Gentiloni: “Não devemos satisfazer-nos com uma retoma ao nível pré-pandemia”

O comissário europeu para a economia, Paolo Gentiloni, apelou esta sexta-feira para que a União Europeia não se satisfaça com uma retoma para o nível pré-pandemia.

O comissário europeu para a economia, Paolo Gentiloni, afirmou esta sexta-feira, após a reunião do Eurogrupo, que “não devemos satisfazer-nos com uma retoma ao nível pré-pandemia”. O desafio é ter um “crescimento mais forte e mais sustentado” no futuro, disse.

O italiano descreveu que, depois de uma recessão técnica no quarto trimestre de 2020 e no primeiro trimestre de 2021, a economia europeia vai ter uma retoma já no segundo trimestre deste ano, mas principalmente em todo o segundo semestre. Porém, recordou que a “situação económica continuará a ser divergente entre diferentes países, setores e cidadãos”, assumindo que há o risco de ter “sequelas e danos permanentes” provocados pela crise pandémica.

Portanto, “não podemos retirar os apoios aos trabalhadores e às empresas muito rapidamente”, rematou, avisando que será preciso “gerir cuidadosamente” a transição de medidas de emergência para a nova fase de recuperação.

Com base nas previsões de primavera da Comissão Europeia, Gentiloni reafirmou que o PIB europeu deverá recuperar os níveis pré-pandemia no primeiro semestre de 2021. Porém, “não devemos satisfazer-nos com uma retoma ao nível pré-pandemia“. “Não queremos apenas uma retoma. Queremos um crescimento mais forte, mais estável e mais sustentável”.

Para alcançar essa ambição, é preciso que o dinheiro europeu do Próxima Geração UE, a “bazuca” europeia, chegue aos países o mais rapidamente possível. Com esse objetivo em mente, Gentiloni disse que pediu aos cinco países que ainda não ratificaram a legislação dos recursos próprios para o fazer o mais rapidamente possível. Se o fizeram, a expectativa do comissário europeu é que os primeiros fundos possam chegar aos países antes da paragem do verão (isto é, até ao final de julho).

Lagarde diz que apoios orçamentais e monetários continuarão a ser necessários nos próximos meses

Também presente na conferência de imprensa, a presidente do Banco Central Europeu (BCE) alinhou com o discurso da Comissão Europeia sobre a recuperação da economia, que está em andamento mas que também terá “divergências”.

“Esta recuperação está a acontecer porque houve coordenação das políticas” económicas na Zona Euro, argumentou, assinalando que, “dada a incerteza”, estas políticas “continuarão a ser necessárias nos próximos meses para nos assegurarmos que a recuperação está bem ancorada e para que se possa ter uma recuperação forte e sustentada”. Lagarde deixou também uma palavra para os mais afetados pela crise que só recuperarão em 2023.

(Notícia atualizada às 13h32 com mais informação)

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Excesso de mortalidade causado pela pandemia é 2 a 3 vezes superior às mortes atribuídas à Covid

  • Lusa
  • 21 Maio 2021

No relatório anual sobre estatísticas mundiais de saúde, a OMS indica que o excesso de mortalidade causado pela pandemia é duas a três vezes maior do que as mortes atribuídas à Covid-19.

O excesso de mortalidade causado pela pandemia é duas a três vezes maior do que as mortes atribuídas à Covid-19 desde o surgimento dos primeiros casos no final de 2019 na China, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por ocasião da publicação de seu relatório anual sobre estatísticas mundiais de saúde, a OMS também indicou que a Covid-19 causou pelo menos três milhões de mortes diretas e indiretas em 2020, enquanto o número de mortes atribuídas ao vírus foi de cerca de 1,8 milhões.

Isso corresponde a estimativas semelhantes que preveem que o número total de mortes é pelo menos 2 a 3 vezes maior” do que o número oficial de mortes da Covid, disse em conferência de imprensa a vice-diretora geral responsável pelos dados da OMS, Samira Asma.

De acordo com seus cálculos, a especialista estima que a pandemia já causou “cerca de 6 a 8 milhões” de mortes diretas e indiretas. “A pandemia é uma grande ameaça à saúde e ao bem-estar das populações em todo o mundo”, disse, indicando que a OMS está a trabalhar com os países para descobrir qual “o verdadeiro número para que se preparem melhor para a próxima emergência “.

A lacuna entre o que os especialistas chamam de mortalidade excessiva ou “mortes excessivas” e o número oficial de mortes devido à Covid está ligada a vários fatores.

Em particular, alguns países estão a ficar para trás no registo de mortes uma vez que algumas pessoas morrem sem fazer o teste.

Outros morreram de outras doenças para as quais não puderam procurar tratamento, seja por medo de ir aos centros de saúde, seja devido a medidas de contenção.”O excesso de mortalidade dá-nos uma melhor imagem, porque captura esses efeitos diretos e indiretos”, disse William Msemburi, analista da Divisão de Dados da OMS.

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Lucro do Crédito Agrícola dispara para 72,5 milhões no primeiro trimestre

Grupo liderado por Licínio Pina alerta para quadro de incerteza por causa da pandemia que poderão traduzir-se num aumento de imparidades após o fim das moratórias.

O lucro do Crédito Agrícola disparou 114% para 72,5 milhões de euros no primeiro trimestre do ano. O resultado foi impulsionado por vários fatores, desde logo o facto de ter constituído menos imparidades e provisões em relação ao mesmo período de 2020. O grupo pôs de lado quase sete milhões de euros para enfrentar a crise da pandemia, abaixo dos 27,5 milhões do ano passado.

Apesar dos resultados positivos, o grupo liderado por Licínio Pina alerta que o “exercício de 2021 encerra níveis de incerteza ainda elevados que se poderão vir a refletir ao nível do incremento de imparidades da carteira de crédito”.

E avisa: “Neste contexto, os próximos resultados trimestrais poderão sofrer alterações materiais decorrentes das atividades de acompanhamento regular da carteira de crédito, em particular, dos setores mais afetados pela crise e com maior peso de contratos de crédito em situação de moratória”.

A ajudar nos resultados esteve ainda a subida de mais de 7% da margem financeira para 85,9 milhões de euros, uma evolução que se dá num quadro em que o setor financeiro continua sob pressão do ambiente de juros baixos promovido pelo Banco Central Europeu (BCE). A margem técnica da atividade de seguros subiu 8,7% para 12,8 milhões.

A venda de dívida pública manteve-se como uma importante fonte de receitas, com o grupo a registar resultados de operações financeiras de 50,9 milhões de euros, ainda assim, uma descida de 4,2% face aos resultados de 55,1 milhões registados há um ano.

Contas feitas, o produto bancário avançou 11,9% para 180,5 milhões de euros.

Dos 72,5 milhões de lucros, o negócio bancário contribuiu com 65,3 milhões, que representa uma subida de 122,9% face ao período homólogo. O grupo assinala ainda “os contributos positivos de 2,3 milhões de euros da CA Vida e de 1,5 milhões de euros da CA Seguros“.

Olhando para o balanço, a carteira de crédito a clientes ascendia a 11,4 mil milhões de euros, mais 7% em relação ao ano passado. O banco adianta que as moratórias totalizaram 2.682 milhões de euros no final de março, num total de 27.040 contratos. Em relação à qualidade da carteira de crédito, o rácio de NPL baixou 0,3 pontos percentuais face ao final do ano passado para 7,8%.

Já os depósitos de clientes totalizavam cerca de 17,6 mil milhões de euros, subindo 14,4% (ou 2.211 milhões de euros) em termos homólogos.

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Atividade da Zona Euro cresce ao ritmo mais rápido desde 2018

  • ECO
  • 21 Maio 2021

O crescimento foi especialmente sentido em França, onde o ritmo foi mais alto desde julho de 2020, e na Alemanha, que registou o segundo maior crescimento desde 2018.

A atividade na Zona do Euro cresceu em maio, tendo registado o nível de crescimento mais rápido desde fevereiro de 2018, levando três meses consecutivos de crescimento impulsionado pelo fim de várias medidas restritivas impostas por causa da pandemia de Covid-19, segundo a consultora Markit.

O Expansión indica, citando o relatório Flash PMI da consultora, que foi publicado esta sexta-feira, que o índice composto da atividade total na Zona Euro está em 56,9 pontos, acima dos 53,8 de abril. Para esse crescimento são várias as atividades que contribuem: as novas encomendas dispararam para o nível mais elevado desde 2006; a indústria registou o seu 11.º mês consecutivo de expansão; e os serviços aumentaram a sua atividade pelo segundo mês consecutivo.

O crescimento da atividade foi especialmente sentido em França, onde o ritmo foi mais alto desde julho de 2020, e na Alemanha, que registou o segundo maior crescimento desde 2018.

Segundo a consultora a recuperação da procura levou a um novo aumento de preços em maio, o maior aumento nos preços cobrados desde que os dados estão disponíveis.

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Pequim pede à União Europeu para evitar “confrontos” sobre acordo comercial

  • Lusa
  • 21 Maio 2021

A República Popular da China pediu à UE para abandonar atitudes de “confronto” na sequência do voto no Parlamento Europeu que congela o processo de ratificação do acordo de investimentos com Pequim.

A República Popular da China pediu esta sexta-feira à União Europeia para abandonar atitudes de “confronto” na sequência do voto no Parlamento Europeu que congela o processo de ratificação do acordo de investimentos com Pequim.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian, exortou Bruxelas a levantar as sanções contra os responsáveis do regime comunista acusados de envolvimento na repressão contra os muçulmanos uigures que habitam a província de Xinjiang, noroeste da República Popular da China.

As sanções foram seguidas de represálias de Pequim contra eurodeputados.

“As sanções e a confrontação não vão resolver nada”, disse Zhao acrescentando que “quem está na origem do problema o deve resolver”, sem especificar.

Através de uma resolução votada na quinta-feira e que foi aprovada por uma larga maioria (599 votos a favor, 30 contra e 58 abstenções), o Parlamento Europeu subordinou o levantamento das sanções contra altos membros do regime à análise do acordo sobre investimentos.

Por outro lado, a resolução advertiu que o estado dos direitos, liberdades e garantias na República Popular da China é determinante para o exame sobre um eventual acordo comercial, referindo-se diretamente às pressões de Pequim sobre a Região Administrativa Especial de Hong Kong.

“O Parlamento (Europeu) vai considerar a situação dos Direitos Humanos na China, nomeadamente em Hong Kong, quando for chamado a aprovar o acordo”, refere o texto da resolução.

Após vários anos de bloqueio, a Comissão Europeia, responsável pela política comercial dos 27 Estados membros da União Europeia, concluiu em 2020 um acordo com Pequim sobre investimentos do bloco europeu.

A Alemanha, cujo setor industrial pretende penetrar no mercado chinês, foi um dos países que mais promoveu o acordo.

Mesmo assim, no passado mês de março a União Europeia avançou com sanções contra a República Popular da China devido à situação em Xinjiang, onde mais de um milhão de muçulmanos se encontram submetidos a campos de reeducação política, de acordo com organizações de defesa de Direitos Humanos.

Pequim retaliou com sanções contra vários deputados do Parlamento Europeu e universitários do centro de reflexão alemão Merics.

Neste contexto, o vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, disse, no princípio de maio, que “os esforços” para ratificar o acordo de 2020 estavam “suspensos”.

O porta-voz da diplomacia de Pequim considera que o acordo sobre investimentos era “equilibrado e mutuamente benéfico”.

“Não se trata de nenhum um favor” entre as duas partes, disse Zhao Lijian na conferência de imprensa em Pequim.

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Fundos do PRR chegam em “poucos meses”. Marcelo vê corrida “contra o relógio” para aplicar o PRR

  • ECO
  • 21 Maio 2021

Presidente da República avisa que estamos numa corrida "contra o relógio" e que convém definir o papel das CCDR e CIM na execução dos fundos do PRR que estarão disponíveis em poucos meses.

O Presidente da República alertou para a necessidade de se preparar aquilo que vai ser a execução dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ao nível das entidades regionais por parte das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e das Comunidades Intermunicipais (CIM).

“As pessoas não têm ideia do número de entidades, o que é bom em termos de transparência, mas que tem de exigir conjugação de esforços, que vai intervir passo a passo na execução”, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa no programa “Geometria Variável” da Antena 1.

“A Comissão vai ser muitíssimo rigorosa, mas depois há as instâncias nacionais e não é só o Tribunal de Contas ou a Inspeção Geral das Finanças, há depois os esquemas de monitorização estabelecidos pelo próprio sistema de governação, há o Parlamento”, elencou, antes de falar de “outra corrida contra o relógio” que é a primeira avaliação de execução dos fundos no final de 2023.

“Portanto, 2022 e 2023 serão decisivos e ou há uma capacidade executiva muito, muito eficiente, competente e transparente… e ainda por cima deseja-se, o que é de salutar, descentralizada. Conviria definir em que termos as CCDR e as CIM e outras entidades vão intervir e conviria definir com alguma antecipação, pois estamos a falar de fundos que estarão disponíveis daqui por poucos meses”, avisou.

Para Marcelo, isto não está ainda feito “porque se teve de ir fazendo”. “Isto não é propriamente um plano e nem sequer tem a ver com aquilo que era o esquema clássico de preparação dos quadros comunitários”, lembrou.

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Segunda dose da Astra? Há seis países da Europa a administrarem uma dose alternativa

Apesar de as autoridades de saúde europeias recomendarem a administração da 2.ª dose da vacina da AstraZeneca a quem tomou a 1.ª, há já seis países da Europa a recomendarem uma marca alternativa.

Tanto a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) como o Centro Europeu para o Controlo de Doenças (ECDC) consideram que as pessoas vacinadas com a primeira dose da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 devem receber a segunda dose da mesma vacina. Contudo, há cada vez mais países a autorizarem a administração de uma segunda de outra marca.

No início de abril, vários países europeus, incluindo Portugal, decidiram limitar a administração da vacina da farmacêutica anglo-sueca a uma faixa etária específica, após o regulador europeu ter admitido que há uma “possível ligação” entre a toma da vacina da AstraZeneca e a formulação de coágulos sanguíneos invulgares.

Apesar de o regulador europeu ter garantido que a vacina é segura e eficaz e que “os benefícios superam os riscos”, por precaução, Portugal, — à semelhança de outros países como, Itália, Espanha ou Holanda –, decidiu restringir a utilização desta vacina aos maiores de 60 anos. Não obstante, na atualização da norma 003/2021, a DGS clarifica que a recomendação é que as pessoas com menos de 60 anos que já levaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca tomem a segunda dose da vacina anglo-sueca, no espaço de até 12 semanas (cerca de três meses), tal como sugerido pelo regulador europeu.

Assim, caso o utente com menos de 60 anos não queira levar a segunda dose desta vacina terá de aguardar até que haja uma indicação definitiva da Comissão Técnica de Vacinação sobre este assunto, não estando, portanto, excluída uma eventual administração de uma segunda dose de outra marca no futuro (mais precisamente de tecnologia mRNA).

Ao ECO, a DGS revela que a Comissão Técnica “está a analisar” os “primeiros resultados do estudo em curso no Reino Unido”, da Universidade de Oxford e divulgados na revista The Lancet, que mostrou que “com esquemas mistos de vacinação se verificou um maior número de alguns efeitos adversos que são habituais com todas as vacinas, nomeadamente febre, dores musculares, cansaço, entre outros”, acrescentando, no entanto, que “estes efeitos são de muito curta duração (menos de 48 horas) e de intensidade ligeira a moderada”.

Além disso, “não se verificaram alterações laboratoriais ou outros sinais que sugiram uma preocupação de segurança”, sublinhando ainda que os “dados indiretos de eficácia (imunogenicidade dos esquemas mistos de vacinação) deverão ser conhecidos durante o mês de junho”. Paralelamente, a instituição liderada por Graça Freitas destaca que está também a basear-se num outro estudo elaborado pelo Instituto da Saúde Carlos III, cujos primeiros resultados foram conhecidos esta semana e serviram de base para o Ministério de Saúde espanhol ter decidido administrar uma segunda dose de outra marca.

Dentro do Espaço Económico Europeu (EEE), há, pelo menos, 15 países que estão atualmente a limitar a vacina da AstraZeneca a uma faixa etária específica, 11 que não impuseram qualquer limitação (incluindo a Áustria que vai descontinuar a vacina a partir de junho), seguindo as recomendações do regulador europeu e, pelo menos, dois (Dinamarca e Noruega) que deixaram totalmente de administrar esta vacina.

Certo é que os países continuam a divergir nas decisões relativamente ao uso da vacina da AstraZeneca e à medida que vão surgindo novos estudos sobre a combinação desta vacina com vacinas RNA mensageiro (como é o caso da Pfizer e da Moderna), a lista de países que está a decidir administrar uma dose alternativa vai crescendo.

Depois da Dinamarca, Finlândia, França, Suécia e Alemanha, o Ministério da Saúde de Espanha propôs, na terça-feira, às comunidades autónomas administrarem a segunda dose da Pfizer aos cidadãos com menos de 60 anos e já vacinados com a vacina da AstraZeneca. Esta proposta surgiu depois de um estudo do Instituto de Saúde Carlos III ter que concluído que administrar uma dose da vacina da Pfizer em pessoas que receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca é altamente seguro e eficaz.

Atuais recomendações dos países que integram o Espaço Económico Europeu para o uso da vacina da AstraZeneca

Contudo, esta decisão está a suscitar dúvidas por parte de algumas comunidades autónomas espanholas, o que levou o Governo espanhol a abrir a porta que os cidadãos com menos de 60 anos que já tivessem tomado a vacina da AstraZeneca levassem a segunda dose da mesma marca, desde que expressem o seu consentimento informado. Contudo, o Executivo liderado por Pedro Sánchez sublinha que é “imprescindível” que o Comité de Bioética se pronuncie sobre essa questão, pelo que pediu um parecer, segundo o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Neste contexto, ente os países que pertencem ao EEE, há já seis países a recomendarem uma segunda dose alternativa à vacina da AstraZeneca, quatro (incluindo Portugal) que ainda não têm uma decisão definitiva e 19 que continuam a inocular os cidadãos com a segunda dose da AstraZeneca.

Ainda assim, as autoridades de saúde europeias continuam a defender que ainda há pouca informação disponível sobre mistura da vacina anglo-sueca com outras vacinas. Num relatório divulgado na terça-feira pelo ECDC, o organismo aponta que análises sobre esquemas vacinais combinados “são atualmente limitadas”, mas admite que e a utilização de uma vacina com a tecnologia RNA mensageiro (mRNA) como segunda dose poderia igualmente produzir uma resposta imunitária satisfatória contra o SARS-CoV-2.

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França e Alemanha recebem com entusiasmo proposta de Biden para taxa mínima de 15% de IRC. “Estou muito contente”, diz ministro das Finanças alemão

Os dois pesos pesados da União Europeia já se pronunciaram favoravelmente à proposta avançada pela administração norte-americana para que haja uma taxa mínima de 15% de imposto sobre as empresas.

As duas principais economias da União Europeia receberam com entusiasmo a notícia de que a administração norte-americana propôs uma taxa mínima mundial de 15% para o imposto sobre o lucro das empresas. A proposta foi feita no âmbito das discussões entre os países da OCDE e é um “ponto de partida”, podendo a taxa ser maior caso haja consenso entre os países. Em reação, tanto França como Alemanha elogiaram os Estados Unidos e mostraram-se convictos de que haverá um acordo este verão.

“[A taxa mínima de 15%] pode ser um bom compromisso“, reagiu o ministro das Finanças francês à entrada para o Eurogrupo esta sexta-feira no Centro Cultural de Belém, elogiando a administração de Joe Biden. Porém, Bruno Le Maire fez questão de assinalar que a “verdadeira questão” é saber se há ou não um acordo no G20 de julho em Itália sobre o enquadramento mundial da tributação mínima, incluindo a temática dos gigantes digitais. “França está a trabalhar nisto há mais de quatro anos e não vamos poupar nenhum esforço para que haja acordo“, disse.

Momentos depois, o ministro das Finanças alemão chega com ainda maior entusiasmo: “Isto é um grande progresso. Estou muito contente esta manhã“. Para Olaf Scholz a nova administração norte-americana “fez a diferença” neste assunto que está a ser discutido “há muito tempo”, aumentando a probabilidade de que haja um acordo este ano. “Estamos perto de um acordo”, disse, afirmando que esta é a “melhor oportunidade que temos para acabar com a ‘race to the bottom’ [corrida para o abismo]“.

Também o Luxemburgo, um país acusado de fazer parte de algumas práticas fiscais duvidosas por parte de multinacionais, mostrou a sua concordância. Também à entrada para o Eurogrupo, o ministro das Finanças luxemburguês disse ser “a favor” da proposta de Biden, a qual permite “nivelar em condições equitativas” [“level playing field”] a concorrência fiscal a nível mundial. Quanto ao valor da taxa mínima, Pierre Gramegna disse que as “discussões estão em aberto”.

Em entrevista à Lusa esta sexta-feira, Paschal Donohoe, presidente do Eurogrupo, também admitiu que deverá haver um acordo em breve: “Acredito que haverá um acordo muito provavelmente na segunda metade de 2021. E acredito que o acordo dará início ao processo de mudança em relação à forma como as grandes empresas são tributadas“. Donohoe, que é o ministro das Finanças da Irlanda, um país que tem usado o seu sistema fiscal para atrair as grandes tecnológicas norte-americanas, frisou que essa mudança, a qual admite ser pedida pelos cidadãos,terá de facto consequências” na Irlanda e em outros “países pequenos” que são “muito abertos”.

De acordo com o The New York Times, a administração Biden propôs uma taxa mínima de pelo menos 15% na última ronda de negociações internacionais na expectativa de alcançar um acordo mundial. Esta taxa mínima seria aplicada ao imposto sobre os lucros das empresas independentemente da localização fiscal das multinacionais, evitando o desvio dos lucros para serem tributados em jurisdições com menos impostos.

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Clubes europeus perdem quase nove mil milhões de euros por causa da pandemia

Relatório da UEFA avança que as receitas perdidas como consequência da Covid-19 chegam aos 7,2 mil milhões de euros para os clubes de topo.

Os clubes de futebol europeus deverão perder quase nove mil milhões de euros (10,6 mil milhões de dólares) em receitas devido ao impacto que a pandemia teve internacionalmente. De acordo com a Agence France-Presse, um relatório da UEFA publicado esta quinta-feira veio revelar as consequências negativas que a Covid-19 teve para o futebol europeu.

O estudo, intitulado “European Club Footballing Landscape” e que é divulgado anualmente, diz que os prejuízos podem ser na ordem dos 8,7 mil milhões de euros na totalidade dos campeonatos europeus. Isto porque as mais recentes projeções referentes às receitas perdidas durante os exercícios de 2019/2020 e 2020/2021 referem que estas chegam aos 7,2 mil milhões de euros para os clubes de topo, sendo de 1,5 mil milhões para os clubes de nível inferior.

“Todos os níveis e todos os cantos do futebol profissional foram duramente atingidos”, refere este relatório, citado pela AFP, esclarecendo ainda que os “clubes com grande dependência da assistência dos adeptos têm sido particularmente afetados pela pandemia”. Efetivamente, o The Guardian informa que, de acordo com o estudo, existiram menos 210 milhões de bilhetes comprados, o que custou aos clubes dos 55 países que fazem parte da UEFA cerca de 4 mil milhões de euros em receitas. Quebras que superaram, por sua vez, os 2,7 mil milhões de euros perdidos em patrocínios, com mais 1,4 mil milhões de euros de receitas de transmissão a não terem, também, existido.

Por outro lado, por causa das reduções nos orçamentos, as despesas com transferências no mercado de verão caíram também, na ordem dos 39%, revela o estudo. A quebra foi, por sua vez, de 56% no último mercado de inverno. De acordo com o The Guardian, o relatório fala ainda da necessidade de se reduzir “para níveis aceitáveis” as taxas de transferência e os salários, de forma a que seja restaurada a saúde financeira do futebol.

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“Não podemos consumir mais água do que a natureza nos dá”, diz secretária de Estado

  • Capital Verde
  • 21 Maio 2021

A secretária de Estado do Ambiente sublinhou a necessidade de a água ter um custo associado e de uma boa gestão deste recurso: "Por cada cêntimo que pagamos na nossa conta da água recebemos 9 litros".

A ambição de Portugal em atingir a neutralidade carbónica em 2050 e o facto de ter sido o primeiro país a anunciá-lo ao mundo e a estabelecer metas para a descarbonização até meados do século traz uma enorme responsabilidade ao país e à atual presidência portuguesa da União Europeia. A visão é de Miguel Lemos, administrador executivo da Águas de Gaia, que na abertura do evento “A Blue New Deal” disse ainda que esta responsabilidade recai também nos operadores públicos de água, “por sabermos que a temática da sustentabilidade ambiental está na agenda política”.

O responsável referiu ainda a necessidade de os cidadãos começarem a perceber a importância dos recursos hídricos, da sustentabilidade ambiental e de terem atitudes diárias conscientes e de gestão da água que “vêm contribuir para as metas de descarbonização, as metas para atingir a neutralidade carbónica até 2050”.

Da mesma opinião mostrou ser Inês dos Santos Costa que na sua intervenção realçou a necessidade de saber gerir da melhor forma o consumo de água: “Temos cada vez mais presente que é preciso encontrar modelos de gestão que equilibrem resiliência, eficiência e adaptabilidade porque a água é um material, mas também é um recurso. É um ecossistema, mas também é um território. Sem ela não produzimos muito daquilo que hoje temos. Não vivemos”.

“Eu lembro-me das idas à fonte com a minha avó, a uma hora de Lisboa. Mas com o investimento de 10 mil milhões de euros mudou-se uma realidade em 30 anos. Hoje temos infraestruturas e serviços de abastecimento e de tratamento de águas residuais que asseguram que 99% da água fornecida é limpa, segura, que permitem que a mesma não nos falte em casa, mesmo em tempo de seca”, disse a secretária de Estado do Ambiente.

Escassez da água equiparada ao petróleo e ao ouro

Inês dos Santos Costa relembrou ainda que, em dezembro de 2020, a água começou a ser negociada como um recurso em contratos futuros na bolsa de Nova Iorque, tal como é o petróleo e o ouro, e alertou para o que isso significa. “Há mais do que simbolismo nesta ação. É o reconhecimento da cada vez maior escassez associada ao recurso que advém não só dos impactos das alterações climáticas, mas principalmente sobre o seu consumo e sobre a degradação da sua qualidade”, explicou.

A governante revelou que Portugal faz parte dos 26 países em risco direto de seca extrema associada às alterações climáticas e ainda referiu que a procura por água a nível global irá, no médio prazo, exceder a oferta se tudo continuar como está na agricultura ou na indústria. “Isso irá significar, muito provavelmente, também, poluição. Poluição porque a evolução tecnológica nunca será suficientemente rápida porque haverá sempre quem ache que o custo de tratar tem de ser sempre assumido por alguém exterior a si, seja o estado, seja o município, a comunidade e haverá sempre quem pense que a água tudo leva e a água tudo limpa”, acrescentou.

Ainda dentro da falta de valorização pelos recursos hídricos e pelos serviços a eles associados, Inês dos Santos Costa expôs a desresponsabilização de muitos países face aos serviços relacionados com o ambiente: “Ainda temos países que, em larga medida, encaram os serviços essenciais do ambiente, como a água e o saneamento, como um custo operacional que se quer o menor possível, em que se interiorizou que haverá sempre um fundo público ao qual recorrer, ao invés de um serviço no qual é fundamental investir para garantir todos os benefícios económicos sociais e ambientais”.

“Um garrafão de 5 litros de água, num qualquer supermercado, custa, pelo menos, 60 cêntimos, mas, em média, por cada cêntimo que pagamos na nossa conta da água, nós recebemos 9 litros, isto em Portugal. Mas não é só a água que sai da torneira que estamos a pagar. Esse cêntimo, além dos 9 litros de água, inclui amortização de infraestruturas, obras para expansão de redes, reagentes para os tratamentos, custos com a energia, reparações e manutenções, contadores, ferramentas, recursos humanos. E, de repente, esse único cêntimo ganha toda outra dimensão”, exemplificou a secretária de Estado do Ambiente, com o intuito de promover uma maior consciencialização para os gastos que os recursos hídricos exigem.

“Não podemos consumir mais água do que aquela que a natureza nos dá”

A verdade é que a proteção, a qualidade, o tratamento e reutilização da água estão cada vez mais no centro da ação climática. No entanto, Inês dos Santos Costa explicou que a adaptação tem de ser feita no modo como se constrói e se cuida dos sistemas de água e de saneamento. “Precisamos de uma visão sistémica e de planeamento integrado do nacional ao setorial e, também, ao local. Isso tem, definitivamente, de entrar no ADN das regiões, de dirigentes e da população. Cadastro atualizado de infraestruturas, contabilização correta dos investimentos, regulamentos de descarga, identificação e penalização de influências indevidas, planeamento de intervenções e de equipamentos, exploração de novas tecnologias para resolver problemas, monitorização, promoção das simbioses industriais sem falhar a rede de proteção social a quem precisa”, enumerou.

Mas essa visão sistémica e o cumprimento de todos os fatores enumerados têm de ser assumidos por todos e não só por alguns. “Poderia falar do facto de 75% da água doce do país ser consumida pela agricultura e pela pecuária, das grandes assimetrias na gestão da água. Não podemos consumir mais água do que aquela que a natureza nos dá, essa é a verdade nua e crua. É um compromisso que tem de ser assumido por todos os intervenientes, com a consciencialização de todos sobre a sua quota-parte de responsabilidade em resolver o problema, privilegiando sempre a eficiência no uso da água, o reforço na monitorização e da fiscalização, o uso circular de recursos e a otimização das infraestruturas”, reforçou, ainda, a secretária de Estado do Ambiente.

“Haverá alguma dúvida sobre a criticidade destes serviços? Sobre a sua representatividade no território, do seu impacto na comunidade e na dedicação dos trabalhadores a ele associados?”, questionou Inês dos Santos Costa, que logo deu a sua opinião: “Na minha ótica pessoal protegemos a nossa economia e a nossa sociedade se atendermos ao que está na sua base, que é o sistema natural, valorizando-o. Por isso, sim, creio que seria importante termos um Blue New Deal, que demonstrasse de uma forma clara, tal como o Pacto Ecológico faz, os vasos comunicantes de uma gestão sustentável da água”.

Entender como os assuntos se interrelacionam, perceber que a proteção da água não se faz apenas quando se limpam rios e ribeiras e que a atuação sobre as situações indevidas é muito importante foram algumas das ressalvas feitas pela secretária de Estado do Ambiente. “Não podemos continuar a ver este serviço essencial como um custo que é importante diminuir a qualquer preço. Não podemos continuar a correr o risco de não fazer nada, de dizer que não vale a pena porque os custos superam os benefícios quando estes são medidos só por moeda e, sobretudo, quando os benefícios em saúde pública, em qualidade de vida e no bem-estar dos cidadãos são amplamente subavaliados. Creio que é através da promoção, da capacitação e valorização desses serviços que podemos ter um país mais competitivo, mais são, mais próspero”, concluiu.

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“Não excluímos” nova geringonça “no futuro” admite dirigente dos Verdes

  • Lusa
  • 21 Maio 2021

O dirigente dos Verdes admite um novo entendimento, no futuro, com o PS e partidos de esquerda, porque a experiência da “geringonça” foi “positiva a todos os níveis”.

O dirigente dos Verdes José Luís Ferreira admite um novo entendimento, no futuro, com o PS e partidos de esquerda, porque a experiência da “geringonça” foi “positiva a todos os níveis”, incluindo o democrático.

“Não excluímos que, no futuro, isso se volte a colocar. Na altura, será avaliado em função do que foi o programa do Governo”, afirmou, em entrevista à Lusa, o José Luís Ferreira, que é também deputado e líder parlamentar do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), sobre a 15.ª convenção, que reúne este fim de semana, em Lisboa.

Olhando para trás, para os anos da “geringonça”, de 2015 a 2019, quando PS, PCP, BE e PEV assinaram acordos – as chamadas “posições conjuntas” –, José Luís Ferreira considerou que a experiência “foi positiva a todos os níveis, até do ponto de vista da democracia”.

Porque, argumentou, quando um partido está em minoria, esse facto “transforma a Assembleia [da República] num órgão muito ativo do ponto de vista político” e não numa mera “caixa de ressonância” como quando existe uma maioria absoluta.

Nesses quatro anos, exemplificou, houve “avanços”, com a recuperação de direitos sociais e dos feriados, retirados durante os anos da crise da troika, ou ainda “vantagens do ponto de vista ambiental”, dado que o PEV reclama ter conseguido “algum travão no Programa Nacional de Barragens”.

Mesmo depois das legislativas de 2019, quando o acordo não foi renovado – o PS não o quis – “isso não perturba”, a não ser na altura da negociação, à esquerda, dos Orçamentos do Estado, para saber “se vão ou não vai, se é aprovado ou se não é aprovado”.

O Orçamento do Estado de 2021, por exemplo, foi aprovado apenas com os votos a favor do partido do Governo, o PS, beneficiando da abstenção do PCP, PEV e PAN. PSD, CDS-PP, BE, Chega e Iniciativa Liberal votaram contra.

Os Verdes já foram convidados pelo Governo para uma primeira reunião, em julho, para negociar o próximo Orçamento, mas querem primeiro fazer um “diagnóstico” do que está a ser cumprido no orçamento deste ano.

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Este é o plano do Governo para ajudar o turismo. Veja aqui

“Reativar o Turismo, Construir o Futuro” é o plano estratégico que pretende puxar pelo turismo nacional, depois do forte impacto da pandemia.

O Governo apresentou, esta sexta-feira, um plano que pretende relançar o turismo nacional, após o período difícil que o setor atravessou por causa da pandemia de Covid-19. Intitulado “Reativar o Turismo, Construir o Futuro”, prevê uma verba de seis mil milhões de euros.

Este plano está assente em quatro pilares:

  • Apoiar as empresas
  • Fomentar a segurança
  • Gerar negócio
  • Construir futuro

Em todos estes pilares estão previstas várias medidas, sendo de destacar no apoio às empresas o valor de cerca de três mil milhões de euros para ajudar no processo de capitalização das empresas.

Há também o Selo Clean&Safe 2.0, bem como uma nova campanha de promoção do turismo português, tanto lá fora como cá dentro. E Siza Vieira incluiu também neste pacote o IVAucher que arranca a 1 de junho.

Conheça aqui o plano desenhado pelo Executivo:

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