Todas as faixas etárias já têm 85% da população com vacinação completa

  • ECO
  • 19 Outubro 2021

Relatório da vacinação revela que 85% da população portuguesa já completou a vacinação contra a Covid-19. Todas as faixas etárias elegíveis já alcançaram essa meta.

Mais de 8,8 milhões de portugueses já têm a vacinação completa contra a Covid-19, o correspondente a 85% da população portuguesa, de acordo com o relatório de vacinação divulgado esta terça-feira pela Direção-Geral de Saúde (DGS). Todas as faixas etárias elegíveis já alcançaram essa meta.

Os dados revelam que 89% das pessoas entre os 12 e os 17 anos já receberam pelo menos uma dose da vacina, sendo que 85% estão já completamente imunizadas. Com este balanço, em todas as faixas etárias elegíveis já se atingiu a meta de 85% de pessoas com a vacinação completa.

As faixas dos 65 aos 79 anos e acima dos 80 anos apresentam taxas de vacinação completa de 100%, e são justamente estas que começaram a receber uma terceira dose desde a semana passada.

Já a faixa etária entre os 50 e 64 anos tem uma taxa de vacinação completa de 99%.

Nas faixas entre 25 e 49 anos e 18 e 24 anos, as taxas de vacinação completam estão nos 93% e 88%, respetivamente.

Relatório de vacinação de 19 de outubro de 2021:

Por regiões, o Algarve é a que regista a taxa mais baixa: “apenas” 80% da população residente na região algarvia completou a vacinação, valor que compara com os 88% na região Norte e 87% no Centro e no Algarve. Em Lisboa e Vale do Tejo e nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores as taxas rondam os 83%.

Portugal é dos países do mundo com as taxas de vacinação mais altas, o que tem ajudado a avançar no plano de reabertura da economia sem grande impacto no ressurgimento de novos casos.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h)

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2ª Conferência ECOseguros: José Ribeiro e o que esperar no mundo em 2022

  • ECO Seguros
  • 19 Outubro 2021

É Head of Insurance e Professor de Risk Management no Imperial College. Administrador de seguradoras globais, a sua comunicação vai abrir a 2ª Conferência ECOseguros em 2 de novembro.

José Ribeiro vai inaugurar a 2ª Conferência ECOseguros – Como beneficiar da recuperação económica, numa comunicação a realizar, ainda em formato híbrido e que poderá assistir online, no dia 2 de novembro, às 9.30h no ECOseguros, no site dedicado à Conferência ou no Facebook do ECO.

José Ribeiro está hoje baseado em Londres – lecionando no Imperial College depois de ter andado pelo mundo dos seguros durante os últimos 30 anos ocupando lugares de topo da indústria seguradora no Reino Unido, China, Brasil, Hong Kong, Singapura e Bermudas.

Licenciou-se em Atuariado e Matemáticas Aplicadas pela Faculdade de Ciências em Lisboa, fez um MBA na Católica Lisbon e uma pós graduação na London Business School ao longo de uma carreira que começou em 1986 na ALICO, sendo atualmente membro do Conselho de Administração de grupos seguradores globais (Starr Companies, Hansard Goup e Skyline Partners) e também Head of Insurance e Professor de Risk Management no Imperial College.

José Ribeiro vai abordar as principais dimensões da envolvente à indústria seguradora mundial, sem esquecer os seus efeitos em Portugal.

Como principais tendências que afetarão o mercado segurador em 2022 promete questionar sobre o retorno da inflação, os efeitos do hard market (preços de seguros a subir) na economia, o papel a desempenhar pela Inovação, o impacto do aumento do risco geopolítico e o impacto do Covid-19 nas politicas de RH e na cultura das empresas.

Também vai abordar o estado dos Riscos emergentes como risco cibernético, risco de pandemia e mudança climática (climate change) e o seu impacto na indústria seguradora. Vai ensinar a separar o trigo do joio quanto a Insurtechs e observar a evolução da Regulamentação na Indústria e das leis de proteção ao consumidor.

A comunicação de José Ribeiro, momento inaugural da 2ª Conferência ECOseguros, será transmitida às 9h30 de dia 2 de novembro.

A 2ª Conferência ECOseguros – Seguros 2022, que será transmitida entre 2 e 5 de novembro, conta com o apoio do Grupo Ageas Portugal, Caravela Seguros, CA Vida, Cleva Inetum, EY, Fidelidade, Innovarisk Underwritting, MDS, MPM Software, Prévoir, Real Vida Seguros e Tranquilidade.

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Credit Suisse dá-se como culpado no caso das dívidas ocultas de Moçambique. Paga 475 milhões de dólares

  • Lusa
  • 19 Outubro 2021

O Credit Suisse deu-se como culpado de conspiração para cometer transferência financeira fraudulenta, pagando 475 milhões num acordo com os EUA relativamente ao escândalo das dívidas ocultas.

O banco Credit Suisse deu-se como culpado de conspiração para cometer transferência financeira fraudulenta, pagando 475 milhões de dólares num acordo com os EUA relativamente ao escândalo das dívidas ocultas de Moçambique.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, a unidade europeia do Credit Suisse deu-se como culpada pelo seu papel no escândalo de angariação de um empréstimo que desviou fundos do erário público de Moçambique e lançou o país numa crise económica e financeira.

O Credit Suisse deu-se como culpado na acusação de conspiração para cometer fraude na transferência internacional de verbas (wire fraud transfer, no original em inglês) durante uma audição que decorreu hoje num tribunal em Brooklyn, Nova Iorque, no mesmo dia em que a sede do banco suíço acordou com o Departamento de Justiça norte-americano um adiamento da acusação por três anos.

O Credit Suisse vai assim pagar cerca de 475 milhões de dólares, o equivalente a 408 milhões de euros, no acordo hoje feito com as autoridades judiciais financeiras nos EUA, no Reino Unido e noutros locais, de acordo com a Bloomberg, que cita fontes próximas do processo.

Os detalhes do acordo deverão ser divulgados nos próximos dias, acrescenta a agência de informação financeira, que cita o advogado do banco a confirmar que a instituição financeira deu-se como culpada.

O banco “consciente e propositadamente concordou em participar num esquema para violar o estatuto sobre transferência internacional fraudulenta de verbas, através da participação num esquema para obter dinheiro através de declarações falsas e fraudulentas”.

“Certos empregados e agentes cometeram atos, incluindo pagamentos que passaram pelo Distrito do Leste de Nova Iorque”, onde o caso começou a ser julgado em 2018, disse Alan Reifenberg.

Em abril de 2016, o Wall Street Journal noticiou que Moçambique tinha emitido garantias soberanas sobre empréstimos no valor de cerca de 2,2 mil milhões de dólares, cerca de 1,9 mil milhões de euros, acima do que tinha sido divulgado até então, e à margem das instituições internacionais e das autoridades nacionais.

O Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e a comunidade de doadores suspenderam então a ajuda financeira ao país, que acabou por cair em Incumprimento Financeiro (default) no pagamento doas prestações relativas aos 727,5 milhões de dólares (624 milhões de euros) emitidos em títulos de dívida soberana da Ematum, em fevereiro do ano seguinte.

Esta crise financeira redundou numa série de processos judiciais contra o Credit Suisse e contra o banco russo VTB, lançados pela Procuradoria-Geral da República, mas os bancos colocaram também o país no banco dos réus por falta de pagamento, argumentando que o destino e aplicação das verbas emprestadas não era sua responsabilidade.

No âmbito das dívidas ocultas, a justiça moçambicana acusa 19 arguidos do processo principal de se terem associado em “quadrilha” e delapidado o Estado moçambicano em 2,7 mil milhões de dólares (2,28 mil milhões de euros) – valor apontado pela procuradoria e superior aos 2,2 milhões de dólares até agora conhecidos no caso – angariados junto de bancos internacionais através de garantias prestadas pelo Governo.

As dívidas ocultas foram contraídas entre 2013 e 2014 junto das filiais britânicas dos bancos de investimentos Credit Suisse e VTB pelas empresas estatais moçambicanas Proindicus, Ematum e MAM.

Os empréstimos foram secretamente avalizados pelo Governo da Frelimo, liderado pelo Presidente da República à época, Armando Guebuza, sem o conhecimento do parlamento e do Tribunal Administrativo.​​​​​​​

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Turismo deve regressar em 2023 aos números pré-pandemia, diz Rita Marques

  • Lusa
  • 19 Outubro 2021

Em minha opinião, 2023 será um ano muito importante, pois acredito que seja o ano em que recuperaremos integralmente da quebra de procura causada por esta pandemia”, disse Rita Marques.

A secretária de Estado do Turismo de Portugal, Rita Marques, afirmou esta terça-feira em Madrid que o Governo espera que o setor regresse em 2023 aos valores que faturou em 2019, antes da pandemia de covid-19.

“Em minha opinião, 2023 será um ano muito importante, pois acredito que seja o ano em que recuperaremos integralmente da quebra de procura causada por esta pandemia”, disse Rita Marques numa mesa redonda em que participou com o seu homólogo espanhol, Fernando Valdés, para debater a colaboração transfronteiriça em termos de políticas de turismo.

Os dois governantes defenderam que os países ibéricos devem trabalhar em conjunto na atração dos turistas estrangeiros.“Estamos numa posição privilegiada para mostrar que o mercado turístico ibérico pode ser trabalhado em conjunto”, afirmou Rita Marques, acrescentando que esse trabalho coordenado entre os dois países já era feito antes da pandemia.

A secretária de Estado portuguesa recordou que em 2017 foi definida “uma nova agenda” para o turismo nacional e que depois da pandemia essa estratégia “continua atual”.

O Governo português definiu há quatro anos que era necessário lutar contra a sazonalidade do setor, apostar no turismo em todo o território e diversificar o produto turístico, acrescentando-lhe valor.

Rita Marques considerou que a gastronomia ou os vinhos são ofertas “importantes que distinguem” o país, mas que também é necessário apostar em “novos eventos”, tendo dado exemplos os subsetores de eventos corporativos, desportivos e termais, cuja procura aumentou depois da pandemia.

“Temos vantagem em fazer propostas em conjunto com Espanha. Por exemplo, eventos que se realizam um ano num país e em seguida no outro”, afirmou a governante portuguesa.

Rita Marques afirmou que Portugal e Espanha têm “muitas coisas em comum e também complementares”, tendo acrescentado que um turista pode chegar por Lisboa e sair por Madrid, depois de visitar os dois países.

“Temos que saber aproveitar as sinergias que se podem gerar entre os nossos países para o fluxo de turistas na Península Ibérica”, disse.

A secretária de Estado incentivou a presidência espanhola do Conselho da União Europeia em 2023 a continuar o trabalho da presidência portuguesa do primeiros semestre do corrente ano.

Na presidência portuguesa foram dados passos para preparar uma “Agenda Europeia para o Turismo 2030/2050”, recordou Rita Marques, que agora espera que a estratégia esteja pronta a tempo de a Espanha, em 2023, a possa executar “com o apoio das instituições europeias e dos Estados-membros”.

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Carlos Costa e Pinheiro Pinto vencem Prémio Carreira da FEP

O ex-governador do Banco de Portugal e o especialista em fiscalidade são distinguidos pelo percurso que contribui para “consolidar o prestígio” da Faculdade de Economia da Universidade do Porto.

Carlos Costa, ex-governador do Banco de Portugal, é o vencedor do Prémio Carreira FEP 2021, com o especialista em fiscalidade e contabilidade, José Pinheiro Pinto, a ser reconhecido com o galardão relativo ao ano passado, que não tinha sido entregue devido à pandemia de Covid-19.

O Prémio Carreira distingue ex-alunos da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) que se tenham destacado pelo seu percurso profissional e pessoal e que, por essa via, tenham também “contribuído para consolidar o prestígio” da instituição de Ensino Superior.

Atribuído pela primeira vez em 2011, o galardão já distinguiu Daniel Bessa, Rui Rio, Elisa Ferreira, Manuel Oliveira Marques (a título póstumo), Miguel Cadilhe, Francisco Olazabal, Fernando Teixeira dos Santos, Ricardo Fonseca e Alberto Teixeira.

O júri destas duas últimas edições foi presidido pelo diretor da FEP, José Varejão, (sem direito a voto), pela presidente do Conselho de Representantes da FEP, Manuela Aguiar, pelo presidente da Associação dos Antigos Alunos da FEP, Carlos Nunes, e por vários antigos alunos da faculdade: Ana Pinho, Fernando Freire de Sousa, José Redondo, Manuel Ferreira da Silva e Pilar Braga.

Ambos formados em Economia pela FEP, Carlos Costa (em 1973) e José Pinheiro Pinto (em 1972), que foram também professores nesta escola, vão receber os prémios referentes a 2021 e 2020 numa cerimónia agendada para 26 de outubro, às 17:00, no Salão Nobre da Faculdade de Economia do Porto.

Carlos Costa, antecessor de Mário Centeno na cúpula do Banco de Portugal, onde esteve entre junho de 2010 e julho de 2020, destacou-se na área de estudos económicos, da integração europeia, das questões bancárias e financeiras e da política monetária. Foi administrador da Caixa Geral de Depósitos, diretor-geral do Millennium BCP e vice-presidente do Banco Europeu de Investimento, tendo já sido recebido a condecoração de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

José Alberto Pinheiro Pinto, que deu aulas na FEP entre 1972 e 2013 e desenvolveu em paralelo a carreira na área da fiscalidade, iniciada em 1975 na Direção Geral dos Impostos. Contabilista certificado, revisor oficial de contas e membro do Tribunal Arbitral Tributário (CAAD), é autor de obras como “Custos Padrões”, “Reavaliação do Imobilizado”, “Tratamento contabilístico e fiscal do imobilizado” e “Fiscalidade”.

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Tesla estreia seguro de tarifação comportamental

  • ECO Seguros
  • 19 Outubro 2021

A avaliação dos comportamentos de condução assentam em cinco critérios. Para os melhores condutores, a fatura do seguro poderá baixar entre 20% a 40%.

A Tesla já tem no mercado a sua oferta de seguro baseado no comportamento dos automobilistas, por enquanto apenas disponível para clientes que circulam com veículos da marca no estado do Texas (EUA).

A solução, que ajusta o valor do prémio do seguro em função de dados de condução recolhidos em tempo real, assenta sobretudo na noção de segurança evidenciada pelo condutor. Dependendo de cinco critérios, consoante inconstância dos comportamentos de condução, o valor mensal a pagar pelo seguro poderá variar.

Em regime de utilização do veículo, os cinco elementos críticos que concorrem para a tarifação do seguro Tesla incluem:

  • número de advertências de colisão sinalizadas a cada mil milhas, ou cerca de 1,6 mil quilómetros percorridos (esta métrica contabiliza a frequência de “bips” sonoros de perigo já utilizados em muitos carros novos de muitas marcas);
  • travagens súbitas ou bruscas;
  • mudanças de direção “agressivas” (que junto com as travagens súbitas são calculadas em ‘G’, unidade que mede força de aceleração e desaceleração);
  • respeito pelas distâncias de segurança;
  • número de vezes que o sistema de controlo autónomo é desligado (um automatismo que é registado quando o condutor não está atento em modo de condução semi-autónomo), sendo que este último critério será um dos mais penalizadores na avaliação comportamental do automobilista.

Elon Musk, patrão da marca, lançou em julho do ano passado um desafio a especialistas da ciência atuarial para se juntarem ao projeto Tesla Insurance, afirmando que, com a proposta agora concretizada, cabe ao automobilista escolher quanto paga pelo seguro.

A nova solução vai permitir que os condutores façam poupanças mensais significativas. Cálculos da fabricante automóvel indicam que para os melhores condutores, a fatura do seguro poderá baixar entre 20% a 40%.

A solução da Tesla beneficia de parcerias, com a Liberty Mutual no mercado norte-americano e, na Europa, as seguradoras Allianz e Helvetia são apontadas como potenciais parceiras.

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BE diz que “não há acordo” sobre OE e marca nova reunião com Governo

Depois de reunir com o Governo, o BE afirma que ainda "não há acordo" em torno das bandeiras do partido para o próximo Orçamento do Estado. Está prevista "uma nova reunião" para continuar a negociar.

Depois de reunir com o Governo para negociar o próximo Orçamento do Estado, já depois de conhecida a proposta do Executivo, o Bloco de Esquerda avança que “não há acordo” em torno das bandeiras do partido para 2022. Ainda assim, as partes vão voltar a sentar-se à mesa das negociações. Em comunicado, fonte do partido indica que está prevista “uma nova reunião”.

O Bloco de Esquerda apresentou ao Governo nove propostas em torno de três áreas distintas — trabalho, Saúde e Segurança Social — que pretende que sejam contempladas no OE2022. Mas, numa curta nota após a reunião desta terça-feira com o Governo, fonte oficial afirmou que ainda “não há acordo”.

Segundo o partido, em relação à Segurança Social, nomeadamente no que toca ao fator de sustentabilidade e às carreiras contributivas, “o Governo não trouxe qualquer proposta”.

Já no que toca ao trabalho, os bloquistas referem que o Governo “recusa a reversão de qualquer das cinco regras que o Bloco quer reverter, ficando por medidas simbólicas que não concretizou por escrito”.

Na saúde, o partido liderado por Catarina Martins aguarda “novas redações com eventuais aproximações”.

Neste contexto, o Bloco de Esquerda adianta, porém, que “ficou prevista uma nova reunião”. Ou seja, apesar da falta de acordo, não há desistência do partido de esquerda — pelo menos por agora.

Entretanto, em declarações à Lusa, fonte do Governo garantiu que o Executivo socialista “apresentou avanços em vários domínios”, destacando as áreas do trabalho e da Segurança Social. Mas admitiu também que “há pontos em que subsistem divergências já conhecidas”.

“Vamos continuar a trabalhar. Há novas reuniões previstas”, sublinhou a mesma fonte.

O primeiro-ministro reúne agora com a delegação do PCP, sendo que, para quarta-feira, estão previstas outras reuniões, com o PEV e com o PAN. António Costa já comentou que os partidos têm um “espírito construtivo” nas negociações do OE, mas avisou que “não seria racional” chumbar o documento.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h47 com posição do Governo)

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Indigitado para liderar CReSAP preocupado com nomeações em regime de substituição

  • Lusa
  • 19 Outubro 2021

Em audição parlamentar, os deputados indicaram que mais de 70% dos nomeados na sequência do procedimento concursal realizado pela CReSAP tinham já ocupado as funções em regime de substituição.

Damasceno Dias, nome indigitado para presidente da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), manifestou-se esta terça-feira preocupado com as nomeações em regime de substituição, acentuando ser uma das questões que pretende resolver.

“Uma das missões que tenho na agenda é justamente olhar para este ponto [nomeações em regime de substituição] e não é olhar de forma lúdica, é olhar para resolvermos esta questão”, referiu Damasceno Dias, que esteve a ser ouvido esta terça-feira na Comissão de Administração Pública, Modernização Administrativa, Descentralização e Poder Local.

Além do nome indigitado para presidente da CReSAP, estiveram também a ser ouvidas as três personalidades indigitadas para vogal permanente, sendo estas audições um dos passos necessários para que possam ser designados para os cargos.

Durante a audição, vários deputados questionaram Damasceno Dias sobre se defende uma alteração das regras do regime de substituição, notando que esta situação coloca em vantagem a pessoa que foi nomeada sem concurso para um cargo face aos outros que concorrem quando abre o procedimento concursal para o cargo.

Neste contexto, indicaram que mais de 70% dos nomeados na sequência do procedimento concursal realizado pela CReSAP tinham já ocupado as funções em regime de substituição (sem concurso).

Precisando que esta é uma das questões que também o preocupa, Damasceno Dias prometeu que os inputs levados esta terça-feira para a audição pelos deputados “não vão cair em saco roto”, salientando acreditar que a resolução destas situações é “o primeiro passo para a credibilização da CReSAP e para dar igualdade de oportunidades”, como “as próprias normas da CReSAP preceituam”.

Em 27 de abril, numa audição nesta mesma comissão, a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, afirmou que o Governo está a preparar alterações à lei dos dirigentes da Administração Pública, tendo já pedido parecer à CReSAP.

No relatório de atividades de 2018, a CReSAP, presidida por Maria Júlia Ladeira, apontava a necessidade de clarificação das consequências “da não nomeação nos 45 dias subsequentes ao envio da proposta de designação ao membro do Governo”, ou seja, da short-list de três nomes que a Comissão envia ao Governo.

A esta vertente soma-se a que resulta de nem sempre, como a lei prevê, ser aberto concurso nos 90 dias subsequentes à nomeação em regime de substituição.

Subdiretor-geral da área de Recursos Humanos e Formação da Autoridade Tributária e Aduaneira, Damasceno Dias falou ainda, durante esta audição, das motivações que o levaram a aceitar o convite para presidir à CReSAP, da equipa de três vogais permanentes e da forma como pensam atuar.

Neste contexto, referiu a vontade de revisitar as atuais metodologias, em apostar na formação qualificante, através “inclusivamente se for necessário com o INA [Instituto Nacional da Administração]” no sentido de criar “uma fileira de formação de líderes em Portugal, com ligação à academia”, com conteúdos desenhados à medida das necessidades concretas da administração pública.

Nesta audição, em que os deputados colocaram várias preocupações e questões sobre paridade de género nas nomeações, foram também ouvidos os nomes indigitados para o cargo de vogal permanente, nomeadamente, Maria Eugénia Almeida Santos, João de Salis Gomes e Maria Cristina Coelho.

Criada em dezembro de 2011, a CReSAP tem por missão o recrutamento e seleção de candidatos para cargos de direção superior na Administração Pública e, ainda, a avaliação dos currículos e da adequação das competências das personalidades indigitadas para exercer cargos de gestor público ou cargos a estes equiparados a qualquer título.

Os estatutos determinam que o presidente e vogais devem ser selecionados de entre personalidades de reconhecido mérito profissional, credibilidade e integridade pessoal, sendo que os segundos devem ainda ter exercido atividade, preferencialmente, na área dos recursos humanos ou da Administração Pública.

O presidente e os vogais permanentes da CReSAP são designados, após audição pela Assembleia da República, por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta do membro do Governo responsável pela área da Administração Pública, em regime de comissão de serviço por um período de cinco e quatro anos respetivamente.

À Lusa, o ministério tutelado por Alexandra Leitão referiu que o mandato dos vogais permanentes da CReSAP, ainda em funções, terminou em abril de 2021. Já a presidente, Maria Júlia Ladeira, “solicitou o pedido de aposentação, renunciando ao mandato em curso”.

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Alexandre Ruas é o novo operations director da Claranet Portugal

O profissional transita da Capgemini Engineering, ex-Altran, onde liderou toda a estrutura de operations e delivery empresa em Portugal.

Alexandre Ruas é o operations director da Claranet Portugal.

A Claranet nomeou Alexandre Ruas como executive director, operations da companhia em Portugal, anuncia a empresa em comunicado. Licenciado em engenharia de telecomunicações e informática pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, o responsável possui uma pós-graduação em gestão pelo ISCTE Business Scholl, uma especialização em negociação pela Católica Lisbon Scholl of Business e ainda uma especialização em estratégia digital pelo INSEAD.

“Alexandre Ruas iniciou a sua carreira no ano de 2003 como investigador, com principal foco no desenvolvimento de redes wireless 802.11x, numa parceria entre o ISCTE e a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT)”, pode ler-se.

Posteriormente, entre 2004 e 2011 enquanto engenheiro e consultor, participou em vários projetos estruturantes para o desenvolvimento tecnológico em Portugal, colaborando com empresas como Altice, Nos, Vodafone, Nokia ou Nowo. Em 2012, a convite da Nos Comunicações, assumiu a direção comercial e operações, responsável pela estratégia, negócio e operações técnicas dos setores B2B e B2C na Madeira.

Já entre novembro de 2015 e setembro de 2020, Alexandre Ruas liderou a Unidade de Telecomunicações e Media da Capgemini Engineering em Portugal. No final de 2020, a convite da mesma consultora, liderou toda a estrutura de operations e delivery da Capgemini Engineering Portugal e Global Engineering Center, com uma equipa de 1.800 engenheiros focados na entrega de projetos de software e serviços de telecomunicações para vários países da Europa e para EUA.

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Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia quer apoiar as 20 startups mais inovadoras da Europa

As vinte empresas selecionadas juntar-se-ão à iniciativa "EIT Community Booster", recebendo apoios para o crescimento do seu negócio no valor de 50.000 euros.

Com o objetivo de criar uma Europa inclusiva e sustentável, o Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT) e cinco das suas Comunidades de Conhecimento & Inovação (KICs) estão a lançar uma iniciativa conjunta para apoiar empreendimentos inovadores e equipas que contribuam para a transformação do Novo Bauhaus Europeu. O prazo para candidaturas para a EIT Community Booster termina a 17 de dezembro.

“A EIT Community contribui para todos os aspetos do Novo Bauhaus Europeu e tem o ecossistema preparado para encontrar ideias atrativas e startups de toda a Europa. Mal podemos esperar para descobrir e escalar as soluções criativas e inovadoras que ajudarão a re-imaginar uma vida sustentável e a tornar os espaços mais bonitos e acessíveis”, afirma Gioia Ghezzi, chair do EIT Governing Board, citada em comunicado.

A iniciativa — que é coordenada pela EIT Digital, incluindo a EIT Climate-KIC, EIT Food, EIT Manufacturing, e EIT Urban Mobility — procura as 20 mais inovadoras startups e scaleups, que conduzem a mudança sustentável para as cidades, indústrias, clima, comida, bem-estar e qualidade de vida, para apoiar o crescimento dos seus negócios e contribuir para que se tornem gamechangers internacionais.

As empresas selecionadas juntar-se-ão à iniciativa, recebendo apoios para o crescimento do seu negócio no valor de 50.000 euros. O apoio será prestado sob a forma de subsídios e serviços concebidos para ajudar as empresas a acelerar o crescimento dos seus negócios.

A EIT Community Booster está preparada para identificar e apoiar as startups e scaleups que integrem as três dimensões centrais do Novo Bauhaus Europeu: “sustentabilidade, dos objetivos climáticos à circularidade, poluição zero e biodiversidade”, “estética, qualidade de experiência e estilo, para além da funcionalidade” e “inclusão, da valorização da diversidade, à garantia de acessibilidade económica”.

Como candidatar-se?

O prazo para candidaturas para o programa “EIT Community Booster” termina a 17 de dezembro, às 23:59 CET (22:59 em Portugal).

Para mais informação sobre cada programa, respetivos critérios de seleção e prémios, deverá aceder ao site da iniciativa.

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Próximo presidente da CMVM alerta para risco de bolha nas bolsas

CReSAP já deu "luz verde" a Gabriel Bernardino para liderar o regulador dos mercados. No Parlamento, deixou um aviso sobre o elevado valor das ações, que está "desligado" da economia.

O próximo presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Gabriel Bernardino, alertou esta terça-feira no Parlamento para o risco de uma bolha nos mercados acionistas.

Ouvido na comissão de orçamento e finanças no âmbito do processo de indigitação para líder do regulador dos mercados, Bernardino disse que se “assiste neste momento a elevados níveis de avaliação dos ativos, nomeadamente das ações, os quais parecem traduzir uma desconexão com a economia real, levantando dúvidas sobre a sua sustentabilidade”.

Segundo afirmou, este é um dos riscos a que os reguladores financeiros devem estar atentos.

Gabriel Bernardino, que se prepara para substituir Gabriela Figueiredo Dias, apresentou aos deputados a visão que tem para o seu mandato na CMVM nos próximos anos, tendo dado também atenção à “emergência dos criptoativos e da blockchain”.

Afirmou que estas tendências apresentam “um potencial de disrupção significativo nos modelos de negócio tradicionais de intermediação financeira, vislumbrando-se vantagens competitivas e riscos que importa avaliar com toda a ponderação”.

"Assiste-se neste momento a elevados níveis de avaliação dos ativos, nomeadamente das ações, os quais parecem traduzir uma desconexão com a economia real, levantando dúvidas sobre a sua sustentabilidade.”

Gabriel Bernardino

Próximo presidente da CMVM

Para Gabriel Bernardino, antigo presidente da Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA, na sigla em inglês), “a CMVM deve apresentar atitude positiva face à inovação, mas assegurando a manutenção de elevados padrões de estabilidade financeira e de proteção dos investidores”.

No âmbito do mercado único de capitais da União Europeia, o futuro presidente do regulador considera que deve ser uma “oportunidade para desenvolver o mercado de capitais em Portugal”.

Aqui, “a CMVM deve atribuir particular atenção às iniciativas para facilitar o acesso das PME aos mercados públicos e à nova estratégia para os investidores de retalho”, detalhou Gabriel Bernardino.

Se for nomeado, Gabriel Bernardino revelou que irá “pugnar, no âmbito europeu, por um novo paradigma na transparência e prestação de informação aos investidores de produtos financeiros”. Isto porque “a grande maioria dos consumidores de produtos financeiros não lê e/ou não tem literacia financeira suficiente para entender a informação disponibilizada”. Bernardino quer informação mais clara e documentos mais simples para que os investidores consigam assimilar o que está em causa num produto financeiro.

No final da sua intervenção, também frisou que a CMVM deve ter autonomia financeira e que o regulador precisa de ser reforçado face ao aumento das funções que lhe são atribuídas.

A Cresap já deu parecer positivo à nomeação de Gabriel Bernardino para a CMVM, revelou o presidente da comissão, Filipe Neto Brandão, no arranque da sessão. A audição no Parlamento é obrigatória nos processos de nomeação para os reguladores financeiros, mas o parecer — que ficará a cargo do deputado do PSD Eduardo Teixeira — não é vinculativo.

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Greenvolt quer 75 milhões de euros em emissão particular de “dívida verde”

A Greenvolt mandatou dois bancos para atuarem como "coordenadores" de uma emissão de obrigações sustentáveis de, pelo menos, 75 milhões de euros.

A Greenvolt está a preparar uma oferta particular de obrigações associadas a critérios de sustentabilidade, através da qual pretende obter um financiamento mínimo de 75 milhões de euros, informou a empresa à CMVM.

A cotada portuguesa mandatou o BIG e o Haitong Bank para atuarem como “coordenadores globais conjuntos” desta “potencial oferta de subscrição de obrigações” particular, que se enquadra na sua “estratégia” de “diversificação de fontes de financiamento”.

Segundo a empresa liderada por João Mando Neto, esta emissão “será feita” de acordo com as diretrizes de dívida “verde” estipuladas pela própria empresa, mas também estará “suportada” na avaliação de “uma empresa independente” especializada em research, ratings e critérios de sustentabilidade (ESG).

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