Inflação sobe para 4,9% na Zona Euro em novembro

Portugal tem a segunda taxa de inflação mais baixa (2,7%) entre os Estados-membros, mas registou uma aceleração face aos 1,8% do mês anterior.

A inflação em território europeu continua a acelerar, sobretudo devido ao aumento dos preços da energia. Depois de ter passado a barreira dos 4% em outubro, esta taxa aumentou para 4,9% em novembro na Zona Euro, mostra a estimativa do Eurostat. Portugal tem a segunda taxa mais baixa entre os Estados-membros (2,7%), acelerando de 1,8% no mês anterior.

Em novembro, a inflação estava em 4,9% na Zona Euro, o equivalente a uma subida de 0,5% face a outubro (4,1%). Entre os vários Estados-membros, a Lituânia (9,3%), a Estónia (8,4%) e a Letónia (7,4%) brilharam com as taxas de inflação mais altas de toda a Zona Euro. No outro lado da tabela aparecem Malta (2,3%), Portugal (2,7%) e a França e a Finlândia (3,4%) com as taxas mais baixas.

Evolução da taxa de inflação na Zona Euro.Eurostat

Excluindo os preços da energia, a taxa de inflação seria de 2,5%, ou seja, já fora do limiar de 2% definido pelo Banco Central Europeu (BCE). Apesar disso, são admitidos desvios temporários e moderados, por isso, Christine Lagarde disse ser “muito improvável” o BCE subir juros no próximo ano, tranquilizando aqueles que apostavam numa subida das taxas de referência.

Como já afirmou a presidente do BCE, e como refere o Eurostat nesta estimativa rápida, o aumento dos preços da energia são os grandes responsáveis pelo agravamento da inflação. Estima-se que a taxa de inflação na energia tenha o maior aumento anual de sempre em novembro (27,4%), acima dos 23,7% observados em outubro. Por sua vez, a inflação nos serviços deve subir para 2,7% e na alimentação, álcool e tabaco para 2,2%.

Em certos países, a taxa de inflação tem disparado de tal maneira que está em máximos de sempre. É o caso da Alemanha e de Espanha, com taxas de 6% e 5,6% em novembro, os valores mais altos desde que o Euro entrou em circulação.

O BCE tem vindo a cortar nos estímulos monetários à economia mas, com a inflação a subir cada vez mais, seria de esperar que houvesse um aumento nas taxas de juro. Apesar disso, Lagarde já descartou essa hipótese, pelo menos no próximo ano. A próxima reunião do BCE para discutir a retirada de estímulos monetários na Zona Euro acontece a 16 de dezembro.

(Correção à notícia. Portugal registou uma aceleração da inflação face ao mês anterior, e não uma desaceleração como tinha sido escrito)

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Nas notícias lá fora: Ómicron, empresas britânicas e moedas digitais

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Novembro 2021

A vacina da Moderna é menos eficaz contra a nova variante da Covid-19, que pode arrefecer a economia e o emprego. A banca tradicional espanhola apoia a criação de criptomoedas pelos bancos centrais.

A nova variante da Covid-19 continua em destaque na atualidade internacional desta terça-feira, com a Moderna a avisar que a sua vacina contra o coronavírus é menos eficaz contra a Ómicron, enquanto o presidente da Reserva Federal dos EUA considera que a nova estirpe pode fazer arrefecer a economia e a contratação de trabalhadores. Destaca-se ainda a ilha de Barbados, que se tornou a mais recente República do mundo.

Reuters

CEO da Moderna assusta mercados financeiros depois de avisar que vacina é menos eficaz contra a variante Ómicron

A vacina contra a Covid-19 da Moderna deve ser menos eficaz contra a nova variante Ómicron em comparação com a Delta, alertou o diretor executivo da farmacêutica, Stéphane Bancel, em entrevista ao Financial Times. Esta afirmação lançou novos sinais de alarme nos mercados financeiros, levando a perdas de mais de um dólar nos futuros do petróleo bruto, o Nikkei a descer e a moeda australiana a atingir o nível mais baixo num ano. “Todos os cientistas com quem falei dizem que isto não é bom”, disse Bancel, que garantiu que a sua empresa está pronta para desenvolver uma vacina adaptada à Ómicron já no início de 2022.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago, conteúdo em inglês)

CNBC

Nova variante do coronavírus pode arrefecer a economia e emprego, alerta Powell

O presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, considera que o aparecimento de mais uma variante de Covid-19 pode arrefecer a economia e a contratação de trabalhadores, bem como aumentar a incerteza quanto à inflação. O recente aumento de casos do coronavírus e a emergência da variante Ómicron “colocam riscos descendentes para o emprego e a atividade económica e aumentam a incerteza sobre a inflação”, segundo declarações de Powell, preparadas para serem apresentadas esta terça-feira aos senadores da comissão da Banca. A nova variante pode também agravar ainda mais a situação nas cadeias logísticas, acrescenta.

Leia a notícia completa CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Metade das empresas do Reino Unido planeiam subir preços para compensar salários mais elevados

Metade das empresas do Reino Unido esperam subir os seus preços em resposta ao aumento dos custos salariais e às dificuldades da cadeia de fornecimento. É a conclusão de um inquérito do Lloyds Bank, que afirma também que a escassez de mão-de-obra persistiu em novembro e mostra que um quarto das empresas espera aumentar os salários em 3% ou mais no próximo ano, num esforço para reter e atrair trabalhadores. Estes dados são suscetíveis de alimentar as expectativas de que o Banco de Inglaterra irá aumentar as taxas de juro já em dezembro.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês)

El Economista

Banca tradicional de Espanha apoia moedas digitais dos bancos centrais

Os dirigentes das principais entidades financeiras que operam em Espanha expressaram o seu apoio às moedas digitais projetadas pelos bancos centrais e reticências às outras, pela falta de regulação e extrema volatilidade. Numa mesa-redonda realizada durante o IV Forum Bancário do El Economista, também manifestaram a sua confiança em que a banca tradicional não vá perder terreno para os novos bancos e as chamadas big tech (grandes empresas tecnológicas) e consideraram que se devem centrar num modelo de negócio misto, que combine “o digital com o pessoal”, uma assessoria de qualidade e um tratamento de proximidade, que supostamente é o valor acrescentado da banca.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol)

BBC

Barbados tornam-se República independente da coroa britânica

A ilha de Barbados, nas Caraíbas, empossou esta terça-feira Sandra Mason como Presidente do país, pondo fim ao poder de Chefe de Estado da rainha Isabel II naquela nação. Esta ex-colónia, com cerca de 280 mil habitantes, tornou-se independente em 1966, mas só agora deixa para trás séculos de influência britânica. O príncipe Carlos esteve presente na cerimónia de declaração da República, na qual reiterou os laços contínuos entre as duas nações, apesar da mudança de estatuto constitucional.

Leia a notícia completa na BBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Portway contesta greve dos trabalhadores dos aeroportos no Natal e Ano Novo

  • Lusa
  • 30 Novembro 2021

“Os quatro dias de paralisação total no Natal e Ano Novo vão ter muito mais impactos do que a greve na Groundforce no Verão passado, a 17 e 18 de julho”, considera a Portway, em comunicado.

A Portway contesta a greve de quatro dias convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação, alegando que “não existe qualquer motivo razoável” para a paralisação e que esta bloqueará os aeroportos no Natal e Ano Novo.

Em comunicado, a Portway diz esta terça-feira que não é verdade que não cumpra o Acordo de Empresa e defende que é o sindicato quem está a ignorar o estabelecido em matéria de avaliações de desempenho, uma vez que o processo das avaliações de desempenho ainda decorre, que “as avaliações são passíveis de recurso por parte dos trabalhadores” e que esse processo de reavaliação “não está esgotado”.

“Os quatro dias de paralisação total no Natal e Ano Novo vão ter muito mais impactos do que a greve na Groundforce no verão passado, a 17 e 18 de julho”, considera a Portway, em comunicado.

A empresa sublinha ainda que as greves convocadas na Groundforce “foram motivadas pelo não pagamento de salários, enquanto na Portway, onde todos os pagamentos foram, até à data, escrupulosamente cumpridos, o STAMA convoca uma greve com muito maior potencial de dano ao setor, ao país e aos passageiros, por discordarem das avaliações de desempenho”.

Em 2021, apesar de ser mais um ano de prejuízos para a companhia (previsão de -45% de movimentos face a 2019), a Portway “não recorreu a medidas que penalizassem os rendimentos dos colaboradores, ou seja, não recorreu a lay-off, nem a Apoio à Retoma, nem a outros mecanismos de ajuste do custo com pessoal, mantendo-se o escrupuloso cumprimento de todas as obrigações, sem qualquer atraso no pagamento de salários, atualizações já previstas ou outras remunerações”, insiste.

A Portway defende igualmente que a greve, convocada para os dias 22, 23, 29 e 30 de dezembro, “é mais uma forte ameaça à sustentabilidade da empresa”.

“A pandemia não terminou e as fortes consequências no setor vão continuar a fazer-se sentir, com a implementação de novas restrições às viagens”, lembra a empresa, acrescentando: “E se fosse preciso mais uma razão para que esta greve não fizesse sentido, essa razão seria o risco adicional para a saúde pública que um aeroporto paralisado pode representar, neste cenário de nova vaga devido a uma nova estirpe do SARS-coV-2”.

A empresa apela ainda ao bom senso dos trabalhadores, “no sentido de se evitar uma greve incompreensível, inaceitável e até imoral, que ameaça paralisar os aeroportos nacionais, impedir as férias e a reunião de milhares de famílias no Natal e Ano Novo e agravar os fortes prejuízos sociais e económicos para o país, com base num argumento que não tem sentido”.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA) avançou com três pré-avisos de greve na Portway para os vários dias em dezembro, incluindo uma paralisação “total” nos dias 22, 23, 29 e 30.

O primeiro pré-aviso, segundo o sindicato, deve-se aos “abusos na adaptabilidade” e prevê uma paralisação “de uma hora à entrada, duas horas à saída com início a 09 de dezembro (inclusive) e até 31 de dezembro (inclusive)”.

O segundo aviso prende-se com “as inconformidades no pagamento de trabalho extraordinário” e prevê “uma greve a todo o trabalho extraordinário, incluindo-se neste o trabalho em dias feriado, inicia-se a 09 de dezembro, por período indeterminado, ou até que a situação seja sanada”.

Por fim, em protesto contra o que chama “atropelos à avaliação de desempenho”, o STAMA decidiu avançar com uma “greve total nos dias 22 e 23 de dezembro e 29 e 30 de dezembro”.

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Subsídio social de desemprego vai subir em 2022

O IAS vai subir para 443,15 euros, no próximo ano, puxando por uma série de prestações sociais. É o caso do subsídio social de desemprego e do subsídio por morte.

No próximo ano, o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) vai subir para 443,15 euros, o que se traduzirá num aumento das várias prestações que lhes estão indexadas. É o caso do subsídio social de desemprego, que aumentará, assim, cerca de quatro euros, por mês.

A evolução do IAS é ditada pela evolução da economia, nos últimos dois anos, e pela variação média nos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor (IPC), sem habitação, tendo o Instituto Nacional de Estatística (INE) publicado, esta terça-feira, o valor provisório desse último indicador: 0,99%.

Como a média do crescimento anual do PIB dos últimos é inferior a 2%, o IAS vai ser atualizado, em 2022, em linha com a inflação, isto é, vai subir dos atuais 438,81 euros para 443,15 euros. Tal crescimento terá efeitos num conjunto variado de prestações sociais.

É o caso do subsídio social de desemprego, prestação disponibilizada a quem tenha esgotado o subsídio (normal) de desemprego ou a quem não tenha descontos suficientes para aceder a esse apoio. O valor deste subsídio é equivalente a 80% do IAS, no caso de os beneficiários viverem sozinhos (ou o valor líquido da remuneração de referência se este for mais baixo), ou a 100% desse montante, no caso dos beneficiários com agregado familiar (ou o valor líquido da remuneração de referência se este for mais baixo).

Ou seja, hoje esta prestação varia, regra geral, entre 351,05 euros e 438,81 euros. Já em 2022, passará a variar entre 354,52 euros e 443,15 euros, estando em causa, portanto, um aumento de cerca de 3,5 euros do valor mínimo e uma subida em torno de 4,3 euros do teto máximo. O subsídio social de desemprego pode ser majorado num valor correspondente a 10% do salário mínimo nacional (que subirá para 705 euros em 2022), por cada filho que integre o agregado familiar.

Outra prestação que deverá ser aumentada em 2022 à boleia do IAS é o subsídio por morte, que corresponde a três vezes este indexante. Atualmente está fixado em 1.316,43 euros, mas no próximo ano deverá passar para 1.329,46 euros. Em causa está uma prestação paga de uma só vez aos familiares do beneficiário, que se destina a “compensar o acréscimo de encargos decorrentes da morte deste, com o objetivo de facilitar a reorganização da vida familiar”.

Também o limite mínimo diário do subsídio de doença deverá crescer, em 2022, por via da atualização do IAS. Trata-se de uma prestação que serve para compensar a perda de remuneração resultante do impedimento temporário para o trabalho por motivo de doença e varia entre 30% do IAS e o valor líquido da remuneração líquida do beneficiário. Em 2021, esses 30% correspondem a 4,39 euros enquanto em 2022 deverão equivaler a 4,43 euros.

Por outro lado, no que diz respeito ao Rendimento Social de Inserção, o IAS serve para determinar quem tem ou não direito a esta prestação. O acesso a esta prestação depende de o valor património mobiliário, que não pode ser superior a 60 vezes o valor do IAS, isto é, 26.328,6 euros em 2021 e 26,589,25 euros em 2022.

Os dados divulgados esta terça-feira pelo INE permitem também calcular a atualização de que beneficiarão as pensões, no próximo ano.

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Taxa de inflação sobe para 2,6% em novembro

Índice de Preços do Consumidor (IPC) subiu 0,5% face a outubro, mas caiu 0,3% face a novembro do ano passado.

A inflação voltou a aumentar. Depois de uma subida em outubro, o Índice de Preços do Consumidor (IPC) cresceu para 2,6% em território nacional em novembro. Esta taxa representa um aumento de 0,5% face a outubro e uma descida de 0,3% face a novembro do ano passado, de acordo com a estimativa publicadas esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Se em agosto e setembro estabilizou nos 1,5%, outubro foi o pontapé de partida para um caminho de subidas da inflação. Passou para 1,8% no décimo mês do ano e, em novembro, deverá ter-se fixado em 2,6%. É uma subida de 0,5% no espaço de um mês, mas uma quebra de 0,3% num ano. O INE estima uma variação média da inflação de 1% nos últimos 12 meses.

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 1,8% (1,1% em outubro), estimando-se que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos se situe em 14,2% (13,4% no mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado uma variação de 0,8% (-0,7% em outubro).

O INE destaca ainda que o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português terá registado uma variação homóloga de 2,7% em novembro (1,8% em outubro).

(Notícia atualizada às 9h54 com mais informação)

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Todas as pensões vão aumentar em 2022 à boleia da inflação

As pensões mais baixas vão subir 0,99%, a partir de janeiro do próximo ano, em linha com a variação média nos últimos 12 meses do IPC.

Todas as pensões vão aumentar, a partir de janeiro de 2022, à boleia da inflação. Os dados provisórios divulgados, esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos à variação média nos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor (IPC), sem habitação, indicam que as pensões até 886,31 euros vão subir 0,99%, no próximo ano. Já as pensões entre 886,31 euros e 2.658,93 euros vão crescer 0,49%. E as pensões acima de 2.658,93 euros vão aumentar 0,24%.

Quando a média do crescimento real do PIB nos últimos dois anos é inferior a 2% — como acontece no momento presente –, diz a legislação que as pensões até duas vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) devem ser aumentadas em linha com a variação média nos últimos 12 meses do IPC, sem habitação, disponível a 30 de novembro do ano anterior a que se reporta a atualização.

Esta terça-feira, o INE revelou que a estimativa provisória desse indicador se fixou em 0,99%. Isto significa que as pensões até 886,31 euros vão subir 0,99%, a partir de janeiro de 2022.

Já as pensões intermédias — entre 886,31 euros (duas vezes o IAS) e 2.658,93 euros (seis vezes o IAS) — devem subir em linha com o IPC deduzido de 0,5 pontos percentuais. Logo, vão crescer 0,49%, no próximo ano.

Quanto às pensões mais altas (acima de 2.658,93 euros, isto é, seis vezes o IAS), a atualização prevista na lei é igual ao IPC deduzido de 0,75 pontos. Ou seja, estas pensões vão beneficiar de um aumento de 0,24%, em 2022.

Estas atualizações são ligeiramente superiores às que o Governo previa, na medida em que a variação média nos últimos 12 meses do IPC, sem habitação, terá ficado 0,09 pontos acima do que estava projetado, segundo o valor provisório divulgado pelo INE.

No próximo ano, ao contrário do que tem acontecido até aqui, as pensões não serão sujeitas a nenhum aumento extraordinário, uma vez que a proposta de Orçamento do Estado para 2022 — que previa essa medida — foi chumbada pela direita, pelo PCP, pelo PEV e pelo Bloco de Esquerda.

Os dados divulgados, esta terça-feira, pelo INE permitem também calcular o valor do IAS para 2022 e, por conseguinte, de uma série de prestações sociais, como o subsídio social de desemprego.

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Suíça exige quarentena de dez dias a portugueses

  • ECO
  • 30 Novembro 2021

Passageiros com mais de 16 anos que cheguem de Portugal têm de apresentar um teste PCR ou antigénio, além do certificado de vacinação ou recuperação. Depois têm de cumprir dez dias de quarentena.

A partir desta terça-feira, quem viajar de Portugal para a Suíça é obrigado a cumprir uma quarentena de dez dias, anunciou o Governo suíço.

“As autoridades suíças decidiram introduzir Portugal a partir de 30 de novembro na lista dos países apresentando uma variante preocupante do vírus Covid. Significa que a partir de 30 de novembro qualquer pessoa viajando de Portugal para a Suíça terá de apresentar um teste Covid negativo (PCR ou antigénio) e fazer na Suíça uma quarentena de dez dias”, especifica um comunicado da embaixada da Suíça em Lisboa.

As alterações não se cingiram apenas a Portugal mas também a outros três países, (Japão, Canadá e Nigéria) numa atualização quase diária que o Executivo tem vindo a fazer à medida que a nova variante da Covid se tem vindo a alastrar. Esta terça-feira as autoridades nipónicas revelaram que a Ómicron já chegou ao Japão.

Assim, todos os passageiros com mais de 16 anos que cheguem de Portugal têm de apresentar um teste (PCR ou antigénio), além do certificado de vacinação ou recuperação. Depois têm de cumprir dez dias de quarentena, uma obrigação que se estende também às crianças. Esta obrigação é independente do resultado do teste. Mesmo que negativo todos têm de cumprir.

Posteriormente, entre o quarto e o sétimo dia após a chegada ao país há que repetir o teste (PCR ou antigénio) e comunicar o respetivo resultado às autoridades.

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Sobra meio milhão de euros nos “cheques” para elétricos

  • ECO
  • 30 Novembro 2021

Estado recebeu pouco mais de 7.400 candidaturas, que não esgotaram a totalidade das verbas disponíveis. Montante que sobra será redistribuído por todas as categorias.

O Governo recebeu pouco mais de 7.400 candidaturas aos apoios à compra de carros e bicicletas elétricos, mas este número representa 502.600 euros em apoios que sobraram. De acordo com o Diário de Notícias, este montante será redistribuído pelas várias tipologias de veículos.

Tal como nos anos anteriores, os elétricos ligeiros de mercadorias tiveram o menor número de candidaturas aceites ou por validar (83). E, apesar de o Estado ter duplicado o cheque por veículo — havia 150 cheques de 6.000 euros — ficaram por usar cerca de 402 mil euros em apoios.

Os restantes 100.600 euros que sobraram dizem respeito a bicicletas de carga elétricas e convencionais. Aqui, havia 300 cheques, mas até agora foram aceites ou estão por validar apenas 221 candidaturas.

Quanto ao montante que sobrou, este será redistribuído por outras categorias, priorizando os veículos ligeiros de mercadorias, a seguir as bicicletas de carga, depois as bicicletas, ciclomotores e motociclos elétricos, seguidas pelas bicicletas convencionais e, por fim, os veículos ligeiros de passageiros.

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Governo exige certificado nos restaurantes, mas deixa de fora cafés e pastelarias

  • ECO
  • 30 Novembro 2021

Com o regresso ao estado de calamidade, será necessário apresentar certificado Covid-19 para aceder a restaurantes, mesmo aos fins de semana, mas cafés e pastelarias não são abrangidos pela medida.

Perante o regresso ao estado de calamidade a partir de quarta-feira, o acesso a restaurantes estará condicionado à apresentação do certificado digital Covid-19, que comprove a vacinação completa ou um teste negativo, mas cafés, pastelarias, snack-bares e esplanadas não são abrangidos pela medida.

A apresentação de certificado será exigida todos os dias e não apenas aos fins de semana. Além disso, contrariamente ao que vigorou no verão, deixarão de ser aceites testes rápidos à porta, nem nos restaurantes, nem noutros locais com restrições. Os únicos testes válidos são os PCR ou os de antigénio, realizados em laboratório ou farmácia.

Após um verão mais animado, os empresários do setor voltam a sentir-se preocupados perante as medidas que entrarão em vigor, visto que estavam a contar com jantares de Natal e outros eventos de grupo, o que lhes permitiria criar uma “almofada” para aguentar o primeiro trimestre do próximo ano. Sem notícias de apoios por parte do Governo, os empresários “empobrecem alegremente”, como resumiu ao Jornal de Notícias (acesso pago) o presidente da Associação Nacional de Restaurantes Pro.var, Daniel Serra.

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Lisboa no vermelho com Galp e BCP a pressionar

Bolsa nacional está a cotar em terreno negativo, com a maioria das cotadas no vermelho. EDP Renováveis trava descida mais acentuada.

A bolsa nacional abriu com perdas, penalizada sobretudo pelos títulos da Galp Energia e do BCP. No lado oposto, a travar uma descida mais acentuada do índice, está a EDP Renováveis. Lisboa acompanha, assim, a tendência de quedas que se vive no resto da Europa, numa altura em que o aumento de casos de infeção pela nova variante do coronavírus está a assustar os mercados.

O PSI-20 está a perder 0,43% para 5.439,73 pontos, com apenas três cotadas a escaparem às perdas. A contribuir para este desempenho do índice de referência nacional estão as ações da Galp Energia, que caem 1,43% para 8,27 euros, mas também as do BCP que recuam 1,25% para 0,1426 euros.

Este sentimento de quedas alastra-se a quase todas as cotadas nacionais. Destaque ainda para a GreenVolt, que perde 1,14% para 6,05 euros, acompanhada pela Jerónimo Martins que desvaloriza 0,95% para 19,315 euros. A Sonae perde 0,89% para 0,9485 euros.

No lado oposto, a travar uma descida mais acentuada do PSI-20, estão os títulos da EDP Renováveis, que avançam 0,53% para 22,58 euros, representando a maior subida desta sessão. A Novabase soma 0,2% para 4,9 euros e a Pharol cresce 0,12% para 0,085 euros.

Lisboa acompanha, assim, as perdas que se vivem no resto da Europa, no dia em que o índice de referência europeu, Stoxx-600, perde 1,15% para 461,86 pontos. O mesmo acontece com outros índices, como o espanhol Ibex-35 e o francês CAC-40 que recuam 1,21% e 1,39%, respetivamente.

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Bondalti aposta no lítio com nova tecnologia

  • ECO
  • 30 Novembro 2021

Antiga CUF está a testar a purificação do lítio num processo semelhante ao que usa para produzir cloro. Prevê contratar duas dezenas de trabalhadores.

Depois das águas residuais e de projetos de hidrogénio verde, a Bondalti quer estrear-se no mercado da purificação de lítio. Usando o mesmo processo que já usa para produzir cloro, a antiga CUF quer testar uma nova tecnologia para purificar este mineral importante para baterias de telemóvel, adiantou o presidente da empresa, em declarações ao Jornal de Negócios (acesso pago).

“Caso tenhamos sucesso no que estamos a fazer — que é estudar uma tecnologia nova baseada na eletrólise para extrair e purificar o lítio — podemos entrar nessa cadeia” de valor, disse João de Mello. Ou seja, a eletrólise de salmoura (água saturada de sal sujeita a corrente elétrica), o mesmo processo químico já usado pela empresa para produzir cloro, servirá de base para essa purificação do lítio.

Para isso, a empresa do Grupo José de Mello está a criar “parcerias com algumas empresas” em Estarreja, de forma a “validar o processo (…) e a tecnologia”, que depois será desenvolvida. Adquirir empresas não está nos planos para esta área de atuação. A Bondalti espera ainda recrutar cerca de duas dezenas de trabalhadores já em 2022, “nomeadamente no segmento de gestão de água e resíduos”.

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Stratio levanta 10,6 milhões para acelerar expansão e duplicar equipa

Presente na Europa, América do Norte, América Latina e Ásia, a startup entra assim numa "nova fase de crescimento global, pretendendo desenvolver ainda mais a plataforma". 

A portuguesa Stratio levantou 12 milhões de dólares (cerca de 10,6 milhões de euros) numa ronda de financiamento série A. Com esta injeção de capital, a plataforma líder de manutenção preditiva de frotas em tempo real pretende “acelerar a sua expansão, aumentar a capacidade de I&D e duplicar a equipa até ao final de 2022″, para 120 pessoas.

“Temos o produto mais disruptivo a nível mundial para a indústria dos transportes. Com este investimento queremos atrair engenheiros de diferentes áreas para continuar esse desenvolvimento, contribuindo assim para eliminar os tempos de paragens forçadas que afetam a economia global e a vida das pessoas a cada dia. A manutenção preditiva da frota em tempo real da Stratio significa maior qualidade e transporte público mais barato, entregas dentro do prazo, ao mesmo tempo em que conseguimos tornar o transporte mais sustentável”, explicam os cofundadores da Stratio, Ricardo Margalho (CEO) e Rui Sales (presidente), citados em comunicado.

A ronda foi liderada pela Forestay Capital, o braço Deep Tech e SaaS Venture Capital da Waypoint Capital, e contou com a participação dos anteriores investidores Crane Venture Partners.

Lançada em 2017, a tecnológica portuguesa faz manutenção preditiva de frotas em tempo real utilizando Inteligência Artificial, trabalhando com “5 das 10 maiores empresas de transporte do mundo”, ajudando-as a evitar avarias, tempo de inatividade e reduzindo as emissões. Os veículos equipados com sua tecnologia já transportaram até hoje 1,3 mil milhões de pessoas, circulam o globo 20 vezes por dia, percorrendo o equivalente a três viagens até ao sol nesse período, segundo informa.

Até ao final de 2022, a Stratio pretende “duplicar o número de colaboradores até ao final de 2022”, dos atuais 60 para 120, “para responder aos novos desafios tecnológicos do setor de transportes, incluindo ser a referência mundial de manutenção preditiva também ao nível de veículos elétricos”.

Presente na Europa, América do Norte, América Latina e Ásia, a empresa entra assim numa “nova fase de crescimento global, pretendendo desenvolver ainda mais a plataforma”.

A receita recorrente anual da empresa (ARR) cresceu 2700% desde a ronda inicial de investimento, tendo investido uma média de 65% do seu orçamento em investigação e desenvolvimento nesse mesmo período, informa.

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