Ex-CEO da Groundforce diz que cumpriu o seu papel no impasse vivido na empresa

  • Lusa
  • 6 Abril 2021

Paulo Neto Leite, destituído de CEO da Groundforce, afirma que cumpriu o seu papel e que aceita as consequências das suas decisões no impasse vivido na empresa.

Paulo Neto Leite, destituído de CEO da Groundforce na segunda-feira, afirma que cumpriu o seu papel e que aceita as consequências das suas decisões no impasse vivido na empresa, que permitiram chegar a um acordo com a TAP.

“Cumpri o meu papel neste processo, sempre de acordo com o dever fiduciário e sempre, em todo o momento, guiado pelos meus princípios e pela minha consciência. Não sei estar de outra forma na vida”, disse Paulo Neto Leite numa carta enviada aos trabalhadores na segunda-feira à noite, a que a Lusa teve acesso.

Paulo Neto Leite deixou na segunda-feira de ser presidente executivo (CEO) da Groundforce, cargo que passará a ser exercido pelo presidente do Conselho de Administração, Alfredo Casimiro, acionista privado da empresa de handling, segundo foi anunciado.

Após o anúncio do afastamento do cargo, Paulo Neto Leite escreveu aos trabalhadores da empresa de handling (assistência nos aeroportos), dizendo que “em todos os momentos” está “preparado para suportar as consequências” das suas decisões.

“[…] E nunca tomei uma decisão que me proteja, favoreça ou vá contra as minhas convicções”, lê-se na carta.

Neste âmbito, explica que em 19 de março, dia em que, depois de semanas de negociações, a Groundforce e TAP chegaram a um acordo, tomou “a decisão possível que permitiria o pagamento dos salários dos trabalhadores, protegendo assim a empresa e defendendo os seus stakeholders“.

“A partir desse momento continuei focado na única coisa que me preocupava nesse momento: garantir a continuidade da empresa, com a solução que permitia injetar liquidez através do aval do Estado a um empréstimo bancário”, acrescenta no dia em que o Conselho de Administração da empresa, liderado por Alfredo Casimiro, decidiu afastá-lo da liderança executiva, mas mantendo-se como administrador.

Ao longo destes anos dei o meu melhor e o melhor de mim, permitindo que todos os stakeholders beneficiassem do resultado de uma empresa saudável, próspera e operacionalmente eficiente. É um momento de garantir que estamos preparados para o futuro e para garantir a sustentabilidade da nossa empresa. Será por isso que continuarei a lutar todos os dias, como tenho feito até ao momento, agora noutro papel”, conclui.

Como a Lusa noticiou, Alfredo Casimiro comunicou aos trabalhadores que “para garantir uma mais eficiente capacidade de resposta e uma necessária coesão na gestão da companhia, foi decidido em Conselho de Administração alterar a composição da Comissão Executiva passando o presidente do Conselho de Administração a assumir também a presidência da Comissão Executiva”.

Em comunicado, a Pasagol, de Alfredo Casimiro, acionista maioritário da Groundforce (50,1%), explica que “a destituição de Paulo Neto Leite, com efeitos imediatos, justifica-se por um conjunto de situações que configuraram uma violação grave dos deveres de lealdade”.

“Os acionistas entenderam que a confiança no até aqui CEO foi ferida de morte e que este não tem condições para conduzir os negócios sociais da empresa ou para se envolver na procura de soluções sustentáveis para a Groundforce”, refere.

Em 19 de março, depois de várias negociações, a Groundforce e TAP chegaram a um acordo, em que a companhia aérea adquiriu por cerca de sete milhões de euros equipamentos da empresa de ‘handling’ (assistência nos aeroportos), que passa a pagar à TAP pelo aluguer deste material. Este acordo permitiu desbloquear provisoriamente o impasse na empresa e pagar os salários em atraso aos 2.400 trabalhadores.

O acordo foi fechado com três votos a favor – os dois administradores nomeados pela TAP e o presidente executivo da empresa de handling, Paulo Neto Leite –, a abstenção do presidente do Conselho de Administração, Alfredo Casimiro, e um voto contra, disse então à Lusa fonte ligada ao processo.

Segundo adiantou à Lusa a mesma fonte, os dois administradores da Groundforce nomeados pela TAP, acionista minoritário (49,9%), aprovaram o acordo, a que se juntou Paulo Neto Leite, que já tinha manifestado na véspera a sua intenção de validar o acordo proposto pela TAP.

Por seu lado, o presidente da Pasogal absteve-se e o outro administrador nomeado pelo acionista privado, Gonçalo Carvalho, votou contra.

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português e que é acionista minoritário e principal cliente da empresa que presta assistência nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.

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Governo já pagou 25,3 milhões de euros em apoios às rendas comerciais

Foram mais de 22 mil as empresas que pediram ao Estado uma ajuda para suportar o peso da renda. Governo já entregou 25,3 milhões de euros em apoios.

Foram mais de 22 mil as empresas que, em dois meses, pediram ao Estado uma ajuda para suportar o peso que a renda tem nas contas, numa altura em que estas estão a ser fortemente afetadas pela pandemia. O ministro da Economia adiantou esta terça-feira que já foram pagos 25,3 milhões de euros em apoios a estas empresas.

Desde 4 de fevereiro, dia em que arrancou o Apoiar Rendas, o Governo recebeu 22.373 candidaturas, num total de 62,3 milhões de euros. Desse total, já foram pagos 25,3 milhões de euros, disse Pedro Siza Vieira, durante uma audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação. Ou seja, 17% da dotação deste programa está esgotada.

Esta iniciativa, destinada a empresas com quebras de faturação, prevê que o Estado suporte uma parte da renda, dependendo das perdas: 30% da renda no caso de perdas entre 25% a 40% e 50% da renda no caso de perdas superiores a 40%. No primeiro caso, a ajuda do Estado vai até 1.200 euros por mês (total de 7.200 euros em seis meses) e, no segundo caso, até 2.000 euros mensais (total de 12.000 euros).

Estes apoios cobrem seis rendas mas, apesar dos limites mensais definidos, há ainda limites no valor total do apoio a receber: um estabelecimento não pode receber mais de 12.000 euros em apoios (perda superior a 40%), enquanto uma empresa (que pode ter vários estabelecimentos), não pode receber mais de 40.000 euros.

Com uma dotação de 150 milhões de euros, metade da anunciada pelo ministro da Economia em dezembro, o programa foi recentemente a alargado a mais contratos e mais empresários: empresários em nome individual e sem trabalhadores a cargo e contratos de cessão de exploração.

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Governo alarga apoio aos trabalhadores sem proteção para ter em conta impacto do confinamento

O apoio ao rendimento dos trabalhadores vai ser alargado, anunciou a ministra do Trabalho. Quebras resultantes do confinamento do início de 2021 vão ser tidas em conta no acesso a esta medida.

A ministra do Trabalho anunciou, esta terça-feira, que o apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores (AERT) vai ser alterado de modo a chegar a mais beneficiários. Segundo Ana Mendes Godinho, as quebras de faturação registadas no primeiro trimestre de 2021, por efeito do confinamento, vão passar a ser tidas em conta no acesso a esta medida. Esta mudança terá efeitos retroativos, precisou a responsável no Parlamento.

O AERT foi criado no âmbito do Orçamento do Estado para 2021 e abrange os trabalhadores (por conta de outrem, independentes, estagiários, informais, sócios-gerentes e empresários em nome individual) que estejam em situação de desproteção económica, por terem perdido a proteção no emprego este ano, por estarem em desemprego involuntário sem acesso a proteção ou por registarem quebras significativas de faturação.

Assim, está atualmente previsto que uma das “vias” de acesso a esta medida para os trabalhadores independentes e os trabalhadores do serviço doméstico (que tenham, pelo menos, três meses de contribuições nos 12 meses imediatamente anteriores ao requerimento) é apresentar uma quebra do rendimento relevante médio mensal superior a 40%, no período de março a dezembro de 2020, face ao rendimento relevante médio mensal de 2019 e, cumulativamente, entre a última declaração trimestral disponível à data do requerimento do apoio e o rendimento relevante médio mensal de 2019.

Esta terça-feira, a ministra do Trabalho anunciou, contudo, essa “via” vai sofrer agora alterações. Em vez de se considerar apenas as quebras registadas entre março e dezembro, vai passar a poder ser tida em conta, em alternativa, a quebra de faturação dos requerentes no primeiro trimestre de 2021 face ao rendimento médio de 2019. Isto de modo a “garantir que as quebras sofridas no confinamento serão tidas em conta”.

Ana Mendes Godinho detalhou que esta alteração terá efeitos retroativos, pelo que os trabalhadores que já tenham pedido a medida, mas não receberam ainda “luz verde” da Segurança Social vão também beneficiar desta mudança. Neste momento, há cerca de 21 mil pedidos pendentes, dos quais 60% não cumprem a quebra de faturação atualmente exigida. Esses trabalhadores poderão, assim, passar a receber o apoio, com a alteração agora anunciada.

O apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores prevê a atribuição de uma prestação que varia entre 50 euros e 501,16 euros, na generalidade dos casos. A concessão desta ajuda é atribuída mediante avaliação da condição de recursos, isto é, a Segurança Social verifica que a média dos rendimentos e património do agregado não ultrapassa o limiar da pobreza.

Simplificar planos prestacionais para regularizar dívidas à Segurança Social

Esta terça-feira, a ministra do Trabalho anunciou, também, que será criado um novo mecanismo para simplificar os planos prestacionais para regularização de dívidas à Segurança Social. “Deixamos de exigir garantias e passa a haver um diferimento tácito”, sublinhou a governante, referindo que a medida já foi assinada e está agora a aguardar publicação.

A ministra do Trabalho aproveitou, além disso, para fazer um balanço dos apoios extraordinários criados em resposta à Covid-19. Só em 2021 e até ao momento, foram pagos 951 milhões de euros em apoios, disse Ana Mendes Godinho, pela Segurança Social e pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). “Isso significa mais 59% face à média da despesa mensal de 2020 com as medidas extraordinárias criadas no âmbito da Covid-19”, frisou a governante.

Também o ministro da Economia está a ser ouvido esta manhã no Parlamento, tendo avançado que, de dezembro a março, só a fundo perdido foram pagos 1.300 milhões de euros às empresas, “entre apoios ao emprego e outros apoios a fundo perdido”. Siza Vieira fez questão de salientar, ainda assim, que as medidas em causa têm como objetivo “mitigar o impacto da pandemia” e não compensar de modo integral esse impacto”. Aliás, em resposta ao PCP, o ministro da Economia reconheceu que, por exemplo, nos apoios a fundo perdido, há situações de empresas com quebras que continuam fora das medidas, mas adiantou que não há capacidade para ir caso a caso apreciar essas situações.

Quanto ao Apoiar (conjunto de programas de subsídios a fundo perdido), o ministro da Economia avançou que, no total, já foram apresentadas 91 mil candidaturas e foram aprovados 1.033 milhões de euros às empresas, dos quais 734 milhões de euros já foram pagos.

Tudo somado, Pedro Siza Vieira garantiu que o “Governo não poupou nos apoios” e até foi capaz de dar apoios para além do que estava no Orçamento do Estado, como aconteceu com o alargamento e reforço do programa Apoiar.

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EMA não confirma relação entre vacina da AstraZeneca e coágulos. Portugal mantém vacina

  • ECO e Lusa
  • 6 Abril 2021

Responsável da Agência Europeia do Medicamento diz que há ligação entre os coágulos e a vacina anglo-sueca, mas regulador ainda não confirma. Decisão deve ser anunciada nos próximos dois dias. 

Um responsável da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, sigla em inglês) disse, esta terça-feira, que há relação entre a vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca e coágulos sanguíneos, mas que ainda não é clara a causa. Entretanto, o regulador europeu veio dizer que ainda está a avaliar a possível ligação e que a decisão deve ser anunciada nos próximos dois dias.

A afirmação é de Marco Cavaleri, chefe de vacinas do regulador europeu. Em entrevista ao jornal italiano Il Messagero, disse que, na sua opinião, “podemos dizê-lo agora, é claro que existe uma ligação com a vacina”, embora não seja claro o que causa a reação. Adicionalmente, o responsável disse que nas próximas horas a EMA iria fazer uma declaração sobre o assunto referindo que “existe uma ligação, mas ainda temos que perceber como acontece”.

Horas depois, o regulador europeu esclareceu que ainda está a avaliar a possível ligação entre a vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 e a formação de tromboembolismos. O comité de segurança da agência, com sede em Amesterdão, “ainda não chegou a uma conclusão e a revisão está atualmente em curso“, adiantou a EMA numa declaração à AFP.

Paralelamente, a agência europeia informou que uma decisão sobre esta matéria deve apenas ser anunciada nos próximos dois dias.

Ao mesmo tempo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirmou, esta terça-feira, que os benefícios da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca superam os riscos. “Há um conjunto de comités e de agências reguladoras a analisar os dados e novos dados chegam todos os dias. Mas até ao momento, não há qualquer ligação entre a vacina e os eventos de tromboses. Claro que está sob avaliação”, disse Rogério Pinto de Sá Gaspar, diretor de regulação, acrescentando que “a reunião da EMA começou hoje às 11h e continuará nos próximos dias se necessário”.

Até ao momento, a EMA tinha indicado que não havia evidências de uma relação causal entre a vacina e a coagulação e que não havia motivos para suspender a vacina. “Os benefícios da vacina AstraZeneca na prevenção do Covid-19, com seu risco associado de hospitalização e morte, superam os riscos de efeitos colaterais”, lê-se na última atualização sobre o assunto.

Ainda assim, o regulador anunciou que iria continuar a avaliar a situação em conjunto com as autoridades de saúde de cada país e que a recomendação atualizada estaria disponível esta semana – recomendação a que Marco Cavaleri faz referência.

Apesar das últimas afirmações da EMA, alguns países têm limitado a idade das pessoas que tomam esta vacina. Por exemplo, a Alemanha e os Países Baixos suspenderam as injeções deste fármaco em pessoas com menos de 60 anos.

Portugal aguarda posição oficial da EMA

Em Portugal, a task force que coordena o plano de vacinação contra a Covid-19 garantiu que vai manter a vacina da AstraZeneca no processo até surgir uma posição oficial da EMA, da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Infarmed. “Vamos esperar pela posição oficial da EMA e da DGS. Por agora mantém-se a vacina da AstraZeneca no programa de vacinação”, afirmou à Lusa, fonte do organismo.

Entretanto, o Infarmed rejeitou tomar qualquer posição unilateral antes de o regulador europeu tomar uma posição oficial. “A posição do Infarmed é de alinhamento com o regulador europeu. Está a decorrer a reunião [do Comité de Avaliação dos Riscos em Farmacovigilância] da EMA e será divulgada uma conclusão assim que terminar. Estamos a aguardar”, afirmou fonte oficial da Autoridade Nacional do Medicamento à agência Lusa.

Também esta terça-feira o primeiro-ministro, António Costa, reiterou a necessidade de esperar por uma posição oficial da EMA, mas já admitiu que se o regulador europeu confirmar esta situação, então haverá uma “maior morosidade” na aplicação do plano de vacinação contra a Covid-19 no espaço comunitário. “No quadro da União Europeia, consideramos que é fundamental que haja uma posição uniforme relativamente às recomendações e indicações fixadas pela EMA no que respeita a cada uma das vacinas. Se houver um berbicacho, então isso terá inevitáveis consequências no processo de vacinação“, disse o primeiro-ministro.

(Notícia atualizada às 20h07 com a posição das autoridades portuguesas)

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Quase metade dos portugueses procurou informações de saúde online em 2020

Na União Europeia mais de metade dos cidadãos procuraram informações de saúde online. Atrás de Portugal ficaram apenas a Polónia, Itália, Bulgária e Roménia.

Quase metades dos portugueses entre os 16 e os 74 anos procuraram informações de saúde na internet em 2020. Apesar da pandemia de Covid-19, este valor é semelhante ao registado em anos anteriores (variou entre os 50% e os 45%, aproximadamente), segundo os dados do Eurostat. Na União Europeia (UE) a média ultrapassa os 50%.

Nos três meses anteriores ao inquérito feito pelo gabinete estatístico europeu, 55% dos cidadãos da UE com idades compreendidas entre os 16 e os 74 anos indicou ter procurado informações online sobre saúde relacionadas com lesões, doenças, nutrição, melhoria da saúde ou similares. Num ano marcado pela pandemia, este valor representa um aumento de dois pontos percentuais face a 2019.

Segundo o comunicado do Eurostat, Portugal está abaixo da média europeia. Está, aliás, entre os cinco países onde menos pessoas procuraram informação sobre saúde na internet. Atrás de Portugal fica apenas a Polónia, Itália (com dados de 2019), Bulgária e Roménia.

No extremo oposto, foi na Finlândia e nos Países Baixos que este tipo de informação foi mais procurada (em ambos acima de 70%).

Olhando para a última década, foi na República Checa e no Chipre que houve o maior aumento de cidadãos a procurarem informação sobre saúde online, mais 41% e 40% respetivamente. Mas também em Espanha, Irlanda e Croácia houve aumentos de mais de 30 pontos percentuais.

O gabinete estatístico indica ainda que, em 2020, ano marcado pelo crescimento da telemedicina, 20% dos cidadãos da UE marcaram uma consulta médica através da internet. Apenas 13% acederam a outros serviços de saúde através de um site ou aplicação em vez de visitarem o hospital ou um médico pessoalmente e 11% diz ter acedido aos seus registos pessoais de saúde online.

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Conselho de Estabilidade Financeira do G20 recomenda manutenção da ajuda pública

  • Lusa
  • 6 Abril 2021

O Conselho de Estabilidade Financeira, que integra os países do G20, recomenda a manutenção da ajuda pública até que a economia tenha estabilizado.

O Conselho de Estabilidade Financeira (Financial Stability Board, FSB), que integra os países do G20, recomenda a manutenção da ajuda pública até que a economia tenha estabilizado.

Numa carta, o presidente do FSB (Conselho de Estabilidade Financeira), Randal K. Quarles, informa os ministros das Finanças e os governadores dos bancos centrais do G20 que os programas de vacinação representam um ponto de viragem na pandemia da Covid-19.

Mas adverte que “a retirada das medidas de apoio antes da estabilização das perspetivas macroeconómicas poderia estar associada a riscos imediatos significativos para a estabilidade financeira”.

Mas também considera que podem surgir outros riscos para a estabilidade financeira se as medidas de apoio forem mantidas por demasiado tempo.

A maioria das autoridades considera que os custos da “retirada prematura do apoio poderiam ser mais significativos do que a sua manutenção por demasiado tempo”, de acordo com a carta.

Os países membros do Conselho de Estabilidade Financeira, um organismo sediado na cidade suíça de Basileia, estão empenhados em coordenar a retirada das medidas de apoio do Estado às economias.

Este organismo valoriza os progressos feitos nas reformas bancárias para evitar que os bancos muito grandes entrem em falência e ponham em perigo a estabilidade do sistema financeiro (demasiado grande para falhar).

Estas reformas reduziram os riscos para o sistema financeiro global, aumentaram a credibilidade da resolução e a disciplina do mercado e, em última análise, produziram benefícios líquidos para a sociedade.

Mas o Conselho de Estabilidade Financeira também acredita que estas reformas podem ser mais desenvolvidas, em particular no que diz respeito à absorção total das perdas e à transparência do financiamento da resolução.

Alguns riscos mudaram fora do sistema bancário para a intermediação financeira não bancária.

A carta aos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G20, que se reúnem virtualmente na quarta-feira, também salienta a importância de abordar as questões das alterações climáticas.

Três equipas estão a trabalhar no Conselho de Estabilidade Financeira sobre dados, relatórios e questões regulamentares e de supervisão e fornecerão ao G20 dois relatórios em julho com recomendações sobre um roteiro para abordar os riscos financeiros relacionados com as alterações climáticas.

Salienta também a importância da “visão estratégica”, da “boa coordenação” e da “comunicação clara” com o G20.

Para permitir uma melhor coordenação, o Conselho convidou a Greening the Financial System Network a participar no seu trabalho sobre as alterações climáticas.

O Conselho de Estabilidade Financeira foi criado na reunião do G20 em Londres em 2009 devido à crise financeira e tem vindo a supervisionar a estabilidade financeira desde então.

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Sindicato dos pilotos apela ao Governo para por fim às restrições de voos para o Brasil

  • Lusa
  • 6 Abril 2021

“Milhares de passageiros” estão a contornar a proibição de voos para o Brasil com origem em Portugal através da utilização dos ‘hubs’ de Madrid, Paris, Amesterdão, Zurique e Frankfurt.

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) apelou ao Governo para acabar com a proibição de voos da TAP para o Brasil, que diz estar a criar uma “situação de clara injustiça concorrencial” relativamente às outras companhias europeias.

“Apelamos ao Governo português para que corrija esta situação de clara injustiça concorrencial e asfixia económica que torna ainda pior um cenário já de si catastrófico”, sustenta o SPAC numa carta enviada na segunda-feira ao ministro das Infraestruturas e Habitação e a que agência Lusa teve acesso esta terça-feira.

Segundo o sindicato, “milhares de passageiros” estão a contornar a proibição de voos para o Brasil com origem em Portugal – decidida pelo Governo no âmbito das restrições decorrentes da pandemia – através da utilização dos ‘hubs’ de Madrid, Paris, Amesterdão, Zurique e Frankfurt.

Esta situação, sustenta, torna “a medida profilática de proibição de voos meramente teórica e com prejuízo grave para a TAP, que neste momento de ‘cashburn’ devia estar a lutar em pé de igualdade com as congéneres”. “Vê-se assim a TAP perante uma situação em que os seus potenciais passageiros fazem um ‘bypass’ aos voos para estes mercados, do qual o Brasil é o mais importante”, afirma, lamentando que as companhias congéneres europeias continuem, assim, “a ganhar quota de mercado, tão importante neste momento”.

O sindicato argumenta que “a situação é ainda mais incompreensível, quando são os próprios consulados portugueses no Brasil a dar indicações para quem necessita de se deslocar a Portugal, sugerindo a utilização de outros aeroportos na Europa, como porta de entrada”.

“Após uma rápida análise nos sites da Ibéria, Air France/KLM, Lufthansa e Swiss, constatamos que todas estão a comercializar voos de e para o Brasil, tendo como origem ou destino Portugal, a preços abaixo de custo (São Paulo – Lisboa via Madrid por 285 euros ou via Amesterdão por 278 euros)”, reporta.

Desta forma – acrescenta – torna-se ainda mais difícil a recuperação económica da nossa companhia, dando espaço para que as nossas principais concorrentes ganhem quota de mercado à custa do vazio deixado pela TAP e dando azo a que, numa próxima vez, milhares de passageiros não escolham a TAP por já terem adquirido bilhetes noutra companhia”. Em 20 de março, o Governo alargou até 15 de abril a suspensão dos voos com o Reino Unido e Brasil e o isolamento profilático de 14 dias passa também a aplicar-se à fronteira terrestre para países de alto risco.

Segundo uma nota do executivo, apenas estão permitidos os voos de repatriamento e os cidadãos que cheguem a Portugal provenientes do Brasil e Reino Unido, nos voos de repatriamento ou através de escalas, bem como da África do Sul ou de países com taxa de incidência igual ou superior a 500 casos por 100 mil habitantes (como França ou Itália) têm não só de apresentar o comprovativo de teste negativo como cumprir um período de isolamento profilático de 14 dias.

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Empresa portuguesa vai participar em projeto internacional para desenvolver vacina contra a Covid

Empresa portuguesa 4TE anunciou que vai participar num projeto internacional para desenvolver uma vacina contra a Covid-19.

Com as entregas das vacinas contra a Covid-19 em atraso, a empresa portuguesa 4TE anunciou esta terça-feira que vai participar num projeto internacional para desenvolver uma vacina para a Covid-19.

“Estamos gratos por termos a oportunidade de tomar parte neste projeto internacional. Uma vacina que protege contra a Covid-19 vai ajudar a comunidade mundial a sentir-se segura outra vez e vai apoiar o sistema de saúde mundial”, explica Marcos Domingues, CEO da 4TE, citado em comunicado.

Para o CEO desta PME portuguesa, fundada em 2014, é “uma grande satisfação a 4TE ser escolhida para integrar um projeto de relevo mundial graças ao background científico, à experiência e ao know-how da indústria farmacêutica”.

A 4TE desenvolverá um mapa do processo com foco na gestão do ciclo de vida e gestão do risco de qualidade e irá caracterizar o perfil do produto alvo de qualidade por meio da determinação de atributos críticos de qualidade (CQAs), parâmetros críticos de processo (CPPs) e atributos críticos de materiais (CMAs), entre outros.

Paralelamente a empresa portuguesa irá definir um conjunto de testes de processo e formulação para produzir lotes para testes pré-clínicos e ensaios clínicos de fase I e vai definir os parâmetros relevantes de qualidade exigidos para a submissão regulamentar.

No que respeita ao processo de escala piloto, a PME irá definir os métodos analíticos, bem como preparar toda a documentação e lógica de caracterização de processo e produto e por fim irá desenvolve a estratégia de submissão mais adequada para a autorização do ensaio clínico. Isso incluirá o apoio à elaboração da documentação.

A empresa portuguesa disse ao ECO que não revela com que laboratórios vai trabalhar, por “uma questão de contrato de confidencialidade”, no entanto esclareceu que “o projeto vai focar-se no desenvolvimento de uma vacina desde os estágios iniciais de investigação até à fase de ensaios clínicos”.

(Notícia atualizada dia 8 de abril com mais informação)

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Valor de mercado das criptomoedas duplica em dois meses e atinge dois biliões de dólares

O valor de mercado global das criptomoedas duplicou em apenas dois meses, tendo atingido os dois biliões de dólares ($2.000.000.000.000). Só a bitcoin vale um bilião.

O mercado das criptomoedas atingiu, pela primeira vez, o valor global de dois biliões de dólares ($2.000.000.000.000). O indicador duplicou em apenas dois meses e só a bitcoin, de acordo com a Bloomberg (acesso condicionado).

Estes dois biliões dizem respeito às 6.600 moedas seguidas pela plataforma CoinGecko. A subida expressiva do valor de mercado destes criptoativos é explicada pela contínua entrada das criptomoedas no portefólio de investidores institucionais, de que é exemplo a aplicação de 1,5 mil milhões de dólares na bitcoin pela fabricante automóvel Tesla em fevereiro.

Só a bitcoin, a criptomoeda mais popular, vale mais de um bilião de dólares. As cinco criptomoedas que se seguem na lista (Ether, Binance Coin, Polkador, Tether e Cardano) valem, juntas, 422 mil milhões, segundo cálculos da agência.

Os reguladores mundiais, incluindo em Portugal, têm alertado para o risco de perda total do capital investido e para o facto de estas criptomoedas não terem curso legal no país. No entanto, o investimento continua a ser atrativo para muitos investidores no retalho, que especulam sobre o preço da bitcoin na esperança de ganhos rápidos e livres de IRS.

Na segunda-feira, o valor da bitcoin voltou a subir, depois de o maior investidor institucional em bitcoin, o Grayscale Bitcoin Trust, ter anunciado que planeia converter os 34 mil milhões de dólares que tem sob gestão num Exchange-Traded Fund (ETF) de bitcoin. Além disso, a Coinbase, a maior corretora de criptomoedas do mundo, confirmou que planeia entrar na bolsa de Nova Iorque este mês, integrando o Nasdaq.

Todos estes fatores ajudam a explicar o porquê de a bitcoin continuar a valorizar, subindo esta terça-feira 1,79%, para 58.531,4 dólares.

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Antigos combatentes já não têm de pagar taxas moderadoras

Entrou em vigor a isenção das taxas moderadoras no acesso ao Serviço Nacional de Saúde para os antigos combatentes.

Os antigos combatentes já estão isentos do pagamento de taxas moderadoras no acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), anunciou o Ministério da Saúde esta terça-feira. Para ter acesso, é apenas necessário apresentarem o cartão de utente ou do cartão de cidadão, quando se deslocarem a uma unidade de saúde.

Esta isenção, que faz parte de um conjunto de medidas de natureza social e económica consagradas no Estatuto do Antigo Combatente, “estende-se a viúvas ou viúvos dos antigos combatentes, bem como àqueles que se encontrassem a residir em união de facto reconhecida judicialmente, à data do falecimento do antigo combatente”, esclarece o ministério, em comunicado.

Para operacionalizar a medida foi “recentemente assinado um protocolo, entre a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN), a Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. (ACSS) e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E. P.E (SPMS)”, sinaliza o ministério liderado por Marta Temido.

Os beneficiários deixam assim de pagar taxas moderadoras nas consultas, exames complementares de diagnóstico e nos serviços de urgência do SNS, tendo apenas de mostrar um documento onde consta o número de utente de Saúde.

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Elon Musk cria SXPT em Portugal para fornecer internet via satélite

  • Lusa
  • 6 Abril 2021

A SpaceX, do presidente da Tesla, criou em Portugal a SXPT para oferecer internet via satélite. Serviço arranca até ao final de junho e faz mira a 16 mil clientes até ao fim do ano.

A SpaceX, do presidente da Tesla Elon Musk, criou a empresa Space Exploration Technologies Portugal – SXPT para fornecer internet via satélite no mercado português até final de junho, de acordo com o regulador Anacom.

A empresa terá capacidade para fornecer acesso à internet a 50 mil utilizadores em Portugal e prevê atingir 16 mil até final do ano.

Em comunicado divulgado no seu site, a Anacom adianta que se realizou, a 4 de março, uma reunião por videoconferência entre o presidente do regulador, João Cadete de Matos, e o diretor de global satellite government affairs da SpaceX, Matt Botwin, “na qual foram tratadas matérias relacionadas com o desenvolvimento da constelação de satélites Starlink para fornecimento de acesso à internet”.

De acordo com a Anacom, nessa reunião “foi transmitido ter sido recentemente completada a cobertura de todo o território nacional pela rede de satélites já colocados em órbita pela SpaceX e que pretendem dar início, até ao final do mês de junho, à comercialização em Portugal dos seus serviços de acesso à Internet de banda larga avia satélite”.

A SpaceX criou “no nosso país a empresa Space Exploration Technologies Portugal – SXPT”, tendo informado que “terá capacidade para fornecer o acesso à internet a 50 mil utilizadores em Portugal, prevendo atingir os 16 mil utilizadores até ao final de 2021”, acrescenta.

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China e Rússia acusadas de praticarem ciberespionagem a Portugal

  • ECO
  • 6 Abril 2021

O Relatório Anual de Segurança Interna fazia referência a ciberespionagem a Portugal de "origem estatal". Segundo o Público, ataques informáticos ao país terão tido origem na China e Rússia.

A China e a Rússia são suspeitas de praticarem ciberespionagem a Portugal, avança o Público (acesso condicionado). O Relatório Anual de Segurança Interna referente a 2020 reconhece o crescimento desta prática no ano da pandemia, mas omitia a origem dos mesmos.

O jornal cita quatro fontes anónimas para referir que, na parte em que o relatório menciona “ameaças persistentes, tecnologicamente avançadas, de origem estatal”, as autoridades portuguesas referem-se àqueles dois países. Contactados pelo Público, o gabinete do primeiro-ministro e o Centro Nacional de Cibersegurança não confirmaram a informação, mas também não a desmentiram.

China e Rússia são dois países com conhecidas capacidades cibernéticas, estando a China alegadamente mais associada a ciberataques contra instituições de saúde, enquanto a Rússia privilegia entidades ligadas ao Estado. Alguns dos ataques estarão a ser investigados pela Polícia Judiciária, mas não se sabe que medidas foram tomadas por parte de Portugal, nomeadamente no plano diplomático.

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