Direção do PSD atribui ao “presidente eleito” responsabilidade de indicar cabeças de lista

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

Será o líder do PSD, eleito nas diretas, que vai escolher os cabelas de lista do partido em cada círculo eleitoral para as legislativas de 30 de janeiro.

A Comissão Política Nacional do PSD aprovou os critérios para a elaboração de listas de deputados para as legislativas, em que atribui ao “presidente eleito” a responsabilidade de indicar os cabeças de lista em cada círculo eleitoral.

Na ata da reunião de segunda-feira, a que a Lusa teve acesso, repetem-se praticamente todos os critérios aprovados para a elaboração das listas de 2019, incluindo a “concordância com a orientação estratégica da Comissão Política Nacional e disponibilidade para cooperar de forma politicamente leal e solidária”.

No entanto, onde há dois anos se lia que cabia ao presidente do partido indicar os cabeças de lista, agora refere-se que essa responsabilidade é do “presidente eleito”, ou seja, o que sair das eleições diretas de 27 de novembro.

A Comissão Política Nacional será, contudo, a liderada por Rio até ao Congresso, que se realiza entre 17 e 19 de dezembro.

São candidatos a presidente do PSD o atual líder Rui Rio e o eurodeputado Paulo Rangel, tendo também anunciado a intenção de apresentar uma candidatura o ex-candidato autárquico do partido a Alenquer, Nuno Miguel Henriques.

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Recuar na linha circular do metro terá “custos insuportáveis”, diz ex-vice-presidente da CML

João Paulo Saraiva, ex-vice-presidente da Câmara de Lisboa, diz que recuar nas obras da linha circular vai "custar milhões de euros aos portugueses". Custos serão "insuportáveis".

As obras já começaram, mas a Câmara de Lisboa (CML) aprovou esta quarta-feira uma proposta que recomenda ao Governo a suspensão da linha circular do metro de Lisboa. No mandato de Fernando Medina, a autarquia já tinha dado o aval a este projeto — embora a decisão seja totalmente do Executivo –, mas agora Carlos Moedas decidiu recuar, cedendo aos vereadores do PCP.

O ex-vice-presidente da CML lamenta que se recuem nas decisões quando se “alteram as circunstâncias políticas”. Em declarações ao ECO, João Paulo Saraiva nota que “em todas as situações de investimento há um momento para estudar, pensar, debater as diferentes opções e para decidir. Mas há sempre alguém que resolve pôr em causa [as decisões], só porque se alteraram as circunstâncias políticas“.

“Já há buracos na Estrela”, diz o antigo braço direito de Fernando Medina. “Espero que o Governo não volte atrás com esta decisão, que vai custar milhões de euros aos portugueses se for modificada. Os custos de se voltar atrás são completamente insuportáveis“, afirma.

João Paulo Saraiva nota que a CML já se pronunciou sobre este assunto no passado e que o país devia “aprender alguma coisa com a história do aeroporto”. “Andamos há 50 anos a decidir a localização. Tomam-se decisões, revertem-se decisões e nunca mais estabilizamos“, acrescenta, referindo que “seria um desperdício” recuar nas obras da linha circular.

Os vereadores do PCP levaram esta quarta-feira a reunião de Câmara uma proposta que recomenda ao Governo a suspensão das obras. O documento foi aprovado com os votos a favor do próprio PCP, PSD, CDS e Bloco de Esquerda, e os votos contra do PS e do Livre. Apesar disso, esta é uma decisão que cabe unicamente ao Executivo.

A Linha Circular do Metro de Lisboa prevê a criação de duas novas estações na parte sul da cidade — Estrela e Santos –, ligando o Rato ao Cais do Sodré. Este ano arrancaram as obras, tendo estas sido adjudicadas à ZAGOPE – Construção e Engenharia. O investimento previsto para este plano de expansão é de 210,2 milhões de euros, cofinanciado em 127,2 milhões de euros pelo Fundo Ambiental e em 83 milhões pelo Fundo de Coesão.

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Construção e Obras Públicas: o setor no PRR

  • ECO + Millennium bcp
  • 17 Novembro 2021

O setor da Construção e Obras Públicas tem um papel transversal em todo o PRR e a sua atuação está presente em múltiplas medidas dos mais variados setores de atividade.

No Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no setor da Construção e Obras Públicas, destaca-se o investimento previsto em habitação, através do reforço do parque habitacional público e da reabilitação do edificado, bem como da criação de alojamento urgente, temporário e estudantil a custos acessíveis.

O investimento previsto em infraestruturas representa igualmente uma oportunidade direta para este setor, designadamente no que respeita às intervenções na rede viária, com a conclusão prevista de troços inacabados (Missing Links), aumento da capacidade da rede viária e melhoria das respetivas acessibilidades em áreas de acolhimento empresarial, bem como a atividade de construção e manutenção associada ao investimento nas ligações transfronteiriças.

Pretende-se ainda a promoção do setor, alavancando o posicionamento competitivo das empresas nacionais a nível global, facilitando o estabelecimento de acordos e parcerias estratégicas que agilizem a entrada em mercados externos.

Perfil do setor Construção e Obras Públicas

  • 350 mil empregos;
  • 19,9 mil milhões de euros de volume de negócios;
  • 4,5 mil milhões de euros de exportações.

Fonte: IAPMEI e PRR

Construção e Obras Públicas no PRR

Da análise ao Plano de Recuperação e Resiliência (documento submetido a consulta pública) foi possível identificar quais as medidas com maior impacto potencial na atividade
das empresas que atuam no âmbito da Construção e Obras Públicas, quer na qualidade de beneficiárias diretas, quer enquanto fornecedoras de competências, conhecimento e
serviços.

É tempo de pôr a economia a andar. Vamos lá!

Se antecipa poder vir a beneficiar destas medidas, seja por via da candidatura a apoios diretos, seja pela oportunidade de fornecimento das necessidades públicas de investimento, o Millennium bcp presta apoio na candidatura com as soluções de que necessita e o aconselhamento especializado. Enquanto Banco do Plano de Recuperação e Resiliência, o Millennium bcp é o banco que está ao lado das empresas.

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Meo Energia foi comercializador de luz que ganhou mais clientes em setembro

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

A Meo Energia foi também o comercializador com a maior percentagem de captação de clientes face à sua carteira, com ganhos líquidos de 5,3% na sua carteira.

A Meo Energia foi o comercializador com maior ganho de quota em número de clientes (mais 1,1 pontos percentuais), em setembro, e a EDP o que perdeu mais quota (menos 2,5 pontos percentuais), divulgou esta quarta-feira a ERSE.

De acordo com o Boletim do Mercado Liberalizado de Eletricidade relativo a setembro de 2021, da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “a MEO Energia foi o comercializador com maior ganho de quota em número de clientes (1,1 pontos percentuais) e a EDP a que ganhou mais quota em termos de consumo (um ponto percentual)”, em termos homólogos.

Inversamente, “a EDP foi o comercializador que perdeu mais quota de clientes (2,5 pontos percentuais), e a Iberdrola em termos de consumo (2,5 pontos percentuais)”.

A Meo Energia foi também o comercializador com a maior percentagem de captação de clientes face à sua carteira, com ganhos líquidos de 5,3% na sua carteira, e 23% dos clientes que mudaram de comercializador.

Já em termos de consumo, sobressai a EDP, com um ganho próximo de 100% do consumo que mudou de comercializador e um ganho de 0,4% relativamente à sua carteira.

Em setembro, a HEN Energia deixou o mercado de eletricidade, por ter deixado de ter condições para fornecer serviços energéticos, e os seus cerca de 3.900 clientes passaram a ser fornecidos pelo comercializador de último recurso (a SU Eletricidade), caso não optassem por mudar de comercializador.

No mesmo mês, apontou o regulador da energia, a EDP Comercial manteve a sua posição como o principal operador no mercado livre (quota de 73,8% em número de clientes e de 41% em consumo).

Apesar de a quota da EDP ter diminuído 0,1 pontos percentuais em número de clientes, face a agosto, o seu peso aumentou 0,2 pontos percentuais em termos de consumo.

A Goldenergy e a MEO Energia também registaram, em setembro, um aumento nas suas quotas em número de clientes de 0,1 pontos percentuais cada, ao passo que a Endesa, a Iberdrola, a Galp, a Axpo e o conjunto de comercializadores agrupados na rubrica “outros” mantiveram sensivelmente as suas quotas relativamente a agosto de 2021. Relativamente ao consumo, a Iberdrola registou um decréscimo de 0,1 pontos percentuais da sua quota.

Em setembro, a EDP reforçou a liderança no segmento de clientes industriais (25%), em termos de consumo, com um aumento de 0,3 pontos percentuais da sua quota de mercado, face a agosto.

Segundo a ERSE, o mercado livre alcançou um número acumulado superior a 5,4 milhões de clientes em setembro de 2021, com um crescimento líquido de cerca de 10.200 clientes face a agosto de 2021, o que representa um aumento de aproximadamente 2,2% face ao mês homólogo.

Já em termos de consumo, registou-se, em setembro, um decréscimo de 22,2 terawatts-hora (TWh) face ao mês anterior, atingindo 42.418 gigawatts-hora (GWh).

O consumo no mercado livre representava, no mês em análise, mais de 95% do consumo total registado em Portugal continental.

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Concorrência multa Pingo Doce, Auchan e Modelo Continente em 24 milhões por fixação de preços

  • Joana Abrantes Gomes
  • 17 Novembro 2021

Auchan, Modelo Continente e Pingo Doce foram sancionados pela Autoridade da Concorrência, juntamente com o fornecedor comum Bimbo Donuts, por combinarem preços em prejuízo dos consumidores.

A Autoridade da Concorrência (AdC) sancionou três cadeias de supermercados, nomeadamente Auchan, Modelo Continente e Pingo Doce, e o fornecedor comum Bimbo Donuts por terem participado num esquema de fixação de preços de venda ao consumidor, anunciou esta quarta-feira a entidade reguladora. O valor total das coimas é de 24.691.00 euros.

A maior visada é a Bimbo Donuts, que terá de pagar 7,353 milhões de euros, seguindo-se o Pingo Doce (7,196 milhões de euros), o Modelo Continente (7,161 milhões de euros) e o Auchan (2,981 milhões de euros).

As coimas aplicadas pela AdC são determinadas pelo volume de vendas das empresas visadas nos mercados afetados durante os anos da prática. Acresce que, de acordo com a Lei da Concorrência, as coimas não podem ultrapassar 10% do volume de negócios da empresa no ano anterior à decisão sancionatória.

“Através de contactos estabelecidos através do fornecedor comum, sem necessidade de comunicar diretamente entre si, as empresas de distribuição participantes asseguram o alinhamento dos preços de retalho nos seus supermercados, numa conspiração equivalente a um cartel, conhecido na terminologia do direito da concorrência como ‘hub-and-spoke'”, explicou a Concorrência, em comunicado.

O regulador sublinhou ainda que esta prática é “altamente prejudicial para os consumidores e afeta a generalidade da população portuguesa, uma vez que os grupos empresariais envolvidos representam grande parte do mercado nacional da grande distribuição alimentar”.

Segundo apurado pela investigação da AdC, a prática do presente caso durou pelo menos onze anos, entre 2005 e 2016, e visou vários produtos Bimbo Donuts, tais como pão de forma, Donuts, Bollycao ou Manhãzitos.

Entre as provas recolhidas, consta o exemplo de seis e-mails trocados entre o fornecedor, Bimbo Donuts, e as cadeias de supermercado. Num dos e-mails, pode ler-se o Bimbo Donuts a solicitar a um dos supermercados o alinhamento de preços de uma lista de produtos.

Os visados podem ainda recorrer das decisões sancionatórias, mas o recurso não suspenderá a execução das coimas.

Em dezembro de 2020 e, mais recentemente, em 2 de novembro, a AdC já tinha condenado estas e três outras cadeias de supermercados, juntamente com três fornecedores de bebidas – Sociedade Central de Cervejas, Primedrinks e Super Bock -, pelo mesmo tipo de prática.

Notícia atualizada às 18h01

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CTT sobem 2,5%, colocando Lisboa de novo na rota dos ganhos

As ações dos CTT valorizaram mais de 2,5% esta quarta-feira. Em conjunto com a família EDP, os Correios colocaram a bolsa de Lisboa de novo na rota dos ganhos.

As praças europeias fecharam mistas esta quarta-feira e Lisboa retomou o ciclo de ganhos interrompido pela queda acentuada da sessão anterior. Os investidores estão a ficar mais cautelosos face a uma inflação elevada mais persistente em várias economias do mundo e aos alertas de que os preços dos ativos podem estar sobrevalorizados.

O Stoxx 600 subiu 0,21%, para 490,29 pontos, no dia em que o Eurostat revelou que a inflação na Zona Euro e no conjunto dos 27 países da União Europeia superou a fasquia dos 4% em outubro, impulsionada pela alta dos preços da energia. Pelo contrário, o FTSE 100 cedeu 0,5% e o espanhol IBEX-35 recuou 0,2%.

Já o português PSI-20 destacou-se dos pares com uma subida de 0,31%, para 5.671,44 pontos, depois de um deslize superior a 2% na terça-feira ter interrompido um ciclo de seis sessões consecutivas de ganhos.

As ações dos CTT foram as que mais ganharam no principal índice da bolsa de Lisboa, ao subirem 2,58%, para 4,38 euros. A empresa está em vias de fechar um contrato com o Estado português para a nova concessão do serviço postal universal e o CEO, João Bento, vê “boas notícias” nas opções tomadas pelo Governo.

Evolução das ações dos CTT:

Dos correios para o retalho, a Jerónimo Martins recuperou ligeiramente da queda de 11% da sessão prévia. A dona do Pingo Doce valorizou 1,01%, para 19,41 euros, no rescaldo da notícia de que a Heerema vendeu a posição que mantinha no capital da empresa, saindo com uma mais-valia significativa.

A praça nacional foi ainda impulsionada pelo setor da eletricidade, com a EDP a avançar 0,90% e a subsidiária EDP Renováveis a seguir pelo mesmo caminho, subindo 0,87%, para 23,08 euros cada título. O BCP deu um contributo mais modesto, ao somar 0,19%, para 15,95 cêntimos.

A impedir ganhos superiores esteve a Greenvolt, que recuou 1,52%, para 6,48 euros, depois de ter apresentado resultados. Já a Galp Energia penalizou Lisboa com uma queda de 0,92%, para 8,846 euros por ação.

O recente rally nos mercados de capitais está a espoletar alertas sobre uma possível sobrevalorização dos ativos de risco. O mais recente aviso partiu de David Solomon, CEO do banco Goldman Sachs, que considera que a ganância dos investidores supera agora o medo nos mercados, noticia a Bloomberg.

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Chega afasta-se do PSD e retira o apoio nos Açores

O Chega vai deixar de apoiar o Governo de direita que se formou nos Açores em 2020. A decisão é regional, mas a leitura é nacional, com Ventura a atacar as declarações de Rio sobre legislativas.

O Chega vai tirar o tapete ao PSD nos Açores. O partido liderado por André Ventura anunciou esta quarta-feira que vai “dar instruções” para acabar com o apoio ao Governo Regional dos Açores atualmente encabeçado pelo PSD, CDS e PPM. Esta decisão tem impacto já no Orçamento regional para o próximo ano e nas Grandes Opções do Plano regionais.

É um líder que não merece a consideração do Chega e é um partido que não merece qualquer apoio ao nível local, regional ou de outro âmbito por parte do Chega“, afirmou André Ventura, referindo-se a Rui Rio e ao PSD, em declarações transmitidas pelas televisões esta quarta-feira. A decisão será confirmada pelo deputado regional numa conferência de imprensa na sexta-feira.

As razões invocadas por Ventura são alegadas falhas do PSD “por não se ter comprometido na luta contra a corrupção, diminuição do tamanho do Governo e na luta contra a subsidiodependência”, mas a verdadeira razão é política: “Particularmente ter enveredado por uma atitude regional e nacional de hostilização do Chega“, admitiu.

Em entrevista à RTP, o líder dos social-democratas tinha afastado entendimentos pós-legislativas com o Chega uma vez que o partido não se tinha moderado, uma condição que tinha imposto quando falou dessa possibilidade no passado. Além disso, em entrevista à Antena 1, Rio garantiu que abdica de formar Governo se depender do Chega após as eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro.

“O Chega não deseja eleições nos Açores nem deseja nenhum quadro de instabilidade, mas o que basta, basta. Foram semanas consistentes e contínuas de ataque ao programa do Chega”, afirmou André Ventura, acusando Rio de “humilhar” e “hostilizar” o partido. Perante isto, “não é possível haver dois PSD e dois Chega… ou há linhas de plataforma de entendimento ou há linhas de nada e a conclusão a que se chega é que há linhas de nada“, concluiu.

André Ventura deixou a garantia de que, neste enquadramento, não haverá um acordo nacional com o PSD após as eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro. “Qualquer apoio terminou”, garantiu, ressalvando que há autonomia do deputado regional do Chega, José Pacheco — Ventura argumenta que há “harmonia” entre a estrutura nacional e regional na “insatisfação” relativa ao PSD.

A proposta do Orçamento apresentada pelo Governo açoriano para 2022 será apreciada na Assembleia Legislativa Regional entre 22 e 25 de novembro. Caso os deputados chumbem o documento, os Açores poderão ir para eleições antecipadas, tal como acontece a nível nacional.

(Notícia em atualização)

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Menor flexibilidade no setor de entregas de comida poderá levar à saída de até 250 mil trabalhadores

Se os estafetas de entregas de comida fossem obrigados pelas plataformas a trabalhar mais horas do que as habituais, a Delivery Platforms Europe prevê que 250 mil trabalhadores abandonem a atividade.

Uma mudança de política em toda a União Europeia (UE) no sentido de remover a possibilidade de trabalho flexível poderia impedir até 250.000 estafetas de aceder ao trabalho através de plataformas de entrega de comida. Esta é a principal conclusão do estudo publicado pela Copenhagen Economics, a pedido da Delivery Platforms Europe, que reúne empresas como a Uber Eats, Bolt, Glovo, Delivery Hero e Wolt.

“A maioria dos estafetas valoriza a flexibilidade e gostaria de manter o controlo da quantidade, quando e onde trabalham. Este estudo pan-europeu abrangente confirma isso. A flexibilidade não deve prejudicar a segurança e o bem-estar dos estafetas. Queremos trabalhar com legisladores e decisores políticos para encontrar soluções para combinar flexibilidade e redes de segurança”, afirma Miki Kuusi, cofundador e CEO da Wolt, um dos fundadores da Delivery Platforms Europe, citado em comunicado.

Se o trabalho independente através de plataformas fosse substituído por um modelo de emprego menos flexível, onde as horas são predeterminadas pelas plataformas, entre 100.000 e 150.000 estafetas seriam forçados a desistir do seu trabalho de entregas. E se estes profissionais fossem obrigados a trabalhar mais horas do que as habituais, o número seria ainda mais elevado: até 250.000 abandonariam as plataformas de entrega.

A flexibilidade é, de facto, crítica: é a principal razão (67%) pela qual os estafetas trabalham com plataformas de entregas, uma atividade profissional considerada “complementar” pela maiora (72%), que admite conciliar o trabalho de estafeta com os estudos (34%) ou com outro emprego (34%), revela o estudo que inquiriu mais de 16.000 estafetas de 24 países europeus, entre os quais Portugal.

Já no que toca a valores remuneratórios, em média, apenas metade (54%) do rendimento dos estafetas é gerado a partir do trabalho em plataformas, nas quais trabalham em média 23 horas por semana.

“Fica claro que, para a maioria dos estafetas, a flexibilidade é crítica, já que o trabalho de entregas é uma atividade complementar aos seus estudos ou outros empregos. Se retirarmos essa flexibilidade, dezenas de milhares de estafetas em toda a Europa serão desencorajados ao perder o trabalho e enfrentarão uma redução significativa nos rendimentos com o trabalho através de plataformas. Isso não só prejudicaria os estafetas mas também os consumidores, as empresas locais e a economia europeia em geral”, defende Bruno Basalisco, diretor da Copenhagen Economics.

De acordo com o estudo encomendado pela Delivery Platforms Europe, há mais de 375 mil oportunidades de trabalho nas plataformas de food delivery, que, em 2020, foram capazes de gerar cerca de 20 mil milhões de euros de receitas para estafetas, plataformas e restaurantes.

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Governo abre a porta a aumentos dos funcionários públicos acima de 0,9%, diz FESAP

Se a inflação verificada a 30 de novembro for superior à prevista, os salários da Função Pública poderão subir mais do que os 0,9% propostos inicialmente pelo Governo.

Afinal, os salários dos funcionários públicos poderão ser atualizados em mais de 0,9%, em 2022. Segundo explicou a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) aos jornalistas, esta quarta-feira, à saída de uma reunião com o Governo, se a inflação verificada em 30 de novembro anualizada registar um “aumento significativo” face ao valor previsto, a subida salarial prevista poderá ser “corrigida”, isto é, ser mais expressiva do que os tais 0,9%.

“O Governo mantém a proposta de [atualização de] 0,9%. A FESAP, nas duas últimas reuniões, tinha manifestado preocupação no que diz respeito ao aumento da inflação e aquilo que constitui, de facto, novidade é que, no diploma que há de ser aprovado antes do final do ano, haverá um mecanismo que pode vir a ser utilizado, no caso de a inflação verificada em 30 de novembro — anualizada, portanto — ter desvios significativos. Se isso se verificar, a consequência [é que] os salários [poderão] vir a ser corrigidos”, adiantou José Abraão, dirigente da FESAP.

Apesar de a proposta de Orçamento do Estado para 2022 ter sido chumbada pelo Parlamento, o Governo decidiu manter a já anunciada atualização de 0,9% de todos os salários da Função Pública. Foi isso que foi transmitido aos sindicatos nas duas primeiras rondas negociais sobre a evolução das remunerações, mas esta quarta-feira — num encontro suplementar pedido pelos representantes dos trabalhadores — o Governo admitiu ir além dessa subida, caso a inflação seja superior à prevista, explicou aos jornalistas o líder da FESAP e, mais tarde, confirmaram o líder da Frente Comum e a líder do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).

De acordo com José Abraão, à inflação anualizada registada a 30 de novembro serão ainda deduzidos 0,1 pontos (relativos ao valor do índice de preços no consumidor registado em 2020). Caso o resultado desse cálculo seja superior a 0,9%, os salários dos funcionários públicos subirão, então, acima do que tinha sido inicialmente anunciado. A regra foi confirmada pela líder do STE, mas, aos jornalistas, Sebastião Santana, da Frente Comum, disse, contudo, que essa dedução não foi referida pelo Governo e que o aumento salarial será igual à inflação anualizada registada em novembro de 2021.

Este mecanismo, notou, por sua vez, o líder da FESAP, já tinha sido sugerido por esta estrutura sindical, que está atenta à trajetória ascendente da inflação. Ainda assim, José Abraão explicou que, como está desenhado, só proporcionará atualizações superiores caso a inflação de novembro tenha um “aumento significativo” face ao que já está previsto. “A inflação em novembro terá de ser muito superior para que, depois, anualizadamente possa justificar um aumento”, salientou o sindicalista. E acrescentou: “Estou em crer que vai ser muito difícil que a inflação atinja um valor de tal ordem que justifique mexer nos 0,9%“.

José Abraão frisou que o processo negocial termina esta quarta-feira, sem que os outros problemas — nomeadamente a atualização do subsídio de refeição — tenham resposta. “Fica tudo na mesma“, afirmou.

Para a Frente Comum, a “novidade” desta quarta-feira prova que o “Governo pode alterar a proposta inicial que tem, não vai ao encontro das reivindicações dos trabalhadores e é uma proposta absolutamente insuficiente”, disse Sebastião Santana, prometendo que os trabalhadores darão resposta através de formas de luta.

Já Helena Rodrigues, do STE, disse ver o mecanismo anunciado esta quarta-feira como “uma salvaguarda”. “Não sendo uma grande evolução, acompanhamos favoravelmente” a medida, disse. “Queremos mais, porque foram muito anos a perder remuneração”, acrescentou.

As atualizações salariais deverão ser sentidas pelos funcionários públicos a partir de janeiro de 2022.

(Notícia atualizada às 18h04)

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NOS apresenta soluções 5G em cinco áreas no Portugal Smart Cities Summit

  • BRANDS' ECO
  • 17 Novembro 2021

A FIL recebe até quinta-feira o Portugal Smart Cities Summit, dedicado às cidades inteligentes. A NOS é o parceiro principal do evento e promete apresentar várias soluções tecnológicas assentes no 5G.

De 16 a 18 de novembro realiza-se na FIL, em Lisboa, o Portugal Smart Cities Summit, o mais relevante evento nacional dedicado às cidades inteligentes. Parceiro principal do evento, a NOS está representada ao mais alto nível, materializando a sua presença no Auditório NOS e num espaço de exposição no Pavilhão 2 da FIL, no qual serão apresentadas as soluções tecnológicas para smart cities, entre as quais soluções assentes em 5G.

Para além de uma área dedicada aos parceiros da NOS para o desenvolvimento das cidades inteligentes, como a EDP, Bright City ou CEiiA, este espaço conta também com uma Sala de Comando e Controlo real, o centro nevrálgico das cidades inteligentes, que agrega e faz a gestão de toda a informação gerada numa smart city.

Demonstrando o impacto da transformação digital nas cidades portuguesas, a operadora transporta alguma das suas principais soluções alicerçadas em 5G e noutras tecnologias para o evento. Assim, ao longo do Portugal Smart Cities Summit, a operadora tem em exposição permanente soluções em cinco grandes áreas:

  • Ambiente: soluções de Rega Inteligente (5G), de Gestão Resíduos (5G) e de Contadores Inteligentes (5G);
  • Mobilidade: Passadeiras Inteligentes (5G), Estacionamento Inteligente (5G), Monitorização de Mobilidade (5G), Bike Sharing e soluções de Analytics;
  • Energia: Eficiência Energética em Edifícios e Iluminação Inteligente (5G);
  • Cidadania e Segurança: Video Analytics (5G), Suporte Remoto (5G), Gestão de Ocorrências, Gestão Urbanistica e de Deteção de Incêndios;
  • Saúde e Educação: Monitorização de Segurança nos Domicílios (5G) e Monitorização de Segurança e Saúde de Idosos (5G).
O stand da NOS no Portugal Smart Cities Summit, na FIL, em Lisboa.

Cidades cada vez mais inteligentes com o 5G

Parceira tecnológica de inúmeras autarquias nacionais, a NOS é pioneira na implementação de soluções de transformação digital, de que são exemplos as smart cities de Albufeira, Seixal, Lagoa ou Vila Nova de Famalicão. Estes municípios adotaram soluções globais e integradas, desenvolvidas em parceria com a NOS, com especial enfoque na gestão urbana eficiente: Lagoa, Famalicão, Seixal e Albufeira têm em funcionamento salas de planeamento e controlo e plataformas integradoras; Águeda implementou soluções de rega inteligente; e Seixal dispõe de uma solução de gestão de resíduos inteligente.

A maioria destas soluções já está disponível em pilotos 5G, tirando partido da velocidade ultrarrápida, latência reduzida, segurança, fiabilidade e conectividade oferecidas pela nova geração de comunicações móveis.

É o caso da solução de Rega Inteligente, que utiliza um sistema de controladores eletrónicos, sensores e válvulas para garantir que a quantidade de água aplicada às plantas seja apenas a necessária ao seu desenvolvimento. Esta solução, implementada já no município de Águeda, permite poupanças de água e energia na ordem dos 30% respetivamente, possibilita a deteção de fugas, entupimentos e anomalias, bem como a aplicação de modelos de rega, adubagem e tratamentos fitossanitários diferenciados por tipo de plantas.

Já a solução de Iluminação Inteligente, concebida para controlo de iluminação pública, permite monitorar e controlar remotamente, segundo regras pré-definidas, o consumo de energia elétrica, e a qualidade da iluminação pública. A implementação da solução traduz-se numa redução de custos operacionais na ordem dos 10%, a que se somam poupanças energéticas até 25% com o novo sistema de controlo, e poupanças na fatura energética até 50% com a instalação de novas lâmpadas LED. Disponibiliza, ainda, alertas de avarias e comportamentos anómalos da rede de iluminação, em tempo real.

Por sua vez, a solução de Gestão de Resíduos possibilita a monitorização dos contentores e camiões de recolha de lixo, por forma a otimizar os sistemas de recolha e reduzir custos. Sensores instalados nos contentores indicam o nível de enchimento e, no início da recolha, os veículos recebem a rota otimizada para os contentores que necessitam de serviço. A solução, implementada no município do Seixal permite já poupanças de combustível na ordem de 20%, e uma melhor gestão dos veículos e equipas, com poupanças efetivas de cerca de 40%.

Não limitada ao âmbito das smart cities, a solução de Controlo de Consumos tem uma aplicação transversal a todas as organizações, mas com particular enfoque nas empresas. Esta solução permite monitorizar e controlar remotamente o abastecimento de energia elétrica, água ou gases de qualquer tipo. Nas empresas onde está implementada, e a ser testada na rede 5G na NOS, a solução possibilita poupanças de 35% em custos operacionais e de 30% em custos de energia, melhorando o processo de gestão e aumentando a eficiência energética das instalações. A solução disponibiliza ainda alertas de avarias e comportamentos anómalos das redes de energia, água ou gás das instalações, em tempo real.

Depois de ter saído vencedora do leilão de frequências da nova geração de rede móvel, a NOS está apostada em aplicar as potencialidades do 5G às mais variadas áreas, sendo a das Cidades Inteligentes uma prioridade, para a qual a operadora tem desenvolvido soluções robustas com os melhores parceiros. Estas são feitas à medida para cada autarquia, contando com técnicos e consultores de excelência na adoção, implementação e manutenção dos projetos de transformação digital, contribuindo para um País mais sustentável, seguro, eficiente, competitivo e digital.

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Suécia vai exigir certificado Covid-19 a partir de 1 de dezembro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 17 Novembro 2021

O Governo sueco planeia implementar o certificado digital de vacinação contra a Covid-19, juntando-se assim a outros países da UE. A entrada em vigor do documento deverá acontecer em 1 de dezembro.

O Governo sueco planeia exigir a apresentação de certificado digital de vacinação contra a Covid-19 no acesso a eventos em espaços interiores com mais de 100 pessoas, avança esta quarta-feira a agência noticiosa Associated Press. A medida é recomendada pelas autoridades de saúde do país, que alertam para uma provável subida das infeções por Covid-19 nas próximas semanas.

Segundo a ministra da Saúde e dos Assuntos Sociais da Suécia, Lena Hallengren, o executivo está a preparar um projeto de lei a ser apresentado ao Parlamento com o objetivo de ter os passes de vacinação em vigor a partir de 1 de dezembro. “A propagação está a aumentar na Europa. Ainda não a vimos na Suécia, mas não estamos isolados. Precisamos de poder utilizar certificados de vacinação“, afirmou, numa conferência de imprensa.

Para a chefe da agência de saúde pública do país escandinavo, Karin Tegmark Wisell, a introdução do certificado digital contra a Covid-19 é uma medida que considera “necessária para não sobrecarregar o sistema de saúde”.

As taxas de infeção têm aumentado substancialmente em vários países europeus nas últimas semanas, enquanto a Suécia – duramente atingida em vagas anteriores da pandemia – ainda não registou um surto semelhante, mas a agência de saúde do país nórdico já sugeriu que as infeções atingirão um pico em meados de dezembro.

Na quarta-feira, as autoridades de saúde disseram que inverteriam uma decisão que deixava de recomendar testes à Covid-19 para pessoas totalmente vacinadas, mas que apresentam sintomas da doença.

Até ao momento, a Suécia tem cerca de 85% dos cidadãos com mais de 16 anos inoculados com uma dose da vacina, sendo que 82% da população já recebeu duas ou mais doses.

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EDP aumenta preços da luz em 2,4% em 2022

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

A atualização, a partir de 1 de janeiro, traduz-se numa variação média de 90 cêntimos por mês na fatura da eletricidade das famílias.

As tarifas de eletricidade da EDP Comercial vão subir em média 2,4% em 2022, o que corresponde a um acréscimo na fatura das famílias de cerca de 90 cêntimos por mês, refletindo a subida dos custos da energia.

A EDP Comercial vai fazer uma atualização média de 2,4%, em linha com mercado regulado, a partir de 1 de janeiro. Esta atualização traduz-se numa variação média de 90 cêntimos por mês”, disse à Lusa a presidente da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira, referindo que este aumento acontece “num contexto de subida relevante dos preços de energia no mercado grossista”.

A intenção é manter as tarifas “ao longo de todo o ano de 2022”, adiantou a gestora, realçando que “a EDP Comercial dá assim continuidade à estratégia de estabilidade de preços que permitiu manter inalterados os preços dos clientes também em 2021, quando o mercado de energia atingiu valores recorde”.

A EDP Comercial é o principal operador no mercado livre de eletricidade, com uma quota de mercado 74,3% em número de clientes, e de 41,7% em consumo abastecido, segundo os últimos dados divulgados pelo regulador, relativos a junho.

Em junho de 2021, o mercado livre representava cerca de 85% do número total de clientes e cerca de 95% do consumo em Portugal Continental, exibindo um aumento de 1,2 pontos percentuais e de 0,3 pontos percentuais, respetivamente, relativamente ao peso relativo do mês homólogo.

Na nota enviada aos clientes, a EDP Comercial refere a atualização da tarifa, a partir de 1 de janeiro, com a “subida continuada do custo de aquisição da energia elétrica e da atual previsão de variação das tarifas de acesso às redes a definir pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos [ERSE] para 2022”.

A ERSE divulga até 15 de dezembro os preços da eletricidade no mercado regulado para o próximo ano, sendo que a proposta é de uma subida de 0,2% para as famílias (baixa tensão normal), com a redução da tarifas de acesso à rede (de 52,2%) a atenuar a subida dos preços, devido ao custo da componente energia.

Se considerados os dois aumentos intercalares de preços ocorridos este ano, as tarifas propostas para 2022 representam uma descida de 3,4% em janeiro de 2022 face a dezembro de 2021.

A ERSE apresenta, até ao dia 15 de outubro de cada ano, a proposta das tarifas da eletricidade para vigorar no ano seguinte, que é submetida ao parecer do Conselho tarifário.

“É do interesse de todos que haja pluralidade de ‘players'”

Vera Pinto Pereira disse ainda à Lusa que espera que o mercado liberalizado não perca mais operadores, uma vez que “é do interesse de todos que haja pluralidade de ‘players’ na comercialização de energia”.

“Espero que não haja mais situações destas. É saudável termos concorrência no nosso mercado”, afirmou à Lusa a presidente da EDP Comercial, quando questionada sobre a saída de três comercializadores do mercado livre de energia.

Em declarações à Lusa, a propósito da atualização tarifária da empresa para 2022, Vera Pinto Pereira realçou que a concorrência “tem sido saudável ao longo dos anos”, porque “traz diversidade de oferta aos clientes”.

“Portanto, é do interesse de todos que haja pluralidade de ‘players’ ao nível da comercialização da energia. Espero que haja condições para que todos se mantenham a operar no mercado”, destacou.

A crise energética já fez três baixas: a HEN foi a primeira a fechar operação, passando os seus cerca de 3.900 clientes para o mercado regulado, seguindo-se empresa Energia Simples (PH Energia), que enviou cerca de 5.300 clientes para o comercializador de último recurso, e a ENAT – Energias, que tinha 4.900 clientes.

Nestes casos, os clientes passam a ser abastecidos pelo comercializador de último recurso.

Em 18 de outubro, a ERSE aprovou um pacote de medidas extraordinárias para os setores elétricos e do gás natural, destinadas a atenuar o impacto negativo dos preços nos mercados grossistas.

“Com a adoção das novas medidas procura-se assim assegurar uma maior flexibilidade da atividade de comercialização em mercado e evitar custos e riscos acrescidos para os consumidores de energia”, informou o regulador, em comunicado.

As medidas, esclarece a ERSE, vão vigorar até ao final do primeiro semestre de 2022, destacando-se entre elas a “saída controlada e minimamente programada de comercializadores de mercado”, evitando assim a quebra operacional decorrente de insolvências.

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