Ganhos em Wall Street no dia em que Biden subiu ao poder

Os mercados norte-americanos "deram" as boas-vindas ao novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com ganhos. O Netflix brilhou, na sessão desta quarta-feira.

No dia em que o democrata Joe Biden subiu ao poder e tomou as rédeas dos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street terminaram a sessão em “terreno positivo”, tendo sido fixados novos recordes. Entre as cotadas tecnológicas, a Netflix brilhou, depois de ter apresentado resultados animadores quanto ao último trimestre de 2020.

O índice de referência nos mercados norte-americanos, o S&P 500, valorizou 1,39% para 3.851,85 pontos, valor de fecho mais alto de sempre. Também acima da linha de água, o industrial Dow Jones subiu 0,83% para 31.188,38 pontos e o tecnológico Nasdaq destacou-se com um salto de 1,97% para 13.457,25 pontos. Ao longo da sessão, estes índices registaram novos recordes intradiários.

Joe Biden tomou posse, esta quarta-feira, como presidente dos Estados Unidos, cerimónia na qual não esteve presente o seu antecessor nesse cargo Donald Trump. O democrata prometeu que será o presidente de todos (mesmo dos que não o apoiaram) e apelou à união do país. “Este é o dia da América. Este é o dia da democracia. Um dia de história e esperança, de renovação”, sublinhou o líder norte-americano, que já sinalizou que será colocado no terreno um novo pacote de estímulos à economia de cerca de 1,9 biliões de dólares.

“Não tenho a certeza se o caráter político da tomada de posse contribuiu muito [para as negociações bolsistas], mas certamente que a expectativa de mais de um bilião de dólares em estímulos o fez”, explica Ross Mayfield, estrategista na Baird, citado pela Reuters.

Joe Biden já chegou à Casa Branca e espera-se que ainda esta quarta-feira assine vários diplomas, alguns deles a reverter escolhas de Trump.

Na sessão desta quarta-feira, destaque ainda para a Netflix, cujos títulos somaram 16,85% para 586,34 dólares, depois da apresentação dos seus resultados relativos ao último trimestre de 2020. A plataforma de streaming anunciou ter superado a fasquia dos 200 milhões de subscritores a nível global e ter alcançado 25 mil milhões de dólares em receita anual, mais 24% do que em 2019. Já o lucro operacional cresceu 75% para 4,6 mil milhões de dólares, num ano marcado pelo confinamento em vários países.

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Fundos pensões: Ageas continua líder. Gere 6,4 mil milhões de euros para pagar reformas

  • ECO Seguros
  • 20 Janeiro 2021

O valor total sob gestão dos fundos de pensões sob supervisão da ASF cresceu 5,5% em 2020, menos do que os 12% da progressão observada no ano anterior. Ageas Pensões lidera em montantes geridos.

O ranking das gestoras de fundos de pensões no mercado português manteve, em 2020, as posições relativas das primeiras cinco entidades, as quais concentram cerca de 80,7% do volume total dos montantes geridos, revela informação da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Valdemar Duarte, diretor geral da Ageas Pensões, tem montantes para gerir no valor de 6,4 mil milhões de euros

O quinteto da frente continua a ser liderado pela Ageas SGFP, detendo quota de 27,9% (a crescer 7,6% face aos montantes geridos em 2019). A CGD Pensões, com 19,3% (+8,2% em montantes geridos) manteve o segundo lugar e a BPI Vida e Pensões detendo 13,6% de quota (+1,5%) foi terceira. A GNB SGFP com 10,7% (5,2%) e a Sociedade Gestora Banco de Portugal, 9,2% (+2,9%) completam o top5.

Embora mantendo as respetivas posições na tabela, houve quem alcançasse crescimento a dois dígitos, como foram os casos da Crédito Agrícola Vida (+15,3% face a 2019), aproximando-se dos valores da Real Vida (9ª da tabela) e BBVA Fundos (+12,4%), ainda longe dos montantes geridos pela Santander Pensões, que mantém a sétima posição no ranking.

No final de 2020, o valor sob gestão de fundos de pensões atingiu os 23,02 mil milhões de euros, traduzindo um acréscimo de 5,5% face ao ano anterior, uma variação relativa inferior aos 12,1% registados em 2019 na comparação com o exercício precedente. Do montante total, 3,86 mil milhões de euros, ou cerca de 17% do global correspondiam à parte gerida pelas empresas de seguros, indicam dados ainda provisórios ASF para o ano marcado pela emergência da pandemia (Covid-19).

O montante global sob gestão dos fundos de pensões cresceu 16,5% entre 2017 e 2020, com a parte das empresas de seguros a crescer 12% e a das sociedades gestoras a fixar subida de 17,5%, detalha o relatório da Autoridade.

O mercado terminou o ano composto por 18 entidades gestoras (oito seguradoras) e carteira global de 234 fundos de pensões (74 geridos por empresas de seguros). Durante o ano de 2020, a estrutura pouco mudou, com a extinção de “dois fundos de pensões fechados, constituíram-se três fundos de pensões PPR, e um fundo de pensões fechado. Destes movimentos resultou um aumento de dois fundos de pensões sob gestão face ao ano anterior”, refere o documento.

Entre os ativos de pensões geridos pelas entidades supervisionadas, os fundos abertos (excluindo PPR e PPA) eram 60 (totalizando 2,2 mil milhões de euros), menos do que os 135 fundos fechados ainda ativos, os quais concentravam 19,97 mil milhões de euros, ou seja a parte maior do ativo total gerido, restando 38 PPR e um PPA, com 799 milhões alocados nos PPR e dois milhões de euros no PPA.

De acordo com a ASF, os 25 maiores fundos representam cerca de 85% do total dos montantes geridos, “continuando a destacar-se os fundos de pensões do setor bancário.” Os 10 maiores, em valor, são fundos fechados.

 

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Quase 80% dos profissionais de engenharia e operações vai procurar novo emprego este ano

Quase oito em cada 10 (77%) profissionais de engenharia e operações vão procurar uma nova oportunidade de emprego este ano e a maioria (seis em cada dez) acredita conseguir.

Os profissionais de engenharia e operações estão atentos e confiantes em relação ao mercado de trabalho. Quase 80% procura uma nova oportunidade de emprego este ano e a maioria (seis em cada dez) tem esperança de conseguir encontrar, avança a Robert Walters em comunicado.

Já no que diz respeito à remuneração, apenas 22% espera obter um aumento salarial durante este ano. De acordo com a consultora, para cargos de engenharia, o aumento será de até 10%. “O mercado terá de estabilizar para que os salários voltem a aumentar”, lê-se no comunicado.

A par da remuneração, os benefícios, planos de carreira definidos e a cultura empresarial fazem parte dos principais fatores que determinam a valorização de um empregador. Mas não só: também a possibilidade de horário flexível, o maior foco no ar bem-estar e a melhor utilização de tecnologia são cruciais, muito em linha com as novas dinâmicas e ritmos de trabalho acelerados pela pandemia mundial.

No que diz respeito a estes aspetos mais relacionados com o “salário emocional”, esperam-se “melhorias mais visíveis” como, por exemplo, opções de trabalho flexível ou remoto e outro tipo de benefícios. As empresas inquiridas pela consultora afirmam, com 82% de probabilidade, a possibilidade de ofereceram bónus este ano aos colaboradores nas áreas de engenharia e operações em cargos de gestão e diretivos, e com 64% de probabilidade de o fazerem para posições de menor senioridade.

“As empresas devem considerar implementar benefícios como flexibilidade e trabalho remoto mesmo após o fim da pandemia, pois cada vez mais profissionais os valorizam para favorecer o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal“, refere François-Pierre Puech, country manager da Robert Walters Portugal e head da divisão de engenharia e operações.

Tendências de contratação em 2021

“Portugal enfrenta atualmente vários desafios, mas também oportunidades. Por um lado, desafios de produtividade, competitividade, reindustrialização e infraestrutura e, por outro lado, oportunidades provenientes do mercado de energia renovável, estímulos económicos da União Europeia e uma recuperação económica”, lê-se no comunicado.

Como tal, a Robert Walters prevê que os três profissionais mais procurados em engenharia e operações durante o ano de 2021 serão, sobretudo, supply chain managers, business development renewables e industrial technical directors. Há que salientar, também, a procura crescente de perfis relacionados com operações, desde demand planning a funções de compras e logística ou supply chain em indústrias de manufatura.

Por outro lado, project managers e perfis de desenvolvimento de negócio para os setores das energias renováveis, Real Estate e construção estão já a ter também uma forte procura, bem como perfis de lean manufacturing e otimização de processos.

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Building the Future 2021: Fidelidade reafirma compromisso com futuro digital

  • ECO Seguros
  • 20 Janeiro 2021

O evento conta com o potencial de uma plataforma MatchMaking e a seguradora irá igualmente integrar o Job Pitch Challenge de atração de talento digital junto de estudantes e recém-licenciados.

A Fidelidade vai participar no “maior evento dedicado à transformação digital do ecossistema empresarial português” – o Building the Future, de 26 a 28 de janeiro e que decorre em formato híbrido (com transmissão em direto) no MAAT, em Lisboa.

Rogério Campos Henriques, CEO do Grupo Fidelidade, e Sérgio Carvalho, Diretor de Marketing, vão integrar, no dia 27 de janeiro, as conferências dedicadas aos temas Building the Strategy – Buinding Trust under Attack e Industry Talk – Beyond Insurance, respetivamente, aprofundando o “impacto da tecnologia na área dos seguros, partilhando experiências e identificando os principais desafios para gerar novas oportunidades de negócios e fomentar o setor dos seguros na área digital”, adianta a seguradora em comunicado.

A iniciativa possibilita a interação com audiência, oradores e parceiros, numa plataforma de MatchMaking, apoiada em inteligência artificial que potencia uma crescente customização da experiência ao longo de todo o evento.

Num evento que alia tecnologia, liderança e educação para potenciar pessoas e empresas, através de uma experiência 100% digital, a Fidelidade vai ainda marcar presença com um “stand virtual” onde será possível interagir com os participantes e conhecer a oferta personalizada de serviços e produtos disponibilizados pela companhia.

O programa pioneiro – Multicare Vitality – que junta a tecnologia à saúde e bem-estar e que incentiva a adoção de estilos de vida mais saudáveis, recompensando diretamente o utilizador, vai estar em destaque ao longo de todo o evento.

A Fidelidade vai também integrar o Job Pitch Challenge digital, apostando na atração de talento junto de estudantes ou recém-licenciados que participam na edição Building the Future 2021.

Com a presença nesta iniciativa, “de partilha de soluções para liderar a economia do futuro, mais tecnológica, a Fidelidade reforça o investimento da Companhia em disponibilizar soluções inovadoras, assentes em experiências digitais, para gerações cada vez mais digitais”, explica a companhia.

 

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AHRESP pede revogação da proibição de venda de bebidas em take away

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2021

"A venda de bebidas propriamente dita não representa qualquer risco acrescido", defende a AHRESP.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defendeu, esta quarta-feira, a revogação da proibição da venda, no take away de qualquer tipo de bebidas, alertando que o que se pretende impedir é o consumo junto aos estabelecimentos.

No seu boletim diário, a associação referiu que “as últimas medidas restritivas impostas ao funcionamento da restauração e similares vieram determinar a proibição, no take away, da venda de qualquer tipo de bebidas”.

A AHRESP considera que “a venda de bebidas propriamente dita não representa qualquer risco acrescido”, defendendo que “seja revogada esta medida, uma vez que o que se quer prevenir é o consumo de produtos à porta do estabelecimento ou nas suas imediações, e não a venda, que apenas vai prejudicar a já difícil situação dos estabelecimentos”.

Esta questão “assume maior relevância nos estabelecimentos que funcionam com menus, com bebida muitas vezes incluída no preço”, diz a AHRESP, adiantando que “está a questionar a tutela sobre esta e outras questões que estão a levantar muitas dúvidas”.

As vendas ao postigo nas lojas do ramo não alimentar e de bebidas, incluindo café, nos estabelecimentos do ramo alimentar foram proibidas, mesmo nos que estão autorizados a vender em take-away, anunciou o primeiro-ministro, na segunda-feira.

Estas novas restrições foram conhecidas no final de um Conselho de Ministros extraordinário em que o Governo aprovou novas medidas relacionadas com o confinamento geral que entrou em vigor às 00h00 da passada sexta-feira.

O primeiro-ministro referiu que três dias “é um período curto para avaliar as medidas adotadas”, mas sublinhou que os dados disponíveis apontam para a necessidade de “clarificar normas que tem sido objeto de abuso”, ou alargar “o quadro de restrições”, aprovadas na semana passada.

Neste contexto, passa a ser proibida a venda ou entrega ao postigo em qualquer estabelecimento do ramo não alimentar, como lojas de vestuário, bem como a venda ou entrega ao postigo de “qualquer tipo de bebidas, incluindo cafés”, sendo esta proibição extensível aos estabelecimentos autorizados a praticar take away.

O Governo decidiu também proibir a permanência e consumo de bens alimentares à porta ou nas imediações dos estabelecimentos do ramo alimentar e encerrar todos os espaços de restauração em centros comerciais mesmo no regime de take away.

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Presidente da Câmara de Pedrógão Grande acusado de 11 crimes

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2021

O presidente da Câmara de Pedrógão Grande foi acusado "pelos crimes de homicídio por negligência, alguns destes de ofensa à integridade física grave”.

O presidente da Câmara de Pedrógão Grande foi acusado de 11 crimes na sequência dos incêndios de junho de 2017, sete de homicídio por negligência e quatro de ofensa à integridade física por negligência, disse esta quarta-feira fonte do Ministério Público.

Numa informação colocada no site da Procuradoria da República da Comarca de Leiria, lê-se que “o Ministério Público (MP) do Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria deduziu acusação contra um arguido, autarca do município de Pedrógão Grande, pelos crimes de homicídio por negligência e de ofensa à integridade física por negligência, alguns destes de ofensa à integridade física grave”.

Fonte do MP disse à Lusa que o autarca é o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, e especificou o número de crimes. “Esta acusação é deduzida no âmbito de inquérito autónomo instaurado com base em certidão extraída do processo onde se investigaram os incêndios que, no dia 17 de junho de 2017, lavraram nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere e Ansião”, no distrito de Leiria, adianta a informação no site.

Ainda segunda a informação, “estes incêndios provocaram mais de seis dezenas de vítimas mortais e feriram mais de quatro dezenas de pessoas, tendo ainda destruído mais de 24 mil hectares de mato e floresta e inúmeros imóveis, sendo que o processo originário, onde estão pronunciados 10 arguidos, encontra-se, atualmente, em fase de julgamento, com audiência inicial designada para o próximo mês de março”, adianta.

O inquérito foi avocado pela procuradora da República diretora do Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria.

O incêndio que deflagrou em junho de 2017 em Pedrógão Grande e que alastrou a concelhos vizinhos provocou a morte de 66 pessoas e 253 feridos, sete dos quais graves, e destruiu cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.

Na sequência da investigação, o Ministério Público acusou 12 arguidos, incluindo os então presidentes das câmaras de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos. Valdemar Alves não foi acusado. Foi requerida abertura de instrução, tendo o presidente do Município de Pedrógão Grande e mais nove arguidos sido pronunciados.

Do despacho de pronúncia recorreram o Ministério Público e Valdemar Alves para o Tribunal da Relação de Coimbra, que considerou que o autarca não deveria ir a julgamento, tendo o MP pedido extração de certidão para abertura de inquérito autónomo contra o autarca.

No âmbito deste inquérito, o MP deduziu agora acusação contra o presidente da Câmara de Pedrógão Grande. A Lusa contactou Valdemar Alves, para saber se vai pedir abertura de instrução, sem sucesso.

Entretanto, se não for requerida abertura de instrução, o Ministério Público pode pedir a apensação deste processo ao que vai ser julgado a partir de março, no Tribunal Judicial de Leiria.

Neste julgamento, estão os então presidentes dos municípios de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, respetivamente Fernando Lopes e Jorge Abreu (que se mantém no cargo), e o na altura vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande, José Graça.

Em julgamento vão estar, também, a então engenheira florestal do município de Pedrógão Grande, Margarida Gonçalves, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, o subdiretor da área comercial da EDP, José Geria, e o subdiretor da área de manutenção do Centro da mesma empresa, Casimiro Pedro, e três responsáveis com cargos na Ascendi Pinhal Interior: José Revés, António Berardinelli e Rogério Mota.

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Presidenciais. Marcelo aponta segunda volta como provável caso abstenção atinja 70%

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2021

"Basta que a abstenção atinja 70% para tornar quase inevitável uma segunda volta", disse Marcelo Rebelo de Sousa, esta quarta-feira.

O Presidente da República e recandidato ao cargo, Marcelo Rebelo de Sousa, apontou esta quarta-feira uma segunda volta como provável, “quase inevitável”, no caso de a abstenção nas eleições presidenciais de domingo atingir os 70%.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava durante um encontro com alunos na Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, justificou no final aos jornalistas a decisão de continuar com ações de campanha, apesar da gravidade da evolução da Covid-19 em Portugal, com o argumento de que “a democracia não se deve suspender”.

Durante esta iniciativa, o chefe de Estado e candidato presidencial voltou a assumir “a responsabilidade máxima por aquilo que corre bem ou mal” na gestão política do combate à covid-19 em Portugal, realçando que além de declarar o estado de emergência também assina os decretos de execução do Governo.

“Era mais cómodo dizer: a culpa é de Governo, naquilo que são pormenores, porque eu defini o quadro geral e o Governo executa – mas acho que não era honesto. Eu prefiro ser julgado daqui a quatro dias, qualquer que seja o sentido do julgamento, por aquilo que fiz, não fiz, o Governo fez, não fez, o parlamento autorizou ou não, porque se não neste país nunca ninguém é responsável por nada. Aqui, sou eu, pronto, sou eu, ponto final, parágrafo“, afirmou.

Perante cerca de 50 alunos sentados em cadeiras dispostas no auditório da escola, um antigo ginásio, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que, com a sua experiência de “analista político durante 50 anos”, já analisou todos os dados disponíveis e não tem “estados de alma” em relação aos resultados das eleições.

Basta que a abstenção atinja 70% para tornar quase inevitável uma segunda volta, porque a abstenção pune em função da intenção de voto dos vários candidatos, atinge mais os que têm mais intenção de voto“, apontou.

No liceu onde estudou entre 1959 e 1966, o professor catedrático de direito jubilado, que se recandidata a Presidente da República apoiado por PSD e CDS-PP, considerou que “quem vai a uma eleição ganha ou perde e não fica mais infeliz por perder ou mais feliz por ganhar, é assim, faz parte da lógica das coisas”.

No final desta iniciativa, em que esteve perto de duas horas e meia à conversa com os alunos, a comunicação social perguntou-lhe se não deveria interromper a campanha e ficar no Palácio de Belém como Presidente da República.

Mas eu sou sempre Presidente, ao mesmo tempo que sou candidato, e uma coisa que é fundamental é não dar aos portugueses, que devem votar no domingo, um sinal contraditório do apelo à votação“, respondeu. “Uma coisa é ir ponderando a resposta à pandemia, outra coisa é suspender a democracia. A democracia não se deve suspender“, acrescentou.

Em seguida, Marcelo Rebelo de Sousa fez um apelo à participação nas eleições de domingo, defendendo que “o dia da votação deve decorrer com os portugueses a perceberem que é muito importante votarem, que é muito importante votarem respeitando as regras sanitárias“.

O candidato presidencial mencionou que “inúmeras democracias assim o fizeram” durante a atual pandemia de Covid-19.

“Acho que isso é uma maneira de mostrar um empenho na afirmação da democracia, não a suspendendo, não a paralisando, não a parando, não a adiando. Portanto, uma coisa é resposta serena e ponderada aos desafios da pandemia, outra coisa é afirmarmos a importância de vivermos em democracia, haja ou não pandemia”, reforçou.

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Beneficiários de prestações de desemprego com aumento de 40,9% em dezembro

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2021

No que diz respeito ao subsídio de desemprego, verificou-se um aumento homólogo de quase 43% para 205.303 beneficiários.

O número de beneficiários de prestações de desemprego aumentou 40,9% em dezembro face ao mesmo mês de 2019 e subiu 5,7% face ao mês anterior para um total de 241.324, indicam as estatísticas mensais da Segurança Social.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, o subsídio de desemprego abrangeu 205.303 beneficiários, aumentando 42,8% em termos homólogos e 5,8% por comparação com o universo de beneficiários registado em novembro.

Já o subsídio social de desemprego inicial (dirigido às pessoas que não reúnem condições para receber subsídio de desemprego) abrangeu 10 285 desempregados, constituindo subidas de 51,5% e de 5,8% e de em relação ao mês homólogo e ao mês anterior, respetivamente.

Por seu lado, o subsídio social de desemprego subsequente (atribuído a quem já esgotou o subsídio de desemprego) aumentou em dezembro 30,4% em termos homólogo e 7,6% face ao mês anterior, abrangendo 25.865 beneficiários.

“Por idades e comparando com dezembro de 2019, continuam a registar-se acréscimos das prestações processadas em todos os grupos etários, em particular nos grupos mais jovens: o grupo de 24 ou menos anos (98,7%), entre os 25 e os 34 anos (72,4%), entre os 35 e os 44 anos (45,7%), e entre os 45 e os 54 anos (34,1%)”, refere a síntese estatística elaborada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que assinala que estes dados não incluem as prorrogações das prestações de desemprego.

O valor médio do subsídio processado por beneficiário foi em dezembro de 502,47 euros, semelhante ao verificado em julho e ligeiramente acima dos quatro meses imediatamente anteriores.

Os dados também divulgados esta quarta-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) indicam que dezembro registou um aumento homólogo de 29,6% do número de desempregados inscritos nos centros de emprego e uma subida de 1,0% face a novembro.

De acordo com o IEFP, no final de dezembro, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 402.254 desempregados. Este número representa 69% de um total de 582.926 pedidos de emprego.

Em dezembro, o desemprego registado aumentou em todas as regiões, com destaque para o Algarve (60,8%) e Lisboa e Vale do Tejo (41,1%).

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Lei trava venda de 1.070 casas de morada de famílias penhoradas por dívidas fiscais

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2021

Desde 2016 que a venda de casas penhoradas, por dívidas fiscais, está proibida quando se destinem a habitação própria e permanente.

A Autoridade Tributária (AT) identificou, entre 2016 e 2020, 1.070 casas penhoradas por dívidas fiscais sinalizadas como estando afetas a habitação própria e permanente tendo travado a venda destas habitações.

Desde 2016 que a venda de casas penhoradas por dívidas fiscais está proibida quando se destinem a habitação própria e permanente, tendo fonte oficial do Ministério das Finanças referido, em resposta à Lusa, que “do total de imóveis destinados à habitação penhorados entre 24 de maio de 2016 e 24 de novembro de 2020, “1.070 indiciavam poder estar afetos a habitação própria e permanente”.

A mesma fonte oficial sublinha que “no mesmo período não foi concretizada qualquer venda de imóvel que sendo destinado a habitação própria e permanente do devedor ou do seu agregado familiar estivesse efetivamente afeto a esse fim”.

Este universo de 1.070 casas insere-se num total de 26.131 imóveis destinados a habitação que foram alvo de penhora pelos serviços da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), devido à existência de dívidas fiscais por parte dos proprietários.

Natália Nunes, coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da Deco assinala a “grande discrepância” entre as mais de 26 mil penhoradas e as cerca de mil que estavam referenciadas como servindo de habitação própria e permanente, mas assinala o facto de se tarar de cerca de mil famílias “que possivelmente, se não fosse esta medida, ficariam sem as suas casas”.

Em causa está uma lei que entrou em vigor em maio de 2016 (resultando de propostas do PS, PCP, BE e Verdes) que, apesar de não impedir a penhora de imóveis usados para habitação própria e permanente pela existência de dívidas fiscais, proíbe a sua venda.

Não há lugar à realização da venda de imóvel destinado exclusivamente a habitação própria e permanente do devedor ou do seu agregado familiar, quando o mesmo esteja efetivamente afeto a esse fim”, refere o diploma que determina ainda que o executado é “constituído depositário do bem, não havendo obrigação de entrega do imóvel”.

Este enquadramento legal dá ainda a possibilidade ao devedor nestas condições de ir pagando a dívida fiscal em causa (e que esteve na origem da penhora) à medida das suas possibilidades.

De fora deste regime de salvaguarda ficam apenas “os imóveis cujo valor tributável se enquadre, no momento da penhora, na taxa máxima” de IMT na aquisição de casas destinadas a habitação própria e premente, ou seja, aqueles cujo valor patrimonial supera dos 574.323 euros.

Ainda assim, mesmo nestes casos, a lei determina que “a venda só pode ocorrer um ano após o termo do prazo de pagamento voluntário da dívida mais antiga”.

Em resposta à Lusa, a mesma fonte oficial do Ministério das Finanças precisa que no âmbito dos processos de execução fiscal “a ponderação e tomada de decisão quanto à promoção do registo e emissão de ordens de penhora é orientada em ordem ao respeito pelos princípios da prioridade, proporcionalidade e adequação da penhora, consagrados nos artigos 217.º e 219.º do Código de Procedimento (CPPT) e de Processo Tributário, que impõem a obrigação da penhora começar pelos ‘bens cujo valor pecuniário seja de mais fácil realização e se mostre adequado (suficiente) ao montante do crédito exequendo”.

A decisão de penhora só recairá sobre bens imóveis, se não forem conhecidos outros bens de mais fácil realização, que se mostrem suficientes/adequados à satisfação da dívida”, assinala a mesma fonte.

Ainda que esta lei evite que, em caso de dívida fiscal as pessoas não fiquem sem a casa que lhes serve de morada, o mesmo não se aplica em relação a outro tipo de dívidas. Natália Nunes olha com preocupação para esta situação, salientando que ao Gabinete de que coordena chegam vários casos de pessoas que continuam a ver a suas casas penhoradas e a serem vendidas por causa de dívidas muitas vezes de valor reduzido, sobretudo relacionadas com crédito pessoal, cartão de crédito ou de telecomunicações.

“Já este mês fomos contactados por uma pessoa com uma dívida de cartão de crédito de 2.500 euros e viu a casa ser penhorada. Era o único bem que possuía e era a sua casa de habitação própria permanente”, conta Natália Nunes.

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Empresas em lay-off tradicional aumentaram 12,7% em dezembro

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2021

Subiu para 283 o número de empresas em lay-off tradicional. Ainda assim, o número de trabalhadores abrangidos registou uma diminuição ligeira.

O número de empresas em lay-off tradicional, o previsto no Código do Trabalho, aumentou 12,7% em dezembro, para 283, mas o número de trabalhadores abrangidos diminuiu, segundo mostram as estatísticas da Segurança Social, divulgadas esta quarta-feira.

De acordo com os dados, o número de trabalhadores abrangidos pelo lay-off tradicional recuou 1,6% face ao universo registado no mês anterior, para 6.748. Apesar do ligeiro recuo, o número de trabalhadores em lay-off tradicional continuava em dezembro em níveis elevados, sendo este o quinto mês consecutivo com valores acima dos seis mil.

O valor mais alto destes últimos meses foi registado em outubro, mês em que o lay-off previsto no Código do Trabalho abrangeu 8.352 pessoas, sendo necessário recuar a 2005 para encontrar um valor mais elevado.

Os mesmos dados revelam ainda que do total de 6.748 trabalhadores em lay-off, a maior parte (4.463) encontrava-se com suspensão do contrato de trabalho e 2.285 na modalidade de redução de horário.

Olay-off previsto no Código do Trabalho permite às empresas em dificuldades suspenderem contratos de trabalho ou reduzirem horários de trabalho, tendo os trabalhadores direito a receber dois terços do seu salário, financiados em 70% pela Segurança Social.

A pandemia de Covid-19 levou o Governo a colocar no terreno uma versão simplificada do lay-off como forma de apoio à manutenção dos contratos de trabalho. Esta modalidade tinha sido descontinuada em julho, mas foi agora retomada no âmbito do novo confinamento geral, podendo ser requerida por todas as empresas que estão obrigadas a suspender a atividade.

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Parlamento suspende prazo de funcionamento da comissão de inquérito do Novo Banco

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2021

O prazo de suspensão alarga-se até ao 29 de janeiro devido ao agravamento da pandemia de Covid-19 no país.

A Assembleia da República suspendeu, esta quarta-feira, o prazo de funcionamento da Comissão Eventual de Inquérito às perdas registadas pelo Novo Banco por 15 dias, devido ao agravamento da pandemia de Covid-19 no país. O projeto, apresentado pelo Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, foi aprovado por unanimidade em sessão plenária.

“Tendo presente as condicionantes que decorrem do regime de confinamento”, a Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução solicitou a suspensão do seu prazo de funcionamento “durante o prazo de confinamento”, pode ler-se na iniciativa.

O prazo de suspensão alarga-se até ao 29 de janeiro, “e, em consequência, com efeitos reportados ao passado dia 15 de janeiro do corrente ano”, dia em que foi decretado o confinamento no país.

A comissão tomou posse no dia 15 de dezembro de 2020 e é presidida pelo deputado do PSD Fernando Negrão, tendo resultado das propostas aprovadas de BE, PS e Iniciativa Liberal para a sua constituição.

No passado dia 28 de dezembro terminou o prazo para a entrega de requerimentos dos partidos com a listagem de documentos a que pretendem aceder e de audições a solicitar, no âmbito da comissão de inquérito ao Novo Banco.

De entre os pedidos de audição estão o ministro das Finanças, João Leão, os ex-ministros Mário Centeno (PS) e Maria Luís Albuquerque (PSD-CDS), o ex-governador Vítor Constâncio, a comissária europeia Elisa Ferreira, o dirigente benfiquista Luís Filipe Vieira ou o hacker Rui Pinto.

Na sequência destes pedidos, o Novo Banco anunciou a criação de uma equipa especial de mais de 40 colaboradores, liderada pelo presidente executivo, António Ramalho, para responder “ao fluxo de documentação” solicitada. A documentação solicitada no âmbito da comissão de inquérito pode ultrapassar o milhão de páginas, estimou o Novo Banco, e a operação montada para a resposta da entidade bancária poderá ter um custo superior a 3,25 milhões de euros.

Já em janeiro, foi também decidido que as audições na comissão eventual de inquérito parlamentar ao Novo Banco vão ser presenciais, em face de uma norma aprovada pelos deputados que levará ao reagendamento caso o depoente esteja em isolamento devido à pandemia de Covid-19.

De acordo com o presidente da comissão, “os senhores deputados pronunciaram-se muito sobre esta necessidade e importância da audição pessoal, e portanto está esta norma devidamente enquadrada para que seja contemplada a audição presencial das pessoas, depois de recuperarem do problema que possam ter tido”.

A comissão “deve funcionar pelo prazo mais curto que permita cumprir os seus objetivos, não ultrapassando os 120 dias”, e tem quatro pontos no seu objeto. Os quatro pontos abrangem o “período antecedente à resolução e relativo à constituição do NB [Novo Banco]”, o “período antecedente e relativo à alienação”, o “período após alienação” e ainda pretende “avaliar a atuação dos governos, BdP [Banco de Portugal], FdR [Fundo de Resolução] e Comissão de Acompanhamento no quadro da defesa do interesse público”.

Na comissão o PS terá sete efetivos, o PSD quatro e o BE dois, enquanto PCP, CDS-PP, PAN e Iniciativa Liberal estarão representados, cada um, por um deputado efetivo, num total de 17.

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Desativar Matosinhos vai demorar 3 anos, Galp vai falar com cada um dos 401 trabalhadores

A primeira etapa da desativação da refinaria ficará terminada em 2021. A Galp quer manter em Matosinhos 70 postos de trabalho. Mobilidade interna (Sines) e reforma são opções para os restantes.

Depois de várias pressões por parte do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, e dos sindicatos de trabalhadores, a Galp informou esta quarta-feira que a desativação das instalações industriais da refinaria de Matosinhos deverá prolongar-se durante um período mínimo de três anos e ter três grandes etapas: descomissionamento, desmantelamento e descontaminação.

A primeira etapa — descomissionamento — terá lugar já durante 2021: até final de março para a fábrica de combustíveis, até final de junho para as fábricas de aromáticos e óleos base e até final de dezembro para as utilidades, revelou a empresa. Esta fase destina-se a “isentar todas as unidades processuais da presença de produto, preparando nos equipamentos de uma forma segura para, a partir de 2022, o seu desmantelamento e subsequente descontaminação”.

A petrolífera informou também que iniciou esta semana “um conjunto de reuniões e sessões de esclarecimento para partilhar informação com os colaboradores e com os seus representantes acerca das soluções previstas para as pessoas e das etapas de desativação da Refinaria de Matosinhos”. A ideia é manter apenas cerca de 70 postos de trabalho no parque logístico.

“Entre fevereiro e março serão realizadas conversas individuais com as 401 pessoas da Refinaria com o objetivo de identificar as soluções que se afigurem viáveis em cada caso particular e a data de implementação prevista para a mesma, garantindo que todos serão ouvidos e tratados com o respeito e a dignidade que se exige”, explicou a Galp no mesmo comunicado.

A empresa fala em privilegiar “soluções que permitam a manutenção do emprego, encontrando-se em curso uma análise de todos os processos de contratação na empresa, avaliando a possibilidade de direcionar uma parte substancial das vagas de 2021 para promover eventuais situações de mobilidade interna e de requalificação de competências. Desta forma pretende-se integrar o maior número de pessoas noutras funções dentro do Grupo Galp, nomeadamente na Refinaria de Sines, bem como em outras oportunidades no mercado de trabalho”.

Além disso, foram também identificadas potenciais situações de reformas por velhice, reformas antecipadas por turnos, e considerado um plano social para os casos de acordos de pré-reforma ou de rescisões por mútuo acordo.

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