Governo quer “agilizar progressões” na Função Pública para tornar “carreiras mais atrativas”

O Governo comprometeu-se a iniciar a revisão do sistema de avaliação dos funcionários públicos até ao final do primeiro trimestre de 2021. O objetivo é tornar carreiras no Estado mais atrativas.

O Governo esteve reunido, esta terça-feira, com os sindicatos que representam os funcionários públicos, tendo firmado o compromisso de iniciar o processo de revisão do sistema de avaliação dos funcionários públicos até ao final do primeiro trimestre de 2021. Aos jornalistas, o secretário de Estado da Administração Pública explicou que o objetivo é “agilizar as progressões” e tornar assim “mais atrativas” as carreiras no Estado.

“O Governo comprometeu-se, nesta reuniões, a iniciar a negociação do SIADAP [o subsistema de avaliação do desempenho dos serviços da administração Pública] até ao final do primeiro trimestre de 2021, com o objetivo de agilizar as progressões nas carreiras da Administração Pública, tornando-as mais atrativas e contribuindo para o rejuvenescimento da Administração Pública também por esta via“, explicou José Couto, em declarações à imprensa, após os encontros com os sindicatos.

Na semana passada, a ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, já frisado a intenção de rever o sistema de avaliação dos funcionários públicos, não se tendo então comprometido com uma data para esse processo, o que acabou por acontecer esta terça-feira.

Na ocasião, a governante explicou que essa revisão terá como objetivo atrair a compensar os funcionários públicos, tendo aberto a porta a “alguma aceleração das progressões”, embora não tenha dado mais detalhes. Na opinião de Alexandra Leitão, a “ideia da progressão em 10 anos”, hoje em vigor, é “excessiva”, daí que o sistema de avaliação tenha de ser revisto.

Questionado esta terça-feira pelos jornalistas sobre quando terá efeitos práticos essa revisão, o secretário de Estado da Administração Pública não quis indicar uma data, sublinhando que as propostas serão primeiro dadas a conhecer aos sindicatos. As reuniões com esse fim devem arrancar no início de março.

José Couto fez questão, por outro lado, de sublinhar que, neste momento, há condições para pôr em prática o suplemento de risco e penosidade, previsto no Orçamento do Estado para 2021, sem que seja preciso avançar com qualquer regulamentação extra. “Está tudo pronto para que se possa prosseguir caminho“, disse o responsável.

Ainda assim, a Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) e a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) deverão emitir alguns esclarecimentos relativos a algumas dúvidas quanto à operacionalização destes subsídios.

O líder da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) adiantou também esta terça-feira que mais de 100 municípios que foram contactados pelo sindicato já responderam positivamente, mostrando abertura para começar a negociar o suplemento de risco e penosidade.

Da reunião desta terça-feira não saiu qualquer avanço quantos aos aumentos salariais da Função Pública, mantendo-se a proposta do Governo, isto é: aumentar em 20 euros a base remuneratória da Administração Pública (na prática, o “salário mínimo” do Estado) para 665 euros, igualando-a ao salário mínimo nacional pela primeira vez desde 2018, e subir em dez euros as três posições remuneratórias seguintes, isto é, puxando a quinta posição da tabela dos atuais 693 euros mensais para 703 euros, a sexta posição dos atuais 740 euros para 750 euros e a sétima posição dos atuais 791,91 euros para 801,91 euros.

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Governo vai apoiar famílias com cerca de 10% do valor da fatura da luz

  • ECO
  • 12 Janeiro 2021

Medida estará em vigor enquanto durar o confinamento geral em Portugal, devendo também ser aplicada à conta referente ao presente mês de janeiro.

O Governo irá auxiliar os portugueses no pagamento da conta da luz. De acordo com o Expresso (acesso pago), que cita fonte do Ministério do Ambiente, esta medida extraordinária irá chegar à totalidade das famílias e deverá cobrir cerca de 10% do valor da fatura. Já no que toca ao caso dos portugueses que têm acesso à tarifa social, a redução no valor da conta da luz será ainda mais significativa, podendo mesmo alcançar os 40%.

Esta medida irá aplicar-se a todas as famílias portuguesas, independentemente do seu rendimento. A intenção é ajudar a combater o duplo efeito do frio mais o confinamento que será anunciado esta quarta-feira, 13 de janeiro, pelo Governo.

A medida estará em vigor enquanto durar o confinamento geral em Portugal, devendo também ser aplicada à conta referente ao presente mês de janeiro. Contas feitas, o Estado deverá despender entre 20 a 25 milhões de euros mensais com estes apoios, de acordo com o Expresso.

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Alemanha pode necessitar de medidas de confinamento rígidas até final de março, afirma Merkel

  • ECO
  • 12 Janeiro 2021

A 25 de janeiro, as autoridades nacionais vão reunir-se para discutir as próximas medidas a adotar e quais podem ser prolongadas por mais dez semanas.

Angela Merkel admitiu que a Alemanha poderá enfrentar medidas de confinamento bastante apertadas até final de março, caso as autoridades de saúde nacionais não sejam capazes de conter a nova variante do coronavírus, que surgiu primeiramente no Reino Unido e que tem uma maior velocidade de propagação.

A notícia foi avançada primeiramente pelo jornal Bild, referindo como a chanceler alemã, numa videochamada que decorreu esta terça-feira, admite que esta nova estirpe do vírus pode resultar num aumento rápido das taxas de contágio a nível nacional, tendo as medidas restritivas agora em vigor de ser prolongadas por mais dez semanas.

Esta terça-feira, a taxa de infeção no país foi de 165 casos por 100.000 habitantes, mais do triplo do valor que o Governo alemão considerou como sendo controlável. A 25 deste mês, as autoridades nacionais irão reunir-se de forma a discutir as próximas medidas a adotar de forma a conter a propagação da pandemia.

Nas últimas semanas, a Alemanha tem estado sujeita a diversas medidas restritivas, atualmente em vigor até ao final deste mês, como o encerramento de escolas e do comércio não essencial, impondo-se ainda limitações nos contactos entre as pessoas.

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EDP recebe 113 milhões do BEI e do BPI para construir dois parques eólicos em Portugal

  • Capital Verde
  • 12 Janeiro 2021

O BEI apoia esta operação através de um ‘empréstimo verde’, cujas características estão em linha com os requisitos do programa Obrigações de Responsabilidade Ambiental (‘Climate Awareness Bonds’).

A EDP Renováveis anunciou esta terça-feira em comunicado que vai receber um financiamento de 112 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do Banco BPI para construir em Portugal dois parques eólicos com uma capacidade instalada total de 125 MW, nos distritos de Coimbra e da Guarda.

No valor de 65 milhões de euros, o empréstimo do BEI será concedido através do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE) e completado com mais 47 milhões de euros do BPI.

A EDPR vai desenvolver, construir e operar dois parques eólicos de média dimensão: Tocha II, com uma capacidade instalada de 33MW, será construído no concelho de Cantanhede, distrito de Coimbra; e o parque eólico Sincelo, com uma capacidade instalada de 92MW, estará localizado no distrito da Guarda, nos concelhos de Pinhel e Guarda, no norte do país.” disse a empresa em comunicado, acrescentando que se prevê que estes projetos criem cerca de 560 empregos durante a fase de construção.

De acordo com a EDP, o BEI apoia esta operação através de um ‘empréstimo verde’, cujas características estão em linha com os requisitos do programa Obrigações de Responsabilidade Ambiental (‘Climate Awareness Bonds’). Assim, esta operação será incluída no portefólio de empréstimos financiados através da emissão destes títulos.

“Temos o prazer de contar com o apoio do BEI para o desenvolvimento de novos projetos, que vão contribuir para a concretização dos objetivos do Plano Nacional de Energia e Clima e das metas europeias, criando, ao mesmo tempo, mais de 500 empregos. Este projeto reforça o compromisso da EDP Renováveis com o setor renovável de Portugal e com a melhoria da qualidade de vida das gerações atuais e futuras, e consolida o nosso papel como líder de energias renováveis a nível mundial”, diz Rui Teixeira, CEO interino da EDP Renováveis.

“Este projeto emblemático reforça a nossa parceria com a EDP Renováveis e o compromisso do Banco na promoção da ação climática, do desenvolvimento económico e da coesão. Apoiar os objetivos de descarbonização de Portugal, ao mesmo tempo que promovemos o crescimento e a criação de emprego, é uma das principais prioridades do BEI. Se queremos tornar a recuperação económica pós-COVID verde e inclusiva, é fundamental promover o fornecimento de energia renovável e a sua ampla utilização pelo setor produtivo e pelos cidadãos”, destaca por seu lado Ricardo Mourinho Félix, vice-presidente do BEI, responsável pelas operações em Portugal.

“Este acordo entre o BEI e a EDPR, alicerçado no Plano de Investimento da Comissão Europeia para a Europa, é vencedor tanto para o ambiente, como para a economia. O financiamento, apoiado pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, vai gerar novos parques eólicos no oeste e norte de Portugal, ajudando o país a alcançar os seus objetivos energéticos ambiciosos e criando novo emprego no processo”, frisa Paolo Gentiloni, Comissário Europeu para a Economia.

“O BPI é, desde há muitos anos, parceiro do grupo EDP e esta operação da EDPR vem reforçar, uma vez mais, essa parceria. A adoção de critérios ESG- Environmental, Social and Governance – no lançamento de operações de investimento faz parte de uma nova tendência que terá uma relevância crescente, e muito importante, no futuro próximo. A participação nesta operação, em conjunto com o BEI – o que muito nos orgulha -, coloca o Banco BPI como uma entidade de referência no financiamento a empresas portuguesas, assente em princípios de sustentabilidade”, conclui Pedro Barreto, administrador do BPI.

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Impostos ambientais renderam 5,4 mil milhões aos cofres do Estado em 2019

Em 2019 as receitas fiscais ambientais na União Europeia ascenderam a 330,6 mil milhões de euros, correspondentes a 2,4% do PIB.

De acordo com os dados revelados esta terça-feira pelo Eurostat, Portugal está na segunda metade da tabela e é o 15º país do grupo dos 27 da UE que menos paga impostos ambientais: 5,4 mil milhões de euros em 2019. Só a Irlanda, a Roménia, República Checa, Hungria, Eslováquia, Croácia, Bulgária, Eslovénia, Luxemburgo, Lituânia, Letónia, Estónia, Chipre e Malta pagam menos impostos ambientais do que Portugal, revela o Eurostat.

No total, em 2019 as receitas fiscais ambientais na União Europeia ascenderam a 330,6 mil milhões de euros, correspondentes a 2,4% do PIB. Apesar de já estar fora da UE, no Reino Unido os impostos ambientais ascendem a 59 mil milhões de euros, seguido pela Itália (58 mil milhões), França, (56 mil milhões), Holanda (27 mil milhões) e Espanha (22 mil milhões).

Por comparação com a receita total de impostos e contribuições sociais, os impostos ambientais da UE representaram 5,9% dessa mesma receita em 2019. Esta percentagem variou significativamente entre os Estados-Membros da UE: Bulgária (10,3%), Grécia (9,8%), Estónia e Letónia (ambas 9,6%) e Croácia (9,2%) registaram as maiores participações na UE, mais do dobro da Alemanha e Luxemburgo (ambos 4,4%).

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Portugal pode chegar aos 14 mil casos diários de Covid-19

As projeções dos especialistas apontam também para 700 pessoas em UCI e 140 a 150 mortes por dia dentro de duas semanas, se nada for feito para travar os contágios.

Se nada for feito de 11 em 11 dias iremos duplicar casos de Covid-19, indicou Manuel Carmo Gomes, epidemiologista da Faculdade de Ciências de Lisboa, esta terça-feira, na reunião entre políticos, Governo e especialistas no Infarmed. País pode chegar aos 14 mil casos diários nas próximas duas semanas.

Portugal atingiu, na semana passada, o maior número de casos diários desde o início da pandemia, 10.176, num total de 56 mil casos na semana, o que levou o Governo a admitir um novo confinamento. Mas o novo novo confinamento não vai travar um aumento de casos nas próximas semanas.

Se a partir de agora, com o confinamento, “conseguirmos desaceleração semelhante à primeira onda iremos parar o número médio de casos e levaremos duas semanas”. Ainda assim, deveremos atingir os 14 mil casos por dia, alertou Manuel Carmo Gomes, apontando que “já estamos num nível muito alto”.

“Para reduzir desses 14 mil casos a metade, levaremos aproximadamente três semanas, assumindo descida semelhante a primeira vaga”, indicou. “Temos pela frente semanas mais difíceis da pandemia” alertou o especialista.

As projeções apontam também para 700 pessoas em unidades de cuidados intensivos (UCI) e 140 a 150 mortes por dia dentro de duas semanas. Segundo os últimos dados disponibilizados pela Direção-Geral da Saúde, referentes a 11 de janeiro, estavam 3.983 pessoas internadas, das quais 567 em UCI e morreram 122 pessoas.

Governo e responsáveis políticos estão reunidos com os especialistas no Infarmed para avaliar os efeitos que a quadra festiva teve na pandemia de Covid-19 e a situação em que o país se encontra atualmente.

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Comissão Europeia conclui negociações para comprar 30 milhões de doses da vacina da Valneva

A francesa Valneva deverá vender 30 milhões de doses da sua vacina contra a Covid-19 à União Europeia, existindo a opção de compra de mais 30 milhões de doses.

A Comissão Europeia concluiu esta terça-feira as negociações com a farmacêutica francesa Valneva para comprar 30 milhões de doses da sua vacina contra a Covid-19. O contrato permite ainda que os Estados-membros comprem, em conjunto, mais 30 milhões de doses no futuro, de acordo com o comunicado divulgado pelo executivo comunitário.

A vacina da Valneva junta-se ao portfólio de vacinas que a União Europeia, através do trabalho de negociação da Comissão Europeia, já tem ao seu dispor: às vacinas da BioNtech-Pfizer e da Moderna, que já foram autorizadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) juntam-se as da AstraZeneca, Sanofi-GSK, Janssen Pharmaceutica NV (Johnson & Johnson), CureVac e Novavax.

Este portfólio diversificado de vacinas irá assegurar que a Europa está bem preparada para a vacinação assim que houve evidência que cada vacina é segura e eficaz, como é o caso já das vacinas da BioNTech/Pfizer e da Moderna, recentemente autorizadas na UE“, argumenta a Comissão Europeia, notando também que os Estados-membros poderão doar vacinas aos países mais pobres.

Esta é a oitava vacina do portfólio, o que “maximiza as probabilidades de que todos os cidadãos tenham acesso a uma vacina segura e eficaz até ao final de 2021”, nota a comissária europeia para a saúde, Stella Kyriakides, em comunicado, recordando que todos os Estados-membros já começaram as suas campanhas de vacinação e que vão gradualmente começar a receber cada vez mais doses.

A Valneva é uma empresa francesa de biotecnologia que está a desenvolver uma vacina contra a Covid-19 com o vírus desativado. Este é o método tradicional de uma vacina, cuja tecnologia é utilizada há 60/70 anos, segundo a Comissão Europeia, apresentando métodos estáveis e um “elevado nível de segurança”. É através desta técnica que são feitas a maior parte das vacinas contra o vírus da gripe (influenza) e as vacinas que as crianças levam.

Até ao momento, a Comissão Europeia já assegurou a compra de 2,3 mil milhões de doses de vacinas contra a Covid-19: 600 milhões de doses da BioNTech/Pfizer, 405 milhões de doses da CureVac, 400 milhões de doses da Johnson & Johnson, 400 milhões da AstraZeneca, 300 milhões da Sanofi-GSK e 160 milhões da Moderna.

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Fechar escolas ajuda a reduzir contágio, garante o epidemiologista Baltazar Nunes

Baltazar Nunes diz que as estimativas mostram que é possível baixar o R para valores abaixo de 1, desde que se fechem outros setores de atividade. Redução é maior com fecho das escolas.

Com base em três cenários (escolas abertas, parcialmente abertas ou completamente fechadas), o epidemiologista Baltazar Nunes defende que as estimativas mostram que é possível baixar o índice de transmissibilidade, o chamado R, para valores abaixo de 1, desde que se fechem outros setores de atividade, tal como aconteceu em março e abril. Ainda assim, diz que se fecharem as escolas, a “redução é mais acentuada”.

Na reunião do Infarmed, o especialista do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) alerta que “se não houver intervenção”, o “número de hospitalizações e casos vai aumentar de forma exponencial”. Já com medidas durante duas semanas, “o R volta a aproximar-se de um, em todos cenários exceto fecho de escolas”, sinaliza o Baltazar Nunes.

Mas é como o encerramento das escolas que “o efeito será prolongado no tempo”, aponta o perito. Nesse sentido, o especialista reitera que “quanto maior for o confinamento, e mais fechadas estiveram as escolas e a comunidade, maior é a redução da transmissão” da doença.

Em suma Baltazar Nunes diz que a “implementação durante um mês de medidas de redução de contactos como março e abril e escolas abertas já e suficiente para R abaixo de um”, mas se fecharem as escolas, a “redução é mais acentuada”, reitera.

Na sequência do disparo de novas infeções registadas nos últimos dias, o primeiro-ministro anunciou que Portugal iria entrar em novo confinamento com medidas semelhantes às aplicadas em março, ainda que com a exceção do fecho das escolas, por forma a evitar o recurso à telescola e ao ensino à distância, justificando que este era o entendimento dos peritos. Ainda assim, o Governo está disposto a dar um passo atrás na decisão, estando preparado para fechar as escolas se os epidemiologistas o recomendarem, de acordo com o Diário de Notícias (acesso pago).

(Notícia atualizada às 11h49)

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Governo não cede aos sindicatos e deixa meio milhão de funcionários públicos sem aumentos

"Não tivemos avanços", adiantou a líder do STE, à saída da reunião com o Governo sobre os aumentos salariais na Função Pública.

Os sindicatos voltaram a sentar-se à mesa com o Governo, esta terça-feira, para discutir os aumentos salariais da Função Pública, mas não houve qualquer avanço face à proposta apresentada pela ministra Alexandra Leitão, que deixa sem atualizações 550 mil trabalhadores do Estado. À saída do encontro, a líder do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, afirmou que compreende que o país atravessa um “momento difícil”, mas esperava pelo menos “um sinal” da parte do Executivo. O líder Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, disse-se, por sua vez, “desiludido” com a posição do Governo.

Nas reuniões da semana passada, o Executivo propôs aos sindicatos aumentar em 20 euros a base remuneratória da Administração Pública (na prática, o “salário mínimo” do Estado) para 665 euros, igualando-a ao salário mínimo nacional pela primeira vez desde 2018, e subir em dez euros as três posições remuneratórias seguintes, isto é, puxando a quinta posição da tabela dos atuais 693 euros mensais para 703 euros, a sexta posição dos atuais 740 euros para 750 euros e a sétima posição dos atuais 791,91 euros para 801,91 euros.

Tudo somado, todos os funcionários públicos que hoje ganham menos de 800 euros por mês terão aumentos em 2021, segundo indicou a ministra da Administração Pública. Em causa estão 148 mil trabalhadores, que serão abrangidos por uma medida que custará 41 milhões de euros aos cofres públicos.

De acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), as Administrações Públicas têm hoje 698.619 postos de trabalho, o que significa que, a concretizar-se a proposta do Governo, cerca de 550 mil trabalhadores não terão aumentos em 2021.

Os sindicatos pediram uma reunião suplementar — que foi marcada para esta terça-feira — para insistir em aumentos salariais generalizados e no descolamento da base remuneratória do salário mínimo nacional, mas saíram de mãos vazias. “Não tivemos avanços“, disse aos jornalistas Helena Rodrigues, do STE.

A sindicalista adiantou que as formas de luta a adotar serão agora avaliadas, sublinhando que a greve é uma opção que exige um esforço financeiro significativo da parte de qualquer trabalhador.

Também o líder da FESAP criticou a proposta defendida pelo Governo, confessando “desilusão”, “deceção” e até algum “desconforto”. José Abraão frisou que os aumentos salariais nos moldes defendidos pelo Executivo de António Costa irão promover a compressão da tabela remuneratória única e “agravar as injustiças” entre trabalhadores. A estrutura sindical avisa, assim, que irá encontrar agora “formas adequadas de protesto”.

“Não concordamos com a proposta do Governo”, frisou, por sua vez, o líder da Frente Comum, Sebastião Santana. O sindicalista disse aos jornalistas que a questão será agora “levada junto dos trabalhadores” para que decidam que forma de protesto adotar.

O processo negocial sobre os aumentos salariais da Função Pública encerra-se, assim, esta terça-feira. Uma vez que as remunerações são, por norma, processadas no dia 10 de cada mês, os referidos aumentos não devem ser sentidos em janeiro, mas o Governo garantiu ao ECO que quando chegarem trazem retroativos a este mês.

Revisão do SIADAP arranca em março

Da reunião desta terça-feira entre Governo e sindicatos, saiu um compromisso. De acordo com a líder do STE, o Executivo assegurou que as reuniões sobre a revisão do sistema de avaliação dos trabalhadores do Estado (SIADAP) serão calendarizadas ainda neste primeiro trimestre de 2021. O sindicato quer também discutida até março a revisão das carreiras, mas sobre esse assunto não há qualquer promessa da parte do Governo.

Aos jornalistas, o líder da FESAP confirmou o compromisso do Governo relativamente ao SIADAP, acrescentando que ficou firmado que o processo de revisão do sistema de avaliação será iniciado até ao final da primeira quinzena de março. “Esperamos que vá no sentido de tornar as progressões mais rápidas”, sublinhou José Abraão.

Já o líder da Frente Comum vai mais longe e defende que o sistema atual seja revogado, porque “muito dificilmente consegue ser melhorado”. Sebastião Santana também confirmou que o Governo se comprometeu a iniciar a discussão até ao final de março. Da parte da Frente Comum, a revisão da tabela remuneratória única e das carreiras também deveriam ser áreas prioritárias.

A ministra da Administração Pública tem dito que a revisão do sistema de avaliação tem de ser pensada como uma das formas de atrair e compensar os funcionários públicos, tendo aberto a porta a “alguma aceleração das progressões”. Isto porque, na opinião de Alexandra Leitão, a “ideia da progressão em 10 anos” é “excessiva”.

Esta terça-feira, o líder da FESAP fez questão ainda de indicar que mais de 100 municípios que foram contactados pelo sindicato já responderam positivamente, mostrando abertura para começar a negociar o suplemento de risco e penosidade, que está previsto no Orçamento do Estado para 2021.

(Notícia atualizada às 13h08)

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Margem de lucro das empresas da zona euro cai para 39,6% no terceiro trimestre de 2020

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2021

A margem de lucro das empresas aumentou face aos 39% do trimestre anterior, mas recuou na comparação com os 40% homólogos.

A margem de lucro das empresas da zona euro caiu para os 39,6% no terceiro trimestre de 2020, em relação aos 40% registados no período homólogo, divulgou esta terça-feira o Eurostat.

Entre julho e setembro, a margem de lucro das empresas aumentou face aos 39% do trimestre anterior, mas recuou na comparação com os 40% homólogos.

Por outro lado, segundo o gabinete estatístico europeu, a taxa de investimento empresarial permaneceu quase inalterada em 23,3% na zona euro, em comparação com 23,2% no segundo trimestre de 2020 e ligeiramente abaixo dos 23,6% homólogos.

O aumento trimestral da percentagem dos lucros das empresas explica-se pela recuperação do valor acrescentado bruto (14,5%) a um ritmo mais rápido do que a das despesas com remunerações dos empregados (salários e contribuições sociais) e impostos (13,4%).

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Taxa de poupança das famílias da zona euro atinge 17,3% no terceiro trimestre de 2020

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2021

É a segunda maior taxa de poupança registada desde o início da série, em 1999, após o recorde de 24,6% do trimestre anterior.

A taxa de poupança das famílias na zona euro atingiu 17,3% no terceiro trimestre de 2020, a segunda maior registada desde o início da série, em 1999, após o recorde de 24,6% do período anterior, segundo o Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, entre julho e setembro de 2020, a taxa de poupança das famílias da zona euro sofreu uma quebra trimestral acentuada, atingindo, ainda assim, o segundo maior nível desde o início da série, e sendo 4,4 pontos percentuais mais elevada do que no mesmo trimestre de 2019 (12,9%).

A queda de 7,3 pontos percentuais em cadeia na taxa de poupança das famílias deveu-se a uma forte recuperação das despesas de consumo (13,9%), a uma taxa muito superior à recuperação do rendimento bruto disponível das famílias (3,9%).

Ao mesmo tempo, a taxa de investimento das famílias na zona euro foi de 8,8% no terceiro trimestre de 2020, acima dos 7,9% do trimestre anterior, mas menor do que a homóloga, de 9,9%.

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Costa diz que “existe divergência entre cientistas sobre encerramento das escolas”

Governo e responsáveis políticos reúnem-se com os especialistas no Infarmed para avaliar a situação da pandemia de Covid-19 no país. Acompanhe aqui em direto.

Com Portugal em vias de entrar em novo confinamento, que deverá entrar em vigor a partir das 0h00 de quinta-feira, o Governo e responsáveis políticos reúnem-se com os especialistas no Infarmed para avaliar a situação da pandemia de Covid-19 no país, nomeadamente os efeitos da quadra festiva no aumento do número de casos. Acompanhe aqui em direto.

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