Insurtechs captam recorde de 6,2 mil milhões, 1º semestre ultrapassa 2020 inteiro

  • ECO Seguros
  • 2 Agosto 2021

O segundo trimestre triplicou valores de um ano ano antes. 15 mega rondas, que ultrapassaram 100 milhões de dólares cada, elevaram recursos para insurtech a recorde semestral de 6,2 mil milhões euros.

O investimento global em Insurtech, vertical de disrupção tecnológica em seguros, atingiu montante recorde no primeiro semestre de 2021 (1ºS), com 7,38 mil milhões de dólares angariados (cerca de 6,2 mil milhões de euros), 270 milhões de dólares acima da captação nos 12 meses de 2020 e a representar 1 000 milhões mais face aos fundos angariados em todo ano 2019.

A curva de dinheiro captado mostra sucessão de recordes. 162 rondas de financiamento inventariadas no 2º trimestre (308 no total do 1º semestre) levantaram 4,82 mil milhões de dólares, o triplo do investimento captado em igual trimestre de 2020 e a superar o total de qualquer ano inteiro antes de 2019, indica o Quarterly InsurTech Briefing Q2 2021 (WTW).

Com mudança de comportamentos acelerada pela pandemia, as seguradoras têm de dar resposta rápida a novas necessidades, sob pena de ficarem mesmo para trás. Os recursos aplicados no movimento de inovação tecnológica nos últimos meses deveu-se sobretudo a 15 megaoperações (que captaram mais de 100 milhões cada e marcaram rondas de financiamento séries B e C), representaram dois terços do volume angariado entre abril e junho.

Nesse período, o total de rondas cresceu 57% face a um ano antes e subiu 11% face aos primeiros três meses de 2021. Entre outras, o Insurtech Briefing trimestral da WTW permite algumas conclusões:

  • Os projetos focados na função distribuição representaram 55% das operações, ou 10 das 15 mega rondas identificadas no trimestre;
  • 73% das operações de financiamento investiram em insurtechs dedicadas a seguros do ramo não Vida, enquanto 43 operações atraíram recursos para ecossistemas de seguros Vida e Saúde;
  • Os fundos contabilizados somam investimento em insurtechs de 35 países, com estreantes localizados na Turquia, Arábia Saudita, Mali, Botswana e Roménia.

Quanto às protagonistas que mais dinheiro angariaram para expandir, o relatório da WTW identifica mega rondas, entre outras, da alemã wefox, seguradora digital que levantou 650 milhões numa das maiores serie C de sempre; a Bought by Many, uma MGA da área de seguros pet (animais de companhia), captando 350 milhões em ronda série D; e a Collective Health, com 280 milhões de dólares recolhidos em ronda série F.

No entanto, o recorde de recursos captados não significa que a história das startups apostadas no desenvolvimento tecnológico dos seguros seja feita apenas de casos de sucesso. Ainda a trabalhar num inventário das que ficaram pelo caminho, o relatório recorda que, um ano antes, mais de 180 insurtech desapareceram do radar dos investidores.

Citado no comunicado que divulga o briefing trimestral da WTW, Andrew Johnston, Global Head of InsurTech na Willis Re, avança tópicos que o médio longo prazo ajudará a esclarecer: capital de financiamento disponível pode ser maior do que a “massa cinzenta” existente; rapidez e número de admissões em bolsa (IPO) significam oportunidade e talvez alguma precipitação. Por isso, admite que existam empresas sobrevalorizadas.

Sobre seis cotadas do setor (Lemonade; Oscar; Duke Creek Technologies; Go Health; Metromile e Root), o briefing da WTW observa que, desde janeiro, os preços desceram praticamente em todos estes títulos. Isto sugere que, ao invés de os negociar como valores individuais, o mercado poderá estar a olhar para este grupo de insurtechs como um todo, um único ‘bicho’.

 

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Moratórias das famílias acabam a 30 de setembro. O que se segue?

  • Carolina Bento
  • 2 Agosto 2021

As moratórias dos particulares terminam a 30 de setembro. O ECO explica o que pode esperar.

As moratórias terminam a 30 de setembro. E agora? O que posso fazer e como me posso preparar? O que é que o meu banco tem de fazer? O ECO responde-lhe às dúvidas que possa ter nesta fase da pandemia.

O que é que os bancos têm de fazer a partir de dia 31 de agosto?

Os bancos têm de verificar se, a 31 de agosto, ou seja, um mês antes do fim das moratórias, os clientes têm condições de retomar o pagamento das prestações do crédito.

O que é que vai acontecer até 15 de setembro?

Até 15 de setembro, as propostas alternativas para encontrar uma solução para o pagamento vão ser apresentadas, para se preparar para o que acontece a partir de dia 30 de setembro.

Acabaram-se as moratórias. O que faço agora?

Terminadas as moratórias, as famílias devem ter um plano negociado com os seus bancos para começarem a cumprir o plano de pagamento do crédito.

E se não conseguir pagar, de todo?

Se as famílias não conseguirem pagar, têm 90 dias para encontrar uma solução com os seus bancos, antes de se passar a medidas mais drásticas, como a execução de hipotecas.

O meu banco falou-me do PARI e do PERSI. O que são?

O PARI e o PERSI são mecanismos criados em 2012 para que os bancos saibam responder quando os consumidores estiverem em vias de incumprimento ou já no incumprimento no pagamento das suas dívidas.

Desta forma, o PARI significa Plano de Ação para o Risco de Incumprimento e serve para, por iniciativa do consumidor ou do banco, informar este último que poderá existir uma situação de incumprimento no futuro. Assim que é informado, o banco deve fazer um acompanhamento da situação do consumidor e chegar a acordo, procurando soluções alternativas ou renegociando o contrato para que se evite ao máximo o incumprimento, avisa a Deco. Essas soluções, segundo a Deco, podem ser o alargamento do prazo de pagamento, a alteração da taxa de juro ou a criação de períodos de carência.

Por seu lado, o PERSI quer dizer Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento e atua já quando existem situações de incumprimento. Portanto, é um mecanismo pós-incumprimento, e não pré, como o PARI. Este mecanismo é acionado quando se regista uma situação em que a família não consegue pagar e já entrou em incumprimento. O banco e o cliente devem entrar em contacto para encontrarem uma solução para retomar o pagamento das prestações.

Que medidas de proteção posso esperar do Governo?

As medidas em concreto ainda não foram conhecidas, mas servirão para proteger as famílias mais afetadas pela pandemia e com dificuldades em cumprir o pagamento dos créditos pós-moratórias.

 

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Gasolina está cara? Carros elétricos já permitem poupar até 12.600 euros por ano

  • Capital Verde
  • 2 Agosto 2021

Para os condutores que andem mais de 25.000 km e mantenham o carro durante 6 anos, um elétrico permite poupar 6.300 euros/ano face ao gasóleo e 12.600 euros/ano face à gasolina, diz um estudo da Deco.

Se está a pensar comprar ou trocar de carro, e a sua escolha vai para um veículo do segmento pequeno e médio, a Deco Proteste alerta que a melhor opção é já neste momento um modelo elétrico.

“Hoje em Portugal são a opção mais barata para muitos consumidores e a melhor escolha ao longo da vida do veículo”, garante a organização de defesa dos consumidores com base num estudo recente que calculou os custos de propriedade e utilização das várias tecnologias disponíveis para três dimensões de automóveis: pequenos, do segmento médio e grandes.

Mostram as contas da Deco Proteste que — além de ser mais sustentável e melhor para o ambiente — um carro elétrico do segmento médio permite aos condutores que andem mais de 25 mil quilómetros por ano e mantenham o carro durante 6 anos poupar 6.300 euros comparativamente a um carro a gasóleo e 12.600 euros face a um carro a gasolina.

No entanto, mesmo para quem circule apenas até 5.000 quilómetros por ano já é possível obter vantagens com a opção pelo carro elétrico, garante a defesa do consumidor.

E acrescenta: “A poupança é, sobretudo, significativa para quem é proprietário de um elétrico em segunda e terceira mão, pois sofre menor desvalorização e beneficia ao máximo dos baixos custos de energia e de manutenção”.

O estudo simulou a compra com base nas tendências de evolução dos custos até 2030. No cálculo total foram considerados todos os custos com a utilização e a propriedade de automóveis de várias tecnologias – como o preço dos veículos e a depreciação do mercado, os custos e o consumo de combustível/eletricidade, os impostos, custos de seguro e manutenção.

De todos os carros, “o elétrico foi o que apresentou um custo de posse e utilização mais baixo, o que permite poupar desde o primeiro dia de uso”, garante a Deco Proteste.

Nas contas foram contabilizados os incentivos à compra, mas, mesmo excluindo essas ajudas, a defesa do consumidor diz que, ainda assim, em Portugal, “os carros 100% elétricos já são a tecnologia mais barata para modelos pequenos e médios”.

Já no caso dos modelos maiores, os elétricos só começam a ser competitivos nesta análise a partir de 2023, com a redução expectável do custo de aquisição e a aproximação aos veículos idênticos de outras tecnologias. A Deco Proteste dispõe já de um simulador no qual é possível descobrir o carro mais barato por quilómetro.

“Garantir estabilidade fiscal a longo prazo e a redução efetiva do preço dos elétricos, quer pelo aumento da oferta, quer pela redução do custo das baterias e, por consequência, do custo de aquisição” é, para Alexandre Marvão, especialista em Mobilidade da Deco Proteste uma necessidade.

O especialista referiu, ainda, em comunicado, que “o incentivo também deve passar pela retoma dos subsídios ao abate de veículos em fim de vida que tenham emissões elevadas, quando a troca se faça para aquisição de veículos elétricos (carros, motas ou bicicletas)”.

Além de Portugal, fizeram parte do estudo (realizado entre julho de 2020 e março de 2021) Espanha, Bélgica, Itália, França, Alemanha, Chipre, Lituânia e Eslovénia.

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PIB tem de crescer quase 6% no segundo semestre para chegar aos 5% de Leão

Apesar do crescimento histórico do 2.º trimestre, não é garantido que o PIB alcance os 5% anuais. A economia vai ter de operar no segundo semestre muito próximo dos níveis de 2019 para lá chegar.

Não está garantido, mas também não é impossível. Com o crescimento de 15,5% no segundo trimestre deste ano, muito influenciado pela base baixa do período homólogo, a economia portuguesa está lançada para o segundo semestre e o alívio das medidas anunciado pelo Governo também dará um impulso. Porém, o PIB terá de crescer quase 6% no segundo semestre, o que significa que a economia tem de operar muito próxima dos níveis de 2019, para atingir o crescimento anual de 5% indicado recentemente pelo ministro das Finanças, João Leão.

Os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), completando o primeiro semestre, permitem perspetivar o que terá de ser o segundo semestre para que se alcance a meta de crescimento de 5% em 2021. De acordo com os cálculos do ECO, com base nos números do INE (que podem ser revistos nas próximas divulgações de dados), o PIB teria de crescer pelo menos 5,8% no conjunto do terceiro e quarto trimestre para chegar a esse nível.

Tal significa que o PIB tem de crescer à volta de 3,6% em cadeia no terceiro trimestre e 1,1% em cadeia no quarto trimestre, tal como referia a Comissão Europeia nas últimas previsões, com a diferença de que os peritos europeus esperavam um crescimento em cadeia de 3,3% no segundo trimestre (na realidade foi de 4,9%). A previsão anual das instituições europeias manteve-se assim em 3,9%, contrastando com a revisão em alta do Banco de Portugal para 4,8% semanas antes.

Acontece que estes crescimentos percentuais do PIB no segundo semestre implicam que a economia portuguesa esteja a operar muito próxima do nível dos respetivos trimestre em 2019. Por exemplo, o terceiro trimestre teria de gerar um PIB próximo de 50,72 mil milhões de euros, pouco abaixo dos 50,97 mil milhões de euros alcançados no terceiro trimestre de 2019.

Os economistas consultados pelo ECO antes da divulgação do INE, cujos valores do segundo trimestre foram ao encontro das suas previsões, não davam ainda por garantido um crescimento de 5%, mas também não o afastavam completamente.

O valor é possível, mas, para já, considero mais provável um valor perto de 4%, sobretudo devido a uma retoma lenta do setor turístico e alguns estrangulamentos da oferta mundial“, afirmava António da Ascensão Costa, do ISEG, relembrando que “a própria crise sanitária ainda não está totalmente controlada e ainda poderá introduzir alguma areia na dinâmica da recuperação”, com os surtos de casos a continuar a ter “impacto negativo na produção”.

Não é impossível”, admitia Paula Carvalho, economista-chefe do BPI/CaixaBank, recordando que a sua previsão continua a apontar para os 4%. “Todavia o grau de incerteza permanece elevado, havendo riscos em ambos os sentidos”, assinalava.

Ressalvando que o “ambiente económico continua a ser de incerteza invulgarmente elevada”, João Borges da Assunção, da Católica, considerava que “um crescimento de 5% é possível desde que não haja condicionamentos excessivos, nem em Portugal nem nos principais países da União Europeia“.

Essa é a expectativa dos economistas do BCP que apontam para um crescimento de 5,2%, ainda que reconhecendo o risco da “recuperação da atividade turística, que poderá revelar-se mais demorada, sobretudo em caso de necessidade de reintrodução de restrições à mobilidade”.

PIB ainda 4,5% abaixo do nível pré-crise. Mesmo com crescimento de 5% não chegará lá

Neste momento, com o crescimento do segundo trimestre, o PIB situa-se cerca de 4,5% abaixo do nível pré-pandemia, quando se compara diretamente o nível de atividade económica do segundo trimestre de 2021 com o do quarto trimestre de 2019, o último inteiramente sem pandemia.

Estes números confirmam aquilo que tinha sido antecipado pelos economistas da Católica. A economia portuguesa “deverá estar a operar a cerca de 95,5% do nível do 4º trimestre de 2019, o último sem efeitos da pandemia e dos confinamentos”, escreviam na folha trimestral divulgada em julho.

Numa ótica anual, em que se compara o ano de 2019 com os quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2021, a diferença é maior uma vez que os trimestres anteriores foram piores. Neste caso, o fosso é de 5,6%.

Mesmo que alcance a meta anual de 5%, Portugal vai continuar através da média europeia onde se prevê que se recupere totalmente da pandemia no final deste ano. Nesse cenário, o quarto trimestre de 2021 deverá ainda ficar ligeiramente abaixo do quarto trimestre de 2019.

Comparando o ano de 2019 com o de 2021, a diferença será ainda de 2,9%, de acordo com os cálculos do ECO. Apenas em 2022 a economia portuguesa recuperará totalmente, segundo as previsões atuais.

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5 criptomoedas que mais valorizaram este ano (nenhuma é a bitcoin)

Não há bitcoin nem Ethereum entre as cinco criptomoedas que mais valorizaram desde o início do ano. E só uma já tem alguma fama. Recorde ainda as cinco criptomoedas mais valiosas do mundo.

As criptomoedas estão outra vez na berlinda este ano. E a bitcoin regressou aos títulos dos jornais pelas fortes valorizações, mas também grandes quedas. Porém, entre 1 de janeiro e 30 de julho, o preço da moeda virtual mais famosa do mundo avançou “apenas” 32%. Sendo uma subida interessante, está longe da volatilidade a que nos habituou em certos dias.

Entre as cinco criptomoedas que mais valorizaram neste período, nenhuma é a bitcoin. Só uma granjeia de alguma fama entre as massas (Dogecoin). Mais à frente, neste ranking, analisamos a lista das cinco mais valiosas, socorrendo-nos, para este processo, nos dados da plataforma CoinMarketCap.

As 5 criptomoedas que mais subiram

(A valorização diz respeito ao período entre 1 de janeiro e 30 de julho. Os dados foram recolhidos por volta das 13h30 deste último dia e estão sujeitos à volatilidade.)

5. PancakeSwap (CAKE)

Valorização: 2.082,38%

Preço: 14,45 dólares

Circulação: 202 milhões de unidades

Valor de mercado: 2,9 mil milhões de dólares

4. Dogecoin (DOGE)

Valorização: 3.421,25%

Preço: 0,2003 dólares

Circulação: 130,65 mil milhões de unidades

Valor de mercado: 26,15 mil milhões de dólares

3. Polygon (MATIC)

Valorização: 5.558,71%

Preço: 1,01 dólares

Circulação: 6,41 mil milhões de unidades

Valor de mercado: 6,46 mil milhões de dólares

2. Axie Infinity (AXS)

Valorização: 7.008,38%

Preço: 42,13 dólares

Circulação: 60,9 milhões de unidades

Valor de mercado: 2,57 mil milhões de dólares

1. Telcoin (TEL)

Valorização: 10.562,78%

Preço: 0,01821 dólares

Circulação: 54,2 mil milhões de unidades

Valor de mercado: 986,2 milhões de dólares

As 5 criptomoedas mais valiosas

5. Cardano (ADA)

Valorização: 619,92%

Preço: 1,26 dólares

Circulação: 32 mil milhões de unidades

Valor de mercado: 40,48 mil milhões de dólares

4. Binance Coin (BNB)

Valorização: 717,36%

Preço: 309,75 dólares

Circulação: 168,14 milhões de unidades

Valor de mercado: 52 mil milhões de dólares

3. Tether (USDT)

Valorização: N/A

Preço: 1 dólar (indexado)

Circulação: 61,8 mil milhões de unidades

Valor de mercado: 61,8 mil milhões de dólares

2. Ethereum (ETH)

Valorização: 221,52%

Preço: 2.341,12 dólares

Circulação: 116,9 milhões de unidades

Valor de mercado: 274,5 mil milhões de dólares

1. Bitcoin (BTC)

Valorização: 32,28%

Preço: 38.831,67 dólares

Circulação: 18,7 milhões de unidades

Valor de mercado: 729,38 mil milhões de dólares

Quais são os hotéis mais caros do país? Quem são as personalidades mais influentes no TikTok? E os gestores mais bem pagos da nossa bolsa? De segunda a sexta-feira, todos os dias há um ranking para ver aqui no ECO.

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Torrestir vai investir 10 milhões para ampliar instalações

A Torrestir vai investir dez milhões de euros este ano na ampliação de instalações e criação de novos armazéns. A necessidade de expansão está relacionada com o crescimento da empresa de transportes.

A Torrestir, empresa de transporte de mercadorias, distribuição e logística, vai investir dez milhões de euros este ano na ampliação de instalações e criação de novos armazéns. Com este investimento, a Torrestir prevê aumentar em “dois dígitos” a faturação.

“Com o aumento de clientes, de mercado e de novas oportunidades de negócio temos também de aumentar as nossas instalações, as nossas plataformas, os nossos centros logísticos e os nossos parques de viaturas. Vamos seguir o plano de investimento que já estava desenhado e predefinido. Este ano, o valor do investimento deverá rondar os 10 milhões de euros”, avançou o presidente do conselho de administração da Torrestir, em entrevista à agência Lusa.

De acordo com o presidente do conselho de administração da Torrestir, a necessidade de apostar na expansão prende-se com o crescimento da empresa principalmente nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. “São as exigências de crescimento dos clientes que fazem com que tenhamos obrigatoriamente de crescer”, refere Fernando Torres.

Este crescimento deve-se sobretudo ao boom do comércio eletrónico impulsionado pela pandemia da Covid-19. “Os envios de e-commerce aumentaram 53% (…) o aumento destes nichos de mercado permitiu-nos crescer, mas de forma adequada e sustentada”, garante o líder da empresa. Fernando Torres prevê a criação de “novas rotas e novas plataformas para armazenamento, de novas viaturas e de novos motoristas”, mas “dentro de um enquadramento que já estava previsto”.

Em ano de pandemia, a empresa aumentou o volume de negócios em 5% para os 230 milhões de euros, mas a meta da Torrestir é continuar a crescer a dois dígitos”. “E já estamos bem lançados para atingir esse objetivo”, assegura Fernando Torres.

O presidente do conselho de administração da Torrestir revelou, através de uma publicação no Linkedin, que a “Torrestir tem licença de construção”. O ECO contactou a Torrestir para obter mais informações sobre este investimento, mas a empresa disse que “não era oportuno” adiantar mais detalhes.

A empresa fundada em 1962 e sediada em Braga conta com mais de dois mil colaboradores, mais de 1.600 viaturas e 16 plataformas logísticas. Em quase 60 anos de existência, a Torrestir já deu 845 voltas ao mundo.

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Governo dá “luz verde” para regresso ao escritório. Empresas preferem seguir planos que já tinham definido

A decisão do Executivo não veio alterar os planos das empresas ouvidas pela Pessoas, que pretendem seguir os passos que já tinham definido. A maioria pretende voltar ao escritório em setembro.

Escritórios da Nestlé em Carnaxide - 15JUN21

O fim da obrigatoriedade do teletrabalho chegou mais cedo do que o previsto, tanto para especialistas como para empregadores, tendo desde domingo passado a ser apenas recomendado pelo Governo. Desde esta segunda-feira que as empresas já podem abrir portas dos escritórios aos seus trabalhadores, mas a decisão do Executivo não parece ter alterado os planos já definidos pelas companhias ouvidas pela Pessoas. Da banca ao retalho, até setembro a regra é business as usual.

“Já tínhamos planeado fazer a comunicação de um eventual retorno faseado a partir de setembro e não vamos destabilizar o período principal de férias, que é agosto, com a comunicação de novas medidas”, adianta Sandra Brito Pereira, diretora de recursos humanos do Montepio, à Pessoas.

Na Nestlé também não haverá alterações até final de agosto, seguindo-se o modelo de trabalho à distância. “O teletrabalho deixa de ser obrigatório, mas mantém-se como recomendado sempre que possível. Portanto, em linha com a recomendação do Governo, até ao final de agosto vamos manter tudo como está“, refere Maria do Rosário Vilhena, diretora de recursos humanos da Nestlé Portugal.

O regresso à sede em Linda-a-Velha dos cerca de mil trabalhadores que têm aí o seu local de trabalho habitual será feito gradualmente. “A ideia será, até termos imunidade de grupo, andarmos à volta de 50% de ocupação do edifício e, depois disso, retomarmos as atividades“, explica a diretora de recursos humanos da Nestlé Portugal.

Na multinacional, o trabalho remoto já era uma realidade antes da pandemia e deverá manter-se um modelo híbrido, apesar da antecipação do fim da obrigatoriedade do teletrabalho decretada pelo Governo no momento em que anunciou as três fases de desconfinamento do país, ditadas pelo ritmo da vacinação do País. A recomendação de teletrabalho, em vez da obrigação, chega inclusive mais cedo do que o previsto pelos especialistas na reunião do Infarmed. O cruzamento da proposta da pneumologista Raquel Duarte com a evolução do processo de vacinação apontava para a manutenção do teletrabalho obrigatório até ao final de setembro.

A ideia será, até termos imunidade de grupo, andarmos à volta de 50% de ocupação do edifício e, depois disso, retomarmos as atividades.

Maria do Rosário Vilhena

Diretora de recursos humanos da Nestlé Portugal

Mas na Manpowergroup a transição para um modelo híbrido não acontecerá antes de setembro. “O levantamento da obrigatoriedade do teletrabalho não veio alterar os nossos planos. Já estávamos a planear a transição para um modelo de trabalho híbrido, a partir do momento em que fosse levantada essa obrigatoriedade de teletrabalho, mas nunca antes de setembro, com a rentrée”, afirma Rui Teixeira, diretor-geral de operações do ManpowerGroup Portugal. A recrutadora aguardava a decisão do Governo para poder preparar a transição, nomeadamente ao nível da redefinição de espaços de trabalho, de estacionamento e da organização interna das equipas.

Já a Uber, independentemente da “luz verde” do Governo, decidiu estender o teletrabalho até outubro de 2021. “Estamos a cumprir integralmente as regras sanitárias e de saúde pública de cada mercado. O regresso ao escritório é voluntário para todos os colaboradores que assim o queiram ou não tenham condições para continuar a trabalhar remotamente”, diz fonte oficial da empresa à Pessoas. “Vamos estar constantemente a medir aquilo que são as práticas e recomendações das organizações de saúde pública e do Governo e, também, aquilo que nós consideramos importante dar aos colaboradores, do ponto de vista de flexibilidade e segurança”, acrescenta.

Na Beta-i, o anúncio do Governo também não alterou em nada o que já estava implementado desde o início da pandemia. Na consultora de inovação, o regresso ao escritório será, contudo, adiado por ainda mais alguns uns meses. “Continuaremos a adotar um modelo remoto e flexível de quatro dias e meio até ao final deste ano, com ocupação pontual e controlada da nossa sede física, consoante a necessidade de produção ou trabalho conjunto”, avança Pedro Rocha Vieira, CEO e cofundador da empresa.

Não haverá mudanças ou surpresas no regresso das férias de nenhum colaborador.

Pedro Rocha Vieira

CEO e cofundador da Beta-i

Esta situação não afeta a logística da equipa, pois toda a situação foi gerida, planeada e comunicada aos nossos colaboradores atempadamente. Não haverá mudanças ou surpresas no regresso das férias de nenhum colaborador”, garante.

Com as pessoas em teletrabalho, a Barkyn faz um balanço “bastante positivo” deste modelo e diz que, apesar da readaptação inesperada imposta pela pandemia, as mudanças foram “rápidas, produtivas e acertadas”. Graças aos bons resultados, a startup nacional que atua na venda de ração, vai manter o teletrabalho. “Estamos preparados agora para o bom funcionamento do teletrabalho e será para manter daqui em diante”, afirma fonte oficial da empresa.

No retalho, o Lidl, sem revelar uma data em concreto, adianta que está a desenhar o melhor modelo para um regresso progressivo dos trabalhadores. “O Lidl está a trabalhar num modelo de transição, que garanta o regresso de forma gradual e em segurança, com base num regresso progressivo dos colaboradores, no edifício da sede e restantes escritórios”, refere fonte oficial da empresa.

“Desde o início da pandemia que temos colaboradores em teletrabalho, pelo que, ao longo destes meses, temos preparado vários cenários, sempre em constante articulação com as áreas responsáveis por garantir um regresso em segurança, independentemente do mês em que ocorra”, acrescenta.

E o mesmo diz a Huawei. “Continuamos a analisar as medidas que vão sendo anunciadas relativamente ao regime de desconfinamento. Neste momento, estamos a trabalhar em vários cenários e possibilidades, sendo que as prioridades continuarão a ser a saúde das nossas pessoas e o apoio aos nossos clientes”, adianta fonte oficial da tecnológica.

Algumas empresas ouvidas pela Pessoas admitem a possibilidade de alguns colaboradores, com carro de empresa e com vacinação, possam já regressar ao escritório gradualmente em agosto, mas a maioria parece apostar num regresso depois do verão.

Agosto. Planear atempadamente ou mau timing?

Com a decisão do Governo a surgir praticamente em agosto das duas uma: ou deu mais tempo às lideranças para planear o regresso na rentrée aproveitando que muitos colaboradores estão, nesta altura, de férias; ou foi um péssimo timing, precisamente por acontecer no período principal de férias dos portugueses, ficando as empresas sem capacidade de reorganizar os planos já desenhados.

Ricardo Carvalho, CEO do Grupo Lisbon Project, inclina-se para a segunda hipótese. “Diria que é a pior altura para se fazer este anúncio, visto não haver massa crítica nas empresas para adaptarem processos e questões logísticas”, diz em conversa com a Pessoa. “Tomámos medidas atempadamente para não gerirmos os recursos humanos da empresa ‘navegando à vista’. A decisão do Governo, no caso dos vários departamentos do Grupo Lisbon Project, não terá impacto.”

A estratégia do grupo liderado por Ricardo Carvalho, que emprega 35 pessoas, passa por continuar em teletrabalho, de uma forma mais permanente até, passando o escritório a funcionar, sobretudo, para reuniões e brainstoming, “para as quais os participantes são sempre previamente testados”.

Diria que é a pior altura para se fazer este anúncio, visto não haver massa crítica nas empresas para adaptarem processos e questões logísticas.

Ricardo Carvalho

CEO do Grupo Lisbon Project

O WYgroup tem uma opinião distinta. “Agosto é por excelência um mês típico de férias, pelo que o nosso objetivo é aliar o regresso de férias a um regresso à nossa Casa de Praia (como chamamos aos nossos escritórios), começando um novo ciclo em setembro e desenvolvendo o nosso modelo híbrido, dentro dos nossos moldes e necessidades, a partir daí”, explica Rita Baltazar, partner do WYgroup.

Carlos Gouveia, CEO da Scoring, partilha da mesma visão: “O que me parece muito positivo nesta decisão é a previsibilidade do calendário para as duas fases seguintes. Podemos preparar atempadamente o regresso e fazer as adaptações necessárias para um cenário de uma quase normalidade. Quer do lado da empresa, mas também dos colaboradores, todos temos de reajustar as rotinas. A antevisão que o podemos fazer a partir de setembro dá-nos o tempo necessário para as mesmas.”

Na consultora, a decisão do Governo acabou por ter um impacto “quase nulo” na gestão da empresa, que prefere preparar o regresso com tempo. “Estas decisões, tomadas a 48 horas da sua implementação, tornam difícil à maioria das empresas a sua adoção imediata”, considera Carlos Gouveia.

Há casos em que teletrabalho pode continuar a ser obrigatório

A decisão do Governo não significa um regresso aos escritórios nos moldes anteriores à pandemia: horários desfasados e equipas em espelho deverão ser implementados pelas empresas, o que está, aliás, enquadrado num decreto-lei de outubro do ano passado. E o teletrabalho continua a ser obrigatório nos concelhos de risco elevado e muito elevado. Nos restantes municípios, o trabalho à distância é apenas uma recomendação e depende de um acordo escrito entre trabalhador e empregador, já se aplicando estas regras de horários desfasados e equipas em espelho.

O mesmo decreto-lei define ainda situações em que o teletrabalho continua a ser obrigatório independentemente do vínculo laboral e sem necessidade de acordo escrito entre o empregador e o trabalhador.

É o caso do trabalhador que, mediante certificação médica, se encontra abrangido pelo regime excecional de proteção de imunodeprimidos e doentes crónicos; o trabalhador que possua deficiência, com grau de incapacidade igual ou superior a 60%; e o trabalhador que tenha filho ou outro dependente com deficiência ou doença crónica, que, de acordo com as orientações da autoridade de saúde, seja considerado doente de risco e que se encontre impossibilitado de assistir às atividades letivas e formativas presenciais em contexto de grupo ou turma.

Os trabalhadores com filhos ou outros dependentes a seu cargo menores de 12 anos poderão ver rejeitados os pedidos de teletrabalho por parte dos seus empregadores, esclareceu o Ministério do Trabalho ao Expresso (acesso pago). Terão de obter sim da entidade empregadora para se manterem/entrarem em regime de trabalho remoto.

(artigo atualizado com esclarecimento do Ministério do Trabalho sobre a necessidade do OK da entidade empregadora no caso de trabalhadores com filhos menores de 12 anos)

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50 funcionários públicos querem ir trabalhar para o interior

O programa para levar os funcionários públicos a trabalhar no interior arrancou no mês passado e até agora 50 funcionários já manifestaram o interesse em mudar de vida, revelou Alexandra Leitão.

De modo a estimular a mobilidade geográfica no mercado de trabalho, repovoar os territórios de baixa densidade populacional e promover a coesão territorial, o Governo lançou em meados de julho um novo programa de incentivos à fixação dos trabalhadores do Estado no interior. Estes apoios abrangem tanto funcionários que se desloquem por determinação do Estado, quer por iniciativa própria, ficando em regime de teletrabalho.

Quem optou por aderir vai ser compensado já que este programa contempla mais dias de férias, a garantia de matrícula dos filhos numa escola pública da zona, bem como uma compensação financeira.

Em entrevista ao ECO, Alexandra Leitão, Ministra da Modernização do Estado e da Administração, revelou que desde o arranque do programa, e até agora, 50 funcionários públicos já manifestaram interesse em rumar ao interior.

“Nós temos o Programa de Incentivo para o Interior aberto há duas semanas, e neste momento temos 50 pessoas já interessadas e esperamos que com o tempo e com as respostas dos serviços vá ter algum reflexo que é interessante. Porque, sem prejuízo da importância que pode haver em mudar serviços para o interior, o que o teletrabalho nos veio também demonstrar é que não precisamos mudar os serviços para o interior para que as pessoas possam trabalhar a partir do interior”, revelou Alexandra Leitão em entrevista.
http://videos.sapo.pt/weFqNzwfi8tQmQADVioA

Os trabalhadores que optem por fazer as malas e rumar ao interior terão direito a uma compensação financeira correspondente à duplicação do subsídio de refeição, sendo atribuída no máximo durante três anos. Considerando um mês com 22 dias úteis, poderá tratar-se de cerca de 105 euros adicionais por mês.

Além da compensação financeira, quem for integrado no programa vai ter acesso a: garantia de transferência escolar dos filhos; dispensa até cinco dias úteis no período imediatamente anterior ou posterior ao início de funções no posto de trabalho; mais dois dias de férias; gozo de 11 dias úteis de férias consecutivamente em simultâneo com o cônjuge; e um apoio dirigido às famílias que recebam abono ou subsídio de parentalidade a ser definido em portaria.

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Empresa de vestuário Dielmar pediu a insolvência

A empresa de vestuário tem mais de 300 trabalhadores, tem marca própria e produz também para outras marcas. Pedido de insolvência entrou no tribunal na sexta-feira.

A empresa de vestuário Dielmar, com fábrica em Alcains (Castelo Branco) e 11 lojas próprias, apresentou o pedido de insolvência. A decisão surge na sequência da pandemia e da quebra de faturação e põe em causa mais de 300 postos de trabalho, a maioria no interior do país. Até março, a empresa liderada por Ana Paula Rafael faturou pouco mais de 700 mil euros, quando no ano anterior tinha registado um volume de negócios da ordem dos cinco milhões de euros.

A unidade fabril entrou em período de férias no final de julho, mas a gestão entendeu que não teria condições para manter o pagamento de salários a partir de agosto, mesmo beneficiando de apoio do lay-off, como sucedeu nos últimos meses. A Dielmar pagou os salários aos trabalhadores e as responsabilidades fiscais e da Segurança Social, mas há dívidas à banca, cujos números não foram possíveis de apurar, que vão passar a malparado.

O pedido de insolvência da Dielmar entrou no tribunal na sexta-feira e deverá ser agora nomeado um gestor de insolvência para liderar processo. Fundada em 1965, a empresa de vestuário era a maior empregadora em Alcains, distrito de Castelo Branco. Liderada por Ana Paula Rafael, filha de um dos quatro fundadores, produzia roupa para homem e mais recentemente entrou no segmento feminino. Chegou a ser a marca de vestuário oficial da seleção portuguesa de futebol, mas a pandemia levou a uma quebra abrupta da produção e das vendas. Não só nas lojas próprias, mas também para exportação. A Dielmar trabalhava para cerca de 20 países, e a maior parte suspendeu as encomendas nos últimos meses com o confinamento nos respetivos países.

Nos últimos meses, a gestão da Dielmar alertou os poderes políticos, o central e o local, para o risco de insolvência da empresa na sequência do confinamento e tentou, em simultâneo, atrair investidores que entrassem no capital, mas tal processo revelou-se infrutífero. A ausência de vendas, associado aos custos parciais com os trabalhadores e com as lojas, nomeadamente os custos gerais nos centros comerciais, tornou a operação inviável.

O encerramento da Dielmar, que só uma solução de última hora poderá travar, vai ter um impacto regional relevante no emprego. Situado no interior do país, no distrito de Castelo Branco, a Dielmar era das maiores empregadores, juntamente com a fábrica de farinha Lusitana.

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Quanto “custam” as medalhas de ouro, prata e bronze dos Jogos Olímpicos?

Representam o esforço e o mérito dos atletas, mas muitos sentem curiosidade em saber quanto valem, monetariamente, as medalhas de ouro, prata e bronze dos Jogos Olímpicos.

Medalhas de prata (esquerda), ouro (centro) e bronze (direita) dos Jogos Olímpicos de Tóquio.Tokyo2020

Portugal ainda não alcançou um ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas Patrícia Mamona no triplo salto e Jorge Fonseca no judo já garantiram ao país, respetivamente, uma medalha de prata e uma medalha de bronze. Juntas, são avaliadas em 455 dólares, segundo dados avançados pela CNN.

A estação norte-americana recorda que as medalhas são o resultado do esforço muito suado dos atletas. Por isso, dificilmente estes olham para elas do ponto de vista do seu valor monetário. Mesmo assim, muitos fãs do desporto interrogam-se, por mera curiosidade, acerca do “preço” do ouro, prata e bronze contidos nesses artefactos.

A CNN obteve informação sobre as características de cada uma das três medalhas e avançou com algumas estimativas. Aos preços atuais, a medalha de ouro, se fosse derretida, valeria em torno de 800 dólares. A de prata valeria 450 dólares e a de bronze em torno de 5 dólares.

Segundo a estação, a medalha de ouro não é realmente feita de ouro puro, mas sim de prata banhada a ouro, contendo cerca de seis gramas do metal precioso e “pesando” 556 gramas no total.

Já a medalha de prata é, efetivamente, feita de prata pura e tem um peso de 550 gramas, de acordo com a CNN. Por sua vez, a medalha de bronze é feita com 95% de cobre e 5% de zinco, pesando em torno de 450 gramas.

Mas tudo isto é irrisório quando se trata do mérito dos atletas. A CNN cita Kelly Sotherton, duplamente medalhada com bronze em heptatlo em 2004 e 2008, que assegura que nunca venderá as suas medalhas. “Elas significam muito para mim”, diz. E não é difícil perceber porquê.

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Estes são os carregadores ultrarrápidos para elétricos de norte a sul. Veja o mapa

Já é possível percorrer cerca de 600 km entre o Minho e o Algarve, num carro elétrico, sem emitir gases com efeito de estufa. Veja no mapa onde ficam os carregadores.

Já este verão será possível atravessar Portugal, de norte a sul, num veículo elétrico abastecido em 27 postos de carregamento elétrico em 12 áreas de serviço. A garantia dada pela Brisa em abril, quando inaugurou em Almodôvar a rede Via Verde Electric e os primeiros quatro postos de carregamento elétrico ultrarrápido instalados numa autoestrada nacional, é já uma realidade.

Com o mês de agosto a chegar e milhares e portugueses a rumar a sul para as merecidas férias à beira mar, a concessionária de autoestradas diz que neste momento já é possível percorrer cerca de 600 km, do norte ao sul do país, num carro elétrico. Isto porque os dois principais eixos rodoviários — a A1 e a A2 — já têm 21 postos de carregamento em 10 áreas de serviço (Antuã, Mealhada, Pombal, Leiria, Santarém e Aveiras; Palmela, Alcácer, Aljustrel e Almodôvar)

Na A1 o abastecimento nos carregadores elétricos pode ser feito a cada 53 km, em média, e na A2 a cada 44 km. Há também novos carregadores ultrarrápidos na A3 – Autoestrada Porto/Valença (Barcelos) e na A6 – Autoestrada Marateca/Caia (estremoz), sendo que ambas fazem a ligação à fronteira com Espanha.

Todos os postos de carregamento do Via Verde Electric têm uma potência entre 50 kW e os 350 kW, “aproximando os tempos de carregamento das baterias dos carros elétricos aos de um abastecimento convencional de cerca de 15 minutos”. Quanto ao preço de carregamento, diz a Brisa que “o valor depende do contrato que o cliente tiver celebrado com o seu respetivo CEME [comercializador para a mobilidade elétrica]”.

Além da rede de carregadores, a Brisa está também a desenvolver um teste-piloto do pagamento digital pela utilização de qualquer posto de carregamento elétrico em Portugal.

“Desde abril deste ano, o número de postos de carregamento elétrico existentes nas áreas de serviço das autoestradas da Brisa foi incrementado, encurtando as distâncias entre as opções de carregamento, que também se encontram próximas dos principais polos urbanos do país”, refere a Brisa em comunicado.

Só em 2021 surgiram na A1 e A2 oito novos postos de carregamento elétrico rápidos e ultrarrápidos, tornando possível “percorrer mais de 600 quilómetros entre o Minho e o Algarve sem emitir gases com efeito de estufa”.

“Quando lançámos a rede de carregamentos Via Verde Electric, assumimos o compromisso de tornar possível percorrer o país, do Minho ao Algarve, num carro elétrico, a partir deste verão. Este objetivo foi cumprido e representa um marco no compromisso da Brisa com a sustentabilidade e cimenta a aposta da empresa na promoção da mobilidade elétrica e na descarbonização do setor rodoviário”, disse o presidente da comissão executiva da Brisa, António Pires de Lima, no mesmo comunicado.

Além da rede já inaugurada, e para melhorar e facilitar a experiência de carregamento, a Brisa está a desenvolver um teste-piloto de uma funcionalidade digital que permite o pagamento pela utilização de qualquer posto de carregamento elétrico em Portugal. Esta funcionalidade, também denominada Via Verde Electric, será integrada na app da Via Verde, já disponível nas lojas Playstore da Google e App Store da Apple.

Para pagar os carregamentos na rede Via Verde Electric de forma 100% digital, a Brisa está então a testar esta nova funcionalidade na aplicação móvel da Via Verde, acessível tanto a automobilistas portugueses como estrangeiros que se desloquem nas autoestradas nacionais e queiram carregar os seus veículos elétricos. No entanto, este serviço é independente do dístico da Via Verde, necessário para pagar as portagens.

“É preciso sempre fazer um contrato com um comercializador e ser aderente Via Verde. É um serviço adicional que será prestado pela Brisa. Tal como hoje já se usa a aplicação para pagar estacionamento em parques, por exemplo, este será um serviço extra”, disse Pires de Lima.

A rede de carregamentos elétricos rápidos e ultrarrápidos está a ser desenvolvida pela Brisa, em parceria com os principais agentes da promoção da mobilidade sustentável em Portugal – EDP Comercial, IONITY, Galp Electric, bp, Repsol e Cepsa. Juntas, estas empresas fizeram um investimento global de 10 milhões de euros para criar a maior rede de longa distância de postos de carregamento elétrico do país.

“É a resposta da empresa à necessidade de acelerar a descarbonização do tráfego rodoviário, facilitando a mobilidade elétrica e acompanhando a adoção de comportamentos mais sustentáveis por parte dos consumidores finais, patente no aumento da penetração dos carros elétricos e híbridos plug-in nos automóveis ligeiros nos primeiros seis meses de 2021, que têm cada vez mais autonomia”, referiu ainda a Brisa.

Até ao final do ano, o Via Verde Electric será composto por 82 postos de carregamento elétrico instalados em 21 áreas de serviço situadas ao longo da rede de autoestradas da Brisa.

“Depois do verão, daremos continuidade à expansão da rede e no total serão 82 postos de carregamento elétrico em 40 áreas de serviço, que até novembro, até ao final de 2021, estarão disponíveis para os clientes da rede de autoestradas da Brisa”, tinha avançado já Pires de Lima. No final de 2021, 40 municípios portugueses serão abrangidos por esta rede de carregamento elétrico.

A operadora de infraestruturas de transporte fala de uma “cobertura total da rede Brisa”: 11 autoestradas, 1.124 quilómetros, 40 zonas de carregamento de longa distância em áreas de serviço. Dos 82 carregadores, 80% estarão localizados nos três principais eixos rodoviários do país: 28 serão em 14 áreas de serviço da A1 (Lisboa/Porto), 22 em 11 bombas da A2 (Lisboa/Algarve) e outros 12 em 6 áreas de serviço da A6 (Ligação a Espanha via Badajoz).

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Iniciativa Liberal acusa autoridades de falta de coordenação na vacinação das crianças

  • Lusa
  • 1 Agosto 2021

O líder da Iniciativa Liberal acusou autoridades de saúde e autoridades políticas de falta de coordenação sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19.

O líder do Iniciativa Liberal acusou as autoridades de saúde e autoridades políticas de falta de coordenação sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19, defendendo que só devem vacinar-se aquelas que padecem de doenças graves.

“O que é evidente é que não há coordenação entre as autoridades de saúde e as autoridades políticas [Presidente da República], mas há também pouco esclarecimento sobre os dados científicos que estão neste momento recolhidos sobre a vacinação de crianças”, declarou aos jornalistas João Cotrim Figueiredo, à margem da apresentação das candidaturas aos órgãos autárquicos do município de Gondomar, no distrito do Porto, às próximas eleições locais marcadas para 26 de setembro.

Segundo o líder do Iniciativa Liberal, que discursou ao início da tarde deste domingo durante mais de 10 minutos no passadiço de Valbom, junto à Casa Branca de Gramido, para cerca de 50 militantes e simpatizantes do partido, os liberais estavam “confortáveis” com a decisão que foi comunicada pela Direção-Geral de Saúde há 48 horas, em que apenas se exigir a vacinação das crianças e jovens que tivessem com “comorbilidade graves”.

“Estávamos confortáveis com a decisão que foi comunicada há 48 horas pela DGS, de só exigir vacinação daqueles jovens que tivessem com comorbilidades graves, porque esses sim correm risco da própria vida em proteção própria. Em proteção da sociedade não devemos exigir aos jovens que se vacinem, porque não conhecemos os efeitos a longo prazo. A sociedade não pode exigir a nenhum dos seus membros um sacrifício coletivo sem saber exatamente porque é que está o está a fazer”, salientou.

A DGS recomendou, na sexta-feira, a administração prioritária de vacinas contra a Covid-19 para crianças entre os 12 e os 15 anos com comorbilidades. A DGS considerou ainda que deve ser dada a possibilidade de vacinação a todas as crianças desta faixa etária por indicação médica e de acordo com a disponibilidade de vacinas, remetendo uma decisão sobre o acesso universal destas idades para mais tarde.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, salientava, por seu turno, este sábado, a partir do Brasil, que as autoridades de saúde não proibiram a vacinação contra a Covid-19 para crianças saudáveis, considerando que “esse espaço continua aberto à livre escolha dos pais”.

João Cotrim Figueiredo acrescentou, por seu lado, que as quatro vacinas que estão aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento, durante a sua fase de aprovação e de testes “não tiveram na população abaixo dos 15 anos amostra suficientemente representativa” para se poder concluir com “certeza nem impactos a curto prazo, e muito menos a longo prazo”, recordando que o processo de aprovação foi “bastante acelerado”.

“Esta sociedade, que nós gostaríamos de construir mais liberal, não pode partir do princípio que é legítimo exigir a vacinação de pessoas que podem não beneficiar ou até serem prejudicadas pela vacina, com o pretexto que isso está a proteger outras franjas da população. Não é assim que funciona. Temos de ter a certeza, em especial em relação aos nossos jovens, que aquilo que estamos a pedir para ser feito não nos vai causar mais dano do que benefício à sociedade”.

Ainda sobre a vacinação dos menores entre os 12 e os 15 anos, a diretora da DGS, Graça Freitas, disse que a lista de doenças crónicas que justificam a vacinação naquelas idades está a ser preparada e pronta para ser publicada, para que os médicos possam fazer a recomendação de vacinação.

A vacinação universal continua, para já, a ser apenas recomendada a partir dos 16 anos, seguindo o plano de vacinação em curso. A DGS não descartou, no entanto, alterações futuras se houver “novas variantes de preocupação”.

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