Polícia Judiciária faz buscas na Câmara Municipal de Lisboa

  • ECO e Lusa
  • 20 Abril 2021

A Polícia Judiciária está a realizar buscas em instalações da Câmara Municipal de Lisboa, concretamente no Campo Grande e nos Paços do Concelho.

A Polícia Judiciária (PJ) realizou buscas na Câmara Municipal de Lisboa esta terça-feira. A notícia foi avançada pelo Observador e pela RTP, que citam um comunicado da autarquia que confirma as diligências em instalações no Campo Grande e nos Paços do Concelho.

A ação da PJ resulta de várias denúncias, incluindo uma participação ao Ministério Público por parte do próprio município. Segundo a PJ, “estarão em causa suspeitas da prática de crimes cometidos no exercício de funções públicas, relacionados com a área do urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, nomeadamente, abuso de poder, participação económica em negócio, corrupção, prevaricação, violação de regras urbanísticas e tráfico de influências”.

Mais em concreto, segundo a Câmara Municipal, essas denúncias estiveram relacionadas com a “empreitada na Segunda Circular cancelada pela autarquia”, com “processos urbanísticos (Hospital da Luz, Torre da Av. Fontes Pereira de Melo, Petrogal, Plano de Pormenor da Matinha, Praça das Flores, Operação Integrada de Entrecampos, Edifício Continente, Twin Towers, Convento do Beato)” e, ainda, com as empreitadas “São Pedro de Alcântara e Piscina Penha de França”.

“Tanto a empreitada anulada pelo município na Segunda Circular, como a Torre de Picoas e Hospital da Luz já tinha sido adiantado pela Procuradoria-Geral da República estarem a ser alvo de investigação“, sublinha o comunicado, enviado também ao ECO. “As diligências hoje efetuadas são as primeiras que a Câmara tem conhecimento sobre estes processos”, acrescenta a mesma nota.

A ação da PJ foi realizada no âmbito de oito inquéritos dirigidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa – 1ª Secção, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, com o apoio da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática, juntamente com Magistrados do Ministério Público.

Foram executados “28 mandados de busca, 10 buscas domiciliárias e 18 não domiciliárias, visando a recolha de documentação relacionada com suspeitas de práticas criminosas, sob investigação”. “A ação desenvolveu-se em Lisboa, Sintra, Cascais, Caldas da Rainha e Alvor, contando com a participação de seis magistrados do Ministério Público e de 90 inspetores e peritos da Polícia Judiciária”, indicou a PJ, em comunicado.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h25)

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Vodafone destaca-se pelo desempenho no 3G e 4G, diz Anacom

Na avaliação da Anacom, vários indicadores da qualidade do serviço de comunicações registam "piores desempenhos nas áreas predominantemente rurais".

A Vodafone destaca-se na qualidade do serviço de comunicações móveis em Portugal, na avaliação feita pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). A operadora fica no primeiro lugar em indicadores como a velocidade de transferência de dados e o tempo de estabelecimento de chamadas, tendo o melhor desempenho no 3G e 4G.

A avaliação da Anacom considerou 13 indicadores de qualidade, com base em: chamadas e conversações, para avaliação do serviço de voz; transferências de ficheiros, de páginas web e de vídeos, para avaliação dos serviços de dados e medições de níveis de sinal das redes rádio, para avaliação da cobertura.

Os “sistemas de comunicações móveis dos operadores analisados apresentam, em média, boa cobertura rádio GSM e adequada cobertura rádio UMTS [Sistema de Comunicações Móveis de terceira geração: 3G] e LTE [4G]”, sinaliza a reguladora. Ainda assim, há “piores desempenhos nas áreas predominantemente rurais, e entre os operadores, em particular os piores desempenhos da Meo e da Nos, em UMTS e em LTE”. Já a Vodafone, “que na maioria dos indicadores analisados no estudo regista o melhor desempenho, apresenta um pior desempenho em GSM” (2G), nota a Anacom.

O serviço de voz também “apresenta bom desempenho global em todos os operadores”, apesar de registar uma “acentuada degradação” nas áreas predominantemente rurais. Nos serviços de dados, em transferência de ficheiros, há algumas diferenças entre os operadores, com a Meo a destacar-se de forma negativa, segundo a avaliação da Anacom.

No que diz respeito aos serviços de navegação na Internet e Youtube, e também a latência de transmissão de dados, estes “apresentam desempenhos inferiores, face à transferência de ficheiros, observando-se também algumas diferenças entre operadores e tipologias de áreas urbanas”, sendo que, “de uma forma geral, o operador Meo e as áreas predominantemente rurais registam os piores desempenhos”.

Olhando para as regiões, “de uma forma global, observam-se melhores desempenhos dos serviços e melhor cobertura das redes móveis na Área Metropolitana de Lisboa, seguindo-se as regiões do Norte e do Algarve”, indica a reguladora. Já os piores desempenhos são nas regiões do Centro e do Alentejo.

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PSD só apoiará “medida pontual” sobre enriquecimento ilícito que seja “eficaz e constitucional”

  • Lusa
  • 20 Abril 2021

Na segunda-feira, o Presidente da República pediu que se encontre o meio adequado para criminalizar o enriquecimento injustificado, defendendo que este passo já devia ter sido dado.

O PSD afirmou que só apoiará uma “medida pontual” de criminalização do enriquecimento ilícito se esta for “eficaz e constitucional”, fazendo questão de distinguir a crise da justiça do combate à corrupção.

Questionada pela Lusa sobre o apelo feito na segunda-feira pelo Presidente da República para que se encontre o meio adequado para criminalizar o enriquecimento injustificado, fonte da direção do PSD começou por separar os vários planos.

“Antes de mais é preciso esclarecer: Uma coisa é a crise da Justiça, outra é o combate à corrupção e outra ainda – pontual – é a criminalização do enriquecimento ilícito”, refere a mesma fonte, numa resposta enviada à Lusa por escrito.

A direção social-democrata defende que “o PSD foi o principal partido, senão o único, a promover uma profunda reforma da Justiça em Portugal, em 2018”.

“Assim, o PSD entende que o Sistema de Justiça não se tem mostrado capaz de combater a corrupção, pelo que serão necessárias alterações nesse sentido”, acrescenta a mesma fonte.

Em concreto, e “relativamente à medida pontual da criminalização do enriquecimento ilícito, o PSD apoiará sempre qualquer norma nesse sentido, desde que seja eficaz e constitucional”. “A não ser assim, não o poderá fazer”, garante o partido.

Na segunda-feira, o Presidente da República pediu que se encontre o meio adequado para criminalizar o enriquecimento injustificado, defendendo que este passo já devia ter sido dado e que “há vários caminhos” para o fazer respeitando a Constituição.

“Eu para aí há dez anos, ainda não era Presidente, defendia que era preciso prever um crime, chamasse-se ele como se chamasse, que, respeitando a Constituição, punisse aquilo que é um enriquecimento nomeadamente de titulares dos poderes públicos que não tem justificação naquilo que é a remuneração do exercício de funções públicas”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa.

Segundo o chefe de Estado, “há vários caminhos e há várias propostas” para fazer isso respeitando a Constituição da República Portuguesa: “Procurem-se esses caminhos para que se não perca uma boa ideia por causa da forma da concretização”, apelou.

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Há mais cinco mortes por Covid-19 e 424 infetados em Portugal

Desde o início da pandemia o país soma 831.645 casos e 16.951 óbitos por Covid-19. O número de recuperados está atualmente nos 790.118.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 424 novos infetados e cinco mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico desta terça-feira. Desde o início da pandemia o país soma 831.645 infetados com SARS-CoV-2, dos quais 16.951 acabaram por falecer.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, registando-se uma queda no número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente, 429 estão internados em unidades hospitalares (menos 25 do que no balanço anterior), dos quais 113 nos cuidados intensivos (mais um).

O número de pessoas que recuperaram da infeção desde o início da pandemia é de 790.118, mais 902 face ao balanço desta segunda-feira. Portugal regista 24.576 casos ativos de infeção (menos 483). O boletim dá ainda conta de que há mais de 21 mil pessoas sob vigilância das autoridades de saúde.

Boletim epidemiológico de 20 de abril

Lisboa e Vale do Tejo concentrou a maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas. Dos 424 novos casos identificados, 153 foram nesta região. Segue-se o Norte, que registou 129 novos casos, e o Alentejo, que identificou mais 41 casos. Já o Centro conta com 34 novos casos, o Algarve com 28, a Madeira com 23 e os Açores com 16.

(Notícia atualizada às 14h20)

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Novo Banco vendeu carteira de malparado por valor inferior às próprias garantias

  • Lusa
  • 20 Abril 2021

Segundo o deputado do PSD Alberto Fonseca, citando a auditoria da Deloitte, o Novo Banco vendeu uma carteira de malparado por 156,8 milhões de euros quando tinha colaterais no valor de 196 milhões.

O deputado do PSD Alberto Fonseca apontou esta terça-feira que o Novo Banco vendeu a carteira de crédito malparado Nata II por um valor inferior às suas próprias garantias, baseando-se no relatório da Deloitte à instituição.

Segundo o deputado social-democrata, o Novo Banco vendeu “créditos cujo valor bruto era de 1.464 milhões de euros, o valor líquido eram 242 milhões, e que tinha ativos imobiliários de garantia de 196 milhões”, tendo alienado a carteira “por 156,8 milhões de euros”.

Alberto Fonseca questionava o sócio da Deloitte João Gomes Ferreira na comissão de inquérito às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, que decorre no parlamento, tendo o responsável da auditora remetido para a instituição bancária explicações sobre esta questão.

Segundo o responsável da auditora, “o valor que normalmente se obtém neste tipo de operações de venda é um valor que é abaixo daquilo que é o valor de referência da avaliação que existia para os colaterais”, sendo de 30% ou 40% em alguns casos.

Alberto Fonseca salientou que, “mesmo considerando esse desconto, só os imóveis valem mais do que o valor da venda”, cerca de 40 milhões de euros, sem contar com os créditos que também foram vendidos na carteira em causa, Nata II.

O deputado do PSD considerou “ainda mais escandaloso” que na Nata II os ativos vendidos abrangidos pelo Acordo de Capitalização Contingente (CCA), que permite pedir ao Fundo de Resolução cobrir as perdas geradas, foram vendidos “por 143 milhões”, relativos a “ativos cujas garantias imobiliárias eram de 189 milhões de euros”, pelo que “a diferença ainda é maior”.

“Pelo valor que está aqui, sim, porque o valor das garantias imobiliárias, no caso dos CCA, que era, aliás, o grosso da carteira vendida. Eram 36 em 45 [ativos] e eram 92% do valor contabilístico, era a quase totalidade do portefólio”, confirmou João Gomes Ferreira.

“A juntar a isto tudo ainda temos mais cinco grupos económicos sobre os quais ainda existiam garantias de depósitos e ações que cobriam 16% desses créditos“, apesar de no relatório não estar detalhado o valor explícito deste grupo de ativos, disse ainda Alberto Fonseca.

O parlamentar eleito pelo círculo do Porto afirmou que a carteira de crédito Nata II “tem inúmeras questões”, com a Deloitte a apontar que estar separado em várias jurisdições “foi um entrave a ter mais ofertas”, referindo ainda que “não teve um parecer nem a participação da área de gestão de créditos no perímetro deste portefólio, não teve a valorização preliminar por parte desta unidade” e “a assessoria, quer financeira quer jurídica, foi feita sem consulta de mercado” e “sem análise de conflitos de interesses”, sendo que também a área de conformidade (‘compliance’) do banco “já se tinha oposto” à contratação da Alantra, que acabou por ser contratada na mesma.

“A entidade que foi escolhida para o fairness opinion [opinião de razoabilidade] foi sem o questionário de conflito de interesses, sem parecer do compliance, a análise das contrapartes relativamente ao branqueamento de capitais só foi obtida em março de 2020, já depois de a venda se ter concretizado”, referiu Alberto Fonseca.

O parlamentar do PSD prosseguiu dizendo que “as intervenções do Fundo de Resolução e da Comissão de Acompanhamento só acontecem depois do contrato de compra e venda, existem muitas dúvidas sobre o processo”, existindo também “muita celeridade na venda” por parte do Novo Banco.

Para o sócio da Deloitte, a Nata II “é uma operação específica pela natureza dos ativos em causa”, com “um conjunto mais relevante de situações identificadas na operação e face à forma como foi efetuada”.

Antes, João Gomes Ferreira já tinha referido que a carteira “tinha um conjunto de devedores de montante muito significativo em que a expectativa de recuperação já era zero ou era quase zero”, de forma a explicar a diferença entre o valor bruto da carteira e o valor líquido.

“Acho que o Novo Banco poderá explicar melhor o que aconteceu e as razões para estes factos”, concluiu.

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Montijo ou Alcochete? ANA “não tem interesse económico” numa solução em vez de outra

  • Lusa
  • 20 Abril 2021

ANA é “parceira do Estado português”, que é “soberano” na escolha da localização para o novo aeroporto.

O presidente da Comissão Executiva da ANA disse que a gestora de aeroportos “não tem interesse económico” numa das soluções para a expansão aeroportuária em Lisboa em vez de outra, mas que o Montijo é a “solução mais rápida”.

“A ANA não tem interesse económico numa solução ou outra”, garantiu Thierry Ligonnière, que foi ouvido pela comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, sobre a construção do novo aeroporto de Lisboa na Base Aérea n.º 6, no Montijo, cujo pedido foi indeferido pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), por falta de parecer positivo de todos os municípios envolvidos.

Na sequência do indeferimento, o Estado decidiu avançar para uma avaliação ambiental estratégica, que vai analisar três opções: Aeroporto Humberto Delgado como principal e complementado pelo do Montijo; Montijo como aeroporto principal e complementado pelo Humberto Delgado; ou a construção de um novo aeroporto no campo de tiro de Alcochete.

“Consideramos que Montijo é a solução mais rápida […] e sem custos para contribuinte, o que não acontece com as outras opções”, acrescentou o presidente da Comissão Executiva da ANA, que tem um contrato de concessão com o Estado para exploração aeroportuária no país.

Relativamente ao contrato de concessão com o Estado, o responsável explicou que ele contempla duas opções: ou há uma opção de raiz que implica a desativação do atual aeroporto de Lisboa, ou uma solução alternativa proposta pela concessionária.

O responsável da ANA/Vinci explicou que, qualquer que fosse a solução prevista no contrato escolhida, ela teria de ser “reequilibrada através de um aumento das taxas ou, se isso não for suficiente, o recurso a recursos públicos”, ou seja, a ANA não ficaria a perder.

Questionado sobre uma eventual indemnização devida pelo Estado à ANA, se optar por outra localização que não a do Montijo, sugerida em 2015 pela gestora de aeroportos da Vinci, Thierry Ligonnière garantiu que a ANA é “parceira do Estado português”, que é “soberano” na escolha da localização para o novo aeroporto.

“Assim sendo, não há lugar a indemnização pela escolha de uma ou outra solução prevista no contrato. […] Somos parceiros do Estado no desenvolvimento das infraestruturas aeroportuárias e, portanto, vamos, naturalmente, colaborar na execução da solução escolhida, seja ela qual for”, assegurou.

Thierry Ligonnière explicou que a solução do Montijo seria concluída no prazo de quatro anos, a partir da assinatura do contrato que define as condições de implementação, ao passo que uma solução em Alcochete exigiria o recomeço do processo, com a avaliação ambiental e a realização dos estudos necessários, por exemplo, o que demoraria mais tempo a estar concluída.

O preço dessa demora seria, disse, a ausência de receita e a perda de oportunidades, a partir da retoma do tráfego aéreo aos valores pré-pandemia, que a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla inglesa) aponta para 2024.

Questionado sobre um relatório da ANA datado de 2007, em que a gestora desaconselha a opção Montijo para a expansão da capacidade aeroportuária, Thierry Ligonnière disse não conhecer os pormenores do estudo, uma vez que foi efetuado antes da venda da ANA ao grupo francês Vinci, concluída em 2013, mas argumentou que “as circunstâncias que existiam em 2007, já não existem” e que o mundo “mudou drasticamente nos últimos dois anos”.

“Nós estamos sempre disponíveis para acompanhar o Estado português […] para, de forma objetiva, definir, ajudar, aconselhar sobre as soluções aeroportuárias que melhor encaixam com o caderno de encargos da concessão”, reiterou o responsável, acrescentando que esse caderno de encargos define que “não haja recurso a dinheiros públicos” na construção desta infraestrutura.

Em relação à necessidade de parecer positivo de todos os municípios afetados, o presidente da Comissão Executiva da ANA disse apenas que confia no Estado “para salvaguardar o interesse geral”, nomeadamente através da via legislativa.

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ANA com resultados negativos em 2020 pela primeira vez desde privatização

  • Lusa
  • 20 Abril 2021

A ANA perdeu, durante o ano de 2020, cerca de 600 milhões de euros em receitas por causa da pandemia.

A ANA vai apresentar resultados negativos no ano de 2020, com uma perda de cerca de 600 milhões de euros de receitas, o que acontece pela primeira vez desde a sua privatização em 2013, adiantou hoje o presidente da Comissão Executiva.

“Pela primeira vez, em 2020 a ANA vai apresentar resultados negativos. A ANA perdeu, durante o ano de 2020, cerca de 600 milhões de euros em receitas”, disse Thierry Ligonnière, que foi ouvido esta manhã pela comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, sobre a construção do aeroporto na Base Aérea n.º6, no Montijo.

Ainda assim, sublinhou o responsável, no ano passado, em plena crise provocada pela pandemia de covid-19, a ANA investiu cerca de 76 milhões de euros na sua rede de aeroportos, nomeadamente em melhorias operacionais no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.

Para o responsável, os resultados positivos obtidos nos anos anteriores deixaram a gestora de aeroportos numa situação favorável para suportar os efeitos da crise na aviação, um dos setores mais afetados pelas restrições à mobilidade, para conter a pandemia.

Em 2012, o Governo de Pedro Passos Coelho aprovou a venda da ANA – Aeroportos de Portugal, que era detida maioritariamente pelo Estado, ao grupo francês Vinci, que ficou concluída em 2013.

O grupo Vinci gere 52 aeroportos em todo o mundo.

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Superliga chega à política e resposta é rotundo “não”

A Superliga Europeia não ficou na "bolha" desportiva. A criação desta nova competição chegou a todos os espectros da sociedade, incluindo a política. Há um coro de críticas.

O futebol europeu vive em grande tumulto com o anúncio oficial da Superliga Europeia, uma prova fechada a 20 equipas, 15 clubes fundadores mais cinco a serem convidados a cada temporada em função do seu desempenho desportivo.

A nova competição liderada pelo Real Madrid tem uma forte oposição por parte das maiores instâncias do futebol europeu e mundial, desde a UEFA, passando pela FIFA, até às Ligas nacionais. No entanto, este tema não permaneceu apenas na “bolha” desportiva mas chegou a todos os espetros da sociedade, incluindo a política.

Boris Johnson, Emmanuel Macron ou António Costa são alguns dos nomes que decidiram vocalizar as suas preocupações na esfera mediática com o surgimento da nova Superliga Europeia, que promete revolucionar o futebol tal como conhecemos hoje em dia.

Fique a conhecer através do ECO quais foram os membros políticos/governos que demonstraram as suas preocupações com o anúncio da nova competição encabeçada pelo Presidente do Real Madrid:

António Costa

Começando por Portugal, o primeiro-ministro António Costa escolheu a rede social Twitter para “recusar sem nenhuma hesitação” a criação de uma Superliga europeia, à revelia da UEFA. António Costa adiantou ainda que “os princípios da solidariedade, da valorização do resultado desportivo e do mérito não podem estar à venda” e que está ao “lado das instituições desportivas nacionais e internacionais que recusam de forma veemente, aceitar que tal competição aconteça”.

Boris Johnson

Em Inglaterra — país de origem de seis dos 12 clubes fundadores da nova prova — também soaram os “alarmes” de preocupação com o surgimento da mais recente competição, através da voz do primeiro-ministro britânico.

Boris Johnson recorreu à sua conta oficial do Twitter para demonstrar o seu desagrado pelo projeto, destacando que “os planos para uma Superliga Europeia serão muito prejudiciais para o futebol” e, acima de tudo, “atingirão o coração do futebol doméstico e preocuparão os adeptos em todo o país”.

O político inglês reitera ainda que “os clubes envolvidos devem responder perante os seus adeptos e toda a comunidade futebolística antes de tomar qualquer decisão”.

Emmanuel Macron

O primeiro-ministro francês também foi uma das vozes que demonstrou a sua insatisfação com a recente polémica a envolver o futebol europeu. Através de um comunicado publicado no site oficial do governo francês, o Emmanuel Macron referiu que manterá a integridade das competições, seja a nível interno ou europeu.

Além disso, o líder gaulês saudou “a postura dos clubes franceses, que recusaram participar num projeto que ameaça o princípio da solidariedade e mérito desportivos”, reagindo assim às várias notícias que davam conta de que o Paris-Saint Germain (PSG) terá rejeitado um possível convite para participar na Superliga.

Governo de Pedro Sánchez

Do país onde surgiu a ideia da Superliga Europeia, também se levantaram vozes bastante críticas, sendo uma delas do governo de Pedro Sánchez. Num comunicado dirigido aos cidadãos espanhóis, o Estado afirmou não apoiar o novo projeto futebolístico.

“O governo espanhol não apoia a iniciativa de criar uma Superliga de futebol promovida por vários clubes europeus, incluindo três clubes espanhóis, por considerar que foi concebida e proposta sem ter em conta as organizações representativas deste desporto, tanto a nível nacional como internacional,” referiu o governo no comunicado, citado pelo El Confidencial.

Por fim, o Executivo liderado por Sánchez acrescentou ainda que “O Ministro da Cultura e do Desporto, José Manuel Rodríguez Uribes, manteve reuniões e conversações ao longo do dia com as partes mais representativas do futebol espanhol”, mais especificamente com os presidentes da “UEFA, RFEF, La Liga de Fútbol Profesional, bem como com os presidentes do Fútbol Club Barcelona, Atlético de Madrid e Real Madrid, as equipas espanholas que apoiam esta iniciativa”.

Mario Draghi

O primeiro-ministro Mario Draghi, conhecido “tifosi” da AS Roma, seguiu a mesma linha de pensamento das personalidades políticas acima enumeradas e, recorrendo também a um comunicado, mostrou-se contra a nova rival da Liga dos Campeões — onde constam três clubes italianos (AC Milan, Inter Milão e a Juventus de Cristiano Ronaldo) –.

“O governo está a acompanhar de perto o debate em torno do projeto da Superliga e apoia com firmeza as posições das autoridades do futebol italiano e europeu para manter a competição nacional, os valores meritocráticos e a função social do desporto“, podia-se ler no comunicado, citado pelo portal Ansa.

Viktor Orbán

No país que viu nascer grandes nomes do futebol mundial como Szabo, Puskás ou Guttmann, a criação da Superliga não foi vista com bons olhos. Viktor Orbán, primeiro-ministro húngaro, veio a público destacar que o futebol deve “pertencer a todos” e não “pode ser monopolizado pelos mais ricos”.

“A posição da Hungria é que a beleza e eminência do maior desporto do mundo provém do facto de pertencer a todos e não pode ser monopolizado pelos mais ricos,” referiu em comunicado, citado pelo Hungary Today.

Margaritis Schinas

Depois de governos um pouco por toda a Europa terem demonstrado o seu descontentamento, também de Bruxelas chegaram “ventos” de indignação.

Margaritis Schinas, comissário com a pasta da Promoção do Modo de Vida Europeu, foi o único membro da Comissão Europeia que decidiu vocalizar a sua opinião sobre os recentes desenvolvimentos vindos do mundo do desporto.

Em declarações produzidas na sua conta de Twitter, o comissário defendeu “um modelo europeu de desporto baseado na diversidade e inclusão”, acrescentando que não há margem para reservar o futebol “para os poucos clubes ricos e poderosos que querem cortar as ligações com tudo o que as associações representam para as ligas nacionais”

 

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Compras físicas disparam 75% no primeiro dia da nova fase de desconfinamento

Na reabertura dos shoppings, os principais retalhistas a beneficiar do consumo foram o El Corte Inglês, Zara, Worten, Decathlon e Fnac. Pico de gastos foi entre as 11h00 e as 12h00.

No dia em que Portugal avançou para uma nova fase de desconfinamento, as compras físicas disparam 75% face à média das segundas-feiras de fevereiro de 2020. O pico de consumo ocorreu entre as 11h00 e as 12h00 de segunda-feira, de acordo com dados da Revolut.

Os principais retalhistas a beneficiar do consumo na segunda-feira foram o El Corte Inglês, a Zara, a Worten, a Decathlon e a Fnac. Este top 5 que representa cerca de 30% do total de gastos na categoria de shopping.

De acordo com a fintech, os portugueses quase lotaram estes espaços no dia da reabertura e o consumo, de uma forma geral, disparou 28%, ou seja, os portugueses gastaram mais 28% com os cartões Revolut no dia da reabertura dos shoppings do que numa segunda-feira normal do período pré-Covid.

O perfil do consumidor que mais se destacou nos gastos com cartões Revolut, no dia de ontem, foram homens com entre 35 e 44 anos de idade.

“Houve minutos, na segunda-feira, em que os clientes portugueses gastaram mais de três mil euros com os seus cartões Revolut”, adianta a fintech em comunicado.

No dia em que os restaurantes passaram a permitir o consumo dentro dos espaços, limitado a grupos de quatro pessoas e nas esplanadas limitados a grupo de seis pessoas, o consumo ficou, no entanto, ainda aquém da média de gastos à segunda-feira, na época pré-Covid. Registou-se uma retração de 2% numa altura em que a lotação dos espaços está ainda limitada. Nos restaurantes, o gasto médio por refeição paga com cartões Revolut foi ontem de 17 euros.

A Revolut conta com 15 milhões de clientes, globalmente, e mais de meio milhão de clientes em Portugal. Sediada em Londres, com 2.000 funcionários globalmente, a Revolut é agora uma das maiores comunidades fintech do mundo.

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Mercadona faturou 186 milhões em Portugal em 2020 e comprou o dobro a fornecedores

  • Lusa
  • 20 Abril 2021

O presidente da empresa, Juan Roig sublinhou que Mercadona fez 369 milhões de euros de compras em Portugal, o dobro daquilo que faturou (186 milhões) no país.

A Mercadona, maior cadeia espanhola de supermercados, faturou 186 milhões de euros em 2020 nas 20 lojas que tem em Portugal, tendo gasto quase o dobro, 369 milhões de euros, a comprar produtos a fornecedores portugueses.

Na apresentação dos resultados feita esta terça-feira em Valência, o presidente da empresa, Juan Roig, traçou como objetivo para os próximos anos em Portugal a abertura de “cerca de 10 supermercados por ano”, estando previstos nove até ao final do corrente ano.

A cadeia de supermercados deverá abrir a sua primeira loja em Lisboa daqui a dois anos, em 2023, tendo terminado 2020 com 20 supermercados instalados no norte do país.

Juan Roig revelou que a Mercadona já assinou o contrato para abrir um bloco logístico em 2023 em Almeirim, a 60 quilómetros (km) de Lisboa, e apenas aguarda pelas autorizações das entidades oficiais para iniciar a sua construção.

A cadeia de supermercados teve lucros de 727 milhões de euros em 2020, um aumento de 16,7% em relação a 2019, com as vendas a subirem 5,6%, para 26.932 milhões de euros, dos quais 186 milhões em Portugal.

Juan Roig sublinhou que Mercadona fez 369 milhões de euros de compras em Portugal, o dobro daquilo que faturou (186 milhões) no país.

A Mercadona terminou o ano consolidando a sua posição como a empresa com mais empregados em Espanha, muito à frente do El Corte Inglés, tendo alcançado os 95.000 trabalhadores (93.300 em Espanha e 1.700 em Portugal).

A empresa com sede em Valência tem 1.621 lojas em Espanha e 20 em Portugal e realizou durante o ano passado investimentos de 1.387 milhões de euros em Espanha e 113 milhões em Portugal.

O presidente da Mercadona revelou que a faturação média em cada um dos supermercados que tem em Portugal é 10% superior à faturação média realizada em Espanha.

A empresa indicou que vai continuar a impulsionar o seu plano de transformação 2018-2023 e, para isso, tem previsto investir 1.500 milhões de euros em 2021 (150 milhões de euros em Portugal), que destinará, principalmente, à abertura de 97 novos supermercados, 88 em Espanha e nove em Portugal.

Entre outras coisas, vai ainda remodelar 88 supermercados e implantar uma nova secção de “pronto a comer” em outros 200 supermercados.

A Mercadona conta criar “mais de 1.600 postos de trabalho estáveis e de qualidade” em 2021, 500 deles em Portugal.

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Pedro Nuno Santos “compreende” decisão da CGD de recusar empréstimo ao “ainda sócio” Casimiro

Ministro das Infraestruturas e da Habitação diz que a TAP terá novo CEO nos próximos dias e desvaloriza o impacto do eventual fim da ponte aérea entre Lisboa e Porto para a companhia.

A Caixa Geral de Depósitos prepara-se para recusar o empréstimo pedido pela Groundforce por não ter confiança no acionista privado Alfredo Casimiro. O ministro das Infraestruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos diz “compreender” a decisão, referindo-se ao empresário como “ainda sócio” da TAP.

Compreendo bem a posição da Caixa Geral de Depósitos. Espero que a breve prazo tenhamos notícias boas sobre a Groundforce“, respondeu Pedro Nuno Santos, em declarações transmitidas pela RTP3, a partir de Paredes de Coura. Como o ECO avançou, o banco decidiu não conceder o empréstimo de 30 milhões de euros que tinha sido pedido pela empresa com aval do Estado por não ter confiança no acionista maioritário e o mesmo não ter capital, não estando reunidas as garantias necessárias para avançar com o processo.

A recusa deixa a Groundforce em dificuldades já que — após a rutura de tesouraria causada pelo impacto da pandemia — foi encontrada apenas uma solução temporária. A operação de sale and leasback de equipamentos da Grounforce à TAP libertou apenas sete milhões de euros suficientes para salários, impostos e pagamentos a fornecedores de março e abril. A companhia aérea (que detém 49,9% do capital, mas é também o maior cliente) tem reiterado que não irá dar mais dinheiro sem garantias e o ministro voltou a dizê-lo.

“A TAP ajudou naquilo que podia e não pode continuar a injetar mais dinheiro na Groundforce sem garantias. É óbvio e evidente para todos”, referiu Pedro Nuno Santos. “Estamos a aguardar que a situação seja resolvida nomeadamente no que diz respeito ao nosso ainda sócio“, sublinhou, numa altura em que Casimiro está em negociações exclusivas para vender a empresa de handling aos espanhóis da Atitlan, apurou o ECO.

CEO da TAP conhecido “nos próximos dias”

Quanto ao plano de reestruturação da TAP — que continua a aguardar aprovação pela Comissão Europeia –, o ministro não quis fazer comentários, prometendo apenas novidades em breve. “Nas próximas semanas, nos próximos dias, vamos conhecer a equipa que vai gerir a TAP“, garantiu Pedro Nuno Santos, clarificando que os nomes serão divulgados “quando tivermos a equipa concluída”.

O Governo tinha um acordo com o gestor alemão Jaan Albrecht Binderberger para a liderança da TAP, e entraria depois de Bruxelas aprovar o plano de reestruturação, mas o antigo gestor da Saudi Arabian Airlines já não deverá assumir funções, revelou o ECO Insider, a newsletter semanal do ECO exclusiva para assinantes. O atraso na aprovação do plano de reestruturação será uma das razões que levou a este desfecho, além do pacote salarial.

Tal como nunca confirmou o nome, o ministro não quis agora comentar o recuo. “Não sei de recusa nenhuma. Nunca comentámos essa notícia”, disse apenas Pedro Nuno Santos, que visitava os trabalhos da empreitada da ligação do Parque Empresarial de Formariz à A3. O Ministério das Infraestruturas e da Habitação apresentou esta segunda-feira o Plano Ferroviário Nacional, que antecipa que permita reforçar as ligações por comboio dentro do país e com Espanha, limitando ligações aéreas curtas, incluindo entre Lisboa e Porto.

“É uma ligação importante, mas deixará de ser necessária no dia em que tivermos uma ligação a fazer Lisboa-Porto em 1h15”, afirmou esta terça-feira. “Isso é bom. Só é mau para a TAP que é uma coisa que me entristece porque obviamente estamos a fazer um grande trabalho de recuperação da companhia aérea, mas temos de nos preparar para um novo mundo e verdadeiramente ligações curtas de avião — o meio de transporte que mais contribui para a emissão de gases com efeito de estudo — temos de as diminuir”.

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Agência Abreu antecipa reembolsos de férias canceladas em 2020

A agência turística vai começar nos próximos dias a reembolsar os clientes pelas viagens canceladas em 2020 devido à pandemia. Pagamentos arrancam oito meses mais cedo do que o previsto na lei.

A lei diz que os reembolsos pelas viagens canceladas em 2020 devido à pandemia têm de começar a ser feitos em janeiro de 2022, mas a Agência Abreu antecipou-se e vai proceder aos pagamentos já nos próximos dias. Em comunicado enviado esta terça-feira, a agência refere que estes reembolsos equivalem a “cifras de dois dígitos em milhões de euros”.

“A Agência Abreu está a antecipar, em oito meses, o pagamento dos reembolsos aos clientes que não tiveram oportunidade de usufruir das viagens adquiridas no princípio de 2020, quando o mundo assistiu ao início da pandemia”, diz a empresa, referindo que decidiu “encurtar o tempo legal e avançar com o processo de reembolsos que envolve cifras de dois dígitos em milhões de euros”.

O processo de pagamento já está em marcha, com a Abreu a referir que está a ser feito o “contacto com milhares de clientes portugueses de modo a proceder à devolução”. Nos últimos dias foram feitos “dezenas de milhares de contactos, por vias telefónica e digital, no sentido de informar os clientes desta decisão de antecipação, e de recolher os dados e autorizações necessários para procedimento das transferências bancárias.

“Tal como há mais de 180 anos, a confiança na nossa empresa e serviços é dos fatores que mais valorizamos e esta é a postura que pretendemos manter”, diz Pedro Quintela, diretor de vendas e marketing da Abreu, citado em comunicado. “Depois de 12 meses em que se viveram momentos inéditos e conturbados é tempo de, gradualmente, retomar as nossas vidas à medida que o desconfinamento e o processo de vacinação avançam”.

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