Grupo MDS adquire posição de controlo na mediadora Média Mais

  • ECO Seguros
  • 14 Abril 2021

Investimento integra-se na estratégia de crescimento da corretora e vai proporcionar oferta mais alargada aos clientes da Média Mais, que é referência na importante região da Marinha Grande.

A MDS, multinacional portuguesa líder na consultoria de riscos e seguros, adquiriu uma participação maioritária na sociedade de mediação Média Mais. A aquisição insere-se na estratégia de crescimento da MDS, “que prevê o crescimento orgânico e a realização de aquisições e investimentos que criem valor para todas as partes”, anunciou a corretora.

A Média Mais está sediada na Marinha Grande e gere prémios superiores a 4 milhões de euros, tendo um portefólio de clientes constituído por empresas de referência de grande, média e pequena dimensão, bem como por individuais. Fruto dos seus mais de 25 anos de atividade, “a empresa é hoje uma referência na mediação de seguros na região, a qual é de importância estratégica para o país e para a MDS, nomeadamente pela sua forte vertente industrial, exportadora e de serviços”, explica a adquirente.

Noel Vinagre e Rui Nobre, sócios-gerentes da Média Mais, afirmam que a entrada da MDS “vai permitir à Média Mais alargar a oferta de produtos e serviços aos clientes com as melhores e as mais atuais soluções disponíveis a nível nacional e internacional no mercado de seguros, consultoria de seguros e de gestão de risco. Estamos certos de que com esta associação à MDS seremos ainda mais fortes e iremos proporcionar todas as condições para que os nossos clientes possam contar cada vez mais connosco, tanto na construção dos melhores programas de seguros como na prestação de um serviço de excelência”.

Ricardo Pinto dos Santos, CEO da MDS Portugal, realça que “o foco da MDS é o crescimento orgânico, mas estamos atentos a oportunidades de aquisição, colocando as nossas competências ao dispor de um número crescente de empresas e particulares. Enquanto líderes de mercado em Portugal na consultoria de seguros e riscos e com uma presença internacional em mais de 122 países, dispomos de um grande conhecimento e de uma oferta única de produtos e serviços, bem como de uma forte solidez e de um conjunto alargado de recursos humanos e tecnológicos que acrescentam valor aos clientes das empresas que adquirimos ou onde investimos”.

A MDS é um grupo multinacional português que atua na área da corretagem de seguro e resseguro e consultoria de riscos, estando presente em mais de 122 países. É líder de mercado em Portugal, um dos maiores players no Brasil e Angola, e está diretamente em Moçambique, Espanha, Malta e Suíça.

Através da Brokerslink, empresa global de corretagem fundada pelo grupo e que integra cerca de 21.000 profissionais de seguros, responde às necessidades dos seus clientes nas mais diversas geografias e setores, complementa o comunicado da MDS. O grupo integra também a MDS RE, companhia especializada em resseguro que presta serviços na Europa, América e África, e a RCG – Risk Consulting Group, uma referência na análise de riscos, controle de perdas, plano de continuidade de negócios e enterprise risk management.

Através da HighDome, uma Protected Cell Company (PCC), a MDS oferece soluções alternativas de transferência de riscos ao mercado tradicional de seguros. A MDS atua também na área de gestão de benefícios e benefícios flexíveis, através das empresas 838 Soluções e Ben’s (Brasil) e Flexben (Portugal).

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Portugal negoceia recuperação de rotas aéreas

  • Lusa
  • 14 Abril 2021

“Sabemos todos que o verão de 2021 não será totalmente normal", avisa Rita Marques, que está a negociar com os principais players da indústria aeronáutica a recuperação e manutenção das rotas.

Portugal está a negociar, com os “principais ‘players’ da indústria aeronáutica” a recuperação e manutenção das rotas aéreas, que foram afetadas pela pandemia, adiantou esta quarta-feira a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.

Durante a conferência “A Hotelaria depois do Brexit”, organizada pela AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, em colaboração com a Direção Geral das Atividades Económicas, a governante referiu que o Governo mantém a intenção de ajustar o programa VIP, precisamente criado para a captação de rotas aéreas.

Temos uma “grande preocupação com a recuperação das rotas e estamos a negociar com os principais ‘players’ da indústria aeronáutica para manter, recuperar e criar as rotas”, referiu, salientando que o Governo está a “ajustar os instrumentos financeiros, com o programa VIP em particular, para ajudar a recuperação”, com o objetivo de “reforçar de uma forma mais viva o interesse de Portugal na manutenção das rotas”.

A secretária de Estado indicou ainda que, no que diz respeito ao certificado verde digital, que está a ser preparado para facilitar as viagens, nomeadamente no caso de quem já foi vacinado, os Estados-membros “mandataram a presidência portuguesa do Conselho para negociar diretamente com o Parlamento Europeu esta proposta”, reconhecendo, no entanto, que a aplicação cabe depois a cada um dos países.

Rita Marques deu conta também de um estudo, sobre a marca Portugal, que foi realizado em vários países, nomeadamente no Reino Unido. “Concluímos que a marca Portugal é forte e tem vindo a ter uma progressão extraordinária”, sendo “hoje reconhecida com um potencial de atração fortíssimo”, afirmou.

Ainda assim, o estudo revelou que na parte do conhecimento dos britânicos sobre Portugal ainda há algo a fazer.

“Pontuamos menos bem neste pilar de conhecimento, o que mostra que há potencial para conhecer a marca e predisposição para conhecer a marca”, salientou.

“Sabemos todos que o verão de 2021 não será totalmente normal, mas Portugal tem vindo a preparar-se de uma forma muito intensa para o aumento da procura turística, também proveniente do Reino Unido”, acrescentou a secretária de Estado.

Portugal espera poder abrir as fronteiras e o Turismo em maio, graças a certificados de vacinação ou de testes, afirmou a secretária de Estado, em fevereiro, à BBC.

Rita Marques disse à estação pública britânica que o Governo está a “trabalhar no sentido de reabrir o Turismo o mais rápido possível de uma forma segura”.

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Presidente da República admite confinamentos locais para garantir “verão e outono diferentes”

Marcelo Rebelo de Sousa entende que o desconfinamento deve "seguir o seu curso" de forma "gradual e sensata". Ainda assim, para "garantir verão e outono diferentes", admite confinamentos locais.

O desconfinamento deve “seguir o seu curso” de forma “gradual e sensata”, defendeu esta quarta-feira Marcelo Rebelo e Sousa, numa mensagem ao país, após a aprovação da 15ª renovação do estado de emergência. O Presidente da República avisou que o caminho que se segue “ainda vai ser muito trabalhoso” e admitiu confinamentos locais para garantir um “verão e outono diferentes”.

“No dia 6 de novembro de 2020, decretei o segundo e mais longo estado de emergência, que hoje [esta quarta-feira] conhece aquela que desejaria que fosse a sua última renovação até às 23h59 do próximo dia 30 de abril“, começou por sublinhar Marcelo Rebelo de Sousa, recordando que os números dos últimos meses colocaram Portugal “na pior situação na Europa e no mundo”.

Quanto ao momento presente, o Chefe de Estado frisou que o “desconfinamento deve seguir o seu curso de forma gradual e sensata“, sublinhando que os portugueses respondem “com coragem e solidariedade” aos grandes desafios, que a economia e a sociedade “continuam a sofrer”, mas têm sido encontrados “caminhos de sobrevivência e adaptação” e que, a respeito dos problemas de abastecimento de vacinas, “os mais vulneráveis” estão já mais protegidos, o que ajuda a explicar a evolução dos internamentos, cuidados intensivos e óbitos, mesmo com o índice de transmissibilidade a subir.

Ainda assim, o Presidente da República avisou que “o caminho que se segue ainda vai ser muito trabalhoso“, não só no que diz respeito à própria crise pandémica, mas também relativamente aos “números da economia” e à “situação das pessoas”. “A economia demorará a dar os passos da reconstrução, a sociedade muito mais“, disse, salientando as marcas deixadas pela Covid-19 na vida pessoal, familiar e profissional dos portugueses.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou, depois: “Se 2020 foi o ano da luta pela vida e pela saúde, 2021 terá de ser o ano do início da reconstrução social sustentada e justa“. E com os olhos no futuro, o Presidente da República pediu “mais um esforço” aos portugueses para “tornar impossível o termos de voltar atrás“, para que “o estado de emergência caminhe para o fim” e para que o desconfinamento “possa prosseguir sempre com a segurança de que o calendário das restrições e dos confinamentos locais, se necessários, garantem um verão e um outono diferentes”.

O Chefe de Estado enfatizou, além disso, que o país está a entrar “no que desejamos venha a ser o começo da ponta final do período mais difícil da nossa vida coletiva desde a gripe espanhola, em termos de saúde pública” e atirou: “É altura de pensarmos mais no futuro“.

Esta quarta-feira, PS, PSD, PAN e CDS-PP aprovaram a 15ª renovação do estado de emergência, com os votos contra do PCP, PEV, Chega e Iniciativa Liberal, e a abstenção do Bloco de Esquerda. O Governo deverá apresentar esta quinta-feira as medidas que acompanharão esta nova fase de luta contra a pandemia.

(Notícia atualizada às 20h42)

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Fundação Mapfre vai distinguir pessoas, instituições e projetos com mérito social

  • ECO Seguros
  • 14 Abril 2021

As pré-inscrições decorrem até 31 de maio e a iniciativa pretende premiar pessoas, instituições ou projetos que contribuem para o benefício da sociedade no âmbito científico, cultural e social.

 

A Fundación Mapfre vai atribuir prémios no valor de 90 mil euros para distinguir “pessoas e instituições que se distinguem em projetos de cariz social, científico e cultural”.

Desde 2007 que lançamos anualmente os Prémios Fundação MAPFRE como forma de reconhecer a entrega e generosidade de pessoas e instituições que trabalham no sentido de melhorar o nosso mundo. Esta é uma forma de reconhecermos o seu compromisso e dedicação com a sociedade”, explica Luis Anula, CEO da MAPFRE Portugal e representante da Fundação MAPFRE.

Até 31 de maio, a Fundação MAPFRE está a receber candidaturas para os seus Prémios Sociais. A iniciativa é de âmbito mundial e tem o objetivo de premiar pessoas, instituições ou projetos que contribuem para o benefício da sociedade no âmbito científico, cultural e social.

No valor de 30 mil euros cada, as candidaturas são referentes ao “Prémio por uma Vida Profissional José Manuel Martínez Martínez”, que distingue pessoas com um percurso profissional ao serviço da sociedade; “Prémio Melhor Projeto ou Iniciativa pelo seu Impacto Social” e para “Prémio à Melhor Entidade pela sua Trajetória Social”.

O período de pré-inscrição das candidaturas decorre até dia 31 de maio de 2021, e contempla apenas o preenchimento de um formulário disponível no site da fundação (em português, inglês ou espanhol). O regulamento pode ser consultado no sítio eletrónico da Fundación MAPFRE.

Desde 1985, a fundação já concedeu milhares de bolsas, prémios e ajudas a profissionais de todo o mundo, tendo vindo a aumentar a sua atuação em Portugal, centrando-se no intercâmbio de conhecimentos técnicos e científicos entre profissionais espanhóis e portugueses”, informa a instituição.

No âmbito da atribuição de bolsas, “já premiou várias entidades portuguesas, tais como a Universidade do Minho com o projeto E2PA – Ergonomia em Equipamentos de Proteção Auditiva, em 2009, a Direção – Geral da Saúde, no âmbito da Formação Especializada para a Saúde, em 2012, e em 2014, Joaquim Oliveira, investigador do Grupo de investigação 3B´s da Universidade do Minho. Esta distinção reconheceu o projeto científico mais importante a nível europeu na área do tratamento de lesões osteocondrais e de prevenção da progressão da artrose”, nota a instituição do grupo espanhol.

A Fundação MAPFRE “tem como missão melhorar a vida das pessoas”, e por isso, acrescenta o comunicado, já conseguiu chegar com os seus projetos sociais a mais de 9,6 milhões de beneficiários em 31 países, com o apoio de 11.300 voluntários.

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PSD diz que “não se compreende” teletrabalho até fim do ano sem avaliação e pede apreciação parlamentar

Para o PSD, "não é compreensível" que se prolongue até ao final do ano a obrigação de adotar o teletrabalho, nos concelhos de maior risco, sem ter por base, primeiro, uma avaliação da crise sanitária.

O grupo parlamentar do PSD entregou, esta quarta-feira, na Assembleia da República um pedido de apreciação parlamentar do diploma que prolonga a obrigação de adotar o teletrabalho até ao fim do ano, nos concelhos mais afetados pela pandemia. De acordo com o documento, que o ECO consultou, os social-democratas consideram que tal medida “não é compreensível” sem que seja acompanhada de “fundamentação técnica e científica”.

“Não se compreende a decisão de prorrogar estas regras [a adoção obrigatório do teletrabalho, em certas áreas do país] até ao dia 31 de dezembro, sem que tal seja acompanhado de fundamentação técnica e científica justificativa dessa prorrogação”, sublinha a bancada parlamentar laranja. “Mais: Se o Governo prevê a retoma e o desconfinamento progressivo, como se justificam estas limitações dos direitos dos trabalhadores e das empresas até ao final do ano?“, questiona também o PSD.

Tal como já tinha adiantado ao ECO a deputada Clara Marques Mendes, para este grupo parlamentar não é compreensível que se afastem as regras do Código do Trabalho — que preveem que a adoção do teletrabalho dependen de acordo escrito entre trabalho e empregador — sem que haja uma avaliação da situação pandémica.

“Entendemos, pois, que, desta forma, ao afastar a aplicação do regime regra, previsto no Código do Trabalho, o Governo está a pôr em causa, grosseiramente, os direitos dos trabalhadores e das empresas, o que é manifestamente inaceitável num Estado de Direito”, frisa o PSD, no pedido de apreciação parlamentar do decreto-lei 25-A de 2021.

De acordo com esse decreto-lei, que foi publicado no final de março em Diário da República, o Executivo de António Costa decidiu prorrogar até 31 de dezembro de 2021 o diploma que estabelece a adoção obrigatória do teletrabalho, nos concelhos com maior risco de propagação do vírus pandémico, independentemente do número de trabalhadores que estejam à responsabilidade de um empregador, desde que as funções sejam compatíveis com essa modalidade e que haja condições para tal. Isto mesmo que não haja acordo entre as partes.

O Governo justificou esse prolongamento da obrigação em causa dizendo que se perspetivam “circunstâncias que originam necessariamente um maior contacto e um maior número de interações sociais, bem como um aumento de pessoas em circulação”, isto é, o desconfinamento progressivo do país.

Por outro lado, nas empresas em que tal não for possível, se estiverem em causa locais de trabalho com 50 ou mais trabalhadores, será obrigatório desfasar os horários de entrada e saída, para evitar ajuntamentos.

Tudo somado, enquanto se mantiver o estado de emergência, o teletrabalho deve manter-se de adoção obrigatória para todo o país (é isso que está previsto no plano de desconfinamento apresentado pelo Governo). E quanto for levantado, deve continuar a sê-lo nas regiões mais afetadas pela pandemia e com condições mais flexíveis do que as atuais.

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Allianz cede 90 mil apólices Vida na Bélgica

  • ECO Seguros
  • 14 Abril 2021

Após conclusão da transação com a belga Monument Assurance, a seguradora alemã vai reorientar a estratégia e focar a carteira de seguros Vida em produtos que sejam mais atrativos para os clientes.

A seguradora Allianz e a Monument Re concluíram a venda de parte da carteira belga de fundos de pensões fechados à Monument Assurance Belgium (MAB).

A transação, aprovada pelas autoridades belgas do setor, envolve a cedência de cerca de 90 mil apólices Vida com provisões estimadas em cerca de 1,4 mil milhões de euros.

Em comunicado, a Allianz refere que, com a conclusão da transação, validada pelas autoridades locais com efeitos a partir de 1 de abril, a MAB e a Allianz Benelux irão, em conjunto, assegurar que a transferência da carteira decorra com suavidade para clientes e mediadores interessados no processo. Em consequência da cadência no processo, a Allianz continuará a gerir os serviços relacionados com o portefólio ao longo de 2021 e 2022.

“Na sequência das anteriores aquisições de quatro outras carteiras belgas, a transação com a Allianz permite aumentar significativamente a nossa escala, e confirma a posição da Monument Assurance como consolidadora líder no mercado belga,” afirmou Koen Depaemelaere, CEO da Monument Assurance Belgium, companhia focada em seguros Vida e planos de poupança e reforma.

Com uma quota estimada em 6% neste setor, a seguradora alemã afirma que a sua estratégia na Bélgica visa a reorientação para produtos de seguros Vida mais atuais, baseados em propostas de valor mais atrativas para os clientes da companhia.

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LUSITANIA reposiciona a marca e regressa ao Amoreiras Shopping

  • ECO Seguros
  • 14 Abril 2021

Até ao final do ano, a seguradora portuguesa vai alterar a imagem exterior dos balcões próprios espalhados pelo país, reforçando o novo posicionamento da marca.

A Lusitania, Companhia de Seguros regressou ao Amoreiras Shopping Center, com um novo espaço “que irá revolucionar o conceito de atendimento tradicional”, de conceção moderna e uma “localização central e mais conveniente”, revelou a companhia.

No ano em que a seguradora comemora o seu 35.º aniversário, o novo espaço “materializa a forte personalidade da marca, cada vez mais próxima e orientada para o Cliente, através de um ambiente mais convidativo e agradável”.

Até ao final do ano, a seguradora irá alterar a imagem exterior dos seus balcões próprios, espalhados por Portugal Continental e Ilhas, “reforçando assim o novo posicionamento da marca“.

Na loja inaugurada na Torre 2 do CC das Amoreiras, os postos de trabalho “são totalmente flexíveis, facilitando a dinâmica colaborativa e promovendo um ótimo ambiente no local de trabalho”. Em termos visuais, há uma predominância do branco, “cor ligada à luminosidade que se quer conferir, com a imagem de marca presente através de apontamentos cor de laranja”.

Por outro lado, explica a companhia o cliente “passa a ter um espaço de interação que o liga à empresa numa relação de maior proximidade e transparência, através de uma componente digital que proporciona toda uma nova experiência interativa, e de atendimento”.

A nova loja traduz também um “regresso ao lugar onde tudo começou, em 1986, quando a Lusitania abriu o seu primeiro balcão, e se posicionou no mercado, até hoje, como a maior Companhia de seguros com capitais 100% nacionais”, salienta.

O novo espaço – que “reflete agora a nova imagem e posicionamento” da marca que assina por Seguros juntos -, também é reforçado pela aposta numa figura muito conhecida e acarinhada pelo público português, Nuno Markl. “O humorista, escritor e radialista surge agora como embaixador da marca“, sendo também a personagem principal da mais recente campanha publicitária, sob o mote “Quando a vida te vira do avesso, dá-lhe a volta!”

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Presidente da Anivec acredita que setor do vestuário arranca em setembro

César Araújo está confiante que indústria da moda vai retomar em setembro e que "o mercado do consumo vai abrir e a procura vai disparar para níveis semelhantes ou superiores antes da pandemia".

A indústria do têxtil e vestuário foi das mais afetadas pela pandemia a nível global. Com as lojas fechadas, as fábricas paradas e os consumidores em teletrabalho e com recolher obrigatório, as vendas globais da moda diminuíram entre 15 a 30% em 2020 em comparação com 2019. A Europa foi a região mais afetada com os impactos da Covid-19 ao registar quebras nas vendas entre 22 e 35%.

Em Portugal, o ano passado, a quebra do volume de negócios na indústria têxtil e vestuário rondou os 15%, de acordo com as estimativas da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP). No entanto, a associação refere que nesta estimativa não estão presentes os dados dos grossistas e retalhistas.

Apesar da indústria da moda em Portugal está a ser bastante afetada pela pandemia e numa situação fragilizada, o presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção (Anivec), César Araújo, acredita que que o têxtil e o vestuário têm condições para arrancar em setembro.

“Acredito que vamos arrancar com a indústria do vestuário em setembro. O plano de vacinação vai trazer uma confiança redobrada aos consumidores. Caso não estejamos vacinados, não arrancamos. É fundamental vacinar a população toda para termos condições para retomar a atividade”, adianta César Araújo, na Conferência digital ModaPortugal, que decorreu esta quarta-feira, organizada pelo Centro de Inteligência Têxtil (Cenit) em parceria a Anivec.

O presidente da Anivec acredita que esta crise será “seguida de um período de muitas oportunidades”. César Araújo acrescenta que “o mercado do consumo da moda vai abrir e a procura vai disparar para níveis semelhantes ou até superiores aos da época pré pandemia”, destaca.

“A Europa continua a ser a maior potência mundial na área da moda e Portugal não pode descurar o papel neste importante ecossistema. A indústria têxtil e vestuário representa um dos melhores setores que a economia nacional possui e podemos dizer que é uma das melhores do mundo”, lembra o presidente da Anivec.

Para César Araújo, a economia circular, a sustentabilidade e a criação de marcas próprias a partir de Portugal são áreas fundamentais para a manutenção desse papel. “Se conseguirmos dinamizar a nossa indústria exportadora estaremos preparados para dar resposta ao novo ciclo que se avizinha”.

O ministro da Economia, Pedro Siza Viera, que marcou presença online na conferência, concorda que a indústria têxtil e de vestuário foi “severamente impactada pela pandemia a nível global pelos efeitos da pandemia”. Siza Vieira destaca que “as pessoas ficaram em casa e consumiram muito menos aquilo que usam para sair de casa”.

Siza Vieira está consciente que a “retoma foi muito mais lenta que aquilo que era desejável”, mas tal como o presidente da Anivec acredita que a procura “reage muito mais rapidamente assim que se levantem as restrições”. O ministro da Economia, exemplifica que na Ásia, nos EUA e em todas os países onde a situação epidemiológica já está mais controlada “assistimos a um crescimento muito grande e muito significativo na despesa realizada em vários setores, incluindo naquelas mais impactados”, realça o ministro da Economia. Siza Vieira acredita que Portugal “tem razões para estar confiante relativamente ao futuro e à retoma”.

Vendas online disparam em cenário de pandemia

A adoção digital disparou durante a Covid-19 e muitas marcas adotaram inovações digitais, tais como as compras sociais, o chat de serviço ao cliente e a transmissão de conteúdo em direto. De acordo com o relatório da Business of Fashion e da McKinsey & Company, em apenas oito meses, a taxa de penetração das vendas digitais a nível mundial verificou um aumento equivalente a seis anos de crescimento.

As vendas de moda online a nível global quase duplicaram, de 16% para 29% das receita total. Face a esta aceleração digital, 71% dos executivos de moda esperam que o negócio online cresça 20% ou mais este ano.

Antonio Gonzalo, sócio da McKinsey e líder da prática da indústria da moda e do luxo em Espanha que marcou presença na conferencia digital ModaPortugal, disse que “a crise intensificou as principais tendências de consumo que já estavam a moldar a indústria da moda, especialmente a aceleração na adoção do canal digital, que em oito meses registou um crescimento equivalente a seis anos. É tempo de rever e elevar o nível de ambição para o marketing de canais digitais e explorar novas vias de relacionamento com os clientes, rever as prioridades da empresa e acelerar seletivamente a digitalização”.

O ministro da Economia corrobora a ideia de Antonio Gonzalo e destaca que está a decorrer uma “migração dos clientes tradicionais da indústria têxtil e de vestuário portuguesa para o canal online” e realça que o “crescimento deste canal é muito significativo”.

Face à alteração dos hábitos de compra fruto da pandemia, Siza Vieira lembra que “aqueles que melhor souberam adaptar-se a estas circunstâncias, foram também aqueles que melhor conseguiram manter uma relação com os consumidores e assegurar um nível de vendas adequado perante este período da pandemia. No futuro, estas tendências vieram para ficar”.

“Os clientes vão estar cada vez mais no mundo digital e cada vez mais escolher, pagar e relacionar-se através desses canais. É muito importante que em toda a cadeia de valor da indústria têxtil e vestuário sejamos capazes de aproveitar o potencial das tecnologias digitais para manter melhor contacto com os clientes. É um desafio muito significativo e a indústria têxtil e de vestuário portuguesa tem que estar preparada para enfrentar“, destaca o ministro da Economia e da Transição Digital.

Face à necessidade de apostar nos canais digitais, Siza Viera destaca que no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “vai colocar à disposição do país e da indústria da moda recursos importantes para investir na transição digital”.

Aqueles que melhor souberam adaptar-se aos canais digitais, foram também aqueles que melhor conseguiram manter uma relação com os consumidores e assegurar um nível de vendas adequado perante este período da pandemia. No futuro estas tendências vieram para ficar.

Pedro Siza Vieira

Ministro da Economia

O administrador da Twintex, Mico Mineiro, refere que com a pandemia “o online está a viver um momento único e vai sair mais forte da crise”, apesar de considerar que “não é um negócio brilhante”. O administrador da Polopique, Luís Guimarães, lembra que “são poucas as empresas portuguesas que tem venda online“, embora destaque que “os clientes aumentaram as vendas online que vinham a crescer a um ritmo muito lento”.

O presidente da Anivec e fundador da Calvelex, César Araújo, relembra a importância de Portugal ter as suas marcas próprias e lembra que “não existe online sem marcas próprias”.

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Coinbase dispara 68% para 420 dólares na estreia em Wall Street

A maior corretora de criptomoedas do mundo começou a negociar esta quarta-feira no Nasdaq, após um "direct listing" com um valor de referência de 250 dólares por ação.

A Coinbase dispara 68% para dólares por 420 dólares ação, nas primeiras negociações em Wall Street. A maior corretora de criptomoedas do mundo estreou-se esta quarta-feira no Nasdaq, após um direct listing com um valor de referência de 250 dólares por ação. A operação não só permite investidores institucionais terem exposição indireta às criptomoedas, como é vista como mais um passo para abrir este mercado.

Num direct listing, não há venda de ações antes da estreia em bolsa, o que pode aumentar a expetativa sobre o arranque desta quarta-feira, que marcou o início da negociação em Wall Street de um total de 114,9 milhões de ações. O preço de abertura colocava a avaliação da Coinbase em 65 mil milhões de dólares, mas o disparo na abertura leva o valor até aos 109,2 mil milhões.

Como o ex-vice-presidente do Banco Central Europeu Vítor Constâncio sublinhou, no Twitter, esta avaliação fica próxima da maior gestora de ativos do mundo, a Blackrock, com 120 mil milhões de dólares. “É um dia vitorioso para os cripto-ativos e para a bitcoin em particular. É também o dia em que estes cripto tokens com base em blockchain se estabelecem como uma classe ativos adotada em Wall Street e em concorrência com outros tipos de investimentos. Estes não são moedas“, escreveu.

O entusiasmo com a operação aumentou com a apresentação de contas trimestrais, nas quais a empresa revelou ter gerado, no primeiro trimestre de 2021, receitas de 1,8 mil milhões de dólares. Este montante conseguido com as comissões cobradas nas transações de criptomoedas significa que as receitas mais que triplicaram face aos 585,1 milhões de dólares do quarto trimestre de 2020.

A entrada da Coinbase em bolsa tem ajudado a impulsionar as criptomoedas e em especial a bitcoin, que não para de renovar máximos. Após ter passado a marca dos 62 mil dólares pela primeira vez esta terça-feira, o valor continua a subir e esta quarta-feira já tocou os 64.890 dólares. Com uma capitalização de 1,2 biliões de dólares, a bitcoin representa 54% do mercado de criptomoedas. No total, são 9.200 ativos avaliados em 2,2 biliões de dólares.

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Galp vendeu painéis solares a 1.000 famílias em seis meses

Desde outubro, a nova empresa do Grupo Galp, Energia Independente, multiplicou por cinco o número de clientes, de 200 para 1000. Estratégia é massificar autoconsumo em Portugal.

No espaço de seis meses a nova empresa do Grupo Galp ei – Energia Independente, especializada no autoconsumo solar fotovoltaico, passou de ter apenas um projeto-piloto com cerca de 200 clientes e instalações de painéis solares ainda em fase de testes para cerca de 1.000 vendas a clientes finais, ente outubro de 2020 e abril de 2021.

Com a apresentação do novo plano estratégico do grupo prevista para maio, no próximo Capital Markets Day, a empresa não pode para já revelar as suas estimativas de vendas para 2021, mas garante que quer massificar o autoconsumo solar em Portugal” e mostrar que a produção de energia sustentável para autoconsumo é “uma realidade ao alcance de todas as famílias e empresas”. A petrolífera promete aos futuros clientes uma taxa de retorno entre 15 e 25% e uma recuperação do investimento realizado para a instalação de painéis solares em menos de cinco anos.

“A Energia Independente quer estar no maior número possível de telhados portugueses e multiplicar a utilização de painéis solares no mercado nacional para produzir energia limpa. Quer convencer os clientes um a um. Até agora, 1.000 famílias já compraram painéis solares. Temos muita procura e o mercado está a crescer rápido. Estamos a vender mais do que esperávamos”, disse em conferência de imprensa Ignacio Madrid, CEO da ei.

Ao nível das potenciais poupanças, com base em casos reais do projeto-piloto, a empresa prevê uma redução de 28 euros por mês (de 101 para 73 euros) na fatura de um cliente doméstico da região de Lisboa, com autoconsumo.

O responsável não teme a concorrência — de outras elétricas, como a EDP, que já está no mercado há mais tempo com oferta de solar fotovoltaico, nem de cadeias de retalho como o Ikea, que agora até já vendem painéis solares. Se há empresas grandes a entrar neste mercado é porque está a evoluir e vale a pena. Queremos garantir que toda a gente sabe que isto existe e faz sentido. Oferecemos solução à medida, ferramentas de controlo e instaladores locais, com quem temos parcerias e queremos criar um ecossistema empresarial e criar valor para os consumidores”, disse Madrid.

A nova empresa do grupo trabalhará em parceria com vários fabricantes de painéis solares, distribuidores e mais de 20 empresas instaladoras, num “ecossistema empresarial” que deverá crescer ainda mais no futuro. JA Solar, Enphase Energy, Longi Solar, Huawei, LG e QCells, são alguns dos parceiros já a bordo.

Com 1.000 vendas em carteira, esta nova base de clientes permitiu uma rápida curva de crescimento. “O setor energético em Portugal, como acontece um pouco por toda a Europa, está a viver um dos momentos de mudança mais importantes da história. A Energia Independente aspira a liderar a transição energética a um modelo mais sustentável e descentralizado, no qual os clientes podem gerar e gerir a sua própria energia”, sintetizou Ignacio Madrid, CEO da ei.

Uma ideia partilhada por Susana Quintana-Plaza, administradora executiva da Galp com o pelouro das Renováveis e Novos Negócios. “A ei é mais uma aposta que vai ao encontro do compromisso da Galp com um mundo mais eletrificado e sustentável. É uma empresa que cumpre os 3 Ds da energia – descarbonização, descentralização e digitalização – e que oferece aos clientes soluções de energia verde personalizadas, permitindo-lhes não só poupança como que se tornem agentes ativos da transição energética”, diz, sublinhando, por isso, a “importância de massificar esta mensagem e este desafio junto dos portugueses para que possam beneficiar de eletricidade verde mais acessível”.

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PRR vai ser entregue em Bruxelas segunda-feira, mas com mexidas nas estradas

Houve vários ajustamentos para incluir a cultura e o mar e parte dessas mexidas foram na componente das infraestruturas, apurou o ECO. Mas as estradas não desaparecem totalmente do PRR.

O ministro do Planeamento garantiu esta quinta-feira que os investimentos em estradas não vão desaparecer do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), apesar de terem sido introduzidos dois novos capítulos no documento — Cultura e Mar –, que deverá ser entregue oficialmente em Bruxelas na segunda-feira.

Nelson de Sousa rejeitou a ideia de que vão ser abandonados projetos previstos pelo Governo para a infraestrutura rodoviária nacional devido a imposições da Comissão Europeia. “Não vão cair projetos. Aquilo que vai ser feito, pelo contrário, é a introdução de duas componentes, dois tipos de investimento. Uma relativamente ao setor da cultura – digitalização – outra relativa à Economia do Mar – para melhor conhecer o potencial da plataforma marítima”, disse o ministro aos jornalistas no final de dois dias de reuniões com os partidos políticos sobre o PRR, citado pela Lusa.

No final do encontro de terça-feira, o dirigente comunista Vasco Cardoso revelou que “caíram investimentos em infraestruturas rodoviárias” previstos pelo Governo no PRR, precisando contudo que não ficou “com uma noção de quais terão ficado pelo caminho: se todos se apenas alguns”. “Mas ficámos claramente com ideia que foi a União Europeia, e não o país, a decidir isso”, frisou citado pela Lusa. “O pecado original é o PRR ser construído não com prioridades nacionais, mas sim da Europa”, acrescentou em declarações ao ECO.

O ministro do Planeamento escusou-se a revelar esta quarta-feira as verbas em causa ou qualquer projeto específico, nomeadamente em termos de grandes obras públicas, remetendo a sua divulgação pública para a futura reunião de Conselho Ministros dedicada à aprovação do PRR, adiantando também que as negociações com Bruxelas ainda estão em curso. “Existiram componentes que foram redimensionadas, sendo que, para esses investimentos, vão ser encontradas fórmulas alternativas de financiamento. Já estão identificadas as fontes alternativas”, limitou-se a dizer, ainda relativamente às referidas rodovias.

Na versão inicial do PRR, o Executivo esperava financiar, por exemplo, a ligação ao IP3 dos concelhos a sul, as variantes no IP2 para Évora, na EN125 a ligação para Olhão, no IP8 para Ferreira do Alentejo ou na EN4 para a Atalaia. Ou ainda as interfaces rodoferroviários na EN14 na Maia e na Trofa, incluindo uma nova ponte sobre o Ave e a conclusão do IC35 entre Penafiel e Entre-Os-Rios. Sob a designação de missing links, o Governo pretendia “promover a eliminação de travessias urbanas e a adequação da capacidade, reduzindo tempos de percurso, gases poluentes e situações de congestionamento”. Uma rubrica onde estavam inscritos investimentos de 363 milhões de euros.

As estradas não desapareceram do PRR, garantiu ao ECO fonte governamental, nem o Governo deu ainda qualquer indicação às empresas potencialmente afetadas por estas obras. Mas, ao dizer que “não vão cair projetos”, Nelson Souza poderá simplesmente querer dizer que estas estradas não vão ser financiadas por fundos comunitários — no Portugal 2020 esta elegibilidade está vedada — e que no conselho de ministros desta quinta-feira terão de ser encontradas outras fontes de financiamento, como o Orçamento do Estado.

“Houve vários ajustamentos para incluir a cultura e o mar e parte dessas mexidas foram na componente das infraestruturas”, garantiu a mesma fonte. Os missing links valiam 363 milhões de euros, a cultura passará a ter uma dotação de 244 milhões e o mar de 252 milhões, conforme avançou o primeiro-ministro, sendo que o documento já tinha algumas verbas previstas para estas duas áreas.

Outra das discrepâncias entre as declarações dos deputados no final dos encontros e as do ministro do Planeamento é a data de entrega do documento em Bruxelas. Na terça-feira, deputados falavam do final do mês, outros da próxima semana. Nelson Souza avança agora com segunda-feira da próxima semana e foi aliás essa a indicação que deu aos deputados hoje, como confirmou ao ECO Diogo Pacheco de Amorim do Chega. Entre ontem e hoje “houve uma evolução”, apurou o ECO.

Mar vai ter quatro investimentos no PRR

Os 252 milhões de euros que vão ser autonomizados num capítulo próprio do PRR servirão para financiar investimentos na investigação, na economia do mar e na segurança pesqueira. O Ministério do Mar avançou ao ECO os projetos específicos previstos:

  • Centro de operações de defesa do Atlântico e plataforma naval — 112 milhões de euros
  • Hub Azul, Rede de Infraestruturas para a Economia Azul — 87 milhões de euros
  • Desenvolvimento do “Cluster do Mar dos Açores” — 32 milhões de euros
  • Transição verde e digital e Segurança nas Pescas — cerca de 21 milhões de euros

Estes “são ainda valores provisórios que carecem de um diálogo com Bruxelas”, frisou fonte oficial do ministério liderado por Ricardo Serrão Santos.

“No âmbito da discussão pública do PRR, o Governo tomou a decisão de autonomizar um capítulo próprio dedicado ao mar que mobilizará 252 milhões de euros, dos quais 30 milhões de euros alocados a uma iniciativa da Região Autónoma dos Açores e 222 milhões dedicados ao conjunto do país para o financiamento de atividades diversas”, disse o primeiro-ministro na segunda-feira.

O desenvolvimento do “Cluster do Mar dos Açores”, que tinha previstos 32 milhões de euros na versão do PRR colocada a consulta pública, apontava para investimentos em “infraestruturas físicas fixas e móveis (Tecnopolo MARTEC), no âmbito da investigação das ciências do mar e sua articulação com o setor económico”. E como as “infraestruturas fixas disponíveis”, sobretudo na ilha do Faial, estão “impróprias, sem capacidade física ou tecnológica adequada para a investigação em áreas emergentes” foi “identificado, como investimento fundamental, a criação de um centro experimental de investigação e desenvolvimento ligado ao Mar, partilhável com as instituições do Sistema Científico e Tecnológico dos Açores e as empresas, indutor de I&D em áreas tradicionais e emergentes”, pode ler-se no documento.

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PSD acusa Governo de não acautelar futuro estratégico do “novo” SIRESP

  • Lusa
  • 14 Abril 2021

PSD acusa o Governo de não ter sido capaz de uma estratégia e de ações concretas para acautelar o cenário após o fim do contrato, “garantindo o novo modelo de gestão, de operação e de manutenção".

O PSD acusou esta quarta-feira o Governo de não acautelar o futuro estratégico da rede de comunicações de emergência do Estado, o SIRESP, cujo contrato atual termina em 30 de junho.

O presidente da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, afirmou esta quarta-feira que sem um novo contrato a empresa não poderia manter o SIRESP e reiterou que o serviço cessa a 30 junho, se nada mudar.

“Mesmo que quiséssemos, numa lógica de procurarmos assegurar a proteção das pessoas, nós não o podemos fazer porque não temos qualquer enquadramento contratual e não podemos prestar esse serviço ao Estado, ao SIRESP, sem esse enquadramento contratual“, afirmou.

Numa nota à imprensa, os sociais-democratas recordaram que o Governo criou um grupo de trabalho em outubro do ano passado para avaliar os requisitos tecnológicos e do modelo de gestão da rede de comunicações de emergência do Estado, a adotar após 30 de junho de 2021, data em que finda o contrato SIRESP.

No entanto, depois das declarações do presidente da Altice e da audição regimental do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, na terça-feira, o PSD acusa agora o Governo de não ter sido capaz de uma estratégia e de ações concretas para acautelar o cenário após o fim do contrato, “garantindo o novo modelo de gestão, de operação e de manutenção”.

“Se atendermos que 30 de junho cai em plena época de incêndios, deveria estar assegurada esta transição com toda a segurança, solidez e fiabilidade com uma matriz de riscos totalmente equacionada e com as necessárias ações e medidas de mitigação”, defende o partido, no comunicado.

Para o PSD, o Governo, ao não ter acautelado a definição no “novo” SIRESP “criou a inevitabilidade de continuar ‘amarrado’ aos contratos técnicos e de gestão operacional detidos pelos privados Altice e Motorola, perdendo a oportunidade de lançar os devido concursos públicos que permitiriam uma concorrência de diversos concorrentes e modelos para estas prestações de serviço com os óbvios ganhos para o erário público”.

“O Governo, ao não ter tido a capacidade de cumprir esta data limite de 30 de junho deste ano arrasta a definição do modelo futuro da infraestrutura nacional de comunicações de emergência, ferramenta essencial em todos os teatros de operações e com uma importância muito acrescida no quadro da pandemia e da sua resposta e ainda no quadro de mais uma época de incêndios florestais que se avizinha a poucas semanas”, criticam, considerando que o sistema manterá “a grande maioria das fragilidades estruturais que levaram ao seu colapso nos incêndios de 2017”.

A Altice Portugal é a fornecedora da operação, manutenção, gestão e também do alojamento de muitos ‘sites’ do SIRESP.

No início de novembro, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, admitiu o prolongamento do contrato de concessão da rede de emergência SIRESP com os operadores provados depois de junho deste ano.

Na altura, durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, Eduardo Cabrita explicou aos deputados que o prazo contratual com os operadores privados termina em junho de 2021 e, naquele momento, um grupo de trabalho criado pelos ministérios da Administração Interna e das Finanças estava a discutir o futuro modelo do Sistema Integrada das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).

O Estado comprou por sete milhões de euros a parte dos operadores privados, Altice e Motorola, no SIRESP, ficando com 100%, numa transferência que aconteceu em dezembro de 2019.

Desde essa altura que o Estado tem um contrato com a Altice e Motorola para fornecer o serviço até junho de 2021.

Depois dos incêndios de 2017, quando foram públicas as falhas no sistema, foram feitas várias alterações ao SIRESP, passando a rede a estar dotada com mais 451 antenas satélite e 18 unidades de redundância elétrica.

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