PAN quer “memorando de entendimento” com o Governo para viabilizar OE2022

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Outubro 2021

Para viabilizar o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), o PAN exige que as propostas do partido sejam "acolhidas" num memorando de entendimento com o Governo.

Mais investimento na saúde e nos transportes públicos são duas das medidas “estruturais” que o PAN quer ver plasmadas no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), para poder colaborar na viabilização do documento. Mas as propostas do PAN que o Governo esteja disponível para acolher em sede de especialidade têm de ficar escritas num “memorando de entendimento”, exigiu esta quarta-feira Inês Sousa Real.

Depois da segunda ronda de negociações, a líder do PAN falou na possibilidade de um acordo escrito para o partido ajudar a viabilizar o documento orçamental, algo que já aconteceu no ano passado, em que foram redigidas por escrito as medidas consensualizadas entre o partido e o Governo.

“Estamos disponíveis para essa mesma responsabilidade. Ou seja, para que fique bastante claro aquilo que são as medidas que o Governo está disponível para acolher em sede de especialidade, caso exista possibilidade de acolher medidas do PAN e uma eventual viabilização do Orçamento”, afirmou Inês Sousa Real, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

A deputada exige, nesse sentido, que o OE2022 inclua um “investimento estrutural nas matérias que são necessárias para fazer avançar o país”, tais como a saúde e o combate à pobreza, inclusivamente a energética. A título de exemplo, Inês Sousa Real refere a necessidade de “valorização das carreiras dos técnicos auxiliares de saúde”, “apoio em matéria de pediatria e de saúde infantil” e medidas em relação aos transportes públicos.

Não pode existir um Orçamento do Estado que seja mais do mesmo. Tem de ser um Orçamento do Estado extraordinário e o compromisso do próprio Governo tem de ser extraordinário“, concluiu a líder do PAN.

O PAN indicará o sentido de voto quanto ao OE2022 este fim de semana, após reunir com a comissão política do partido.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Patrões criticam “cedência do Governo à esquerda” sobre contratação coletiva

O Governo quer flexibilizar o acesso à arbitragem para prevenir a caducidade dos contratos coletivos, mas os patrões alegam que vai trazer rigidez ao mercado e tirar competitividade às empresas.

O Governo quer que, tanto trabalhadores como empregadores, possam recorrer aos tribunais arbitrais antes do final do prazo dos contratos coletivos, prevenindo a sua caducidade. A medida está a ser entendida como uma “cedência” aos partidos da esquerda com os quais está a ser negociado o Orçamento do Estado para 2022. Os empresários criticam este reforço da arbitragem necessária.

Num documento enviado aos parceiros sociais, o Governo propõe permitir que qualquer uma das partes possa mobilizar a arbitragem necessária, caso não haja acordo sobre revisão total ou parcial de uma convenção coletiva, ficando suspenso o prazo de sobrevigência até à decisão arbitral. Tal, defende o Executivo, irá traduzir-se numa “maior efetividade na prevenção da produção de vazios de cobertura” de instrumentos de regulação coletiva de trabalho.

Atualmente, a arbitragem necessária só pode ser acionada 12 meses após a caducidade do contrato coletivo, por um membro do Governo e somente se não existir outro acordo que seja aplicável. Resultado: a utilização deste mecanismo tem sido reduzida, admitiu a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.

De notar que a questão da caducidade das convenções coletivas é, de resto, uma das matérias centrais das negociações entre o Governo, o Bloco de Esquerda e o PCP sobre o Orçamento do Estado para 2022. Tanto bloquistas como comunistas defendem, contudo, que é preciso avançar com a eliminação da caducidade dos contratos coletivos, não estando, portanto, plenamente satisfeitos com a proposta em questão.

Ainda assim, do lado dos empregadores, a leitura é consensual: o reforço da arbitragem na contratação coletiva é uma “cedência” do Executivo de António Costa aos partidos mais à esquerda, uma opção que os patrões criticam.

“São exigências conhecidas dos partidos com os quais o Governo está a negociar o Orçamento do Estado”, sublinha o líder da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP). João Vieira Lopes diz-se desfavorável a esta medida, uma vez que “cria entraves à caducidade” dos contratos coletivos, não sendo este o momento certo, diz, para avançar nesse sentido. “Aparecendo de rompante, com uma reunião de Concertação Social na véspera de um Conselho de Ministros, só significa que o Governo está a usar as matérias laborais para aprovação do Orçamento e não motivado pela dinamização das empresas e da economia”, insiste.

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, defende que “o Governo está a usar as matérias laborais para aprovação do Orçamento.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Também a Associação de Transitários (APAT) faz essa leitura. Ana Camacho Soares explica que este reforço da arbitragem “não afeta diretamente” o setor que representa — a convenção coletiva respetiva já caducou –, mas atira que é “negativo“, porque, por um lado, introduz rigidez nas relações laborais e, por outro, é uma cedência à esquerda, sendo este um tema que “não deve ser tratado” num momento em que decorrem as negociações orçamentais.

Na mesma linha, o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), Luís Miguel Ribeiro, defende que “é um exemplo que concretiza a maior rigidez laboral, sendo uma cedência à esquerda – das várias que, infelizmente, se perspetivam – para aprovação do Orçamento“. O responsável sublinha que a contratação coletiva serve para adaptar a legislação laboral ao contexto socioeconómico numa determinada altura, pelo que a sua “cristalização” impede a flexibilidade do mercado de trabalho.

Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP.AEP

Luís Miguel Ribeiro frisa, além disso, que esta medida se encaixa num pacote de outras alterações laborais anunciadas pelo Governo, que a AEP vê com preocupação. “Uma legislação laboral desadequada (muito rígida) conduz à perda de competitividade e é um sinal errado e contrário à atratividade de investimento privado, agravando a posição de Portugal nos rankings internacionais de competitividade em matéria laboral, onde já nesta altura compara mal com outros países”.

No setor têxtil, Mário Jorge Machado, da Associação Têxtil e de Vestuário de Portugal (ATP) critica a proposta do Governo. “Estamos a rigidificar situações que só nos prejudicam por uma visão do mundo que nunca funcionou em lado nenhum”, enfatiza, referindo que, antes, é essencial para a competitividade das empresas haver maior flexibilidade das relações de trabalho.

“Celebrar contratos que não podem ser dados por terminados é salazarento ou comunista. Sempre que se fala de uma das partes querer sair e não haver essa possibilidade é inaceitável”, sustenta o empresário têxtil. Recentemente, a ATP ganhou no Tribunal Constitucional um processo para garantir a caducidade do trabalho coletivo de trabalho. Está agora a negociar um novo contrato coletivo com o sindicato envolvido.

“Proibir a rescisão de contratos ou dizer que os acordos após celebrados não podem ser desfeitos é salazarento e comunista”, diz o presidente da ATP, Mário Jorge Machado.

Também contra a medida está César Araújo, líder da Associação Nacional das Industrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC). O responsável entende que, se o contrato coletivo caducar, deve vigorar a lei geral, isto é, o Código do Trabalho. “As partes é que têm de se entender, e não ser decidido por terceiros“, frisa, defendendo que “recorrer a um tribunal é violar a liberdade“.

Hélder Pedro, da Associação Automóvel de Portugal, partilha dessa opinião. “Apenas se deverá recorrer às entidades reguladoras de litígios, quando estão esgotadas todas as soluções, quer estas possam ou não culminar na caducidade”, sublinha. “Devemos priorizar a negociação e o empenho dos representantes de empresas e trabalhadores na tangibilidade de acordo”, acrescenta, argumentando que, outro enquadramento legal, poderá “cristalizar” contratos que não contribuam para a competitividade das empresas, ou para umamaior inflexibilidade negocial“.

Já o vice-presidente executivo da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), Rafael Campos Pereira, esclarece que o reforço da arbitragem na contratação coletiva não terá, pelo menos a curto e médio prazo, “qualquer impacto” no setor que representa, na medida em que há um contrato coletivo de trabalho em vigor, que não pretendem denunciar.

Ainda assim, contesta a medida. “Do ponto de vista conceptual, é profundamente errada. Além de estar ferida de inconstitucionalidade, viola de forma flagrante a Convenção 98 da OIT, que consagra o princípio da liberdade de negociação coletiva. Nesse sentido, enquanto organização representativa de um setor muito importante na economia portuguesa, lamentamos profundamente esta cedência do Governo“.

Rafael Campos Pereira, porta-voz da AIMMAP.

O argumento da constitucionalidade foi acenado esta quarta-feira pelo presidente da CIP, António Saraiva, no final da reunião da concertação social. Em conferência de imprensa, insistiu que as medidas que o Governo acrescentou à Agenda do Trabalho Digno, relativamente ao prolongamento da suspensão da caducidade das convenções coletivas de trabalho e o reforço da arbitragem necessária, poderão ser consideradas inconstitucionais e anunciou que vai solicitar essa apreciação aos partidos e ao Presidente da República.

Da parte dos sindicatos, por outro lado, há alguma concordância com a medida. A UGT acha que “nesta fase há que preservar a contratação coletiva que ainda se vai fazendo”, com Sérgio Monte a realçar o esforço em “apresentar uma nova modalidade de arbitragem necessária”, mas aponta que “não é suficiente”.

“Ruído” em cima do mercado laboral

Em declarações ao ECO, o presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPE-RH), Afonso Carvalho, destaca que é “essencial não colocar mais ruído no mercado laboral“, pois as empresas e os trabalhadores “precisam de estabilidade”. Mas até admite que a flexibilização proposta pelo Governo até pode ser positiva. “Infelizmente, a Justiça é lenta, pelo que qualquer medida que acelere o processo de arbitragem será certamente bem acolhida”.

O líder da Confederação Portuguesa das Pequenas e Médias Empresas, Jorge Pisco, esclarece, por outro lado, que a medida em causa afetará sobretudo as empresas maiores. Para as mais pequenas, neste momento, a principal reivindicação orçamental é a continuação dos apoios, após o forte impacto da crise pandémica.

Este reforço da arbitragem na negociação coletiva deverá ser aprovado em Conselho de Ministros na próxima quinta-feira, como foi sinalizado o primeiro-ministro, António Costa. “O tema da caducidade tratar-se-á, e bem tratado, nesta Agenda do Trabalho Digno”, disse na semana passada o chefe do Executivo socialista.

De acordo com o relatório anual do Centro de Relações Laborais (CRL), em 2020, a contratação coletiva caiu 30% face ao ano anterior, registando-se 169 convenções que abrangiam 397.638 trabalhadores, quase metade do universo verificado em 2019. Segundo o relatório, a contratação coletiva predominava em três setores de atividade: transportes e armazenagem, indústrias transformadoras e o comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bitcoin chega aos 65.900 dólares e bate novo máximo histórico

Moeda virtual mais famosa do mundo está a valorizar mais de 5% e chega quase aos 66 mil dólares. Desempenho acontece um dia depois da estreia do primeiro ETF de bitcoin.

A criptomoeda mais famosa do mundo alcançou esta quarta-feira um novo máximo histórico. Está a valer 65.868 dólares (56.569 euros), o valor mais alto de sempre. A bitcoin começou a cotar em 2009, a valer apenas um dólar (0,86 euros), e é hoje a moeda virtual com maior valor de mercado.

A bitcoin está a valorizar 5,13% para 65.868 dólares (56.569 euros), naquele que é o valor mais alto de sempre. O último máximo histórico aconteceu a 14 de abril, dia em que tocou nos 64.869 dólares (55.711 euros).

Este desempenho positivo não é exclusivo da bitcoin, alastrando-se a outras moedas virtuais. O Ether, por exemplo, está a subir 1,96% para 3.866,97 dólares (3.321,07 euros), enquanto a ChainLink valoriza 6,99% para 26,12 dólares (22,43 euros). A KuCoin está a disparar 27% para 14,282 dólares (12,3 euros) e a Zcash quase 28% para 146,02 dólares (125,4 euros). O mesmo acontece com a Polygon, que dispara 21,5% para 1,47 dólares (1,26 euros).

Evolução da cotação da bitcoin desde o início de 2021Reuters

Este novo máximo histórico acontece um dia depois de se ter estreado na bolsa o primeiro ETF de bitcoin. O ProShares Bitcoin Strategy ETF, considerado o primeiro fundo de bitcoin a negociar na bolsa, valorizou quase 5% na estreia em Wall Street. Importa sublinhar que este ETF [Exchange Traded Fund] não detém bitcoin “fisicamente”, apenas replica a cotação da moeda virtual, recorrendo, para isso, a contratos futuros da bitcoin, um instrumento derivado que já existe há alguns anos.

De acordo com dados do Cointelegraph Markets Pro, citados pela Exame, o valor de mercado de todas as moedas virtuais do mundo chegou ontem aos 2,5 biliões de dólares (2,15 biliões de euros). Ou seja, mais do que duplicou desde janeiro, altura em que atingiu o bilião de dólares.

A bitcoin continua a ser a maior criptomoeda em termos de valor de mercado, com cerca de 1,2 biliões de dólares (1,03 milhões de euros) de market cap. Atrás aparecem o Ether com mais de 448 mil milhões de dólares (384,8 mil milhões de euros) e a Binance Coin com 81 mil milhões de dólares (69,6 mil milhões de euros). KuCoin Token, Zcash e Polygon foram as que mais recuperaram na última semana, disparando mais de 20% cada uma.

As moedas virtuais continuam a atrair cada vez mais interessados, somando investidores em todo o mundo, e levando mesmo vários Governos a renderem-se às criptomoedas. Por exemplo El Salvador, que foi o primeiro país do mundo a adotar a bitcoin como uma moeda legal. De acordo com o Presidente daquele país, num único dia foram convertidos mais de três milhões de dólares (2,58 milhões de euros) em bitcoin.

“As pessoas estão a inserir [aplicar] muitos mais dólares (para comprar BTC) do que a retirar das caixas multibanco”, escreveu Nayib Bukele no Twitter no sábado passado, referindo que estes factos podem ser comprovados por qualquer órgão de comunicação social. Só naquele dia foram feitas mais de 24 mil transações em todo o país, notou o responsável.

Na semana passada, foi a vez de a Rússia se manifestar. Vladimir Putin ainda não aceita criptomoedas como meio de pagamento, mas há sinais de tolerância. “As criptomoedas têm o direito de existir e podem ser usadas como meio de pagamento”, disse, numa entrevista à CNBC. Ainda assim, frisou ser “demasiado cedo” para falar do potencial uso deste tipo de moedas na comercialização de petróleo e de outro tipo de bens exportados pelo país.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CIP diz que propostas do Governo para caducidade dos contratos coletivos são inconstitucionais

Confederação dos patrões defende que medidas sobre a caducidade dos contratos coletivos poderão ser inconstitucionais. Ministra garante que estão enquadradas na lei.

O presidente da CIP defende que as medidas que o Governo acrescentou à Agenda do Trabalho Digno, relativamente ao prolongamento da suspensão da caducidade das convenções coletivas de trabalho e o reforço da arbitragem necessária, poderão ser consideradas inconstitucionais. António Saraiva reitera que irá pedir junto dos partidos e do Presidente da República um pedido de apreciação.

Estas medidas “vêm somar complexidade” e “violam normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT)”, reiterou António Saraiva, em conferência de imprensa após a reunião da Concertação Social. Como a CIP não poderá requerer a inconstitucionalidade, irá “junto dos que o podem fazer, solicitar inconstitucionalidade”.

De salientar que as alterações propostas pelo Governo não serão feitas através de um decreto-lei, pelo que estas medidas serão discutidas ainda na Assembleia da República e só depois, se aprovadas, seguem para o Presidente da República, para eventual promulgação.

O líder da CIP não explicou qual a base da inconstitucionalidade, deixando os esclarecimentos para depois, mas apontou que estariam relacionados com o Artigo 56º da Constituição. Já o líder da Confederação do Turismo de Portugal sinalizou que não conhece ainda as bases destas afirmações, mas que se se provar, irão acompanhar a CIP nesta questão.

Já a ministra do Trabalho mostrou-se confiante com a legalidade das propostas, apontando que quando o Governo propõe medidas considera “que elas são enquadradas do ponto de vista legislativo e constitucional”.

Os representantes das confederações das empresas criticaram ainda o timing destas propostas, por serem coincidentes com as negociações do Orçamento do Estado. Os partidos à esquerda têm condicionado a aprovação do Orçamento do Estado para 2022 não só do Orçamento em si, mas também de alterações ao nível de outras leis, como a laboral, admitiu na terça-feira António Costa.

António Saraiva sublinhou que iniciaram “a discussão com 64 propostas” e já vão “em 70”, o que poderá mostrar que o Executivo está a desvalorizar as discussões com os parceiros sociais. Atualmente, parece que o Governo está a “negociar fora da concertação social, ceder fora da discussão com parceiros sociais e a ir cedendo aos parceiros de esquerda na tentativa de obtenção da aprovação do OE”, sublinha Antonio Saraiva.

Por outro lado, da parte dos sindicatos, há alguma concordância com certas medidas, apesar de serem ainda insuficientes. Sobre a caducidade, “que foi em grande parte tema da reunião”, a UGT diz concordar, por achar que “nesta fase há que preservar a contratação coletiva que ainda se vai fazendo”. Além disso, Sérgio Monte realça o esforço em “apresentar uma nova modalidade de arbitragem necessária, curiosamente é a que nunca foi utilizada no país”, mas aponta que “não é suficiente”.

O Governo irá aprovar as propostas no Conselho de Ministros desta quinta-feira, que irão seguir depois para o Parlamento. Questionada sobre as expectativas de aprovação, a ministra apontou que o Executivo acredita que é uma “agenda justa, premente, urgente e necessária”, e que é um “sinal que o país quer dar”.

Quanto às propostas específicas que irão constar, parece ainda estar em aberto, e Ana Mendes Godinho sublinha que serão discutidas entre os ministros. A UGT, por exemplo, avançou com uma nova proposta, que prevê a reposição do trabalho suplementar pelos valores de antes da troika, mas admitindo que “pudesse haver condição de numa primeira fase poder ser pago só a partir de um determinado número de horas”.

(Notícia atualizada às 15h15)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Professores marcam greve nacional para 5 de novembro

Os professores e educadores farão greve a 5 de novembro em protesto pela valorização da profissão de docente e para procurar desbloquear a negociação com o Governo.

A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) decidiu convocar uma greve nacional para 5 de novembro, “dia em que o ministro da Educação estará na Assembleia da República para defender a indefensável proposta de Orçamento do Estado para 2022”. A paralisação abrangerá professores e educadores.

Em comunicado divulgado esta quarta-feira, a estrutura sindical liderada por Mário Nogueira frisa que a proposta de Orçamento do Estado “veio confirmar o desrespeito do Governo pelos professores e educadores ao ignorar em absoluto os seus problemas” e atira que “seria muito importante” aprovar, neste momento, “medidas que promovessem uma crescente atratividade da profissão”, já que escasseiam os docentes.

“Contudo, a atitude dos responsáveis do ministério da Educação vai em sentido contrário, impondo um bloqueio negocial que se estende há anos, deixando agravar os problemas, recusando todo e qualquer processo negocial sobre matéria de muito significado para os docentes”, sublinha a FENPROF.

Perante este cenário, e “com enfoque na exigência de serem retomados o diálogo e a negociação,” a estrutura sindical em causa decidiu convocar uma greve nacional de professores e educadores para 5 de novembro, “dia em que o ministro da Educação estará na Assembleia da República para defender a indefensável proposta de Orçamento do Estado para 2022, na área da Educação”.

Além desta paralisação, estão em debate no seio da FENPROF outras ações e formas de luta, que serão discutidas e votadas na reunião do Conselho Nacional que acontecerá a 22 e 23 de outubro.

A proposta orçamental apresentada pelo Governo tem sido alvo de críticas por parte dos sindicatos, dos patrões do setor privado, dos partidos mais à direita e dos partidos mais à esquerda. Já está mesmo convocada uma outra greve na Administração Pública para 12 de novembro, em protesto contra os anunciados aumentos salariais de 0,9%, que os representantes dos funcionários públicos consideram insuficientes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nova School of Law e Gama Glória lançam curso sobre mobilidade elétrica

  • ADVOCATUS
  • 20 Outubro 2021

O objetivo é proporcionar uma visão completa do regime jurídico da mobilidade elétrica em Portugal e dos desafios jurídicos associados a este setor. O curso tem início a 13 de dezembro.

A NOVA School of Law e a Gama Glória lançaram o primeiro curso em Portugal sobre o regime jurídico da mobilidade elétrica. O objetivo é proporcionar uma visão do regime jurídico da mobilidade elétrica em Portugal e dos desafios jurídicos associados a este setor.

Coordenado por Tiago de Melo Cartaxo e Nevin Alija, da NOVA School of Law, e por Débora Melo Fernandes, advogada da Gama Glória, o curso destina-se aos departamentos jurídicos de operadores económicos do setor (por ex., comercializadores de eletricidade para mobilidade elétrica e operadores de pontos de carregamento), dos municípios e das entidades reguladoras e fiscalizadoras (DGEG, ENSE e ERSE), bem como a advogados e juristas.

“A mobilidade elétrica desempenha um papel essencial na prossecução do objetivo europeu de neutralidade carbónica em 2050. Essa importância saiu reforçada com a apresentação, pela Comissão Europeia, do pacote Fit for 55. Na Europa e em Portugal, assiste-se a um rápido crescimento do número de veículos elétricos e do número de pontos de carregamento. Paralelamente, assiste-se a um número crescente de operadores – quer nacionais quer estrangeiros – a entrarem no mercado da mobilidade elétrica, seja na atividade de operação de pontos, seja na de comercialização de eletricidade, seja ainda em outros serviços de mobilidade associados. Finalmente, vários municípios encontram-se em processo, mais ou menos avançado, de elaboração de regulamentos adaptados a esta realidade, tendo também as regiões autónomas ambiciosos planos de mobilidade elétrica. Estamos, pois, perante uma área em franca e rápida expansão, que merece um interesse cada vez maior do mercado e de várias entidades públicas”, lê-se no programa.

Através deste curso, os participantes terão uma visão aprofundada do enquadramento normativo europeu e nacional aplicável, das várias atividades reguladas e seu relacionamento, dos desafios colocados pelo carregamento público e pelo carregamento doméstico, das questões relativas à ocupação do espaço público, do quadro institucional do setor e do seu regime tarifário, do papel das políticas públicas, dos regimes de incentivos e da regulação no crescimento da rede de carregamento e das implicações ambientais envolvidas.

O curso visa também fornecer ferramentas para os participantes ultrapassarem os desafios e implicações jurídicas colocados pela legislação e regulamentação da mobilidade elétrica.

“O curso será enriquecido pela perspetiva prática daqueles que exercem a sua atividade profissional nesta área. A criação de um ambiente de discussão construtiva e as interações entre os participantes e especialistas e profissionais do setor é crucial para o objetivo prosseguido com este curso”, lê-se no site online.

O curso online decorrerá entre 13 de dezembro de 2021 e 18 de janeiro de 2022 e tem uma duração total de 15 horas.

Programa

13 de dezembro 2021 | 18h00 – 19h30

Conferência de Abertura – “O Contributo da Mobilidade Elétrica para a Neutralidade Climática”

  • Com Eduardo Pinheiro, Secretário de Estado da Mobilidade, e Jorge Vasconcelos, ex-presidente da ERSE, presidente da NEWES.

14 de dezembro 2021 | 18h00 – 20h45

“Enquadramento Europeu”

  • Com Tiago de Melo Cartaxo, NOVA School of Law, e Nevin Alija, NOVA School of Law.

“Introdução ao Regime Jurídico Português: o Decreto-Lei n.º 39/2010”

  • Com Adolfo Mesquita Nunes, Gama Glória.

16 de dezembro 2021 | 18h00 – 20h45

“Modelo Regulatório em Portugal: as atividades da Mobilidade Elétrica e o seu relacionamento”

  • Com Débora Melo Fernandes, Gama Glória.

“Composição da Rede de Carregamento: Pontos de Acesso Público e Pontos de Acesso Privativo”

  • Com Débora Melo Fernandes, Gama Glória.

4 de janeiro 2022 | 18h00 – 20h45

“Mobilidade Elétrica e Ocupação do Domínio Público”

  • Com Jorge Pação, Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

“Rede de Carregamento e Estacionamento Público”

  • A anunciar.

7 de janeiro 2022 | 18h00 – 20h45

“Mobilidade Elétrica: um balanço do modelo português”

  • Com Alexandre Videira, MOBI.E.

“O Sistema Tarifário da Mobilidade Elétrica”

  • Com Filipe Matias Santos, ERSE.

11 de janeiro 2022 | 18h00 – 20h45

“Mobilidade Elétrica e Urbanismo: os desafios colocados pelo carregamento privativo residencial e não residencial”

  • Com Fernanda Paula Oliveira, FDUC.

“Papel das Políticas Públicas, dos Regimes de Incentivos e da Regulação na Expansão da Mobilidade Elétrica”

  • Com Lúcio Tomé Feteira, NOVA School of Law.

Dia 13 de janeiro 2022 | 18h00 – 20h45

Mesa Redonda: “Realidade e Tendências da Mobilidade Elétrica em Portugal”

  • Com Daniela Simões, Miio Electric, Carlos Ferraz, Prio, Henrique Sánchez, Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, Luís Tiago Brandão Ferreira, E-Redes, e Nuno Silva, Efacec.

“Mobilidade Elétrica e Ambiente: o Regulamento Europeu de Baterias”

  • Com Nevin Alija, NOVA School of Law e representante da REPER a anunciar

Dia 18 de janeiro 2022 | 18h00 – 19h30

Conferência de Encerramento – “Os Novos Desafios da Mobilidade Elétrica”

  • Com Luís Barroso, presidente do Conselho de Administração da MOBI.E, e convidado a anunciar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal recompra 268 milhões de dívida em dólares

IGCP recomprou antecipadamente 268 milhões de dólares em dívida emitida em 2014 e que só vencia em 2024.

Portugal foi esta quarta-feira aos mercados recomprar antecipadamente 268 milhões de dólares em dívida emitida na moeda americana e que tinha maturidade em 2024.

Com esta operação, o IGCP, liderado por Cristina Casalinho, baixou o saldo vivo desta emissão em dólares feita em 2014 para cerca de 3,1 mil milhões de dólares, isto já depois de ter realizado uma operação semelhante em julho e através da qual antecipou reembolsos de 1,12 mil milhões de dólares.

Estas Obrigações do Tesouro foram emitidas em julho de 2014 e vencem apenas daqui a três anos. Por estes títulos, o país paga um cupão de 5,125%.

O IGCP tem seguido uma estratégia de alisamento do perfil de amortizações de dívida pública nos próximos anos, através de operações de troca de dívida e também de recompra de dívida antecipada em dólares.

Com isto, Cristina Casalinho alivia as necessidades de reembolsos a fazer aos mercados nos próximos anos, procurando obter poupanças com estas operações tendo em conta o ambiente de juros baixos promovido pelo Banco Central Europeu (BCE).

De acordo com o boletim mensal do IGCP de setembro, Portugal enfrenta reembolsos de 9,1 mil milhões de euros em 2022, montantes que sobem para 11,4 mil milhões e 11,9 mil milhões em 2023 e 2024.

(Notícia atualizada às 15h23 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa compromete-se a reforçar medidas para conter impacto da escalada dos combustíveis

Segundo o presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses, o primeiro-ministro comprometeu-se a reforçar as medidas para conter o impacto da subida dos preços dos combustíveis.

O primeiro-ministro, António Costa, comprometeu-se junto das confederações patronais a reforçar as medidas de contenção do impacto da escalada dos preços dos combustíveis nas empresas, revelou esta quarta-feira o presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP).

“O setor dos combustíveis é muito importante para o setor agrícola e houve da parte do primeiro-ministro o compromisso de que haverá um reforço das medidas de contenção desta escalada de preços, principalmente tentando minimizar efeito do aumento do custo na origem”, disse Eduardo Oliveira e Sousa aos jornalistas à saída da reunião de concertação social, que contou com a presença do chefe do Executivo, para preparar o Conselho Europeu.

“O Governo disse-nos apenas que estava empenhado em encontrar soluções que pudessem ajudar nesse sentido“, reforçou o dirigente.

"O setor dos combustíveis é muito importante para o setor agrícola e houve da parte do primeiro-ministro o compromisso de haverá um reforço das medidas de contenção desta escalada de preços, principalmente tentando minimizar efeito do aumento do custo na origem.”

Eduardo Oliveira e Sousa

Presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses

Eduardo Oliveira e Sousa adiantou ainda que o tema dos combustíveis vai ser discutido no Conselho Europeu, tal como já havia sinalizado António Costa, havendo a expectativa de que sejam aí anunciadas medidas a nível europeu para aliviar os efeitos da escalada dos preços dos combustíveis numa economia que está ainda a sair da crise pandémica.

“Pode ser que com alguma luz ao fundo do túnel a própria Europa crie uma estratégia de combate a esta evolução e a esta escalada que pode ser destruidora de alguns setores da economia“, sublinhou o presidente da CAP aos jornalistas.

O ministro do Ambiente afirmou em entrevista ao ECO que o Governo reconhece as dificuldades dos setores mais atingidos pela subida dos combustíveis, como o transporte de mercadorias e o transporte coletivo de passageiros, e que está disponível para tomar medidas que aliviem o impacto.

Estão previstas reuniões com as associações de transportes de mercadorias e de passageiros durante esta semana para discutirem o assunto.

(Notícia atualizada às 14h57)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

75% das empresas portuguesas pretendem implementar modelo híbrido

Além dos planos para oferecer um modelo híbrido, a maioria das companhias nacionais pretendem oferecer um horário de trabalho flexível.

A flexibilidade é uma das grandes expectativas dos colaboradores no mercado de trabalho. Alinhando-se com a vontade das suas pessoas, as organizações estão a promover uma evolução na sua cultura, mais favorável à adoção de modelos flexíveis: 75% das companhias portuguesas planeiam implementar um modelo híbrido, e 33% quer disponibilizar o trabalho remoto em full-time.

“O paradigma das formas de trabalhar mudou, as exigências do negócio e das pessoas acentuaram-se. E precisamos dar resposta às mesmas, de forma a nos mantermos atrativos para a comunidade de talento interno e externo”, afirma em comunicado Vânia Fonseca, senior consultant da Mercer Portugal, comentando as conclusões do “Flexible Work Survey 2021, o mais recente estudo da consultora que envolveu quase uma centena de empresas em Portugal.

Marta Dias Gonçalves, principal da Mercer Portugal — que coordenou o estudo com Vânia Fonseca — acredita também que a pandemia veio, inevitavelmente, acelerar a tendências das organizações de implementarem modelos de trabalho flexível.

“A flexibilidade pode ser uma vantagem competitiva para as organizações e ser fator diferenciador na proposta de valor para os seus colaboradores. Mesmo as organizações de setores mais tradicionais têm olhado para a flexibilidade como mecanismo de atração, retenção e engagement”, adianta.

Mesmo as organizações de setores mais tradicionais têm olhado para a flexibilidade como mecanismo de atração, retenção e engagement.

Marta Dias Gonçalves

Principal da Mercer Portugal

A flexibilidade surge no espaço, mas também no tempo. Em relação aos horários, 71% das empresas planeiam oferecer um horário flexível, sendo que 30% optarão pela oferta de horários reduzidos ou em part-time e 21% vão permitir a possibilidade de personalizar horários ou ter turnos.

O estudo da Mercer indica, ainda, que também forma como o trabalho é desenvolvido ou distribuído dentro das equipas e tem evoluído: 34% das empresas planeiam recorrer a freelancers e associados; e outros 34% pensam optar pela pool interna de talentos, alocando colaboradores a projetos fora da sua área habitual de atuação.

O futuro do escritório

A questão flexibilidade no trabalho tem impactado também os próprios espaços de trabalho, e vai continuar a impactar, pelo menos nos próximos anos. Apesar de várias empresas já terem procedido a mudanças no escritório, tornando-o mais eficiente e colaborativo, 46% das organizações pretendem realizar transformações durante os próximos cinco anos.

As previsões mais frequentes para estas renovações são a diminuição dos espaços/edifícios, dos gabinetes individuais, ou a mudança para espaços mais colaborativos, como open office e hot desking.

“Todos percebemos que estamos a viver um período de mudança e que a pandemia nos trouxe oportunidades de evoluirmos dos modelos mais tradicionais para modelos mais flexíveis. É crucial que as organizações ajustem as suas políticas e implementem o melhor modelo para si. Não existem modelos perfeitos nem one size fits all, pelo que o melhor modelo será aquele que equilibra as expectativas das pessoas com a sustentabilidade do negócio”, comenta Tiago Borges, business leader de career da Mercer Portugal.

O “Flexible Work Survey 2021”, da consultora Mercer, foi realizado entre maio e junho de 2021 e contou com a participação de 80 empresas em Portugal dos mais diversos setores. Analisa as tendências da adoção de modelos de flexibilidade, o impacto do trabalho flexível nos espaços, a implementação e gestão das políticas e o impacto do trabalho remoto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Crise política “é da inteira responsabilidade do PCP, BE e PS”, alerta Rio

Rio diz que eventual crise politica é "da inteira responsabilidade do BE, PCP e PS". Admite que o Governo e os partidos estão a fazer um esforço para aprovar o OE, mas pode não chegar a tempo.

O Governo continua a trabalhar com o PCP e BE para chegaram a um acordo sobre a viabilização do Orçamento de Estado para 2022. Sem acordo, a proposta pode ser chumbada e o país pode estar perante umas eleições antecipadas. Perante o cenário, o líder do PSD, Rui Rio, alerta que uma eventual crise política é “da inteira responsabilidade para o bem e para o mal do BE, PCP e PS”.

“PSD, CDS, IL, ninguém destes partidos domina o que quer que seja nesta matéria. Isto é da inteira responsabilidade para o bem e para o mal do BE, PCP e PS. Estarão a fazer um esforço de entendimento, que admito que seja um esforço sério, mas que pode não conseguir ser feito neste prazo”, realça Rui Rio, em declarações aos jornalistas.

Para o líder do PSD, o país “corre o perigo de enfrentar umas eleições antecipadas”. “Podemos chegar à próxima semana e nem esperar pela votação final global e a votação não existir e termos uma crise já na próxima semana ou não. Pode até passar na generalidade e depois chumbar mais tarde na final global ou passar na especialidade com um acordo escrito que garante já a passagem para a votação final global”, diz Rui Rio.

Rio pediu ao Conselho Nacional do PSD ponderação quanto à data das eleições diretas no partido por causa do impasse no Orçamento do Estado para 2022. Questionado se o OE for chumbado, se vai voltar a propor o adiamento das eleições internas no PSD marcadas para 4 de dezembro, Rui Rio sublinha que “cada coisa ao seu tempo”. No entanto, Rui Rio que avançou com recandidatura à liderança do PSD, afirma que “o PSD fica numa situação muito difícil para disputar eleições antecipadas caso o Orçamento de Estado chumbe” e caso estejam, “ao mesmo tempo em eleições internas”.

Para o líder do PSD era melhor esperar para ver o que vai acontecer com o OE2022 e posteriormente marcar uma data.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CaixaBI sobe preço-alvo da Altri para 7,80 euros

  • ECO
  • 20 Outubro 2021

A papeleira viu a CaixaBI rever em alta o preço-alvo por ação, ao incorporar o potencial da Greenvolt, o que confere um potencial de retorno de 47,2% nos próximos 12 meses.

O CaixaBI subiu o preço-alvo atribuído à Altri ALTR 0,62% de 7,60 euros para os 7,80 euros por ação, o que atribui um retorno potencial de 47,2% para os próximos 12 meses, em relação aos 5,34 euros com que a empresa portuguesa encerrou a última sessão.

Numa nota assinada pelo analista Carlos Jesus, em que mantém a recomendação de “comprar”, o banco de investimento refere que nesta atualização “incorpora a avaliação da Greenvolt no preço” da Altri e “atualiza e ajusta a curva do preço da pasta de papel para incorporar nova informação de mercado”.

O CaixaBI assinala ainda nesta nota de research que “a consolidação das estimativas publicadas recentemente para a Greenvolt fornecem suporte para o crescimento do EBITDA, com a empresa de energia renovável a começar a tornar-se a principal contribuição para o valor global de 2024 em diante“.

“Continuamos a ver Altri (e especificamente o negócio da celulose) como uma proposta de investimento atraente, dado o atual ambiente ao nível dos preços, que permanecem em níveis historicamente elevados”, lê-se no documento enviado aos clientes, a que o ECO teve acesso.

Liderada por José Pina, a Altri anunciou no início deste mês a assinatura de um memorando de entendimento com uma empresa galega para a construção de uma biofábrica para o setor têxtil, com capacidade para produzir 200 mil toneladas de pasta solúvel e fibras sustentáveis.

Esta terça-feira, a Greenvolt, que é controlada em 58,72% pela Altri, informou a CMVM de que está a preparar uma oferta particular de obrigações sustentáveis em que pretende obter um financiamento mínimo de 75 milhões de euros, tendo mandatado o BIG e o Haitong Bank para atuarem como “coordenadores” da emissão.

Altri em alta

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Girl Move Academy é a primeira organização portuguesa distinguida pela UNESCO

Através de círculos de mentoria intergeracionais, a Girl Move potencia o talento e liderança feminina.

A Girl Move Academy é a primeira organização portuguesa a ser distinguida com o Prémio da UNESCO para a “Educação de Raparigas e Mulheres 2021”, reconhecendo a metodologia da academia como “inovadora” e “eficaz”.

“A atribuição do Prémio da UNESCO é o reconhecimento que estamos a trabalhar no caminho certo, criando impacto e transformação real na sociedade. Ativar o talento e a liderança desta nova geração torna-nos parte de uma missão maior de transformar Moçambique, África e a humanidade num lugar melhor e mais sustentável”, diz Alexandra Machado, CEO e cofundadora da Girl Move, em comunicado.

Através de círculos de mentoria intergeracionais, a Girl Move potencia o talento e liderança feminina. Um movimento transformador que junta jovens mulheres de diferentes idades e em distintas fases de desenvolvimento para se inspirarem, apoiarem e transformarem mutuamente.

O grande objetivo é “amplificar o talento feminino, promovendo uma nova geração de jovens mulheres líderes e agentes de mudança a gerar transformação sustentável”, contribuindo para uma sociedade mais equitativa, detalha a organização.

Desde 2014, a Girl Move já contribuiu para transformar a vida de milhares raparigas e jovens mulheres em Moçambique, onde cerca de 45% das raparigas casam ou engravidam antes dos 18 anos, 31% transitam para o ensino secundário e apenas 2% completam a universidade. Depois da frequência na Academia, cerca de 100% das jovens licenciadas, que passaram pelo programa em menos de três meses, conseguiram ingressar numa carreira de impacto, e 90% das raparigas adolescentes transitaram para a escola secundária.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.