Consórcio da Unbabel vai investir 75 milhões e criar mais de 200 empregos em Portugal

Estima-se que o consórcio de IA Responsável - que envolve startups e indústria - possa vir a ter um impacto de 250 milhões de euros em exportações até 2030. 

O consórcio de Inteligência Artificial (IA) liderado pela Unbabel vai investir 75 milhões de euros no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e criar 210 postos de trabalho, anunciou a startup de LangOps (Language Operations) durante a Web Summit. Estima-se que o consórcio possa vir a ter um impacto de 250 milhões de euros em exportações até 2030.

“Estamos a criar o que é o maior consórcio de IA Responsável do mundo. Nele, vamos desenvolver um círculo virtuoso entre startups e centros de investigação avançados, criando os produtos de IA da próxima geração e posicionando Portugal na vanguarda mundial da IA. Foi para nós um enorme privilégio poder liderar este consórcio onde se juntam algumas das mentes mais brilhantes em Portugal a inventar o futuro da IA”, diz Paulo Dimas, vice-presidente de Inovação na Unbabel.

Liderado pela Unbabel, o consórcio pretende desenvolver 21 novos produtos de IA, criar mais de 200 empregos e atribuir 132 mestrados e doutoramentos. O anúncio feito durante a cimeira tecnológica junta-se ao feito pelo consórcio liderado pela Defined.ai de Daniela Braga na passada quarta-feira: 34,5 milhões para desenvolver IA em português e criar cerca de 100 postos de trabalho.

“O consórcio em IA Responsável representa um nível de colaboração único a nível nacional e internacional: são onze startups, uma sociedade de advogados, oito centros de investigação e cinco parceiros industriais que se uniram para, em colaboração, desenvolver novas formas de inteligência artificial mais responsável, ou seja, IA menos enviesada, mais explicável, mais eficiente e amiga do ambiente. Com orçamento para a formação de mais 132 mestres e doutorados, e com aplicação e impacto em várias indústrias, este é um projeto único a nível mundial e que me enche de orgulho em participar”, diz Pedro Bizarro, cofundador e Chief Science Officer da Feedzai, outra das 11 empresas do consórcio, citado em comunicado.

As tecnologias de IA Responsável irão ainda permitir fazer a tradução automática de conteúdos clínicos, permitindo, por exemplo, acelerar os ensaios clínicos de uma vacina e a sua entrada no mercado. “Este será um dos 21 produtos inovadores de IA que irão ser desenvolvidos pelo consórcio.”

“O consórcio irá permitir à Bial trazer os seus desafios em Inteligência Artificial para um universo de startups e centros de investigação avançados, criando sinergias únicas que nos permitirão competir globalmente em IA, acelerando a descoberta e desenvolvimento de novos medicamentos”, diz António Portela, CEO da Bial, que também está envolvida na parceria.

Unbabel, Feedzai, Sword Health, Apres, Automaise, Emotai, NeuralShift, Priberam, Visor.ai, YData e YooniK, Fundação Champalimaud, CISUC, FEUP, Fraunhofer Portugal AICOS, INESC-ID, IST, IST-ID/ISR, IT, Vieira de Almeida, Bial, Centro Hospitalar de São João, Luz Saúde, Grupo Pestana e SONAE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucros do Abanca crescem 3,3% para 149 milhões até setembro

Os lucros do banco galego foi fortemente influenciado pelo crescimento de 7,8% da margem financeira, como resultado do cada vez maior diferencial entre as taxa de juro do crédito e dos depósitos.

Nos primeiros nove meses do ano o Abanca registou lucros de 149 milhões de euros, um crescimento homólogo de 3,3%. Segundo o comunicado de imprensa do banco galego, que conta com quase 80 agências em Portugal, “esta melhoria nos lucros foi impulsionada por uma maior contribuição do negócio recorrente (rendimento líquido de juros mais rendimento da prestação de serviços), que cresceu 8,3% e representa 94% da margem bruta.”

A margem bruta do banco foi de 749 milhões de euros e 72% deste montante deveu-se à margem financeira, isto é, à margem que o banco ganha em função do diferencial de taxas de juro cobradas nos créditos e as taxa de juro que paga nos depósitos. Este negócio proporcionou ao Abanca 538 milhões de euros, 7,8% mais do que o montante registado em igual período do ano passado.

Sem detalhar as suas operações pelos vários mercados onde opera, o Abanca refere que nos primeiros nove meses do ano os depósitos aumentaram 5% e a sua operação global alcançou um volume de negócios de 107 mil milhões de euros, mais 3,2% face aos primeiros nove meses de 2021.

Em termos de crédito, o banco liderado por Francisco Botas Ratera revela que entre janeiro e setembro a carteira de crédito do banco aumentou 3,6% para quase 46 mil milhões de euros, com as empresas e as famílias a serem responsáveis por 40% deste montante, e que o rácio de crédito malparado foi de apenas 1,9%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revisão de regras orçamentais na UE “oportuna” para criar fundo permanente no euro

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

Especialistas do fundo de resgate europeu defendem que a revisão em curso das regras orçamentais da UE é “oportuna” para criar um instrumento permanente de estabilização perante crises.

Especialistas do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), fundo de resgate da zona euro, defenderam esta quinta-feira que a revisão em curso das regras orçamentais da União Europeia (UE) é “oportuna” para criar um instrumento permanente de estabilização perante crises.

Num artigo publicado online sobre “um fundo de estabilidade para melhorar o quadro orçamental da Europa”, o secretário-geral do Mecanismo, Nicola Giammarioli, e os economistas da instituição Florian Misch e Martin Rey defendem que a atual “revisão da governação económica da UE apresenta uma oportunidade de conceber uma capacidade de estabilização orçamental economicamente sólida e politicamente realista, possivelmente com o envolvimento do MEE, para complementar um quadro orçamental adequado”.

Segundo os responsáveis, “a Zona Euro é hoje muito mais forte do que era quando enfrentou a crise financeira há mais de uma década”, mas “falta uma capacidade de estabilização orçamental na arquitetura da área do euro”, pelo que este novo instrumento permanente de estabilização “contribuiria em muito para aumentar a resiliência ao proporcionar espaço orçamental adicional para grandes choques externos que tanto a política monetária como a política orçamental nacional não podem resolver adequadamente”.

Numa altura em que a Comissão Europeia está prestes a terminar a sua revisão da governação económica da UE, cujas orientações deverão ser divulgadas na próxima semana, este é, na visão destes três especialistas, “um momento politicamente oportuno”, com “terreno fértil para discussões” sobre este novo instrumento permanente.

Em causa estaria um novo Fundo de Estabilidade que seria ativado perante choques externos, como a pandemia, a guerra na Ucrânia e as alterações climáticas, para evitar fragmentação na área da moeda única através de empréstimos em condições favoráveis aos Estados-membros, que teriam depois de ser reembolsados.

De acordo com o MEE, a ideia seria que os critérios de elegibilidade para aceder a tais empréstimos incluíssem o cumprimento das regras orçamentais e a sustentabilidade da dívida pública, cabendo a este Mecanismo e à Comissão Europeia, em ligação com o Banco Central Europeu, avaliar se as condições para ativação do novo Fundo de Estabilidade estariam preenchidas, quando um Estado-membro solicitasse tal financiamento.

Podendo ser criado com base nas infraestruturas existentes do MEE, este novo instrumento permanente de estabilização orçamental para crises no euro não iria requerer verbas adicionais. “O momento de discutir uma função central de estabilização orçamental é agora”, adiantam Nicola Giammarioli, Florian Misch e Martin Rey, no artigo publicado no ‘site’ e em nome do MEE.

Sediado no Luxemburgo, o MEE é uma organização intergovernamental criada pelos Estados-membros da Zona Euro para evitar e superar crises financeiras e manter a estabilidade financeira e a prosperidade a longo prazo, concedendo empréstimos e outros tipos de assistência financeira aos países em dificuldades.

A cláusula de escape das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) – que exigem que a dívida pública dos Estados-membros não supere os 60% do PIB e impõem um défice abaixo da fasquia dos 3% – foi ativada em março de 2020, permitindo aos Estados-membros reagir à crise da covid-19 dada a suspensão temporária de tais requisitos.

Em maio deste ano, a Comissão Europeia considerou que o novo contexto, de tensões geopolíticas e perturbações nos mercados pela guerra da Ucrânia, justificava a manutenção da suspensão temporária das regras do PEC por mais um ano, até final de 2023, esperando-se novas orientações este outono.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Juro dos novos créditos à habitação em máximo de quase sete anos

Taxa de juro média subiu para 2,23%, o valor mais elevado desde outubro de 2015. Empresas também pagam juros mais caros.

Os bancos concederam mais crédito às famílias em setembro, com juros mais altos. Os empréstimos aos particulares totalizaram 2.006 milhões, mais 136 milhões que em agosto, indicam os dados publicados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal. A maior fatia, 1.338 milhões, foi para a compra de casa, com os contratos a serem realizados com juros cada vez mais altos.

A taxa média dos novos créditos à habitação subiu para 2,23% em setembro (2,01% em agosto), o valor mais alto desde outubro de 2015, que o Banco de Portugal diz estar “em linha com a subida das taxas médias da Euribor em agosto”.

O aumento do custo dos empréstimos não impediu que o montante concedido tivesse crescido 9,9% (121 milhões) face ao mês anterior, para 1.338 milhões. Já face ao mesmo mês de 2021 há uma queda de 8,6%.

O Banco de Portugal informa que, em setembro, “87% do montante dos novos empréstimos à habitação utilizou como indexantes a Euribor a seis ou a 12 meses. No caso do stock de empréstimos à habitação que está vivo no final de setembro, o indexante mais comum é a Euribor a 12 meses”.

Foram ainda concedidos 467 milhões em crédito ao consumo em setembro, abaixo dos 482 milhões do mês anterior, e 201 milhões para outros fins, soma superior aos 171 milhões de agosto.

Juros mais caros também para as empresas

A taxa de juro média dos empréstimos às empresas voltou a aumentar em setembro, fixando-se em 3,04% (2,73% em agosto). Desde fevereiro de 2017 que não era ultrapassada a fasquia dos 3%. O aumento verificou-se tanto nos empréstimos até um milhão de euros (de 2,96% para 3,30%) como nos empréstimos acima dessa fasquia (de 2,32% para 2,74%).

Apesar do encargo mais elevado, os novos financiamentos aumentaram em setembro, invertendo a tendência verificada nos dois meses anteriores. Os bancos concederam 1.815 milhões de euros em empréstimos, mais 41,7% do que em agosto. O montante cresceu também 27,5% face ao mesmo mês do ano passado.

“Uma análise por escalão de montante mostra que foram emprestados 966 milhões de euros nos empréstimos até um milhão de euros (822 milhões em agosto) e 849 milhões de euros nos empréstimos acima de um milhão de euros (460 milhões em agosto)”, observa o Banco de Portugal.

O Banco de Portugal divulgou também dados atualizados sobre a evolução dos montantes e juros dos depósitos. No caso dos particulares, entraram mais 3901 milhões de euros, dos quais 3445 foram aplicados em depósitos a prazo até um ano. A taxa média de remuneração foi de 0,05%, abaixo dos 0,07% de agosto.

Os novos depósitos das empresas totalizaram 1.112 milhões, dos quais 1.066 foram aplicados em depósitos a prazo até um ano. A taxa de juro média foi de 0,25%, subindo face aos 0,09% do mês anterior.

(notícia atualizada às 12h40)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

APR contrata Vânia Braziela para business unit manager da nova área de CRM

  • Trabalho
  • 3 Novembro 2022

Com mais de 16 anos de experiência em consultoria Dynamics CRM, a profissional é formada em Engenharia Informática.

A APR anunciou a contratação Vânia Braziela como business unit manager da nova área de CRM, totalmente suportada na solução Dynamics Customer Engagement da Microsoft.

“Foi com enorme alegria que aceitei o desafio de integrar a APR, uma empresa com 30 anos de mercado e com uma sólida relação com a Microsoft. Como responsável pela área de CRM Solutions, espero conseguir estimular a oferta aos nossos clientes e poder contribuir para que esta área cresça tanto em território nacional como internacionalmente”, comenta a profissional, citada em comunicado.

“A minha expectativa para este novo desafio é que a APR se torne uma referência no mercado em Dynamics CRM, tal como já nas soluções de ERP”, acrescenta.

Com mais de 16 anos de experiência em consultoria Dynamics CRM, Vânia Braziela é formada em Engenharia Informática, tendo iniciado o seu percurso profissional como consultora de CRM em 2007 na DevScope e chegado a manager. Passou por empresas como a Sotecnisol e a Byte Brand, onde sempre trabalhou com Dynamics 365.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxas Euribor sobem a seis meses para um novo máximo desde janeiro de 2009

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

A taxa Euribor mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação subiu esta quinta-feira para 2,225%. Nos prazos a três e a 12 meses, a Euribor avançou para 1,732% e 2,735%, respetivamente.

As taxas Euribor subiram esta quinta-feira a três, seis e 12 meses, no prazo intermédio para um novo máximo desde janeiro de 2009.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, subiu esta quinta-feira para 2,225%, mais 0,027 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também avançou esta quinta-feira, ao ser fixada em 1,732%, mais 0,006 pontos do que na quarta-feira, depois de ter avançado para um novo máximo desde março de 2009, de 1,737%, em 1 de novembro. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 1,011% em setembro para 1,428% em outubro.
  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a Euribor avançou esta quinta-feira, ao ser fixada em 2,735%, mais 0,062 pontos do que na quarta-feira, depois de ter subido em 21 de outubro para 2,778%, um novo máximo desde dezembro de 2008. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia aumentar as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preços do gás natural sobem mais de 3%, para 130 euros por MWh

  • Joana Abrantes Gomes
  • 3 Novembro 2022

Este desempenho acontece numa altura em que se perspetivam temperaturas mais frias do que o normal no noroeste da Europa até ao início de dezembro, o que poderá impulsionar a procura por aquecimento.

Os preços do gás natural na Europa estão novamente a disparar, com os comercializadores focados nas previsões meteorológicas, enquanto as interrupções no fornecimento em locais chave realçam o risco de potenciais falhas no inverno.

O contrato Dutch TTF Gas para entrega em dezembro está esta manhã a subir 3,68%, para 130,49 euros por MWh, quando na sessão anterior fechou a negociar nos 125,86 euros por MWh. Nos últimos cinco dias acumulou uma queda 4,08%. Mas esta manhã já estiveram a subir 7,26%, para 135 euros por MWh.

Evolução dos preços do gás desde agosto. Fonte: Barchart

Este desempenho acontece numa altura em que se perspetivam temperaturas mais frias do que o normal no noroeste da Europa até ao início de dezembro, o que poderá impulsionar a procura por aquecimento após um mês de outubro quente.

Enquanto as recentes temperaturas amenas e as reservas de gás mais cheias do que o normal aliviaram a crise energética que tem assolado o continente nos últimos meses, as condições mais frias que se preveem para as próximas semanas ou ruturas de abastecimento rapidamente podem levar os países a recorrer aos stocks, ameaçando o racionamento de gás.

Dois gasodutos na Noruega estão a ter reduções de capacidade não planeadas esta quinta-feira, segundo o operador de rede norueguesa Gassco, embora se espere que os fluxos totais do país nórdico se mantenham por agora globalmente estáveis.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Plano de contingência da TAP para o Natal deverá cancelar voos e mudar horários

  • ECO
  • 3 Novembro 2022

A companhia aérea está a desenhar um plano para fazer face aos constrangimentos provocados pelo controlo de tráfego aéreo e o elevado número de licenças de parentalidade no pessoal de voo.

A TAP está a elaborar um plano para fazer face às dificuldades operacionais que espera para os próximos meses, em particular no Natal. O plano, que ainda está a ser terminado, deverá passar pela mudança de horários e dias dos voos, afirmou o administrador financeiro da companhia, Gonçalo Pires.

“Vão ser três meses decisivos onde nos vamos deparar com problemas operacionais”, disse o chief financial officer da TAP, em declarações à Rádio Observador, perspetivando o último trimestre. “Dadas as restrições que temos, não só das licenças de parentalidade, mas também dos desenvolvimentos tecnológicos dos operadores de tráfego quer em Portugal quer em França, estamos a reequacionar a operação e anunciaremos um plano que proteja a operação e os clientes“, afirmou o responsável.

A análise ainda está em curso, mas Gonçalo Pires admite que o plano “provavelmente implicará a redução do número de voos”. “Podemos estar a falar de trocas de horários ou de dias”, precisou, garantindo que será “tudo atempadamente planeado, anunciado e comunicado”.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, a CEO da TAP diz que “é impossível gerir como devia com 300 tripulantes de licença no Natal” e reconhece que será necessário eliminar voos. “Ainda não temos o número final dos cancelamentos, mas terão certamente um impacto nas receitas”, afirmou.

O administrador financeiro afirmou que o absentismo “é um tema que, infelizmente, é recorrente”, mas que a TAP tenta “proteger a operação o mais possível durante todo o ano, mas especialmente em períodos críticos como o Natal”.

TAP vai voltar a ter capitais próprios positivos

A companhia aérea anunciou ontem que conseguiu um lucro de 111 milhões de lucro no terceiro trimestre, um desempenho que permitiu encolher para 91 milhões o prejuízo nos primeiros nove meses do ano. A TAP obteve o melhor resultado operacional de sempre entre janeiro e setembro (154 milhões), mas os elevados encargos financeiros continuam a pesar.

“Teremos sempre dificuldades em apresentar resultados positivos enquanto não começarmos um processo de desalavancagem”, apontou o chief financial officer à Rádio Observador. “É crítico termos melhores margens operacionais para termos capacidade para reduzir a dívida e apresentar bons resultados no futuro”, afirmou.

A companhia aérea vai finalmente passar a ter capitais próprios positivos após a injeção de mais 990 milhões de euros pelo Estado, prevista para o final do ano. “Esta injeção de capital tem o objetivo de reequilibrar a situação de capital da empresa e reforçar a liquidez para conseguir a sustentabilidade financeira da TAP”, realçou Gonçalo Pires.

Questionado sobre se a companhia aérea poderá vir a pagar dividendos, o administrador afirmou que “o estado reaverá dinheiro se houver monetização numa abertura de capital”. Sobre o processo de reprivatização garantiu que “nada começou, nem nada foi pedido”, pelo Governo, acrescentando que a companhia colaborará no processo quando for solicitada para isso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Paddy quer levar Web Summit a África em três ou quatro anos

O fundador da Web Summit revelou que a conferência deverá chegar ao continente africano em 2025 ou 2026. Paddy Cosgrave está também em conversações para "fazer alguma coisa em Pequim", na China.

Depois do Brasil já em 2023, o fundador da Web Summit quer levar a conferência ao continente africano em 2025 ou 2026 e está em conversações para “fazer alguma coisa também em Pequim”, na China, anunciou Paddy Cosgrave. “A ambição é fazer com que a Web Summit seja ainda mais global”, disse aos jornalistas esta quinta-feira.

Atualmente, além do evento principal em Lisboa, os promotores da Web Summit organizam eventos noutros países, como é o caso da Collision em Toronto, no Canadá. Em 2023, pela primeira vez, terá lugar no Rio de Janeiro, Brasil, a Web Summit Rio, que Paddy Cosgrave quer transformar na “maior plataforma” para empresas brasileiras que se queiram internacionalizar. De seguida, está na calha a expansão para África, China e Médio Oriente, embora Paddy Cosgrave já tenha prometido, numa entrevista ao ECO, que “Lisboa continuará a ser, de longe, o maior evento” da Web Summit.

Este ano, a conferência em Lisboa atingiu a capacidade máxima, com mais de 71 mil pessoas, algo que mereceu particular atenção do fundador na conferência de imprensa. Em jeito de balanço, Paddy Cosgrave reconheceu que tudo foi “esticado ao máximo” e que está a ser usado “todo o espaço disponível na área” da FIL e Altice Arena, no Parque das Nações. “Definitivamente, estamos preocupados com o futuro”, assumiu, ao mesmo tempo que enalteceu o facto de que, há pouco mais de um ano, a dúvida era se a Web Summit iria sobreviver às vicissitudes da pandemia.

“Lisboa passou de fora do radar para, discutivelmente, o centro” do panorama tecnológico mundial, atirou o irlandês. “Nómadas digitais e startups estão a vir para cá e estou desejoso de planear 2023”, reforçou, salientando, uma vez mais, que a capacidade está no limite.

Questionado sobre o papel da Web Summit em pôr Lisboa no mapa, Paddy Cosgrave respondeu: “Adoraria dizer que a Web Summit fez Lisboa, mas Lisboa é que fez a Web Summit. Os ingredientes já cá estavam. É um país muito pacífico, o clima é excecional. Lisboa está a tornar-se na Califórnia da Europa.”

Paddy Cosgrave não quis comentar o anúncio do primeiro-ministro português, António Costa, que, no dia anterior, revelou que está a ser estudado o fim do programa dos vistos gold em Portugal. O fundador da Web Summit justificou que, além de não ter tido conhecimento da notícia, só comenta política irlandesa, por ser contribuinte na Irlanda.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h38)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Smartex com investimento de 25 milhões um ano após vencer Web Summit

Empresa que desenvolve dispositivos para reduzir desperdício de produtos têxteis capta série A de investimento. "Pai do iPod", Tony Fadell, é um dos líderes desta operação.

A Smartex angariou 24,7 milhões de dólares (25 milhões de euros) na sua série A de investimento. A startup do Porto vai anunciar a operação no palco da Web Summit, um ano depois de ter conquistado o prémio Pitch, para a melhor ideia. A ronda de investimento servirá para reforçar a equipa, desenvolver o produto e acelerar a expansão geográfica.

A série A da Smartex foi liderada pela sociedade de capital de risco Lightspeed Venture Partners, dos Estados Unidos, e pelo estúdio Build Collective, de Tony Fadell, considerado o “pai do iPod”. Os grupos de moda H&M e Kering (dono da Gucci e da Balenciaga) estão entre os participantes da operação, que também contou com as portuguesas Faber e EX Capital.

Equipa da Smartex já com mais de 100 trabalhadores

“Com a nossa tecnologia e talento, seremos capazes de abrir um novo capítulo na indústria da moda e, em última análise, reduzir desperdícios e custos. Todos os esforços são necessários para gerar um impacto positivo à medida que nos esforçamos para resolver este desafio global e contribuir para um mundo mais sustentável”, destaca o cofundador e presidente executivo da Smartex, Gilberto Loureiro.

Incubada no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), a startup desenvolve dispositivos que recorrem a câmaras para a captação de imagens dos tecidos, assim que saem dos teares. As imagens são passadas a pente fino por um software de inteligência artificial que permite reduzir os desperdícios de tecidos e peças de roupa com defeito.

Fundadores da Smartex, da esquerda para a direita: António Rocha, Gilberto Loureiro e Paulo Ribeiro

A indústria têxtil e da moda é a terceira indústria mais poluente do mundo, correspondendo a 20% do desperdício global de água e 10% das emissões de dióxido de carbono. Além de atacar o desperdício, a solução portuguesa permite aumentar as margens de negócio de empresas de produção de tecidos de malha.

Em Portugal, Tintex e Familitex são dois dos clientes da Smartex. Também há clientes na Itália, Turquia, Uzbequistão, Paquistão e Egito, conforme indicou, em entrevista ao ECO, o responsável tecnológico da Smartex, António Rocha. Atualmente, a empresa conta com mais de 100 trabalhadores.

Antes da série A de investimento, a startup tinha levantado em fevereiro de 2019, numa fase pré-seed, 250 mil dólares e, em outubro desse ano, 2,6 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

NTT DATA cria hub dedicado a experience design em Óbidos

À semelhança de toda a companhia, o hub de Óbidos segue um modelo de trabalho flexível, híbrido e dinâmico.

A NTT DATA Portugal criou em Óbidos mais um hub de conhecimento específico, desta vez focado em experience design. Esta unidade está integrada nos serviços de criatividade e comunicação da companhia, que reúne dezenas de criativos e pretende tirar partido da ligação à Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, integrada no Instituto Politécnico de Leiria, para atrair e captar talento. A semelhança da maioria dos restantes hubs especializados, entre dez a 30 colaboradores integrarão o novo hub de Óbidos, sabe a Pessoas.

“Na NTT DATA colocamos as pessoas no centro da nossa atuação. Apostamos na contratação do melhor talento e no seu desenvolvimento, valorizando a generosidade, a liberdade responsável a energia criativa para construir uma proposta de valor focada na conceção, implementação e operacionalização de soluções de base tecnológica. Para isso, conjugamos o domínio de tecnologias de vanguarda, com o conhecimento de negócio, em diferentes setores de atividade, para dar a vida a soluções criativas, de base digital e focadas na melhor experiência do utilizador”, começa por dizer Paulo Silva, partner & head of emerging business areas and delivery models da NTT DATA Portugal.

“Por tudo isto, a área de experience design, à qual o novo hub de Óbidos se vai dedicar, é central para a evolução da nossa atividade. Especialmente, porque a natureza deste tipo de trabalho nos permite acrescentar à organização, já de si diversa e multicultural, talento com diferentes backgrounds e bases de conhecimento, que enriquecem a nossa proposta de valor”, continua.

Este novo hub, instalado nos Edifícios Centrais do Parque Tecnológico de Óbidos, vai prestar serviços orientados à melhoria da experiência dos utilizadores no uso de soluções de base tecnológica e no desenvolvimento de estratégias de comunicação 360.º e de marketing digital.

A área de experience design, à qual o novo hub de Óbidos se vai dedicar, é central para a evolução da nossa atividade. Especialmente, porque a natureza deste tipo de trabalho nos permite acrescentar à organização, já de si diversa e multicultural, talento com diferentes backgrounds e bases de conhecimento, que enriquecem a nossa proposta de valor.

Paulo Silva

Partner & head of emerging business areas and delivery models da NTT DATA Portugal

Além disso, representa a estratégia de alargamento territorial da NTT DATA em Portugal, na medida em que está instalado num centro de média/baixa densidade populacional, com ligação à academia e uma envolvente que privilegia a qualidade de vida.

“Ótimos argumentos para aí atrair e reter talento, oferecendo-lhes um espaço de trabalho colaborativo e estilo de vida diferenciais”, considera Paulo Silva.

À semelhança de toda a companhia, o hub de Óbidos segue um modelo de trabalho flexível, híbrido e dinâmico, que assenta na confiança e no compromisso de cada colaborador. Reflete-se num registo de trabalho tendencialmente remoto, pontuado por momentos de colaboração presencial, “que são muito importantes para promover o espírito de equipa e para revitalizar energias”.

Oito hubs de conhecimento específico em atividade

A criação destes hubs de conhecimento específico faz parte da estratégia de crescimento da NTT DATA EMEAL — na qual a subsidiária portuguesa se integra –, que prevê duplicar o volume de negócios até 2025, passando dos 3.000 milhões atuais para os 6.000 milhões de euros (volume de negócios da região).

Uma ambição que, em Portugal, se reflete no alargamento da atividade da companhia a outras geografias do país, no reforço das equipas — ainda que a equipa não detalhe número de vagas previstas para 2023–, numa aposta mais intensa no desenvolvimento de talento especializado, também pela via do reskilling e upskilling, e na expansão do laboratório digital da companhia, para que investigadores e estudantes se possam juntar aos clientes e à NTT DATA na experimentação e cocriação de soluções inovadoras.

A par do novo hub de Óbidos, a empresa tem já outros sete em funcionamento em quatro localidades: Braga, Castelo Branco, Coimbra, Porto e Évora.

Em Braga criou um hub especializado na prestação de serviços focados em soluções clínicas, que está sedeado na Avenida da Liberdade. Castelo Branco é a cidade de acolhimento do polo que funciona como Excellence & Competence Center OutSystems e está instalado no Centro de Empresas Inovadoras (CEI). Coimbra, por sua vez, acolhe dois hubs: um denominado de Salesforce Industry Cloud, especializado na implementação de soluções baseadas em Salesforce Vlocity; o mais recente é uma extensão do High Performance Center, que já existe em Lisboa e que tem também uma extensão no Porto. Tem por objetivo assegurar o desenvolvimento rápido e industrializado de grandes projetos nacionais e internacionais. Estão ambos instalados no Instituto Pedro Nunes.

O Porto também, acolhe dois hubs: uma extensão da estrutura focada no desenvolvimento e suporte em escala e com elevado nível de eficiência de soluções tecnológicas; e um outro Excellence & Competence Center de OutSystems. Finalmente, em Évora existe um hub especializado em tecnologias Frontech.

“A maioria destes hubs especializados integram entre dez e 30 colaboradores cada e é essa a perspetiva que temos
para o hub de Óbidos. A exceção são os hubs dedicados ao desenvolvimento de software eficiente e em escala onde as equipas poderão ultrapassar as 100 pessoas em cada”, avança o head of emerging business areas and delivery models da tecnológica.

Atualmente, a NTT DATA Portugal tem uma operação com mais de 1.500 pessoas, envolvidas em projetos nacionais e internacionais de transformação e modernização das organizações, através da tecnologia e inovação.

(Notícia atualizada com declarações da NTT DATA)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Desemprego estabiliza nos 6% em setembro na UE. Portugal está ligeiramente acima da média

A taxa de desemprego recuou para 6,6% na Zona Euro e estabilizou nos 6% na União Europeia, em setembro. Portugal ligeiramente acima da média, com 6,1%.

A taxa de desemprego recuou ligeiramente na Zona Euro para 6,6% em setembro e estabilizou na União Europeia (UE), fixando-se em 6%, mostram os dados divulgados pelo Eurostat esta quinta-feira. Portugal está ligeiramente acima da média comunitária com uma taxa de desemprego de 6,1%.

O Eurostat estima que 12,96 milhões de pessoas na UE, dos quais 10,98 milhões na Zona Euro, estivessem desempregados em setembro de 2022. Se a comparação for feita com o mesmo mês do ano passado, o desemprego acabou por diminuir, em 1,30 milhões na UE e 1,07 milhões na Zona Euro.

A taxa de desemprego em Portugal está ligeiramente acima da média da UE, tendo aumentado para 6,1% em setembro, contra os 6% registados em junho, julho e agosto. Já se a comparação for feita com igual período do ano passado, o desemprego recuou em território nacional (estava em 6,3%).

Estes poderão ser os primeiros sinais do atual contexto de alta inflação, subida dos juros e preços da energia no mercado de trabalho, dado que vários economistas antecipam um retração da atividade económica na sequência da atual conjuntura.

Numa análise comparativa com os restantes Estados-membros, a República Checa foi o país com a menor taxa de desemprego em setembro (2,2%), seguida pela Polónia (2,6%) e pela Alemanha e Malta (ambos com 3%).

Em contrapartida, Espanha é o país com a taxa de desemprego mais elevada em setembro (12,7%, o que representa uma estabilização face ao registado em julho e agosto), seguida pela Grécia (11,8%), Chipre (8%) e por Itália (7,9%).

O gabinete de estatísticas europeu divulgou também dados sobre o desemprego jovem, que mostram que em setembro deste ano, 2,74 milhões de jovens (com menos de 25 anos) estavam desempregados na UE, dos quais 2,24 milhões na Zona Euro. A taxa de desemprego dos jovens foi de 14,6% tanto na UE como na Zona Euro, contra os 13,3% registados na UE e 13,1% na Zona Euro em agosto.

Estes dados representam ainda uma revisão em alta no que toca à taxa de desemprego da Zona Euro em julho e agosto. Num destaque divulgado anteriormente, o Eurostat indicava que a taxa de desemprego tinha estabilizado nos 6,6% nesses dois meses na Zona Euro e na informação divulgada esta quinta-feira reviu em alta a taxa de desemprego em julho e agosto na Zona Euro para 6,7%.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h55)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.