedorismo Europa Startup Aliança das Nações, anunciada pelo primeiro-ministro para a capital.

Em questões que podem ser emblemáticas, como investir em estruturas da União Europeia [UE] que possam estar situar em determinadas cidades, acho que deve haver um esforço no sentido de não ser óbvio que elas tenham que ficar na capital“, disse à Lusa o deputado madeirense, antigo presidente do PS/Madeira e atual membro da comissão política regional do partido.

Esclarecendo que falava a título pessoal e que não conhece o processo internamente, considerou “fundamental poder equacionar a possibilidade de descentralizar-se estruturas desta natureza para cidades médias”.

No dia 19 de março, o primeiro-ministro, António Costa, disse no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, durante a abertura de uma conferência dedicada ao “Dia Digital” no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, que seria lançada “uma nova estrutura europeia de empreendedorismo – a Europe Startup Nations Alliance – , uma ferramenta de concretização do desígnio europeu nesta área” a ser “localizada em Lisboa”.

Questionado sobre se o Funchal, por exemplo, poderia ser uma dessas cidades alternativas à capital portuguesa, o deputado eleito pelo círculo da Madeira respondeu afirmativamente, mas também falou em Braga, Coimbra ou Faro como tendo “condições para albergar” projetos deste tipo. “Uma estrutura daquela natureza numa cidade média tem um valor e um impacto tremendo e proporcionalmente maior do que uma estrutura daquelas numa cidade como Lisboa, que tem quase tudo, ou tudo, mesmo”, explicitou.

Confrontado com a carta aberta da Lionesa, centro de negócios em Matosinhos (Porto) que hospeda mais de 120 empresas, a pedir ao Governo que reconsiderasse a opção por Lisboa para a Europe Startup Nations Alliance, lembrando que que o Porto também tem “Internet, fibra ótica, empresários e talento”, Carlos Pereira considerou que a zona do Porto já “tem uma dimensão metropolitana significativa”.

“É óbvio que esta luta Lisboa-Porto acaba por bipolarizar esta questão e eu não gostaria de fazê-lo, porque acho que há cidades médias que também podiam ser perfeitamente elegíveis para o posicionamento nesta questão”, frisou. O deputado socialista disse ainda que a responsabilidade do pensamento centralizado “não é apenas dos governantes, é do país em geral”.

“Há uma centralização significativa das decisões em Lisboa, disso não há dúvidas absolutamente nenhumas”, considerou, realçando as “dificuldades” do país nesse domínio, pela permanência de “muitas dúvidas sobre a necessidade que existe de descentralizar efetivamente”, um processo que “está por fazer”. “Às vezes parece que é óbvio que Lisboa seja a sede de tudo o que eventualmente surja no quadro internacional“, disse ainda acerca da Europa Startup Aliança das Nações.

Questionado sobre se a questão se coloca ao nível de uma descentralização de mentalidades, Carlos Pereira disse que esse “é o grande desafio”, apesar de haver vozes que “por vezes se levantam a dizer que está tudo muito centralizado em Lisboa”. “Muitas vezes nota-se que mesmo aqueles que vindo de zonas afastadas chegam a Lisboa e acabam por achar normal essa centralização, e são muitas vezes eles próprios a defender aquilo que, do meu ponto de vista, acaba por prejudicar o crescimento mais coeso do país”, concluiu, esclarecendo não se estar a dirigir a “ninguém em particular” referindo-se a este sentimento percecionado.

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Mais de 6.100 pessoas impedidas de passar fronteiras entre Portugal e Espanha

  • Lusa
  • 4 Abril 2021

Dos 786.829 cidadãos controlados, 6.141 foram impedidos de circular pelos pontos de passagem autorizados.

Mais de 6.100 pessoas foram impedidas de circular nas fronteiras entre Portugal e Espanha desde 31 de janeiro, data em que voltou a vigorar o controlo temporário devido à pandemia, revelou este domingo o Ministério da Administração Interna (MAI).

Num comunicado de balanço sobre o controlo nas fronteiras terrestres devido à covid-19, o MAI refere que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) controlaram, entre 31 de janeiro e 03 de abril, um total de 786.829 cidadãos e 682.2456 viaturas nos pontos de passagem autorizados (PPA).

Segundo o MAI, dos 786.829 cidadãos controlados, 6.141 foram impedidos de circular pelos pontos de passagem autorizados.

O Ministério tutelado por Eduardo Cabrita precisa que as recusas de circulação se verificaram em Valença (2.080), Caia (1.272), Castro Marim (1.090), Vila Verde da Raia (480), Vilar Formoso (452), Vila Verde de Ficalho (175), Quintanilha (156), Monção (97), Marvão (71), Miranda do Douro (55), Ponte da Barca (50), Melgaço (44), Monfortinho (44), Montalegre (31), Barrancos (25), Mourão (13) e Vinhais (seis).

O MAI refere também que o PPA de Valença, Viana do Castelo, foi aquele que controlou o maior número de cidadãos, um total de 298.423, seguido de Vilar Formoso, Guarda (127.018), Vila Verde da Raia, Chaves (101.258), Caia, Elvas (83.988), Castro Marim, Faro (55.211), Quintanilha, Bragança (31.018) e Vila Verde de Ficalho, Beja (25.174).

Nos PPA que funcionam com horários limitados, foram controladas 8.896 pessoas em Marvão, 27.976 em Monção, 4.554 em Melgaço, 1.879 em Montalegre, 531 em Vinhais, 2.067 em Ponte da Barca, 3.197 em Miranda do Douro, 6.989 em Termas de Monfortinho, 6.625 em Mourão, 1.938 em Barrancos e 87 em Rio de Onor.

O MAI indica ainda que a GNR controlou 682.245 viaturas, 292.680 das quais pesados de mercadorias e 389.565 viaturas ligeiras, tendo reencaminhado nos pontos de passagem não autorizados 238 viaturas para os PPA.

O Ministério da Administração Interna anunciou este domingo que o controlo de pessoas nas fronteiras terrestres e fluviais entre Portugal e Espanha vai manter-se até 15 de abril devido à pandemia de covid-19.

A circulação entre Portugal e Espanha nos 18 PPA está limitada ao transporte internacional de mercadorias, de trabalhadores transfronteiriços e de caráter sazonal devidamente documentados, e de veículos de emergência e socorro e serviço de urgência.

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Mais cerca de 150 mil professores e funcionários testados esta semana

  • Lusa
  • 4 Abril 2021

Desde janeiro, outros tantos 150 mil docentes e não docentes, aproximadamente, já foram alvo de testes antigénicos.

Cerca de 150 mil professores e outros funcionários escolares vão ser alvo de testes entre segunda e sexta-feira para despistar o vírus SARS-Cov-2, que provoca a covid-19, anunciou este domingo o Ministério da Educação.

“O processo de testagem em estabelecimentos de educação e ensino do setor público e do setor privado prossegue a partir de segunda-feira, coincidindo com o início do 3.º período letivo e com a retoma das atividades presenciais dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico. Cerca de 150 mil trabalhadores docentes e não docentes vão ser testados entre os dias 05 e 09 de abril”, lê-se em comunicado.

Segundo os responsáveis ministeriais, trata-se da II fase da “Estratégia Nacional de Testes” para SARS-CoV-2” e, “como é habitual, estas informações foram já remetidas às escolas”.

A ação é extensível a “todos os trabalhadores de Atividades de Animação e de Apoio à Família (AAAF), Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e Componente de Apoio à Família (CAF) no 1.º ciclo do ensino básico (CAF1), nos “concelhos com taxa de incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias”.

“De acordo com informação prestada pela Direção-Geral da Saúde (DGS), todos os docentes e não docentes vacinados deverão ser igualmente testados”, esclareceu o Ministério da Educação, que adiantou ainda que, desde janeiro, outros tantos 150 mil docentes e não docentes, aproximadamente, já foram alvo de testes antigénicos.

Na segunda-feira, o Presidente da República e o ministro da Educação vão visitar a Escola Básica Francisco Arruda, em Lisboa, acompanhando assim o processo de reabertura do estabelecimento e a referida testagem.

Tiago Brandão Rodrigues vai ainda deslocar-se ao Centro Escolar de Carvoeira, em Ourém, para proceder à sua inauguração, após investimento “superior a 1,8 milhões de euros” num “edifício” que “dá resposta a cerca de 200 crianças da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico”.

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Operação Marquês: 28 arguidos e 188 crimes em “cima da mesa” do juiz

A decisão sobre quem vai a julgamento é já sexta-feira. Recorde aqui quem são os arguidos da Operação Marquês e quais e quantos são os crimes em causa.

Um dos casos mais mediáticos do palco da justiça portuguesa, a Operação Marquês, está prestes a passar por um momento decisivo do caso. É já na próxima sexta-feira, dia 9 de abril, que o juiz Ivo Rosa anunciará a decisão instrutória que irá ditar quem vai a julgamento. Todos os arguidos pediram a abertura de instrução, à exceção de Ricardo Salgado.

Ao todo, o processo reúne 28 arguidos, entre os quais 19 pessoas singulares e nove pessoas coletivas. Do leque dos visados faz parte um dos nomes mais associados ao processo, o do ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates, que chegou a estar preso preventivamente durante cerca de dez meses e 42 dias em prisão domiciliária.

Acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada, num total de 31 crimes, José Sócrates é suspeito de ter recebido cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos e para garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e ter acordado com Carlos Santos Silva negócios para favorecer empresas do grupo Lena através de obras do projeto Parque Escolar.

Outro dos arguidos da Operação Marquês é Zeinal Bava. Segundo a acusação, o ex-administrador da PT recebeu mais de 25 milhões de euros, entre 2007 e 2011, através da Espírito Santo Enterprises. O Ministério Público acredita que foi uma forma de Ricardo Salgado beneficiar Bava. O ex-administrador da PT está acusado de um crime de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais, um crime de falsificação de documentos e dois crimes de fraude fiscal qualificada.

Ricardo Salgado também é um dos arguidos da Operação Marquês, estando acusado de 21 crimes: um por corrupção ativa de titular de cargo político, dois de corrupção ativa, nove de branqueamento de capitais, três de falsificação de documento, três de fraude fiscal qualificada e três de abuso de confiança. O ex-presidente do BES é acusado de ter pago a Sócrates, através de Bataglia, outro arguido do processo acusado de dez crimes, mais de dez milhões de euros com o objetivo de receber o apoio do ex-primeiro-ministro para falhar a oferta pública de aquisição que o grupo Sonae lançou à PT e ainda para aceitar a venda das participações da PT na Vivo à Telefónica e entrada da PT na Oi.

Outro do rostos dos arguidos do caso é Henrique Granadeiro, que está acusado de oito crimes: um por corrupção passiva, dois por branqueamento de capitais, três por fraude fiscal qualificada, um por abuso de confiança e um por peculato. Granadeiro foi administrador da PT e está acusado de ter recebido entre 2007 e 2012 mais de 24 milhões de euros através da Espírito Santo Enterprises.

Mas o arguido acusado de um maior número de crimes é o empresário Carlos Santos Silva: 33 crimes, sendo 17 por branqueamento de capitais, dez por falsificação de documentos, três por fraude fiscal qualificada, um por corrupção passiva de titular de cargo político, um por corrupção ativa de titular de cargo político e um por fraude fiscal. Segundo o Ministério Público, Carlos Santos Silva era o testa-de-ferro de José Sócrates para controlar várias offshores.

Armando Vara – outro dos rostos mediáticos deste elenco de arguidos – está acusado de um crime de corrupção passiva de titular de cargo político, de dois crimes de fraude fiscal qualificada e de dois crimes de branqueamento de capitais. Segundo acusação, Vara terá falado com o então primeiro-ministro José Sócrates sobre a possibilidade da CGD vir a fazer o financiamento de um empreendimento em Vale do Lobo, no Algarve. Diz o Ministério Público que Vara transmitiu, por isso, a José Sócrates que, caso a CGD fizesse o financiamento, os investidores Diogo Ferreira e Rui Horta e Costa estava dispostos a pagar uma contrapartida, que dividiriam entre os dois. José Sócrates terá respondido a Vara que o apoiaria o investimento politicamente.

Armando Vara à saída do Tribunal de Aveiro onde foi condenado a 5 anos de prisão durante a leitura do acórdão do caso “Face Oculta”, a 5 de setembro de 2014.LUSA

Na lista de arguidos estão também:

  • Joaquim Barroca Rodrigues, vice-presidente do ex-grupo Lena – acusado de 14 crimes: sete por branqueamento de capitais, três por falsificação de documentos, dois por fraude fiscal qualificada, um por corrupção ativa e um por corrupção ativa de titular de cargo político;
  • Hélder Bataglia, empresário – acusado de dez crimes: cinco por branqueamento de capitais, dois por falsificação de documentos, dois por fraude fiscal qualificada e um por abuso de confiança;
  • José Diogo Gaspar Ferreira, ex-diretor executivo do empreendimento de luxo Vale de Lobo – acusado de seis crimes: três por fraude fiscal qualificada, dois por branqueamento de capitais e um por corrupção ativa de titular de cargo político;
  • Rui Mão de Ferro, empresário – acusado de cinco crimes: quatro por falsificação de documentos e um por branqueamento de capitais;
  • Rui Horta e Costa, ex-administrador não executivo dos CTT – acusado de quatro crimes: dois por fraude fiscal qualificada, um por branqueamento de capitais e um por corrupção ativa de titular de cargo político;
  • Gonçalo Ferreira, advogado – acusado de quatro crimes: três por branqueamento de capitais e um por falsificação de documento;
  • Luís Ferreira da Silva Marques, ex-diretor na Rede de Alta Velocidade – acusado de dois crimes: um por branqueamento de capitais e um por corrupção passiva;
  • José Luís Ribeiro dos Santos, engenheiro – acusado de dois crimes: um por branqueamento de capitais e um por corrupção passiva;
  • Bárbara Vara – acusada de dois crimes por branqueamento de capitais;
  • José Paulo Pinto de Sousa, primo de Sócrates – acusado de dois crimes por branqueamento de capitais;
  • João Perna, ex-motorista de Sócrates – acusado de dois crimes: um por branqueamento de capitais e um por detenção de arma proíbida;
  • Sofia Fava, ex-mulher de Sócrates – acusada de dois crimes: um por branqueamento de capitais e um por falsificação de documento;
  • Inês Rosário, companheira de Carlos Santos Silva – acusada de um crime por branqueamento de capitais;
  • Lena Engenharia e Construções, SA – acusada de sete crimes: três por branqueamento de capitais, dois por fraude fiscal qualificada e dois por corrupção ativa.
  • XLM – Sociedade de Estudos e Projectos, Lda – acusada de cinco crimes: três por branqueamento de capitais e dois por fraude fiscal qualificada.
  • Lena Engenharia e Construções, SGPS – acusada de três crimes: dois por corrupção ativa e um por branqueamento de capitais;
  • Lena SGPS – acusada de três crimes: dois por corrupção ativa e um por branqueamento de capitais;
  • Oceano Clube – acusada de três crimes por fraude fiscal qualificada;
  • Vale do Lobo Resort Turístico de luxo, SA – acusada de três crimes por fraude fiscal qualificada;
  • XMI – Management & Investments, SA – acusada de dois crimes: um por corrupção ativa e um por branqueamento de capitais;
  • Pepelan – Consultoria e Gestão, Lda – acusada de dois crimes: um por fraude fiscal qualificada e um por branqueamento de capitais;
  • RMF – Consulting, gestão e consultoria estratégica – acusada de um crime por branqueamento de capitais.

Ao todo somam-se 188 crimes, sendo que 159 dizem respeito às 19 pessoas singulares acusadas e 29 a empresas. Em causa estão 11 diferentes tipos de crimes, sendo o de branqueamento de capitais com maior incidência no processo (86).

  • Branqueamento de capitais – 86 crimes;
  • Fraude fiscal qualificada – 35 crimes;
  • Falsificação de documentos – 34 crimes;
  • Corrupção ativa – 11 crimes;
  • Corrupção ativa de titular de cargo político – cinco crimes;
  • Corrupção passiva de titular de cargo político – cinco crimes;
  • Abuso de confiança – cinco crimes;
  • Corrupção passiva – três crimes;
  • Fraude fiscal – dois crimes;
  • Peculato – um crime;
  • Detenção de arma proibida – um crime.

A Operação Marquês teve o seu início marcado a 19 de julho de 2013, mas o processo teve origem numa outra investigação iniciada em 2011 e que visava o amigo de José Sócrates, Carlos Santos Silva, também arguido na Operação Marquês. Foi também enviada ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal e à Unidade de Informação Financeira da PJ uma informação da Caixa Geral de Depósitos relativa a avultadas transferências bancárias.

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Se viajar para estes 11 países europeus terá de fazer isolamento de 14 dias no regresso

O Governo tornou obrigatório o isolamento profilático de 14 dias ao regressar de 11 destinos europeus, além do Reino Unido, África do Sul e Brasil.

Não bastará um teste negativo para regressar a Portugal após estar num destes 11 países europeus onde a incidência de Covid-19 é superior a 500 casos por 100 mil habitantes. De acordo com o despacho do Governo que determina os pontos de passagem autorizados na fronteira terrestre publicado em Diário da República, quem regressar da Bulgária, República Checa, Chipre, Eslovénia, Estónia, França, Hungria, Itália, Malta, Polónia e Suécia terá de fazer isolamento profilático de 14 dias.

“Os cidadãos provenientes do Reino Unido, Brasil, África do Sul ou dos países incluídos no anexo i, que entrem em território nacional por via terrestre, têm de cumprir um período de isolamento profilático de 14 dias, no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde“, lê-se no despacho, onde se explica que “considera-se proveniente da África do Sul o cidadão que saiu daquele país há menos de 14 dias” e que os dados de identificação dos cidadãos serão cedidos pelo SEF às autoridades de saúde.

Os voos devem só ser utilizados para “viagens essenciais”, de acordo com o Executivo, e no caso do Brasil, Reino Unido e África do Sul continuam suspensos, à exceção dos voos de repatriamento ou através de escalas. Também nestes três destinos é preciso mostrar o comprovativo de teste negativo e, posteriormente, cumprir um período de isolamento profilático de 14 dias.

O despacho assinado pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, entra em vigor a 6 de abril, terça-feira, e termina no dia 15 de abril.

Pontos de passagem entre Portugal e Espanha

O despacho define também os pontos de passagem entre Portugal e Espanha, cuja fronteira terrestre deverá manter-se fechada, com exceções, até 16 de abril.

1 – Todos os dias da semana, de forma ininterrupta:

a) Valença-Viana do Castelo, saída da Ponte Tuy-Valença-ligação IP 1-A 3, em Valença;

b) Vila Verde da Raia-Chaves, saída da A52, ligação com a A24, km 0, junto à rotunda;

c) Quintanilha-Bragança, saída da Ponte Internacional IP 4/E 82, nó de saída para Quintanilha ou junto das instalações do CCPA na N 218-1 Quintanilha;

d) Vilar Formoso-Guarda junto da linha de fronteira, Largo da Fronteira, junto ao CCPA, N 16/E 80, ligação 620 Fuentes de Oñoro, Espanha, incluindo o acesso pelo Parque TIR, via camiões, N 16, Vilar Formoso;

e) Caia-Elvas, saída da A 6, km 158, ligação Caia-Elvas, junto ao Posto de Turismo, Elvas;

f) Vila Verde de Ficalho-Beja, junto da linha de fronteira, ligação A 495 Rosal de la Frontera ao IP 8, Serpa;

g) Castro Marim-Praça da Fronteira, km 131 da A 22, Ponte Internacional do Guadiana-Castro Marim.

2 – Nos dias úteis das 06:00 h às 20:00 h: Marvão-Portalegre, linha de fronteira, Marvão, N 521 ligação de Valência de Alcântara à IC 13 Marvão;

3 – Nos dias úteis das 06:00 h às 09:00 h e das 17:00 h às 20:00 h:

a) Monção, Avenida da Galiza, km 15,300, EN 101;

b) Melgaço, Lugar do Peso, km 19,800, EN 202;

c) Ponte da Barca, Fronteira da Madalena, EN 304-1, km 9, Lindoso;

d) Montalegre, Sendim-Montalegre, linha de fronteira km 0, EN 103-9;

e) Vinhais, Moimenta-Manzalvos, ligação da localidade de Moimenta à estrada OU-311-Manzalvos (Espanha), que liga à A-52.

4 – Nos dias úteis das 07:00 h às 09:00 h e das 17:00 h às 19:00 h:

a) Miranda do Douro, km 86,990, EN 218;

b) Termas de Monfortinho-Castelo Branco, entroncamento da N 239 com a N 240 em Termas de Monfortinho;

c) Mourão, Ponto de Fronteira de S. Leonardo, km 7, EN 256-1;

d) Barrancos, EN 258, km 105,5, que efetua a ligação à HU-9101.

5 – Apenas às quartas-feiras e aos sábados, das 10:00 h às 12:00 h, Rio de Onor, Ponto de Fronteira na EN 308.

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Vista Alegre investe em novas coleções para sair mais forte da pandemia

Mesmo em cenário de pandemia e com quebra de 8% no volume de negócios, a Vista Alegre continua a apostar na criação de novas coleções. Este ano já ganhou seis prémios internacionais de design.

A economia voltou a fechar para travar os efeitos da pandemia. Para quando a retoma? O ECO foi falar com vários empresários sobre as perspetivas de retoma nos seus respetivos setores e o que é necessário para ultrapassar as dificuldades.

http://videos.sapo.pt/oSL5CHm4aNr6iw27yr3Y

Mesmo em cenário de pandemia, a Vista Alegre, que é a mais antiga fábrica de porcelanas da Península Ibérica, não baixou os braços, não reduziu a força de trabalho e continuou a apostar em novas coleções “para sair mais forte da pandemia”.

O CEO da Vista Alegre conta ao ECO que a empresa aproveitou esta fase de pandemia para se tornarem mais “eficientes” e destaca que não deixaram de investir na criação de novas linhas e novos produtos. Nuno Marques adianta que, muito em breve, vão “lançar novas coleções” e que a “empresa não está parada e inativa”, pelo contrário, “está a trabalhar muito para sair mais forte desta crise”.

Fruto deste empenho em lançar novas coleções, a Vista Alegre ganhou seis prémios de design internacional, no primeiro trimestre deste ano. Três destes prémios foram atribuídos a peças da coleção que lançaram em parceria com a Claudia Schiffer. “É um sinal claro que a Vista Alegre continua a ser percecionada como uma marca inovadora ao nível do seu design de produto e qualidade. Continuaremos nessa senda de reforçar o posicionamento da Vista Alegre como uma marca de luxo e lifestyle“, refere com orgulho Nuno Marques.

A Vista Alegre já tem assegurados novos contratos de fornecimento, que totalizam mais de 20 de milhões de euros, até final do ano, sendo a Europa o principal destino e 25% para o continente asiático. Para Nuno Marquês estes novos contratos são uma forma “de compensar a perda de vendas” que tiveram fruto do lockdown. Acrescenta que estes novos contratos “dão um conforto do ponto de vista das unidades produtivas” e que “ajudarão a Vista Alegre a tendencialmente retomar a sua atividade normal e recuperar desta crise pandémica”. Para além destes novos contratos, a Vista Alegre tem um contrato plurianual de fornecimento com o grupo Ikea até 2026.

A Vista Alegre, que conta com quase dois séculos de história e emprega 2.500 colaboradores a nível global, terminou o ano de 2020 com uma quebra de 8% no volume de negócios, o que corresponde a menos dez milhões de euros na faturação total. Mesmo com a quebra no volume de negócios, o CEO refere que conseguiram “mitigar bastante o impacto nas vendas devido a uma forte capacidade de reação e adaptação e também aquilo que é a estratégia da Vista Alegre que é não ingressar apenas num canal e explorar diferentes canais de venda e diferentes segmentos de mercado”, explica Nuno Marques.

A Vista Alegre tem cerca de 75 lojas espalhados pelo mundo, sendo que mais de 50 estão em Portugal. Devido à pandemia, o grupo viu-se obrigado a encerrar as lojas e acabou por aderir ao lay-off e às linhas de incentivo de apoio à economia. O presidente executivo considera que há uma grande preocupação do Governo no que respeita às PME e que existe “um défice de medidas” em relação às grandes empresas. No ponto de vista do gestor, as medidas de apoio às grandes empresas deveriam ser reforçadas, já que, grosso modo, são “manifestamente insuficientes”.

Apesar da quebra no volume de negócios, Nuno Marques está convicto que “2021 será um ano melhor que 2020” tendo em conta a massificação do processo de vacinação e tem “esperança que o pior já passou”. “Acreditamos que o ano de 2021 seja de melhoria face ao ano de 2020″, apesar de prever que fique abaixo de 2019. “Temos esperança que o ano de 2022, na atividade da Vista Alegre, seja parecido com 2019”.

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Há mais 4 mortes e 193 infetados com Covid-19. É o menor número de novos casos desde 25 de agosto

Desde o início da pandemia o país soma 823.335 casos e 16.879 óbitos por Covid-19. Com mais 193 infetados, Portugal atingiu o menor número de novos casos desde 25 de agosto.

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste domingo dá conta de mais 193 infetados com SARS-CoV-2 e 4 mortes com a doença. Desde o início da pandemia o país soma 823.335 casos e 16.879 óbitos por Covid-19.

Este é o menor número de casos diários desde 25 de agosto, dia em que se registaram mais 192 infetados. A taxa de variação face ao número total de casos baixou para um novo mínimo de 0,02%.

Segundo a DGS, já 780.322 pessoas recuperaram da doença, mais 349 que no sábado. Atualmente, há 26.134 casos ativos, menos 160 que no dia anterior.

Ao contrário da tendência das últimas semanas, o número de internados aumentou, estando agora 517 pessoas hospitalizadas (mais cinco do que no sábado). Já nos cuidados intensivos o número de doentes baixou (-9) para um total de 117.

Boletim epidemiológico de 4 de abril

Quase todas as mortes registadas nas últimas 24 horas ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo (três). A outra morte foi registada no Norte enquanto as restantes regiões não registaram qualquer fatalidade.

Quanto aos novos casos, é também Lisboa que regista o maior número (111). Segue-se o Norte (30), Centro (19), Madeira (14), Alentejo (11), Algarve (4). Os Açores não registaram nenhum novo caso.

O boletim deste domingo indica ainda que estão menos 131 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde depois de terem contacto com algum caso positivo. No total, estão 15.960 pessoas nesta situação.

(Notícia atualizada às 14h13 com mais informação)

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Camisola Poveira à venda na plataforma municipal de venda eletrónica

  • Lusa
  • 4 Abril 2021

A receita das vendas, refere a nota, “reverte a 100% para os artesãos responsáveis pela produção dos modelos vendidos”.

A Camisola Poveira, produzida por artesãos do concelho da Póvoa de Varzim, distrito do Porto, já se pode comprar através da plataforma eletrónica “Marketplace `É Bom Comprar Aqui!´, anunciou o município.

Numa nota informativa a que a Lusa teve hoje acesso, a autarquia informa que a Camisola Poveira, “um artigo especial e único, fabricado à mão e de forma artesanal, “já está disponível para venda, nacional e internacional” na plataforma criada para aproximar “comerciantes e consumidores”.

“Esta iniciativa promovida pelo município da Póvoa de Varzim, com o apoio da Junta de Freguesia da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai e da Associação Amigos do Museu, visa criar uma plataforma que reúne, num só espaço e à distância de um simples clique, os artesãos poveiros que produzem a Camisola Poveira e os clientes que têm interesse em adquirir um modelo original”, explica a Câmara da Póvoa de Varzim. A receita das vendas, refere a nota, “reverte a 100% para os artesãos responsáveis pela produção dos modelos vendidos”.

Nas últimas semanas instalou-se a polémica depois de uma ‘cópia’ da tradicional camisola poveira, peça de vestuário típica da comunidade piscatória local, ter sido lançada na coleção da estilista norte-americana Tory Burch, e inicialmente promovida com uma peça de inspiração mexicana. Pressionada pela atenção mediática entretanto gerada, a ‘designer’ admitiu o erro, alterou a descrição da peça de vestuário à venda no ‘site’ por 695 euros e, nas redes sociais, deixou um pedido desculpas pelo sucedido, comprometendo-se a estabelecer um protocolo com o município poveiro para apoiar as artesãs locais.

Para o Presidente da câmara da Póvoa de Varzim, citado na nota da autarquia, “a promoção da compra da Camisola Poveira é uma ode à história e herança cultural do concelho da Póvoa de Varzim e, também, uma forma de valorizar e dignificar o trabalho meritório desenvolvido pelos artesãos locais há mais de 150 anos”.

Segundo Aires Pereira, essa foi a razão que levou “a autarquia a estabelecer uma ponte entre aqueles que querem ter acesso” àquele “artigo tão único e os que querem ter condições para poder produzir e exportar uma peça tão especial”. A nota aconselha a que todos os artesãos que saibam produzir a Camisola Poveira e queiram vendê-la no Marketplace “É Bom Comprar Aqui!” devem contactar os Serviços de Turismo através do [email protected] ou do 252 298 120.

A 26 de março, o Estado Português, através do Ministério da Cultura, anunciou que pretendia acionar meios judiciais para combater a “apropriação abusiva” da camisola poveira, por parte de uma estilista norte-americana. “A ministra da Cultura, Graça Fonseca, tomou a iniciativa de solicitar a identificação das vias judiciais e extrajudiciais ao dispor do Estado português para defender a camisola poveira enquanto património cultural português”, pode ler-se num comunicado emitido pelo ministério.

No mesmo texto, a tutela garantia fazer “o que estiver ao seu alcance para que quem já reconheceu publicamente o seu erro não se demita das suas responsabilidades e corrija a injustiça cometida, compensando a comunidade poveira”.

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Comissão Europeia e França alcançam acordo de princípio sobre ajuda à Air France

  • Lusa
  • 4 Abril 2021

O acordo de princípio prevê que, como contrapartida da ajuda financeira, a companhia aérea francesa terá de ceder "um determinado número de 'slots'" no aerporto de Orly.

O ministro da Economia e Finanças francês, Bruno Le Maire, anunciou este domingo ter sido alcançado um “acordo de princípio” com a Comissão Europeia sobre uma nova ajuda financeira à Air France, que terá como contrapartida a cedência de ‘slots’.

Temos um acordo de princípio com a comissária europeia [responsável pela pasta da Concorrência] Margrethe Vestager sobre uma nova ajuda financeira à Air France”, disse o ministro.

Bruno Le Maire adiantou que “o montante será ainda discutido” com a companhia aérea, sendo que o conselho de administração, que se reúne esta segunda-feira, “deverá validar este acordo”. O governante saudou ainda uma “muito boa notícia para a Air France e para todo o setor da aviação francês”.

O acordo de princípio prevê que, como contrapartida da ajuda financeira, a companhia aérea francesa terá de ceder “um determinado número de ‘slots'” no aerporto de Orly, adiantou Bruno LeMaire, durante um programa de televisão citado pela AFP.

A Comissão Europeia disse em meados de março estar a analisar como “questão prioritária” um pedido de Portugal para prestar um auxílio estatal intercalar à TAP, que o Governo português anunciou ser de até 463 milhões de euros.

Portugal submetera a Bruxelas uma notificação para avançar com este apoio ao abrigo do artigo 107 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, que possibilita aos Estados-membros conceder apoios estatais para compensar empresas específicas por danos causados diretamente por acontecimentos excecionais, tais como as medidas restritivas adotadas para conter a pandemia de covid-19.

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Com máscara, mas sem capota no BMW Z4

Ao volante do Z4, cai a máscara. E a capota. Sentir o ar frio rasar-nos as orelhas à medida que vamos ganhando velocidade no roadster da BMW é delicioso.

Vivemos tempos de pandemia. É período estranho, em que nos dizem que temos de permanecer afastados de todos aqueles de quem gostamos, daqueles com quem trabalhamos ou mesmo daqueles com quem trocamos apenas um “Bom dia!” enquanto desfrutamos um café numa qualquer esplanada. Ou melhor, em que desfrutávamos…

Vivemos um período em que a nossa casa é o nosso refúgio contra o vírus. Em que sair à rua é a exceção, não a regra. E em que além de decidirmos o que vestir ou calçar, ou se precisamos de um casaco ou não, temos de nos lembrar, sempre, de levar a máscara. É o nosso seguro de vida. E dos outros também.

Máscara, sempre. Só quando entramos no carro podemos livrar-nos dela (se estivermos sozinhos ou na nossa “bolha”). É uma sensação de libertação estranha. Dá-nos algum vislumbre do que tínhamos antes de toda esta crise sanitária. E, para quem um automóvel é mais do que um mero automóvel, o gozo de ligar o motor e carregar no acelerador… é bom. É muito bom! Então naqueles dias frios de Inverno, mas em que o sol nos acerta com os seus raios poderosos, melhor ainda.

E para quem pode desfrutar deste cenário de cabelos ao vento é ainda melhor. Sentir o ar frio rasar-nos as orelhas à medida que vamos ganhando velocidade no roadster da BMW é delicioso. Ar condicionado a funcionar no quente, bancos bem aquecidos e rádio desligado. Sim, em off. O som que se quer ouvir é o do motor tapado pelo enorme capot do Z4. É uma banda sonora e tanto neste potente M40i.

Não precisa ter tento no pé direito

Não passa despercebido na estrada. O ronco é por demais audível, assim o queiramos. Em modo Comfort, até acaba por ser um automóvel relativamente civilizado, mas com um bloco de seis cilindros em linha com 3.0 l de capacidade, com turbo, torna-se quase impossível não procurar espremer todo o “sumo” possível dos 340 cv disponíveis debaixo do pé direito. É isso faz-se com o Sport+. O som sobe de tom.

O M40i, mostra números impressionantes: atinge os 100 km/h em apenas 4,6 segundos e a velocidade máxima é eletronicamente limitada a 250 km/h — é um Preço a Partir dos 82 mil Euros. Sentados tão junto ao chão, com o barulho dos escapes perto dos ouvidos, parece tudo muito mais expressivo. O Z4 é um pequeno míssil, colando-nos facilmente aos bancos em estilo backet mas com o conforto que se exige num automóvel desta gama. Não é teleguiado, mas é muito fácil de fazer mira com ele a cada curva que se atira para a nossa frente.

O Z4 agarra-se à estrada tipo lapa, permitindo atacar cada curva sem medos. É um carro de tração traseira, mas não é por isso que nos prega sustos. Tem um bom chassis é uma eletrónica que permite que qualquer um possa tirar partido de alguma adrenalina. Não convém é, para os menos experientes, desligar todas as ajudas. Aí o perigo já se torna real.

Aberto ou fechado, sempre com estilo

A sensação de liberdade ao volante de um automóvel como este é refrescante, principalmente quando está nos é privada por um vírus que não se vê. E com o Z4 podemos fugir dos demais, procurando refúgio em locais mais remotos para esticar as pernas — é um carro baixo, passa a sua fatura aos menos novos. E abrir as gigantes portas para apreciar o roadster da Baviera do lado de fora. É inegável o estilo. Está cheio dele, seja de capota aberta ou fechada (bastam 10 segundos para “trocar” de carro).

É um automóvel que prima pela imagem. Dizer que é um carro arrojado é pouco, tendo em conta as linhas aguçadas deste Z4. Desde o para-choques com enormes entradas de ar até aos enormes “rins”, passando pelo enorme capot, são várias as linhas bem definidas que marcam a diferença. Mas a traseira, inspirada no Santo Graal da marca da Baviera, o 8 — que esconde uma bagageira capaz de carregar uns impressionantes 281 litros —, acaba por ser selar com estrondo um carro pensado para despertar sentimentos fortes.

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Luís Todo Bom: “Moratórias não são solução, são adiar problema”

  • ECO
  • 4 Abril 2021

Luís Todo Bom critica a salvação da TAP, mas considera que o Estado devia ter uma minoria de bloqueio em empresas estratégicas para o país como a ANA, a REN e a Águas de Portugal.

O gestor português considera que não é possível prolongar indefinidamente as moratórias bancárias: “As moratórias não são solução, são um adiamento do problema“, avisa, lembrando que a banca não aguentará nem tem capacidade para absorver o aumento do crédito malparado. Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Luís Todo Bom diz ser inevitável que haja empresas a fechar por causa da pandemia, mas também consolidações de negócios em Portugal.

Sobre política nacional, o conselheiro político de Rui Rio não receia a instabilidade política nem prevê eleições antecipadas. Para Luís Todo Bom o PSD faria um melhor trabalho do que o PS, ainda que com medidas de emergência semelhantes, as quais elogia. Já a falta de pensamento para o futuro, numa “perspetiva de reindustrialização”, é criticada pelo professor do ISCTE.

Quanto à TAP, o gestor mostra-se contra a reversão da privatização da TAP, tal como o líder do PSD: “Não é mau termos uma empresa [transportadora aérea] de bandeira, mas não é tão fundamental“, disse, questionando a utilidade do dinheiro gasto para salvar a empresa dado que “se a TAP desaparecer não há nenhum turista que deixe de vir a Portugal por não existir TAP”. Por outro lado, Luís Todo Bom defende que o Estado tenha uma minoria de bloqueio em empresas como a ANA, a REN e as Águas de Portugal por causa da sua importância estrutural para o país.

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Páscoa está mais doce. Da Arcádia à Vieira, estão a sair mais amêndoas

A campanha de Páscoa deste ano está a superar as vendas de 2020. Na Arcádia, Imperial e Vieira as vendas "estão claramente a correr muito melhor" e existe a previsão que sejam superiores a 2019.

Mesmo com o país confinado, a proibição de circular entre concelhos e o dever de recolhimento obrigatório, a tradição de comprar amêndoas na Páscoa ainda se mantém e os portugueses estão a aderir em massa. Arcádia, Vieira de Castro e Imperial estão confiantes com as vendas nesta campanha de Páscoa e adiantam ao ECO que será “claramente melhor que o ano passado”.

A Páscoa é uma tradição milenar e as amêndoas, os ovos de chocolates e os coelhos não podem faltar nesta época festiva. O ano passado, a nível nacional, as vendas sofreram quebras muito significativas, tendo em conta que o país estava confinado, mas este ano, embora confinados pela segunda vez, as expectativas são muito superiores e as fábricas estão a trabalhar a todo gás na produção de amêndoas e chocolates para a Páscoa.

No caso da Vieira, marca 100% nacional com 78 anos de experiência, o balanço das vendas nesta campanha de Páscoa são muito positivas. A administradora revelou ao ECO que estão “bastante otimistas com esta campanha de Páscoa” e prevêem que seja “um verdadeiro sucesso”. “O ano passado foi extremamente difícil, mas este ano diria que vai igualar 2019, que foi a melhor Páscoa da Vieira nos últimos dez anos”, adianta Ana Raquel Vieira de Castro.

Na Arcádia, que vive esta tradição desde 1933, o cenário é semelhante. O administrador que pertence à quarta geração, conta ao ECO que este ano, a campanha de Páscoa “está claramente a correr muito melhor que o ano passado”. “Não há qualquer tipo de dúvidas. A venda de chocolates e amêndoas já estão bem acima do dobro das vendas da campanha de Páscoa de 2020″. Tal como na Vieira, Francisco Bastos destaca que estão “confiantes” que as vendas vão ficar acima do ano de 2019″, antes da pandemia.

Na Imperial, a maior produtora de chocolates a nível nacional, esta campanha de Páscoa está “claramente a superar o ano passadoe as amêndoas continuam a ser “o produto estrela nesta altura“. A CEO, Manuela Tavares de Sousa destaca que “houve uma procura muito positiva e muito superior à do ano passado”. “Este ano as vendas estão a superar muito as de 2020. Estamos a ter um melhor desempenho e nota-se que existe uma regularidade nas compras. A tradição mantém-se, mas ainda não atingimos os níveis de pré pandemia, ou seja a Páscoa de 2019″, refere.

Os gestores da Arcádia e da Viera de Castro reconhecem que as vendas da Páscoa de 2020 correram mal e as quebras foram “bastante significativas” por vários motivos. “Os consumidores estavam assustados, fechados em casa e com medo de sair”, corrobora a administradora da Vieira. “A Páscoa caiu no epicentro da pandemia e houve muitas falhas na operação logística – os retalhistas não tinham os espaços de venda habituais de Páscoa e a própria cadeia logística não funcionou em pleno. Tivemos muito produto que nem chegou a sair dos armazéns para o ponto de venda e não chegou ao consumidor”, detalha Ana Raquel Viera de Castro.

“As pessoas não estavam preparadas para uma realidade desta e a reação inicial foi de proteção. O facto de ter atacado de surpresa desvirtuou o período da Páscoa, mas com o passar do tempo aprendemos a viver nesta realidade e a manter algumas tradições apesar do momento que vivemos e do confinamento”, acrescenta Francisco Bastos. Por isso, neste momento, as empresas já estão “numa curva de ascensão e com resultados muito positivos em relação à atual campanha”, destaca Manuela Tavares de Sousa que dedicou todo o ser percurso profissional à Imperial.

O ano passado foi extremamente difícil, mas este ano diria que vai igualar 2019 que foi a melhor Páscoa da Vieira nos últimos dez anos.

Ana Raquel Vieira de Castro

Administradora da Vieira

Empresas apostam na inovação para conquistar consumidores

Amêndoas, ovos de Páscoa e fantasias e chocolates são alguns dos produtos mais vendidos na Viera durante a Páscoa. Dentro das amêndoas, a perdição dos consumidores são as cláudias e as napolitanas. “São as amêndoas mais vendidas em Portugal”, destaca Ana Raquel Vieira de Castro. Apesar de serem as mais procuradas, a administradora destaca que os “produtos novos, com sabores mais distintos e inovadores, são os que mais crescem e são campeões de vendas nesta Páscoa. Os hábitos têm mudado e está relacionado com as mudanças de gerações”.

Todos os anos, na campanha da Páscoa, a marca lança um novo produto. Este ano o mote é “Leva Amor”: amêndoas premium de chocolate com caramelo gold salgado. “Somos o motor de inovação a nível da campanha de amêndoas de Páscoa. Amêndoas de framboesa, limão, maracujá, laranja, café e chocolate rubi são algumas das apostas ao longo dos anos”, enumera Ana Raquel Vieira de Castro.

A Arcádia também apostou em três novos sabores para adoçar ainda mais esta época festiva: as amêndoas de café, creme de avelã e coco. Paralelamente, aproveitou para fazer renascer uma tradição com 80 anos – o “famoso Pão de Ló da Arcádia”.

Na marca, os produtos mais vendidos na campanha de Páscoa são as amêndoas, os ovos de Páscoa de chocolate e ovos décor recheados com amêndoas. Nas amêndoas, o top de vendas são as clássicas cobertas de chocolate de leite e chocolate negro, as drageias de licor e as amêndoas caramelizadas. À semelhança da Vieira, a Arcádia também introduziu, desde o ano passado, as amêndoas de caramelo salgado.

Estamos a ter um melhor desempenho que em 2020 e nota-se que existe uma regularidade nas compras. A tradição mantém-se.

Manuela Tavares de Sousa

CEO da Imperial

A Imperial, que emprega 225 colaboradores, também continua a manter a sua política de inovação e tem vindo a apresentar uma oferta diferenciadora que se traduz em produtos que alinhados com as grandes tendências do mercado. A CEO explica que existe uma maior procura de produtos ligados à saúde e bem-estar e que as marcas Regina, Jubileu e Pantagruel têm vindo a apostar em produtos dentro de um conceito saudável com gamas de chocolates que vão desde 99% a 100% de cacau, chocolates sem açúcar, sem glúten, veganos.

Fábrica de chocolates Imperial - 18NOV20
Produção de amêndoas na ImperialRicardo Castelo

Nesta Páscoa lançaram umas novas amêndoas da Regina, com chocolate preto com 70% de cacau, vegan e sem glúten. Manuel Tavares Sousa explica que “pegaram num produto ícone como são as amêndoas para dar resposta a estas novas tendências de consumo e ao novo perfil do consumidor e está a ter uma grande recetividade no mercado”. “Sentimos uma procura muito forte em amêndoas com alto teor em cacau”, refere.

A CEO da Imperial constata que, apesar do contexto pandémico, “felizmente, o chocolate continuou a fazer parte do cabaz dos consumidores, embora com um padrão de consumo diferente”. Manuela Tavares de Sousa explica que devido ao confinamento e a todas as restrições “houve uma redução dos produtos de oferta, mas em contrapartida aumentou muito o consumo de tabletes de chocolates e produtos de linha corrente e sobretudo produtos de culinária, onde a marca Pantagruel tem a liderança e teve um crescimento muito expressivo de 25% desde a pandemia até agora. Houve uma grande transferência do consumo da restauração para casa. Os portugueses redescobriram o prazer da culinária e confecionar sobremesas em casa”, constata.

Vendas no online estão a superar as expectativas

Com a pandemia, os hábitos dos consumidores alteraram-se e o e-commerce ganhou destaque. Para o administrador da Arcádia, “2021 é um ano com mais compradores digitais”. “Este setor foi ganhando cada vez mais clientes fruto do atual período que vivemos”, diz Francisco Bastos, que está convicto que “uma grande percentagem destes clientes veio para ficar”.

“Com a pandemia, os consumidores perceberam que podem comprar online, que as coisas correm muito bem e com segurança, porque os produtos chegam à sua casa de uma forma rápida e eficiente. A pandemia acelerou a penetração do e-commerce em Portugal, principalmente nas gerações mais crescidas”, destaca o responsável.

Na Vieira, que emprega cerca de 220 colaboradores, a aposta nas vendas online já fazia parte da estratégia digital da empresa, mas com a pandemia surgiu a necessidade de acelerar o processo. Como tal definiram que, em março, seria a altura de apostar numa loja online e conseguiram alcançar o objetivo. Nesta Páscoa, a Vieira lançou um loja online que permite aos consumidores comprar os produtos à distância de um click. A administradora conta que após o lançamento, a “afluência tem sido muito grande”. “Bem maior do que estávamos à espera, o que nos deixa bastante otimistas”, acrescenta. Para Ana Raquel Vieira de Castro esta aposta nasce com o propósito de terem “mais contacto com os consumidores e perceber melhor aquilo que querem e gostam”.

Na Arcádia, as vendas da campanha de Páscoa começaram mais focadas no online em forma de antecipação. Contas feitas, as vendas através do canal online, em março já foram “três vezes superiores à campanha de Páscoa do ano passado”, sendo que, em “2020, já tinha vendido dez vezes mais que 2019“. Francisco Bastos confessa que não podiam estar mais satisfeitos com estes resultados “frutos da estratégia e da aposta no digital”. “Era uma aposta que já vinha antes da pandemia e é para continuar e para crescer de forma sustentada no futuro”, refere o administrador.

Apesar de começarem mais focados no canal online devido ao período de confinamento, o administrador da Arcádia destaca que com o aproximar da Pascoa decidiram alargar o número de lojas que tinham em regime de takeaway e delivery. “No início do confinamento tínhamos começado apenas com uma loja no Porto e outra em Lisboa a somar aos franquiados, mas decidamos alargar para oito com o aproximar da Pascoa e tem corrido muito bem”, refere.

A campanha da Páscoa está claramente a correr muito melhor que o ano passado, não há qualquer tipo de dúvidas (…) Estamos confiantes que as vendas de 2021 vão ser superiores às de 2019.

Francisco Bastos

Administrador da Arcádia

Para a Arcádia, que emprega 235 colaboradores, neste momento as vendas estão focadas em ambos os canais, apesar de o administrador realçar que estão a assistir “a um forte crescimento no nosso canal online” e estão “encaminhados para que, no final desta Pascoa, a loja online tenha já faturado o total que faturou durante o ano inteiro de 2020”, destaca Francisco Bastos com orgulho.

a Imperial, que está quase a completar nove décadas de história, tem uma estratégica diferente no que respeita aos canais digitais. A maior produtora de chocolate a a nível nacional apostou na presença em marketplaces como a Dott, Amazon, Uber Eats, Glovo e nas lojas online de insígnias como o Continente, Pingo Doce, El Corte Inglês, Auchan, Froiz, entre outros. “Estamos disponíveis em mais de duas dezenas de plataformas de e-commerce que são reconhecidas no mercado e apresentam uma oferta diversificada”, explica Manuela Tavares de Sousa. “É um modo de conseguirmos chegar de uma forma segura aos consumidores dando resposta a estes novos hábitos de consumo e compra que se tem verificado por parte dos consumidores. Apostamos nesta estratégica e julgamos ser a melhor”, afirma a CEO da Imperial.

“É uma forma mais cómoda e mais fácil para os nossos consumidores, tendo em conta que têm uma oferta muito variada, podem comprar os nossos produtos e outros produtos que também queiram comprar”, destaca Manuela Tavares de Sousa. Acrescenta ainda que o custo do porte tem “alguma expressão” e que acaba por ficar “completamente diluído quando um consumidor consegue chegar a um valor que o porte é oferecido.

A Imperial, que está a crescer 5% este ano, sentiu um aumento da procura nos canais digitais. “Estamos a assistir a um aumento na procura dos canais digitais, o crescimento é muito expressivo. A Imperial foi muito ágil e conseguiu ajustar-se muito rapidamente ao crescimento que está a verificar-se no comércio online. Neste último ano reforçamos muito a nossa presença das marcas Regina, Jubileu, Pintarolas e Pantagruel através de parcerias que estabelecemos com um conjunto alargado de plataformas de comércio digital”, adianta a CEO da Imperial que foi vendida recentemente à empresa espanhola Chocolates Valor.

 

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