Covid-19 e Interrupção de negócios: Milhares de empresas serão indemnizadas no R. Unido

  • ECO Seguros
  • 17 Janeiro 2021

A disputa legal entre seguradoras e milhares de empresas britânicas sobre indemnizações por interrupção de atividade por conta da pandemia chegou ao fim com decisão do Supremo favorável aos tomadores.

O Tribunal Supremo do Reino Unido deu o seu veredicto no processo (test case) que, a pedido da Financial Conduct Authority (FCA), procurava clarificação para dirimir o litígio entre diversas seguradoras e milhares de empresas seguradas quanto à interpretação de cláusulas contratuais (reunidas em 21 apólices comerciais tipificadas) na base da disputa legal envolvendo indemnizações reclamadas por conta das perdas de exploração resultantes da interrupção de atividade (BI – Business Interruption) no contexto da pandemia de Covid-19.

A FCA tomou a iniciativa de lançar o test case em nome dos titulares das apólices, levando o caso às instâncias judiciais. No final do processo, o Supremo britânico acabou por rejeitar os recursos interpostos pelas seguradoras (em dois dos quatro casos por falta de fundamentação legal) e a decisão que resulta do julgamento “é positiva para os segurados”, conclui-se das comunicações divulgadas por representantes das partes (FCA e ABI).

O Supremo julgou as querelas emergentes de 13 das 21 apólices (contendo as formulações tipificadas e preparadas em consenso com as seguradoras para o referido test case), analisando sobretudo o articulado e interpretação de quatro tipos de cláusulas consideradas “relevantes” relativamente aos termos “doença”, “inacessibilidade” e outros “conceitos híbridos” e, por outro lado, rejeitando aceitar (como jurisprudência) a decisão de um tribunal comercial – tida como peça fundamental da argumentação apresentada pela defesa das seguradoras – sobre um caso julgado em 2010, opondo a Generali SpA e a empresa Orient-Express Hotels Ltd, e que o Supremo considerou agora ter sido mal decidido.

No final do julgamento, o Supremo reconheceu, em termos práticos, que a materialidade do evento (pandemia de covid-19) se verifica e que, efetivamente, à luz do articulado contratual existe causa e factualidade para ativar as coberturas reclamadas.

O acórdão do Supremo Tribunal – que julgou com caráter de urgência (ao fim de apenas quatro sessões de audiências repartidas pelos dias 16, 17, 18 e 19 de novembro) e em tramitação direta (sem passagem pela apelação – Court of Appeal), com base e no seguimento da decisão vinda do High Court, proferida em setembro de 2020, após a qual algumas seguradoras desistiram de continuar a litigar“traz orientações definitivas sobre o bom funcionamento das coberturas sob certas extensões de seguros de interrupção de negócio sem danos e com clareza tanto para os segurados como para as seguradoras”, considera nota divulgada pela Herbert Smith Freehills, sociedade de advogados que participou no processo em nome da FCA.

A decisão vincula oito seguradoras que acordaram ser parte (voluntária) no julgamento, na qualidade de acusadas/respondentes: Arch Insurance (UK) Ltd; Argenta Syndicate Management Ltd; Ecclesiastical Insurance Office Plc; MS Amlin Underwriting Ltd; Hiscox Insurance Company Ltd; QBE UK Ltd; Royal & Sun Alliance Insurance Plc; Zurich Insurance Plc, lista a FCA, após decisão do Supremo, na página em que atualiza o andamento do que ficou conhecido comoBI/Covid-19 test case“. O Supremo divulgou ainda sumários individuais dos julgamentos feitos a cada um dos processos apresentados pelos diferentes participantes no test case.

Face à decisão final do colégio de cinco juízes do Supremo que se debruçaram sobre o caso, a associação britânica de seguradores (ABI) reagiu através de Huw Evans, diretor geral da setorial: “As seguradoras apoiaram o processo judicial acelerado em todas as suas fases e congratulamo-nos com a clareza que o julgamento trará a uma série de questões complexas. O julgamento de hoje representa a etapa final no processo de recurso”.

“A indústria seguradora espera pagar mais de 1,8 mil milhões de libras esterlinas em reclamações relacionadas com a Covid-19 através de uma gama de produtos, incluindo apólices de interrupção de negócios. Os clientes que apresentaram reclamações que estejam abrangidas pelo resultado do test case serão contactados pela sua seguradora para discutir o significado do acórdão relativamente à respetiva reclamação. Todas as reclamações válidas serão resolvidas o mais cedo possível e, em muitos casos, o processo de regularização de sinistros já começou”, garantiu o representante da indústria.

“Reconhecemos que este tem sido um período particularmente difícil para muitas pequenas empresas e lamentamos naturalmente que as restrições Covid-19 tenham conduzido a disputas com alguns clientes”, afirma Evans no comunicado da Association of British Insurers.

Segundo recorda o documento de 114 páginas onde é vertido o sumário da decisão do Supremo, “a FCA instaurou o processo em benefício dos tomadores de seguros, muitos das quais são pequenas e médias empresas (PME)”. Os arguidos são oito grupos seguradores considerados os principais subscritores das apólices BI (interrupção de negócios) no Reino Unido. “Conforme estabelecido num acordo-quadro entre as partes, o objetivo do processo (test case) visou alcançar a máxima clareza possível para o número máximo de tomadores de seguros e as suas seguradoras”, refere o mesmo documento.

A abordagem adotada no julgamento “foi a de considerar uma amostra representativa das formulações tipo validadas para as apólices de interrupção de negócios à luz de factos acordados e presumidos”. Estima-se que que, para além das apólices específicas que integraram o test case, “cerca de 700 tipos de apólices, mais de 60 seguradoras diferentes e 370.000 segurados poderiam ser potencialmente afetados pelo resultado do litígio”.

Após a decisão de última instância, que deverá facilitar o pagamento de reclamações de milhares de pequenos empresários, a imprensa britânica especializada em seguros estima o potencial de indemnizações num montante que poderá exceder 7000 milhões de libras esterlinas.

No seguimento da decisão judicial, que poderá constituir referência jurisprudencial, sobretudo no espaço da Commonwealth, a FCA e as seguradoras arguidas “estão a trabalhar o mais rapidamente possível com o Supremo Tribunal para permitir que o mesmo tribunal lavre as certidões de homologação da decisão”, referiu a Autoridade de Supervisão.

A FCA adiantou que publicará, na página dedicada ao processo Business Interruption, um conjunto de perguntas e respostas (Q&A) para os ajudar, aos segurados e aos seus conselheiros, na compreensão do que foi o test case, e promete publicar também uma lista de tipos de apólices de BI que potencialmente respondem à pandemia, com base em dados que irá recolher junto das seguradoras.

Ainda, a FCA lançou um projeto de orientação para segurados (cuja consulta pública termina a 22 de janeiro) para ajudá-los a provar a presença do coronavírus, que é uma condição em certos tipos de apólices.

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Ageas suspende aumento de tarifas no seguro automóvel

  • ECO Seguros
  • 17 Janeiro 2021

O grupo Ageas Portugal mantém medidas que lançou em março de 2020 por causa da pandemia e, face ao novo contexto de confinamento, avança com novas iniciativas de apoio e proteção dos segurados.

Respondendo ao novo estado de emergência decretado pelo Governo, no passado dia 13 de janeiro, a Ageas Seguros tomou a iniciativa de avançar com novas medidas que alargam a proteção dos clientes e permitem responder à redução do rendimento das famílias, “nomeadamente no seguro automóvel”, mantendo ainda as medidas que permitem aos segurados da companhia pagar os prémios “de forma mais alargada”.

Em resposta a questões de ECO Seguros, a companhia informa que decidiu “para já, a suspensão de aumentos tarifários”, permitindo ainda que tomadores de seguros possam pagar “até 60 dias após o vencimento da apólice”.

No contexto do agravamento do número de infeções por Covid-19, o serviço de “Avaliação de Sintomas para a COVID-19” continua disponível “para todos os portugueses, mesmo para aqueles que não são clientes Médis”, que, através de um questionário interativo no site da marca, podem assinalar os seus sintomas e fatores de risco e será feita uma correspondência à sintomatologia associada à COVID-19. Após a avaliação, o utilizador será aconselhado a seguir as recomendações mais adequadas para os seus sintomas e fatores de risco.

A Ageas recorda ainda que a seguradora de Saúde do grupo “comparticipa ainda a 100% o exame de diagnóstico COVID-19 para os Clientes Médis com cobertura de ambulatório, mediante prescrição médica, na rede de laboratórios com acordo. Quando numa situação de internamento ao abrigo do seguro, a pessoa contrair o vírus da COVID 19, a Médis irá continuar a garantir as despesas desse internamento”.

No caso do apoio ao cliente da Médis, as medidas implementadas no passado confinamento “também se mantêm, como o serviço Médico Online, que permite aos Clientes consultar um médico através de vídeo chamada, enviar exames ou receber prescrições, disponível via APP da Médis, sem custos para o Cliente. Continua também a oferecer o serviço de entrega de medicamentos ao domicílio”.

Relativamente à oferta de seguros, a Ageas Seguros realça que “mantém as medidas para aqueles que estão mais expostos ao risco, como os profissionais de saúde, e nesse sentido ajustou algumas das coberturas e franquias, nomeadamente nos seguros de vida e Acidentes de Trabalho”.

A abrangência pelo seguro de Acidentes de Trabalho da Ocidental e Ageas Seguros, em situações de trabalho remoto “continua considerada incluída de forma automática, ou das entregas ao domicílio por parte dos Clientes do setor da Restauração, caso um imprevisto aconteça durante o exercício da atividade, sem aumento do valor do seguro e sem necessidade de comunicação prévia”.

Os mediadores da Ageas Seguros “estão disponíveis nas lojas e segundo as regras do atual confinamento, e/ou remotamente através das várias plataformas digitais, para responder a todas as necessidades dos seus Clientes”, assegura a companhia.

No que toca ao contexto de isolamento social, a plataforma “Mundo Ageas” mantém-se ativa com a sua aposta nos serviços que podem ser prestados de forma remota, como por exemplo: aulas de música e de idiomas, consultas de psicologia e nutrição, personal training e explicações a estudantes. Pela sua especial relevância no momento atual, a entrega de medicamentos ao domicílio e o serviço de estafetas fazem também parte do conjunto de mais de 800 serviços disponíveis no Mundo Ageas.

Já na doação feita à Cruz Vermelha Portuguesa, por parte das marcas Ageas Seguros e Médis, no valor de 411,9 mil euros, “este projeto permitirá a continuidade do apoio à resposta no quadro da prevenção e controlo da pandemia, permitindo aumentar a capacidade para realizar testes de diagnóstico a mais pessoas, implementar unidades móveis e testes de diagnóstico à COVID-19 na região centro do país e garantir a aquisição de mais equipamento e material médico, de desinfeção, e capacidade logística”.

A Médis e a Ageas Seguros “mantêm também o seu compromisso em apoiar diariamente a formação dos profissionais de saúde que, através de 6 unidades móveis de triagem, irão realizar testes de diagnóstico a cerca de 60.000 pessoas”, complementa o grupo segurador.

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Zurich Portugal mantém teletrabalho há 10 meses

  • ECO Seguros
  • 17 Janeiro 2021

As medidas da Zurich para conter a Covid-19 remontam a fevereiro de 2020. Em regime de teletrabalho, a seguradora desenvolve ações que fomentam relações pessoais entre colaboradores e familiares.

Questionada sobre os efeitos do novo confinamento na continuidade do negócio, a Zurich considera que “o trabalho a partir de casa continua a revelar-se uma medida que em muito contribui para a prevenção do contágio da COVID-19 e, por isso mesmo, todos os nossos colaboradores, incluindo os 19 escritórios distribuídos pelo continente e ilhas, estão a trabalhar a partir de casa desde o dia 16 de março de 2020 – ainda antes de ser declarado o primeiro Estado de Emergência – e não há previsão de regresso aos escritórios”.

Desde março que “implementámos igualmente todas as medidas para mantermos o contacto e prestarmos todo o apoio aos nossos parceiros de negócio e clientes”, disse a ECO Seguros o CEO da companhia.

Além de permitir manter a continuidade do negócio, o trabalho a partir de casa trouxe oportunidades ao nível do desenvolvimento social da organização. Segundo o CEO da Zurich Portugal, no contexto do teletrabalho, “uma das principais medidas adotadas passou pelo lançamento do #BeConnected, um programa que visa fomentar, através de um conjunto de ações, as relações pessoais e profissionais entre os colaboradores da Zurich, demonstrando que mesmo a trabalhar a partir de casa, com a família, os nossos colaboradores conseguem estar ligados uns aos outros”.

“Entre 1 de dezembro e 6 de janeiro, levámos o Natal da Zurich a casa dos nossos colaboradores e parceiros de negócio através de um projeto criado para celebrar a época festiva, à distância, denominado Uma Hiztória de Natal”, complementou.

A loja de Lisboa está também encerrada desde março do ano passado e, como alternativa, “os clientes continuam a contactar-nos para o Zurich HelpPoint, o nosso contact center. Apesar do teletrabalho, o contacto com os nossos parceiros de negócio e clientes foi e continua a ser permanente, através de todos os nossos canais habituais”, referiu.

António Bico recordou ainda que as primeiras medidas implementadas na Zurich para conter a propagação da COVID-19 “foram tomadas ainda em fevereiro de 2020, em alinhamento com as orientações da Organização Mundial da Saúde, do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças e da Direção Geral da Saúde”.

Entre as iniciativas concretizadas, o responsável da Zurich Portugal referiu o reforço da higienização e segurança dos escritórios, a sinalética de prevenção de contágio nos edifícios, o cancelamento de todas as viagens profissionais internacionais e nacionais, o cancelamento de todos os eventos internos e externos agendados e, entre outras, o cancelamento de reuniões dentro dos espaços da companhia e reuniões externas.

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Governo reúne na segunda-feira em conselho de ministros extraordinário

  • ECO
  • 17 Janeiro 2021

O Governo vai reunir em conselho de ministros extraordinário para decidir novas medidas de confinamento, revela a RTP.

O Governo vai reunir em conselho de ministros extraordinário para decidir novas medidas de confinamento, revela a RTP. Este domingo, Marcelo Rebelo de Sousa tinha admitido a possibilidade de novas medidas de restrição por causa do agravamento dos números da pandemia e do aparente insucesso do confinamento geral que começou no dia 15.

De acordo com informações reveladas entretanto, serão ajustadas medidas como a venda ao postigo e os ATL para crianças serão abertos, não se conhecendo ainda outras possíveis medidas. E este conselho de ministros, avança a SIC, poderá ocorrer por via digital.

“Se for preciso reponderar medidas, o Governo terá o apoio do Presidente da República nem que seja como sinal para os portugueses“, disse o chefe de Estado, em declarações transmitidas pelas televisões, após uma visita ao Hospital Santa Maria. O país está em estado de emergência, que será renovado no dia 29 de janeiro e em confinamento generalizado desde sexta-feira.

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Brokerslink abre 2021 somando novos corretores à sua rede global

  • ECO Seguros
  • 17 Janeiro 2021

Com o mercado segurador a atravessar uma fase de endurecimento, a rede internacional cofundada pela portuguesa MDS alarga-se e acrescenta filiados na Macedónia, Senegal, RDC e Paquistão.

A Brokerslink, rede global de corretagem de seguros, iniciou o ano dando continuidade à expansão internacional, adicionando novos associados na Europa, Ásia-Pacífico e África.

A empresa sediada na Suíça e presidida por José Manuel Dias da Fonseca (CEO do grupo MDS) registou a adesão da JDB, uma corretora independente do norte da Macedónia, anunciando ainda a adesão de outros três novos afiliados. Na República Democrática do Congo (RDC), a Brokerslink passa a contar com a Juasur, no Senegal tem como novo associado a Fidelia e, no Paquistão, a Risk Management Services (RMS).

Christos Gavriel, diretor regional da Brokerslink para a Europa, comentou: “Entramos em 2021 em condições de mercado difíceis e é nessas circunstâncias que a perícia técnica dos corretores no mercado é posta à prova. Estamos orgulhosos da nossa rede de corretores profissionais independentes de qualidade que, podendo trabalhar em conjunto, tiram partido da experiência coletiva para fornecer soluções inovadoras aos seus clientes”.

A JDB, por exemplo, opera desde 2009 e tem crescido focada no serviço ao cliente. Brankica Pavleska, proprietário e CEO da agência reconhece muitos pontos em comum com a empresa que integra mais de 18 mil profissionais de seguro em todo o mundo: “Estamos muito orgulhosos de nos tornarmos uma afiliada da Brokerslink”.

Como empresa, “os nossos valores fundamentais são lealdade, empenho, energia, responsabilidade e integridade no nosso trabalho; qualidades que também vemos na equipa Brokerslink e em toda a rede“, afirmou.

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Edifício da Victoria Seguros obtém certificação “co/vida20″ pela NOVA Medical School

  • ECO Seguros
  • 17 Janeiro 2021

O "co/vida20 by NOVA Medical School" é um programa de qualificação do edificado, de suporte e informação, visando desenvolvimento e operacionalização de planos de contingência à medida da pandemia.

 

O edifício da seguradora, em Miraflores, onde a companhia concentra as suas operações, foi o primeiro imóvel em Portugal alvo de qualificação “co/vida20 by NOVA Medical School”, anunciou a seguradora.

O co/vida20 by NOVA Medical School, no âmbito da iniciativa heals: healthy living systems da u. me (unidade de medicina exponencial da NOVA Medical School)é um programa de qualificação do Edificado, de suporte e informação, auxiliando o(s) gestor(es) de um determinado edifício no desenvolvimento e operacionalização do seu Plano de Contingência customizado ante a pandemia COVID-19”, explica a seguradora num comunicado.

Segundo afirma a entidade, trata-se de “um novo paradigma, no qual, para além de uma preocupação primordial com a qualidade de vida e promoção da saúde dos ocupantes do edificado, neste caso, os colaboradores da VICTORIA, falamos também na criação de uma comunidade resiliente, na qual cada Colaborador, adaptando as melhores práticas que emanam do Plano de Contingência, se torna, dentro e fora de portas, um Agente de Saúde, contribuindo para a minimização do risco junto da sua família e de todos, enquanto Sociedade”.

Inerente ao “conceito do Living Lab APPII SI: Saúde & Imobiliário powered by VICTORIA Seguros, está a partilha de conhecimento e interação por partes dos vários players deste ecossistema, deixando conhecimento residente junto da comunidade. Neste sentido, é parte integrante deste processo de Qualificação, por parte da NOVA Medical School, um programa formativo, com partilha de informação acreditada, de qualidade, baseada na evidência biomédica, existindo, não só um apoio direto ao desenvolvimento de um plano de contingência interno (com certificado “co/vida20 by NOVA Medical School”) mas, também, o seu contínuo suporte (linha de suporte continuado e atualização de Orientações)”.

“Vivemos um reposicionamento ímpar da vida das pessoas, das empresas e da economia a nível mundial em função de um bem maior – a saúde. A VICTORIA quer contribuir para a criação de uma comunidade resiliente, protegendo os seus Colaboradores e por inerência as suas famílias, daí a importância da sua parceria com a NOVA Medical School, da Universidade NOVA de Lisboa, no âmbito da sua iniciativa heals: healthy living systems e da qualificação do edifício de Miraflores com esta certificação co/vida20 by NOVA Medical School”.

Esta qualificação, desenvolve um comunicado da seguradora, “vem reforçar a parceria estabelecida entre a VICTORIA e a Nova Medical School, em particular com a sua Unidade de Medicina Exponencial u.me, uma das áreas mais inovadoras e de futuro da Medicina,” afirmam Francisco Campilho e Carlos Suárez, diretores-gerais adjuntos da Victoria Seguros.

“É hoje particularmente relevante o contributo da Saúde como vetor de qualificação de todos os verticais de conhecimento, domínios societários e atividades económicas – tal como plasmado nas atividades do Living Lab APPII SI: Saúde & Imobiliário powered by VICTORIA Seguros – sendo este perfil de inovação e melhoria constante que a NOVA Medical School almeja, traduzindo o racional que pautou o desenvolvimento da u.me, unidade de medicina exponencial da NOVA Medical School, uma estrutura transversal cujo principal objetivo é o delinear e promoção de projetos de saúde interdisciplinares, atuando como um centro de inteligência colaborativa para intercâmbio científico, partilha de conhecimento, diálogo e trabalho em rede informados, moldando práticas e ferramentas sustentáveis para o desenvolvimento acelerado de intervenções inovadoras em saúde, criando valor e salvando vidas humanas,” afirma Jaime da Cunha Branco, professor catedrático, diretor científico da unidade de medicina exponencial e diretor da NOVA Medical School, citado no mesmo comunicado.

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Após isolamento de Leão e Siza, CCP apela à vacinação de governantes

O ministro das Finanças está infetado com Covid-19 e o ministro da Economia em isolamento profilático. Além do Governo, CCP pede a vacinação do Presidente da República e Presidente da AR.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considera que os titulares de órgãos de soberania devem ser urgentemente vacinados contra a Covid-19. O apelo é feito numa altura em que o ministro das Finanças João Leão está infetado com Covid-19 e o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital Pedro Siza Vieira está em isolamento profilático.

“Por muito respeito que possam merecer os critérios técnicos para a definição das pessoas abrangidas em cada fase de vacinação, outros valores têm que ser equacionados em simultâneo, nomeadamente o a estabilidade e o regular funcionamento das instituições do Estado e, não deixar que algum populismo possa conduzir ao adiamento de uma decisão que consideramos urgente, até do ponto de vista da imagem que se quer deixar destes seis meses de Presidência Portuguesa da UE”, diz a CCP em comunicado.

A confederação que representa o comércio e os serviços aponta a gravidade da situação atual, mas também o facto de Portugal ter acabado de assumir a Presidência da União Europeia. No grupo que a CCP considera que devem ser vacinados “com a maior brevidade” incluem-se o Presidente da República, os membros do Governo, o Presidente da Assembleia da República, e os principais responsáveis das forças de segurança.

Praticamente todos os dias, o país é confrontado com a notícia de que o Presidente da República ou um membro do Governo está ou pode estar infetado com Covid-19, de que são exemplos mais recentes, os Ministros de Estado das Finanças e da Economia e Transição Digital, obrigando ao inerente isolamento, não só dos próprios como de muitos colaboradores, já para não dizer que, uma vez mais, também membros da Comissão Europeia ficam obrigados a isolamento por contactos com dirigentes portugueses”, critica.

Este sábado, o Governo anunciou que o ministro das Finanças João Leão está infetado com Covid-19, mas assintomático e a trabalhar. Como o governante tinha participado em reuniões de trabalho com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e o colégio de comissários que se deslocou a Lisboa, três elementos que estiveram na visita tiveram de ficar isolados: os Vice-Presidentes Executivos Margrethe Vestager e Valdis Dombrovskis, assim como a comissária Elisa Ferreira. O mesmo aconteceu com o ministro Pedro Siza Vieira.

Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, encontra-se em vigilância passiva desde a semana passada, por ter tido contactos considerados de baixo risco com dois infetados com o novo coronavírus. Chegou a ter um teste positivo, mas que foi negado por uma série de outros testes negativos.

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Marcelo admite confinamento mais apertado devido à pressão nos hospitais

"Se for preciso reponderar medidas, o Governo terá o apoio do Presidente da República nem que seja como sinal para os portugueses", diz Marcelo Rebelo de Sousa, em visita ao Hospital de Santa Maria.

O agravamento da pandemia em Portugal com recordes de novos casos e forte pressão nos hospitais pode levar um endurecimento das medidas de contenção. A possibilidade foi admitida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que garantiu apoiar o Governo, se a decisão for aumentar as restrições. Sublinha, no entanto, que é uma avaliação feita a cada semana e que a evolução irá depender os portugueses.

Se for preciso reponderar medidas, o Governo terá o apoio do Presidente da República nem que seja como sinal para os portugueses“, disse o chefe de Estado, em declarações transmitidas pelas televisões, após uma visita ao Hospital Santa Maria. O país está em estado de emergência, que será renovado no dia 29 de janeiro e em confinamento generalizado desde sexta-feira.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que há três que ou a sociedade cumpre as restrições, ou o Governo adota um fechamento maior como “sinal” à sociedade ou então haverá um “galope” nas próximas semanas que cause um estado de emergência e um confinamento “muito mais longos”. Sublinhou que “as pessoas têm de perceber, como perceberam em março, a gravidade da situação”. A avaliação terá de ser feita “semana a semana” e um possível agravamento das medidas “depende muito dos portugueses”, referiu.

No sábado, tanto o número de novos casos de Covid-19 como de mortos atingiu recordes, sendo que este domingo — apesar de estes indicadores terem recuado ligeiramente — continuaram a aumentar os internados (4.889 em todo o país), incluindo nos cuidados intensivos (um total de 647). O agravamento da situação nos últimos dias levou os hospitais a perto do limite. O Hospital de Santa Maria, por exemplo, viu a procura aumentar 70% em 15 dias gerando filas de ambulâncias com doentes à espera de entrar, enquanto o Garcia de Orta, por exemplo, apontava no sábado para um “cenário de pré-catástrofe”.

Apesar disso, os dados da mobilidade medidos pela consultora PSE mostram que no primeiro dia de confinamento obrigatório, sexta-feira, apenas 39,5% das pessoas ficaram em casa, contra 61% no primeiro dia de confinamento em março. “Há um problema de os portugueses olharem para a realidade e tenderem a facilitar, o que significa não levar a sério o confinamento”, alertou o Presidente e recandidato ao mesmo cargo. “É preciso compreender que esta situação não é crítica, é muito crítica”, acrescentou.

Vacinação de bombeiros será acelerada

Antes da visita ao Hospital Santa Maria, Marcelo Rebelo de Sousa esteve ao início da tarde o quartel dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, em Oeiras, onde falou sobre o processo de vacinação numa altura em que os profissionais do setor reclamam não ter estar entre os primeiros para serem vacinados contra a Covid-19.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o Governo quer “acelerar o processo de vacinação” contra a Covid-19 de bombeiros por transportarem doentes de risco, o que os coloca ao mesmo nível que os profissionais do INEM.

Anunciou que falou com o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, sobre o assunto, que o informou que os bombeiros serão vacinados em conjunto com as Forças Armadas e com as forças de segurança, nos chamados serviços essenciais. No entanto garantiu que o Governo quer “acelerar” o processo. Há uma antecipação, neste sentido, há uma aceleração, na medida em que os lares estão a correr, mas há a ideia de fazer avançar. Agora é preciso ser indicado quais aqueles que têm prioridade”, reforçou.

Questionado se houve uma falha ou um lapso no plano de vacinação no que respeita aos bombeiros, Marcelo respondeu que “nesta matéria de definição de critérios tem havido por todos os países e por essa Europa fora a descoberta de situações que de alguma maneira surgiram no percurso e que não tinham sido totalmente antecipadas“. Esta situação surgiu “quando se deparou com uma realidade que é haver tarefas ou funções idênticas desempenhadas por estruturas diferentes e, portanto, merecem uma cobertura de risco também idêntica”, acrescentou.

(Notícia atualizada às 18h10)

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“Situação é de elevadíssima pressão sobre todo o sistema de saúde português”, alerta Temido

Ministra da Saúde avisa que o sistema nacional de saúde está "muito próximos do limite" dos recursos físicos e humanos e apela a que todos os cidadãos cumpram as medidas de confinamento.

A ministra da Saúde, Marta Temido, vê com “muita preocupação” o fraco cumprimento do confinamento este fim de semana em Portugal. Alerta que todo o sistema nacional de saúde está sob forte pressão e muito próximo do limite, pelo que é precisa a ajuda de todos para conter o agravamento da pandemia.

A situação é de elevadíssima pressão sobre todo o sistema de saúde português“, começou por dizer a ministra, em declarações aos jornalistas após uma visita ao Hospital Garcia de Orta, em Almada. Todo o sistema — ou seja, Serviço Nacional de Saúde, mas também operadores sociais e privados — está em “extremo sobreesforço”.

O agravamento da situação nos últimos dias levou os hospitais a perto do limite. O Garcia de Orta, por exemplo, apontava no sábado para um “cenário de pré-catástrofe”, enquanto o Hospital de Santa Maria viu a procura aumentar 70% em 15 dias gerando filas de ambulâncias com doentes à espera de entrar.

Marta Temido explicou que foram acionados acordos com os hospitais privados CUF, Lusíadas e Luz Saúde, mas não foi ainda feita nenhuma requisição civil. Apesar desse acrescento nos recursos também estes estão já quase esgotados. “Estamos a por todos os meios que existem no país a funcionar, mas há um limite. E estamos muito próximos do limite“, alertou.

No sábado, tanto o número de novos casos de Covid-19 como de mortos atingiu recordes, sendo que este domingo — apesar de estes indicadores terem recuado ligeiramente — continuaram a aumentar os internados (4.889 em todo o país), incluindo nos cuidados intensivos (um total de 647). “É um sinal de elevada preocupação”, apontou a ministra sobre o número de internados.

Como tal, a mensagem muito clara é que não podemos deixar os profissionais de saúde sozinhos. Hoje o ministério da Saúde veio [ao Hospital Garcia de Orta] fazer uma reunião de trabalho, mas também para passar uma mensagem para a população”, apelou. Os dados da mobilidade medidos pela consultora PSE mostram que no primeiro dia de confinamento obrigatório, sexta-feira, apenas 39,5% das pessoas ficaram em casa, contra 61% no primeiro dia de confinamento em março.

(Notícia atualizada às 17h20)

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Linhas de crédito com fundo perdido arrancam esta segunda-feira e vão custar até 1,35%

As empresas têm de informar o banco se desejarem ter o apoio a fundo perdido (20%) e têm de dar os elementos para que se possa verificar que cumprem a exigência de manutenção dos postos de trabalho.

Os empresários que quiserem aceder às novas linhas de crédito, que podem ser parcialmente convertidas em apoio a fundo perdido, vão ter de pagar um spread que varia entre 1,25% e 1,85% consoante a maturidade do empréstimo que pode ir até seis anos, de acordo com as condições a que o ECO teve acesso. E tendo em conta que as taxas Euribor estão em terreno negativo, no máximo, as linhas terão no máximo um custo de 1,35%. Estes apoios à tesouraria vão estar disponíveis na banca comercial a partir desta semana, garantiu o ministro da Economia.

“Teremos já no sistema bancário, a partir de segunda-feira, a linha de crédito para as empresas exportadoras e a linha de crédito para as empresas se dediquem à prestação de serviços no setor dos eventos”, disse Siza Vieira, numa conferência de imprensa conjunta com a ministra da Cultura, Graça Fonseca, de apresentação de medidas de apoio às empresas na sequência do novo confinamento geral, na quinta-feira. A data foi confirmada este domingo pelo próprio banco.

A banca está preparada para arrancar com estas linhas na segunda-feira — “estando apenas à espera do Estado” — já que tiveram “bastante tempo para o fazer”, apurou o ECO junto de agentes do setor. Em algumas instituições há mesmo vários clientes que já manifestaram interesse pelas mesmas, estão apenas à espera que abram para se candidatarem.

Em novembro Siza Vieira anunciou um apoio de 750 milhões para a indústria exportadora, mas o montante foi reforçado para um pouco mais de mil milhões (1.050.000.000 euros) em dezembro e agora a linha passou também a abranger as empresas do turismo. Já a linha direcionada para as empresas de montagem de eventos mantém a dotação de 50 milhões de euros.

As duas linhas têm condições idênticas. Por exemplo, destinam-se ambas a micro, pequenas e médias empresas (PME), assim como small mid cap e mid cap (empresas de pequena-média capitalização, que empregam até 500 trabalhadores e médica capitalização que empregam até três mil). Servem exclusivamente para financiar necessidades de tesouraria e podem ser concedidas por prazos que variam entre um e seis anos. Há um período de carência de 12 meses — noutras linhas, como a de 400 milhões para empresas de média dimensão o período de carência chegou a ser de 18 meses — e a amortização de capital é feita em prestações iguais, sucessivas e postecipadas com periodicidade mensal.

Quando a custos, as empresas podem optar por várias modalidade: taxa fixa ou variável. Neste último caso, o custo é calculado em função da taxa Euribor escolhida (a um, três, seis ou 12 meses) a que acresce um spread máximo de 1,85%. Assim, na pior das hipóteses, as empresas terão de pagar mensalmente 1,35%, isto porque a taxa Euribor a 12 meses está em terreno negativo (-0,508%, na sexta-feira) e se o empréstimo for a seis anos o spread é de 1,85%.

Os valores do spread são fixados pelo Estado, mas os bancos são livres de aplicar valores mais baixos. Cada empresa pode pedir, no máximo, 4.000 euros por posto de trabalho, “comprovado através da última folha de remunerações entregue à Segurança Social antes da contratação da operação com a banca”. Mas com limites: o dobro da massa salarial anual da empresa ou 25% do seu volume de negócios total.

Estas linhas têm prevista a possibilidade de 20% do montante do crédito concedido ser convertido numa subvenção não reembolsável, com um limite de 800 mil euros por empresa. Mas para isso a empresa tem de manter, durante pelo menos 12 meses, a totalidade de postos de trabalho — só podem sair trabalhadores por mútuo acordo — que tinha antes da data de contratação da linha e não pode ter dívidas ao Fisco nem à Segurança Social. Se houver dívidas as empresas têm de ter um plano de regularização das mesmas.

Caso não cumpram a exigência de manter os postos de trabalho, a percentagem máxima de conversão do empréstimo em subvenção não reembolsável (20%) será reduzida na proporção correspondente à redução dos postos de trabalho. Mas se os despedimentos forem superiores a 30%, então a empresa perde o direito a ter apoios a fundo perdido.

As empresas têm de informar o banco que vão querer ter o apoio a fundo perdido e têm de dar os elementos para que se possa verificar que cumprem a exigência de manutenção dos postos de trabalho. Depois cabe ao Banco Português de Fomento decidir a eventual conversão, com um limite temporal de 30 de junho. O banco promocional tem de assumir a responsabilidade de liquidar, num pagamento único, aos bancos, o valor não reembolsável definido para cada operação. Um valor que é financiado por fundos comunitários e que explica a presença do Compete, o programa operacional das empresas, neste protocolo.

Estas linhas beneficiam de uma garantia de Estado que assegura aos bancos 90% dos empréstimos concedidos às micro e pequenas empresas e 80% do capital para as médias empresas, small mid cap e mid cap. Mas, à semelhança de linhas anteriores, não é cobrado à empresa qualquer valor pela emissão da garantia, exceto a respetiva comissão de garantia: durante o primeiro ano da vigência da garantia 0,25%, no segundo e terceiro 0,5% e nos três últimos 1%. Estes valores sobem para 0,3%, 0,8% e 1,75%, nos respetivos anos, para as as small mid cap e mid cap.

Os bancos não podem exigir aos clientes qualquer tipo de aval ou garantia complementar (pessoal ou patrimonial), mas podem pedir uma comissão de gestão/acompanhamento anual de até 0,50% sobre o montante de financiamento em dívida, à semelhança do que já acontecia nas últimas linhas de crédito garantidas pela SPGM. O facto de estas duas linhas serem protocoladas com o novo Banco Português de Fomento não muda em nada as práticas que já vinham a ser seguidas, para garantir uma mais rápida agilização das verbas.

O empréstimo tem de ser usado num prazo de 30 dias e todo de uma vez só, as empresas só podem apresentar uma candidatura a estas linhas (não o podem tentar fazer várias vezes usando bancos diferentes).

Siza Vieira anunciou também a reabertura da linha de crédito com garantia do Estado para as empresas mais afetadas pelo novo confinamento, disponibilizando para já 400 milhões de euros. Por operacionalizar está ainda a linha de crédito de 750 milhões de euros para grandes empresas dos setores mais afetados pela pandemia, com um limite de dez milhões por empresa, e o fundo de tesouraria para micro e pequenas empresas com uma dotação de 750 milhões, uma maturidade até cinco anos e um período de carência de 18 meses.

Já o alargamento do microcrédito Turismo de Portugal a pequenas empresas e às empresas encerradas por decisão governamental, com um reforço da dotação para 100 milhões de euros, que também tinha sido anunciado em dezembro pelo ministro da Economia foi concretizado esta terça-feira.

O recurso às linhas de crédito tem sido um dos principais instrumentos do Executivo para apoiar as empresas a superar os efeitos da pandemia — a par dos apoios à manutenção do emprego através do lay-off e apoios à retoma. De acordo com os dados da EBA, Portugal é mesmo o quinto pais europeu que mais dinheiro concedeu em linhas de crédito com garantia de Estado. Até setembro de 2020 foram 5,8 mil milhões de euros.

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Honda suspende produção no Reino Unido por falta de peças

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2021

O fabricante japonês de automóveis Honda vai suspender a produção no Reino Unido devido aos problemas para receber os fornecimentos necessários para alimentar a cadeia de montagem.

O fabricante japonês de automóveis Honda vai suspender a produção no Reino Unido entre segunda e quinta-feira devido aos problemas para receber os fornecimentos necessários para alimentar a cadeia de montagem, na que é a terceira paralisação deste tipo.

De acordo com o Sunday Times, citado pela agência Efe, a Jaguar Land Rover, a Nissan e a Vauxhall também se estão a ver obrigadas a cortar na sua atividade devido à falta de pessoal por causa da covid-19, assim como pelo congestionamento nos portos britânicos associado à pandemia e ao ‘Brexit’ (saída do Reino Unido da União Europeia).

A primeira paragem na fábrica da Honda em Swindon (sudeste de Inglaterra) ocorreu no início de dezembro. A marca japonesa trabalha com um sistema de produção ‘just in time’ (‘mesmo a tempo’, em tradução livre), na qual os componentes são recebidos na altura em que são utilizados. Este método permite poupar nos custos de armazenagem e aumentar a eficiência, mas é especialmente sensível aos atrasos na distribuição.

A demora acumulada nas entregas durante a primeira metade do ano de 2020 devido à pandemia, assim como o aumento dos envios de inventário para o Reino Unido antes do ‘Brexit’, dificultaram o funcionamento dos portos britânicos nos últimos meses.

As novas barreiras ao comércio entre os dois lados do Canal da Mancha, efetivadas em 01 de janeiro, quando Londres rompeu os seus laços com a União Europeia, contribuem para criar fricção nas cadeias de transporte, apesar de o Reino Unido ter decidido não aplicar de forma restrita todos os controlos aduaneiros de entrada no país durante seis meses.

“Várias fábricas automóveis viveram problemas similares. A Volkswagen, a Nissan e a General Motors tiveram de reduzir a produção“, comentou num comunicado Christian Stadler, professor de Liderança Estratégica na Escola de Negócios de Warwick, citado pela Efe. Para o especialista, essas fricções “demonstram a vulnerabilidade das cadeias de fornecimentos perante situações externas como a covid-19”.

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Marisa acusa autoridades de falhar na preparação de nova vaga

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2021

A candidata presidencial bloquista, Marisa Matias, acusou as autoridades e os poderes públicos em Portugal de terem falhado na preparação da nova vaga da pandemia.

A candidata presidencial bloquista, Marisa Matias, acusou este domingo as autoridades e os poderes públicos em Portugal de terem falhado na preparação da nova vaga da pandemia, recusando acreditar em milagres, mas sim na “vontade política” de dar respostas. O oitavo dia de campanha de Marisa Matias começou no Porto, na Escola Básica e Secundária do Cerco, para um encontro com seis precárias do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), tendo, no final, sido questionada pelos jornalistas sobre o agravamento da situação pandémica em Portugal, com uma enorme pressão sobre os hospitais e avisos de vários especialistas.

“Houve uma falta de preparação em relação ao que aí vinha e nós já sabíamos — não porque eu tenha capacidades de adivinhar o futuro — mas porque havia muitas análises de muitos especialistas, de muitos peritos em saúde pública e em epidemiologia que nos avisavam já que ainda havia momentos muito difíceis pela frente e um agravamento em vários momentos da pandemia”, lamentou.

Na perspetiva da recandidata presidencial apoiada pelo BE, “as autoridades em Portugal falharam e os poderes públicos falharam na preparação do que estava para vir e na garantia dos apoios para que as pessoas pudessem continuar a cumprir esse isolamento”.

Eu não acredito em milagres, eu acredito na vontade política e na nossa capacidade de dar resposta às necessidades e acredito na nossa capacidade também, enquanto país, de todos e todas juntos ultrapassarmos estes momentos tão difíceis”, respondeu, quando questionada sobre se a ideia de um “milagre português” na primeira vaga contribuiu para algum relaxamento agora.

Para Marisa Matias, “uma intervenção política permanente exige também medidas permanentes e constantes” que deem condições às pessoas e garantia “de que não vão ficar sem rendimento”. “É isso que faz uma resposta completa, não é uma obra de milagre. É obra da política e da intervenção política e da intervenção pública”, defendeu.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

A campanha eleitoral termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.022.740 mortos resultantes de mais de 94,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 8.709 pessoas dos 532.416 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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