Estas foram as 10 notícias mais lidas na Pessoas em 2021

  • Trabalho
  • 31 Dezembro 2021

Um ano de notícias sobre pessoas e o mundo do trabalho em plena pandemia. (Re)leia aqui as histórias que maior interesse geraram entre os leitores da revista Pessoas.

Remunerações mais bem pagas em Portugal, expansão de empresas e respetiva criação de empregos, novos modelos de organização do trabalho, como a semana de quatro dias, ou expectativas de aumentos salariais no próximo ano são alguns dos temas que mais geraram o interesse dos leitores da Pessoas em 2021.

(Re)leia as 10 notícias mais vistas do ano.

“A pandemia da Covid-19 colocou o setor da saúde no centro de todas as prioridades, nomeadamente com a crescente procura de profissionais competentes e capazes de fazer frente às dificuldades e desafios acrescidos. Mas, não só médicos e enfermeiros são fortemente procurados hoje em dia, também profissionais altamente qualificados e com as soft skills necessárias para dirigirem as instituições deste setor são fundamentais. E, neste momento, são mesmo os profissionais com as remunerações mais elevadas.”

Com base no levantamento das dez profissões mais bem pagas do país, fornecido pelo ManpowerGroup à Pessoas, é possível concluir que um diretor-geral na área da saúde recebe entre 120.000 e 150.000 euros brutos por ano, ou seja, entre 8.571 e 10.714 euros brutos por mês, o que faz destes profissionais os mais bem pagos no país.”

 

“Este ano, e provavelmente devido à Covid-19, Enfermagem ocupa o primeiro lugar do ranking das saídas profissionais. Fora da saúde, o curso de Engenharia Informática também merece um lugar de destaque.

Com dez cursos no país com desemprego zero, a formação em Enfermagem ocupa o primeiro lugar do ranking no que toca a saídas profissionais. Fora da área da saúde, Engenharia Informática é o curso que mais brilha.

A Pessoas/ECO organizou os dados disponibilizados pelo portal Infocursos2021, gerido pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), com o apoio da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), e organizou uma lista com os cursos e respetivas instituições de ensino com taxas de desemprego zero. Enfermagem, Engenharia Informática, Gestão e Arquitetura destacam-se neste ranking.”

“A RBI Iberia está a preparar a entrada da Popeyes em Portugal. Em cinco anos, a partir de 2022, querem abrir mais de 40 restaurantes da cadeia especializada em frango, criar até mil novos empregos, num investimento superior a 50 milhões de euros. Depois de entrar há dois anos com a marca em Espanha, a RBI Iberia faz agora uma “aposta estratégica” no mercado nacional.

“Portugal é um mercado estratégico para nós e por isso temos um ambicioso plano de crescimento com restaurantes próprios e franchisados. Para o levar a cabo, queremos encontrar parceiros locais com os quais possamos fazer crescer e desenvolver a marca no país, adianta Maria Jimenez, diretora de franchisados RBI, ao ECO/Pessoas.”

“A ideia não é nova, mas a pandemia da Covid-19 veio dar-lhe um empurrão. A semana de quatro dias de trabalho está novamente a ser equacionada em vários países, que começam a tomar posições mais demarcadas em relação à redução dos dias laborais. A Islândia já testou – um “sucesso esmagador” – e, em Espanha, Japão ou Nova Zelândia esta mudança está a ganhar força junto de empresas e governos.

Maior flexibilidade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional são as grandes vantagens apontadas por especialistas. O impacto que esta medida poderia ter na produtividade é que ainda divide opiniões. Há quem defenda que uma semana mais curta de trabalho pode levar a um aumento do desempenho dos colaboradores e quem acredite que esta redução do horário laboral originaria uma quebra.”

“O Governo vai investir até 825 mil euros na operacionalização do pagamento de prestações familiares e sociais através de cartões pré-pagos. O objetivo é que, no futuro, os subsídios e abonos pagos pela Segurança Social possam ser entregues através de cartões pré-pagos. Isto se o beneficiário assim o pretender.

A medida, ainda sem data para entrar em vigor, pretende simplificar o pagamento de mensalidades, como o rendimento social de inserção, o subsídio de desemprego ou o abono de família e poderá abranger 207 mil beneficiários.”

 

“A Jerónimo Martins vai aumentar entre 7% e 25% os salários de entrada dos colaboradores do grupo dono do Pingo Doce e do Recheio, um investimento de 22 milhões de euros no reforço da remunerações de entrada, abrangendo cerca de 26 mil colaboradores.

O Lidl também se prepara para investir 7,5 milhões em salários, estimando-se uma subida média de 3% nas remunerações da cadeia alemã, valor a que se soma 5 milhões de euros no aumento de horas do pessoal em part-time.

A Sonae MC e a Mercadona não adiantam valores, mas admitem uma atualização salarial para 2022.

“O gigante espanhol Mercadona está a preparar a sua chegada a Lisboa, depois de ter inaugurado lojas no norte e centro do país.

A cadeia de supermercados está a contratar, para Lisboa, seis pessoas para três posições diferentes: assistente para a direção de obras e expansão, auxiliar de manutenção e técnico de refrigeração e climatização.”

“Foi há uma semana que o Presidente da República foi ao programa Circulatura do Quadrado (da TVI24/TSF) e disse que “em termos de recursos humanos, a Administração Pública está desfalcada”. A este propósito, o ECO foi ouvir Alexandra Leitão, a Ministra da Modernização do Estado e da Administração que tem a seu cargo a máquina da Administração Pública (AP).

Alexandra Leitão revelou ao ECO que o Governo prepara-se para abrir já amanhã (dia 3 de agosto) uma nova oferta de colocação para contratar mais 475 técnicos superiores para a Função Pública. E não se fica por aqui. No próximo ano, a ministra anunciou que o Governo deverá abrir um segundo Recrutamento Centralizado que poderá trazer mais 1.000 técnicos superiores para o Estado (o número ainda não está fechado).”

“O Pingo Doce, o Lidl, o Aldi e a Ikea estão a recrutar para reforçar as equipas das cadeias de retalho alimentar e não alimentar no verão e, em alguns casos, responder à expansão da rede de lojas. Globalmente, há mais de 650 ofertas de emprego nas insígnias. Só o Lidl conta até final de agosto recrutar 400 colaboradores.

Com o país a desconfinar e a economia a reabrir, o retalho retomou as políticas habituais de reforço de equipas para a época estival. No Pingo Doce há mais de duas centenas ofertas de emprego disponíveis. “Dada a dinâmica do nosso negócio, temos processos de recrutamento ao longo de todo o ano, sendo que atualmente temos mais de 200 vagas em aberto, para diferentes funções nas operações de loja, cozinhas centrais, armazéns logísticos e escritórios”, adianta Mariza Pereira, diretora de recrutamento do Pingo Doce à Pessoas.”

Nazli Sahafi, diretora geral da Roche Diagnostics

A Roche Diagnostics decidiu acabar com os horários. Caberá a cada um dos mais de cem trabalhadores definir o seu horário de trabalho e a partir de que local desempenha as suas funções. Flexibilidade é a nova palavra de ordem na companhia que produz testes rápidos de diagnóstico da Covid-19. “O trabalho é o que se faz e não onde se está ou quantas horas se passa a fazê-lo. É sobre a produção e a entrega de resultados”, justifica Nazli Sahafi, diretora-geral da Roche Diagnósticos, à Pessoas.

A decisão de avançar com a flexibilidade de horários foi uma decisão da filial portuguesa, com um objetivo claro: “fazer a transição do equilíbrio trabalho-vida (work life balance) para o equilíbrio vida”.”

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Participações passam a ser qualificadas a partir dos 5%

Após aprovação no Parlamento e promulgação em Belém, a revisão do Código de Valores Mobiliários foi publicada em Diário da República esta sexta-feira. As mexidas entram em vigor no final de janeiro.

As alterações ao Código de Valores Mobiliários vão entrar em vigor no final de janeiro de 2022, segundo a lei publicada esta sexta-feira em Diário da República. Estas mudanças foram propostas pelo Governo, em coordenação com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), aprovadas pelo Parlamento com algumas mexidas e promulgadas recentemente pelo Presidente da República. O objetivo é dinamizar o mercado de capitais, tornando-o mais acessível às empresas e baixando os custos de regulatórios.

Uma das mudanças previstas é alteração do nível das participações qualificadas, eliminando-se o limiar de 2% para a obrigação da comunicação ao mercado, passando este para 5%. Ou seja, na prática, um acionista passa a só ter de comunicar ao mercado quando a sua posição numa determinada cotada ultrapassar os 5% do capital total e não os 2% como até ao momento.

“Alinhou-se o enquadramento jurídico nacional com o da União Europeia, suprimindo exigências acrescidas e especificidades nacionais suscetíveis de afastar investidores internacionais – a eliminação da figura da sociedade aberta (regulando-se exclusivamente a figura da sociedade “cotada”), e a supressão do limiar de referência de 2% relativo a participações qualificadas aproximam a nossa da realidade europeia, facilitando um maior interesse pelo investimento nas cotadas nacionais e, com ele, um aumento da liquidez dos respetivos títulos”, explica a CMVM em comunicado publicado esta sexta-feira.

A proposta de revisão do código prevê ainda a instituição do designado voto plural, permitindo a clarificação entre os direitos de voto e os direitos económicos. Em causa estava, segundo a CMVM, a “questão do receio de perda de controlo, invocada por empresários nacionais para não recorrerem ao mercado de capitais”, sendo que esta alteração visa incentivar o acesso ao mercado das empresas para o seu financiamento. Com esta mudança, as cotadas podem “emitir ações com voto plural, facilitando a manutenção do controlo acionista pelos fundadores ou investidores-chave (que retêm ações com poder de voto acrescido)“.

“Por outro lado, porque no contexto de transmissões sucessórias de posições de controlo dentro do mesmo grupo familiar, admite-se que o sucessor assuma a posição de controlo preexistente sem ser confrontado com a alternativa de lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) ou reduzir a sua participação para posição que não lhe confira controlo”, acrescenta o regulador, referindo ainda que, “no mesmo sentido de facilitar a entrada de novas empresas em mercado, prevê-se um regime claro para a saída de mercado através da exclusão voluntária de negociação“.

A revisão da lei introduz também a possibilidade de se deixar de usar intermediários na colocação de instrumentos financeiros, muda o limiar abaixo do qual não é exigível a publicação de prospeto de cinco para oito milhões de euros e a possibilidade de os prospetos poderem ser redigidos em inglês, com sumários em português.

Revisão reduz custos para os supervisionados

Outra das prioridades desta revisão era a eficiência e redução de custos para todos os envolvidos. Por exemplo: “É eliminada a responsabilidade obrigatória dos intermediários financeiros pelo conteúdo do prospeto, o que, alinhando o regime nacional com o da generalidade dos países europeus, permite uma redução de custos de intermediação”, diz a CMVM.

O regulador garante ainda que “simplificaram-se e reduziram-se os custos de todas as entidades supervisionadas no seu relacionamento com a CMVM, ao aperfeiçoar-se e concentrar-se numa única norma o regime de suspensão de procedimento administrativo e suspensão, cancelamento e revogação de atos de registo, que se encontrava disperso por mais de uma dezena de normas e ao introduzir-se um regime de notificações eletrónicas”.

Também foi revisto o Regime Jurídico de Supervisão da Auditoria (RJSA), prevendo-se uma supervisão “mais focada nas entidades mais complexas e com maior risco sistémico, com ganhos de eficiência e redução de custos desnecessários para o mercado salvaguardando ao mesmo tempo a qualidade da supervisão global e a proteção dos investidores”.

E ainda houve mudanças nos Estatutos da CMVM de forma a direcionar mais os custos da supervisão para as entidades supervisionadas que os originam e para os infratores, em vez de sobrecarregar todo o ecossistema.

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Ainda havia 1.200 milhões de crédito em moratória a um mês do fim do prazo

Termina esta sexta-feira a totalidade dos contratos em moratória. Portugal foi dos países europeus onde mais se recorreu à medida, tendo o volume máximo de crédito sido atingido em setembro de 2020.

No dia em que termina a totalidade dos contratos em moratória, o Banco de Portugal informa que no final de novembro já só havia 1.200 milhões de euros em empréstimos abrangidos por esta medida, dos quais mil milhões concedidos a empresas.

Os dados divulgados esta sexta-feira pelo banco central, liderado por Mário Centeno, mostram que o montante de crédito em moratória começou a ter uma queda acentuada no final do verão, explicada pelo fim da moratória pública a 30 de setembro, criada pelo Governo para conter o impacto financeiro da pandemia.

Em junho, o Parlamento ainda tentou uma nova extensão da moratória pública até final do ano, mas a medida, ainda que aprovada pelos deputados, caiu por terra depois de a Autoridade Bancária Europeia (EBA) ter fechado a porta a essa pretensão.

Fonte: Banco de Portugal

Portugal foi um dos países europeus onde mais se recorreu às moratórias bancárias. E as estatísticas do Banco de Portugal mostram que o volume máximo foi atingido em setembro do ano passado, quando atingiu os 48,1 mil milhões de euros.

Instituído logo no início da pandemia, esta medida permitiu aos clientes bancários beneficiar da suspensão dos juros e/ou capital do empréstimo durante meses. E foi alvo de várias alterações no sentido de prolongar o prazo da moratória, por causa dos vários confinamentos – mais ou menos alargados – que o Governo impôs no último ano e meio para controlar as vagas de infeções.

Os bancos e as instituições de crédito especializado também avançaram com regimes privados de moratórias, aproveitando a janela regulatória aberta pela EBA, mas as medidas foram descontinuadas progressivamente sem que o setor tenha assistido a uma onda de incumprimentos.

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Presidente da OLI lidera Conselho Geral da Universidade de Aveiro

António Oliveira, dono da conhecida exportadora de autoclismos OLI, é o novo presidente do órgão que elege o reitor, desenha o plano de ação e aprova a estratégia da academia aveirense.

António Oliveira, presidente da OLI, é o novo presidente do Conselho Geral da Universidade de Aveiro, que tem como competências a eleição do reitor, a aprovação do plano de ação para o quadriénio do seu mandato e dos planos estratégicos de médio prazo da instituição, assim como as linhas gerais de orientação no plano científico, pedagógico, financeiro e patrimonial.

O gestor, que entrou em 1980 naquela que é hoje a maior produtora de autoclismos da Europa do Sul, exportando 80% da produção para 80 países dos cinco continentes e emprega 419 pessoas em Portugal, sucede nesta posição a personalidades como Eduardo Marçal Grilo, ex-ministro da Educação, e Alexandre Soares dos Santos, antigo líder do grupo Jerónimo Martins, que morreu no verão de 2019.

O Conselho Geral da Universidade de Aveiro é composto por um total de 19 membros: dez representantes dos professores e investigadores, três estudantes, um representante do pessoal técnico, administrativo e de gestão, e ainda cinco personalidades externais de “reconhecido mérito”, com conhecimentos e experiência considerados relevantes para o cargo.

O líder histórico da OLI, que em 2020 faturou 60 milhões de euros e dispõe de 38 patentes ativas — tem filiais em Itália, na Alemanha e na Rússia, produzindo dois milhões de autoclismos e 2,8 milhões de mecanismos por ano –, recebeu em abril a distinção “EY Entrepreneur of the Year – Prémio Inovação”.

António Oliveira nasceu em 1953 e licenciou-se em Engenharia Mecânica pela Universidade de Coimbra (1978) e ingressou aos 24 anos na empresa da família, que tinha sido criada pelo pai, António Rodrigues Oliveira, e pelo tio, Saul Rodrigues Oliveira.

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IGCP autorizado a emitir até 22,35 mil milhões de dívida de médio e longo prazo em 2022

O Governo deu orientações ao IGCP para gerir a dívida pública no próximo ano na ausência do Orçamento para 2022. No máximo, o acréscimo de endividamento líquido só pode ir aos 4,97 mil milhões.

A agência que gere a dívida pública em Portugal recebeu autorização do Governo para emitir até 22,35 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT), o que corresponde a dívida de médio e longo prazo. O acréscimo ao endividamento líquido — que corresponde à diferença entre a dívida emitida e a dívida reembolsada — só pode ir até aos 4,97 mil milhões de euros.

As orientações do Executivo constam de uma resolução publicada esta sexta-feira em Diário da República. Esta resolução é publicada todos os anos, mas este ano ganha maior importância, uma vez que o Orçamento do Estado para 2022 não foi aprovado e o país vai estar em duodécimos nos próximos meses.

A necessidade de assegurar o regular financiamento do Estado durante o período em que o Orçamento do Estado para 2022 ainda não entrou em execução justifica que o Governo conceda autorização, (…), para a emissão de dívida pública fundada durante esse período“, esclarece o Governo no preâmbulo da resolução.

Acontece que, na ausência de um novo Orçamento, o regime geral de emissão e gestão da dívida pública limita a autorização do acréscimo de endividamento líquido (novas emissões descontadas das amortizações) a 25% do montante máximo fixado no ano imediatamente anterior (2021, neste caso). Assim, o IGCP fica limitado, para já, até haver novo Orçamento, a um acréscimo de 4,97 mil milhões de euros.

Mas isto não quer dizer que não emita dívida bruta num valor bem superior, uma vez que, ao longo do ano, há dívida antiga a vencer e um défice orçamental para financiar. Daí que o IGCP tenha autorização também para emitir Obrigações do Tesouro (OT) — dívida de médio e longo prazo — até ao valor máximo de 22,35 mil milhões de euros em 2022.

Este valor fica acima dos 20 mil milhões de euros em OT autorizados para 2021. Tal poderá ser explicado pelo maior nível de reembolsos de dívida em 2022, face a este ano, no qual se inclui um pagamento (não antecipado) ao Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF), da dívida contraída no tempo da troika, e ainda o reembolso de uma OT de 2015 no valor de 8,8 mil milhões de euros.

Além da dívida de médio e longo prazo, o IGCP continua a ter no seu arsenal de opções os Bilhetes do Tesouro (BT), a dívida de curto prazo, cuja emissão pode ir até aos 11 mil milhões de euros no próximo ano.

Os Certificados de Aforro e os Certificados do Tesouro Poupança, instrumentos da dívida pública que estão à disposição dos cidadãos, podem ir até aos seis mil milhões de euros.

As orientações do Governo são também para que a entidade liderada por Cristina Casalinho continue a proceder à amortização antecipada de empréstimos e a efetuar operações de compra em mercado ou operações de troca de instrumentos de dívida para melhorar os custos de financiamento do Estado, algo que já tem vindo a fazer este ano.

O Orçamento do Estado para 2022, que foi chumbado, previa um aumento do endividamento líquido de 18,3 mil milhões de euros no próximo ano. No ano passado, a autorização dada ao Governo para o endividamento do Estado em 2021 foi de 19 mil milhões de euros.

O documento previa emissões líquidas de OT num montante de 10,6 mil milhões de euros e de BT de 3,4 mil milhões de euros. O Governo contava também com dinheiro de fundos europeus, nomeadamente o SURE e o Plano de Recuperação e Resiliência, para financiar o Estado.

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Valor das bolsas de estágio pagas pelo IEFP vai subir em 2022

O Governo decidiu rever em alta o valor das bolsas de estágio pagas pelo IEFP. Um licenciado passa a receber, por exemplo, 886,4 euros de bolsa, o equivalente a duas vezes o IAS.

As bolsas de estágio pagas pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no âmbito do programa Ativar.pt, vão subir a partir de janeiro de 2022. O objetivo é “melhorar as condições dos estagiários” e estimular “padrões mais favoráveis à entrada no mercado de trabalho”, sublinha o Governo, numa portaria publicada esta sexta-feira em Diário da República.

“Procurando dar resposta a novos desempregados e em particular aos jovens e jovens adultos que foram desproporcionalmente afetados pelos efeitos da pandemia no mercado de trabalho, a presente portaria procede ao aprofundamento da política de aumento das bolsas de estágios apoiados, de modo a melhorar as condições dos estagiários e o estímulo a padrões mais favoráveis de entrada no mercado de trabalho”, é explicado no diploma assinado pelo secretário de Estado do Trabalho, Miguel Cabrita.

Assim, a bolsa mensal concedida aos estagiários com o ensino secundário concluído (vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior) deixa de corresponder a 1,2 vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) e passa a equivaler a 1,4 vezes esse valor, ou seja, para as candidaturas que deem entrada após 1 de janeiro de 2022, será de 620,48 euros.

Já no caso dos estagiários que tenham o ensino secundário obtido por percursos de dupla certificação ou acrescido de um estágio profissional, a bolsa deixa de equivaler a 1,4 vezes o IAS e passa a corresponder a 1,6 vezes o IAS, isto é, 709,12 euros. Para quem tenha qualificações pós-secundárias mas não superiores, a bolsa estará fixada em 2022 em 753,44 euros mensais, ou seja, 1,7 vezes o IAS (atualmente equivale a 1,5 vezes o IAS).

Já para os licenciados, a bolsa subirá para 886,4 euros, isto é, deixa de equivaler a 1,8 vezes o IAS e passa a corresponder a duas vezes o IAS. No caso dos mestres, a bolsa paga pelo IEFP corresponderá a 2,2 vezes o IAS (hoje equivale a 1,1 vezes o IAS), o que significa que terá como valor 975,04 euros mensais. Para os doutorados, a bolsa de estágio será, no próximo ano, de 1.108 euros, valor equivalente a 2,5 vezes o IAS. Hoje equivale a 2,4 IAS.

A portaria publicada esta sexta-feira também atualiza o valor da bolsa aplicado às demais situações, isto é, o montante mínimo, que passa a ser de 576,16 euros . “Nas demais situações, é concedida ao estagiário uma bolsa mensal de 1,3 vezes o valor correspondente ao IAS“, lê-se no diploma. Até aqui, esse valor era o correspondente a uma vez o IAS, ou seja, em 2021 a 438,81 euros.

Esta revisão é alta das bolsas de estágio foi uma das medidas que o Governo levou à Concertação Social, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, pacote de medidas laborais que acabou em grande parte por cair por terra com o chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022 e consequente dissolução da Assembleia da República.

Além da subida dos valores das bolsas, a portaria divulgada esta sexta-feira determina que os destinatários destes apoios do IEFP, no caso de terem mais de 45 anos, não podem ter tido deferida a sua pensão de velhice.

Por outro, no que diz respeito ao prémio previsto para as entidades promotoras que celebrem contratos sem termo com os estagiários, no prazo máximo de 20 dias úteis a contar da data da conclusão do estágio, deixa-se agora claro que o incumprimento da obrigação de manter esse contrato durante 12 meses e do nível de emprego verificado à data da sua celebração implica a restituição desse prémio ao IEFP.

Os estágios do Ativar.pt, explica o IEFP, têm a duração de nove meses e não são prorrogáveis. O objetivo deste programa é promover a inserção de jovens no mercado de trabalho e a reconversão profissional de desempregados.

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Israel arranca com quarta dose da vacina Covid para pessoas vulneráveis

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2021

Autoridades sanitárias israelitas deram luz verde para administrar a quarta dose de vacina a pessoas com o sistema imunitário comprometido.

Israel iniciou esta sexta-feira a campanha para administrar uma quarta dose de vacina contra a Covid-19 a pessoas vulneráveis, na expectativa de mitigar os efeitos de uma nova onda de contágios devido à propagação da variante Ómicron.

Cerca de um ano após o lançamento de um plano de vacinação maciço através de um acordo com a empresa farmacêutica Pfizer e quase seis meses depois de ter começado a administrar doses de reforço, as autoridades sanitárias israelitas deram luz verde na quinta-feira para administrar a quarta dose de vacina a pessoas com o sistema imunitário comprometido.

Entre as pessoas que já receberam uma quarta dose estão alguns pacientes do hospital de Sheba, em Ramat Gan, um subúrbio de Telavive, que foram submetidos a transplantes cardíacos, por exemplo. O hospital iniciou um ensaio clínico na segunda-feira, administrando uma quarta dose da vacina contra a covid-19 aos seus prestadores de cuidados.

“Tivemos bons resultados com a terceira dose, que não causou quaisquer efeitos secundários além de dor localizada suave. Estamos ansiosos por ver a resposta a esta quarta dose“, afirmou a médica Galia Rahav, secundada pelo cardiologista Yael Peled: “Esta dose irá aumentar a proteção contra o coronavírus [SARS-CoV-2]”.

Segundo o diretor do departamento de doenças infecciosas desta unidade hospitalar, Gili Regev-Yochay, a administração de uma quarta dose irá avaliar o possível aumento de anticorpos, a ocorrência de efeitos secundários e se reduz ou não o risco de infeção.

O diretor-geral do Ministério da Saúde, Nachman Ash, também autorizou esta sexta-feira a administração da quarta dose a residentes de lares de idosos e pacientes em departamentos geriátricos. “A decisão foi tomada na sequência de receios de um aumento do número de contaminações nestas instituições, que põem em perigo a saúde destas pessoas”, referiu uma nota do ministério.

Já o primeiro-ministro, Naftali Bennett, disse na última semana que todos os israelitas com mais de 60 anos e os profissionais de saúde teriam direito a uma quarta dose, mas essa decisão carece ainda de aprovação pelo Ministério da Saúde.

A administração de uma quarta dose irá avaliar o possível aumento de anticorpos e a ocorrência de efeitos secundários, e se reduz ou não o risco de infecção, disse Gili Regev-Yochay, diretor do departamento de doenças infecciosas do Hospital de Sheba.

Israel já recebeu na quinta-feira o primeiro carregamento de comprimidos contra a Covid-19 produzidos pela Pfizer, uma vez que o número de casos continua a aumentar.

As autoridades de saúde israelitas contabilizaram mais de 4.000 novos casos de Covid-19 na quinta-feira, um recorde desde setembro, mas até agora tal aumento não se traduziu num crescimento exponencial dos internamentos hospitalares.

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Governo autoriza 47 milhões para emissão de Cartões de Cidadão até 2024

  • Joana Abrantes Gomes
  • 31 Dezembro 2021

O Executivo aprovou verba de 47 milhões de euros para a emissão de Cartões de Cidadão por um período de três anos. 24 milhões de euros são já para 2022.

O Governo autorizou o Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) a gastar 47 milhões de euros na emissão de Cartões de Cidadão até 2024. Esta despesa servirá para contratar os respetivos serviços de produção, personalização, emissão e expedição.

Numa portaria publicada esta sexta-feira em Diário da República, o IRN é autorizado “a realizar a despesa inerente à aquisição dos serviços de produção, personalização, emissão e expedição do cartão de cidadão e de produtos conexos, designadamente os relativos à alteração de morada e emissão de carta PIN/Braille e de recuperação de PUK, por um período de três anos, de 1 de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2024″, até ao montante global de 47 milhões de euros.

Este processo deve ser acompanhado de “especiais medidas de segurança”, refere ainda a resolução, que limita o encargo orçamental a 24 milhões de euros para 2022, 11 milhões para 2023 e 12 milhões para 2024. Contudo, cada montante “pode ser acrescido do saldo apurado no ano que lhe antecede”. As verbas anuais serão inscritas no orçamento do IRN.

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Fidelidade compra Ímpar e entra no “top 3” dos seguros em Moçambique

  • ECO Seguros
  • 31 Dezembro 2021

A seguradora pagou 46,8 milhões de euros ao grupo Millennium bcp pelo controlo da 4.ª maior seguradora do país. Juntando esta às suas próprias operações fica com 13,6 % de quota de mercado.

A Fidelidade comprou 70% do capital da SIM-Seguradora Internacional Moçambique, uma das companhias de referência no país através da marca Ímpar. Após a conclusão desta transação, no valor de 46,8 milhões de euros, a participação do Millennium BIM é reduzida para 22% e outros acionistas minoritários contam 8% do capital. Além da presente aquisição, a Fidelidade tem uma opção que lhe permite adquirir, posteriormente, uma participação adicional de 12%.

“Com esta operação o Grupo Fidelidade passará a atuar no mercado Moçambicano com as marcas Fidelidade e Ímpar o que nos permitirá desenvolver diferentes canais e parcerias na distribuição de seguros, e, dessa forma, ir ao encontro das necessidades de um maior número de clientes Moçambicanos”, afirma Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, “acreditamos que esta operação, que junta a raiz e tradição Moçambicana da Ímpar, com a capacidade e experiência do Grupo Fidelidade, será uma receita de sucesso para aproveitar o potencial de crescimento que Moçambique tem na área dos seguros”, conclui. Criada em 1992 a SIM atua nos Ramos Vida e Não-Vida através das marcas Ímpar, utilizada para os canais tradicionais, e Millennium Seguros com que opera no canal bancário.

Esta aquisição do controlo da SIM, a quarta maior seguradora de Moçambique, com 9,4% de quota de mercado em 2020, faz a Fidelidade entrar no “top 3” do país, juntando às suas operações próprias Fidelidade (Não Vida e Vida) que detêm, em conjunto, 4,2% do mercado.

O mercado moçambicano atingiu em 2020 um valor global de prémios de seguro de cerca de 261 milhões de euros, crescendo 22% em relação ao ano anterior, com os ramos Não Vida a pesar 87% nas vendas. O ranking é liderado pela estatal Emose (Empresa Moçambicana de Seguros), com 20,5% do mercado, seguida da sul-africana Hollard (13,9%) e da britânica ICE (11,1% de quota), que completaram o pódio em 2020.

Jorge Magalhães Correia, presidente do Conselho de Administração do Grupo Fidelidade, sublinhou “que o enorme profissionalismo demonstrado pelas várias entidades Moçambicanas envolvidas foi fundamental para a concretização desta parceria”, referindo ainda que “a administração do Grupo Fidelidade, ao seu mais alto nível, terá oportunidade, no futuro próximo, logo que as circunstâncias sanitárias o permitam, de assinalar devidamente, perante as autoridades do País, a importância deste passo para o nosso compromisso de longo prazo para com o povo e a economia de Moçambique”.

O Conselho de Administração da SIM continuará a ser presidido por Manuel Alfredo Gamito e a vice-presidência assegurada por Rui Oliveira e por Carlos Leitão, a quem caberá também a presidência executiva.

Além de Moçambique, a presença internacional da Fidelidade inclui Angola, Cabo Verde, Espanha, França, Macau, Perú, Bolívia, Paraguai e Chile.

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Comissões dos principais bancos aumentaram 10,8% até setembro

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2021

Por dia, os cinco grandes bancos cobraram em comissões cerca de 5,3 milhões de euros. O BCP foi o banco que mais receitas fez com comissões bancárias.

Os cinco principais bancos que operam em Portugal cobraram 1.453,2 milhões de euros em comissões até setembro, mais 141,4 milhões de euros ou 10,8% face ao mesmo período de 2020, segundo dados compilados pela Lusa.

Por dia, os cinco grandes bancos cobraram em comissões cerca de 5,3 milhões de euros.

O BCP foi o banco que mais receitas fez com comissões bancárias. Entre janeiro e setembro cobrou 376,6 milhões de euros em Portugal, mais 6,8% do que até setembro de 2020.

O comissionamento relacionado com o negócio bancário subiu 5,8% para 318,2 milhões de euros, com o banco a justificar sobretudo com o desempenho das comissões de transferências, comissões de gestão e manutenção de contas e comissões de crédito. As comissões relacionadas com os mercados financeiros cresceram 12,7% para 58,4 milhões de euros.

Já a Caixa Geral de Depósitos (CGD) arrecadou em Portugal 349 milhões de euros, mais 12% face a período homólogo, o que o banco público justifica com comissões relacionadas com nova concessão de crédito, com o aumento das transações com os diversos meios de pagamento, devido à reabertura da economia, e com comissões de fundos de investimento e seguros financeiros.

No Santander Totta, as comissões foram de 315,7 milhões de euros, mais 15% do que o arrecadado no mesmo período de 2020. O banco atribui este aumento ao facto de os seus clientes terem feito mais transações, “num contexto de reanimação económica”, assim como a fundos e seguros.

No Novo Banco foram arrecadados 207,9 milhões de euros, mais 5,8%, o que diz que se deve ao aumento das receitas com meios de pagamento devido a maior volume de transações e de preço e ao crescimento do negócio de seguros e gestão de ativos.

Por fim, o BPI conseguiu em Portugal 204 milhões de euros em comissões, mais 15,7% do que até setembro de 2020.

Segundo o banco, o aumento foi impulsionado pelas comissões bancárias associadas a crédito e a contas, assim como pelas comissões de fundos de investimento e seguros de capitalização e da intermediação de seguros, devido a mais negócio.

Face a setembro de 2019 (antes da crise pandémica), as comissões bancárias aumentaram nos bancos BCP, CGD, Santander e BPI. A exceção é o Novo Banco, em que as comissões cederam comparando setembro de 2021 com setembro de 2019.

As receitas de comissionamento arrecadadas relacionam-se com dois tipos de serviços: serviços mais diretamente relacionados com a banca tradicional (abertura de processos de crédito, aberturas de conta, por exemplo) e serviços relacionados com atividade de mercados financeiros (operações em bolsa, comissões de corretagem, gestão de ativos, por exemplo).

As comissões cobradas têm sido tema de debate nos últimos anos, com os bancos a alterarem precários (passando a cobrar por operações bancárias de rotina, como comissões de manutenção de conta ou transferências de dinheiro) para compensar quedas de receitas noutras rubricas da conta de resultados, desde logo a margem financeira.

Em 2020, o parlamento legislou sobre o tema, isentando e limitando algumas comissões bancárias, o que foi criticado pelos bancos. Os bancos também criticam o facto de, em Portugal, estarem proibidos de cobrarem comissões nos levantamentos em caixas automáticas.

Esta semana foi conhecido que Novo Banco, Santander Totta e BCP têm já programados aumentos de comissões bancárias para 2022 e é expectável que os restantes bancos subam também comissões no próximo ano.

Aliás, os bancos costumam alterar o preçário várias vezes por ano e várias alterações foram feitas já nos últimos meses deste ano.

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Nas notícias lá fora: Petróleo, Huawei e Putin

Petróleo regista maior ganho anual desde 2009, enquanto as receitas da Huawei caíram quase 30% em 2021. Putin adverte Biden para risco de "rutura completa" das relações EUA-Rússia devido à Ucrânia.

A Huawei vai fechar o ano com uma quebra de 30% nas receitas. Putin adverte Biden para risco de “rutura completa” das relações EUA-Rússia, por causa da Ucrânia. Fusões e aquisições atingiram mais de 5,8 biliões de dólares em 2021, o valor mais alto de sempre. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

The Guardian

Petrolíferas registam maiores ganhos anuais desde 2009

Depois da queda provocada pela pandemia em 2020, o mercado do petróleo caminha para fechar 2021 como o ano em que os preços do “ouro negro” mais subiram desde 2009. Os preços do petróleo estão 50% mais altos do que no ano passado, na sequência da recuperação económica e do aumento da oferta pelo grupo OPEP e aliados.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

Reuters

Receitas da Huawei caíram quase 30% em 2021

A gigante chinesa Huawei, atingida pelas sanções dos EUA, prevê uma quebra de 30% nas receitas no ano completo de 2021, admitindo que a conjuntura continuará a ser desafiante em 2022. A receita para o ano que agora começa deverá rondar os 634 mil milhões de yuans (99,48 mil milhões de dólares), valor que representa uma queda de 28,9% em relação às receitas de 2020, de 891,4 mil milhões de yuan.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

The New York Times

Putin adverte Biden para risco de “rutura completa” das relações EUA-Rússia

Na quinta-feira, numa conversa por telefone que durou 50 minutos, o presidente russo, Vladimir Putin, avisou o seu homólogo dos EUA, Joe Biden, de que impor sanções económicas à Rússia, caso este país avance com novas ações militares contra a Ucrânia, poderá resultar numa “rutura total” nas relações entre ambos os países. A Casa Branca já deixou claro que “os Estados Unidos e os seus aliados responderão de forma decisiva” se a Rússia invadir a Ucrânia.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Financial Times

Mais de 5,8 biliões de dólares em M&A em 2021, um recorde

As fusões e aquisições em 2021 atingiram 5,8 biliões de dólares em todo o mundo, o nível mais elevado desde o início dos registos, há mais de quatro décadas. O valor deve-se, em parte, à grande valorização dos mercados financeiros, na sequência de estímulos generalizados à economia, e corresponde a um aumento de 64% em relação a 2020, o ritmo de crescimento mais rápido desde meados de 1990. O ano também foi pródigo em negócios de private equity e SPAC, veículos financeiros usados para trazer empresas para a bolsa.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

The Wall Street Journal

Banco do México vai lançar moeda digital até 2024

O Banco Central do México terá sua própria moeda digital em circulação até 2024. O banco central considera importante “utilizar estas novas tecnologias e infraestruturas de pagamentos de última geração como opções valiosas para fomentar a inclusão financeira no país”, disse o presidente Andrés Manuel López Obrador, numa publicação no Twitter. Em todo o mundo, os bancos centrais estão desenvolvendo alternativas de pagamentos semelhantes às criptomoedas.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago/conteúdo em inglês).

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Sete tendências que marcaram o mundo do trabalho e que levamos para 2022

Com o calendário a virar a última página do ano, a Microsoft partilhou uma reflexão sobre as principais tendências de trabalho que marcaram o ano e que vão manter-se em 2022.

Com o ano praticamente a terminar, a Microsoft partilhou uma reflexão sobre as dez principais tendências de trabalho que marcaram o ano de 2021 e que vamos levar para 2022, com o trabalho híbrido a tornar-se uma realidade incontornável à escala global, a digitalização e automatização a conhecerem níveis sem precedentes, e o bem-estar das pessoas no centro das preocupações das empresas.

Dos novos modelos de trabalhos às reuniões híbridas, da flexibilidade à inovação nas formas de colaborar, estas são as sete principais tendências que marcaram o ano de 2021, segundo a tecnológica:

1. Metade da mão de obra global em movimento

De acordo com o “Work Trend Index 2021”, elaborado pela Microsoft, 41% dos trabalhadores em todo o mundo consideraram deixar o seu emprego em 2021. Para alguns, o burnout ou a falta de flexibilidade no local de trabalho foram fatores decisivos, mas, para muitos, a pandemia trouxe espaço e tempo para colocar as prioridades em perspetiva. “Trata-se do ‘Great Reshuffle’, como aponta o LinkedIn, “momento em que líderes e colaboradores estão a repensar nos modelos de trabalho, culturas e valores corporativos”, refere Microsoft.

2. “Paradoxo híbrido”

Embora a grande maioria dos colaboradores refira que quer ter a liberdade do trabalho remoto, a mesma percentagem deseja mais colaboração presencial no cenário pós-pandemia. “Este foi um dos maiores dilemas em 2021 e é aquilo a que Satya Nadella, CEO da Microsoft, apelidou de ‘Paradoxo Híbrido’. No trabalho híbrido, não há uma fórmula one-size-fits-all, pelo que o futuro passará por dar aos colaboradores a flexibilidade para conceberem o horário de trabalho que melhor se adapta às suas vidas.”

3. Investimento no capital social nunca foi tão importante

O valor do capital social nunca foi tão crítico como agora e, de acordo com especialistas da Microsoft, são as interações espontâneas e informais que fomentam a ligação entre os colaboradores e que sustentam a produtividade e a inovação. “Há que investir mais tempo na construção de uma cultura de empatia e de escuta ativa por parte dos líderes”, considera a tecnológica.

4. Desafios das reuniões híbridas

Das quase 90 milhões de reuniões presenciais em todo o mundo, apenas 7,8% estavam capacitadas para vídeo, no primeiro ano da pandemia, dá conta a Frost & Sullivan. “Agora, o grande desafio é tornar a experiência de interação mais real e natural”, avança a Microsoft, destacando, a este nível, a incorporação de quadros brancos digitais, câmaras e altifalantes alimentados por inteligência artificial e transmissões de vídeo que posicionem os participantes remotos ao nível ocular dos participantes presenciais.

5. Flexibilidade

Quase 70% dos decisores empresariais estão a considerar o redesenho de espaços físicos para melhor acomodar ambientes de trabalho híbridos e 81% dos líderes estão a ajustar as suas políticas para oferecer aos colaboradores mais flexibilidade, incluindo o trabalho híbrido, aponta a Microsoft, com base nos dados que recolheu, e também nas conclusões de um inquérito realizado pelo Linkedin. Além disso, os dados da ZipRecruiter mostram, também, que a descrição de postos de trabalho com a palavra flexibilidade aumentou de 6,4%, em 2016, para 20%, em 2021.

6. Aprender a filtrar as distrações da vida híbrida

Com o modelo de trabalho híbrido, vieram também um conjunto de distrações com os quais os colaboradores são confrontados ao longo do seu dia de trabalho, que interferem na experiência de interação com os seus colegas. Para minimizar o impacto, a utilização de alertas ou ícones visuais, por exemplo, durante uma reunião poderá ajudar os participantes a redirecionar o seu foco e atenção, sugere a Microsoft.

7. Mais inovação na forma de colaborar

A convergência entre o físico e o digital tornou as experiências mais imersivas e reais. “Assim, o acesso à tecnologia não é suficiente, há que utilizar a criatividade para tornar as experiências mais expressivas e inovadoras”, como é o caso dos jogos da NBA, aos quais as pessoas podem assistir como se estivessem fisicamente no estádio.

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