Portugal tem menos de metade da média europeia de jovens trabalhadores-estudantes

Menos de 10% dos jovens estudantes portugueses estão empregados. Em contraste, a média da União Europeia é de 18,4%, indica o Eurostat.

O momento de transição entre os estudos e o mercado de trabalho não é consensual entre os vários países europeus, já que nalguns a fatia de estudantes que começam a trabalhar enquanto se dedicam à sua educação é muito superior do que noutros. Por exemplo, na Holanda, quase 58% dos jovens que estudam também têm um emprego, mas na Eslováquia só 2,5% estão nessa situação. Em média, na União Europeia, cerca de 18% dos jovens estudantes também trabalham. E em Portugal? Por cá, essa fatia nem chega a 10%.

De acordo com os dados divulgados, esta quinta-feira, pelo Eurostat, em 2020, na União Europeia, em média, 18,4% dos jovens dos 15 aos 24 anos que estavam a estudar estavam simultaneamente a trabalhar e 2,5% estavam a estudar e à procurar trabalho (isto é, estavam desempregados). Esses valores representam, respetivamente, um recuo de 3% e um aumento de 16% face a 2019. Ou seja, há agora menos 200 mil trabalhadores-estudantes na União Europeia, mas mais 100 mil trabalhadores à procura de emprego do que em 2019.

Entre os Estados-membros, a Holanda destaca-se, uma vez que regista a maior fatia de estudantes dos 15 aos 24 anos empregados (57,8%). Segue-se a Dinamarca (45,8%), bem como a Alemanha (38,7%) e a Áustria (35,2%). Em contraste, é na Eslováquia e na Roménia (ambas 2,5%) que se verifica a menor fatia de estudantes que também trabalham. Na base dessa tabela, aparecem também a Itália (3%), a Croácia e a Hungria (3,3%).

No caso de Portugal, o Eurostat não detalha a percentagem verificada, mas disponibiliza um gráfico que indica que menos de 10% dos estudantes jovens portugueses estão empregados. Aliás, Portugal é o nono país europeu com a fatia menos expressiva de trabalhadores-estudantes.

Por outro lado, no que diz respeito aos estudantes que estão desempregados, é a Suécia que se destaca, na medida em que aí 12,1% dos estudantes estão à procura de trabalho. Segue-se a Finlândia (9,5%), bem como a Dinamarca e a Holanda (ambas com 6,3%). Do outro lado da tabela, Eslovénia, Itália, Roménia, República Checa e Croácia ocupam os últimos lugares, uma vez que têm todas menos de 1% dos seus jovens estudantes sem emprego.

O Eurostat sublinha que o ritmo de transição da educação para o mercado laboral varia entre os Estados-membros da União Europeia, à boleia dos sistemas educativos nacionais, mas também das características do mundo do trabalho e da cultura.

Na nota divulgada esta quinta-feira, o gabinete de estatística avança, além disso, que nove em cada dez pessoas com 15 a 19 anos estavam a estudar, em 2020, na União Europeia. Já entre as pessoas com 20 a 24 anos, só 49,5% estavam ainda dedicadas aos estudos. Entre as pessoas dos 25 aos 29 anos, a fatia era de 14,4%; E entre as pessoas dos 30 aos 34 anos, a fatia era de 4,8%.

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Apesar das menores restrições, economia desacelerou no final de agosto

Com o país a entrar na segunda fase do plano de desconfinamento, a economia não acelerou. Pelo contrário, travou no final de agosto, segundo o indicador do Banco de Portugal.

Apesar de o país ter avançado nessa semana para a segunda fase do plano de desconfinamento, a atividade económica desacelerou no final de agosto, de acordo com o indicador do Banco de Portugal. A influenciar o resultado está também a base de comparação de 2020 que tenderá a ser cada vez maior. Apesar de ter travado, a economia portuguesa continua a crescer face ao ano passado.

Na semana terminada a 29 de agosto, o indicador diário de atividade económica (DEI) e a taxa bienal correspondente diminuíram face à semana anterior“, revela o banco central esta quinta-feira. Na semana passada, o indicador tinha estabilizado, após ter acelerado na segunda semana de agosto, pouco depois de o país ter entrado na primeira fase do atual plano de desconfinamento.

DEI desacelera no final de agosto

Fonte: Banco de Portugal.

Na comparação direta com 2020, o indicador do banco central tem apresentado fortes crescimentos desde o fim do segundo confinamento, em março. A 29 de agosto, o último dia para o qual foi apurado o DEI, o crescimento homólogo do indicador foi de 1,1%, bem abaixo dos 8% da semana anterior. Quanto à média móvel semanal, o último valor é o de 26 de agosto: uma subida homóloga de 1,7%, bem abaixo dos 5,6% da semana anterior.

Já na comparação com a média dos últimos dois anos (2019 e 2020), o indicador volta a inverter para valores negativos, sem conseguir manter-se durante muito tempo a crescer. Ou seja, neste momento, a atividade económica medida por este indicador do Banco de Portugal está abaixo da média da atividade neste mesmo momento em 2019 e 2020. A média móvel semanal do DEI face ao acumulado de dois anos a 26 de agosto foi de -2,6% e o valor diário a 29 de agosto foi de -2%.

DEI volta a contrair na comparação com acumulado de 2019 e 2020

Fonte: Banco de Portugal.

O indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal tem estado a crescer face a 2020 mas cada vez menos, desacelerando ao longo de junho e julho e acelerando ligeiramente em agosto, uma tendência que foi revertida na última semana do mês. Tal é explicado pela maior base de comparação em 2020 (nesta altura o país já estava desconfinado no ano passado), mas também pela introdução de mais restrições na maioria do país em junho e julho por causa do aumento de casos provocado pela variante Delta.

Em agosto, perante o avanço do processo de vacinação, o Governo decidiu retirar mais restrições no início do mês, nomeadamente de horários, e a 23 de agosto o país avançou para a segunda fase do atual plano de desconfinamento. Com a perspetiva de que 85% da população esteja totalmente vacinada a meio de setembro, Portugal deverá desconfinar ainda mais, o que deverá contribuir para o dinamismo da economia.

A próxima divulgação do DEI está marcada para 9 de setembro.

(Notícia atualizada às 11h30 com mais informação)

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pbbr assessora a Cleanwatts no primeiro projeto de comunidades de energia em Portugal

Na implementação do seu primeiro projeto em Portugal de autoconsumo coletivo, a Cleanwatts foi assessorada por Margarida Ramires Ramos, consultora da pbbr.

A consultora da pbbr, Margarida Ramires Ramos, assessorou a Cleanwatts na implementação do seu primeiro projeto em Portugal de autoconsumo coletivo, numa parceria estabelecida com a Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro.

O projeto, inaugurado no passado dia 24, vai permitir a produção, consumo e partilha de energia entre a Santa Casa de Miranda do Douro, a Unidade de Cuidados Continuados de Miranda do Douro e o Lar Miranda do Douro, “num verdadeiro espírito de comunidade de energia”.

“A evolução que se registou a nível europeu, operada nomeadamente pela Diretiva (UE) 2018/2001, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de dezembro de 2018, relativa à promoção da utilização de energia de fontes renováveis, frisa a crescente importância do autoconsumo de eletricidade renovável em todos os setores, nomeadamente habitação, indústria, serviços e agricultura, que Portugal tem acompanhado, com a crescente adesão quer das entidades públicas quer das entidades privadas”, refere a firma em comunicado.

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Confiança da indústria automóvel alemã cai em agosto por falta de chips

  • Lusa
  • 2 Setembro 2021

A indústria automóvel na Alemanha registou em agosto o menor nível de confiança desde abril, de 28,8 pontos, devido às interrupções no fornecimento de produtos, principalmente chips.

As interrupções no fornecimento de chips para o setor automóvel alemão fizeram cair a confiança de produtores e fornecedores, de 56,4 pontos em julho, para 28,8 pontos em agosto, segundo o Instituto de Investigação Económica alemão (Ifo).

A indústria automóvel na Alemanha, uma das mais importantes para a economia da Zona Euro, registou em agosto o menor nível de confiança desde abril, de 28,8 pontos, o que Oliver Falck, diretor do Ifo, considera “mostrar que a indústria automóvel ainda sofre interrupções no fornecimento de produtos, principalmente chips“.

No entanto, segundo os dados do Ifo, os planos de produção aumentaram de 24,3 pontos, para 34,8 pontos em agosto, e as expectativas de exportação também melhoraram, de 8,6 pontos em julho, para 15,1 pontos em agosto.

a procura caiu para 6,7 pontos em agosto, depois dos 24,8 pontos do mês anterior, e as expectativas de emprego entraram em terreno negativo, caindo de 6,2 pontos para -5 pontos.

“Essas flutuações refletem a profunda mudança estrutural na indústria automóvel”, concluiu Oliver Falck.

Fundamentais para fazer funcionar os automóveis, os semicondutores estão presentes em equipamentos de segurança e entretenimento a bordo, mas são produzidos por poucos produtores, mesmo que ‘gigantes’, que têm sido afetados por situações inesperadas como a pandemia ou catástrofes naturais.

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Índice alemão Dax vai deixar de ter 30 empresas. Vão ser 40

Para que sejam elegíveis a entrar no índice alemão Dax, as empresas têm de ter dois anos de resultados positivos antes de juros, impostos, depreciação e amortização.

O índice alemão Dax vai passar de 30 para 40 empresas a partir de meados de setembro de 2021. Para que sejam elegíveis, as empresas têm de ter dois anos de resultados positivos antes de juros, impostos, depreciação e amortização, de acordo com o Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

As novas regras não se aplicam a membros antigos. Estas alterações representam uma “modernização há muito esperada para o índice de ações mais influente da Alemanha” permitindo que empresas mais jovens e com potencial cresçam. Desta forma, empresas mais novas e inovadoras estão entre aquelas que procuram uma “promoção” quando as classificações de mercado de capital do Dax 40 forem avaliadas, a 3 de setembro.

Apesar deste alargamento, o índice alemão poderá não ser muito diversificado em termos de setores empresariais, já que 14 dos potenciais constituintes são essencialmente seis empresas que se dividiram em fragmentos. “[O Dax] dificilmente mudará o caráter devido à junção de 10 ações”, apontou Joachim Schallmayer, chefe de mercado de capitais do Deka.

Assim, a alteração mais importante poderá mesmo ser a revisão mais regular dos membros da Dax, que atualizará o índice duas vezes, em vez de uma vez por ano, sinaliza o analista. As promoções ao índice de referência da Alemanha serão definidas no final desta semana e o novo índice começará a ser negociado mais à frente este mês.

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Tribunal europeu volta a “chumbar” tributação portuguesa de veículos usados

  • Lusa
  • 2 Setembro 2021

O regime de tributação português para os veículos usados importados não toma em conta “a desvalorização real desses veículos, nomeadamente na redução da componente ambiental”, diz TJUE.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) reiterou esta quinta-feira que o regime de tributação que Portugal impõe a veículos usados importados não está conforme à legislação comunitária porque não considera “a desvalorização real”.

Num acórdão proferido esta quinta-feira sobre uma ação por incumprimento interposta pela Comissão Europeia, o TJUE considera que, apesar das alterações já introduzidas após um acórdão de 2016, o regime de tributação português para os veículos usados importados não toma em conta “a desvalorização real desses veículos, nomeadamente na redução da componente ambiental”, segundo uma nota de imprensa.

Quando um veículo é vendido como usado num Estado-membro, “o seu valor de mercado, que inclui o montante residual do imposto de registo, será igual a uma percentagem, determinada pela desvalorização desse veículo, do seu valor inicial”, considera o tribunal, acrescentando que, em Portugal, “não está prevista nenhuma redução da componente ambiental que reflita a desvalorização do valor comercial do veículo a esse título”.

“Embora os Estados-membros sejam livres de definir as modalidades de cálculo do imposto de registo de modo a ter em conta considerações relacionadas com a proteção do ambiente, deve ser evitada qualquer forma de discriminação, direta ou indireta, relativamente às importações provenientes de outros Estados-membros, ou de proteção em favor de produções nacionais concorrentes”, salienta o acórdão.

O Tribunal de Justiça da UE refere ainda que, embora os contribuintes possam optar por outro método de cálculo do imposto em causa, requerendo ao diretor da alfândega que o recalcule com base na avaliação efetiva do veículo em questão, “a existência de um método alternativo de cálculo de um imposto não dispensa um Estado-membro da obrigação de respeitar os princípios fundamentais de uma norma essencial do Tratado sobre o Funcionamento da UE, nem autoriza esse Estado-membro a violar esse Tratado”.

Uma ação por incumprimento, dirigida contra um Estado-membro que não cumpriu as suas obrigações que lhe incumbem por força do direito da União, pode ser proposta pela Comissão ou por outro Estado-membro. Se o Tribunal de Justiça declarar a existência do incumprimento, o Estado-membro em questão deve dar execução ao acórdão o mais rapidamente possível. Caso a Comissão considere que o Estado-membro não deu execução ao acórdão, pode propor uma nova ação pedindo a aplicação de sanções pecuniárias.

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ECDC: Especialista não aconselha a retirada imediata de medidas de proteção na UE

  • Lusa
  • 2 Setembro 2021

"Medidas são muito, muito eficazes", pelo que "não há realmente nenhuma razão para suavizar este tipo de medidas neste momento", diz o diretor do departamento de Vigilância do ECDC.

O especialista Bruno Ciancio, do Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), considera que ainda não é momento de os países da União Europeia (UE) retirarem todas as medidas de proteção anticovid-19, mas afasta novos confinamentos.

“Sabemos que estas medidas são muito, muito eficazes”, pelo que “não há realmente nenhuma razão para suavizar este tipo de medidas neste momento”, indica o diretor do departamento de Vigilância do ECDC em entrevista à Lusa.

Apesar de já 70% da população adulta da UE estar vacinada com duas doses de vacina, num total de mais de 250 milhões de pessoas totalmente vacinadas, Bruno Ciancio considera que ainda não é momento de baixar a guarda. “Se retirarmos agora as medidas, haverá um aumento dos casos e, em última análise, estes casos não serão apenas entre pessoas mais jovens, envolverão também pessoas mais velhas, pessoas que foram vacinadas”.

Este é, de acordo com o especialista do ECDC, um “impacto que se deve evitar”. “Estamos muito perto de uma situação em que podemos realmente enfrentar esta pandemia e devemos percorrer agora este quilómetro extra agora”, exorta.

Medidas como distanciamento físico, higiene das mãos e uso de máscara nalguns locais são então para manter para já, de acordo com o ECDC, sendo que estas também foram usadas “para levar ao quase desaparecimento da gripe da Europa por duas épocas consecutivas e para impedir milhares de mortes todos os anos”. “Quando virmos que basicamente não há impacto ou há um impacto muito limitado do vírus em termos de mortalidade e de internamentos, então aí várias medidas poderão ser suavizadas, mas ainda não é esse o caso”, assinala o responsável.

Assim sendo, “o objetivo é realmente vacinar mais população para que possamos progressivamente também suavizar estas medidas”, insiste o diretor do departamento de Vigilância do ECDC, adiantando que “o que vai acontecer na Europa depende muito da capacidade de prosseguir com os programas de vacinação”.

Uma hipótese afastada por Bruno Ciancio é a de os países da UE terem de recorrer a novos confinamentos. “No ECDC nunca recomendámos confinamentos cegos porque são devastadores para a população, pelo que é sempre o último recurso, mas penso que isso não voltará a acontecer”, indica o especialista à Lusa.

Também rejeitada por Bruno Ciancio é a possibilidade de encerrar estabelecimentos escolares: “Há consenso agora que é muito mais prejudicial fechar as escolas do que mantê-las abertas, por isso penso que é muito importante que as escolas estejam a funcionar e que as crianças possam ter a sua rotina, a sua educação e o seu desenvolvimento”. Até porque “as medidas que estão em vigor nas escolas são eficazes”, refere o especialista.

Já questionado pela Lusa sobre a vacinação de crianças acima dos 12 anos, como autorizado pelo regulador europeu e já em curso em países como Portugal, Bruno Ciancio vinca que “o principal objetivo [dos Estados-membros] deve ser o de assegurar que a população adulta seja vacinada”.

“E só depois de isto ser alcançado é que devemos considerar a vacinação de grupos etários mais jovens“, adianta, notando que muitos países europeus “ainda não estão” na fase de vacinar crianças, dada a baixa cobertura vacinal de outras faixas de população.

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Preços na produção industrial avançam em julho na Zona Euro e na UE

  • Lusa
  • 2 Setembro 2021

Em Portugal, o indicador acelerou 11,0% face a julho de 2020 e 1,7% na comparação em cadeia.

Os preços na produção industrial aceleraram em julho na Zona Euro e na União Europeia (UE) e todos os Estados-membros viram o indicador aumentar na comparação homóloga, segundo dados do Eurostat.

Face a julho de 2020, os preços na produção industrial avançaram 12,1% na Zona Euro e 12,2% na UE e na comparação com junho os aumentos foram, respetivamente, 2,3% e 2,2%,

O indicador subiu em todos os Estados-membros na variação homóloga, com especial destaque para a Irlanda (67,7%), Estónia (23,5%) e Bélgica (23,0%).

Face a junho, os preços na produção industrial só não aumentaram em Malta, onde se mantiveram estáveis, tendo conhecido as maiores subidas – tal como na variação homóloga – na Irlanda (20,6%), Estónia (6,4%) e Bélgica (4,2%).

Em Portugal, o indicador acelerou 11,0% face a julho de 2020 e 1,7% na comparação em cadeia.

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Regulador europeu descarta terceira dose para a população em geral

O regulador europeu diz que deve ser "considerada desde já" uma dose extra da vacina a pessoas com o sistema imunitário enfraquecido. Admite dose adicional a idosos em situação frágil.

Depois do Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), também a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) vem reiterar que não existe uma “necessidade urgente” de administrar doses de reforço da vacina contra a Covid à população em geral. No entanto, assinala que uma dose extra deve ser “considerada desde já” a pessoas com o sistema imunitário enfraquecido, bem como admite dose adicional a idosos em situação frágil “por precaução”.

“Com base nas evidências atuais, não há necessidade urgente de administração de doses de reforço das vacinas a indivíduos totalmente vacinados na população em geral, de acordo com um relatório técnico divulgado ontem [quarta-feira, 1 de setembro] pelo Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), assinala o regulador europeu, em comunicado.

Nesse contexto, a entidade liderada por Emer Cooke sublinha que “a prioridade” é, neste momento, vacinar todos os indivíduos elegíveis que ainda não completaram o esquema de vacinação recomendado”, bem como completar os esforços de vacinação com a manutenção do distanciamento físico e da etiqueta respiratória, higienização das mãos e uso de máscara “quando necessário e em particular em ambientes de alto risco”.

Não obstante, a EMA avisa que é preciso distinguir “doses de reforço para pessoas com um sistema imunológico normal e doses adicionais para pessoas com sistema imunológico enfraquecido”, pelo que salienta que alguns estudos apontam para a necessidade de uma dose adicional neste último caso. Esta foi, aliás, a decisão de Portugal, já que a DGS recomenda uma dose extra da vacina a pessoas com imunossupressão.

“Nesses casos [pessoas com o sistema imunológico enfraquecido], a opção de administrar uma dose adicional deve ser considerada desde já”, sinaliza o regulador europeu, abrindo também a porta a uma eventual administração de reforço, “como medida de precaução a idosos frágeis”, nomeadamente os que estão em lares.

Por fim, a EMA esclarece que continua a analisar os dados disponíveis relativamente a necessidade de doses de reforço ou doses adicionais, pelo que admite que os Estados-membros possam “considerar planos preparatórios para a administração de reforços e doses adicionais”.

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Serviço streaming do YouTube atinge 50 milhões de subscritores

  • Carolina Bento
  • 2 Setembro 2021

Desde outubro, o número de subscritores da plataforma da Google aumentou em mais de 20 milhões.

A competição está em marcha entre as plataformas destreaming de música. O YouTube, já com adversários como o Spotify e a Apple, alcançou 50 milhões de subscritores em agosto, avança o Financial Times. Em outubro de 2020, o número de subscritores era de 30 milhões, tendo aumentado em mais de 20 milhões em alguns meses.

O serviço do YouTube Music, plataforma detida pela Google, custa 10 dólares (8,44 euros) por mês e a versão premium é dois dólares mais cara (10,13 euros). O número de subscritores, bem como os valores das mensalidades, faz do YouTube e da Google, um competidor num mercado dominado por empresas como o Spotify, a Apple e a Amazon.

A determinada altura, “este serviço está a tornar-se para a Geração Z o que o Spotify foi para os millennials há cinco anos”, diz Mark Mulligan da indústria de consultoria, Midia Research. “O YouTube Music da Google tem representado o destaque do mercado de streaming de música, ressonando em muitos mercados emergentes e com o público mais jovem em todo o mundo”, acrescentou.

Comparando com outros serviços, o Spotify atingiu 165 milhões de subscritores no segundo trimestre deste ano. A Apple contava com 78 milhões, seguida da Amazon, com 63 milhões até ao fim do primeiro trimestre de 2021. O YouTube Music é o serviço mais recente dos quatro: nasceu em 2018; 10 anos depois do Spotify; a Apple Music surgiu em 2015 e, um ano depois, a Amazon Music Unlimited entrou no mercado.

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Portugal longe de ter uma das melhores redes ferroviárias da Europa

  • Lusa
  • 2 Setembro 2021

“Portugal está longe de poder afirmar que tem uma das melhores redes ferroviárias da Europa. Portugal e Lisboa são do melhor que há na Europa, mas a rede ferroviária não”, diz Pedro Nuno Santos.

O ministro das Infraestruturas afirmou, em Lisboa, que Portugal está longe de ter uma das melhores redes ferroviárias da Europa, acrescentando que sem justiça social não pode haver uma transição climática.

“Portugal está longe de poder afirmar que tem uma das melhores redes ferroviárias da Europa. Portugal e Lisboa são do melhor que há na Europa, mas a rede ferroviária não”, considerou Pedro Nuno Santos, que falava, em Lisboa, na sessão que antecede o início do ‘Conecting Europe Express’, uma viagem de comboio pela União Europeia para promover os benefícios deste transporte.

Esta viagem, organizada no âmbito do ano europeu do transporte ferroviário, tem hoje início em Lisboa e termina em Paris, no dia 7 de outubro.

No entanto, o governante vincou que, “após décadas de desinvestimento”, a rede ferroviária está a sofrer uma recuperação, com todos os principais corredores a serem modernizados.

Paralelamente, está a avançar a linha Évora-Elvas, “uma peça-chave para a ligação rápida entre Lisboa e Madrid”.

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Nas notícias lá fora: Youtube, estagflação e fortunas espanholas

  • Carolina Bento
  • 2 Setembro 2021

Bill Gross diz que as obrigações são "lixo", tal como o dinheiro, os ricos em Espanha atingiram um máximo antes da pandemia e o Youtube atingiu os 50 milhões de subscritores.

Nos Estados Unidos, Bill Gross considera as obrigações são “lixo”, tal como o dinheiro, e pensa no que poderá acontecer às ações. Ainda em terras norte-americanas, o economista da Universidade de Nova Iorque, Nouriel Roubini, avisa que a estagflação já se está a verificar nas economias avançadas, com a inflação a aumentar e o crescimento a estagnar. Em Espanha, o número de risco atingiu um máximo antes da pandemia, já na Alemanha o Dax vai passar a ter 40 empresas. E o Youtube conseguiu atingir o marco de 50 milhões de subscritores dos seus serviços streaming.

Bloomberg

Bill Gross diz que as obrigações são “lixo”, tal como o dinheiro

“O dinheiro já é lixo há muito tempo, mas agora há novos concorrentes”, disse Bill Gross, citado pela Bloomberg. O investidor norte-americano e fundador da Pacific Investement Management escreveu no seu website que os títulos de dívida norte-americana a 10 anos estão a 1,3%, devendo subir para 2% em 2022, gerando perdas de 3% aos investidores. Considera, assim, que as obrigações são “um investimento de lixo” e as ações podem ir pelo mesmo caminho, se o crescimento dos lucros ficar aquém das expectativas. “É melhor que o crescimento dos ganhos seja de dois dígitos, ou então podem ir parar ao camião do lixo”.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

Financial Times

Youtube atinge 50 milhões de subscritores

O Youtube, a plataforma de música da Google, atingiu a meta dos 50 milhões de subscritores, enquanto tenta competir com o Spotify, a Apple e a Amazon. O serviço de música streaming do Youtube foi lançado em 2018 e tem crescido em número de subscritores, até ter atingido esta meta em agosto. O serviço custa 10 dólares por mês (8,44 euros) e o serviço premium é dois dólares mais caro (10,13 euros).

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

El Economista

Estagflação já chegou, mas o pior ainda está para vir, avisa Roubini

Nouriel Roubini alerta há muito tempo para o risco de estagflação nos Estados Unidos e no resto das economias avançadas, mas agora admite que o pior ainda estará por vir. “Até recentemente, tinha-me focado mais nos riscos a médio prazo. Mas agora pode-se argumentar que a estagflação ‘suave’ já está a acontecer. A inflação está a aumentar nos EUA e em muitas economias avançadas, e o crescimento está a desacelerar. A desacelerar drasticamente, apesar dos enormes estímulos monetários e orçamentais”, assinala o também professor da Universidade de Nova Iorque.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol).

El País

Multimilionários em Espanha tocam máximos antes da pandemia

Em 2019, o número de contribuintes com fortunas superiores a 30 milhões em Espanha cresceram 15,3%, ascendendo a 701 contribuintes, de acordo com os dados publicados na quarta-feira pelo fisco espanhol. Contudo, cerca de dois terços destes multimilionários não pagaram impostos sobre o seu património. Segundo os dados do Ministério das Finanças espanhol apenas 240 pagaram este imposto, sendo que a maioria destes vive fora de Madrid, comunidade que está isenta desta taxa.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Financial Times

Dax vai deixar de ter 30 empresas. Vão ser 40

O índice alemão Dax vai passar de 30, para abarcar 40 empresas a partir de meados de setembro de 2021. Para que sejam elegíveis, as empresas têm de ter dois anos de resultados positivos antes de juros, impostos, depreciação e amortização. As novas regras não se aplicam a membros antigos. Estas alterações representam uma “modernização há muito esperada para o índice de ações mais influente da Alemanha” permitindo que empresas mais jovens e com potencial cresçam.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

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