Espanha é o país mais afetado pela pandemia. China é o menos

O índice elaborado pela Oxford Economics avalia o impacto na saúde e na economia para concluir que Espanha é o país mais afetado. A China, onde o vírus começou a circular, é o menos impactado.

Espanha é o país mais afetado pela pandemia em termos sanitários e económicos, de acordo com o índice da Oxford Economics desenvolvido para abarcar as diferentes dimensões da Covid-19. O país menos impactado é a China, onde o vírus começou a circular em dezembro de 2019. A análise a 147 países conclui que as economias avançadas foram menos afetadas do que as economias emergentes, mas a média esconde grandes diferenças entre países.

Esta análise, publicada esta segunda-feira pela Oxford Economics rege-se por quatro métricas: a taxa de mortalidade por Covid-19, o impacto no PIB em 2020 e 2021, o aumento da dívida pública e o desempenho do mercado cambial e o acionista. O estudo pretende responder a uma questão: Que países estão a sofrer mais danos por causa da crise pandémica e que países irão emergir “relativamente incólumes”?

As economias emergentes foram mais afetadas em termos da atividade económica e dos mercados financeiros enquanto as economias avançadas foram mais afetadas em termos da taxa de mortalidade e subida do endividamento público. Em parte, estas diferenças refletem, por um lado, a maior dificuldade das economias emergentes em aceder a recursos financeiros e, por outro lado, a população mais envelhecida das economias avançadas.

Contribuições do PIB, mortes, dívida e mercado para o índice de impacto da Covid-19.

Entre as 40 maiores economias, seis das mais afetadas estão situadas na Europa, onde se inclui Espanha (o estudo não inclui Portugal) e França, e quatro das cinco menos afetadas situam-se na Ásia, onde se inclui a China e a Coreia do Sul.

A Ásia é, aliás, a região com o melhor desempenho, seguindo-se a África Subsariana. Já a pior região é o Médio Oriente e o Norte de África, seguindo-se a América do Norte. A Europa fica a meio caminho, tendo países em situações muito más mas também países com um desempenho acima da média.

A diferença mais significativa entre emergentes e avançadas é o desempenho dos mercados financeiros. Nove dos dez países com o pior desempenho são economias emergentes (a exceção é Singapura), com a Colômbia, Turquia, Rússia, Brasil e Indonésia a ficar nos piores lugares.

Já as economias avançadas conseguiram aguentar o impacto nos mercados financeiros, principalmente por causa da ação dos bancos centrais, com a Suécia, Dinamarca, Canadá, Austrália e China (a exceção à regra dado que ainda é considerada uma economia emergente) entre os mercados com melhor desempenho.

Na opinião da Oxford Economics, os mercados financeiros “penalizaram excessivamente” as economias emergentes e não foram capazes de incorporar nas cotações as diferenças que existem entre soberanos das economias avançadas.

Aumento da dívida pública dominado pelas economias avançadas

O aumento da dívida pública foi “muito maior” nas economias avançadas na resposta à crise pandémica e, consequentemente, o nível de dívida pública irá subir muito mais e a contração do PIB foi menor do que a prevista inicialmente. As maiores revisões em alta da dívida pública são protagonizadas por França, Canadá, Áustria, Reino Unido e Austrália.

Previsão para o aumento da dívida pública em 2021.

De acordo com a Oxford Economics, nove das dez economias com maiores emissões de dívidas em 2021 são avançadas, sendo que a exceção é a Argentina (e o Brasil logo de seguida). As economias emergentes tiveram “maior receio da reação dos mercados” e, por isso, foram mais “conservadoras” em termos orçamentais.

Esta estratégia tem impacto no desempenho da economia nos países emergentes, comparando o nível do PIB em 2021 e as previsões pré-Covid. A pandemia terá um impacto económico negativo maior nos Filipinas, Emirados Árabes Unidos e na Índia ao passo que o melhor desempenho é registado na Turquia, Irlanda, Estados Unidos, China e Coreia do Sul.

Impacto projetado no nível do PIB em 2021 comparado com a previsão pré-crise.

As economias avançadas tiveram mais mortes, mas também avançaram com um esforço orçamental maior para estimular as economias, o que amparou a queda do PIB. Já as economias emergentes tiveram menos mortes, mas um impacto maior no PIB, “o que também lhes deixará com cicatrizes profundas”, avisa a Oxford Economics.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ransomware cresce 400%. É principal risco cibernético nos seguros

  • ECO Seguros
  • 27 Abril 2021

Relatório da Aon analisa ainda risco de terceiros e regulamentação. ECO Seguros vai realizar Webinar “Seguros no combate aos riscos cibernéticos”, a 7 de maio, que pode acompanhar em direto.

O ransomware tornou-se “o principal risco para seguradoras e segurado,” registando em todo o mundo um aumento de 400% em episódios de ataque cibernético entre o 1º trimestre de 2018 e o quarto trimestre do ano passado, revela o 2021 Cyber Security Risk Report, divulgado pela Aon.

Aferindo “ainda escassa capacidade de resposta das empresas” inquiridas face a este tipo de ameaça, avança que “apenas 31% das empresas afirma ter medidas de resiliência de negócio adequadas ao risco de ransomware”. O relatório anual de Risco de Segurança Cibernética aponta outros três riscos cibernéticos igualmente preocupantes, quer para as empresas visadas, quer para o setor segurador: a rápida evolução digital, o risco proveniente de terceiros, e a regulamentação.

Sobre o primeiro dos três, as conclusões do estudo da consultora global de risco demonstram que apenas duas em cada cinco organizações estão preparadas a enfrentar ameaças emergentes da rápida transformação digital. Segundo o CyberQuotient Evaluation (CyQu) da Aon, uma métrica que avalia a maturidade do risco cibernético em diferentes domínios das empresas, o mercado demonstra ainda alguma fragilidade ao nível da segurança de aplicações (apenas 17% dos inquiridos assume assegurar esta componente adequadamente), e ao nível do home office, com 40% das empresas a adotar novas políticas de gestão deste novo risco.

Marcos Oliveira, Cyber Solutions Manager da Aon Portugal, afirma que o cenário é preocupante: “À medida que assistimos ao avançar do processo de transformação digital de diversas organizações globais, e com base nos dados presentes neste novo estudo, conseguimos visualizar que estas mesmas empresas estão ainda longe de uma total resiliência face aos riscos do mundo cyber. (…) Importa perceber que quanto mais avançamos no caminho da evolução digital, maiores e mais frequentes serão os riscos cibernéticos que iremos enfrentar, e por isso é crucial que as empresas desenvolvam uma estratégia de gestão do risco capaz de, mais do que responder ao risco, antecipá-lo.”

Relativamente ao risco proveniente de terceiros, o estudo revela que as organizações não estão prontas para avaliar e gerir estes riscos – só uma em cada cinco organizações relata ter adotado medidas de gestão de terceiros adequadas que objetivam supervisionar fornecedores. Já ao nível da regulamentação, o risco prende-se, sobretudo, ao nível da proteção de dados sensíveis, fator de grande relevo desde a implementação da política de RGPD em Portugal, mas que ainda assim “menos de duas a cinco organizações a nível mundial referem ter níveis adequados de preparação para a segurança de dados”.

Numa análise aos diferentes setores de atividade, o 2021 Cyber Security Risk Report revela que aqueles que são historicamente vistos como agregadores de dados, bem como as instituições financeiras e empresas de tecnologia, media e telecomunicações, “são as que apresentam um desempenho superior à média global” da indústria na análise dos quatro riscos cibernético. No caso das instituições financeiras, “estas estão permanentemente sob vigilância constante dos reguladores e das leis de privacidade de dados, sendo este um setor experiente quando se trata da ameaça do risco cibernético”.

A mudança para o trabalho remoto trouxe uma nova realidade para estes players: gerir e mitigar vulnerabilidades imprevistas. Por sua vez, os setores da tecnologia, media e telecomunicações estão a aumentar o foco na segurança cibernética, que se pode justificar pelas ameaças recentes de grande proporção que expõem vulnerabilidades em sistemas operacionais globais e cadeias de parceiros.

Ao nível das soluções, o relatório aponta vários caminhos, conforme o risco em questão, mas existe uma estratégia que converge quer ao nível dos riscos cibernéticos, quer em relação a outras ameaças com potencial de impactar os negócios: é essencial identificar os riscos e ameaças cibernéticas; mitigar os riscos de acordo com as melhores práticas de segurança cibernética; preparar-se e estar pronto para novos incidentes; considerar qual a parte do risco a transferir do balanço patrimonial através dos seguros, e, seguidamente, analisar as políticas atuais e disponíveis para garantir que novos riscos são cobertos.

Por fim, a Aon Portugal identifica aqueles que são considerados pelas empresas os riscos mais críticos no futuro: a inteligência artificial, os pagamentos alternativos, os planos de reforma, as cadeias de fornecimentos de tecnologia e a dark web.

Sobre esta previsão, Marcos Oliveira esclarece: “Ainda que o futuro seja incerto ao nível do risco cibernético, uma vez que a evolução tecnológica avança à velocidade da luz, as organizações têm agora a oportunidade de se preparar para o amanhã (…). Novos riscos surgem diariamente e a monitorização dos mesmos é essencial, assim como conhecer os riscos que maior impacto podem trazer ao negócio, colocando os dados das organizações a descoberto.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alemanha prevê um défice de 9% em 2021, maior do que em 2020

A chanceler alemã aprovou um Programa de Estabilidade que prevê um agravamento do défice em 2021 face a 2020, ao contrário do esperado.

O Governo alemão já aprovou o Programa de Estabilidade 2021-2025 que terá de entregar à Comissão Europeia até ao final desta semana e, ao contrário do que se poderia esperar, o défice orçamental da Alemanha não vai descer em 2021. O país, que é conhecido pelo seu conservadorismo orçamental, prevê um défice de 9% do PIB este ano, acima dos 4,2% do PIB registados em 2020.

O Programa de Estabilidade alemão antecipa que, dada a necessidade atual de manter as medidas para lutar contra a crise pandémica, o défice orçamental das administrações públicas deverá aumentar 4,8 pontos percentuais, subindo para um valor que é mais do dobro do registado no ano passado. Até ao momento, a expectativa era a de que 2020 tinha sido o pior ano para a economia e as contas públicas.

Em Portugal, o Programa de Estabilidade reviu em alta o défice de 2021 para os 4,5% do PIB, o que compara com os 4,3% previstos no Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021), mas ainda assim este valor representa uma descida face ao défice de 5,7% do PIB registado no ano passado. A expectativa do Governo português é que o défice desça para os 3,2% em 2022, ano em que as regras orçamentais europeias ainda deverão estar suspensas.

Na Alemanha este agravamento do défice está relacionado com as despesas Covid-19 por causa do confinamento prolongado que o país tem enfrentado nesta terceira vaga europeia. Porém, o Governo refere que se a execução dos gastos ficar abaixo do orçamentado, o défice será mais baixo em 2021, dependendo da duração das restrições. “Por esta razão, a projeção do défice tem um elevado grau de incerteza“, ressalva.

Em causa está o orçamento suplementar que o Governo alemão prepara para fazer face a despesas imprevistas no OE2021 relacionadas com a pandemia — também o Executivo português não esperava um segundo confinamento restritivo, recorrendo agora à reserva orçamental. Caso a dotação relacionada com a pandemia não seja gasta na totalidade, o défice poderá ficar na casa dos 7%, ainda assim maior do que o de 2020.

Fonte: Programa de Estabilidade 2021-2025 da Alemanha.

Ainda que tenha um défice de 9% do PIB em 2021, este é maioritariamente composto de despesas temporárias relacionadas com a pandemia, as quais o Governo alemão espera que se dissipem em 2022, permitindo uma redução do défice para os 3%. O próximo Orçamento do Estado já será executado pelo próximo Governo alemão que sair das eleições federais que se realizam em setembro, marcando a saída de Angela Merkel do cargo de chanceler que ocupou durante quatro mandato consecutivos (desde 2005).

O objetivo de médio prazo, que passa por um défice orçamental estrutural igual ou inferior a 0,5%, deverá ser alcançado em 2024 e no ano seguinte o défice orçamental global voltará ao equilíbrio (0% do PIB). A Alemanha é conhecida por registar excedentes orçamentais, sendo que em 2020 registou o seu primeiro défice desde 2011, ano ainda afetado pela crise financeira.

Esta evolução do défice terá repercussão na dívida pública, cujo rácio aumentará em 2021 para os 74,5%. Nos anos seguintes, com o crescimento económico e a redução do défice, a dívida deverá baixar para os 69,5% até 2025. Já o PIB deverá crescer 3% este ano, 2,6% em 2022 e 1,2% nos anos seguintes. À boleia do crescimento da economia, a carga fiscal baixará de 41,5% em 2020 para 40,5% em 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Litígios nas Parcerias Público-Privadas envolvem 878 milhões de euros

O setor rodoviário é o que tem mais contigências relativas às parcerias público-privadas num total de 368 milhões de euros, de acordo com a UTAO. Segue-se o setor ferroviário com 192 milhões.

As responsabilidades contingentes do Estado decorrentes da execução de contratos de Parcerias Público-Privadas (PPP) correspondem atualmente a 878 milhões de euros, mas este valor pode ser maior uma vez que há outros litígios não quantificados. A informação consta da análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) ao Programa de Estabilidade 2021-2025 cujo tema em destaque são as responsabilidades contingentes.

O valor global das contingências decorrentes de contratos de PPP ascende a cerca de 878 milhões de euros, existindo diferendos para os quais não existe uma quantificação atribuída“, revelam os técnicos do Parlamento especializados em finanças públicas. Este é um dos riscos identificados pela UTAO na longa lista de compromissos assumidos pelo Estado no passado e, principalmente, durante a pandemia, os quais podem vir a ser contabilizados nos défices dos próximos anos.

O maior valor em litígio está no setor rodoviário, num total de 368 milhões de euros, seguindo-se o setor ferroviário com 192 milhões de euros e o setor da saúde com 48 milhões de euros. “Existem ainda outros litígios para os quais não existe uma estimativa financeira atribuída, razão pela qual o seu possível impacto não se encontra refletido nos valores apresentados, sendo contudo identificados na análise”, detalha o relatório.

No caso da rodovia, os litígios mais substanciais passam pela subconcessão Algarve Litoral e pela subconcessão Baixo Tejo. O valor mais avultado é o do Algarve Litoral em que a recusa de visto pelo Tribunal de Contas ao contrato de subconcessão renegociado levou a uma ação judicial por parte da subconcessionária.

No caso da ferrovia, em causa está um pedido de indemnização apresentado pela ELOS-Ligações de Alta Velocidade também por causa da recusa de visto pelo Tribunal de Contas relativo aos contratos com a Infraestruturas de Portugal para intervenções no troço Poceirão-Caia e na Estação de Évora.

No caso da saúde, há a registar nove diferendos com as Entidades Gestoras dos Estabelecimentos Hospitalares dos hospitais de Braga (ex-PPP), Cascais, Vila Franca de Xira e Loures.

A UTAO recorda ainda que há outros riscos “identificáveis mas não formalizados nem quantificados”, como é o caso dos parceiros privados virem a pedir compensações (ou a reposição do equilíbrio financeiro) decorrente da crise pandémica. “Neste âmbito, é de referir que o Governo criou um regime excecional e temporário de reequilíbrio financeiro de contratos de execução duradoura, no qual se incluem as PPP, instituindo medidas extraordinárias e temporárias que visam limitar os efeitos negativos para o setor público decorrentes do acionamento de eventuais direitos compensatórios pelos parceiros privados“, recordam.

De qualquer das formas, este será um tema dos próximos anos, antecipam os técnicos da UTAO: As responsabilidades contingentes irão, muito provavelmente, ser um tema incontornável nos próximos quatro anos da vida coletiva por causa da acumulação muito expressiva de riscos para o equilíbrio orçamental ao longo do período de projeção“.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

7 perguntas e respostas sobre a OPA da Semapa

Tem ações da Semapa? Preparamos um guia com sete perguntas e respostas sobre a oferta pública de aquisição lançada pela família Queiroz Pereira. Operação começa esta terça-feira.

Arranca esta terça-feira a oferta pública de aquisição (OPA) da família Queiroz Pereira sobre a Semapa SEM 1,32% . Até quando posso decidir vender as minhas ações? Qual o preço que vou receber por elas? Se não vender, o que acontece? Preparamos um guia com sete perguntas e respostas sobre a operação lançada pela Sodim.

1. Quando arranca a OPA? E quando termina?

Estas são as principais datas. A OPA arranca já esta terça-feira, pelas 8h30. E vai decorrer durante o próximo mês, até ao dia 25 de maio. “O período da oferta ocorrerá durante quatro semanas, entre as 8h30 do dia 27 de abril e as 15h00 do dia 25 de maio de 2021, podendo as respetivas ordens de aceitação ser recebidas até ao termo deste prazo”, indicou a Sodim no anúncio de lançamento da operação.

Os resultados da OPA serão apurados em sessão especial de mercado regulamentado na Euronext, que se espera que venha a ter lugar no dia 26 de maio. A liquidação financeira da operação ocorrerá no segundo dia útil após a data da sessão especial de mercado regulamentado.

2. Qual o preço oferecido pela Sodim?

Inicialmente, a Sodim ofereceu uma contrapartida de 11,40 euros por ação, mas já reviu o preço em alta para os 12,17 euros.

Entretanto, conforme lembrou no anúncio de lançamento da OPA, a assembleia geral da Semapa do próximo dia 30 de abril deverá aprovar um dividendo de 51,2 euros, pelo que este valor terá de ser descontado da contrapartida, que passará assim para os 11,66 euros.

3. Quantas ações a Sodim já tem? E quantas quer comprar?

A Sodim afirma que já tem 58,4 milhões de ações da Semapa, incluindo os 19,4 milhões de títulos que detém e os 38,96 milhões de títulos na posse da Cimo – Gestão de Participações. Isto corresponde a 71,906% do total do capital da Semapa.

A OPA visa o capital que a holding da família Queiroz Pereira ainda não detém: ou seja, cerca de 28,1% das ações que estão na posse de outros investidores, um total de 22,8 milhões de ações. Para ficar com 100% da Semapa, a Sodim vai ter de comprar títulos à Bestinver (5,05%), ao fundo soberano da Noruega (2,13%), Cobas Asset Management (2,05%) e ir à bolsa adquirir 16,8% do capital que se encontra disperso por investidores não qualificados.

4. Quanto é que a Sodim vai investir? Já assegurou financiamento?

A OPA prevê que a Sodim venha a investir cerca de 277 milhões de euros. Mas há dois pormenores por causa do dividendo: a holding da família Queiroz Pereira tem a receber cerca de 30 milhões de euros, que poderá usar para pagar o negócio, e, além disso, com o dividendo a descontar no valor da contrapartida, a operação representará um investimento de 266 milhões.

Seja como for, a Sodim diz já ter o financiamento assegurado: há um acordo de financiamento com o BCP e a Caixa Geral de Depósitos, através de uma carta compromisso, nos termos da qual estão assegurados “os fundos necessários” para pagar a oferta até ao montante de 250 milhões de euros. O remanescente de 27,8 milhões encontra-se assegurado através de dois depósitos de quase 14 milhões de euros nos dois bancos e que estão “bloqueados para efeitos de pagamento da contrapartida”.

5. O que disse o board da Semapa sobre a OPA?

O conselho de administração da Semapa considerou que a OPA é “oportuna” e que o preço oferecido pela Sodim é “adequado”, tendo apresentado várias métricas para sustentar a sua opinião. Mas os analistas do BPI/CaixaBank, por exemplo, já afirmaram que o preço não satisfaz e que limita as hipóteses de sucesso da operação. No PSI-20, os títulos da Semapa estiveram a negociar acima dos 12,17 euros, mas fecharam a sessão desta segunda-feira um cêntimo abaixo da contrapartida da Sodim.

6. Qual é a condição de sucesso da OPA?

É condição de sucesso da oferta que a Sodim passe a deter, em consequência da mesma oferta, um mínimo de 90% dos direitos de voto da Semapa. Isto implica que a holding da família Queiroz Pereira tenha de comprar, pelo menos, 14,7 milhões de títulos (64,4% do objeto da OPA). Mas a oferente reserva-se ao direito de renunciar a esta condição de sucesso.

7. Haverá OPA potestativa? A Semapa vai sair de bolsa?

Caso a Sodim, em resultado da presente OPA, venha a deter pelo menos 90% dos direitos de voto da Semapa e, simultaneamente, venha a adquirir, pelo menos, 90% das 22.831.666 ações da Semapa que são objeto da OPA, irá recorrer ao mecanismo de aquisição potestativa das ações da Semapa que permanecerem na titularidade de outros acionistas.

Se a Sodim não adquirir pelo menos 90% das ações que são objeto da OPA, mas vier a deter pelo menos 90% dos direitos de voto da Semapa, irá promover a perda de qualidade de sociedade aberta da Semapa e saída de bolsa e, posteriormente, ponderará então se irá proceder a uma aquisição potestativa das ações da Semapa que permanecerem na titularidade de outros acionistas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Já chegou o iOS 14.5 e isto é tudo que muda no seu iPhone

A Apple lançou na segunda-feira à tarde uma nova versão do sistema operativo do iPhone. Uma das novidades é que permite desbloquear o telemóvel com Face ID, mesmo se estiver a usar máscara.

Os utilizadores de iPhone com modelos elegíveis começaram a receber, na segunda-feira à tarde, a nova versão do sistema operativo da Apple. O iOS 14.5 chega aos telemóveis por via de uma atualização de software e traz diversas novidades, incluindo a possibilidade de desbloquear o iPhone através do reconhecimento facial, mesmo se estiver a usar máscara.

A Apple apresentou novos produtos na terça-feira passada e confirmou que o iOS 14.5 seria lançado esta semana. O prometido é devido e, por volta das 18h00, o pacote passou a estar disponível nas definições do telemóvel. Se não recebeu a notificação para instalar a nova versão, pode confirmar se o seu equipamento está abrangido acedendo a Definições -> Geral -> Atualização de software. Repita o processo se tiver Apple Watch ou iPad.

Uma novidade para a pandemia

O que traz de novo esta nova versão? Uma das principais novidades é que passa a poder desbloquear o iPhone com Face ID, mesmo se estiver a usar máscara de proteção contra o coronavírus. A opção, porém, não está disponível para toda a gente: é necessário ter um Apple Watch, pois só assim é que o sistema pode confirmar que é mesmo o utilizador que está por perto, a tentar aceder ao dispositivo, de acordo com a Apple.

O iOS 14.5 está também a gerar celeuma por incluir uma novidade significativa do ponto de vista da privacidade: a partir de agora, as aplicações que pretendam seguir o comportamento dos utilizadores vão ter de pedir autorização explícita para esse efeito. Nas versões anteriores, a função vinha ligada de fábrica, pelo que se espera que, daqui em diante, a esmagadora maioria das pessoas opte por bloquear este tipo de vigilância.

Uma das empresas que mais tem contestado esta alteração é o Facebook. Nos últimos meses, a rede social tem avisado os anunciantes e negócios de que poderão ver o alcance das suas campanhas ser reduzido em dispositivos iOS. Além disso, o Financial Times revelou recentemente que um grupo de grandes empresas no mercado asiático está a trabalhar numa forma de contornar o sistema da Apple, o que levou a marca a ameaçar expulsar da loja de aplicações App Store qualquer app que tente seguir esse caminho.

Apple Podcasts tem nova cara

A terceira grande novidade está na aplicação Podcasts. Na semana passada, a Apple anunciou que pretende passar a suportar subscrições pagas de podcasts, pelo que redesenhou totalmente a aplicação. Vai existir também uma nova estrutura de canais e as assinaturas poderão dar acesso a episódios exclusivos ou lançados em antecipação.

A aplicação “Encontrar” recebe uma nova área de “Itens”. É aqui que será possível ver onde estão as chaves lá de casa se tiver adquirido um, ou vários, AirTags. São os porta-chaves com localizador lançados este mês pela marca e cada um tem um preço de 35 euros em Portugal (o custo recua ligeiramente se comprar quatro de uma só vez).

Há ainda melhorias incrementais no assistente virtual Siri, uma nova função de recalibração da bateria e funcionalidades para o Apple Maps semelhantes às do Waze, uma das aplicações de GPS mais usadas durante a condução. O Apple Music suporta novos gestos e há maior diversidade de emojis.

Os especialistas recomendam manter sempre os seus dispositivos atualizados, pois estes pacotes também resolvem algumas falhas de segurança. No entanto, há quem defenda que é melhor aguardar sempre uns dias após o lançamento: estes pacotes, por serem muito recentes, podem incluir alguns erros (bugs).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vieira, Moniz da Maia, Vasconcellos, Gama Leão: grandes devedores explicam perdas milionárias do Novo Banco

Hoje é ouvido Nuno Gaioso Ribeiro, do fundo Capital Criativo, que está a gerir a dívida que a Promovalor tinha no Novo Banco. Vieira vai ser ouvido. Moniz da Maia vai ao Parlamento na sexta.

Chegou a vez de os grandes devedores explicarem na comissão de inquérito do Novo Banco as perdas milionárias registadas pelo banco por causa dos créditos. Nuno Vasconcellos (Ongoing), Moniz da Maia (Sogema), Luís Filipe Vieira (Promovalor) e João Gama Leão (Prebuild) foram chamados pelo Parlamento. A estes grupos económicos, o banco ex-BES emprestou cerca de 2.000 milhões de euros. Contudo, a instituição financeira já perdia quase metade desse valor em 2015. A situação não melhorou desde então, com falências, reestruturações e créditos vendidos com descontos elevados.

Promovalor

Exposição em 2015: 466 milhões de euros

Imparidades em 2015: 55 milhões de euros (12% do crédito dado como perdido)

Quem é que o Parlamento quer ouvir: Luís Filipe Vieira e Nuno Gaioso Ribeiro (Capital Criativo)

Luís Filipe Vieira talvez seja a mais mediática das personalidades que a comissão de inquérito às perdas do Novo Banco vai ouvir não fosse ele o presidente de um dos grandes clubes de futebol em Portugal.

A Promovalor, o seu grupo económico, tinha uma exposição de 466 milhões de euros em 2015, para a qual o banco já havia registado imparidades de 55 milhões de euros. Em 2018, porém, essa dívida ascenderia já a 760 milhões de euros, com perdas por imparidade de 225 milhões, de acordo com o Correio da Manhã, citando a auditoria especial da Deloitte.

No fim de 2017, o grupo chegou a acordo com o Novo Banco para a reestruturação da dívida, tendo sido transferidos os ativos para um Fundo de Investimento Alternativo Especializado da Capital Criativo, que tem Nuno Gaioso Ribeiro, ex-administrador do Benfica, como CEO. Nuno Gaioso Ribeiro é ouvido no Parlamento esta terça-feira.

Neste momento, a auditora BDO deve estar prestes a concluir a auditoria específica pedida pelo Fundo de Resolução. Esta auditoria teve duas dimensões: a primeira parte abordou a concessão e recuperação dos créditos, sendo que esta análise ficou incluída na auditoria especial realizada pela Deloitte e que já foi entregue em agosto do ano passado: a segunda parte, que coube à BDO realizar, teve como objetivo analisar a operação de reestruturação do crédito, visando “obter uma opinião sobre os seus méritos, sobre o plano de negócios do fundo que foi constituído, e sobre as expectativas de recuperabilidade associadas”.

Luís Filipe Vieira aceitou ir à comissão de inquérito. A audição estava prevista para acontecer esta semana, mas o presidente do Benfica pediu adiamento pois tinha uma consulta médica.

Grupo Moniz da Maia

Exposição em 2015: 602 milhões de euros

Imparidades em 2015: 202 milhões de euros (33,6% do crédito dado como perdido)

Quem é que o Parlamento quer ouvir: Bernardo Moniz da Maia

O grupo do milionário Bernardo Moniz da Maia (que chegou a ser administrador no GES) devia mais de 600 milhões de euros ao Novo Banco em 2015, sendo que o banco já assumia perdas de 33% dessa exposição logo nessa data.

Os grandes créditos haviam sido cedidos à Sogema Investments Limited, com uma exposição de 363 milhões (imparidades de 174 milhões), e à Ybase Florestal, com uma exposição de 186 milhões (imparidades de 2,5 milhões), dados de 2015.

Bernardo Moniz da Maia vai ao Parlamento na próxima sexta-feira (é, para já, o único devedor do Novo Banco com audição agendada), embora a dívida da Sogema (cerca de 550 milhões, com quase 100% de imparidades) tenha sido alienada em 2019 ao fundo americano Davidson Kempner no pacote Nata 2.

Em 2016, numa tentativa de recuperar parte das dívidas, o Novo Banco arrestou a Bernardo Moniz da Maia um iate e um avião, no valor de 37 milhões de euros, de acordo com o Correio da Manhã. Mas grande parte do crédito ficou por cobrar.

Já em 2019, o Novo Banco pediu a insolvência da Totalpart por causa de dívidas de 16,5 milhões de euros da empresa e de 360 milhões de euros da Sogema Investments Limited.

Em junho do ano passado, o tribunal declarou a insolvência da Totalpart, mas na semana passada, como o ECO avançou, foi determinada a abertura de um “incidente de qualificação de insolvência” no processo da Totalpart para apurar se as razões da insolvência foram alheias à empresa ou por culpa dela.

Ongoing

Exposição em 2015: 605 milhões de euros

Imparidades em 2015: 400 milhões de euros (67% do crédito dado como perdido)

Quem é que o Parlamento quer ouvir: Nuno Vasconcellos

Era conhecida a relação de proximidade entre o grupo de Nuno Vasconcellos e o banco então liderado por Ricardo Salgado, antes da medida de resolução aplicada em 2014.

Em 2015, a exposição da Ongoing ao Novo Banco ascendia a 605 milhões de euros, sendo que o banco já reconhecia perdas de mais de 400 milhões em relação ao grupo naquela data.

Estas perdas diziam sobretudo respeito a papel comercial emitido pelo grupo (240 milhões de euros com imparidades associadas de 178 milhões) e à exposição de 232 milhões de euros que o banco tinha à Ongoing Strategy Investments (sobre a qual havia constituído imparidades de 194 milhões de euros), antiga acionista de referência da PT e que veio a apresentar falência em agosto de 2016 com dívidas totais de 1.200 milhões de euros.

Nuno Vasconcellos vive no Brasil há mais de dez anos onde também tem negócios, incluindo na indústria da comunicação social. Há dois anos foi notícia nos jornais brasileiros a tentativa de controlo de um parque temático em São Paulo, o Hopi Hari, um dos maiores da América do Sul.

Num artigo publicado no Observador (acesso livre) no ano passado, Nuno Vasconcellos fez uma aparição rara onde deixou críticas aos banqueiros portugueses e ao Banco de Portugal. “Entendo que alguns executivos, por razões políticas, gostem de ter um bode expiatório para esconder do povo português as terríveis decisões que tomaram ao criar o Novo Banco e deixar falir o BES — que arrastou em sua queda várias empresas que geravam empregos e recolhiam impostos em Portugal. A péssima gestão dos banqueiros e reguladores, como a do Banco de Portugal, não é de minha responsabilidade! A decisão saiu, sim, muito cara aos contribuintes portugueses, mas nada tive a ver com ela”, escreveu.

Sobre as dívidas bancárias, Nuno Vasconcellos assegurou que todo o crédito que lhe foi concedido era garantido por garantias reais, incluindo “empresas sólidas, como Zon [atualmente Nos] e Altice, terrenos valiosíssimos, na região central de Lisboa, quintas maravilhosas, empreendimentos turísticos com campos de golfe, entre outros”.

Em 2019, o Novo Banco esteve perto de vender o crédito da Ongoing (na altura ascendia a mais de 350 milhões, mais o papel comercial de 250 milhões) no pacote Nata II. Mas o Fundo de Resolução travou a venda devido ao elevado desconto de quase 100%. A dívida continua no balanço do banco e o Parlamento disse ter dificuldades em encontrar Nuno Vasconcellos para o notificar da audição.

Prebuild

Exposição em 2015: 308 milhões de euros

Imparidades em 2015: 197 milhões de euros (65% do crédito dado como perdido)

Quem é que o Parlamento quer ouvir: João Gama Leão

Em novembro de 2019, depois de o tribunal ter mandado penhorar rendimentos de João Gama Leão, limitando-o a 800 euros (o equivalente a “três remunerações mínimas garantidas” no Brasil, onde está a viver), o empresário confessou ao Expresso que não tinha quaisquer rendimentos. “Todo o património que tinha estava dentro das empresas. Como se diz no Brasil, vendo o almoço para pagar o jantar”, disse ao semanário.

Para trás, Gama Leão havia deixado em Portugal um império industrial com várias empresas como a Levira, Aleluia Cerâmicas, Viúva Lamego, Kind, Porama, ou ainda a rede de lojas de bricolage Izibuild (antiga Mestre Maco) e dívidas milionárias ao Novo Banco.

A falência da Prebuild deixou o Novo Banco a reclamar 334 milhões de euros, isto apesar de já o banco ter perdoado 80 milhões num Plano Especial de Revitalização acordado com os credores em 2015.

No final desse ano, o Novo Banco tinha créditos de 217 milhões de euros cedidos à Prebuild Global Supply (com imparidades de 179 milhões) e de 50 milhões de euros à Aleluia Cerâmicas (com imparidades de cinco milhões).

Tal como as dívidas da Ongoing, também as dívidas da Prebuild estiveram para ser vendidas na carteira Nata II, mas o Fundo de Resolução riscou o nome do grupo da lista final. E tal como acontece com Nuno Vasconcellos, também o Parlamento está com dificuldades em contactar João Gama Leão, que estará a viver em Campo Grande, a capital do estado de Mato Grosso do Sul.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Este deve ser o último estado de emergência. E agora?

Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa querem que este seja o último estado de emergência. Saiba como pode ser a vida para lá de segunda-feira, dia em que se espera o último passo no desconfinamento.

Há um alinhamento entre Belém e São Bento de que este deve ser o último estado de emergência. “Desejaria que fosse a última renovação do estado de emergência”, disse o Presidente da República em meados deste mês, quando explicou aos portugueses a decisão de o decretar pela 15.ª vez. O fim está apontado para as 23h59 de sexta-feira, 30 de abril.

A intenção do Governo é a mesma. Na mais recente avaliação à situação pandémica, há cerca de 15 dias, na qual foi anunciada a passagem para mais uma fase do desconfinamento, o primeiro-ministro afirmou-o com todas as letras. Referindo-se às palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa admitiu que era esse, também, o desejo “de todos os órgãos de soberania”, bem como “de todos os cidadãos”.

É neste contexto que os cientistas se reuniram esta terça-feira de manhã com os decisores políticos no auditório do Infarmed. No encontro híbrido, os epidemiologistas apresentaram um retrato da evolução da pandemia ao longo das últimas semanas, um raio-X que deverá fundamentar as decisões que o Conselho de Ministros terá de tomar na quinta-feira. É nesse dia que António Costa deverá anunciar se o país dá ou não o derradeiro passo previsto no plano de desconfinamento.

Tendo em conta que qualquer renovação do estado de emergência carece sempre de autorização da Assembleia da República, na quinta-feira os portugueses já deverão ter uma ideia mais aproximada sobre se o estado de emergência continua, com base na experiência das renovações anteriores. Já depois da publicação desta notícia, foi confirmado que o Presidente da República vai falar aos portugueses já esta terça-feira à noite, pelas 20h00.

Para já, tudo indica que a última fase da reabertura é mesmo para avançar. Esta segunda-feira, António Costa disse ter “a esperança” de que os especialistas confirmem “o que os dados parecem indicar”: “Que estamos no bom caminho e que possamos dar o passo que falta dar”, reconheceu. Mas reforçou que é apenas uma “esperança”, não “um compromisso”. Contas feitas, salvo agravamentos súbitos e dramáticos nos números da pandemia, este deverá, assim, ser mesmo o último estado de emergência. E os zero óbitos por Covid-19 registados esta segunda-feira dão ainda mais força a essa hipótese.

Gerir uma pandemia sem estado de emergência

Existem várias incógnitas sobre como será feita a gestão da pandemia depois de segunda-feira, 3 de maio. O dia em que, se a reabertura se confirmar, os restaurantes passam a poder contar com dez pessoas à mesma mesa numa esplanada ou seis pessoas no interior, e a partir do qual são retomados os grandes eventos exteriores (alguns concelhos podem ficar para trás ou mesmo recuar, mas já lá vamos).

No entanto, é possível afirmar com alguma certeza que isso não vai significar que tudo volte a ser como era antes da chegada da pandemia. Com tantas medidas e restrições tomadas este ano, muitos portugueses já se terão esquecido. Mas não seria a primeira vez que o Governo teria de manter a Covid-19 sob controlo sem a necessidade de recurso ao estado de emergência.

Cimeira europeia para aprovação do pacote de ajuda financeira aos países da União Europeia no pós pandemia
António Costa, primeiro-ministro português, está alinhado com o Presidente da República: este deve ser, por isso, o último estado de emergência.European Union

Na conferência de imprensa de 15 de abril, António Costa levantou parcialmente o véu ao que poderá ser a nova fase de vida em pandemia para os portugueses em território continental. O líder do Governo começou por recordar que “as primeiras medidas que foram adotadas” face à chegada da Covid-19 foram decretadas fora do estado de emergência. “Por exemplo, a cerca [sanitária] de Ovar foi adotada sem estado de emergência e com base na Lei de Bases da Proteção Civil e as medidas de confinamento obrigatório foram adotadas com base na Lei de Bases de Saúde Pública, que era um quadro jurídico que entendemos ser suficiente”, recordou António Costa.

Ou seja, não se esperando um confinamento obrigatório para depois de 3 de maio, nem por isso o Governo deverá baixar a guarda. Também a 15 de abril, o primeiro-ministro afirmou: “Temos de procurar um equilíbrio na forma de ir desconfinando com segurança. Espero que, daqui a 15 dias, o Sr. Presidente da República não sinta a necessidade de requerer o estado de emergência e que o Governo não sinta necessidade de o pedir ao Presidente da República. Mas nunca evitaremos solicitar as medidas que julgamos estritamente necessárias para salvaguardar a saúde pública.”

Desta feita, para o próximo período, é possível que o país regresse estado de calamidade, uma espécie de nível abaixo do estado de emergência. O Público avançou esta terça-feira que será isso que Marcelo Rebelo de Sousa vai anunciar à noite. Mas isso não impede o Executivo de continuar a apelar ao dever cívico de recolhimento domiciliário: “Sempre que possamos ficar em casa, devemos ficar em casa. Sempre que possamos diminuir os contactos sociais, devemos diminuir”, afirmou também António Costa há cerca de 15 dias.

Reabertura a várias velocidades

Mesmo sem estado de emergência, deverá continuar a ser possível tomar medidas de caráter local, “evitando a adoção de medidas de nível nacional”. Foi o que aconteceu, por exemplo, em setembro do ano passado. Em meados desse mês, Portugal estava em situação de contingência e havia medidas para todo o território, mas também outras — mais apertadas — só para as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.

Essa deverá ser a realidade daqui para a frente. Neste momento, quatro concelhos do território continental que tinham situações pandémicas mais perigosas ainda estão na primeira fase do plano de desconfinamento, estando os seus munícipes impedidos de se deslocarem para o exterior. São eles Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior, que há 15 dias foram obrigados a recuar na reabertura. Outros seis mantêm-se na fase anterior: Alandroal, Albufeira, Carregal do Sal, Figueira da Foz, Marinha Grande e Penela.

O Governo deixou ainda 13 concelhos de sobreaviso, que estão em risco de não darem o último passo no desconfinamento por terem incidências elevadas da Covid-19: Aljezur, Almeirim, Barrancos, Mêda, Miranda do Corvo, Miranda do Douro, Olhão, Paredes, Penalva do Castelo, Resende, Valongo, Vila Franca de Xira e Vila Nova de Famalicão.

E o que nos dizem os dados mais atuais? Na sexta-feira, a Direção-Geral da Saúde atualizou as incidências por concelho e a lista de municípios que acumulam a 14 dias mais de 120 casos por 100 mil habitantes aumentou para 43 (contando com as regiões autónomas). Odemira, que recuou na reabertura, continua com 991 casos, mantendo-se na categoria de maior risco. Moura (153), Portimão (306) e Rio Maior (137), que também recuaram, estão com incidências mais baixas, mas ainda assim acima da fasquia dos 120.

Quanto aos seis concelhos que não avançaram no desconfinamento, apenas Alandroal (60) está com uma incidência abaixo dos 120. Albufeira (159), Carregal do Sal (227), Figueira da Foz (153), Marinha Grande (140) e Penela (278) continuam acima da linha vermelha.

Em relação à lista dos 13 concelhos de sobreaviso, três já regressaram abaixo da linha dos 120 casos: Miranda do Corvo (63), Olhão (110), Penalva do Castelo (28) e Vila Franca de Xira (111). Mas, para já, continuam na lista de risco os concelhos de Aljezur (501), Almeirim (191), Barrancos (122), Mêda (153), Miranda do Douro (234), Paredes (209), Resende (572), Valongo (185) e Vila Nova de Famalicão (146). Estes concelhos estão, agora, em sério risco de não avançar para a próxima e última fase da reabertura.

Por fim, em relação aos novos concelhos que António Costa poderá deixar de sobreaviso na quinta-feira, também serão vários. Mais concretamente, 18 municípios: Alijó (207), Alpiarça (170), Arganil (127), Baião (123), Cabeceiras de Basto (326), Castelo de Paiva (136), Cinfães (247), Coruche (200), Fafe (141), Marco de Canaveses (120), Melgaço (124), Paços de Ferreira (125), Penafiel (130), Peso da Régua (127), Sever do Vouga (150), Tabuaço (199), Vila Pouca de Aguiar (125) e Vila Real de Santo António (139).

Esta lista não é final, mas indicia que o desconfinamento a várias velocidades vai acentuar-se ainda mais a partir da próxima semana. No entanto, são apenas hipóteses que ainda estão em aberto. Só na quinta-feira, após a reunião do Conselho de Ministros, é que tudo ficará mais esclarecido.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h27)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas no apoio à retoma só vão poder cortar horários em 75%

Os empregadores em crise que adiram ao apoio à retoma vão passar a poder cortar, no máximo, em 75% os horários de trabalho, entre maio e setembro. Hoje redução máxima é de 100%.

O apoio à retoma progressiva foi prolongado até ao final de setembro, mas, ao contrário do que tem acontecido nos últimos meses, a partir do próximo mês os empregadores deixarão de poder cortar os horários de trabalho e 100%. Ao ECO, fonte oficial do Ministério do Trabalho explica que, nos próximos cinco meses, a redução máxima do período normal de trabalho passará a ser de 75%.

Criado em agosto de 2020 como sucedâneo do lay-off simplificado, o apoio à retoma progressiva permite hoje aos empregadores em crise reduzirem o período normal de trabalho (PNT) dos seus empregadores, em função das quebras de faturação. Ou seja, atualmente, os empregadores com quebras de, pelo menos, 25%, mas inferiores a 40%, podem reduzir os horários até 33%. Já aqueles que registem quebras iguais ou superiores a 40%, mas inferiores a 60%, podem cortar os tempos de trabalho no máximo em 40%. Se as quebras forem iguais ou superiores a 60%, mas inferiores a 75%, esse máximo é de 60%. E no caso dos empregadores com quebras iguais ou superiores a 75%, é possível cortar em 100% os horários de trabalho.

Em janeiro, o Governo decidiu prolongar até ao final do semestre este regime, tendo estabelecido, contudo, que em maio e junho os empregadores mais afetados pela pandemia (isto é, com quebras de, pelo menos, 75%) deixariam de poder reduzir os tempos de trabalho em 100%. Segundo o decreto-lei publicado pelo Executivo, nesse período, o corte máximo passaria, então, para 75%.

No final de março, o Governo voltou a alterar o apoio à retoma progressiva, ditando que, afinal, ficará disponível não até ao final de junho, mas até ao final de setembro. O decreto-lei que estabeleceu essa prorrogação não mencionava, porém, os limites máximos da redução do período normal de trabalho para esse novo período.

“Como a vigência desse diploma legal foi agora prorrogada até 30 de setembro, abriu-se uma lacuna — ou seja, um vazio legal — quanto à redução máxima possível do período normal de trabalho nos meses de julho a setembro para as empresas com quebras de faturação iguais ou superiores a 75%”, explicou ao ECO Rui Valente, sócio da Garrigues.

Em declarações ao ECO, também Diogo Orvalho, consultor da Abreu, levantou essa dúvida. “A questão que me parece que se coloca com mais pertinência é a de saber se, em face da prorrogação do apoio até setembro de 2021, e na falta de previsão concreta relativamente ao corte máximo dos horários nos meses de julho, agosto e setembro, qual será o corte máximo possível dos horários durante estes três meses“.

A legislação publicada não permite, para já, responder a esse “vazio legal”, mas ao ECO fonte do Ministério do Trabalho explica que a prorrogação do apoio à retoma deu-se com o pressuposto de que, de julho a setembro, será aplicado o mesmo corte máximo do período normal de trabalho que o previsto para os meses de maio e junho, isto é, 75%.

É importante notar que, no decreto-lei publicado em janeiro, o Governo adiantava que seria feita uma avaliação, em abril, no que diz respeito ao corte máximo a aplicar em maio e junho, face à evolução da situação pandémica e da atividade económica relativa ao primeiro trimestre, “procedendo ao ajustamento dos limites de redução temporária do PNT em função das respetivas conclusões”.

De acordo com os dados mais recentes disponibilizados pelo Gabinete de Planeamento e Estratégia do Ministério do Trabalho, mais de 29 mil empresas tinham pedido para aderir a este apoio, até ao início de março. Este regime tem existido a par do lay-off simplificado, que continua a ser considerado mais atrativo pelas empresas, já que este prevê a isenção total das contribuições sociais. Com o desconfinamento, a maioria das empresas deixou agora de ter acesso a esse regime, pelo que, a precisarem de ajuda para a manutenção dos postos de trabalho, têm, em alternativa, à disposição o apoio à retoma progressiva.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo cria 53 espaços de teletrabalho no Interior até ao final de junho

  • Lusa
  • 26 Abril 2021

Dos 53 espaços previstos pelo Governo para o Interior, 16 são na região Norte, 23 no Centro, três no Alentejo e 11 no Algarve. Iniciativa tem um orçamento de cerca de 20 milhões de euros.

O Governo pretende abrir até ao final de junho 53 espaços de teletrabalho no Interior do país, em igual número de municípios, para dinamizar estes territórios e facilitar a fixação e atração de pessoas e empresas, foi anunciado esta segunda-feira.

“O estabelecimento destes espaços de coworking, previsto no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), vai contribuir para a dinamização dos territórios do Interior, facilitando a fixação e atração de pessoas e empresas, diminuindo a necessidade de deslocações e a consequente pegada carbónica e melhorando a qualidade de vida das populações do Interior, ao promover a conciliação entre vida profissional e familiar”, lê-se numa nota do executivo.

Num comunicado conjunto, os ministérios da Coesão Territorial e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social indicam que, na primeira fase da rede nacional de espaços de coworking, vão abrir até ao final de junho deste ano 53 espaços, sendo 16 na região Norte, 23 no Centro, três no Alentejo e 11 no Algarve.

Os espaços, disponibilizados pelas autarquias, vão estar devidamente equipados com computadores, impressoras e acesso à internet e vão ser divididos em áreas de diferentes tipologias, de forma a disporem de bancadas livres para diferentes períodos de ocupação, zonas privadas para videochamadas, áreas para reuniões e locais para a realização de apresentações ou ações de formação. Vão localizar-se em espaços centrais, próximos de serviços, espaços culturais ou destinados à prática de desporto“, lê-se na mesma nota.

As câmaras municipais serão responsáveis pela divulgação destes espaços, disponibilizando fotografias ou vídeos para permitir a realização de visitas virtuais por parte de eventuais interessados, e fornecendo informação relativa às características do espaço, condições de utilização, calendário anual, horário de utilização e custo associado.

O Governo compromete-se, através das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento, “a considerar a disponibilização de fundos europeus” para, quando necessário, apoiar a contratação e a mobilidade de trabalhadores e comparticipar a adaptação física destes espaços, mas também a aquisição de mobiliário ou equipamento informático, segundo os ministérios liderados por Ana Abrunhosa e Ana Mendes Godinho.

O teletrabalho e o coworking assumem particular importância para os territórios do Interior na redução da assimetria geográfica de ofertas profissionais, democratizando as oportunidades entre as regiões de elevada densidade populacional e as de menor densidade. A rede agora constituída, alinhada com os objetivos do Programa de Valorização do Interior, pretende incentivar a fixação de pessoas no interior do país e promover a partilha de experiências e ideias entre trabalhadores de vários contextos e origens”, acrescenta.

A assinatura dos acordos de cooperação nas quatro regiões que vão acolher estes espaços realiza-se esta semana, começando pelo Alentejo, na terça-feira, em Vendas Novas, distrito de Évora.

Segundo o Programa de Estabilização Económica e Social, de junho do ano passado, a criação de espaços de coworking/teletrabalho no Interior do país tem um orçamento de cerca de 20 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tesla com lucros e receitas recorde no primeiro trimestre

  • ECO
  • 26 Abril 2021

Fabricante de automóveis espera que o crescimento do volume de negócios supere os 50% este ano, com o início de produção nas novas fábricas no Texas e em Berlim.

A Tesla fechou o primeiro trimestre de 2021 com lucros de 413 milhões de dólares, acima dos 32 milhões obtidos um ano antes. Também o volume de negócios superou as estimativas de Wall Street.

Os resultados da fabricante de automóveis de Tesla eram aguardados com expectativa, depois de ter anunciado no início do mês que realizou um total de 184,8 mil entregas neste período, um valor recorde.

Nessa medida, as vendas ficaram ligeiramente acima do esperado por Wall Street, atingindo os 10,39 mil milhões de dólares, acima dos 5,99 mil milhões registados no mesmo período do ano passado.

A companhia fundada por Elon Musk espera que o crescimento do volume de negócios supere os 50%, tendo adiantado que deverá começar a produção e entregas por parte das novas fábricas no Texas e Berlim ainda este ano.

As contas trimestrais da Tesla revelam ainda compras de 1,2 mil milhões de dólares em bitcoin.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street fecha em recorde com otimismo na earnings season

Tesla avançou mais de 1% com investidores à espera de bons resultados da fabricante de automóveis de Elon Musk, e atirou os índices S&P 500 e Nasdaq para máximos históricos.

Os índices S&P 500 e Nasdaq fecharam a sessão desta segunda-feira em máximos históricos, à boleia dos ganhos da Tesla, que apresenta resultados esta segunda-feira, e isto no arranque de uma semana em que as big tech vão também prestar contas ao mercado.

O benchmark S&P 500 somou 0,18% para 4.187,62 pontos e o tecnológico Nasdaq avançou 0,87% para 14.128,78 pontos, com ambas as praças a encerrarem em níveis recorde. Apenas o Dow Jones fechou em queda: -0,18%.

Em relação à Tesla, as ações da fabricante de automóveis valorizaram 1,21% para 738,20 dólares. Os analistas esperam uma subida das vendas depois de ter feito entregas de carros recorde no primeiro trimestre do ano.

A semana vai ser preenchida em termos de earnings season: depois da Tesla, seguem-se a Alphabet e a Microsoft na terça, o Facebook e Apple na quarta e a Amazon na quinta-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.