Madeira avança com novas medidas de contenção e controlo de não vacinados

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

Algumas das novas medidas, que serão anunciadas na quinta-feira, passam por restrições ao nível dos lares de terceira idade, serviços de saúde e administração pública.

O Governo da Madeira vai avançar com novas medidas de contenção da Covid-19, face ao aumento do número de infetados no arquipélago, disse esta quarta-feira o chefe do executivo, Miguel Albuquerque, indicando que os não vacinados serão os mais penalizados.

“A situação de não vacinado, neste momento, é uma situação muito perigosa”, afirmou o governante madeirense, esclarecendo que, dos 27 doentes com Covid-19 atualmente hospitalizados na região, 60% não tomou a vacina contra o vírus.

Miguel Albuquerque, que falava à margem de uma visita a uma empresa no ramo imobiliário, no Funchal, indicou que as novas medidas de contenção da pandemia serão anunciadas na quinta-feira.

“Os casos estão a crescer em toda a Europa, também no nosso país, e nós aqui vamos ter de tomar algumas medidas, não de encerramento [de atividades], mas de controlo, para evitar a proliferação de infetados”, reforçou.

Nas últimas semanas, a Madeira tem registado uma média diária de 50 novos casos de covid-19 e também um aumento do número de óbitos associados à doença.

O presidente do Governo Regional adiantou que algumas das medidas serão penalizadoras para os não vacinados, sendo que a taxa de inoculação contra o SARS-CoV-2 na Madeira é atualmente de cerca de 85%.

“Temos pessoas que teimam reiteradamente em não levar a vacina”, disse. E advertiu: “60% dos internados, neste momento, no hospital, são pessoas que não se vacinaram, algumas delas novas. Já tivemos óbitos de pessoas que diziam que a vacina era uma invenção do ‘Big Brother’ para lhes controlar a vida. Já morreram alguns desses, ao contrário das [suas] famílias, que foram vacinadas”.

Miguel Albuquerque explicou que algumas das novas medidas passam por restrições ao nível dos lares de terceira idade, serviços de saúde e administração pública, bem como pelo reforço do controlo nos portos e aeroportos do arquipélago, mas garantiu que as atividades económicas não vão encerrar, nem mesmo os estabelecimentos de diversão noturna.

“Temos de continuar a insistir na vacinação de toda a gente”, reforçou.

De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional da Saúde, o arquipélago da Madeira, com cerca de 251 mil habitantes, regista 407 casos ativos de covid-19, num total de 12.804 confirmados desde o início da pandemia, e 83 óbitos associados à doença.

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Ironhack abre candidaturas para bootcamp de análise de dados

O curso intensivo de data analytics arranca já em janeiro, em regime presencial, no campus de Lisboa.

A Ironhack está a preparar mais uma edição do curso intensivo de data analytics, que pretende preparar os alunos com as competências necessárias para ingressar no setor tecnológico. O bootcamp, em regime presencial, no campus de Lisboa, tem início marcado a 17 de janeiro e termina a 18 de março. As candidaturas estão abertas.

“A análise de dados permite às empresas a previsão de possíveis cenários, através do reconhecimento de padrões, impulsionando-as para o êxito. Um profissional desta área deve ter criatividade, vontade de aprender e prazer em solucionar problemas, olhando para eles como uma oportunidade”, explica José Pereira, lead teacher do curso de data analytics, em comunicado. “Em Portugal, o futuro da análise de dados é brilhante, pois esta é uma área que não pára de crescer”, acrescenta.

A procura por profissionais da área de dados — capazes de personalizar respostas, prever comportamentos, otimizar processos e formular estratégias de sucesso — tem vindo a aumentar. De acordo com o “Market Analysis Perspective: Big Data & Analytics Market in Portugal 2018-2022”, um estudo levado a cabo pela IDC Portugal, mais de metade das organizações nacionais utiliza ferramentas de análise de dados e business intelligence. Além disso, o “Future of Jobs Report 2020”, elaborado pelo World Economic Forum, assegura que, globalmente, 85% das empresas tenciona adotar tecnologias de análise de big data, até 2025.

Indicadores que fizeram a escola de formação tecnológica avançar para mais uma edição deste curso, destinado a todos aqueles que procuram uma mudança de carreira ou uma especialização em análise de dados. “Profissionais de áreas como marketing, economia ou matemática são os que mais procuram estes cursos intensivos, concluindo-os com sucesso”, detalha a Ironhack.

Os candidatos devem ter mais de 18 anos, um domínio intermédio da língua inglesa e cumprir o trabalho prévio de preparação. O curso tem um custo de 6.000 euros e oferece várias modalidades de pagamento, entre elas o Acordo de Rendimento Partilhado, que possibilita candidatos com menos capacidade financeira pagarem o seu curso apenas depois de ingressarem no mercado de trabalho. Esta é uma iniciativa promovida em parceria com a Fundação José Neves.

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António Monteiro Fernandes integra a DCM | Littler como consultor

O novo consultor da DCM | Littler, António Monteiro Fernandes, ficará responsável pela formação interna, organização de eventos laborais e elaboração de pareceres.

A DCM | Littler integrou na sua equipa António Monteiro Fernandes, enquanto consultor. O novo reforço ficará responsável pela formação interna, organização de eventos laborais e elaboração de pareceres.

“É para mim, um desafio novo e sedutor, pela enfâse dada ao trabalho em equipa (mais raro do que se pensa em sociedades de advogados) e pela possibilidade de ligar estreitamente a teoria à prática em Direito do trabalho”, refere António Monteiro Fernandes.

O novo consultor da DCM | Littler é professor catedrático convidado jubilado do ISCTE/IUL, professor da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade Lusófona de Lisboa e professor visitante nas Faculdades de Direito de Bordéus e de Trento.

“É um enorme privilégio e uma grande honra contar com um dos nomes incontornáveis do Direito do trabalho. Ficámos muito satisfeitos com a sua disponibilidade e interesse em aceitar este desafio de ajudar a fazer crescer e consolidar um projeto profissional exclusivamente dedicado ao Direito do trabalho, com forte vocação internacional”, nota David Carvalho Martins, managing partner da DCM | Littler.

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Com 2.527 casos de Covid, Portugal toca máximos de setembro

Desde o início da pandemia, o país soma 1.112.682 casos de infeção e 18.283 mortes por Covid. Há 1.054.599 pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 2.527 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 1.112.682 o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim desta quarta-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram mais nove pessoas com a doença, para um total de 18.283 óbitos. A incidência média no território nacional subiu para 173,7 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) avançou para 1,17.

Com este balanço, trata-se do número de infeções diárias mais elevado desde 2 de setembro, dia em que tinham sido registados 2.830 novos casos. Além disso, os 2.527 casos indentificados nas últimas 24 horas representam um aumento de 834 casos face ao balanço do dia anterior, pelo que também é preciso recuarmos ao início de setembro para haver um aumento do número de infeções tão significativo.

O boletim dá conta de um total de 1.054.599 recuperados, mais 990 do que no balanço anterior. Há, neste momento, 39.800 casos ativos em Portugal, mais 1.527 face a terça-feira.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa e registou-se um ligeiro aumento no número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente, 514 doentes estão internados em unidades hospitalares (mais 28 nas últimas 24 horas), dos quais 75 em unidades de cuidados intensivos (menos cinco).

Por regiões, a maioria das novas infeções continua a ser registada em Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Dos 2.527 novos casos confirmados, 849 localizam-se nesta região (33,6%), seguindo-se a região Norte, que contabilizou 616 novas infeções (24,4%).

Boletim epidemiológico de 17 de novembro:

Neste contexto, LVT é a região com mais casos e mortes registados até ao momento (428.904 casos de infeção e 7.772 mortes), seguindo-se o Norte (421.726 casos e 5.622 mortes), o Centro (152.133 casos e 3.215 mortes), o Alentejo (40.991 casos e 1.056 mortes) e o Algarve (45.714 casos e 492 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 9.725 casos e 47 mortos, enquanto a Madeira regista 13.489 casos e 79 vítimas mortais.

Há ainda 36.180 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 1.639 face a terça-feira.

Rt e incidência continuam a subir

Os dados da DGS revelam ainda que o valor do Rt, que mostra quantas pessoas cada infetado contagia em média, está em 1,17 quer a nível nacional, quer no continente. Trata-se, portanto, de uma ligeira subida a nível nacional face ao último balanço (estava em 1,16 quer a nível nacional e em 1,07continente), o que coloca Portugal na “zona vermelha” da matriz de risco do Governo.

Também a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) continua a subir, estando agora em 173,7 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e em 172,9 casos por 100 mil habitantes no continente (na última atualização estes valores eram 156,5 por 100 mil habitantes e 155,3 por 100 mil habitantes, respetivamente).

(Notícia atualizada)

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Tiago Roxo junta-se à Axians Portugal para reforçar dimensão de human development

O profissional será responsável por impulsionar a cultura de crescimento da empresa, com práticas de gestão de talento que ampliem o potencial humano.

Tiago Roxo, head of human development da Axians Portugal.

Tiago Roxo vai liderar a área de human development da Axians Portugal, assumindo a responsabilidade de impulsionar a cultura de crescimento da empresa, com práticas de gestão de talento que ampliem o potencial humano e, por sua vez, catalisem a atratividade da marca, nas suas várias dimensões.

“As mudanças rápidas na demografia, tecnologia e globalização têm, e terão, cada vez mais implicações no mercado de trabalho. E o sector das TI, será uma das arenas onde esses efeitos se sentirão de forma mais evidente. Assim, é fundamental continuar a trabalhar em políticas e práticas de gestão de talento e promoção de relações de trabalho cada vez mais profissionais, saudáveis e promotoras de significado para ambas as partes”, afirma o head of human development da Axians, em comunicado.

“Estou bastante entusiasmado com este novo desafio que me permite contribuir para o futuro do potencial humano como uma vantagem impulsionadora na transformação do negócio”, acrescenta.

Licenciado em psicologia social e das organizações e mestre em sales marketing management, Tiago Roxo iniciou a sua carreira como consultor, tendo passando por empresas como a teamView, Deloitte e Ray Human Capital, com a função de gestão e desenvolvimento de projetos de gestão de capital humano em várias indústrias, nomeadamente banking & insurances, oil & gas e pharma.

Há cerca de dez anos, optou por implementar projetos, onde iniciou o seu percurso em empresas de tecnologia como gestor de talento e cargos de direção na Novabase, InnoWave e Talkdesk.

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ConsenSys levanta 200 milhões de dólares e quer recrutar 400 pessoas

Fornecedora da MetaMask, uma das "carteiras" de criptomoedas mais usadas em todo o mundo, foi alvo de uma ronda de capital de 200 milhões, ficando avaliada em 3,6 mil milhões de dólares.

A ConsenSys levantou 200 milhões de dólares numa nova ronda de capital, operação que avalia em 3,2 mil milhões de dólares a startup tecnológica focada na blockchain. Neste financiamento participaram diversos investidores de private equity, como a Third Point, a Coinbase Ventures ou mesmo o banco internacional HSBC.

Entre os participantes na ronda de capital estão ainda a Marshall Wace, ParaFi Capital e Think Investments, assim como os parceiros Dragonfly Capital, Electric Capital, Spartan Group, DeFiance Capital e Animoca Brands. Através desta operação, a ConsenSys cristaliza o estatuto de “unicórnio” no segmento dos criptoativos, nome dado às startups avaliadas em mais de mil milhões de dólares.

Uma das soluções mais conhecidas fornecidas pela ConsenSys é a “carteira” de criptomoedas MetaMask. Em comunicado, a empresa revela que a MetaMask tem já 21 milhões de utilizadores mensais ativos, número 38 vezes superior ao registado em 2020. O serviço interage com “cerca de 3.700 aplicações” da chamada Web 3.0, conceito remete para a nova era da internet, que é várias vezes associado a tecnologias ligadas aos criptoativos.

Segundo a ConsenSys, o capital fresco vai servir para “financiar a rápida expansão da MetaMask” e de outras sluções tecnológicas desenvolvidas pela empresa, bem como contratar 400 pessoas para várias áreas transversais aos seus vários produtos e serviços.

“A mudança de paradigma para um mundo assente em protocolos descentralizados está a acelerar. O ritmo de adoção é agora tão rápido que mais do que duplicámos muitos dos nossos objetivos de desempenho desde que este acordo [para a ronda de capital] foi fechado ao longo do verão”, diz Joseph Lubin, fundador e CEO da ConsenSys, citado em comunicado.

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Previsão de crescimento da economia em 2022 é realista mesmo sem OE aprovado

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

João Leão considera que, mesmo sem um Orçamento do Estado aprovado, é possível a economia portuguesa crescer 5,5% em 2022, de acordo com as estimativas do Governo.

O ministro das Finanças considerou esta quarta-feira que a previsão de que a economia vai crescer 5,5% é realista, mesmo sem um Orçamento do Estado aprovado, sendo, porém, “fundamental” continuar o trabalho feito e garantir a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“As estimativas que temos são de [um crescimento] 5,5% [em 2022] e para isso é fundamental continuarmos o trabalho que temos feito de aplicação de um conjunto de medidas e de reformas e de aplicação, nomeadamente do PRR”, referiu João Leão, considerando “realistas” as previsões que o Governo inscreveu na proposta do OE2022, que foi chumbado no Parlamento.

Falando aos jornalistas à margem da cimeira anual da Autoridade e Supervisão de Seguros e Findos de Pensões (ASF), que decorreu esta quarta-feira em Lisboa, João Leão apontou que as estimativas do Governo para o andamento da economia em 2022 não se afastam muitas das que recentemente foram divulgadas pela Comissão Europeia, indicando que há estimativas, “que vão sair em breve” que são até mais otimistas.

O ministro afirmou ainda que o Governo está a “trabalhar a tempo inteiro numa rápida execução do PRR”, sendo para tal fundamental, na ausência de um Orçamento do Estado aprovado e pronto para entrar em vigor no início do ano, “conseguir as condições de governabilidade e de estabilidade que não interrompam este processo de recuperação em curso”.

“Portugal está a crescer há mais de dois trimestres acima do que cresce a Europa e esta dinâmica de recuperação forte não deve ser interrompida e para isso precisamos de um quadro de governabilidade e estabilidade”, precisou.

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Fitch diz que poupança das famílias servirá de proteção contra inflação

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

A poupança extra durante a pandemia deverá "ajudar as famílias a resistirem a uma queda no rendimento real" causada por uma inflação mais alta.

A Fitch considera que a elevada poupança das famílias que atualmente se regista servirá de proteção contra a inflação, segundo a análise divulgada esta quarta-feira pela agência de ‘rating’.

Segundo a Fitch, apesar do regresso do consumo, continua elevada a poupança das famílias tanto na Europa como nos Estados Unidos da América (ainda que nos EUA o consumo tenha recuperado mais rapidamente e, logo, a poupança seja menor, mas ainda alta face aos padrões históricos).

Apesar de a poupança das famílias já ter baixado face aos níveis recorde, esta continua elevada, o que deverá “ajudar as famílias a resistirem a uma queda no rendimento real” causada por uma inflação mais alta, sem que tenham necessidade de “reduzir significativamente o consumo ou o investimento nas habitações”.

Esta quarta-feira foi conhecido que, na zona euro, a taxa de inflação anual aumentou para os 4,1% em outubro (face aos -0,3% do mesmo mês de 2020 e aos 3,4% de setembro). Portugal registou a segunda menor taxa de inflação (1,8%), segundo dados divulgados pelo Eurostat.

Sobre o rendimento disponível das famílias, diz a Fitch que aumentou na maioria dos países desde o início da crise pandémica (com exceção de Espanha e Itália, onde continuam em níveis abaixo do período pré-crise pandémica), ajudado por injeções fiscais e subsídios de apoio a emprego.

Quanto ao setor bancário, afirma a Fitch que a melhoria económica levou os bancos a relaxarem as condições para conceder créditos. Os empréstimos à habitação e ao consumo também se recuperaram da queda de 2020 e os empréstimos a empresas normalizaram após o aumento no segundo trimestre de 2020.

Contudo, os bancos dizem que a procura por empréstimo por parte das empresas permanece baixa porque as necessidades de liquidez são menores após os elevados empréstimos pedidos no ano passado.

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Wall Street cede terreno à espera de pistas sobre evolução dos juros

  • ECO
  • 17 Novembro 2021

Setor do retalho continua em evidência do outro lado do Atlântico, com a Target a cair 4% depois de a margem do terceiro trimestre ter sido afetada pelos problemas nas cadeias de distribuição.

Wall Street abriu a sessão desta quarta-feira em terreno negativo, enquanto os investidores avaliam a possibilidde de a Reserva Federal americana começar a subir os juros.

O S&P 500 cai 0,11% para 4.695,90 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cede 0,20% e o tecnológico Nasdaq perde 0,07%.

No plano empresarial, o setor do retalho continua em evidência. As ações da Target desvalorizam quase 4%, para 256 dólares. Embora retalhista tenha revisto em alta as perspetivas anuais de vendas e de ter apresentado um lucro acima do esperado, a margem do terceiro trimestre foi fortemente condicionada pelos problemas nas cadeias de distribuição globais.

A Lowe’s avança 3,58%, depois de ter melhorado as previsões para as vendas em face da maior procura dos empreiteiros e construtores e também da evolução positiva do mercado imobiliário nos EUA.

Na terça-feira, a administração norte-americana revelou que as vendas a retalho subiram 1,7% em outubro, a maior subida desde março e acima dos 1,4% esperados pelos analistas, com muitos americanos a anteciparem o período de compras para evitar a escassez de produtos por causa dos problemas nas cadeias de distribuição global.

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Fisco nega demoras no pagamento de créditos a contribuintes

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

A diretora-geral da Autoridade Tributária, Helena Borges, recusou existirem demoras do Fisco no pagamento de créditos aos cidadãos e empresas.

A diretora-geral da Autoridade Tributária, Helena Borges, recusou esta quarta-feira existirem demoras do Fisco no pagamento de créditos aos cidadãos e empresas, durante uma audição no parlamento sobre a criação de uma conta-corrente entre contribuintes e Estado.

A diretora-geral foi ouvida numa audição no âmbito da apreciação, na especialidade, de um projeto de lei do CDS-PP que pretende criar um mecanismo de acerto de contas entre o Estado e os contribuintes, possibilitando que os valores em dívida pelo Estado possam ser descontados em impostos a pagar pelas empresas e famílias.

Começando por lembrar aos deputados que o quadro legal já prevê a compensação entre dívidas e créditos tributários, Helena Borges esclareceu que não há necessidade de legislar sobre a matéria e que não existe “nenhuma razão” para pensar que o quadro legal não está a ser operacionalizado.

“Poderá haver um ou outro caso [de atraso] de contribuintes que já têm direito ao crédito mas que não está [ainda] reconhecido pela administração” fiscal, disse, precisando que tal demora “resulta apenas” do facto de esse caso concreto ter sido selecionado para controlo, nomeadamente por indícios de crime fiscal, não estando ainda o crédito reconhecido, não podendo ser ainda compensado.

“De outra maneira essa questão não se coloca”, assegurou Helena Borges aos deputados, precisando que os tempos médios de pagamento dos reembolsos, previstos na lei para 30 dias, são em média feitos pela administração entre 16 e 20 dias.

“Nessa medida, nunca há necessidade de fazer compensação, porque os contribuintes têm imediatamente o dinheiro disponível na sua conta. A questão de compensações só se coloca quando estivesse reconhecido o crédito e houvesse demora na sua execução. Pontualmente existe uma situação dessas”, insistiu, explicando que mesmo nesses casos o processo de cobrança é suspenso, aguardando por decisão judicial, não resultando em nenhuma demora.

Helena Borges salientou ainda que em “todos os casos em que há demora” na atribuição dos reembolsos, o quadro legal confere direito a juros de mora aos particulares, mesmo que seja porque houve necessidade de verificar para controlo se aquele reembolso era devido ou não.

“Quando alguém pede para ser aplicado um desses reembolsos para pagamento ou compensação de uma dívida, seja ela de cobrança voluntária ou em processo executivo, isso está igualmente assegurado”, reafirmou, lembrando que a “fragmentação do quadro legal” sobre esta matéria é que “pode justificar alguma falta de compreensão” dos cidadãos e empresas e mostrando disponibilidade para melhorar essa comunicação.

A diretora da AT concluiu não haver “nenhuma resistência” da administração fiscal no cumprimento do quadro legal em vigor, que já permite essa compensação, e revelou acreditar que “ninguém está privado do exercício” desse direito.

A proposta do CDS PP de criar uma conta-corrente entre contribuintes e Estado foi aprovada em 01 de outubro, com os votos contra do PS e a abstenção do PAN, baixando à quinta comissão, para apreciação na especialidade.

Em novembro de 2020, na abertura do quarto dia de votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, reconheceu ser necessário “andar mais depressa” na conta-corrente entre o Fisco e os contribuintes, em resposta à deputada do CDS-PP Cecília Meireles.

“Está em vigor a conta-corrente, está a ser implementada. É preciso andar mais depressa? Sim, temos que fazer um esforço para melhorar essa compensação”, admitiu na altura o governante.

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Leão garante que PPR europeu terá regulamento no primeiro trimestre de 2022

O PPR europeu vai estar regulamentado no primeiro trimestre do próximo ano, afirmou o ministro das Finanças no encerramento da Conferência anual da ASF.

João Leão, ministro das Finanças e Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF na Conferência Anual da entidade supervisora.

O PEPP – Produto Individual de Reforma Pan Europeu (PEPP), vai estar regulamentado no primeiro trimestre de 2022, garantiu esta quarta-feira o ministro das Finanças no encerramento da Conferência Anual da ASF, entidade de supervisão dos seguros e fundos de pensões em Portugal.

O PEPP, cujo início está previsto para 22 de março do próximo ano, é indicado como o próximo tipo de produtos de grande alcance na captação de poupanças de longo prazo, “um PPR não desvirtuado”, como classificam os seguradores, que já tinham revelado preocupação quanto ao atraso de legislação que permita ao setor lançar produtos de tipologia PEPP.

João Leão convidou as seguradoras a colocarem produtos no mercado com “incentivos a comportamentos mais sustentáveis”, focando ainda a capacidade financeira de investimento da indústria seguradora e dos fundos de pensões para o relançamento da economia europeia utilizando “Incentivo de longo prazo entre eles em ações de empresas”.

O ministro referiu-se ainda à lacuna de proteção exitente em Portugal em relação a catástrofes naturais e referiu “soluções públicas e privadas para responder” às mesmas de forma a corrigi-las, correção fundamental para resiliência do sistema económico, considerou.

Não se referindo em concreto ao Fundo para Catástrofes, cujo projeto liderado pela APS – Associação Portuguesa de Seguradores está entregue à ASF e ao Governo, João Leão apenas mencionou que “cada vez mais é importante captar poupanças de longo prazo através de produtos atrativos”.

Conferência incluiu dois ministros

Com a abertura por Margarida Corrêa de Aguiar, Presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), a Conferência prosseguiu com a intervenção Pedro Siza Vieira, Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, e com uma comunicação gravada de Mairead McGuinness, Comissária dos Serviços Financeiros da Comissão Europeia.

O primeiro painel tratou Os desafios da transição para uma economia e sociedade sustentáveis, tendo como participantes Gabriel Bernardino, Ex-Presidente da European Insurance and Occupational Pensions Authority (EIOPA) e atual Presidente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), António Ferreira Gomes, Deputy Director of the Organisation for Economic Co-operation and Development da OCDE e João Freire de Andrade, Co-fundador e Presidente da Portugal Fintech, tendo moderado Pedro Duarte Neves, Consultor do Conselho de Administração do Banco de Portugal.

Um segundo painel dedicado a O futuro dos setores dos seguros e dos fundos de pensões na era pós-COVID, contou a com a intervenção em direto de Frankfurt de Petra Hielkema, Presidente da EIOPA, e presencial de João Pratas, Presidente da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), José Galamba de Oliveira, Presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), tendo sido moderado por Francisco Ribeiro Valério, Consultor e gestor de empresas

João Leão, Ministro de Estado e das Finanças encerrou a Conferência.

Atualizado às 17h30

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Perspetiva estável para a Zona Euro, mas endividamento pode ser um desafio, diz Moody’s

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

Num relatório publicado esta quarta-feira, agência Moody's revela que considera que as perspetivas de solvabilidade para a Zona Euro nos próximos 12 a 18 meses são estáveis, mas deixa aviso.

As perspetivas de solvabilidade para a Zona Euro nos próximos 12 a 18 meses são estáveis, devido a condições económicas e monetárias favoráveis, mas os níveis de endividamento podem tornar-se um desafio, disse esta quarta-feira a Moody’s Investors Service.

Num relatório publicado esta quarta-feira, a vice-presidente sénior da Moody’s Sarah Carlson e autora do documento considera que os “elevados níveis de vacinação, juntamente com planos de investimento a nível nacional e europeu, sustentarão a recuperação económica da Zona Euro em 2022, apoiando alguma modesta desalavancagem após os aumentos consideráveis dos rácios da dívida desencadeados pela pandemia”. Contudo, Carlson sublinha que “as divergências nas trajetórias da dívida na região tornar-se-ão mais aparentes e as pressões de crédito poderão começar a aumentar em alguns países“.

Desenvolvimentos pandémicos, a eliminação gradual das medidas de apoio, estrangulamentos do lado da oferta e uma recuperação mais permanente das pressões inflacionistas aumentam o risco de crescimento abaixo das expectativas, adianta o relatório.

Em relação ao risco político, a Moody’s considera que este permanece modesto em toda aZona Euro, mas considera que “as pressões sociais irão provavelmente intensificar-se pós-pandemia, influenciando a dinâmica política”. “Os governos regionais enfrentarão maiores pressões sociais, principalmente porque a pandemia pôs em evidência as desigualdades existentes e o aumento da procura de serviços sociais, incluindo cuidados de saúde”, refere o relatório.

O investimento e a reforma estrutural ligados ao programa comunitário Next Generation EU poderiam aumentar significativamente a produtividade e o potencial de crescimento, afirma a Moody’s, estimando que o financiamento da recuperação pode acrescentar 0,7 pontos percentuais ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos principais países recetores do sul da Europa, como a Grécia, Itália, Portugal e Espanha, entre 2021 e 2027.

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