EDP e Galp atiram PSI-20 para terreno negativo

O principal índice nacional fechou esta terça-feira com 4.996,66 pontos, uma quebra de 0,20% face à anterior sessão. Apenas EDP Renováveis, BCP e Corticeira Amorim terminaram em alta.

Pelo terceiro dia consecutivo, a bolsa de Lisboa fechou com perdas, contrariando a tendência registada na maioria das praças europeias. O índice de referência nacional quebrou 0,2% face à sessão anterior, para 4.996,66 pontos, num dia que fica marcado pelas perdas da EDP e Galp Energia. Em sentido contrário, a EDP Renováveis, o BCP e a Corticeira Amorim evitaram uma descida maior.

Na Europa, o Stoxx 600 subiu 0,13%, ao passo que o alemão DAX e o francês CAC-40 também aumentaram, respetivamente, 0,21% e 0,43%. No Reino Unido, o FTSE 100 também registou uma tendência positiva, na ordem dos 0,08%. Apenas a bolsa espanhola, à semelhança do que ocorreu com Portugal, fechou em baixa, com o IBEX-35 a ter caído 0,45%.

Assim, Lisboa apresentou-se em contraciclo com a Europa, com 14 das 18 cotadas que compõem este índice a fecharem em terreno negativo. A Ibersol foi aquela que mais afundou, com uma quebra de 2,80%. Porém, entre as principais cotadas, é a EDP que se destaca pelas piores razões, fechando o dia com cada ação a valer 5,104 euros, com uma quebra de 1,09%. A Galp Energia cedeu 0,87% para 9,574 euros.

Também a Semapa viu o preço dos títulos descerem 0,49%, para os 12,140 euros por ação, depois de o conselho de administração ter reiterado que a oferta pública de aquisição (OPA) lançada em fevereiro pela Sodim é “oportuna” e que a contrapartida de 12,17 euros continua a ser “adequada”, isto após revisão em alta face aos 11,40 euros iniciais.

Pela positiva, destacaram-se a EDP Renováveis, o BCP e a Corticeira Amorim. A EDP Renováveis ganhou 0,74% para os 19,090 euros por ação, tendo conseguido reverter a tendência de descida que se verificava esta manhã, depois da assembleia geral de acionistas ter aprovado o novo presidente e CEO. Por sua vez, o BCP subiu 0,58% para os 0,121 euros por ação e, no caso da Corticeira Amorim, a subida foi ligeiramente inferior, da ordem dos 0,40%.

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Efacec com números positivos antes da privatização. “Há 10 interessados”, diz Siza Vieira

Efacec apresentou resultados operacionais positivos nos dois últimos trimestres. Ministro da Economia adianta que já existem dez candidatos interessados para a aquisição do capital da Efacec.

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, adiantou que existem dez interessados e que a reprivatização será decidida brevemente em Conselho de Ministros (CM). O presidente da comissão executiva da Efacec, Ângelo Ramalho, confirmou que a Efacec apresentou dois trimestres com resultados positivos.

“Os resultados positivos dos últimos seis meses são muito animadores, dado que o inicio da recuperação foi assinalada no último trimestre de 2020, transitando para o primeiro trimestre de 2021, com um EBITDA positivo. O mês de março registou um recorde de faturação na história recente da empresa, potenciando que tenha sido alcançado o objetivo do trimestre”, referiu Ângelo Ramalho.

O líder da Efacec refere ainda que “não estão a falar de números muito substantivos, mas são sinais muito claros que a Efacec é um projeto viável”, disse Ângelo Ramalho.

Para o ministro da Economia, no processo de reprivatização que está em curso, “uma melhoria da situação da empresa torna mais credível a proposta que os interessados possam fazer em relação à criação de capital da Efacec”, diz Siza Vieira.

Em relação à lista de candidatos, foram recebidas dez propostas não vinculativas para a aquisição do capital da Efacec. “Dessas dez propostas, o Governo vai selecionar um número para apresentarem propostas vinculativas“, disse o ministro da Economia em visita à Efacec, em Matosinhos, esta terça-feira.

Muito em breve em reunião de Conselho de Ministros teremos a decisão sobre o conjunto de empresas que serão selecionadas para passar à segunda fase para apresentar propostas vinculativas para a aquisição do capital da Efacec. Isso será conhecido em breve”, adianta Siza Vieira.

O ministro da Economia não esconde que tinham vontade em avançar mais depressa com o processo de reprivatização e que o mesmo “derrapou sobretudo na primeira fase”, mas destaca que “agora está tudo a correr dentro do processo normal”. O ministro da Economia acrescenta ainda que “existem empresas muito credíveis que manifestaram interesse em apresentar propostas”.

Esta lista de candidatos deveria estar fechada até 23 de março, mas na realidade não foi o que aconteceu, tendo em conta que a lista ainda se encontra em aberto. Há já dez propostas não vinculativas para a compra da Efacec. Para além da portuguesa Sodecia e da egípcia Elsewedy, estão na corrida à compra da empresa fundos de private equity, a DST e uma holding familiar.

De acordo com Siza Vieira, o calendário previsto para a reprivatização deverá acontecer nos próximos meses. “Não sei se será antes do segundo semestre, mas seguramente antes do final do ano teremos condições para ter o processo concluído”, adianta o ministro da Economia.

Questionado sobre o valor da indemnização a Isabel dos Santos, cuja participação na Efacec foi nacionalizada pelo Estado, Siza Vieira disse apenas que “nos termos da lei foi feita a avaliação da participação objeto de nacionalização”, por duas empresas, assegurando que “o valor das indemnizações não é muito significativo”.

Este processo decorre da saída de Isabel dos Santos do capital da Efacec, na sequência do envolvimento no caso Luanda Leaks. O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ) revelou em janeiro de 2020 mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de Luanda Leaks, que detalham alegados esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que entretanto morreu, que lhes terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais.

A Efacec está num processo de recuperação, mantendo uma aposta em inovação tecnológica. Nos últimos seis meses a empresa lançou produtos novos na área de Transportes, Transformadores, Mobilidade Elétrica e lançou uma plataforma de inovação aberta dirigida a empreendedores e startups nacionais e internacionais.

(Notícia atualizada às 20H18 com mais informação)

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Metade das pessoas com mais de 80 anos já têm a vacinação completa contra a Covid-19

No total, já foram vacinadas 1.334.338 pessoas em Portugal com uma dose da vacina contra a Covid-19, o que equivale a 15% da população. 

Metade dos portugueses com mais de 80 anos já têm a vacinação contra a Covid-19 completa, ou seja, 344.738 pessoas nesta faixa etária já tomaram as duas doses da vacina, segundo revela o relatório divulgado pela Direção Geral de Saúde (DGS) esta terça-feira. Já 90% deste grupo, mais vulnerável à doença, recebeu pelo menos uma dose.

Olhando para as restantes faixas etárias, já 27% das pessoas entre os 65 e os 79 anos receberam uma dose da vacina (um salto face aos 15% que se contavam neste grupo no boletim da semana passada). Na reunião do Infarmed desta terça-feira, o coordenador da task force para o plano de vacinação nacional adiantou que o objetivo é “vacinar todas pessoas acima dos 60 anos entre a última semana de maio e a primeira de junho”.

Até 11 de abril, 267.454 pessoas (12%) com idades entre os 50 anos e os 64 anos, 254.792 pessoas (8%) entre os 25 anos e os 49 anos, 22.282 pessoas (3%) entre os 18 anos e os 24 anos e 288 pessoas (0%) com até 17 anos já tinham recebido também a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

No total, já foram vacinadas 1.334.338 pessoas em Portugal com uma dose da vacina contra a Covid-19, o que representa 15% da população. Quanto àquelas que têm a vacinação completa são 632.242, isto é, 6% da população. A previsão é que “atingiremos 70% da população, o que equivale a pessoas acima de 30 anos, vacinadas, entre julho e agosto” (com a primeira dose), acrescentou o vice-almirante Gouveia e Melo.

Veja o relatório de vacinação (dados a 11 de abril):

O coordenador da task force apontou também que estamos na transição entre a primeira e a segunda fase do plano, e vão existir mudanças. “A partir de agora vamos fazer sequenciação etária pura como método principal, usando 90% das vacinas para isso”, explicou. Serão deixadas “cerca de 10% de vacinas para doenças que não estão relacionadas com a idade”.

Quanto à distribuição geográfica da vacinação, destaca-se o Norte, onde foram administradas 722.267 doses da vacina contra a Covid-19, sendo que 15% dos habitantes da região já levaram uma dose e 5% tem a vacinação completa. Já em Lisboa e Vale do Tejo são 14% aqueles com uma dose e 5% com duas (711.939 doses administradas, no total). Já nas regiões do Centro e Alentejo, 20% da população levou uma dose da vacina.

Quanto ao Algarve, já foram administradas 82.073 doses, o que significa que 13% da população já recebeu a primeira dose e 5% já tem a vacinação completa. No que diz respeito às regiões autónomas, os Açores contabilizam 35.243 doses administradas, enquanto a Madeira conta com 60.014 doses.

No relatório desta semana, a DGS dá ainda conta de que foram recebidas 2.684.460 doses de vacina contra a Covid-19, das quais foram distribuídas 2.360.167 (número onde não estão incluídas as distribuições nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores).

(Notícia atualizada às 17h10)

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Museu Berardo Arte Deco abre a 24 de abril com exposição de obras inéditas

  • Lusa
  • 13 Abril 2021

O B-MAD é uma iniciativa privada da Associação de Coleções, que será oficialmente inaugurada a 23 de abril, e abrirá ao público no dia seguinte, 24 de abril.

O Berardo – Museu Arte Deco (B-MAD) abre a 24 de abril, em Alcântara, em Lisboa, com uma exposição baseada nas coleções de Arte Nova e Arte Deco do colecionador e empresário José Berardo, incluindo recentes aquisições inéditas, revelou esta terça-feira a organização.

O B-MAD é uma iniciativa privada da Associação de Coleções, que será oficialmente inaugurada a 23 de abril, e abrirá ao público no dia seguinte, 24 de abril, num edifício antigo adaptado, com entradas gratuitas até ao final do mês de maio, indica ainda um comunicado enviado à agência Lusa.

A abertura do novo museu localizado na Rua 1.º de Maio, no número 28, em Alcântara, estava prevista inicialmente para 2017, sendo depois adiada para julho de 2019, mas foi sofrendo mais atrasos devido a “complexas obras de remodelação e adaptação do edifício antigo que tinha uso residencial”, explicou o colecionador em declarações à Lusa, no início desse ano.

Concluídas as obras, o B-MAD inicia atividade com uma exposição inaugural comissariada por Márcio Alves Roiter, fundador e presidente do Instituto Art Déco Brasil, no Rio de Janeiro, e por Emmanuel Bréon, especialista em arte dos anos 1920 e 1930, e antigo diretor do Musée des Années 30, em Paris, segundo um comunicado da organização enviado à agência Lusa.

A exposição “procura recriar a ambiência de várias épocas inspiradas pelas artes decorativas da última década do século XIX ao despoletar da Segunda Guerra Mundial”, e um dos grandes desafios consistiu na colocação dos objetos nas salas, “respeitando o lado didático, mas não sendo obsessivo na sua elaboração“, aponta.

Na coleção estão reunidas obras de criadoras da época, como Jacques-Émile Ruhlmann, Alfred Porteneuve, Jean-Michel Frank, Jacques Adnet, Leleu, Sornay, Dufrêne, Follot, Jallot, Majorelle, Kiss, Lalique, Brant, Puiforcat e Perzel, nas componentes da arte decorativa – móveis, trabalhos em ferro, candeeiros, objetos de vidro, cerâmica, arte da mesa e pratas – associadas à pintura, escultura, desenho, moda e joalharia, num mostruário dos estilos Arte Nova e Arte Deco.

A mostra que é inaugurada no novo museu inclui ainda pranchas de August Herborth, trabalhos datados de 1920 a 1930, que explorando a temática marajoara, um tipo de cerâmica trabalhada pelas tribos indígenas que habitavam a ilha brasileira de Marajó na foz do rio Amazonas, Brasil, durante o período pré-colonial de 400 a 1400 d.C.

Segundo o comissário Márcio Alves Roiter, citado no comunicado, “a Coleção Berardo de Art Déco, formada principalmente nos últimos trinta anos por peças encontradas em diversas partes do mundo, é um símbolo e resumo da universalidade deste estilo/movimento das primeiras décadas do século XX”.

“Arte e indústria nunca mantiveram diálogo tão sofisticado na história das artes decorativas. Da utopia ‘arte para todos’, pretendida pelo estilo precedente, o Art Nouveau, nascia, ao redor de 1920, um verdadeiro estilo, uma estética, que se tornaria presente em todas as áreas da criação humana”, contextualiza o comissário, elogiando a diversidade da coleção Berardo neste estilo.

Também o comissário da exposição, Emmanuel Bréon, citado no comunicado que anuncia a abertura do museu, reforça a raridade da coleção por se “interessar por todos os componentes da arte decorativa – móveis, trabalhos em ferro, candeeiros, objetos de vidro, cerâmica, arte da mesa e pratas – sabendo reunir, num mostruário notável, uma coleção muito representativa do estilo 1925 que o mundo inteiro redescobre hoje“.

As coleções de Arte Nova e Arte Deco de José Berardo já foram alvo de exposições, nomeadamente na Fundação de Serralves, no Porto, no Sintra Museu de Arte Moderna – Coleção Berardo, no Museu Berardo, em Belém, no Centro das Artes Casa das Mudas, na ilha da Madeira, no Bacalhôa Adega Museu, em Azeitão, e em diversas instituições museológicas estrangeiras.

Por seu turno, citado também no comunicado da organização, José Berardo diz que “este é mais um sonho tornado realidade, feito de vários desejos: o desejo de preservar estas magníficas obras de arte, o desejo de as tornar acessíveis ao público, e o desejo constante de contribuir para a preservação do património e a promoção da cultura no mundo, a partir do país”.

Da coleção, fazem parte os desenhos originais de Ruhlmann, da Casa de Serralves, no Porto, ícone da arquitetura civil Deco, que serão expostos no novo museu, juntamente com parte dos mais de 5.000 desenhos originais de pratas da Ourivesaria Reis e Filhos, também do Porto, da qual conserva ainda todo o recheio de mobiliário, no estilo Arte Nova.

“Ainda deste estilo, a Associação preserva a totalidade do mobiliário da Casa Vicent, juntamente com o recheio da Casa Império, ambas do Porto, a serem apresentadas num novo museu”, indica a mesma fonte.

Este novo equipamento cultural de Lisboa terá espaço de receção e loja, acesso a um jardim com esplanada, idealizado no estilo Deco, e funcionará todos os dias, das 10h00 às 19h00, exceto a 25 de dezembro e a 01 de janeiro, com visitas guiadas.

O projeto para criação do novo museu reabilitou a antiga residência de veraneio do então Marquês de Abrantes, mandada construir na primeira metade do século XVIII, que tinha como primeira habitação o Palácio de Santos, ou Palácio de Abrantes, atual Embaixada de França em Lisboa.

José Berardo, que detém vários museus privados no país, exibe também parte da sua coleção de arte moderna e contemporânea no Museu Coleção Berardo, instalado desde 2007 no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, no âmbito de um acordo com o Estado.

Detém ainda, no Bombarral, o Buddha Eden Garden, cerca de 35 hectares, instalado na Quinta dos Loridos, onde se encontram centenas de figuras orientais como budas, pagodes, estátuas de terracota e outras esculturas.

Em 2010, abriu o Underground Museum em Sangalhos, Anadia, ligado à enologia, num espaço subterrâneo onde exibe coleções de arte africana, fósseis, cerâmica, minerais e azulejo antigos.

Em Estremoz, distrito de Évora, numa parceria com a autarquia local, abriu em 2020 um museu dedicado à coleção de azulejos, com exemplares do século XV até à atualidade.

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Banco central belga processado por “alimentar a crise climática”

  • Capital Verde
  • 13 Abril 2021

Os ativistas ambientais alegam que a participação num programa de compra obrigações de empresas para ajudar a impulsionar a economia da Zona Euro está a ajudar a "alimentar a crise climática".

O banco central da Bélgica foi processado, de acordo com a Bloomberg Green, por ativistas ambientais que alegam que a sua participação num programa de compra obrigações de empresas para ajudar a impulsionar a economia da Zona Euro está a ajudar a “alimentar a crise climática”.

A ClientEarth apresentou o processo no tribunal de primeira instância de Bruxelas na semana passada, de acordo com um comunicado emitido esta terça-feira e citado pela Bloomberg. Os ativistas pedem à justiça belga que ponha fim à compra destas obrigações, o que poderá exigir que o Banco Central Europeu estabeleça condições mais rígidas para que bancos centrais possam adquirir ativos.

Desde 2016 que o BCE compra obrigações de empresas como parte da sua estratégia para apoiar a economia e travar a inflação. No entanto, as associações ambientalistas criticam esta política porque dizem que favorece as “dívidas mais intensas em carbono”, e pediram à instituição para eliminar mesmo estes títulos de sua carteira de ativos.

Do lado do BCE, a presidente Christine Lagarde, fez das mudanças climáticas um elemento fundamental na revisão estratégica do banco, um exercício que deve ficar concluído no segundo semestre do ano. A ClientEarth diz ainda que vai para levar o caso ao tribunal superior da União Europeia, para que este decida se o programa de compra do BCE é válido ou não.

“Argumentamos que a decisão do BCE de estabelecer o programa falhou em avaliar o impacto climático da compra desses ativos corporativos, apesar das suas obrigações legais de fazê-lo”, disseram os ambientalistas da ClientEarth, citados pela Bloomberg. Pierre Wunsch, governador do Banco Nacional da Bélgica, disse mesmo que “o BCE não possui as ferramentas certas para combater as mudanças climáticas”.

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Renováveis atingem 79,5% da eletricidade gerada em Portugal no primeiro trimestre de 2021

Portugal foi o segundo país com maior incorporação renovável na geração de eletricidade, ficando apenas atrás da Noruega que obteve 99,6% a partir de fontes de energia renovável. 

No primeiro trimestre de 2021, a geração de origem renovável representou 79,5% do total de eletricidade gerada em Portugal Continental (11.338 GWh), face a apenas 20,5% de energia elétrica obtida a partir de fontes fósseis (2.924 GWh), de acordo com os dados mais recentes da Associação de Energias Renováveis (APREN).

Entre janeiro e março, nas renováveis dominou a hídrica (44%), a eólica (28%), a biomassa (5,6%) e o solar (2%), enquanto na geração fóssil foi mais chamado a produzir eletricidade o gás natural (11%), a cogeração fóssil (8,2%) e o carvão (1,6%).

Entre os dias 1 de janeiro e 31 de março de 2021, o sistema elétrico de Portugal Continental registou importações de eletricidade equivalentes a 1 308 GWh e exportações de 1 897 GWh, tendo Portugal sido exportador com um saldo de -589 GWh.

No que diz respeito ao mês de março, revelam os dados da APREN que registou um total de 250 horas não consecutivas em que a geração renovável foi suficiente para suprir o consumo de eletricidade de Portugal Continental, com um preço horário médio no MIBEL de 43,86 €/MWh. No que se refere às trocas internacionais do mês passado, o país foi exportador, registando um saldo de -15 GWh, invertendo assim o sentido face ao saldo importador verificado em março de 2020 (228 GWh), revela o boletim da APREN.

Quanto ao preço, nos primeiros três meses do ano registou-se um preço médio horário no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL) em Portugal de 44,8 €/MWh, um aumento de 28,2 % face ao período homólogo do ano passado. No mesmo período foram registadas 912 horas não consecutivas em que a geração renovável foi
suficiente para suprir o consumo de eletricidade de Portugal Continental, com um preço horário médio
no MIBEL de 31,73 €/MWh

O preço médio horário registado no MIBEL em Portugal (44,8 €/MWh) resulta da elevada incorporação renovável, sendo o segundo preço mais reduzido, depois da Noruega (42,2 MWh). Portugal foi assim o segundo país com maior incorporação renovável na geração de eletricidade, ficando apenas atrás da Noruega que obteve 99,6 % a partir de fontes de energia renovável.

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“Estamos numa situação francamente pior”, alerta Rui Rio

O Presidente da República reuniu esta terça-feira com os partidos com assento parlamentar para discutir a renovação do estado de emergência, que termina a 15 de abril.

O Presidente da República deverá propor a renovação do estado de emergência até ao final de abril, mantendo as restrições atualmente em vigor, que vigoram até 15 de abril. Medidas serão conhecidas no decreto presencial enviado à Assembleia da República, depois de ouvidos todos os partidos.

Esta terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa reuniu com os partidos com assento parlamentar para discutir o prolongamento do estado de emergência, o 15º desde o início da pandemia, depois de esta manhã especialistas e partidos terem participado na reunião do Infarmed.

O Chefe de Estado já disse que espera que este seja o último estado de emergência. “Se me perguntam o que eu mais desejaria, eu desejaria que fosse a última renovação do estado de emergência, coincidindo com o fim do mês de abril. Verdadeiramente, era a minha vontade. E penso que é a vontade de todos os portugueses“, afirmou aos jornalistas, durante uma visita a um centro social, na passada quinta-feira. A confirmar-se, o novo estado de emergência deverá arrancar às 00h00 da próxima sexta-feira, 16 de abril, e terminar às 23h59 de 30 de abril.

“Dados positivos justificam continuação do desconfinamento”, diz Iniciativa Liberal

“Os dados são positivos e justificam a continuação do desconfinamento”, disse João Cotrim Figueiredo, em declarações transmitidas pela RTP3, após a audiência com o Presidente da República. Nesse sentido, os liberais defendem que “está na altura de Portugal retomar a sua vida”, alertando, no entanto, que é preciso dar “urgência” ao plano de vacinação. Questionado sobre o facto de esta poder a vir a ser a última renovação do estado de emergência, João Cotrim Figueiredo disse que Marcelo Rebelo de Sousa “não se comprometeu”.

Ao mesmo tempo, a IL anunciou que tenciona pedir a reapreciação do diploma já promulgado pelo Presidente da República relativo ao teletrabalho, justificando que os estudos demonstram que há vários portugueses com “grande dificuldade em cumprir as medidas em relação ao teletrabalho”, considerando até que a obrigatoriedade do teletrabalho “não tem cobertura constitucional”. Nesse sentido, o deputado único da IL diz que está a contactar outros partidos para obter o apoio necessário à revisão.

“Um país que possa estar desconfiando não precisa de estado de emergência”, diz BE

À esquerda, o Bloco de Esquerda (BE) defende que “um país que possa estar desconfiado é um paiís que não precisa de estado de emergência”, pelo que partido considera que este regime de exceção não “deve ser banalizado” e só “deve continuar se houver medidas a aplicar”, disse Catarina Martins, após a audiência com o Presidente da República.

Ao mesmo tempo, os bloquistas destacam a “importância da vacinação”, apelando a que haja “um esforço” para se ultrapassar os atrasos nas entregas, bem como para “se produzir mais vacinas”. Além disso, a coordenadora do BE considera “irresponsável” a forma como tem sido geridos os “efeitos secundários das vacinas”, já que até agora “não existe nenhum risco acrescido da administração” de uma determinada vacina relativamente a outras ou em “ser ou não se ser vacinado”, “É nossa responsabilidade que haja uma política estável sobre vacinação e que não se crie alarmismos”, apontou.

“É preciso tomar medidas alternativas ao confinamento”, diz PCP

Do lado do PCP, Jerónimo de Sousa defende que “a solução não pode ser insistir no fecho de atividades” e apontou que “é preciso tomar as medias alternativas ao confinamento”, garantido a segurança dos portugueses. “A opçao não pode ser confina, desconfia e volta a confinar”, assinala.

Ao mesmo tempo, o líder do PCP diz que é importante garantir que o plano de vacinação avance “sem mais sobressaltos”, pedindo ao Governo “resposablidade na organização do processo” e que contrate profissionais, ao invés de “empurrar” a responsabilidade para as autarquias. Além disso, Jerónimo de Sousa diz que Portugal corre o risco de ver “o processo de vacinação em causa se se mantiver agarrado às decisões da União Europeia”.

PEV quer planos para “tornar as rotinas seguras”

Do lado PEV, Mariana Silva assinala também que “os dados positivos” demonstram que Portugal pode “passar para outra fase do desconfinamento”, mas alerta que é necessário fazê-lo em segurança. “Como é óbvio haverá mais mobilidade e, por isso, é necessário rastrear, testar e isolar os casos”.

Depois de terem tido as garantias por parte dos especialistas na reunião do Infarmed de que os estabelecimentos de ensino são “espaços seguros”, o PEV propõe que se aplique as medidas de contenção em todos os locais públicos onde haja circulação de pessoas. “Vamos aplicar planos nos locais de trabalho, teatros, centros de saúde, espaços públicos, em todos os locais onde temos que circular para tornar as nossas rotinas seguras“, apelou a deputada. Nesse contexto, o PEV diz que não é a “favor da declaração do estado de emergência”. Por fim, o partido reitera que é necessário comprar “vacinas de outros fornecedores” para acelerar o rtimo de vacinação, que consideram estar “a passo de caracol”.

“Estamos numa situação francamente pior”, alerta Rui Rio

O líder do PSD admite que Portugal está numa situação “francamente pior”, tendo em conta que “na última sessão do Infarmed eram precisos 30 dias para reduzir os casos para metade e agora são precisos 30 dias para duplicar os casos”, destaca o líder do PSD.

Por outro lado, o líder do PSD admite que “se o plano de vacinação for cumprido, na primeira semana de junho poderemos ter todos os portugueses maiores de 60 anos vacinados e isso quer dizer que conseguimos vacinar 96% das mortes em Portugal, tendo em conta que até à data 96% dos óbitos eram pessoas com mais de 60 anos. Se todas essas estiveram vacinadas estamos salvaguardados”, afirma Rui Rio.

Rui Rio aprova a renovação de mais um estado de emergência e defende o desconfinamento não global. O líder do PSD destaca que devem manter-se as medidas restritivas nos concelhos em situação de risco mais elevado e também nos concelhos que fazem fronteira com os mesmos. Para além das medidas restritivas defende mais testagem e controlo dos aeroportos.

“Não continuar o desconfinamento global nos concelhos que estão com os indicadores de risco mais elevados e nos concelhos que têm fronteiras com esses concelhos. Os concelhos com risco mais elevado e os concelhos que estão à volta não devem desconfinar enquanto não tiverem os indicadores de risco num plano aceitável. Caso contrário se não travar aí daqui a um mês ou dois estamos ter que travar o país todo outra vez“, destaca Rio Rui.

PS admite que “índice de transmissibilidade vai continuar a crescer”

À semelhança do PAN, PSD e CDS, o PS manifestou o apoio à renovação do estado de emergência para os próximos 15 dias. Esta posição prende-se pelo partido considerar que “há riscos que importa acautelar e é que é fundamental que o Governo disponha de instrumentos para adotar as medidas necessárias para fazer face a estes mesmos riscos”, diz o secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carvalho.

De acordo com o partido, “estes riscos têm por base a incidência que tem vindo a aumentar, sendo que o índice de transmissibilidade (Rt) tem vindo a crescer em todo o país e é natural que continue a a crescer à medida que decorre o desconfinamento”, alerta o secretário-geral adjunto do PS. Acrescenta ainda os riscos inerentes à variante britânica e sul-africana.

(Notícia atualizada às 19h38 com mais informação)

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J&J cai com travão à vacina nos EUA. Inflação pesa em Wall Street

No dia em que os Estados Unidos decidiram suspender a administração da vacina da J&J, a empresa perde mais de 2%, na praça norte-americana.

O S&P 500 arrancou a segunda sessão da semana ligeiramente acima da linha de água, ainda que condicionado pelos dados dos preços no consumidor dos Estados Unidos, que foram divulgados esta terça-feira. A Johnson&Johnson destaca-se, perdendo mais de 2%, no dia em que as autoridades federais de saúde norte-americanas recomendaram a suspensão da administração da vacina contra a Covid-19 desenvolvida por esta empresa.

O índice de referência em Wall Street, o S&P 500, arrancou a valorizar 0,05% para 4.130,10 pontos. Também no “verde”, o tecnológico Nasdaq avança 0,38% para 13.902,45 pontos. Já o industrial Dow Jones recua 0,07% para 33.721,16 pontos.

Os mercados norte-americanos estão a ser condicionados pelos dados conhecidos esta terça-feira relativamente aos preços no consumidor dos EUA, que subiram 0,6% em março, o maior aumento desde 2012. A maioria dos analistas antecipava um aumento de 0,5% em março, para uma inflação anual de 2,5%, mas os números agora divulgados superaram as projeções.

A marcar o arranque desta sessão está também a decisão das autoridades federais de saúde norte-americanas de suspender a administração da vacina contra a Covid-19 da Johnson&Johnson, depois de seis mulheres terem desenvolvido coágulos sanguíneos. Em reação, os títulos da J&J recuam 2,51% para 157,57 dólares.

A par disso, as cotadas ligadas ao setor do turismo (como empresas de cruzeiros, cadeias hoteleiras e transportadoras aéreas) estão também a registar perdas, já que estariam entre as que mais beneficiariam de uma reabertura da economia possibilidade pelo sucesso da vacinação contra o vírus pandémico. É o caso da American Airlines, cujos títulos recuam 5% para 21,77 dólares. Também as ações da Carnival Corp perdem 2,67% para 27,01 dólares, as da Royal Caribbean Cruises desvalorizam 3,29% para 84,20 dólares, as da United Airlines caem 3,31% para 54,30 dólares e as da Marriott Internacional Ince descem 1,82% para 146,63 dólares.

À Reuters, Ryan Detrik, estratega da LPL Financial, explica que a suspensão da vacina da J&J não é um grande obstáculo, isto é, deverá ter um “impacto mínimo” no desconfinamento, já que há duas outras vacinas a serem administradas à população. A propósito, os títulos da Pfizer valorizam agora 1% para 37,36 dólares e as da Moderna saltam 8,57% para 151,60 dólares. Estas são as duas empresas responsáveis pelas vacinas que continuarão a ser administradas.

Os investidores estão também expectantes quanto à época de resultados trimestrais, que se aproxima. Na quarta-feira, o Goldman Sachs, o JPMorgan e o Wells Fargo estreiam a época, apresentando os seus números relativos ao período entre janeiro e março de 2021. De acordo com a Reuters, os analistas esperam que os lucros das cotadas do S&P 500 aumentem 25%, face ao período homólogo. A confirmar-se, estaria em causa o melhor desempenho trimestral desde 2018.

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Sérgio Sequeira passa a CEO Iberia & Latam Region do TheFork

O profissional assume agora o novo cargo para continuar a desenvolver os negócios e impulsionar o crescimento da empresa em Espanha, Portugal e América Latina.

Sérgio Sequeira, CEO Iberia & Latam Region do TheFork.

Sérgio Sequeira é o novo CEO Iberia & Latam region do TheFork. Até à data com o cargo de country manager do TheFork em Portugal, o profissional assume agora o novo cargo para continuar a desenvolver os negócios e impulsionar o crescimento da empresa em Espanha, Portugal e América Latina.

“Estou ansioso para abraçar este novo desafio, sobretudo por representar mercados que são fundamentais para nós. Como principal aliado da indústria, a nossa estratégia continua a focar-se no apoio aos restaurantes para reativarem os seus seus negócios o mais rápido possível, ajudando as pessoas a encontrarem o restaurante certo, sempre em segurança, para cada ocasião, e sobre tudo, potencializar a digitalização da indústria”, afirma Sérgio Sequeira, citado em comunicado.

Além disso, o novo CEO diz que a empresa continua empenhada e comprometida com a inovação, nomeadamente com a criação de ferramentas como o TheFork PAY, uma nova solução de pagamento direto na aplicação.

Sérgio Sequeira vai suceder a Marcos Alves, cofundador do ElTenedor (do TheFork Group) e head of Iberia, Latam & Austrália nos últimos anos.

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Censos 2021 já chegaram a mais de quatro milhões de domicílios, revela INE

  • Lusa
  • 13 Abril 2021

O presidente do Instituto Nacional de Estatística diz que o objetivo passa por concluir até 18 de abril o processo de distribuição das cartas com os códigos para os cidadãos participarem nos Censos.

O Censos 2021 já chegou a mais de quatro milhões de alojamentos, 66% do total, sem que tenha havido registo de burlas, anunciou esta terça-feira o presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Francisco Lima adiantou que o INE pretende concluir até 18 de abril o processo de distribuição das cartas com os códigos que permitirão aos portugueses participarem no Censos 2021 via Internet a partir de 19 de abril.

“Temos 11 mil recenseadores a distribuir cartas por toda a população e, em boa verdade, já estão a fazer mais que isso, porque já estão a fazer parte do recenseamento da habitação. Uma das novidades nestes Censos é que há uma associação entre a carta recebida com o código e o alojamento que a recebe“, explicou o presidente do INE numa sessão de apresentação, onde também marcou presença a Polícia de Segurança Pública (PSP).

Os cidadãos que não tiverem a possibilidade de responder ao Censos 2021 à distância ou necessitarem de apoio podem dirigir-se com a carta do INE aos E-balcões das juntas de freguesia para o fazer ou, “em última instância”, aguardar pelos questionários em papel, que serão entregues a partir de 31 de maio diretamente pelos recenseadores, cumprindo protocolos de segurança em saúde pública.

Para evitar burlas, o intendente da PSP Nuno Carocha frisou os sinais aos quais a população deve estar atenta: os recenseadores têm um colete refletor amarelo, estão identificados como colaboradores do INE e, “em nenhum momento, solicitam qualquer valor monetário ou a entrada no domicílio”.

Os cidadãos que tiverem dúvidas quando forem abordados devem estar atentos a estas formas de identificação dos recenseadores e, se necessário, contactar a PSP que “vai estar muito disponível para apoiar a população”, garantiu o intendente.

A PSP garantiu também que pessoas de risco já estão referenciadas e vão ser apoiadas na operação censitária 2021.

No Censos anterior, em 2011, “registaram-se casos de burlas pontuais, menos de uma dezena de situações, nenhuma concretizada, e em que foi fundamental a população estar informada sobre a identificação dos recenseadores e alertar-nos de imediato assim que foram registas tentativas de aproveitamento indevido. É precisamente o objetivo que pretendemos também atingir agora em 2021″, concluiu Nuno Carocha.

A fase de resposta inicia-se a 19 de abril, momento em que os cidadãos devem preencher os Censos “preferencialmente pela internet” através do ‘site’ – https://censos2021.ine.pt/, mas também o podem fazer através do telefone – 21 054 20 21, que além de ser uma linha de apoio permite, pela primeira vez, responder aos Censos, segundo o presidente do INE.

A expectativa do INE é de que não vai ser necessário aplicar coimas por falta de respostas, porque não há historial com essa situação, no entanto caso venham a ser aplicadas poderão ir até aos 25 mil euros.

O INE prevê que a recolha de dados do Censos 2021 fique completa no fim de junho e em agosto sejam lançados os primeiros resultados.

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Podcast PLMJ #16: Innovation District, uma cidade a partir de um campus

  • BRANDS' ECO
  • 13 Abril 2021

José Ferreira Machado, vice-reitor da Universidade Nova de Lisboa, é o convidado especial do podcast PLMJ nº 16, que junta também os sócios Rita Alarcão Júdice e Tiago Duarte.

Innovation District é o novo projeto de “urbanidade” que vai nascer em Almada e que terá como epicentro o campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT NOVA) e que a PLMJ está a assessorar.

José Ferreira Machado, vice-reitor da Universidade Nova de Lisboa e mentor do projeto, é o convidado do podcast da PLMJ, que junta também os sócios da PLMJ Rita Alarcão Júdice e Tiago Duarte.

Acompanhe o episódio 16: Innovation District, uma cidade a partir de um campus

A PLMJ criou um podcast próprio que, além de cobrir questões jurídicas com relevância para as empresas, oferece também a visão de empresários e especialistas sobre os grandes temas da atualidade.

O podcast da PLMJ inclui ainda conversas com os artistas representados na Fundação PLMJ e reflexões com convidados e parceiros sobre alguns dos pilares estratégicos da sociedade: sustentabilidade, impacto social e promoção cultural.

O podcast é atualizado semanalmente e conta já com um conjunto de reflexões. Reveja os episódios anteriores do Podcast PLMJ.

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Constituição de novas empresas sobe 41,6% em março e atinge máximo deste ano

  • Lusa
  • 13 Abril 2021

A Informa D&B adverte para o facto de este crescimento ter em conta que, tanto em março como em abril do ano passado, a constituição de novas empresas “sofreu uma queda sem precedentes”.

As empresas constituídas em Portugal aumentaram 41,6% em março, para 3.507, face a igual mês do ano anterior, o valor mais alto desde janeiro deste ano, revelou a Informa D&B.

Este crescimento foi conseguido, apesar das medidas restritivas à circulação e à atividade das empresas que, como “foi notório nos últimos 12 meses, afetaram significativamente o empreendedorismo”, refere a consultora em comunicado.

No entanto, a Informa D&B adverte para o facto de este crescimento, de 41,6% em termos homólogos, dever ter em conta que, tanto em março como em abril do ano passado, a constituição de novas empresas “sofreu uma queda sem precedentes”, fruto do primeiro período de confinamento geral contra a pandemia de covid-19.

Os números da constituição de novas empresas no primeiro trimestre deste ano, estão, no entanto, ainda 16,9% atrás do observado em igual período do ano passado, situando-se em 10.039 novas empresas criadas, revela a Informa D&B, adiantando que nos últimos 12 meses e em termos homólogos regista-se uma queda de 21,3% para um total de 35.951.

Quanto aos encerramentos há a registar que no primeiro trimestre deste ano se cifraram em 2.895 empresas, menos 16,7% do que no mesmo período homólogo, apesar de ser um valor semelhante ao observado ao longo do ano passado, lê-se no comunicado.

Em março, por seu turno, os encerramentos de empresas aumentaram 9%, para 876 face a igual mês do ano passado, enquanto diminuíram 16,4% nos últimos 12 meses, para 14.313, na comparação com idêntico período do ano anterior.

as insolvências registaram 571 novos processos no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma ligeira descida de 1,9%, apesar do aumento de 25,4% em março, para 227, em termos homólogos e da subida de 1,2% nos últimos 12 meses.

No âmbito da constituição de novas empresas, a Informa D&B realça que os setores da agricultura e outros recursos naturais e do retalho “já mostram uma recuperação”, com registos no primeiro trimestre que superam os do ano anterior, com crescimentos de 16% e 10%, respetivamente.

Os transportes (queda de 63%), o alojamento e restauração (-39%) e os serviços gerais (-31%) são os setores que se destacam pela negativa, com as maiores quebras no nascimento de novas empresas face ao primeiro trimestre do ano passado, conclui.

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