Só metade das empresas trabalha com prazos de pagamento inferiores a 60 dias

A falta de disponibilidade de fundos, atraso intencional dos clientes e a complexidade de procedimentos de pagamento são os motivos apontados para o atraso dos pagamentos. 

Apenas metade das empresas trabalha com prazos de pagamento inferiores aos 60 dias, enquanto 75% das empresas tem de aceitar prazos de pagamento superiores aos desejados para manter a carteira de clientes, de acordo com o estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal do Crédito y Caución e Iberinform. PME são as mais castigadas.

Segundo o estudo, os dados de março de 2020 refletiam o pior comportamento de toda a sequência histórica deste estudo: apenas 27% das empresas trabalhava com prazos inferiores a 60 dias e cerca de 13% estava acima dos 120. Contudo, os estímulos fiscais e as injeções extraordinárias de liquidez no tecido produtivo melhoraram paulatinamente os prazos de pagamento entre empresas devolvendo-os aos níveis anteriores à Covid-19.

O estudo revela um pior comportamento de pagamento entre as pequenas e médias empresas (PME) em relação às grandes empresas. 42% do tecido produtivo teve que aceitar prazos de pagamento superiores aos desejados por parte das PME, mas apenas 33% das grandes empresas teve de o fazer. Este comportamento está relacionado com o aumento dos problemas de liquidez do tecido empresarial.

De acordo com o estudo, os atrasos nos pagamentos devem-se essencialmente à falta de disponibilidade de fundos (66%), atraso intencional dos clientes (45%), complexidade de procedimentos de pagamento (22%) e emissão incorreta de faturas (3%) são os principais motivos que levam ao atraso dos pagamentos.

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EUA congelam contas e bens de generais angolanos ‘Dino’ e ‘Kopelika’

  • Lusa e ECO
  • 9 Dezembro 2021

'Dino' e 'Kopelipa' "são ex-funcionários do governo que roubaram milhares de milhões de dólares do governo angolano por meio de peculato", aponta Governo dos EUA. Isabel dos Santos também é incluída.

O Governo dos Estados Unidos da América anunciou esta quinta-feira que impôs sanções, incluindo o congelamento de todos os ativos, que os antigos dirigentes angolanos Leopoldino Fragoso do Nascimento ‘Dino’ e Manuel Helder Vieira Dias Júnior ‘Kopelipa’ têm no país. Isabel dos Santos também é incluída pelo “envolvimento em corrupção significativa, através da apropriação indevida de fundos públicos para seu benefício pessoal”.

Leopoldino do Nascimento e Dias Júnior, conhecidos como generais ‘Dino’ e ‘Kopelipa’, respetivamente, “são ex-funcionários do governo que roubaram milhares de milhões de dólares do governo angolano por meio de peculato”, lê-se no comunicado de imprensa em português, distribuído em Washington.

No texto, o Departamento do Tesouro dos EUA afirma que os agora sancionados “conspiraram com outros indivíduos angolanos e Sam Pa, designado pelo Tesouro [enquanto alvo de sanções em abril de 2014] para desviar o financiamento destinado a projetos de desenvolvimento de infraestruturas, incluindo o uso de projetos fantasmas”.

No texto, explica-se que os dois antigos responsáveis “são também suspeitos de terem desviado milhões de dólares de projetos angolanos de infraestruturas e, em seguida, utilizarem as suas posições na economia angolana para se protegerem da possibilidade de acusações criminais”.

Par além disso, os EUA dizem também que “como parte de um negócio de equipamento militar, Dias Júnior negociou com um fabricante de produtos de defesa de um país terceiro uma grande soma adicional de dinheiro para outros altos funcionários do governo angolano“.

Os dois angolanos são alvo da Ordem Executiva 13818, que abarca também quatro entidades detidas ou controladas por Leopoldino Nascimento: Cochan S.A., Cochan Holdings LLC, Geni SARL, e Geni Novas Tecnologias S.A.

“O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) também está a designar [para ser alvo de sanções] uma entidade, Baia Consulting, detida ou controlada por Dias Júnior, e a sua mulher, Luísa de Fátima Giovetty”, no âmbito desta entidade.

As sanções decretadas implicam que “todos os bens e interesses na propriedade das pessoas acima que estejam nos Estados Unidos ou na posse ou controle de pessoas dos EUA estão bloqueados e devem ser informados ao OFAC”, acrescenta-se ainda na note.

Para além disso, “quaisquer entidades que pertençam, direta ou indiretamente, 50% ou mais a uma ou mais pessoas bloqueadas, também são bloqueadas”, não podendo qualquer ativo ser transacionado nem beneficiar de contribuições ou fornecimentos de fundos, bens ou serviços envolvendo as pessoas hoje sancionadas.

Os dois dirigentes angolanos eram elementos da Presidência da República, ao tempo do ex-presidente de Angola José Eduardo dos Santos e do antigo vice-presidente Manuel Vicente.

Também Isabel dos Santos é incluída na lista de pessoas envolvidas em corrupção significativa que passam a dicar sem visto de entrada nos EUA. Enquanto presidente de uma empresa pública — Isabel dos Santos liderou a Sonangol –, o Governo dos EUA aponta “a apropriação indevida de fundos públicos” da filha do ex-presidente angolano, para “seu benefício pessoal”.

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Segurados querem voltar a ter contacto presencial quando tratam de sinistros

  • ECO Seguros
  • 9 Dezembro 2021

Apesar do impulso dado pela pandemia ao aperfeiçoamento dos canais digitais e do serviço, os segurados mostram vontade de reviver a experiência humana, sustenta responsável do grupo Zurich.

À medida que a pandemia da COVID-19 se atenua, os tomadores de seguros começam a recuar dos canais digitais para regressarem à forma presencial de apresentar participações de sinistros e tratar de seguros, assinalou um responsável sénior do Zurich Insurance Group no “Connected Claims USA 2021“.

Para Ian Thompson, Group Chief Claims Officer da Zurich, a mudança está a acontecer enquanto a indústria avança na tentativa de humanizar a experiência digital e apesar da adoção significativa de ferramentas online por parte dos clientes de seguros nos últimos dois anos.

Entre as áreas onde que a tecnologia ganhou terreno durante a pandemia inclui-se a apresentação de pedidos de indemnização e reparação de automóveis e negociações em torno dos pedidos de compensação de seguros de trabalho. “Vemos alguns clientes voltarem e dizer Estava disposto a fazer isso durante o confinamento, mas quero voltar a um lugar onde possa ver pessoas e falar diretamente com elas” exemplificou Thompson no evento virtual da Reuters.

Nos serviços financeiros, a pandemia forçou as empresas americanas a dar prioridade aos investimentos em tecnologia para garantir a disponibilidade de serviços enquanto os locais físicos se mantiveram encerrados.

Pessoas que anteriormente eram avessas à utilização de tecnologia para tarefas quotidianas acabaram por adotar hábitos digitais. A percentagem de adultos americanos com mais de 50 anos de idade que passaram a utilizar um smartphone para fazer transações financeiras aumentou para 53% no final de 2020, contra 37% um ano antes, apontou um relatório da AARP (originalmente designada American Association of Retired Persons), uma organização não lucrativa de advogados especialistas em assuntos de reformados e pensionistas.

Em termos estratégicos, o período pré-pandemia mostrava-se bastante centrado na construção de uma aplicação (app) com a qual os clientes teriam de se envolver. Depois, houve necessidade de tornar a experiência digital mais empática. Isso “é importante num contexto em que continuamos a enfrentar a pandemia”, reconheceu.

Agora, as seguradoras dispõem de múltiplos canais para que os clientes acedam aos serviços. Com mais de 20 de anos de experiência no setor, Thompson exemplificou um contacto por canais digitais: “ouve-se, em segundo plano, o cão a ladrar ou uma criança a brincar e começa-se a falar sobre como são as nossas realidades, e não apenas sobre o número da apólice”. O serviço continua a ter um papel importante, mas “trata-se de fazer dele uma experiência humana,” rematou.

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Portugal exige que França cumpra aumento das interconexões energéticas

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2021

O primeiro-ministro considerou fundamental que haja um aumento das interconexões energéticas entre Portugal e Espanha e entre a Península Ibérica e França.

O primeiro-ministro considerou esta quinta-feira fundamental que haja um aumento das interconexões energéticas entre Portugal e Espanha e entre a Península Ibérica e França, frisando que este último país tem de cumprir os compromissos nesta matéria.

Esta posição foi transmitida por António Costa no debate parlamentar sobre a agenda do próximo Conselho Europeu, que se realiza em Bruxelas nos dias 15 e 16, em que um dos temas em discussão se relaciona com a atual conjuntura de aumento dos preços da energia.

No tema da energia, praticamente todas as bancadas criticaram a atuação do Governo, ou por não reduzir os impostos aos consumidores, ou, como apontou a deputada do PSD Isabel Meireles, por “perdoar 110 milhões de euros em imposto de selo à EDP, quando existem cerca de dois milhões de portugueses em situação de pobreza energética”.

“Continuamos sujeitos à lógica do lucro e aos interesses das multinacionais”, atacou depois o líder parlamentar do PCP, João Oliveira.

O primeiro-ministro, designadamente na sua intervenção inicial, colocou a questão em outro plano no que se refere às vias para travar o progressivo aumento dos preços da energia.

“No próximo Conselho Europeu, Portugal insistirá na necessidade de se acelerar a transição energética, sendo essa a via para a redução do custo da energia para os consumidores de forma sustentada”, começou por sustentar.

De acordo com o primeiro-ministro, Portugal é um dos Estados-membros da União Europeia mais expostos à variação dos preços em resultado do baixo nível de interligações com Espanha e da Península Ibérica com França.

“Este é um tema que se arrasta há muito tempo e em que é essencial encontrar soluções no quadro europeu. Portugal cumpriu escrupulosamente a antecipação do encerramento de produção de eletricidade a carvão. Portanto, é altura de a França cumprir as obrigações que assumiu de permitir o aumento das interconexões”, frisou António Costa.

O líder do executivo disse mesmo que esta matéria “é essencial para o mercado nacional, mas também para que os países do centro da Europa possam ter um adequado “mix” energético e para reforçar a segurança energética da Europa”.

Uma alusão ao objetivo de Portugal de aumentar a entrada pelo porto de Sines de GNL proveniente dos Estados Unidos, tendo em vista permitir que o resto do continente não fique tão dependente do gás da Argélia e Rússia.

Depois de a deputada socialista Edite Estrela se ter congratulado com a entrada em funções do social-democrata Olaf Scholz como chanceler germânico, o líder da Iniciativa Liberal pegou no assunto, mas para perguntar ao primeiro-ministro o que vai dizer ao seu homólogo alemão sobre o projeto do novo gasoduto com a Rússia.

“Há divisões na Alemanha sobre esta matéria. É preciso defender Sines como porta de entrada para o GNL”, frisou João Cotrim Figueiredo.

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Subscritores de pacotes de comunicações sobem 3,6% no terceiro trimestre

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2021

O número de subscritores de pacotes de comunicações foi de 4,4 milhões no final do terceiro trimestre deste ano, um crescimento de 150 mil ou 3,6% face ao trimestre homólogo, segundo a Anacom.

O número de subscritores de pacotes de serviços de comunicações foi de 4,4 milhões no final do terceiro trimestre deste ano, um crescimento de 150 mil ou 3,6% face ao trimestre homólogo, segundo a Anacom.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) adiantou esta quinta-feira que este crescimento “está associado às ofertas 4/5P (+113 mil) e, em menor medida, às ofertas 3P (+41 mil)”, ou seja, de quatro ou cinco serviços e ‘triple play’.

Segundo o regulador, “as ofertas 4/5P foram as mais utilizadas, contando com 2,2 milhões de subscritores (51,0% do total de subscritores de ofertas em pacote), seguindo-se as ofertas 3P, com 1,7 milhões de subscritores (39,4%)”.

A Anacom ressalvou, no entanto, que “o crescimento percentual das ofertas 4/5P (5,3%) foi o mais baixo desde o surgimento destas ofertas”.

O regulador detalhou ainda que “as ofertas isoladas ou ‘single play’, que se caracterizam por não serem comercializadas em pacote, representavam 72,3% dos acessos móveis e 15,8% dos acessos fixos”.

“No total dos acessos fixos e móveis, a maioria (56,2%) era constituída por acessos móveis ‘single play’, seguindo-se os acessos móveis integrados em pacote (21,5%), os acessos fixos integrados em pacote (18,8%) e, por último, os acessos fixos ‘single play’ (3,5%)”, salientou a entidade, na mesma nota.

A Anacom revelou ainda que, “entre janeiro e setembro de 2021, as receitas de serviços em pacote foram de cerca de 1.336 milhões de euros, tendo aumentado 3,3% face ao verificado no mesmo período do ano anterior”, sendo que “as receitas de ofertas 4/5P representaram 63,2% do total”.

De acordo com os dados revelados pelo regulador, “a receita média mensal por subscritor de pacote foi de 34,51 euros (sem IVA), menos 0,7% do que no trimestre homólogo. A receita média mensal foi de 43,11 euros no caso das ofertas 4/5P (-1,9%) e de 27,59 euros no caso das ofertas 3P (+1,0%)”.

A Anacom indicou também que no final do terceiro trimestre, a Meo “foi o prestador com maior quota de subscritores de serviços em pacote (40,8%), seguindo-se o grupo NOS (36,0%), a Vodafone (19,8%) e a Nowo (3,3%)”, sendo que, “face ao trimestre homólogo, a Vodafone e a Meo aumentaram a sua quota de subscritores (+0,8 pontos percentuais e +0,3 p.p., respetivamente), enquanto as quotas do grupo NOS (-0,7 p.p.) e da Nowo (-0,3 p.p.) diminuíram”.

Por fim, revelou a Anacom, “a Meo apresentou a quota de receitas de serviços em pacote mais elevada (41,2%), seguindo-se o grupo NOS (39,9%), a Vodafone (16,8%) e a Nowo (2,0%)”. Tendo em conta o período homólogo, “a Vodafone e a Meo aumentaram a sua quota de receitas em 1,2 p.p. e 0,5 p.p., respetivamente, por contrapartida da redução verificada no Grupo NOS (-1,2 p.p.) e na Nowo (-0,4 p.p.)”.

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Efacec garante que “não está em risco” o pagamento de salários

Apesar de ter reservado sete milhões do novo empréstimo com garantia pública para pagar salários e dez milhões a fornecedores, a administração da Efacec assegura "o cumprimento das suas obrigações".

A Efacec vai fechar esta semana mais um empréstimo com garantia pública, do Banco de Fomento, no valor de 45 milhões de euros, dos quais sete milhões de euros do empréstimo estão reservados para o pagamento de salários, em caso de necessidade, e outros dez milhões destinam-se ao pagamento a fornecedores.

No entanto, numa nota enviada esta quinta-feira ao ECO, a administração da empresa garante que “permanece focada no desempenho eficiente, assegurando que não está em risco o cumprimento das suas obrigações, nomeadamente com os seus colaboradores e todos os stakeholders”.

Como o ECO adiantou esta quarta-feira, depois de em 2020 ter beneficiado de um empréstimo com garantia pública de 70 milhões de euros, a Efacec está a fechar mais um empréstimo com garantia do Estado, sendo que nove milhões de euros ficam dados como colateral ao sindicato bancário que o financia e que é constituído pela Caixa Geral de Depósitos, pelo Novo Banco, pelo Millennium BCP e pelo Montepio.

A administração liderada por Ângelo Ramalho insiste que “o processo de financiamento que está a ser concluído vem dar resposta a necessidades decorrentes do exercício normal da atividade” da empresa e “fortalecerá a capacidade de resposta da Efacec e do alcance dos seus objetivos, de acordo com o plano de negócios definido”.

“Um plano de negócios que contempla o desenvolvimento do roadmap tecnológico da Efacec, que se caracteriza por produtos e soluções prementes para os desafios das sociedades atuais, a normalização, agilização e digitalização das operações, tendo sempre presente o cumprimento das suas obrigações”, acrescenta.

Reprivatização vai “impulsionar o aumento da atividade”

Com este novo financiamento do Banco de Fomento, a dívida líquida (net/debt) da Efacec atingirá os 210 milhões de euros, um valor claramente superior ao valor projetado quando o processo de reprivatização se iniciou, e que era de 104 milhões de euros.

O desvio das contas projetado para 2021 em comparação com os valores inicialmente previstos é relevante. O EBITDA ficará nos 23,6 milhões negativos quando a projeção apontava para 22,9 milhões de euros positivos, enquanto a faturação ficará nos 238 milhões, menos 84 milhões de euros do que o previsto.

No âmbito da reprivatização da Efacec, a bracarense DST foi a única candidata a apresentar uma BAFO (Best and Final Offer), que na verdade será menos generosa do que a primeira oferta vinculativa porque, entretanto, as projeções apontaram para resultados operacionais piores do que os inicialmente estimados.

A administração da empresa confia que o processo de reprivatização, que o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, espera concluir até ao final deste ano, vai “[impulsionar] o aumento da atividade para lá da que já [está] em curso”.

Produção “praticamente parada” nos últimos meses

No dia em que os trabalhadores voltaram a parar duas horas, cumprindo a terceira greve parcial no espaço de um mês, para exigir ao Governo que, “enquanto dono da empresa”, garanta a compra das matérias-primas necessárias à normal laboração, a administração disse que “não entende as motivações desta greve e não se revê nas acusações de que é alvo, nomeadamente de estar inativa”.

“Uma empresa parada não conquista clientes, não é distinguida com prémios, não é escolhida por centenas de empresas para ser parceira na candidatura a cinco projetos altamente estruturantes para o futuro do país, não investe na criação de uma nova estrutura organizacional, para se tornar mais eficiente, não alcança receitas superiores a centenas de milhões de euros”, resumiu.

Em declarações à agência Lusa, Miguel Moreira, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site-Norte), disse que “continua tudo igual” na empresa, cuja produção “tem estado praticamente parada” nos últimos meses.

“Há algum trabalho, mas muito pouco”, afirmou o dirigente sindical, que tem vindo a denunciar que a Efacec tem visto a capacidade de produção comprometida devido à falta de liquidez para adquirir matérias-primas e pagar a fornecedores.

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Trabalhadores preferem vacinas ou máscaras obrigatórias no trabalho

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2021

Três em quatro adultos com emprego concordam que todos no local de trabalho devem estar totalmente vacinados (78%) e 81% é a favor da máscara em áreas comuns, de acordo com Fórum Económico Mundial.

A maioria dos trabalhadores querem medidas como a vacinação contra a Covid-19 ou a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção facial no local de trabalho, segundo um relatório do Fórum Económico Mundial divulgado esta quita-feira.

“Em média, cerca de três em quatro adultos com emprego concordam que todos no seu local de trabalho devem estar totalmente vacinados (78%), realizem testagem frequente se não forem vacinados (74%) e usem máscara em áreas comuns (81%)”, refere o relatório que inquiriu 14.401 trabalhadores.

Segundo o mesmo documento, 62% dos trabalhadores inquiridos não se sentiriam confortáveis em voltar ao trabalho se tais medidas não estivessem em vigor.

As conclusões são de um estudo conduzido pelo Fórum Económico Mundial e pela Ipsos que entre 22 de outubro e 05 de novembro – antes da deteção da variante Ómicron do SARS-CoV-2 – questionou 14.401 pessoas em 33 países.

A diretora para a Saúde e Cuidados de Saúde do Fórum Económico Mundial, Genya Dana, considerou ser “incrivelmente importante” manter “medidas de segurança” como a vacinação, uso de máscaras e testagem enquanto “se navega esta complexa pandemia”.

“Sabemos que os administradores tiveram de assumir muitas responsabilidades novas para a saúde e bem-estar dos trabalhadores desde o início da pandemia, e contamos com eles como parceiros de confiança nesta jornada”, acrescentou, citada no documento.

O estudo assinalou “grandes diferenças” nas atitudes e comportamentos relacionados com a Covid-19 nos locais de trabalho.

“O apoio à vacinação, testagem e obrigatoriedade de uso de máscara é geralmente mais alto na Ásia Oriental, Ásia Meridional, Arábia Saudita e América Latina e mais baixa na Europa Central, de Leste e do Norte e nos Estados Unidos da América”, lê-se num comunicado que acompanha o relatório.

De igual forma, o documento assinala que os países em que os trabalhadores favorecem a obrigatoriedade da vacinação são aqueles em que mais trabalhadores prefeririam ser vacinados para manter os seus empregos.

A nível global, 68% dos inquiridos disseram que seriam vacinados numa situação destas. China (85%), Singapura (81%), Coreia do Sul (78%), Malásia, Espanha e Grã-Bretanha (todos com 74%) foram os que apresentaram maior propensão a serem vacinados para manterem os seus empregos, enquanto que, por outro lado, Rússia (48%), Polónia (49%) e Roménia (52%) apresentam a menor taxa de aprovação.

Globalmente, 12% dos inquiridos responderam que preferiam uma testagem frequente, 9% iriam “procurar uma forma de não ser vacinado ou testado e continuar com o seu trabalho” e 5% apresentariam demissão. Os restantes 6% disseram não saber o que fazer.

Em apenas sete dos 33 países – Rússia, Polónia, Dinamarca, Hungria, Suécia, Suíça e Estados Unidos da América – analisados a maioria dos trabalhadores estaria confortável em voltar ao trabalho caso não estivessem em vigor medidas de proteção.

Sem medidas de proteção, mais de um décimo dos trabalhadores na China (18%), Japão (12%), Chile (11%) e Malásia (10%) prefeririam despedir-se a voltar ao trabalho sem estas condições de proteção.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.278.777 mortes em todo o mundo, entre mais de 267,22 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

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Portugueses ajudam a criar casaco vivo que produz oxigénio através de fotossíntese

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2021

O CO2AT, criado em parceria com o laboratório inglês Post Carbon Lab, é “um organismo vivo” que contém “algas microscópicas que fazem a absorção do dióxido de carbono e transformam em oxigénio”.

Uma ideia portuguesa, que se aliou a uma empresa paquistanesa e a um laboratório inglês, resultou na produção em território nacional de um “casaco vivo” que produz oxigénio utilizando algas microscópicas.

O CO2AT, criado em parceria com o laboratório inglês Post Carbon Lab, é “um organismo vivo” que contém “algas microscópicas que fazem a absorção do dióxido de carbono e transformam em oxigénio”, explica à Lusa o diretor criativo, Filipe Mesquita.

Este projeto é da fabricante paquistanesa de ganga Azgard9, que fornece várias empresas de moda, mas “foi uma ideia portuguesa e a produção de uma parte significativa do casaco é feita em Portugal, numa fábrica no Norte”, garante.

Toda a peça de algodão puro é fabricada no país, e é depois enviada para Inglaterra, onde o capuz do casaco é tratado com pigmentação microbiana que fará o processo de fotossíntese.

Para além de ser sustentável, o tecido é antibacteriano, antiodor, antivírico, respirável, resistente à água e repelente, lê-se no site do CO2AT.

Cuidar desta peça “requer alguma disciplina, que é a mesma disciplina que ter uma planta”, esclarece o responsável, já que “são organismos vivos”.

Mas o vestuário tem vida depois da morte, porque “pode ser novamente replantado, enviando novamente para o laboratório”.

A ideia é mudar o paradigma “para este território de sustentabilidade”, em que se deixa de pensar “numa lógica de mitigação ou de redução”, mas sim numa “questão de transformação”.

“É fazer alguma coisa que transforme o problema numa solução”, insiste Filipe Mesquita.

O diretor criativo assegura que, “ao receber um casaco destes em casa, o oxigénio que já foi produzido na sua confeção e o tempo em que esteve vivo, já anula toda a pegada ecológica até chegar à porta”.

“Ao fim do ano, produz o mesmo oxigénio que um carvalho de um ano”, concretiza.

Depois do sucesso da parte criativa, que já foi premiada a nível nacional e internacional, segue-se a comercialização e a implementação desta tecnologia em grande escala.

Para isso, a empresa paquistanesa está já em contacto com a sua rede de clientes, que inclui grandes grupos de moda como a LVMH ou a Zara, e já captou a atenção de empresas como a Asos ou a Lacoste.

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Horta Osório quebra regras de quarentena suíças

O banco Credit Suisse admitiu, em comunicado, que o chairman Horta Osório quebrou as regras de quarentena suíças ao voar para dentro e fora do país no espaço de 3 dias, segundo o Financial Times.

O banco Credit Suisse admitiu em comunicado que o chairman António Horta Osório quebrou as regras de quarentena suíças ao voar de Londres para Zurique a 28 de novembro, abandonando o país três dias depois, conforme noticiado pelo Financial Times (acesso em inglês).

O banqueiro luso-britânico voou para Zurique quatro dias após a imposição de novas regras de quarentena na Suíça, dada a deteção da nova variante Covid Omicron. No espaço de três dias, Horta Osório deixou o país de forma “prematura” a 1 de dezembro. Segundo as medidas de prevenção à Covid-19 suíças, quem violar deliberadamente as regras, além de pena, arrisca-se a uma multa até 10.000 francos (9.582 euros), ao passo que se as violar por negligência poderá ser multado até aos 5.000 francos (4.785 euros).

“O Credit Suisse reconhece, lamentavelmente, que houve uma violação das regras de quarentena relativamente às viagens do seu chairman. A conformidade com as leis e diretrizes aplicáveis ​​é uma prioridade pessoal do presidente e do Credit Suisse”, comunicou o banco.

Horta Osório acrescentou: “Violei involuntariamente as regras de quarentena suíças ao deixar o país de forma prematura a 1 de dezembro. Lamento sinceramente este erro. Peço desculpa e irei garantir que tal não volta a acontecer”.

Depois de 15 anos em Londres, o ex-líder do Lloyds Bank mudou-se recentemente para a Suíça enquanto chairman do Credit Suisse, após este registar perdas de quatro mil milhões de euros em investimentos no fundo Archego Capital Management.

O banqueiro foi ainda condecorado pela rainha de Inglaterra, com o título de Sir, por serviços prestados tanto no setor financeiro como de voluntariado nas áreas da saúde mental e da cultura.

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Governo só com 11 ministérios? Os recordistas em Portugal

A SEDES propõe que haja só 11 ministérios e o Presidente da República apreciou a ideia. Após ter o maior Governo de sempre, Costa já promete equipa "mais curta". O mais pequeno foi o de Passos Coelho.

Com as eleições à porta, regressou a discussão sobre a dimensão do Governo. O ponto de partida foi dado pela SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social) com uma proposta para que haja apenas 11 ministérios, em linha com a organização que existe na União Europeia. O Presidente da República deu palco à medida — de todas as medidas destacou em público o “tema da moda” que “é o número de ministérios” e o recandidato a primeiro-ministro confirmou que quer formar “uma equipa governativa mais curta” caso vença a 30 de janeiro.

António Costa é, aliás, um dos recordistas nesta área. O socialista formou o maior Governo da democracia portuguesa em 2019 com 19 ministérios e 50 secretários de Estado, ultrapassando o Governo de Pedro Santana Lopes que tinha 18 ministérios. Na altura, em reação às críticas quando entregou a lista do seu Executivo, Costa ripostou: “Os Governos não se medem em função do número de membros, mas devem ter uma orgânica ajustada ao programa do Governo e às prioridades do país”.

O maior Governo de sempre está à distância de oito anos do mais pequeno e também neste caso a dimensão da equipa ministerial foi usada para ganho político. Estamos a falar da primeira formação do Governo PSD/CDS em 2011 liderado por Pedro Passos Coelho, o qual não tinha um Ministério da Cultura, por exemplo, tendo apenas 11 ministérios, o mesmo número agora proposto pela SEDES. É preciso recuar ao primeiro Governo de Cavaco Silva para encontrar o segundo executivo mais curto com 13 ministros, dimensão semelhante ao Governo da Aliança Democrática liderada por Francisco Sá Carneiro.

Na altura, Pedro Passos Coelho usou a dimensão do executivo para sinalizar que a obrigação de cortar custos na era da austeridade era transversal: “O Governo com menos membros em ministros e secretários de Estado de que há memória em Portugal”, prometeu. O ex-primeiro-ministro viria a cumprir essa promessa, mas ao longo da legislatura o Governo foi ganhando tamanho com as remodelações e terminou em 2015 com 15 ministros.

Agora, a olhar para 2022, António Costa promete aos portugueses que terá “uma equipa governativa mais curta, mais ágil, renovada”, caso vença as eleições, introduzindo um novo modelo de Governo”, “com competências mais transversais” e “mais adequado aos tempos desafiantes” que o país vive. E acrescentou que era isso que ia fazer após a aprovação do Orçamento para 2022, o qual viria a chumbar e a ditar a dissolução do Parlamento.

Em 2019, o líder da oposição, Rui Rio, criticou fortemente a opção de Costa de formar o Governo “mais caro e o maior da história de Portugal”, dando a entender que um Governo seu seria bastante mais reduzido. “Eu estimo que este alargamento custe mais de 50 milhões de euros aos contribuintes. (…) Multiplicam-se os ministros e multiplicam-se os secretários de Estado”, disse o social-democrata que voltará a disputar as eleições com o socialista.

“O país não precisa de um Governo grande”, diz Álvaro Beleza

Álvaro Beleza, presidente da SEDES, vê nestas declarações o “homem inteligente” que é o primeiro-ministro, que esteve no congresso da associação no Porto e que “ouve o que lhe dizem”. “É uma coisa óbvia: o país não precisa de um Governo grande, mesmo se for uma coligação“, diz o socialista ao ECO, apontando os exemplos dos Estados Unidos — onde os ministérios “não mudam há 200 anos” — e da União Europeia onde há 10 formações diferentes do Conselho da União Europeia (cuja presidência rotativa coube a Portugal no primeiro semestre deste ano).

A única diferença face à UE nas 11 pastas seria um ministério a mais para a defesa, tema que é da competência exclusiva de cada Estado-membro. De resto, para Beleza, a distribuição seria semelhante: Agricultura e Pescas; Ambiente; Assuntos económicos e financeiros; Assuntos Gerais; Competitividade; Educação, Juventude, Cultura e Desporto; Emprego, Política Social, Saúde e Consumidores; Justiça e Assuntos Internos; Negócios Estrangeiros; Transportes, Telecomunicações e Energia.

Para o médico e político faz “sentido” juntar ministérios que estão separados em Portugal, ao contrário do que acontece na “maior parte” dos países europeus. Há o exemplo da Saúde e da Solidariedade Social, mas também o da Justiça e da Administração Interna (que com a demissão de Cabrita vão efetivamente ficar juntos temporariamente com Van Dunem) e o das Finanças e Economia.

Claro que tem de haver contas certas, mas o crescimento económico deve ser o foco do país.

Álvaro Beleza

Presidente da SEDES

Neste último caso, para Álvaro Beleza é claro que “quem deve mandar é a Economia” e que as “Finanças têm de obedecer”, ao contrário do que acontece “há décadas”. “Claro que tem de haver contas certas, mas o crescimento económico deve ser o foco do país”, considera, argumentando que essa será a forma mais eficaz de reduzir a dívida pública — para que tal aconteça propõe uma redução da carga fiscal face a Espanha (e não através de subsídios do Estado) e o foco nas grandes empresas (principalmente indústria de valor acrescentado) e nos ganhos de escala.

Esta reformulação da composição do Governo levaria a uma reorganização da política nacional em função da política europeia e poderia implicar a transferência da secretaria de Estado dos Assuntos Europeus (atualmente no Ministério dos Negócios Estrangeiros) para a Presidência do Conselho de Ministros, “estando mais próxima da coordenação política e legislativa”.

Além disso, a SEDES sugere que se democratize a coordenação dos assuntos políticos em Bruxelas, “com dependência mais estrita da coordenação do primeiro-ministro” e reduzindo a “sua componente diplomática”, e que se democratize as “as posições políticas nacionais na UE, mais em função do alinhamento de famílias políticas escrutinadas eleitoralmente (família política dos governos democraticamente eleitos e dos programas políticos escrutinados nas eleições europeias) e menos em confrontos país-país, região-região“, lê-se no documento divulgado pela associação.

Além dos ministérios, é preciso encolher gabinetes e agências

As propostas da SEDES para a organização do poder executivo não se limitam à formação do Governo. O documento da associação sobre o sistema político critica a “enorme dimensão do aparelho do Governo”, ou seja, o problema não está só no número de ministérios mas também no número de assessores dos ministros e dos secretários de Estado.

Cada um dos gabinetes ministeriais “é composto em média por 17 pessoas, não se considerando as secretarias de Estado adstritas, o que comporta um custo anual aos cofres públicos de dezenas de milhões de euros”, aponta a SEDES, propondo uma redução do “pessoal político” para “dotar a ação governativa de maior eficácia e credibilidade”.

Além disso, acrescenta Álvaro Beleza, “há agências do Estado a mais e a mandar em tudo e ninguém acaba por mandar”. Para cada decisão é preciso “recorrer a vários ministérios”, o que cria “redundância nas instituições do Estado”. O socialista admite que “criaram-se mais agências para arranjar lugar para mais gente e não se acabou com as antigas”, uma situação que é preciso mudar.

A solução para os vários problemas que identifica no Estado e na economia em Portugal passa por um “acordo ao centro”, isto é, um “bloco central reformista”. Beleza defende que, após as eleições de 30 de janeiro, o PS e o PSD se juntem numa coligação de Governo, à semelhança do que aconteceu com a CDU e o SPD na Alemanha — esta é uma hipótese rejeitada pelos dois partidos. Para o socialista não basta um acordo parlamentar porque à primeira oportunidade o que está fora rói a corda. “A coligação dá controlo mútuo e a partilha de poder é positiva“, remata, rejeitando a ideia de que os extremos vão beneficiar do bloco central uma vez que considera que os eleitores portugueses são maioritariamente “moderados”.

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ECO do Dinheiro. Preço das casas vai continuar a aumentar

  • ECO
  • 9 Dezembro 2021

O custo de construção de casas disparou em novembro, por causa do agravamento do custo das matérias. primas e da mão de obra.

  • Preço das casas vai continuar a aumentar. Veja o vídeo.

https://videos.sapo.pt/Kmic8mnPL6RDSvw30zkL

Os preços do imobiliário aceleraram nos últimos anos e já no segundo trimestre deste ano, depois da pior fase da covid, as casas ficaram 6,6% mais caras em comparação com o mesmo período do ano passado.

Quando alguns sinais antecipavam um abrandamento do aumento de preços das casas, há novos dados que contrariam esta expectativa…

Quais? Os custos de construção de habitação nova dispararam 7,4% em termos homólogos em outubro. Trata-se da maior subida desde agosto de 2008.

As razões são fáceis de explicar. O preço dos materiais aumentou 8,8% em novembro face ao mesmo mês do ano passado, enquanto os custos de mão de obra aceleraram 5,4%, e neste caso foi o maior aumento dos últimos 13 anos.

O Governo lançou a Nova Geração de Políticas de Habitação, com resultados limitados para não dizer outra coisa.

Perante a evolução dos custos de construção, as famílias vão ter de pagar mais para comprarem uma casa nova, e como a nova geração de políticas de habitação já se tornou velha, o novo Governo vai ter de mudar de estratégia… outra vez.

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Jerónimo Martins sobe 2% e põe PSI-20 no verde

Após a queda no feriado nacional, o PSI-20 volta aos ganhos esta quinta-feira com uma pequena valorização. A maior subida foi protagonizada pela Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce.

O PSI-20 valorizou 0,15% para os 5.521,93 pontos esta quinta-feira, após ter caído no feriado nacional. A bolsa nacional contrariou assim a tendência negativa das principais praças europeias, principalmente graças ao contributo positivo da Jerónimo Martins.

Na Europa, o Stoxx 600, o índice europeu que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvalorizou 0,09%. O alemão DAX caiu 0,3%, o francês CAC 40 encolheu 0,14% e o espanhol IBEX desvalorizou 1,1%.

Em Lisboa, a maior parte das cotadas (10) caiu, com uma cotada inalterada e as restantes oito a valorizarem. A maior subida foi protagonizada pela Jerónimo Martins com uma valorização de 2,07% para os 20,26 euros.

Seguiu-se a Ramada Investimentos com uma subida de 1,98% para os 7,2 euros, a REN com uma valorização de 1,41% para os 2,51 euros e a EDP Renováveis cujas ações somaram 1,28% para os 22,18 euros.

Do outro lado da barricada esteve a Galp Energia com uma queda de 2,58% para os 8,39 euros numa altura em que o brent, referência para as importações nacionais de petróleo, desce quase 1%.

A travar maiores ganhos em Lisboa esteve também a Altri com uma queda de 1,96% para os 5,26 euros e o BCP com uma desvalorização de 1,8% para os 14,15 cêntimos.

Nota ainda para a queda de 0,06% da Nos, para os 3,39 euros, depois de o Deutsche Bank ter reduzido a recomendação sobre ações da empresa de “comprar” para “manter” e cortado o preço-alvo de cinco para quatro euros.

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