Groundforce vai pagar salários de agosto atempadamente, garante sindicato

  • Lusa
  • 23 Agosto 2021

Os trabalhadores da Groundforce vão receber os salários de agosto atempadamente, após garantia dos administradores de insolvência, confirma o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos.

Os trabalhadores da Groundforce vão receber os salários de agosto atempadamente, após garantia dos administradores de insolvência da empresa, disse à Lusa fonte do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava).

A empresa de handling (assistência em terra nos aeroportos), cuja insolvência foi decretada por um tribunal de Lisboa no dia 04 de agosto, tinha vindo a registar irregularidades no pagamento dos salários dos trabalhadores, com pagamentos faseados e uma intervenção direta da TAP, para o pagamento de subsídios de férias e anuidades em atraso.

Mas este mês, esclareceu fonte sindical, os administradores de insolvência já deram a garantia de que o pagamento seria efetuado regularmente.

O Sitava, esclareceu, no dia 04 de agosto, que a insolvência da Groundforce é uma “solução transitória”, que não cessa os contratos de trabalho, e adiantou que os salários vão ser pagos.

“[…] Esta é uma solução transitória, não estando em causa as licenças de assistência em escala, nem sequer a cessação dos contratos de trabalho, pelo que foi feito um apelo por parte do Governo e da TAP de continuarmos a trabalhar no sentido da recuperação da empresa, principalmente num momento tão importante de captação de receitas e de manutenção de confiança com todos os clientes”, adiantou a direção do Sitava numa nota enviada aos associados, a que a Lusa teve acesso.

Segundo o mesmo documento, na reunião, o Governo e a TAP garantiram que vão continuar a trabalhar para encontrar uma solução para a empresa e para os mais de 2.400 postos de trabalho.

O sindicato disse ainda ter recebido a informação de que todos os compromissos com os créditos dos trabalhadores seriam cumpridos, onde se inclui o pagamento mensal de salários.

“Apelamos a que se mantenham unidos e informados”, concluiu a estrutura sindical.

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa decretou no dia 04 de agosto a insolvência da SPdH (comercialmente conhecida como Groundforce), anunciou a TAP, que tinha feito um requerimento nesse sentido, no dia 10 de maio, de acordo com um comunicado.

“A declaração de insolvência da SPdH – Serviços Portugueses de Handling, S.A. (Groundforce), hoje proferida pelos Juízos de Comércio de Lisboa do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, é, para a TAP, a solução transitória que melhor permite restaurar a confiança na gestão da Groundforce”, disse a empresa, na mesma nota.

“Esta decisão resulta do pedido feito em 10 de maio, pela TAP, S.A., na qualidade de credora, com o objetivo de procurar salvaguardar a viabilidade e a sustentabilidade da empresa de handling, assegurando a sua atividade operacional nos aeroportos portugueses”, referiu a companhia aérea.

Numa outra nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a TAP diz que, “caso tal se mostre viável, a possibilidade de continuidade da atividade da SPdH pode ser apreciada no quadro do processo de insolvência, sendo que os credores podem decidir pela aprovação de um plano de recuperação desta empresa”.

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP.

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Efacec ganha contrato no Brasil

O grupo Efacec foi contratada para modernizar o sistema de distribuição de energia elétrica no Rio de Janeiro. O projeto ficará concluído ainda este ano.

O Grupo Efacec, através da Efacec Power Solutions Brasil, ganhou um contrato para o fornecimento de serviços e equipamentos de proteção, controlo e automação relativos às linhas de transmissão Funil / Itatiaia 138kV, no município de Resende, Rio de Janeiro.

Com prazo de entrega ainda em 2021, a contratação inclui a instalação de reles de proteção, registadores digitais de perturbação e ainda o fornecimento de equipamentos desenvolvidos pela Efacec.

A obra faz parte de um pacote de intervenções que têm como objetivo modernizar o sistema de distribuição da ENEL Rio de Janeiro. O projeto reforça a presença da Efacec no Brasil, mercado onde atua há cerca de três décadas.

As relações entre a Efacec e a ENEL Rio de Janeiro estendem-se, assim, por mais de duas décadas de parceria. A Efacec esteve presente no projeto de digitalização de todo o parque de subestações entre 2000 e 2003, assim como no fornecimento do primeiro centro de comando da ENEL Rio de Janeiro, durante o mesmo período.

A ENEL Rio de Janeiro garante qualidade, segurança, inovação e sustentabilidade no fornecimento de energia elétrica e está presente no estado do Rio de Janeiro, Ceará, Goiás e São Paulo, levando energia a cerca de 17 milhões de pessoas, desde residências, a estabelecimentos comerciais e indústrias.

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Partidos querem ouvir peritos da DGS antes de decidir fim da máscara na rua

No Parlamento não há tantas certezas sobre o fim da máscara na rua como no Governo. Os partidos querem ouvir os peritos da DGS antes de a lei caducar a 12 de setembro.

O PSD requereu uma audição urgente com o grupo de epidemiologia da Direção-Geral da Saúde (DGS) e os restantes partidos parecem estar alinhados na necessidade de se ouvir os especialistas antes de se tomar uma decisão sobre o fim da obrigação de se usar máscara na rua quando não é possível cumprir o distanciamento social. O compromisso dos deputados é que o tema ficará tratado antes de 12 de setembro, altura em que caduca a lei em vigor, para evitar incerteza nos portugueses.

Na sexta-feira a ministra da Presidência e primeira-ministra em exercício, Mariana Vieira da Silva, remeteu a decisão para os deputados, recordando que a obrigação foi decidida pelo Parlamento e não pelo Governo. Porém, o Executivo tinha indicado no plano de desconfinamento anunciado em julho, após a última reunião do Infarmed com os peritos, que esta restrição iria terminar no início de setembro quando fosse atingida a meta de 70% da população vacinada.

Com o Parlamento de férias e a atual lei em vigor até 12 de setembro, essa obrigação ainda não caiu e ainda nem é certo que os partidos concordem com a avaliação feita pelo Governo. “A decisão tem de ser tomada com sustentação científica”, diz a deputada do PSD, Sandra Pereira, ao ECO, admitindo que “todos gostaríamos de estar libertos dessa situação, mas temos de estar atentos à evolução da pandemia”. Ainda que a vacinação seja “um muro de proteção bastante eficaz”, é preciso ponderar os potenciais “efeitos de aceleração” da pandemia com a retirada dessa obrigação.

Assim, os social-democratas querem ouvir os especialistas mais uma vez — “a reunião do Infarmed foi sobre várias coisas ao mesmo tempo” e não aprofundou o debate sobre esta medida em particular, justifica Sandra Pereira — para que os deputados tomem uma decisão informada. “Devemos ouvir a ciência”, argumenta, assumindo o objetivo de se chegar a uma decisão “atempadamente”, ou seja, antes de 12 de setembro. A expectativa é que a audição possa ocorrer daqui a duas semanas uma vez que o Parlamento arranca a agenda oficial a partir de dia 6 de setembro.

Do lado do PS também há abertura para ouvir os especialistas: “A proposta feita pelo PSD faz todo o sentido“, disse José Magalhães, deputado do PS, à Rádio Observador esta segunda-feira de manhã, notando que a “decisão tem de ser tomada com serenidade e tranquilidade”. O deputado socialista abriu a porta a que a audição seja feita por videoconferência para se acelerar o calendário.

Contactado pelo ECO, o Bloco — que se tem abstido na votação desta lei — remete para as palavras de Catarina Martins deste domingo em que a líder bloquista remetia a decisão para a DGS, através da audição dos seus especialistas. “No momento em que as autoridades de saúde considerarem que podem aliviar a utilização de máscara no espaço público podem fazer essa indicação“, afirmou Catarina Martins em declarações transmitidas pela RTP.

Tanto o PCP — que se absteve na votação desta obrigação — como o CDS — que votou a favor da lei — ainda não se pronunciaram sobre o tema. O ECO questionou os partidos sobre o tema, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo. Já fonte oficial do PAN esclarece ao ECO que a sua posição “é a de que, atendendo a que 70% da população está já vacinada, somos a favor do fim do uso da máscara em espaços abertos, salvo situações ou eventos que gerem aglomeração de pessoas”.

O Presidente da República disse ser uma “boa coincidência” o facto de o Parlamento só avaliar o fim do uso da máscara na rua em setembro, dando a entender que é favorável ao seu uso neste momento em que se especula sobre o rumo da pandemia no país. “Fui dos primeiros a pô-la e serei dos últimos a tirá-la. Quero ver os números de agosto e até meados de setembro (…) Tento usar o mais possível a máscara“, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

(Notícia atualizada às 18h06 com a posição do PAN)

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“Casa Aberta” alargada a maiores de 12 anos

Adolescentes com 12 anos e idades superiores já podem receber a primeira dose da vacina sem agendamento. Há horários específicos a ter em atenção para usufruir da modalidade "Casa Aberta".

Os cidadãos com idade igual ou superior a 12 anos já podem receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 sem marcação prévia, através da modalidade “Casa Aberta”, anunciaram as autoridades esta segunda-feira.

“Se tem mais de 12 anos e ainda não foi vacinado, pode tomar a primeira dose da vacina, sem agendamento, no centro de vacinação correspondente ao seu centro de saúde“, anunciou o Serviço Nacional de Saúde, no Twitter. A “Casa Aberta” está disponível apenas para os cidadãos que não tenham sido infetados com Covid-19 nos últimos seis meses e funciona em horários específicos, que podem ser consultados online.

Para usufruir do sistema de senha digital da modalidade “Casa Aberta”, é preciso tirar uma senha no dia em que se pretende ser vacinado, sendo para isso aconselhável a consulta do portal da afluência de modo a verificar se o centro de vacinação pretendido tem o “semáforo verde” (que indica que o período de espera não é superior a 30 minutos). Depois de preenchido o formulário de requerimento da senha, receberá o respetivo número e horário previsto.

As autoridades alertam que a toma da segunda dose da vacina contra a Covid-19 “será sempre no mesmo local da primeira dose“.

Portugal atingiu, na semana passada, a meta de ter 70% da população residente com a vacinação completa contra a Covid-19. Tal marco levou a uma antecipação da fase de desconfinamento prevista para setembro. A task force estima agora que será possível ter 85% dos portugueses com a vacinação completa em meados de setembro, o que poderá levar a uma antecipação também da próxima fase de levantamento das restrições.

(Notícia atualizada às 16h18)

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YouTube paga mais de 25 mil milhões de euros a criadores de conteúdo nos últimos três anos

  • Tiago Lopes
  • 23 Agosto 2021

O YouTube, a rede social mais utilizada em todo o mundo, pagou mais de 25 mil milhões de euros a criadores de conteúdo nos últimos três anos.

O YouTube ultrapassou a barreira dos 2 milhões de criadores de conteúdo na sua plataforma. Através de um post no seu blogue oficial, Neal Mohan, Chief Product Officer do YouTube, revela ainda que estes criadores receberam já muitos milhares de milhões de dólares.

Mohan começa por dizer que “milhões de criadores de conteúdo de todo o mundo usam o YouTube para encontrar uma comunidade, alcançar um público global e desenvolver um negócio.” E acrescenta que a rede social com mais utilizadores em todo o mundo pagou mais de 30 mil milhões de dólares, cerca de 25 mil milhões de euros, a criadores de conteúdo, artistas e empresas de media nos últimos três anos.

“Continua a ser um dos maiores responsáveis pelas receitas dos criadores de conteúdo no mundo. Nos últimos três anos, pagámos mais de 30 mil milhões de dólares a criadores de conteúdo, artistas e empresas de media”, escreve Neal Mohan.

No mesmo post, o Chief Product Officer dá também a conhecer que o YouTube desenvolveu novas funcionalidades com o objetivo de proteger a comunidade, incluindo um sistema de responsabilidade “que inclui a remoção de conteúdos que violam as políticas, o reforço das vozes confiáveis e a redução de conteúdo duvidoso e recompensa de criadores de conteúdo de confiança.”

O YouTube começou a partilhar receitas com criadores de conteúdo em 2007, altura em que foi criado o YouTube Partner Program (YPP), um programa de monetização onde qualquer pessoa que preencha os requisitos necessários pode inscrever-se e começar a ganhar dinheiro com os conteúdos colocados na plataforma.

“Na verdade, partilhamos mais da metade da receita gerada com os criadores. E hoje, o YPP continua a ser um dos maiores impulsionadores da economia criadora no mundo. Os criadores que fazem parte do YPP podem ganhar dinheiro e ganhar a vida com seu conteúdo no YouTube com dez recursos diferentes de monetização (e continuamos a acrescentar mais), desde a receita do anunciante até a venda de merchandise”, escreveu Mohan.

De forma a realçar o sucesso do YouTube Partner Program, Mohan diz que “só em 2019, o ecossistema criativo do YouTube apoiou o equivalente a 345.000 empregos a tempo inteiro nos EUA. Isso também significa que conteúdo de qualidade sobre tudo, desde como arranjar uma porta de uma garagem a videoclipes e conferências sobre física avançada, está disponível de forma gratuita, para públicos espalhados por todo o mundo.”

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Portugal é o sexto país da União Europeia com mais novos casos diários

  • Lusa
  • 23 Agosto 2021

A média diária em Portugal desceu ligeiramente dos 229 casos verificados na semana passada. Entre os países da UE, Chipre tem a maior média diária, seguido da Irlanda, França e Grécia.

Portugal passou esta semana de quinto para sexto país da União Europeia com mais novos casos de infeção por SARS-CoV-2, com uma média diária de 225 por milhão de habitantes nos últimos sete dias, segundo o site Our World in Data.

A média diária em Portugal desceu ligeiramente dos 229 casos verificados na semana passada. Entre os países da União Europeia (UE), Chipre tem a maior média diária, com 476 casos, seguido da Irlanda (358), França (332), Grécia (302) e Espanha (235).

A média da União Europeia neste indicador aumentou de 132 para 149, enquanto a média mundial passou de 81 para 84.

Os países de leste continuam a ser aqueles com médias diárias de novos casos mais baixas, apesar de ligeiros aumentos comparativamente à semana anterior: Polónia, com cinco casos, Hungria (sete), Eslováquia (14), República Checa (17) e Roménia (27).

Apesar de já não fazer parte da UE, o Reino Unido é o país europeu com os números mais elevados e uma média de novos casos a sete dias de 476 por milhão de habitantes.

No mundo, os países com mais de um milhão de habitantes com médias diárias de novos casos mais altas são a Geórgia (1.206), Kosovo (965), Israel (844), Cuba (827) e Malásia (662).

Quanto à média de mortes diárias por milhão de habitantes nos últimos sete dias, Portugal passa de quinto para oitavo país da UE neste indicador, com uma média de 1,08, descendo ligeiramente de 1,33 na passada segunda-feira.

Chipre (4,34) e Bulgária (2,69) estão no topo desta lista, seguidos da Grécia (2,19), Espanha (2,04), Malta (1,94), Lituânia (1,89) e França (1,27) com a média da União Europeia em 0,77 e a mundial em 1,27.

A nível mundial, pior no indicador de média diária de mortes por milhão de habitantes estão a Geórgia (13,07), Tunísia (8,58), Sri Lanka (8,47), Macedónia do Norte (7,95) e Malásia (7,32).

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Preços do Microsoft 365 para empresas vão subir em 2022

  • Carolina Bento
  • 23 Agosto 2021

A Microsoft vai aumentar os preços dos planos Microsoft 365 (ex-Office 365) a partir de 1 de março de 2022, incluindo em Portugal.

A Microsoft anunciou “o primeiro aumento substancial dos preços” do Microsoft 365 (ex-Office 365) desde o lançamento do pacote de software há dez anos. Em comunicado, a empresa avança que o aumento vai entrar em vigor em todo o mundo a partir de 1 de março de 2022. Ainda assim, estas alterações não se vão refletir no consumo de produtos para os consumidores e para educação.

Os novos preços em dólares já foram divulgados e, para já, abrangem apenas os pacotes comerciais, ou seja, as versões de softwares como o Word, PowerPoint, Excel e Teams que são vendidos às empresas. Os preços finais podem variar entre mercados, devido aos ajustes comuns em certas regiões:

  • Microsoft 365 Business Basic (de 5 para 6 dólares por utilizador);
  • Microsoft 365 Business Premium (de 20 para 22 dólares);
  • Office 365 E1 (de 8 para 10 dólares);
  • Office 365 E3 (de 20 para 23 dólares);
  • Office 365 E5 (de 35 para 38 dólares);
  • Microsoft 365 E3 (de 32 para 36 dólares)

Em Portugal também vai haver aumentos, mas a empresa não disse ao ECO os preços que serão alvo de alterações. Atualmente, os planos empresariais do Office 365 vão dos 4,20 euros mensais por utilizador (Empresas Basic) aos 16,9 euros por utilizador (Empresas Premium).

Preços dos serviços Microsoft em Portugal.Microsoft Portugal 23 Agosto, 2021

Já o valor do Office 365 E1, em Portugal, é 6,70€ por mês por utilizador, com fidelização anual. No caso do E5, o preço chega aos 53,70 euros por utilizador, de acordo com a oferta divulgada no site da empresa.

Preços dos serviços do Office 365 em Portugal.Microsoft Portugal 23 Agosto, 2021

Teams vai permitir ligações por telemóvel

A empresa justifica os aumentos nos preços com a melhoria constante dos serviços prestados durante a década de vida do Office 365, atualmente Microsoft 365, sobretudo no período da pandemia.

Num comunicado, a empresa refere que, desde a introdução dos bundles do Office 365, a empresa adicionou 24 aplicações — Microsoft Teams, Power Apps, Power BI, Power Automate, Stream, Planner, Visio, OneDrive, Yammer e a Whiteboard — e lançou cerca de 1.400 serviços nas áreas de comunicação e colaboração; segurança; e automação e e inteligência artificial.

Além do aumento nas mensalidades, o Microsoft Teams vai ser alvo de uma melhoria: quando não houver acesso à internet, os utilizadores vão poder ligar-se a reuniões via chamada telefónica. O serviço está disponível com assinatura em mais de 70 países, 44 línguas e com apoio interativo. Desta forma, “os clientes poderão participar nas suas reuniões no Microsoft Teams em praticamente qualquer dispositivo, independentemente do local”.

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Com falta de inspiração? Estes são os livros que o gestor de pessoas da Ikea aconselha

A gerir as pessoas da empresa sueca em Portugal desde 2015, o country people and culture manager recomenda três obras internacionais nas áreas da gestão, liderança e desenvolvimento pessoal.

Já escolheu os livros que leva consigo estas férias? Se ainda não, a Pessoas vai ajudá-lo. Tome nota das sugestões de leitura do responsável de people & culture da Ikea Portugal, Cláudio Valente.

A gerir as pessoas da empresa sueca em Portugal desde 2015, o country people and culture manager recomenda três obras literárias internacionais nas áreas da gestão, liderança e desenvolvimento pessoal.

Cláudio Valente é o responsável de people & culture da Ikea Portugal.Hugo Amaral/ECO

1. “O homem mais rico da Babilónia”, de George S. Clason

Esta é a primeira sugestão do líder de pessoas da Ikea Portugal. “A origem deste livro é uma das mais curiosas, com uma certa aura romântica a envolvê-la”, diz. George Samuel Clason, o autor, nascido no Louisiana em 1874, foi militar, homem de negócios e escritor. Por volta de 1926, lembrou-se de escrever uma série de panfletos informativos sobre como alcançar o sucesso, com parábolas ambientadas na antiga Babilónia.

“O autor conta a história de um homem que quis tornar-se rico e o conseguiu, sendo mais tarde convidado pelo próprio Rei a ensinar a sua arte. As cinco leis de ouro em que baseava as suas lições são princípios pedagógicos válidos para a economia de todos os tempos“, resume.

2. “O jogo infinito”, de Simon Sinek

“Há um jogo quando existem pelo menos dois jogadores. E há dois tipos de jogos: finitos e infinitos. Os finitos têm regras fixas, são disputados por jogadores conhecidos e terminam quando se atinge o objetivo (no xadrez, por exemplo, é o xeque-mate). Já nos jogos infinitos – como nos negócios, na política ou na vida – as regras estão sempre a mudar, podem entrar jogadores que nem sequer conhecemos, e a partida nunca acaba. E, mais importante do que as vitórias e derrotas, é continuar a jogar.”

Esta é a premissa do livro que Cláudio Valente sugere e, na verdade, não podia ser mais atual, tendo em conta os recentes desafios com que os departamentos de recursos humanos de todas as organizações se deparam. Na liderança, inovação ou até na performance, o jogo nunca acaba. É sobre esse tipo de mentalidade que Simon Sinek escreve em “O Jogo Infinito”. “Fala de empresas como a Victorinox, que perderam batalhas, mas estão a ganhar a guerra e mostra como esse ‘mindset infinito’ é indispensável a qualquer líder que queira deixar a sua organização melhor do que estava quando nela começou a trabalhar”, explica.

3. “O Monge e o Executivo”, de James C. Hunter

Finalmente, a terceira sugestão do gestor de pessoas é sobre um famoso empresário que abandonou a sua carreira para se tornar monge num mosteiro beneditino. Esta é a personagem central da história de James C. Hunter, que ensina os princípios fundamentais seguidos pelos verdadeiros líderes.

“Vai encontrar neste livro personagens, ideias e discussões que vão abrir novos horizontes na sua forma de lidar com os outros. É impossível ler este livro sem sair transformado”, garante Cláudio Valente. “‘O Monge e o Executivo’ é, sobretudo, uma lição sobre como se tornar uma pessoa melhor.”

Também pode espreitar o que os CEO portugueses andam a ler aqui. E, já agora, o que vários empreendedores ouvidos pela Pessoas andam a ler por estes dias de verão.

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Aumento de capital é uma oportunidade única no combate à pandemia, diz FMI

  • Lusa
  • 23 Agosto 2021

Operação do FMI vai ajudar os países com maiores dificuldades a equilibrarem as contas e reforçarem a aposta no combate à propagação da pandemia.

A diretora executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse esta segunda-feira que a alocação de Direitos Especiais de Saque (DES), hoje concretizada, é uma “oportunidade única” para combater a crise que surgiu devido à pandemia de covid-19.

“A alocação de 650 mil milhões de dólares [cerca de 555 mil milhões de euros] é uma significativa dose no braço para o mundo e, se for usada corretamente, uma oportunidade única para combater esta crise sem precedentes”, disse a líder do FMI no dia em que o Fundo disponibiliza esse montante para aumentar as reservas cambiais de todos os estados membros.

Esta alocação de capital, semelhante a um ‘aumento de capital’ do Fundo, o maior de sempre, “vai dar mais liquidez ao sistema económico global, aumentando as reservas externas dos países e reduzindo a sua dependência da emissão de dívida externa ou nacional, que é mais cara”, acrescentou Kristalina Georgieva numa nota hoje divulgada em Washington.

Salientando que como a distribuição é feita em função da quota do FMI, a dirigente vincou que “isto significa que cerca de 275 mil milhões de dólares irão para os países emergentes e em desenvolvimento, dos quais os países os países de baixo rendimento vão receber cerca de 21 mil milhões de dólares, o equivalente a 6% do PIB, nalguns casos”.

Isto abarca todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), com exceção de Angola, que é um país de rendimento médio, que irão receber um reforço de 1.372,2 milhões de euros, correspondentes a 1.134 milhões de unidades de DES, enquanto Timor-Leste receberá 29 milhões de euros.

O Brasil, a maior economia da lusofonia, vai receber 12,7 mil milhões de euros, seguido de Portugal, que verá as suas reservas externas aumentarem em 2.373 milhões de euros.

Angola é o país lusófono africano que terá uma alocação mais robusta, seguindo-se Moçambique, com 261 milhões de euros, a Guiné Equatorial (181,6 milhões de euros), a Guiné-Bissau, com 32,6 milhões, Cabo Verde, com 27,8 milhões, e São Tomé e Príncipe, que receberá quase 17 milhões de euros em reservas cambiais.

Estas verbas agora disponibilizadas são um “recurso precioso e a decisão de como as usarem da melhor forma fica com os países membros”, disse Georgieva, defendendo que a decisão deve ser “prudente e bem informada”.

O FMI vai, de resto, acompanhar de perto a utilização destes DES, tendo distribuído documentação técnica relativa à utilização e ao acompanhamento das transações destas verbas, que serão objeto de um relatório pormenorizado a apresentar em 2023.

Referindo-se ao pedido dos países em maiores dificuldades para a canalização de parte das verbas atribuídas aos países mais desenvolvidos, a líder do FMI defendeu novamente a ideia e disse que está a ser debatida a criação de um Fundo de Resiliência e Sustentabilidade (FRS).

“O FMI está também envolvido com os países membros na possibilidade de um novo FRS, que podia ser usado para canalizar os DES para ajudar os países mais vulneráveis na transformação estrutural, incluindo em maneiras de lidar com os desafios relacionados com as alterações climáticas”, disse Georgieva, admitindo ainda que outra hipótese é canalizar os DES dos países mais desenvolvidos para os bancos de desenvolvimento multilaterais.

Os países membros começaram a discutir uma emissão de DES logo no ano passado devido ao impacto da pandemia de covid-19, que atirou a economia global para uma recessão de 3,5%, devendo crescer 6% este ano, segundo as previsões feitas do último relatório sobre as Perspetivas Económicas Mundiais.

A emissão de DES é um instrumento criado pelo FMI para dar liquidez e ampliar os recursos disponíveis dos Estados com necessidades financeiras, funcionando como uma espécie de aumento de capital do FMI, para reforçar o combate à pandemia e relançar o crescimento económico.

Um DES é uma unidade em que o dólar americano tem 41,73% do peso, o euro 30,93%, o yuan chinês 10,92%, o iene japonês 8,33% e a libra esterlina 8,09%, e tem uma cotação publicada diariamente pelo FMI. No domingo, 1 DES correspondia a 1,2107 euros.

A emissão de DES vai ajudar os países com maiores dificuldades a equilibrarem as suas contas e reforçarem a aposta no combate à propagação da pandemia, e tem sido qualificada pelos países africanos como essencial para relançar o crescimento económico da região.

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Banca e petróleo dão fôlego a Wall Street. Investidores de olho na Fed

Os investidores concentram-se em ações mais arriscadas, após uma semana negativa em Wall Street.

Depois de uma semana de perdas, Wall Street está agora no “verde”. Os investidores focam-se em cotadas do setor do petróleo e da banca, enquanto aguardam também um evento onde a Reserva Federal norte-americana pode dar mais pistas sobre a decisão relativa aos estímulos.

No simpósio do Jackson Hole, que arranca na quinta-feira, o presidente da Fed, Jerome Powell, vai discursar sobre as perspetivas económicas. Os investidores esperam receber sinais, neste evento, sobre o calendário do banco central norte-americano para desacelerar o programa de compra de títulos.

O industrial Dow Jones sobe 0,12% para os 35.160,97 pontos, e o S&P 500 avança 0,19% para os 4.450,29 pontos. Já o tecnológico Nasdaq valoriza 0,42% para os 14.776,98 pontos.

As cotadas do setor do petróleo destacam-se nos ganhos, no arranque da primeira sessão da semana em Wall Street. A Chevron ganha 2,04% para os 96,22 dólares, a ExxonMobil sobe 2,44% para os 54,02 dólares e a Occidental Petroleum soma 5,26% para os 23,12 dólares.

Já a banca também brilha entre as cotadas em “terreno” positivo. Nota para o Bank of America, que avança 1,09% para os 40,81 dólares, enquanto o Citigroup valoriza 1% para os 70,95 dólares e o JP Morgan soma 0,95% para os 156,20 dólares.

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Vacina da Pfizer contra Covid-19 recebe aprovação final das autoridades de saúde nos EUA

Vacina da BioNTech/Pfizer já tem aprovação final da Food and Drug Administration (FDA), abrindo espaço à imposição de vacinação obrigatória em certas circunstâncias nos EUA.

A Food and Drug Administration (FDA) decidiu dar aprovação final à vacina desenvolvida pelo consórcio BioNTech e Pfizer contra a Covid-19, que tem a designação comercial Comirnaty. A decisão abre caminho a mudanças nas políticas de vacinação nos EUA, podendo levar à imposição da obrigatoriedade da toma da vacina em certas situações.

Milhões de vacinas da Pfizer foram administradas nos últimos meses a cidadãos em todo o mundo, sem efeitos adversos perigosos frequentes ou dignos de registo. No entanto, à semelhança do que acontece na Europa, a administração destas vacinas tem sido feita ao abrigo de uma autorização de emergência, que permitiu distribuir o fármaco mesmo sem a aprovação final do mesmo.

Com esta decisão, a FDA dá “luz verde” incondicional à vacina da Pfizer, desde que administrada sob as condições definidas, nomeadamente a política de duas doses espaçadas por algumas semanas. Outros planos vacinais que recorrem a este medicamento vão continuar sujeitos a autorizações de emergência mais condicionadas, designadamente a terceira dose para pessoas imunodeprimidas e a vacinação de crianças com idades entre 12 e 15 anos.

“Hoje, a FDA aprovou a primeira vacina contra a Covid-19. Esta vacina tem sido conhecida por Vacina Pfizer-BioNTech Covid-19, e vai agora ser comercializada como Comirnaty, para a prevenção da doença Covid-19 em indivíduos com mais de 16 anos”, avançou aquela entidade norte-americana, num comunicado que já era esperado. Não sendo válida para a União Europeia (UE), a decisão da FDA deverá merecer olhar atento e até influenciar uma avaliação semelhante por parte da Agência Europeia do Medicamento.

Segundo a FDA, a vacina da Pfizer foi sujeitada a um rigoroso processo de controlo de qualidade, segurança e eficácia. “A Comirnaty contém RNA mensageiro (mRNA), um tipo de material genético. O mRNA é usado pelo organismo para replicar uma das proteínas do vírus que causa a Covid-19. O resultado de alguém tomar esta vacina é que, no final, o seu sistema imunitário reaja de forma defensiva ao vírus que provoca a Covid-19″, explica a FDA.

Para já, a decisão não tem efeitos práticos imediatos. Mas era um passo já aguardado por alguns decisores políticos, na medida em que pode dar margem para a imposição da vacinação obrigatória em algumas circunstâncias. Algumas instituições, como universidades, já estão a exigir a vacinação dos estudantes, mas alguns casos judiciais têm travado essa pretensão sob o argumento de que a vacina ainda não tinha sido totalmente aprovada pelas autoridades de saúde.

Depois da aprovação da Food and Drug Administration (FDA), o Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América (Pentágono) avançou esta segunda-feira que irá tornar a vacina contra a Covid-19 obrigatória para os militares norte-americanos.

Paralelamente, a cidade de Nova Iorque vai exigir a todos os funcionários do departamento de educação que sejam vacinados pelo menos com uma dose até 27 de setembro.

“Agora que a vacina da Pfizer/BioNTech foi aprovada, o Departamento vai emitir uma diretiva exigindo que todo o pessoal alistado seja vacinado”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby.

Amesh Adalja, do centro de segurança da saúde da Universidade Johns Hopkins disse à AFP que “espera que mais organizações e mais empresas venham a exigir a vacina como condição de emprego”, disse

(Notícia atualizada pela última vez às 17h08)

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Talibãs não anunciarão governo enquanto houver soldados norte-americanos no país

  • Lusa
  • 23 Agosto 2021

Porta-voz dos talibãs diz que estender além do final de agosto os esforços dos países aliados para retirar pessoas do Afeganistão representa uma "linha vermelha" e provocaria uma reação.

Os talibãs não anunciarão a formação de um governo no Afeganistão enquanto houver soldados norte-americanos no país, declararam esta segunda-feira à agência France-Presse duas fontes do movimento extremista.

“Foi decidido que a formação do governo (…) não será anunciada enquanto um único soldado norte-americano estiver no Afeganistão”, disse uma daquelas fontes. A informação foi confirmada por uma segunda fonte.

Um porta-voz dos talibãs já tinha afirmado esta segunda-feira que estender além do final de agosto os esforços dos países aliados para retirar pessoas do Afeganistão representa uma “linha vermelha” e provocaria “uma reação”.

“Isto é algo que se pode designar de linha vermelha. O Presidente [dos Estados Unidos, Joe] Biden anunciou este acordo de que a 31 de agosto retiraria todas as suas forças militares. Assim, se o estendem, isso significa que estão a estender a ocupação quando não há necessidade”, disse Shuail Shaheen à televisão britânica Sky News.

“Isso criará desconfiança entre nós. Se houver intenção de continuar a ocupação, isso vai provocar uma reação”, acrescentou, segundo a agência noticiosa espanhola Efe.

O porta-voz falava após ter sido marcada para terça-feira uma reunião do G7 (grupo dos sete países mais ricos), presidida pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, para analisar a crise afegã e a possibilidade de alargar o prazo para evacuações.

Desde que os talibãs entraram em Cabul, há uma semana, milhares de pessoas reuniram-se perto do aeroporto internacional da capital para tentar sair do país antes de 31 de agosto, data fixada pelo Governo dos Estados Unidos para a retirada final das suas forças no Afeganistão.

Diante do caos da retirada e sob pressão dos aliados, Joe Biden indicou considerar manter os soldados no país além desse prazo, referindo haver “discussões em andamento” sobre o assunto.

Segundo o secretário de Estado das Forças Armadas britânico, James Heappey, a decisão sobre uma extensão das operações de retirada em Cabul não cabe apenas a Washington e os talibãs também têm uma palavra a dizer sobre o tema.

Haverá uma conversa com os talibãs. Os talibãs terão a escolha entre procurar colaborar com a comunidade internacional e mostrar que desejam fazer parte do sistema internacional” ou “dizer que não há oportunidade de estender” a presença norte-americana, disse Heappey.

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