Fidelidade paga 13,9 milhões por loja no antigo edifício do Diário de Notícias

Seguradora adquiriu uma loja de 1.300 metros quadrados n.º 266 da Avenida da Liberdade, em Lisboa. Imóvel está inserido no prédio onde funcionou, outrora, o Diário de Notícias.

A Fidelidade adquiriu uma loja em plena Avenida da Liberdade, em Lisboa, tendo desembolsado 13,9 milhões de euros. O imóvel com 1.300 metros quadrados foi comprado à Avenue e está localizado no rés do chão do edifício que foi, durante muitos anos, a icónica sede do Diário de Notícias.

É no número 266 da Avenida da Liberdade, uma das ruas mais caras da capital, que a Fidelidade, através da Fidelidade Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, acaba de investir mais de uma dezena de milhões de euros, informa a Cushman & Wakefield, que assessorou a operação, num comunicado divulgado esta quarta-feira.

Com uma área de 1.300 metros quadrados, trata-se de uma loja localizada no rés-do-chão do antigo edifício do Diário de Notícias, que foi comprado há cinco anos pela Avenue. O prédio — 266 Liberdade — resulta de um “ambicioso projeto de requalificação e reconversão promovido pela Avenue, para preservar um edifício de acentuado valor histórico e arquitetónico classificado como imóvel de interesse público”, lê-se no comunicado.

Manuel Calvão, administrador da Fidelidade SGOIC, comenta que esta aquisição “insere-se na estratégia do Fundo Aberto IMOFID de continuar a desenvolver um portefólio imobiliário de grande qualidade”. Por sua vez, Aniceto Viegas, CEO da Avenue, também citado em comunicado, destaca que “esta transação foi concluída em tempo recorde”.

Do lado da Cushman, Carlos Vieira Neto, associate do departamento de investimento, ressalva que esta transação mostra que o setor do retalho, “apesar de experimentar um abrandamento devido a fatores externos, continua a atrair capital”. O especialista acredita que “o retalho, no seu todo, retomará o protagonismo e dinamismo que teve no investimento imobiliário no passado recente“.

O 266 Liberdade foi comprado pela Avenue em 2016 e começou a ser restaurado dois anos depois, num investimento de 45 milhões de euros, como noticiou o ECO na altura. O prédio tem cinco pisos e mais de três dezenas de apartamentos de luxo.

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Regresso ao estado de emergência? “Não há impossibilidades totais”, diz Marta Temido

Questionada sobre um eventual regresso ao estado de emergência, Marta Temido afirmou que o contexto epidemiológico é distinto do "início do ano”, mas disse que “não há impossibilidades totais”.

A ministra da Saúde considera que o contexto epidemiológico de Portugal é distinto do “início do ano”, uma vez que o crescimento do número de infeções “não é acompanhado pelo mesmo número de internamentos e óbitos”. No entanto, quando questionada sobre um eventual regresso ao estado de emergência, Marta Temido disse que “não há impossibilidades totais”, mas lembrou que a decisão compete ao Presidente da República e, depois, ao Parlamento.

“As condições que hoje enfrentamos em termos epidemiológicos são distintas do início do ano”, apontou a ministra da Saúde na audição regimental da Comissão da Saúde no Parlamento, acrescentando que, com o maior ritmo de vacinação, o crescimento de casos “não é acompanhado pelo mesmo número de internamentos e de óbitos e do início do ano“.

Porém, numa resposta ao deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite, sobre se o Governo admite ir mais longe nas medidas para o combate à pandemia ou, eventualmente, que o país regresse ao estado de emergência, Marta Temido não afastou liminarmente essa hipótese, referindo que “não há impossibilidades totais”, mas sim “necessidades de avaliação constante”.

Nesse sentido, e em linha com o que já tinha avançado anteriormente, Marta Temido sinalizou que também a Assembleia da República e o Presidente da República têm “uma palavra” na decisão, pelo que “saberão em cada tempo desta evolução voltar ou não voltar a recorrer a mecanismos que a lei tem especificados”. Recorde-se que o estado de emergência apenas pode ser proposto pelo Presidente da República, ouvido o Governo, e tem que passar pelo Parlamento para ser aprovado.

Além disso, a governante assinalou que, neste momento, a grande aposta para “a corrida contra a variante Delta” centra-se no avanço da “vacinação e não através de outras medidas”. Relativamente às longas filas que se têm registado em vários centros de vacinação espalhados pelo país, Marta Temido garante que há “confiança na forma como tem sido gerido o processo” e que “os resultados estão à vista”. “Somos o país da União Europeia com mais vacinas administradas”, destacando que, nas últimas 24 horas, foi batido um novo recorde com mais de 154 mil vacinas administradas.

Quanto às metas delineadas pela task force, a ministra indicou que o objetivo é “que consigamos ter durante os primeiros dias de agostomais de 60% da população com a primeira dose da vacina e “mais de 50% da população com a vacinação completa”. Ao mesmo tempo, Marta Temido assegurou que “ao longo do mês de agosto o trabalho não vai parar”, pelo que o objetivo é aumentar progressivamente o ritmo de vacinação com o intuito de “chegar a meados de setembro com a vacinação completa em mais de 70%” da população portuguesa e com mais de 90% com, pelo menos, dose da vacina contra a Covid-19.

(Notícia em atualizada pela última vez às 11h06)

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Politécnico da Guarda desenvolve projeto para melhorar refeições no espaço

  • Lusa
  • 7 Julho 2021

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) está a desenvolver um projeto para melhorar a qualidade das refeições no espaço. Microgravidade torna as refeições insípidas.

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) está a desenvolver um projeto para melhorar a qualidade das refeições no espaço, uma iniciativa que venceu a 1.ª fase do concurso Demola do Link Me Up – 1000 ideias da Guarda. O projeto, denominado “Space Food Ideation”, irá representar o IPG no concurso nacional do Link Me UP, em setembro.

“A ideia é permitir que os astronautas e turistas espaciais passem a consumir refeições com sabor – ao invés das habituais pastas e alimentos desidratados – através de técnicas como, por exemplo, o cultivo hidropónico, impressão de alimentos sólidos em 3D ou embalagens comestíveis”, adianta o IPG em comunicado hoje enviado à agência Lusa.

Segundo a nota, o “Space Food Ideation” foi desenvolvido por estudantes do IPG (Breno Oliveira, Catarina Arada, João Rodrigues, Leonor Rodrigues, Nuno Craveiro e Raquel Pinho), em parceria com as associações Inovcluster e Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar – CATAA.

A equipa de trabalho criou diferentes cenários de experiências gastronómicas que poderão ser desenvolvidos por empresas do setor agroalimentar.

No âmbito do projeto “foram desenvolvidas ideias que vão desde a agricultura no espaço (através do cultivo hidropónico, por exemplo), passando pelas embalagens de alimentos comestíveis e a realização de refeições em grupo através da realidade virtual, até à impressão de alimentos sólidos em 3D”.

O grupo de trabalho criou, ainda, “refeições com recurso a determinadas especiarias para intensificar o seu sabor”, adianta o IPG.

“No espaço, as refeições são insípidas: o ambiente de microgravidade dificulta o consumo de alimentos e provoca a perda de olfato, o que afeta diretamente o paladar dos visitantes”, afirma na nota Teresa Paiva, docente no IPG e coordenadora do projeto.

Segundo a responsável, através do programa Link Me UP, o IPG lançou o desafio aos estudantes “para investigarem e pensarem em alternativas alimentares nutritivas e saborosas para o setor agroalimentar no Espaço, as quais melhoram a experiência gastronómica dos astronautas em órbita”.

“As empresas parceiras do Politécnico da Guarda, em conjunto com docentes e estudantes, têm tido um papel importante no desenvolvimento de projetos inovadores e nas ideias de negócio com utilidade prática para a comunidade”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG.

Joaquim Brigas reconhece que “estas iniciativas cumprem também a missão de aproximar os estudantes do tecido empresarial”.

Entre oito projetos desenvolvidos, o “Space Food Ideation” foi o vencedor da fase regional e irá representar o IPG no concurso nacional do Link Me UP, em setembro.

O anúncio foi feito na sexta-feira, durante a cerimónia de celebração das empresas parceiras do IPG nos projetos Link Me Up – 1000 ideias. A iniciativa contou com a presença de Joana Mendonça, presidente da Agência Nacional de Inovação, que salientou a importância das parcerias entre as empresas e a academia, como uma forma de excelência na introdução da inovação e transferência do conhecimento”.

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Empreendimento turístico de 60 milhões reabilita zona industrial degradada no Douro

  • Lusa
  • 7 Julho 2021

Empreendimento turístico privado permitirá “reforçar a oferta hoteleira no Peso da Régua e no Douro”, o que se traduzirá no aumento do número de turistas e potenciará a criação de emprego.

Um empreendimento turístico privado de 60 milhões de euros vai reabilitar uma zona industrial degradada localizada junto ao rio Douro, no Peso da Régua, segundo informações divulgadas esta quarta-feira pelo município.

O presidente da Câmara da Régua, José Manuel Gonçalves, sublinhou “a importância da concretização deste projeto”, apontando o “turismo como uma atividade económica fundamental para a geração de riqueza e emprego no concelho e na região”.

O empreendimento surgirá “num espaço classificado no âmbito do Plano de Ordenamento das Albufeiras da Régua e Carrapatelo” e permitirá a “reabilitação da zona industrial degradada adjacente à barragem de Bagaúste”.

Trata-se, segundo a informação divulgada por aquela câmara do distrito de Vila Real, de um investimento na ordem dos 60 milhões de euros, que “privilegiará a relação com o rio e os socalcos” e que contempla “38 residências, um hotel, com 60 quartos, um restaurante e uma marina, numa área total correspondente a cerca de 25 mil metros quadrados”.

O projeto permitirá “reforçar a oferta hoteleira no Peso da Régua e no Douro”, o que se traduzirá no aumento do número de turistas e potenciará a criação de emprego.

Para a concretização do projeto, a autarquia delegou no promotor privado a elaboração do Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana do Espaço de Vocação Turística da Milnorte, uma antiga fábrica que foi demolida pelo município e que tinha sido apontada como uma dissonância no Douro Património Mundial da Humanidade.

A proposta do Plano de Pormenor foi apresentada na terça-feira na Assembleia Municipal do Peso da Régua, que a irá apreciar e votar em reuniões futuras.

Segundo a autarquia, foram realizadas reuniões oficiosas com a Infraestruturas de Portugal, com a Direção Regional de Cultura do Norte, com a Agência Portuguesa do Ambiente e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, com “o objetivo de serem identificados constrangimentos ao avanço da obra”.

O município acrescentou ainda que, destas reuniões, resultou “o consenso”, pelo que a proposta Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana do Espaço de Vocação Turística da Milnorte vai ser apresentada oficialmente àquelas entidades.

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Comissão Europeia vê Portugal a crescer 3,3% no segundo trimestre, mas alerta para impacto de novas restrições

As novas previsões de verão estimam que Portugal vá crescer 3,3% no segundo trimestre, face ao primeiro trimestre. A Comissão Europeia alerta que as novas restrições terão impacto no ritmo da retoma.

A Comissão Europeia considera que a economia portuguesa está a caminho de uma “sólida recuperação”. Contudo, o ritmo da retoma foi “afetado” pela reintrodução de restrições por causa da deterioração da situação epidemiológica. Nas previsões de verão divulgadas esta quarta-feira, Bruxelas estima um crescimento de 3,3% em cadeia no segundo trimestre, acelerando para 3,6% no terceiro trimestre.

“Quase todos os Estados-membros registaram uma descida das novas infeções, mas a emergência da variante Delta está a aumentar a preocupação”, avisa a Comissão Europeia no relatório divulgado esta quarta-feira, dando o exemplo de Portugal que registou um “aumento acentuado” de novos casos por causa da propagação dessa variante. “Ainda que a níveis relativamente baixos comparativamente com os recordes alcançados entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021, o número de novas infeções confirmadas no país quase triplicou desde meio de maio”, nota.

Esta situação epidemiológica mais complicada em Portugal vai “afetar” o ritmo da retoma dado que houve uma “reintrodução parcial e temporária das restrições em junho”. Ainda assim, o PIB deverá crescer 3,3% no segundo trimestre, face ao trimestre anterior, após uma queda de 3,2% no início do ano por causa do segundo confinamento.

Na conferência de imprensa, o comissário europeu para a economia, Paolo Gentiloni, deixou claro que a razão para não rever em alta o crescimento de Portugal passa pelo aumento de casos que já se observava antes do fecho destas previsões no final do mês passado, o que irá criar “dificuldades no turismo”. É uma visão “menos otimista” e “mais realista”, classificou Gentiloni, explicando que a diferença face às previsões do Banco de Portugal está na situação epidemiológica diferente que se vivia quando foram divulgadas as previsões que, no caso do banco central, ocorreu antes do aumento das infeções.

“É esperada uma aceleração do crescimento no terceiro trimestre quando o turismo estrangeiro em Portugal deverá aumentar, ajudado pela campanha de vacinação na Europa e a implementação do certificado digital Covid-19 da UE”, antecipa a Comissão Europeia, estimando um crescimento em cadeia de 3,6% entre julho e setembro. Ainda assim, as exportações de serviços deverão manter-se em níveis baixos face ao pré-pandemia.

O principal motor do crescimento deverá ser a procura interna, tal como nos restantes Estados-membros, tanto em 2021 como em 2022, graças à normalização da atividade económica, o aumento do consumo privado e a aceleração do investimento privado e público à boleia do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Outro dos motores, que já se verifica, é o desempenho das exportações de bens que têm crescido significativamente, superando os níveis pré-crise.

Crescimento do PIB e as contribuições de cada componente:

Fonte: Comissão Europeia

No conjunto do ano, os técnicos da Comissão Europeia estimam um crescimento de 3,9%, uma previsão igual à de maio. Esta decisão de não rever em alta a expansão da economia portuguesa em 2021 contrasta com a revisão em alta do Banco de Portugal em junho para um crescimento do PIB de 4,8%. O próprio Governo já admite um crescimento próximo de 5% este ano.

Em 2022, a economia portuguesa deverá crescer 5,1%, na expectativa da Comissão Europeia, superando a média europeia. O PIB português deverá atingir o nível pré-pandemia a meio do próximo ano, cerca de meio ano depois de a média da Zona Euro e da União Europeia atingir esse nível, o que acontecerá já no final de 2021.

(Notícia atualizada às 10h50 com as declarações de Paolo Gentiloni)

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Apps do certificado digital da Covid-19 já chegaram ao top de downloads

  • ECO
  • 7 Julho 2021

Os utilizadores de iOS e Android já estão a descarregar a "Passe Covid" e "SNS 24". Aplicações do certificado digital já aparecem nos tops das mais populares.

As duas aplicações que permitem emitir e ler o certificado digital da Covid-19 já aparecem nos principais tops de downloads, tanto nos dispositivos iOS como Android. Entre os utilizadores de iPhone, ambas as apps estão mesmo no top 3, enquanto nos smartphones com o sistema da Google, apenas a aplicação do Serviço Nacional de Saúde ocupa o topo da tabela, surgindo a outra várias posições abaixo — e até com várias críticas.

Para quem tem iPhone, a app Passe Covid, desenvolvida pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, é a segunda aplicação gratuita mais popular do iOS neste momento. É a aplicação que permite validar a autenticidade dos certificados. Logo a seguir vem a app SNS24, desenvolvida pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, ocupando a terceira posição de popularidade. A app já existia anteriormente, mas permite agora aceder ao certificado.

Nos dispositivos Android, por sua vez, o cenário é ligeiramente diferente. A app do SNS24 é a terceira mais popular, mas a Passe Covid aparece bastante mais abaixo, na 55.ª posição. Com uma classificação média de 2,4 estrelas (numa escala até cinco), a aplicação reúne algumas críticas na Play Store, com os utilizadores a queixarem-se de não funcionar corretamente, por não ler o QR Code dos certificados digitais em alguns dispositivos.

A app Passe Covid foi disponibilizada recentemente e permite validar os certificados de forma digital e “mais rápida”, podendo ser descarregada e utilizada por todos, nomeadamente transportadoras aéreas, organizadores de eventos culturais, empresariais, desportivos e familiares (como casamentos e batizados). A validação é feita “apontando a câmara do telemóvel para o código QR do Certificado Digital COVID apresentado (em papel ou em formato digital)”, sendo este automaticamente validado.

Por sua vez, a app SNS 24 permite “a cada cidadão obter, consultar e armazenar o seu certificado digital COVID da UE”, esclarece o Ministério da Saúde. “Além da consulta aos certificados, possibilita, através de uma navegação e linguagem simples, o acesso rápido a outras funcionalidades e serviços digitais do Serviço Nacional de Saúde, tais como aceder facilmente a uma teleconsulta, renovar a medicação habitual, consultar a informação no boletim de vacinas, entre outros”, acrescenta o gabinete de Marta Temido.

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Comissão Europeia não mexe na previsão para Portugal, mas revê em alta crescimento da Zona Euro

A Comissão Europeia está mais otimista com a evolução da economia da Zona Euro face às últimas previsões. Contudo, isso não afetou as estimativas para a economia portuguesa.

A Comissão Europeia atualizou esta quarta-feira as suas previsões económicas e reviu em alta o crescimento da Zona Euro, de 4,3% para 4,8% em 2021, e de 4,4% para 4,5% em 2022. Porém, esta melhoria vem de outros países que não Portugal. Para a economia portuguesa, Bruxelas deixou as previsões intactas em 3,9% em 2021 e 5,1% em 2022, mesmo depois do Banco de Portugal ter estimado em junho um crescimento de 4,8% para este ano.

Com este ritmo de crescimento, tal como João Leão tinha antecipado na Cimeira da Recuperação, o PIB da União Europeia e da Zona Euro irá regressar ao nível pré-crise ainda no final deste ano, em vez de em 2022 como anteriormente previsto. Nas previsões de verão divulgadas esta terça-feira, a Comissão Europeia explica que é a reabertura das economias, graças à vacinação, que está a permitir uma retoma mais pujante.

A economia europeia está a caminho do crescimento mais rápido em décadas“, afirma Paolo Gentiloni, comissário europeu para a economia, em comunicado, notando que a revisão em alta de seis décimas para o crescimento de 2021 é a maior que a Comissão já fez em mais de 10 anos. Mas Gentiloni recorda que para a retoma continuar é preciso manter os apoios “durante o tempo que for necessário” e deixa um alerta sobre a variante Delta: é um “lembrete claro” de que ainda não saímos totalmente da pandemia.

O que irá gerar esta expansão do PIB? “É esperado que o crescimento se fortaleça devido a vários fatores”, descrevem os técnicos de Bruxelas, como por exemplo o melhor desempenho do primeiro trimestre, o avanço do processo de vacinação, a reabertura das economias, o que se reflete nos indicadores de confiança dos consumidores e das empresas. Além disso, há “evidências de um relançamento da atividade turística intra-UE“.

“Em conjunto, estes fatores deverão sobrepor-se ao impacto adverso da escassez de alguns bens e o aumento dos custos que está a afetar algumas partes do setor industrial“, explicam. O consumo privado e o investimento serão os motores desta recuperação, assim como a expansão das exportações devido ao crescimento expressivos dos parceiros comerciais.

Fonte: Comissão Europeia. Previsões de verão.

A Comissão Europeia espera ainda que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nacional de cada país dê um contributo “significativo” para o crescimento da economia. Os técnicos estimam que o PRR gere em 2021 e 2022 um total de riqueza equivalente a 1,2% do PIB da União Europeia em 2019.

A incerteza e os riscos que envolvem este cenário macroeconómico continuam “elevados”, admite Bruxelas, mas são “globalmente equilibrados”. As previsões englobam toda a informação disponível até dia 28 de junho. A próxima atualização das previsões da Comissão Europeia ocorrerá em novembro deste ano.

Inflação alcança objetivo do BCE em 2021

As previsões da Comissão Europeia sobre a evolução dos preços na Zona Euro e na União Europeia mostram uma clara aceleração por causa do aumento dos preços da energia e de outros produtos, dos problemas na produção por causa da escassez de algumas componentes e matérias-primas, assim como o aumento da procura em todo o mundo.

Assim, a taxa de inflação deverá subir para os 2,2% na UE e 1,9% na Zona Euro em 2021. No caso da Zona Euro, esta é a taxa que o Banco Central Europeu (BCE) almeja alcançar com a sua política monetária cujo objetivo é a estabilidade de preços através de uma inflação “próxima, mas abaixo de 2%”.

Porém, em 2022, “estas pressões deverão moderar-se gradualmente” à medida que os problemas na produção são resolvidos e que a procura e a oferta convergem para um novo equilíbrio pós-pandemia. No próximo ano, a taxa de inflação volta a baixar para os 1,6% na UE e 1,4% na Zona Euro.

No caso de Portugal, a taxa de inflação ficará bastante aquém da média: 0,8% em 2021 e 1,1% em 2022.

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OCDE alerta para efeito indesejável do travão aos despedimentos do lay-off

A OCDE diz que o travão aos despedimentos nos regimes equivalentes ao português lay-off pode contribuir para a menor retenção de trabalhadores cuja substituição tem um custo mais baixo.

Foram vários os países que decidiram proibir os despedimentos no âmbito dos regimes extraordinários de apoio ao emprego — equivalentes ao português lay-off simplificado –, mas a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) entende que não está claro se esse travão foi “socialmente desejável” face aos seus efeitos na retenção e realocação de talento.

De acordo com o “Employment Outlook 2020”, vários países impuseram restrições aos despedimentos às empresas que recorreram ao apoio aos postos de trabalho. Na Dinamarca, por exemplo, um acordo entre Governo e parceiros sociais levou a que o regime extraordinário de proteção do emprego impedisse os empregadores de fazerem despedimentos enquanto recebiam apoio. Na Hungria e a Letónia, os despedimentos estiveram banidos até um mês após a concessão do apoio. Em Espanha, até seis meses após esse momento. E em Portugal, durante todo o período de aplicação do lay-off simplificado, bem como nos 60 dias seguintes, os empregadores não puderam avançar com despedimentos coletivos ou por extinção do posto de trabalho.

No relatório divulgado esta quarta-feira, a OCDE nota que estes travões encareceram os despedimentos ao exigir às empresas, que desejem avançar nesse sentido, a devolução dos subsídios recebidos (medida prevista em Portugal, por exemplo) e, em alguns casos, o pagamento de uma coima (Holanda, Nova Zelândia e Estados Unidos, por exemplo). E sublinha que ainda não está claro se os esses travões aos despedimentos são “socialmente desejáveis” face aos efeitos que poderão ter na retenção e realocação de trabalhadores.

Segundo defende a organização, ao aumentar o “custo” dos despedimentos, a limitação em causa pode fazer com que os regimes extraordinários sejam usados pelos empregadores somente para os postos de trabalho “mais viáveis”. Tal pode ser sinónimo, no entanto, de menor retenção de empregos, especialmente entre trabalhadores cuja substituição seja “menos custosa” para as empresas e que ocupem “empregos temporários ou empregos com exigências limitadas em termos de competências“.

Por outro lado, a OCDE admite que as restrições aos despedimentos podem aumentar a retenção de talento, na medida em que dificultam a saída de trabalhadores quando as condições económicas pioram. Tudo somado, a organização atira: “A magnitude relativa destes diferentes efeitos deverá provavelmente depender do desenho específico das proibições e permanece uma questão empírica aberta”.

Ainda assim, no relatório divulgado esta quarta-feira, é feito o alerta de que os travões em causa correm o risco de se prolongarem durante demasiado tempo, o que desaceleraria os ajustes necessários ao mercado de trabalho e provocaria uma onda de despedimentos, quando fossem, por fim, levantados. “De modo geral, desenhar esquemas de retenção de emprego que promovem uma adesão generalizada é provavelmente a abordagem preferível”, atira a OCDE, referindo que as medidas com mais limitações podem até impedir a recuperação pós crise pandémica.

Em Portugal, a proibição dos despedimentos implicada no lay-off simplificado — bem como nas medidas que lhe sucederam, nomeadamente o apoio à retoma progressiva e o incentivo à normalização — tem sido criticada tanto por patrões como por sindicatos, antecipando estes últimos, em linha com a OCDE, uma onda de saída de trabalhadores findo o período que as impede. De qualquer modo, o lay-off simplificado tem sido considerado pelo Executivo como uma das grandes medidas de apoio ao emprego em resposta à pandemia de coronavírus.

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Portugal bate novo recorde: mais de 154.600 vacinas administradas num só dia

Portugal administrou mais de 154.600 vacinas contra a Covid-19 na terça-feira, um novo recorde no processo de vacinação dos portugueses.

O processo de vacinação contra a Covid-19 está a acelerar e foi batido um novo recorde. Esta terça-feira, 6 de junho, o país administrou mais de 154.600 vacinas, um máximo desde que arrancou o programa no final do ano passado, avançou fonte oficial da task force.

Numa mensagem enviada aos jornalistas esta quarta-feira de manhã, a task force coordenada pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo enaltece o novo máximo. E diz que a “marca só foi possível com a compreensão e paciência de todos os utentes e o profissionalismo e a entrega dos profissionais de saúde”.

De acordo com a nota, “nestes últimos dois dias foram administradas mais de 297 mil vacinas”. O objetivo é que a vacinação continue a ganhar ritmo, para evitar a propagação da variante Delta e de novas variantes que venham a surgir.

Na terça-feira, houve registo de filas nos centros de vacinação. Portugal estima receber 1,8 milhões de vacinas até ao final deste mês, principalmente da Pfizer, mas também da Moderna, da AstraZeneca e da Janssen.

(Notícia atualizada pela última vez às 9h54)

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Investigação às barragens da EDP num “patamar mais grave”. AT terá concluído que é devido imposto e suspeita de fraude

"Os crimes de fraude fiscal são situações graves, como quando uma empresa recorre a mecanismos artificiais para não pagar impostos", diz José Pedroso de Melo, Counsel da Telles.

No caso do negócio da venda de seis barragens da EDP à francesa Engie por 2,2 mil milhões de euros, a Autoridade Tributária já terá determinado, na inspeção que está a levar a cabo há vários meses, que há pagamento de impostos em falta por parte da elétrica. Além disso, o Fisco considera também que há pelo menos uma situação que pode configurar o crime de fraude fiscal, consideram os advogados ouvidos pelo ECO/Capital Verde.

“A investigação ao negócio das barragens está agora num patamar mais grave do que uma mera investigação fiscal. Num processo-crime quem dirige a investigação é o Ministério Público e este já determinou que se investigasse a prática de crime de fraude fiscal”, disse José Pedroso de Melo, Counsel da sociedade de advogados Telles, em declarações ao ECO.

Só isto justifica o envolvimento do Ministério Público nas buscas que esta terça-feira tiveram lugar na sede da EDP e da Agência Portuguesa do Ambiente. As sociedades de advogados Morais Leitão e a Cuatrecasas também foram alvo de buscas.

No total, as buscas realizaram-se em 11 locais do país (“instalações de barragens, escritórios de advogados, um organismo do Estado, uma sociedade de contabilidade e sociedades ligadas ao setor hidroelétrico” em Lisboa, Porto, Amadora e Miranda do Douro), no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e cuja investigação se encontra a ser efetuada pela Autoridade Tributária e Aduaneira.

“No processo investigam-se factos relacionados com o negócio da transmissão de seis barragens do grupo EDP para o consórcio francês integrado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova (Grupo Natixis). Em causa estão suspeitas da prática de crime de fraude fiscal”, confirmou o DCIAP em comunicado. O inquérito encontra-se em segredo de justiça.

Significa isto, explica o Counsel da Telles, que se a Autoridade Tributária determinar, quando faz uma inspeção, que há imposto em falta “os factos apurados podem determinar apenas uma contraordenação, e dar origem a uma coima, ou então determinar crime, que pode originar multa ou prisão” para os administradores da empresa ou para os advogados que assessoraram o negócio, caso fique provada co-autoria. Em qualquer dos casos, a empresa é obrigada a pagar o imposto em falta, o que no caso da EDP ascende a, pelo menos, cerca de 110 milhões de euros de Imposto de Selo.

“Os crimes de fraude fiscal são situações mais graves, como quando uma empresa desenha uma estrutura ou recorre a mecanismos artificiais para não pagar impostos”, diz José Pedroso de Melo, argumentando que no caso da venda das barragens “o que está em causa é o Imposto de Selo no trespasse e o IRC das mais valias geradas”.

Diz o artigo 103º do Regime Geral das Infrações Tributárias), aprovado pela Lei n.º 15/2001, que existe fraude fiscal quando o valor em falta supera os 15 mil euros e se verifica uma destas situações:

  • se oculta, altera factos ou valores que deveriam estar devidamente registados nos livros de contabilidade;
  • se esconde ou altera declarações apresentadas ou declaradas no momento de fiscalização;
  • não se declara factos ou valores devidos à Autoridade Tributária; se celebra um negócio simulado (relativamente a valor, natureza, interposição, omissão ou substituição de pessoas).

No entanto, diz uma outra advogada ouvida pelo ECO, “se o crime envolver agentes públicos ou vantagem superior a 50 mil euros trata-se de fraude fiscal agravada”. A mesma fonte refere que muitas vezes a Autoridade Tributária usa este mecanismo para “incentivar” os contribuintes em falta a regularizar a dívida e o processo no Ministério Público fica suspenso, não havendo lugar a acusação criminal.

“Mas o mais provável é este caso ir parar aos tribunais, onde ficará anos a fio. Mas como há processo-crime, não prescreverá assim tão facilmente”, refere.

EDP diz que não deve imposto, vai declarar mais-valias de 216 milhões ao Fisco

A inspecionar o negócio há vários meses, a AT tem um prazo máximo de um ano para apresentar as suas conclusões sobre se houve ou não planeamento fiscal agressivo por parte da EDP e se há ou não lugar ao pagamento de 110 milhões de euros relativos ao Imposto de Selo da operação.

No Parlamento, o CEO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, insistiu na justificação do não-pagamento do Imposto do Selo precisamente com a aplicação desta diretiva europeia, sem responder aos deputados se a EDP invocou ou não o artigo 60.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

Depois disso, a EDP garantiu ainda, em respostas aos deputados, que “em termos reais e económicos, a transação [de venda de seis barragens no Douro à francesa Engie] não gera um ganho” para a empresa e que “não existe neste processo mais-valia contabilística ou fiscal associada a cada uma das barragens, pois trata-se da venda de um portfólio, e não da venda ou trespasse de concessões”.

No entanto, a empresa diz que à venda de ações da Camirengia (empresa criada por cisão simples a partir da EDP Produção para deter as barragens) à Movhera (empresa com apenas um colaborador criada pelo consórcio liderado pela Engie para adquirir estes ativos) “está associada uma mais-valia contabilística de 216 milhões de euros”, que será agora declarada no Modelo 22 a entregar até ao final de julho pela empresa às Finanças (e que será escrutinado no âmbito da inspeção em curso pela Autoridade Tributária). O ECO sabe que esta declaração do Modelo 22 ainda não foi entregue pela EDP ao Fisco.

AT e Ministério Público analisam negócio à lupa

Em abril, a diretora-geral da AT, Helena Borges, tinha já garantido no Parlamento, em audição na Comissão de Orçamento e Finanças, que o Fisco estava a realizar uma inspeção à venda das seis barragens da EDP no rio Douro à francesa Engie e que estavam a ser recolhidos “todos os elementos de prova que permitam justificar as eventuais correções que venham a ser feitas”.

“O momento da fundamentação é decisivo, tem de ser sólida e capaz de sobreviver ao escrutínio, estas matérias acabam com frequência nos tribunais”, rematou Helena Borges, revelando que em 2020 a AT usou a norma anti-abuso mais vezes do que em 2019. Neste momento a AT tem a decorrer correções fiscais no valor de 20 milhões, 40 milhões e 200 milhões.

A responsável da AT confirmou também que teve conhecimento da operação de venda das barragens porque a EDP o comunicou ao mercado. “Não soubemos por nenhuma outra via e não houve qualquer envolvimento direto prévio da Unidade de Grandes Contribuintes”, disse a diretora-geral. A EDP e a Engie “tinham oportunidade de saber em antecipação a nossa posição sobre a matéria”, mas escolheram esse não-aconselhamento e não pediram qualquer informação vinculativa, acrescentou.

O negócio está também debaixo de olho do Ministério Público. Em março, o PSD entregou na Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de averiguação da venda de seis barragens da bacia do Douro pela EDP, considerando que o Governo favoreceu a empresa e concedeu-lhe uma “borla fiscal”.

O anúncio foi feito no parlamento pelo líder parlamentar do PSD, Adão Silva, que salientou tratar-se de um negócio que rendeu à EDP 2,2 mil milhões de euros “sem o pagamento de IRC, de Imposto de Selo, de Imposto Municipal de Transações e de Emolumentos”.

Para o PSD, estão em causa “responsabilidades partilhadas” do Ministério do Ambiente – que acompanhou o processo de venda pela EDP das seis barragens na bacia do Douro (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro) a um consórcio liderado pela Engie – e do Ministério das Finanças, que tinha a “responsabilidade de cobrar impostos” neste negócio.

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Nas notícias lá fora: Delta, Hungria e Ever Given

  • ECO
  • 7 Julho 2021

Incidência da Covid-19 em Espanha dispara com a variante Delta. Von der Leyen está sob pressão para suspender fundos à Hungria, enquanto navio que encalhou no Suez vai finalmente seguir viagem.

A pandemia continua a marcar a atualidade. Espanha tem a taxa de Covid-19 mais alta da Europa devido à variante Delta. Ainda em território espanhol, o Governo aprovou o reforço da reforma antecipada. A presidente da Comissão Europeia está a ser pressionada para suspender fundos à Hungria, enquanto o navio que encalhou no Suez vai finalmente seguir viagem. Conheça estas e outras notícias que estão a marcar o dia lá fora.

Financial Times

Incidência da Covid-19 em Espanha é já a mais alta da Europa

A variante Delta e o aumento das infeções entre os mais jovens, não vacinados, fizeram disparar a incidência da Covid-19 em Espanha, de acordo com uma análise do Financial Times. A taxa passou de 58 casos por 100 mil habitantes a 29 de julho para 156 casos por 100 mil habitantes na terça-feira. A variante Delta já representa, atualmente, cerca de 30% de todos os casos e tornar-se-á dominante por volta de 17 de julho. Em resposta ao aumento, a região da Catalunha, a mais atingida do país, vai reintroduzir restrições à vida noturna, enquanto Castela e Leão apela ao regresso do recolher obrigatório.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

The Guardian

Von der Leyen sob pressão para suspender fundos à Hungria

A presidente da Comissão Europeia está a ser pressionada para que suspenda a atribuição de fundos europeus à Hungria, por causa das alegadas violações do Estado de Direito por parte do regime de Viktor Orbán. Segundo o The Guardian, os eurodeputados do comité orçamental do Parlamento Europeu têm apelado a Ursula von der Leyen para que utilize o mecanismo recentemente criado para travar as transferências de dinheiro da Europa aos países que não respeitem as leis e valores europeus.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

Reuters

Navio que encalhou no canal do Suez vai finalmente seguir viagem

O navio cargueiro que bloqueou o canal do Suez em março vai finalmente seguir viagem. O acordo que permite a libertação do navio foi finalmente alcançado após intensas negociações entre a Autoridade do Canal de Suez e a empresa proprietária do porta-contentores Ever Given.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês)

Cinco Días

Espanha aprova penalização nas reformas antecipadas

O Governo espanhol aprovou esta terça-feira em Conselho de Ministros o primeiro pacote de reforma das pensões acordado entre o Executivo e os parceiros sociais. Inclui, entre outras medidas, a atualização das pensões ao nível da inflação, um aumento do bónus para quem decidir adiar a reforma e um aperto dos coeficientes de redução para quem optar por se reformar mais cedo. Além disso, o Estado vai pagar cerca de 22 mil milhões de euros por ano à Segurança Social para ajudar na manutenção e sustentabilidade do sistema de pensões.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Bloomberg

Pode comprar um diamante de 101 quilates e pagar com bitcoin

A Sotheby’s vai aceitar pagamentos em bitcoin ou ethereum pela compra de um diamante de 101,38 quilates, que vai a leilão na sexta-feira. O diamante, em forma de pera, pode render até 15 milhões de dólares (12,6 milhões de euros), o que significa que poderá ser o objeto físico mais caro a ser trocado por criptomoedas, espera a leiloeira.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

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Inspetores do SEF anunciam greve e protesto na AR para sexta-feira

  • Lusa
  • 7 Julho 2021

Inspetores manifestam-se contra a proposta do Governo de extinguir o SEF. "Todos os países europeus olharão para Portugal com desconfiança", diz presidente do sindicato.

O sindicato que representa os inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou esta quarta-feira uma greve e uma manifestação junto à Assembleia da República para sexta-feira, quando é debatida a proposta do Governo que “extingue” este serviço de segurança.

“O agendamento da extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para o plenário da Assembleia da República no dia 09 de julho leva o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras a anunciar uma nova greve e uma manifestação à porta do parlamento nesse mesmo dia 09 de julho”, refere aquele sindicato, numa nota enviada à Lusa.

O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF) precisa que a greve é decretada em todos os locais de trabalho, pelo que, entre as 00:00 e as 24:00 de sexta-feira, “será suspensa toda a atividade do serviço”, sendo apenas mantidos os serviços mínimos. A proposta de lei do Governo que define a passagem das competências policiais do SEF para a PSP, GNR e Polícia Judiciária, alterações feitas no âmbito da reestruturação do SEF, vão ser discutidas na sexta-feira no parlamento.

O sindicato considera que a proposta que o Governo vai levar à Assembleia da República “para extinguir o SEF divide em parcelas informação crítica, politiza o acesso a dados, militariza e criminaliza ainda mais a imigração”, apelando aos partidos da oposição para que “não deixem passar uma das piores leis alguma vez apresentada”.

Para o sindicato, o Governo “ao distribuir as competências do SEF por mais do que uma polícia divide em parcelas informação crítica para a segurança do país e da União Europeia”, além de as dividir por seis entidades e “algumas ainda por criar”.

O sindicato sublinha ainda que a proposta “politiza igualmente o acesso a dados que passarão a ser geridos por entidades administrativas e, ao invés do que afirma na exposição de motivos, reforça a abordagem criminal à imigração, a qual passará a ter que lidar também com os militares da GNR”. “Num momento tão relevante para a segurança da União Europeia, estar a dispersar dados por sistemas diferentes e cruzá-lo ainda com entidades administrativas é a receita para o desastre. Todos os países europeus olharão para Portugal com desconfiança”, afirmou o presidente.

Acácio Pereira considerou que se trata de “uma proposta mal feita, com uma redação incompetente e reveladora de profunda ignorância sobre o que é a segurança interna, que não clarifica a distribuição de competências nem sequer do ponto de vista territorial”. O sindicato já enviou um pedido de audiência ao Presidente da República para expressar as suas preocupações com a intenção do Governo extinguir o SEF, um serviço com 35 anos.

A proposta de lei visa a reformulação das forças e serviços de segurança que, nos termos da lei, exercem a atividade de segurança interna, alterando a Lei de Segurança Interna, a Lei de Organização da Investigação Criminal e as leis orgânicas da GNR e PSP. Com estas alterações, as funções policiais da competência do SEF, nomeadamente o controlo das fronteiras e a investigação criminal de crimes como o tráfico de seres humanos e o auxílio à imigração ilegal, passam para a GNR, PSP e PJ, enquanto órgãos de polícia criminal.

Segundo a proposta, as atribuições em matéria administrativa do SEF, relativamente a cidadãos estrangeiros, passam a ser exercidas pelo Serviço de Estrangeiros e Asilo, que ainda vai ser criado, “de natureza administrativa com atribuições específicas, e pelo Instituto dos Registos e do Notariado, no que respeita aos cidadãos estrangeiros titulares de autorização de residência, nos termos a definir em diploma próprio a aprovar pelo Governo”.

Esta alteração legislativa concretiza “a separação entre as funções policiais e as funções administrativas de autorização e documentação de imigrantes” prevista no programa do Governo.

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