Contratos com as telecoms vão ter ficha normalizada como existe na banca

Os consumidores vão dispor de fichas de informação normalizada nas telecomunicações, como já acontece na banca. A intenção é antiga, mas deverá chegar ao terreno com a transposição de lei europeia.

Um consumidor que queira contratar um serviço de telecomunicações vai passar a dispor de uma espécie de ficha de informação normalizada europeia (FINE). O documento incluirá informação relevante sobre o preço e as características técnicas do serviço, bem como todas as condições em que o mesmo é prestado, seguindo um modelo universal em toda a União Europeia (UE).

O objetivo é que a ficha seja semelhante à que já existe nos serviços bancários. Por exemplo, atualmente, um cidadão que pretenda obter financiamento para a compra de casa pode fazer várias simulações nos sites dos bancos, descarregar a respetiva FINE e, através de indicadores comparáveis, perceber facilmente qual é o banco que lhe oferece as melhores condições. A mesma lógica vai passar a aplicar-se ao setor das comunicações eletrónicas.

A intenção de se adotar uma FINE para o setor das comunicações eletrónicas já tem alguns anos. Esteve perto de entrar em vigor em 2018, por proposta da Anacom, mas acabou por ser deixada na gaveta, à espera da transposição do Código Europeu das Comunicações Eletrónicas (CECE). Em junho de 2019, o Governo comprometeu-se a lançar esta ficha até janeiro de 2020, o que acabou por não acontecer.

Agora, numa altura em que se vê obrigado a transpor o CECE com urgência, o Executivo volta a propor a medida no pacote de leis que serão, ao longo dos próximos meses, discutidas pelos deputados da Assembleia da República (AR). É que o processo já está manifestamente atrasado: a transposição da lei europeia deveria ter sido proposta, discutida e aprovada para entrar em vigor antes de 21 de dezembro de 2020.

Modelo de ficha de informação europeia para telecomunicações:

Fonte: Jornal Oficial da União Europeia

Dos preços à fidelização

O que terá esta ficha? De acordo com a proposta de lei que deu entrada sexta-feira nos serviços da AR, “previamente à celebração de um contrato”, as operadoras terão de disponibilizar ao consumidor um documento com vários quadros e diversas informações, “de forma clara e compreensível”. Entre elas, deve estar:

  • Um quadro com as características do serviço, onde devem ser indicados os níveis de qualidade mínima, o prazo para a reparação de avarias e parâmetros específicos de qualidade garantida, bem como o direito dos utilizadores finais a uma compensação em caso de incumprimento pela empresa de telecomunicações;
  • Um quadro com informações sobre preços, no qual devem constar preços de ativação, incluindo de instalação do serviço e outros encargos recorrentes ou associados ao consumo;
  • Um quadro com as condições sobre a duração e as condições de renovação e denúncia do contrato, onde deve estar ainda indicado o período de fidelização associado ao contrato, eventuais encargos com a mudança de operadora, encargos decorrentes da cessação do contrato e encargos para desbloquear telemóveis a pedido do utilizador, entre outras informações do mesmo género;
  • Informação sobre os eventuais regimes de indemnização e reembolso e até o tipo de medidas que a operadora pode tomar para reagir a incidentes de segurança.

Por exemplo, a ficha em causa pode ser disponibilizada, num documento PDF “facilmente descarregável”. É ainda determinado que “a empresa chama expressamente a atenção do consumidor para a disponibilidade do documento descarregável […] e a importância de o descarregar para efeitos de documentação, referência futura e reprodução inalterada”, lê-se na proposta de lei.

A medida deverá agradar às associações de defesa dos consumidores, na medida em que visa promover a concorrência no setor e simplificar o processo de contratação. Não é esperado que mereça resistência das operadoras, na medida em que, se, por um lado, traz mais transparência às ofertas, por outro, já houve operadoras a disponibilizarem fichas semelhantes, seguindo um modelo próprio. Se a lei entrar em vigor nos termos propostos pelo Governo, estas terão de se adaptar para cumprirem os requisitos.

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António Gomes Mota é novo presidente da EDPR. Stilwell é o CEO

O Conselho de Administração da EDP renováveis tem 12 membros, um presidente independente, dois membros executivos e uma presença reforçada de mulheres com uma representação de 33% no Conselho.

António Gomes Mota foi aprovado, em assembleia geral de acionistas, como presidente e Miguel Stilwell de Andrade como vice-presidente da EDP Renováveis, no seguimento da proposta por parte da Comissão de Nomeações, Remunerações e Governo Corporativo. Da mesma forma, os investidores também Stilwell de Andrade como CEO e Rui Teixeira como CFO da EDP Renováveis.

“As deliberações aprovadas hoje contribuem para uma estrutura de Governo Corporativo mais eficiente, mais independente e mais diverso. Como resultado destas deliberações, o CA da EDPR: é composto por 12 membros; tem um presidente independente; tem apenas dois membros Executivos; tem uma presença reforçada de administradores independentes com uma representação de 50% no conselho; tem uma presença reforçada de mulheres com uma representação de 33% no conselho; continua com as suas comissões exclusivamente compostas por administradores independentes (Comissão de Auditoria, Controlo e Transações entre Entidades Relacionadas e Comissão de Nomeações, Remunerações e Governo Corporativo)”, anunciou a empresa em comunicado enviado à CMVM.

Além disso, e no seguimento do aumento de capital social da EDPR, foi também aprovada “a execução do aumento de capital social por entradas em dinheiro e supressão do direito de preferência na subscrição de ações por um montante de 441.250.000 euros através da emissão e admissão à negociação de 88.250.000 ações ordinárias com o valor nominal de 5 euros por ação e prémio de emissão de 12 euros por ação, resultando num preço de subscrição global de 17 euros por ação e montante global de 1.500.250.000 euros”.

Em comunicado, a empresa disse que “o aumento de capital de 1,5 mil milhões de euros representa um marco importante para a execução do plano estratégico 2021-25 da EDPR e irá financiar parcialmente o plano de investimentos de cerca de 19 mil milhões de euros para implementar 20 GW de renováveis até 2025, conforme comunicado no Capital Markets Day a 25 de fevereiro de 2021″.

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Seat vai dar bónus de 400 euros aos colaboradores pelo esforço durante a pandemia

Apesar de a pandemia mundial ter impedido um resultado positivo, a marca de automóveis vai premiar os seus colaboradores pelo esforço demonstrado em 2020.

Os colaboradores da Seat vão receber um bónus extra salarial esta semana em reconhecimento do esforço e compromisso demonstrado durante o ano passado. A marca espanhola de automóveis, que distribui um pagamento extra há quatro anos, vai entregar 400 euros brutos aos seus funcionários, apesar de a pandemia mundial ter impedido um resultado positivo.

“Em 2020, os colaboradores da Seat mostraram um grande compromisso. Fomos, por exemplo, a primeira empresa a fabricar automóveis em Espanha depois do final dos meses de março e abril, e fomos capazes de nos adaptar às diferentes fases da pandemia devido ao esforço e empenho que toda a força de trabalho demonstrou durante o ano”, diz Xavier Ros, vice-presidente executivo de recursos humanos e organização da Seat, citado em comunicado.

Este ano, a empresa prevê necessitar da mesma flexibilidade por parte dos seus colaboradores para “superar a restrição de semicondutores no primeiro semestre”, afirma o presidente da empresa, Wayne Griffiths, acrescentando que o objetivo em 2021 é voltar a ter lucro e continuar a premiar o trabalho dos profissionais da empresa.

No acordo coletivo assinado em 2016, a administração da empresa, a UGT e o COO acordaram que os colaboradores receberiam um benefício anual no mês de abril pelo resultado obtido no ano anterior. Desde então, a empresa tem distribuído um pagamento extra há quatro anos consecutivos. A Covid-19 impediu um novo resultado positivo em 2020, mas a empresa decidiu reconhecer a flexibilidade e o compromisso dos trabalhadores, concordando com a maioria dos sindicatos em manter essa remuneração.

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Há mais dois óbitos e 271 casos de Covid-19. Rt sobe para 1,04

Desde o início da pandemia, o país soma 827.765 casos e 16.918 óbitos por Covid-19.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 271 novos infetados com SARS-CoV-2, elevando o número total de casos para 827.765. O boletim epidemiológico desta segunda-feira dá também conta de um total de 16.918 óbitos, dois dos quais nas últimas 24 horas. O índice de transmissibilidade (Rt) nacional continua a subir, estando em 1,04.

Do número total de infetados, a maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que 479 (mais 13 que no balanço anterior) estão internados em unidades hospitalares, dos quais 119 (+6) nos cuidados intensivos. Números mostram assim um ligeiro aumento no número de hospitalizações por Covid-19.

O número de recuperados está atualmente nos 785.063, mais 445 pessoas do que no último balanço. Portugal regista ainda 25.784 casos ativos de infeção (menos 176), e há mais de 18 mil pessoas sob vigilância das autoridades de saúde.

Boletim epidemiológico de 12 de abril

O Norte foi a região que concentrou a maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas. Dos 271 novos casos registados nas últimas 24 horas, 70 foram nesta região: 25,8% do total do país.

Os dados da DGS mostram que o valor do Rt (que indica quantas pessoas um infetado contagia, em média) subiu para 1,04 a nível nacional e para 1,03 no continente. No último balanço, na sexta-feira, o Rt era de 1,02 para ambos.

Já a incidência do vírus também aumentou, para 70,0 casos de infeção por 100 mil habitantes a nível nacional e 67,4 casos de infeção por 100 mil habitantes no continente (anteriormente situava-se em 65,7 e 63,8, respetivamente).

(Notícia atualizada às 14h35)

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EDP Ventures quer investir 10 milhões de euros em startups portuguesas

  • Lusa
  • 12 Abril 2021

O objetivo é apoiar startups que atuem em áreas como as energias limpas, redes inteligentes, eficiência energética, mobilidade elétrica, entre outras.

A EDP Ventures quer investir 10 milhões de euros, através do fundo Cleantech FCR, em startups baseadas em Portugal que atuem em áreas como as energias limpas, redes inteligentes, eficiência energética, mobilidade elétrica, entre outras, foi esta segunda-feira anunciado.

“Através do EDP Cleantech FCR, um fundo criado especificamente para o mercado português, a EDP tem 10 milhões de euros para investir em startups baseadas em Portugal”, informou a energética, em comunicado.

O objetivo é apoiar startups que demonstrem “potencial de acrescentar valor e revolucionar áreas como as energias limpas, redes inteligentes, eficiência energética, mobilidade elétrica, soluções de armazenamento de energia, cibersegurança, inteligência artificial”, entre outras.

Com equipas de investimento em Portugal, Espanha, e Brasil, a EDP Ventures investe globalmente em startups em fase inicial (“early stage”), nomeadamente “seed” e “series A”, contando atualmente com 32 participadas na Europa, Estados Unidos, Brasil, Israel e Bangladesh.

Com cerca de 70 milhões de euros para investimento, dos quais 40 milhões já investidos, a EDP Ventures procura empresas que possam acrescentar valor estratégico às diversas unidades de negócio do grupo EDP, participando sempre com tickets minoritários, entre os 500 mil euros e os dois milhões de euros.

A EDP Ventures tem participações em empresas como a Feedzai, DefinedCrowd, Loqr, Probely, Drivit (recentemente adquirida pela seguradora Zego), entre outras.

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PGR compreende perplexidade sobre decisão instrutória da Operação Marquês

  • Lusa
  • 12 Abril 2021

Lucília Gago, procuradora-geral da República, insistiu que a decisão de sexta-feira do juiz Ivo Rosa “não é definitiva” e que o MP já anunciou que vai interpor recurso.

A procuradora-geral da República admitiu esta segunda-feira compreender “alguma perplexidade” manifestada por vários setores da sociedade a propósito da decisão instrutória da Operação Marquês, que desconsiderou a maioria dos crimes imputados pelo Ministério Púbico (MP).

“Compreendo alguma perplexidade já manifestada por alguns setores da nossa sociedade”, afirmou Lucília Gago, à margem da apresentação de um relatório da Europol na Polícia Judiciaria, em Lisboa.

A responsável insistiu que a decisão de sexta-feira do juiz Ivo Rosa “não é definitiva” e que o MP já anunciou que vai interpor recurso.

De acordo com a procuradora-geral da República, esta poderá ser a oportunidade “para refletir e aprofundar certos temas que estão em cima da mesa”.

No encontro, questionada sobre esta decisão instrutória, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunen, limitou-se a recordar a separação de poderes, afirmando: “As decisões judiciais têm de ser trabalhadas nos tribunais e revogadas pelos tribunais”.

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França quer proibir voos curtos dentro do país. Passam a ser feitos por comboio

Proposta inclui voos entre Paris e outras cidades, cujos percursos possam ser feitos de comboio em menos de duas horas e meia.

Os deputados franceses aprovaram um projeto de lei que proíbe todos os voos domésticos de curta distância, de forma a reduzir as emissões de dióxido de carbono. De acordo com a EuroNews (conteúdo em inglês), haverá exceções para voos de escala.

A proposta em questão diz respeito a todos os voos entre a capital francesa, Paris, e outras cidades como Nantes ou Lyon, e cujos percursos possam ser feitos de comboio em menos de duas horas e meia. Mas houve mesmo quem defendesse que a proibição devia incluir as distâncias que demorem até quatro horas a ser percorrida de comboio. De fora ficam, contudo, os voos de escala.

“Definimos [2h30 como o limite de tempo] porque quatro horas isolariam territórios que muitas vezes não têm litoral”, explicou o ministro dos Transportes de França, Jean-Baptiste Djebbari, citado pela EuroNews. O projeto de lei foi aprovado este sábado na Assembleia Nacional de França, após um debate, e segue agora para o Senado. Posteriormente vai a votação final do Parlamento francês.

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Costa anuncia 252 milhões do PRR para investigação e economia do mar

  • Lusa e ECO
  • 12 Abril 2021

O Plano de Recuperação e Resiliência vai ter uma verba de 252 milhões de euros autonomizada para financiar investimentos na investigação, na economia do mar e na segurança pesqueira, anunciou Costa.

O primeiro-ministro anunciou esta segunda-feira que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai ter uma verba de 252 milhões de euros autonomizada para financiar investimentos na investigação, na economia do mar e na segurança pesqueira.

Além dos 252 milhões de euros no âmbito do PRR, no que diz respeito especificamente ao setor do mar, António Costa referiu que a essa verba se juntarão ainda cerca de 300 milhões de euros provenientes do próximo Quadro Financeiro Plurianual, o “Portugal 2030”, bem como fundos da ciência diretamente geridos pela União Europeia e aos quais as empresas e instituições portuguesas terão de concorrer.

António Costa anunciou estes investimentos no final de uma visita ao navio científico Mário Ruivo, no Alfeite, em Almada, em que também estiveram presentes os ministros da Defesa, João Gomes Cravinho, e do Mar, Ricardo Serrão Santos.

“No âmbito da discussão pública do PRR, o Governo tomou a decisão de autonomizar um capítulo próprio dedicado ao mar que mobilizará 252 milhões de euros, dos quais 30 milhões de euros alocados a uma iniciativa da Região Autónoma dos Açores e 222 milhões dedicados ao conjunto do país para o financiamento de atividades diversas”, declarou o primeiro-ministro.

O Desenvolvimento do “Cluster do Mar dos Açores”, que tinha previstos 32 milhões de euros na versão do PRR colocada a consulta pública, apontava para investimentos em “infraestruturas físicas fixas e móveis (Tecnopolo MARTEC), no âmbito da investigação das ciências do mar e sua articulação com o setor económico”. E como as “infraestruturas fixas disponíveis” sobretudo na ilha do Faial, estão “impróprias, sem capacidade física ou tecnológica adequada para a investigação em áreas emergentes” foi “identificado como investimento fundamental a criação de um centro experimental de investigação e desenvolvimento ligado ao Mar, partilhável com as instituições do Sistema Científico e Tecnológico dos Açores e as empresas, indutor de I&D em áreas tradicionais e emergentes”, pode ler-se no documento.

Segundo António Costa, serão financiadas atividades ligadas à investigação, à incubadora de empresas associadas à economia azul e à melhoria das condições de segurança da pesca. “Este programa será bastante abrangente e vai complementar outros recursos, porque o conjunto do PRR é acessível as atividades dedicadas ao mar, seja na área do combate às alterações climáticas, seja no domínio da transição digital ou da resiliência”, justificou. No documento, os investimentos na economia azul estavam inserido no domínio das agendas/ alianças verdes que pretende “reforçar a importância do crescimento verde e da inovação” que tinha uma dotação do PRR 372 milhões de euros.

Ainda em matéria de investimentos, o líder do executivo frisou ainda que o Quadro Financeiro Plurianual do Portugal 2030 é também acessível às ações do mar.

“No Quadro Financeiro Plurianual o mar terá na próxima década, tal como teve nesta, um programa específico que irá transcender os 300 milhões de euros. Além disso, há todas as condições, para podermos ser competitivos no acesso aos fundos diretamente geridos pela União Europeia, designadamente em matéria de ciência”, apontou ainda o primeiro-ministro na sua breve intervenção.

No plano político, António Costa evocou o documento “Visão Estratégica 2020/2030”, do professor universitário e gestor António Costa e Silva, para defender que o capítulo do mar nesse trabalho “é o mais estimulante, apresentando este setor como “uma oportunidade extraordinária” em matéria de desenvolvimento sustentável do país”. “Temos a obrigação de ir mais longe, sobretudo no sentido de que o mar deixe de ser simplesmente uma retórica sobre a identidade nacional e passe a ser uma realidade do quotidiano do país”, advertiu o primeiro-ministro.

Na primeira intervenção da sessão, o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, afirmou que o mar já representa cerca de 5% das exportações nacionais e considerou que a “economia azul” vai assumir-se “como um pilar da recuperação” de Portugal, conferindo ao país “resiliência” face a eventuais novas futuras crises. “O PRR vai agora permitir um reforço das capacidades de monitorização do ambiente marinho e há condições para aumentar mais o peso das exportações no Produto Interno Bruto“, sustentou o membro do Governo.

António Costa já tinha anunciado, a semana passada, a criação no PRR de um capítulo autónomo dedicado à cultura com 244 milhões de euros e 1% do investimento global em obras públicas vai reverter para a arte.

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Bruxelas quer isentar de IVA autoridades de saúde nos testes e equipamentos

  • Lusa
  • 12 Abril 2021

Esta proposta surge com o objetivo de “maximizar a eficiência dos fundos da UE utilizados no interesse público”, avançou esta segunda-feira o executivo comunitário.

A Comissão Europeia quer isentar de IVA os Estados-membros e as autoridades de saúde nos bens e serviços essenciais devido à pandemia, como testes e equipamentos de proteção, disponibilizados pela União Europeia (UE).

Em comunicado divulgado esta segunda-feira, o executivo comunitário propõe “isentar de IVA [Imposto Sobre Valor Acrescentado] os bens e serviços que a Comissão Europeia e os órgãos e agências da UE disponibilizam aos Estados-membros e aos cidadãos em tempos de crise”.

“Esta proposta responde à experiência adquirida durante a pandemia de covid-19, que demonstrou nomeadamente que o IVA cobrado sobre algumas operações constitui um fator de custo nas operações de contratação pública que sobrecarrega orçamentos limitados”, justifica Bruxelas, notando que esta medida visa então “maximizar a eficiência dos fundos da UE utilizados no interesse público”.

Destinada aos países ou a organismos terceiros (como autoridades ou instituições nacionais, nomeadamente as de saúde), os bens e serviços abrangidos pela isenção proposta incluem testes de diagnóstico e material de testagem e equipamento de proteção individual como luvas, respiradores, máscaras, batas, produtos e equipamento de desinfeção.

“Uma vez em vigor, as novas medidas permitirão à Comissão e às outras agências e órgãos da UE importar e adquirir bens e serviços isentos de IVA quando estes se destinarem a ser distribuídos no contexto de uma resposta de emergência na UE”, refere.

Este apoio abrange também as atividades de investigação e inovação, as licenças no domínio farmacêutico e a criação de centros de quarentena, de ensaios clínicos ou a desinfeção de instalações.

Como a medida implica uma mexida na diretiva europeia do IVA, a ideia do executivo comunitário é que permita “reforçar igualmente os órgãos de gestão de catástrofes e de crises a nível da UE, como os abrangidos pela União da Saúde da UE e pelo Mecanismo de Proteção Civil da UE”.

Para tal, estão abrangidos outros bens e serviços como tendas, camas de campanha, vestuário e alimentos, equipamentos de busca e salvamento, sacos de areia, coletes salva-vidas e barcos insufláveis, medicamentos e ainda aparelhos de medição de radiação.

Esta proposta legislativa da Comissão Europeia será agora apresentada ao Parlamento Europeu para parecer e ao Conselho da UE (atualmente presidido por Portugal) para adoção.

Até final deste mês, os Estados-membros devem adotar e publicar as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para alterar a diretiva europeia do IVA, implementando-a depois com efeitos retroativos a 01 de janeiro de 2021.

A UE já tomou medidas semelhantes no domínio da fiscalidade e das alfândegas para apoiar a luta contra a pandemia de covid-19 e a recuperação da crise, tendo nomeadamente decidido há um ano isentar de taxas aduaneiros e de IVA as importações de máscaras e outros equipamentos de proteção necessários para combater a pandemia, medida que se mantém em vigor.

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Farmácias já receberam cerca de 100 mil testes rápidos à Covid

A Associação de Distribuidores Farmacêuticos revelou que já foram distribuídos cerca de 100 mil testes rápidos de antigénio nas farmácias portuguesas.

A Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA) revelou que já foram distribuídos cerca de 100 mil testes rápidos de antigénio nas farmácias portuguesas.

“Em resposta a mais um desafio imposto pela pandemia, e devido à resiliência e capacidade logística do setor, os distribuidores farmacêuticos de serviço completo já distribuíram aproximadamente 100 mil autotestes Covid-19″, informa a ADIFA, em comunicado.

Ao mesmo tempo, a associação sublinha que, no âmbito do alargamento da estratégia nacional de testagem, os distribuidores farmacêuticos “estão empenhados na célere e eficiente disponibilização dos autotestes às farmácias comunitárias e, por conseguinte, às populações”.

Em meados de março, o Governo autorizou a venda destes autotestes em farmácias e noutros locais de venda não sujeitos a receita médica, como é o caso das parafarmácias ou nos espaços de bem-estar de alguns supermercados. Depois disso, Infarmed, Instituto Dr. Ricardo Jorge (INSA) e Direção-Geral de Saúde (DGS) divulgaram as orientações relativas à sua comercialização e sobre a comunicação dos resultados, De sublinhar que estes testes só podem ser adquiridos por pessoas com idade igual ou superior a 18 anos.

Este regime excecional abriu a porta a que os autotestes começassem a ser realizados pela população em geral, já que anteriormente só podiam ser realizados por profissionais de saúde. Não obstante, estes testes só começaram a chegar às farmácias no final de março, sendo que até agora há apenas duas marca autorizada. Em causa está o teste “SARS-CoV-2 Rapid Antigen Test Nasal” produzido pela SD Biosensor Inc e distribuído em Portugal pela Roche, bem como, outro do fabricante Genrui Biotech Inc. Segundo o Público, no espaço de uma semana já se venderam, pelo menos, 22.862 autotestes, sendo que os preços variam entre os cinco e os sete euros, dependendo do local de venda ou do tipo de embalagem.

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Veolia fecha compra da Suez e cria gigante europeu dos resíduos. Ações disparam 8%

  • ECO
  • 12 Abril 2021

Veolia acordou oferecer um preço mais alto e “compromissos sociais” para os funcionários da concessionária. O negócio dá à Suez cerca de 13 mil milhões de euros e batalha de aquisição fica encerrada.

A Veolia Environnement vai comprar a rival Suez, encerrando uma contenda sobre a aquisição que dura há meses, noticia a Bloomberg. Depois forte resistência por parte da Suez, a Veolia desbloqueou o negócio ao concordar em revender parte da concorrente francesa para cumprir as regras de concorrência. Subiu o preço e ofereceu também benefícios aos funcionários da concessionária.

A Veolia vai pagar 20,50 euros por ação pelos cerca de 70% da Suez que ainda não detém, de acordo com um comunicado divulgado esta segunda-feira. A participação inicial foi comprada, ainda em 2020 à Engie, por 18 euros a ação. O negócio avalia a Suez num valor de mercado de cerca de 13 mil milhões de euros, disse o presidente executivo da Veolia, Antoine Frerot, citado pela Bloomberg.

Em reação ao comunicado, a Veolia dispara 8,7% para 24,55 euros por ação na bolsa de Paris, enquanto a Suez ganha 8% para 19,85 euros. A transação vai criar um gigante global dos resíduos e gestão de água, com receitas anuais de cerca de 37 mil milhões de euros.

“Tendo em conta que conseguiremos a maior parte dos ativos que realmente queríamos para o nosso projeto, este negócio vai criar valor para os acionistas da Suez”, disse Frerot, citado no comunicado. Como parte do negócio, os fundos de investimento franceses Meridiam e Ardian e os norte-americanos da Global Infrastructure Partners terão a possibilidade de comprar ativos da Suez com capacidade de gerar 6,9 mil milhões de euros em receitas.

Além dos acordos com acionistas e investidores relativos aos ativos, há também uma salvaguarda relativa aos trabalhadores. “É um acordo benéfico para todos. Garante o futuro a longo prazo da Suez em França de uma forma que preserva a concorrência e garante empregos”, acrescentou. O acordo será assinado pelas duas partes a 14 de maio, mas ainda é necessária aprovação regulatória das autoridades de concorrência de vários países.

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Portugal tem “evolução positiva” no relatório europeu sobre corrupção

Há três recomendações implementadas de forma satisfatória, sete parcialmente e cinco por implementar. Portugal tem de apresentar novo relatório até 31 de março de 2022.

Portugal está a ter uma “evolução positiva” no cumprimento das recomendações do Grupo de Estados contra a Corrupção (GRECO), do Conselho da Europa. Estas são as conclusões do relatório de avaliação no âmbito do IV Ciclo de avaliações mútuas, sobre o tema da prevenção da corrupção nos membros dos Parlamentos, Juízes e Magistrados do Ministério Público, divulgado esta segunda-feira pelo Governo português.

O segundo Relatório Intercalar de Conformidade concluiu que o nível de cumprimento das recomendações já não é considerado “globalmente insatisfatório”, deixando de ser aplicada a regra relativa aos Estados considerados em situação de não conformidade e que implica um acompanhamento mais exigente. O relatório foi discutido e aprovado na 87.ª reunião Plenária deste Grupo, que decorreu entre 22 e 25 de março, por videoconferência.

“Aquando da discussão do primeiro Relatório Intercalar de Conformidade, em 2019, o GRECO concluiu que apenas uma das 15 recomendações tinha sido implementada de forma satisfatória e que, das restantes recomendações, oito tinham sido consideradas parcialmente implementadas e seis não tinham sido implementadas”, revela o ministério liderado por Francisca van Dunem.

No relatório agora aprovado, três recomendações foram consideradas implementadas de forma satisfatória, sete são consideradas parcialmente implementadas e cinco continuam por implementar (uma sobre Membros do Parlamento, duas sobre Juízes e duas sobre o Ministério Público)”, continua.

Assim, passa a ser “satisfatória” a implementação da recomendação relativa à necessidade de assegurar que o quadro jurídico que rege a redistribuição dos processos e a reafetação dos juízes seja coerente, sustentado por critérios objetivos e transparentes e que salvaguarde a independência dos juízes, tal como a recomendação sobre a necessidade de assegurar que as regras que regem a hierarquia e as competências do Ministério Público correspondem ao novo mapa judiciário e protegem os magistrados do Ministério Público contra interferências indevidas ou ilegais dentro do sistema.

No entanto, a recomendação sobre a previsão de normas de conduta profissional claras, aplicáveis e publicamente disponíveis para todos os Procuradores e que sejam utilizadas, nomeadamente, como base para a promoção, avaliação e ação disciplinar é ainda considerada só parcialmente implementada. Portugal tem agora de apresentar um novo relatório até 31 de março de 2022, para demonstrar as ações e as medidas tomadas para dar cumprimento às recomendações parcialmente implementadas e não implementadas.

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