Função Pública pára esta quinta-feira. Mais de metade das greves deste ano foram no Estado

Em 2020, ano marcado pela pandemia, o número de greves caiu. Dados do primeiro trimestre deste ano mostram que as manifestações voltaram às ruas, com destaque para o setor empresarial do Estado.

Com o desconfinamento, os portugueses estão a voltar à rua, não só para o dia-a-dia mas também para protestar. Depois de, no ano passado, a pandemia ter levado a uma queda no número de greves, estas reivindicações estão a voltar em força. O número de greves está a começar a crescer, mas as do setor público destacam-se, sendo já mais do que no ano passado. Esta quinta-feira há mais uma: uma greve nacional de 24 horas convocada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública.

Depois de anos de elevados protestos, nomeadamente durante o período da troika, os pré-avisos de greve começaram a oscilar em Portugal. Cresceram desde 2016 até 2019, ano em que se contabilizaram 1.077 avisos prévios de greve comunicados, de acordo com os dados da Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).

em 2020, com a chegada da pandemia, as greves caíram para pouco mais de metade face ao ano anterior. Entre os pré-avisos entregues, 120 foram no âmbito do setor empresarial do Estado, enquanto os restantes 530 foram fora deste setor. Algumas das ações de protesto realizadas no ano passado foram dos trabalhadores dos CTT, da STCP, da CP, tendo também sido marcadas greves dos enfermeiros e de professores.

Fonte: DGERT

O impacto da pandemia não parece, no entanto, confirmar-se este ano. Apesar de a evolução da situação epidemiológica ter levado a um confinamento geral em meados de janeiro, já foram várias as ações dos trabalhadores. Até março, a DGERT recebeu 103 avisos prévios de greve, mais de metade dos quais do setor empresarial do Estado (60).

Esta tendência contraria os últimos tempos, em que se têm registado mais greves fora do setor empresarial do Estado. De facto, olhando para os avisos prévios de greves comunicados à Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), contam-se já 193 este ano, de acordo com os dados disponíveis na página (mais recentes do que aqueles publicados pela DGERT).

Este número compara com 180 pré-avisos durante todo o ano de 2020, o que significa que já foram comunicadas mais greves este ano do que no total do ano passado. Na concentração do 1.º de Maio, a secretária-geral da CGTP defendeu que a pandemia “agravou muitos dos problemas” dos trabalhadores. Já em 2019, antes de a pandemia atingir o país, foram 404 os avisos prévios de greve comunicados à DGAEP.

Desconfinamento traz onda de greves

Nas últimas semanas têm-se realizado ou marcado vários protestos e greves de trabalhadores. É o caso dos oficiais de Justiça, que estiveram em greve em abril, ou os trabalhadores de supermercados e hipermercados, que se manifestaram no 1º de Maio por terem de trabalhar no feriado e pela negociação do contrato coletivo. Já na CP os trabalhadores avançaram para uma paralisação às horas extra, no período de 3 a 17 de maio.

Para os próximos dias estão também já planeadas várias ações. Depois de Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP, ter prometido que “não haverá nenhum dia do mês de maio em que não haja trabalhadores em luta”, a Frente Comum anunciou que os trabalhadores da Administração Pública vão parar a 20 de maio. A greve serve para reivindicar um aumento geral dos salários e a revogação do SIADAP.

Já esta sexta-feira, os inspetores e funcionários do SEF vão realizar uma greve em todos os locais de trabalho para protestarem contra a intenção do Governo de extinguir este serviço de segurança, enquanto o Sindicato dos Funcionários Judiciais marcou uma greve parcial, que arranca a 17 de maio e dura 30 dias.

Os trabalhadores da Transtejo/Soflusa, depois de um plenário, decidiram que as organizações sindicais vão apresentar à administração uma posição “de que ou há de facto resposta às reivindicações salariais, ou então iniciamos um processo de luta, com paralisações de três horas por turno” a partir de 20 de maio, segundo disse à Lusa o dirigente da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações.

As reivindicações surgem também dos mineiros da Panasqueira, na Covilhã, que têm em curso uma paralisação de duas horas diárias e apresentaram um pré-aviso de greve para o período entre entre 24 de maio e 12 de junho, novamente pelo mesmo período, bem como de todo e qualquer trabalho suplementar.

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CDS propõe agravamento de penas para quem recorrer a mão de obra ilegal

  • Lusa
  • 19 Maio 2021

Quem recorre a mão de obra ilegal pode ficar sujeita, no projeto-lei do CDS, a uma pena de prisão até três anos ou multa até 360 dias (a lei atualmente prevê pena até um ano ou multa até 240 dias).

O Grupo Parlamentar do CDS-PP propõe a alteração dos critérios de autorização de residência para imigrantes não europeus e o agravamento de penas para quem auxiliar à imigração ilegal e angariar ou utilizar mão de obra ilegal.

Os deputados centristas entregaram um projeto de lei na Assembleia da República que visa “alterar os critérios de autorização de residência para exercício de atividade profissional por parte de cidadãos de estados não pertencentes à União Europeia, bem como o agravamento das penas aplicáveis a condutas criminosas de auxílio à imigração ilegal e de angariação ou utilização de mão de obra ilegal“.

Com esta iniciativa, o CDS-PP quer que seja concedida autorização de residência para exercício de atividade profissional subordinada a quem tenha contrato de trabalho ou “relação laboral comprovada por sindicato, por associação com assento no Conselho Consultivo ou pela Autoridade para as Condições de Trabalho”, e não apenas uma promessa de contrato de trabalho.

Outro dos requisitos será a permanência legal em Portugal, com “situação regularizada perante a Segurança Social”.

Os centristas propõem igualmente agravar de três para cinco anos de prisão a pena máxima para “quem favorecer ou facilitar” a “entrada ou o trânsito ilegais de cidadão estrangeiro em território nacional”, e aumentar de cinco para oito anos a pena máxima, e de um para dois a mínima, para quem o fizer com “intenção lucrativa”.

“Se os factos forem praticados mediante transporte ou manutenção do cidadão estrangeiro em condições desumanas ou degradantes ou pondo em perigo a sua vida ou causando-lhe ofensa grave à integridade física ou a morte, o agente é punido com pena de prisão de três a 10 anos” (sendo que atualmente a moldura penal é de dois a oito anos), prevê ainda o projeto de lei que deu entrada na terça-feira.

No que toca a quem “promover ou fundar grupo, organização ou associação cuja finalidade ou atividade seja dirigida à prática” destes crimes poderá ser “punido com pena de prisão de dois a oito anos”, sendo que atualmente a pena prevista é de um a seis anos. Quem chefiar estas organizações poderá ficar sujeito a uma pena de prisão de três a 10 anos (atualmente a moldura vai de dois a oito anos).

Para quem for acusado de aliciar ou angariar imigrantes ilegais para trabalhar em Portugal, o CDS propõe uma pena entre dois a seis anos, que poderá ser agravada até aos oito se os crimes foram praticados reiteradamente.

quem recorra a mão de obra ilegal fica sujeito a pena de prisão até três anos ou multa até 360 dias (a lei atualmente prevê pena até um ano ou multa até 240 dias). Em caso de recurso a um “número significativo” de cidadãos estrangeiros em situação ilegal ou menores, a pena poderá ir até aos cinco anos.

No caso de estas condutas serem “acompanhadas de condições de trabalho particularmente abusivas ou degradantes, o agente é punido com pena de prisão de dois a oito anos, se pena mais grave não couber por força de outra disposição legal”, propõem os deputados do CDS-PP.

Na exposição de motivos, o CDS critica a alteração de 2017 à chamada lei de estrangeiros e fala num “inaceitável e desproporcionado aligeirar dos requisitos legais para a concessão de autorização de residência”.

Os democratas-cristãos defendem que é necessário “repor os critérios que sempre existiram e que, esses sim, permitiram uma política estável, programada, rigorosa e humanista de imigração e um combate firme às redes de tráfico ilegal de pessoas que prestigiou Portugal internacionalmente e que, por estrito interesse político deste Governo e desta maioria, foi-se esbatendo nos últimos anos”, bem como “punir eficazmente a atividade de redes de tráfico de seres humanos e do aproveitamento da mão de obra ilegal”.

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TVI, RTP e SIC vão transmitir o Europeu de futebol. Saiba onde ver cada jogo

  • ECO
  • 19 Maio 2021

Os três canais generalistas -- SIC, RTP e TVI -- fecharam uma parecia com a Sport TV para partilharem os direitos de transmissão do Euro2020 em sinal aberto.

Os fãs do desporto “rei” vão poder assistir aos jogos de futebol do Euro2020 nos canais generalistas. A Sport TV realizou uma parceria com a TVI, a SIC e a RTP para transmitir em sinal aberto alguns jogos desta competição europeia que se realiza entre 11 de junho e 11 de julho deste ano, segundo anunciou esta quarta-feira.

Esta parceria com a RTP, SIC e TVI salvaguarda aquela que sempre foi a primeira prioridade da Sport TV: garantir o acesso de todos os portugueses à mais aguardada competição europeia de futebol, onde Portugal é detentor do título”, aponta Nuno Ferreira Pires, CEO da Sport TV, citado em comunicado.

Assim, apesar de a Sport TV manter a totalidade da transmissão dos 51 jogos do Euro2020, dos quais “mais de metade em exclusivo”, alguns destes encontros serão transmitidos em sinal aberto através da RTP, SIC e TVI. Ao mesmo tempo, o canal desportivo anunciou ainda que vai lançar um canal exclusivamente dedicado a esta competição europeia “no qual será possível acompanhar 24h/ 24h toda a preparação, bem como a própria competição”, revela a nota de imprensa.

Entre os canais generalistas, a TVI é a que transmite o maior número de jogos: oito jogos da fase de grupos, incluindo o jogo de abertura, dois jogos dos oitavos de final, um jogo dos quartos de final e um jogo das meias-finais. Além destes 12 encontros, a TVI informa, também em comunicado, que “vai assegurar o acompanhamento de todos os resultados, das seleções e dos principais protagonistas desta competição”, durante estes 30 dias.

Já do lado do grupo Impresa, a SIC vai transmitir um total de cinco jogos, entre os quais a estreia da Seleção Nacional nesta competição frente à Hungria, a 15 de junho, a partida entre a Inglaterra e a Escócia, marcada para 18 de junho, dois jogos dos oitavos de final e um jogo dos quartos de final. Além disso, a estação de televisão também vai apostar no acompanhamento informativo do Euro2020, com “operações especiais” bem como através de programas de entretenimento.

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Autoridade Tributária com menos 604 trabalhadores em 2020 do que o previsto

  • Lusa
  • 19 Maio 2021

O valor inferior ao previsto em 604 trabalhadores deve-se à “incapacidade de repor os trabalhadores saídos por motivo de aposentação (244), falecidos (30) e outros motivos (30)".

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) fechou o ano de 2020 com 11.021 trabalhadores, um número inferior em 604 face ao que estava planeado e com menos 222 do que tinha no final de 2019.

Segundo o Relatório de Atividades de 2020 da AT, o valor inferior ao previsto em 604 trabalhadores deve-se sobretudo à “incapacidade de repor os trabalhadores saídos por motivo de aposentação (244), falecidos (30) e outros motivos (30)”.

O total de 11.021 trabalhadores registado no final de 2020 (que compara com os 11.625 planeados) representa, ainda assim, o segundo número mais elevado dos últimos cindo anos, sendo apenas ultrapassado pelos 11.243 registados no final de 2019.

O relatório aponta ainda “um desvio bastante acentuado entre o valor previsto e o executado em determinadas carreiras”, sendo esta situação resultante de “ainda não se encontrarem concluídos os procedimentos de Mobilidades Intercarreiras (MIC) que se encontram em curso”.

Os desvios entre o previsto e o executado são sobretudo visíveis nas carreiras de técnico superior aduaneiro (onde a diferença é negativa em 240) ou nas de gestão e inspeção tributária (-638), enquanto em outras carreiras se verifica um desvio positivo entre o existente e o previsto.

A média etária dos trabalhadores da AT citou-se em 2020 nos 54,1 anos de idade, traduzindo um aumento de 3,1 anos face à situação de 2016. No mesmo período a antiguidade média dos trabalhadores aumentou de 25,1 para 28 anos.

Do total de trabalhadores da AT, 51,9% tem habilitações de nível do ensino superior.

O relatório revela ainda que ao longo de 2020 foram realizadas 79.583 inspeções tributárias, contra 138.887 em 2019, e que a AT concluiu 1.656 pedidos de informação vinculativa, tendo o prazo médio de resposta a estes pedidos rondado os 58,6 dias.

“Apesar de se verificar em 2020 um acréscimo no número de pedidos entrados, o resultado alcançado evidencia uma evolução positiva face a 2019 que resulta do maior acréscimo ao nível dos pedidos respondidos.

Ao longo do ano passado foram ainda recebidas 43.348 reclamações graciosas. Em 2019 tinham sido 45.793.

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Inquérito ao Novo Banco vai ser prolongado por mais 2 meses

Comissão de inquérito ainda tem mais de duas dezenas de audições por realizar. Com prazo a esgotar-se no final da próxima semana, deputados decidem amanhã um prolongamento dos trabalhos por 60 dias.

Os trabalhos da comissão de inquérito às perdas do Novo Banco vão ser prolongados por mais 60 dias, adiantou uma fonte do Parlamento ao ECO. O prazo termina na próxima semana no dia 28 de maio, pelo que se impõe uma extensão do período da comissão face às mais de duas dezenas de audições que ainda estão por realizar.

Os deputados vão votar a extensão do prazo esta quinta-feira, em reunião da mesa e coordenadores que terá lugar depois da audição por videoconferência de Nuno Vasconcellos, ex-presidente da Ongoing e um dos grandes devedores do Novo Banco. Será também nesta reunião que vai ser decidida a convocatória (ou não) de Rui Pinto à comissão.

Nessa medida, inquérito ao Novo Banco irá estender-se até final de julho, sendo que o prazo original apontava para o início de maio como a data para o fim dos trabalhos. Entretanto, com o confinamento de janeiro e fevereiro, houve uma suspensão dos prazos em cerca de um mês, atrasando os trabalhos da comissão.

A primeira audição aconteceu no dia 10 de março, com o antigo vice-governador do Banco de Portugal e autor do relatório secreto sobre a atuação no BES, João Costa Pinto. Desde então, os deputados realizaram mais 28 audições, incluindo a audição com o presidente do Novo Banco, António Ramalho.

Já na próxima semana deverão ser ouvidos vários diretores de departamentos do Novo Banco e os presidentes da GNB Gestão de Ativos (João Pina Pereira), GNB Real Estate (Volkerkt Reig) e GNB Seguros (Paulo Vasconcelos).

Depois, no início de junho estão previstas audições com João Freitas, secretário-geral do Fundo de Resolução, os administradores do Novo Banco Luísa Soares da Silva e Rui Fontes, Gabriela Figueiredo Dias e Carlos Tavares, atual e antigo presidentes da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e com Margarida Corrêa de Aguiar e José Almaça, atual e antigo presidentes da Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Para último deverão ser chamados Fernando Ulrich (ex-presidente do BPI), Paulo Macedo (presidente da Caixa Geral de Depósitos) e Miguel Maya (presidente do BCP).

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Bruxelas avança com plano alternativo à suspensão de patentes das vacinas contra covid

A Comissão Europeia considera que há uma forma mais rápida de aumentar a produção a nível mundial de vacinas do que suspender as patentes, como propõe os EUA.

A Comissão Europeia apresentou, esta quarta-feira, um plano para aumentar a produção e disponibilidade de vacinas contra a Covid-19, como alternativa à proposta de suspensão de patentes, defendida pela administração Biden.

A ideia, avançada pelo El País (acesso condicionado, conteúdo em espanhol), passa por a Organização Mundial do Comércio (OMC) permitir que as patentes das vacinas sejam exploradas sem que as autoridades nacionais tenham previamente de negociar com as empresas farmacêuticas.

Como revela a Reuters (acesso pago, conteúdo em inglês), tal será possível através das regras da OMC, que dão já a possibilidade aos países de concederem “licenças obrigatórias” a fabricantes disponíveis para produzir a preço de custo sem o consentimento do titular da patente — o qual poderia receber um pagamento, mas nunca lucrar com esta produção.

Ao mesmo tempo, a Comissão Europeia refere ainda que o plano passa também por reduzir ao máximo as restrições à exportação de vacinas, com os responsáveis pela produção e desenvolvimento dos fármacos a terem de fazer promessas concretas de forma a aumentar a oferta de vacinas em países menos desenvolvidos. Essa disponibilização deve ser, também, feita a preço de custo, avança a Reuters.

Na ótica de Bruxelas, esta trata-se da forma mais rápida para aumentar a produção a nível mundial, o que poderá ter um impacto positivo na vacinação de pessoas residentes em países em desenvolvimento — cujas campanhas de inoculação estão bem mais atrasadas do que nos países desenvolvidos. Espera-se, assim, que uma iniciativa neste sentido seja apresentada à Organização Mundial do Comércio, diz o El País.

“Neste momento crucial, o acesso universal e justo às vacinas e tratamentos deve ser a prioridade número um para a comunidade global”, afirmou Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia, citado pelo El País. Relembrando que a União Europeia tem liderado tanto ao nível da exportação de vacinas, como da doação a países mais necessitados, através do mecanismo Covax, o responsável pela pasta do Comércio referiu que “a luta está longe de ter terminado”.

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Fernando Ruas vai ser o candidato do PSD à Câmara de Viseu

  • Lusa e ECO
  • 19 Maio 2021

O PSD anunciou que o deputado Fernando Ruas vai ser o candidato do PSD à Câmara de Viseu, cargo que já desempenhou entre 1989 e 2013.

O PSD anunciou esta quarta-feira que o deputado Fernando Ruas vai ser o candidato do PSD à Câmara de Viseu, cargo que já desempenhou entre 1989 e 2013.

“Ultrapassado o período de silêncio e de respeito que nos mereceu o inesperado falecimento do Presidente da Câmara de Viseu, António Almeida Henriques, a direção nacional do PSD, em estreita articulação com as comissões políticas distrital e concelhia, decidiram homologar o nome de Fernando Ruas para candidato à Câmara Municipal de Viseu”, refere o partido, em comunicado.

Para além de ser presidente da Câmara de Viseu entre 1989 e 2013, Fernando Ruas foi presidente da Associação Nacional de Municípios tendo, entretanto, exercido o cargo de eurodeputado e, atualmente de presidente da comissão de administração pública, modernização administrativa, descentralização e poder local.

O candidato é economista, nasceu e viveu sempre em Viseu, mantendo-se fiel às suas raízes, razão pela qual decidiu regressar para se candidatar à autarquia que liderou durante mais de duas décadas.

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, morreu, no início de abril, vítima de Covid-19, aos 59 anos. Almeida Henriques estava à frente da autarquia há dois mandatos e foi um dos nomes anunciados pelo secretário-geral do PSD, José Silvano, para protagonizar uma nova candidatura à câmara que se mantém em mãos sociais-democratas consecutivamente desde 1989.

(Notícia atualizada com mais informação às 17H42)

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Criptomoedas perdem 25% do valor em apenas uma semana

As críticas de Elon Musk, o recuo da aposta da Tesla e a proibição na China estão a pressionar o valor de mercado das criptomoedas. Apetite pelo risco dá sinais de estar a arrefecer.

O valor de mercado das criptomoedas afundou mais de 25% em apenas uma semana, passando de 2,56 biliões de dólares a 12 de maio para 1,9 biliões esta quarta-feira, segundo cálculos do ECO com base nos dados da plataforma CoinMarketCap.

A queda não resulta apenas da desvalorização acentuada da bitcoin. Excluindo o efeito da criptomoeda mais popular de todas, o valor de mercado das restantes moedas virtuais afundou quase 40% no mesmo período, para um patamar abaixo de um bilião.

Evolução do preço da bitcoin nos últimos 12 meses:

Fonte: CoinDesk

Estas perdas de valor deram-se numa semana que foi marcada por várias notícias negativas para os adeptos das criptomoedas: o recuo da Tesla na adoção da bitcoin como forma de pagamento e a decisão da China de proibir as instituições financeiras e de pagamentos de fornecerem serviços assentes em moedas virtuais.

A 13 de maio, o patrão da Tesla anunciou no Twitter que a empresa já não ia aceitar mais pagamentos em bitcoin pelos seus automóveis, citando preocupações com a pegada ambiental das transações na blockchain. Elon Musk também sugeriu, noutra ocasião, que a Tesla já terá vendido o investimento de 1,5 mil milhões de dólares na criptomoeda que anunciou em fevereiro.

A decisão da empresa fez precipitar o valor da bitcoin: as 18,7 milhões de moedas em circulação valem agora 35.625,5 dólares cada uma, granjeando de um valor de mercado de 665 mil milhões de dólares, uma queda intradiária de 18,93%.

Esta quarta-feira, o regime comunista chinês anunciou que todas as entidades financeiras ou de pagamentos no país estão agora proibidas de prestarem serviços de criptomoedas. A China é um dos principais mercados de criptomoedas e o anúncio pressionou severamente o valor das criptomoedas.

Não são só as criptomoedas que estão a perder valor esta quarta-feira. O dia está a ser penalizador para a generalidade dos ativos de risco, registando-se quedas significativas nas bolsas, no valor das obrigações e até no preço das matérias-primas. Um sinal de arrefecimento da euforia em torno dos investimentos de risco.

Por fim, vale a pena olhar também para o mercado dos NFT, os non-fungible tokens, que ganharam grande popularidade este ano quando um artista norte-americano vendeu uma imagem de computador através de um NFT por 70 milhões de dólares. E também aqui há sinais de arrefecimento.

Depois de, a 9 de maio, a venda de NFT ter movimentado um recorde acima dos 176 milhões de dólares nos sete dias anteriores, dez dias depois, este valor é agora bem inferior: 25,1 milhões de dólares, de acordo com a plataforma NonFungible.

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Pequenos acionistas pedem à CMVM suspensão da OPA da Sodim à Semapa

  • Lusa
  • 19 Maio 2021

Para os pequenos acionistas, Semapa e Navigator querem “esconder do mercado os resultados” antes da conclusão da OPA, prevista para 26 de maio. Assim, a Maxyield solicitou a suspensão da operação.

A Maxyield – Clube dos Pequenos Acionistas solicitou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a suspensão da oferta pública de aquisição (OPA) da Sodim à Semapa, até que esta empresa e a Navigator divulguem resultados.

“Surpreendentemente a Navigator adiou recentemente a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2021 para 28 de maio, sem qualquer justificação ao mercado. A Semapa seguiu idêntico procedimento e transferiu a apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2021 para 30 de maio”, apontou, em comunicado, a Maxyield.

Para os pequenos acionistas, as duas empresas querem “esconder do mercado os resultados” antes da conclusão da OPA, prevista para 26 de maio. Assim, a Maxyield solicitou, na terça-feira, ao regulador do mercado “a suspensão da OPA da Sodim à Semapa por prazo compatível com o cumprimento da divulgação da informação prometida ao mercado pela Navigator e Semapa, bem como a respetiva avaliação pelos acionistas e investidores”.

Conforme sublinhou o Clube dos Pequenos Acionistas, o comportamento bolsista da Navigator, detida em 70% pela Semapa, “incorpora boas perspetivas”, apresentando um crescimento de 29% desde janeiro. No entanto, e tendo em conta que “historicamente a ação da Semapa acompanha a evolução da ação da Navigator”, esta valorização revela a “fragilidade do preço da oferta da Sodim na OPA e a falácia do prémio anunciado”.

A isto soma-se o comportamento da Semapa no mercado bolsista, “cuja cotação, após o pagamento dos dividendos, se encontra tendencialmente acima do preço da oferta na OPA”. A Maxyield estimou ainda em 300 milhões de euros o valor que a Sodim “se apropriaria dos restantes acionistas” pela compra do capital.

“A informação devida ao mercado e a tranparência de processos encontram-se comprometidos e, com isso, a credibilidade nacional e internacional do mercado de capitais português na vertente acionista. A CMVM, no âmbito da sua atividade reguladora e de supervisão, tem a obrigação de velar pela transparência e credibilidade do mercado, exigindo o cumprimento dos calendários atempadamente transmitidos e a divulgação das informações devidas”, lê-se no documento, assinado pelo presidente da Maxyield, Carlos Tomás Rodrigues.

Em 14 de maio, os pequenos acionistas já tinham defendido que o valor atribuído à Semapa pela Sodim beneficia do contexto negativo do mercado e afeta a credibilidade da oferta. Segundo a Maxyield, o valor oferecido “continua a afetar a credibilidade da oferta” e as relações com o mercado, tendo em conta que o valor “pelo capital que não dispõe na Semapa é muito inferior ao justo valor da Navigator, da Cecil e da ETSA, as suas subsidiárias nos negócios da pasta e do papel, do cimento e do ambiente”.

Este clube notou ainda que ao montante da oferta será deduzido o valor líquido do dividendo, pelo que o preço será fixado em 11,66 euros. A associação representa 30 pequenos investidores. Em fevereiro, a Semapa anunciou que a holding da família Queiroz Pereira, Sodim, lançou uma OPA “geral e voluntária” sobre as ações que não detém na empresa. A Sodim detém (através da sua subsidiária Cimo – Gestão de Participações) 71,906% do capital social da Semapa, correspondentes a 73,167% dos direitos de voto.

No dia 05 de março, o Conselho de Administração da Semapa considerou que a oferta lançada pela Sodim “é oportuna” e apresenta condições “adequadas”, não se antevendo alterações da situação dos trabalhadores, stakeholders ou finanças da empresa. Já em abril, a Sodim anunciou que aumentou em 6,8% a contrapartida oferecida aos acionistas da Semapa, passando de 11,40 euros para 12,17 euros.

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Multipessoal procura mais de 100 profissionais para hotelaria no norte do país

As vagas em abertos são, sobretudo, para cozinheiros, empregados de mesa, de copa e de andares.

Depois de um ano com as fronteiras encerradas para a maioria dos países por causa da pandemia da Covid-19, o setor da hotelaria e turismo começa, finalmente, a dar sinais de uma remota gradual. Para dar resposta a isso mesmo, a Multipessoal está à procura de mais de 100 profissionais para as várias cadeias de hotéis na região do norte do país.

As vagas para as quais a empresa está a recrutar são em hotéis de quatro e cinco estrelas, sendo que as funções procuradas são, sobretudo, cozinheiro, empregado de mesa, de copa e de andares.

É recomendado que os candidatos possuam experiência prévia na função, assim como disponibilidade imediata, revela a empresa no setor dos recursos humanos em comunicado.

Todas as ofertas podem ser consultadas no portal de emprego da Multipessoal, sendo que os candidatos interessados nas oportunidades podem candidatar-se de forma simples após o registo na mesma plataforma.

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PSI-20 corrige mais de 1% penalizado pela energia

Além da energia, a pesar na bolsa esteve também o BCP. Depois de uma longa série de ganhos, em que valorizou mais de 30%, as ações do banco liderado por Miguel Maya perderam 1% para 0,1645 euros.

A bolsa de Lisboa corrigiu esta quarta-feira após cinco sessões em alta. Penalizado pelas cotadas do setor da energia e a acompanhar as perdas da Europa (que reflete preocupações face à inflação), o PSI-20 recuou 1,1% para 5.220,05 pontos.

A REN liderou as perdas, com um tombo de 2,73% para 2,315 euros, em reação ao anúncio de que a Oman Oil pôs à venda 12% do capital. A petrolífera estatal do Omã, representada pela OQ, formalizou a intenção de vender a totalidade da posição que detém na gestora da rede elétrica nacional, num negócio avaliado em 190 milhões de euros.

Da mesma forma, a Galp Energia recuou 2,22% para 9,934 euros, num dia de queda para os preços do petróleo. A EDP Renováveis perdeu 1,3% para 18,63 euros e a casa-mãe EDP desvalorizou 0,6% para 4,616 euros.

A pesar na bolsa esteve também o BCP. Depois de uma longa série de ganhos, em que valorizou mais de 30%, as ações do banco liderado por Miguel Maya perderam 1% para 0,1645 euros. Entre os restantes pesos-pesados do índice, a Nos também desvalorizou 1,26% para 3,13 euros e a Jerónimo Martins cedeu 0,53% para 15,825 euros.

As únicas duas cotadas do PSI-20 que fecharam no verde foram a Sonae e a Semapa. A retalhista ganhou 0,31% para 0,799 euros por ação depois de o CaixaBank/BPI ter revisto em alta o preço-alvo dos títulos para 1,30 euros por ação graças à resiliência demonstrada nos resultados. A cimenteira — que está a ser alvo de uma oferta pública de aquisição por parte do maior acionista — subiu 0,17% para 11,94 euros.

Estes ganhos não foram suficientes para colocar Lisboa acima da linha d’água, tendo a bolsa nacional acompanhado as principais praças europeias no vermelho. O Banco Central Europeu (BCE) alertou para “riscos elevados” para a estabilidade financeira e gerou alguma pressão: o Stoxx 600, o francês CAC 40 e o espanhol IBEX 35 perderam 1,5%, enquanto o alemão DAX recuou 1,7% e o britânico FTSE 100 cedeu 1,3%.

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“Questões de urbanismo” justificam buscas da polícia na Câmara de Braga

A busca da Polícia Judiciária à autarquia bracarense serviu para “recolha de documentação” relativa a “questões de urbanismo”.

À semelhança da Câmara de Lisboa, que foi alvo de buscas no departamento de urbanismo, a Polícia Judiciária (PJ) realizou esta quarta-feira de manhã buscas na Câmara de Braga para recolher elementos relativos a processos urbanísticos.

Fonte da Polícia Judiciária explicou à Lusa que as buscas “não visam o atual nem o anterior executivo camarário”, acrescentando que a diligência se insere numa investigação em curso a cargo da PJ de Braga e que serviu para “recolha de documentação” relativa a “questões de urbanismo”.

Mais em concreto, segundo fonte oficial da Câmara de Braga, as buscas cingiram-se “ao gabinete do atual diretor municipal do Urbanismo, António Zamith Rosas”, que foi no passado vereador na Câmara de Vila Verde, concelho do distrito bracarense.

No entanto, a autarquia liderada pelo PSD esclareceu em comunicado “não ter conhecimento da natureza da investigação em curso, sublinhando que “prestou toda a colaboração” aos inspetores da PJ.

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