Presidente do Eurogrupo diz a Medina que conheceu viúva de Fernando Pessoa em Lisboa

Paschal Donohoe contou ao ministro das Finanças uma história sobre a última visita a Lisboa, em que parece confundir escritores portugueses.

Na estreia do novo ministro das Finanças, Fernando Medina, em reuniões do Eurogrupo e do Ecofin, o presidente do Eurogrupo contou uma história sobre uma visita a Lisboa em que parece ter confundido escritores portugueses. Paschal Donohoe disse a Medina que conheceu “a viúva de Fernando Pessoa”, no que terá sido uma confusão com José Saramago.

Em conversa à margem do Eurogrupo, Donohoe diz a Medina: “A última vez que estive em Lisboa, o vosso governador, Mário [Centeno], um ex-colega, levou-me ao museu de Pessoa, e conheci a viúva”, em imagens da RTP que foram partilhadas nas redes sociais. “Foi tão emocionante para mim conhecer a viúva de Fernando Pessoa, como para o meu filho conhecer o Cristiano Ronaldo”, acrescentou o presidente do Eurogrupo.

As declarações motivaram partilhas nas redes sociais, com vários utilizadores a questionar quem seria que Paschal Donohoe conheceu, como é o caso de José Ribeiro e Castro, antigo deputado do CDS, que escreveu “Alguém sabe quem é ou quem foi a viúva de Fernando Pessoa?”. Tudo aponta para que seja de facto Pilar del Rio, que já disse publicamente não gostar que lhe chamem a viúva de Saramago.

No vídeo, não é possível ver a resposta de Medina às declarações do presidente do Eurogrupo, mas o ministro das Finanças aparece sorridente enquanto ouve a história sobre a visita à capital lisboeta.

Não é a primeira vez que um presidente do Eurogrupo protagoniza momentos insólitos sobre Portugal, mas a última de que há memória tem um teor menos animado. Em 2017, o antigo ministro das Finanças holandês e então presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, acusou os países europeus do Sul de gastarem o dinheiro “em copos e mulheres” e “depois pedirem que os ajudem”, o que levou até o Governo português a pedir o afastamento do responsável.

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Comissão Europeia arranca processo que pode cortar fundos à Hungria

A presidente da Comissão Europeia anunciou que vai acionar o mecanismo de condicionalidade relativamente aos fundos europeus da Hungria, o que deverá levar à suspensão das transferências.

Viktor Órban acabou de ser reeleito para um quarto mandato com um reforço dos votos, mas está prestes a receber uma má notícia vinda de Bruxelas. A Comissão Europeia vai acionar o mecanismo de condicionalidade criada nas negociações do Próxima Geração UE (apelidada de “bazuca”) que deram origem aos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR). Na prática, o que isto significa é que os fundos europeus para a Hungria devem ser suspensos.

No caso da Hungria, “temos sido muito claros em dizer que o problema é a corrupção”, além de infrações noutras áreas, começou por explicar a presidente do executivo comunitário numa audiência no Parlamento Europeu. A principal reforma necessária é a implementação de medidas anti-corrupção no país liderado por Órban. “Neste momento, não conseguimos encontrar um consenso e concluir” a avaliação do PRR húngaro, reconheceu Von der Leyen.

Assumindo que tem o “conforto” da decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, que deu luz verde ao regulamento do mecanismo, a presidente da Comissão Europeia disse que as respostas do Governo húngaro às questões sobre o Estado de direito, em concreto a corrupção, não foram satisfatórias e, por isso, “temos de avançar com o próximo passo”.

“Assim, a Comissão Europeia informou hoje as autoridades húngaras que vamos enviar a carta formal de notificação para acionar o mecanismo de condicionalidade“, anunciou, sendo logo de seguida aplaudida por muitos dos eurodeputados que tinham pressionado a Comissão a dar este passo. Von der Leyen não deu mais pormenores sobre o que acontecerá aos fundos europeus para a Hungria, referindo apenas que o processo prevê vários passos.

O processo começou formalmente, mas é expectável um longo período de correspondência entre Budapeste e Bruxelas. A decisão final sobre a suspensão dos fundos europeus ou o seu corte caberá ao Conselho da União Europeia, onde estão representados os 27 Estados-membros. É preciso uma maioria qualificada para tal: pelo menos 55% dos países da UE e, em simultâneo, que estes representem pelo menos 65% da população da UE.

A concretizar-se, a Hungria será o primeiro país a enfrentar este mecanismo de condicionalidade, mas não é o único na mira das instituições europeias: a Polónia também está a ser avaliada. No caso da Polónia, a questão é a independência do sistema judicial. “Temos um problema, sem dúvida nenhuma”, admitiu Von der Leyen. É necessária uma “grande reforma” do sistema judicial polaco, disse, sem revelar se a Comissão Europeia vai avançar com o mecanismo de condicionalidade também para os fundos europeus polacos.

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Descida dos combustíveis voltou a ficar aquém das expectativas do Governo

De acordo com dados da DGEG, o gasóleo simples apenas desceu em média 6,8 cêntimos (e não 12) e a gasolina simples 95 desceu 3,8 cêntimos, muito próximo dos quatro cêntimos estimados.

Esta semana os portugueses sentiram um alívio no preço dos combustíveis. Mas a descida voltou a não ser tão acentuada como o Executivo antecipava. Na sexta-feira, quando o Governo decidiu voltar a não mexer no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos, a expectativa era de que o gasóleo ficasse 12 cêntimos mais barato e a gasolina quatro cêntimos.

De acordo com os dados da Direção Geral de Energia e Geologia, o gasóleo simples apenas desceu em média 6,8 cêntimos (e não 12) e a gasolina simples 95 desceu 3,8 cêntimos, muito próximo dos quatro cêntimos estimados.

Assim, embora as contas do Governo apontassem para o diesel a custar esta semana 1,983 euros por litro e a gasolina 2,023 euros, assumindo os preços médios em Portugal Continental, esta segunda-feira, o gasóleo simples custava, em média, 1,927 euros por litro e a gasolina fixava-se nos 1,989 euros por litro, voltando assim a valores inferiores a dois euros.

Este desfasamento de preços entre os cálculos do Executivo, que tem tentado ajustar o ISP às subidas de receita do IVA decorrente do aumento dos preços dos combustíveis — foi criada uma fórmula que visava a neutralidade fiscal entre estes dois impostos, embora não esteja a ser seguida à risca, numa tentativa de beneficiar os consumidores — não é inédito.

A semana passada, quando houve uma subida tanto do gasóleo como da gasolina, o combustível mais usado pelos portugueses não aumentou tanto como se antecipava, mas a gasolina aumentou mais. Já na semana anterior, a primeira de descida dos preços após meses consecutivos de subidas, a descida dos preços nas bombas não foi tão significativa como o Governo antecipava. Imediatamente houve suspeitas de que as petrolíferas poderiam estar a aproveitar para aumentar as suas margens, algo que a principal petrolífera rejeitou na altura e que reiterou esta terça-feira.

A Galp garantiu ao ECO que “repercutiu integralmente a diferença entre as cotações médias do gasóleo e da gasolina da semana passada face às da semana anterior, como faz todas as semanas, tanto em períodos de subida como de descida das cotações”. “A Galp calcula estas médias com base no fecho das cotações Platts de sexta-feira, em euros, acrescidas do sobrecusto da incorporação obrigatória de biodiesel”, acrescentou fonte oficial da empresa.

A cotação do brent voltou a subir esta terça-feira, tendo ao início da manhã roçado os 110 dólares por barril, mas agora segue nos 108 dólares. O anúncio de que a União Europeia vai avançar com novas sanções à Rússia impede que o ouro negro desvalorize mais tendo em conta os receios gerados pelos 26 milhões de pessoas em quarentena em Xangai, esta terça-feira, depois de terem registado mais de 13 mil testes positivos à Covid-19, é o facto de os EUA e os membros da Agência Internacional de Energia terem anunciado, a semana passada, a libertação de barris que estão na reserva estratégica.

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AICCOPN pede medidas para responder à subida dos preços

  • Lusa
  • 5 Abril 2022

A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas enviou ao Governo um pacote de medidas “para acautelar a competitividade do tecido empresarial".

A AICCOPN pediu esta terça-feira ao Governo a criação de mecanismos extraordinários, a emanação de orientações e recomendações aos donos de obra e “recuperação” do regime da tentativa de conciliação obrigatória, entre outras medidas, para responder à subida dos preços.

A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) enviou ao Governo um pacote de medidas “para acautelar a competitividade do tecido empresarial, essencial à conclusão dos projetos em curso e à necessária concretização do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Plano Nacional de Investimentos 2030 (PNI2030)”, de acordo com o comunicado divulgado.

A associação identifica, no documento enviado ao Governo, as dificuldades específicas do setor e as propostas de medidas excecionais para responder ao atual contexto, marcado pela subida dos preços das matérias-primas e dos materiais de construção, assim como da disrupção das cadeias de produção e distribuição dos produtos necessários à execução das obras, resultantes da pandemia e que se agravaram e exponenciaram com o conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia.

As medidas apresentadas pela AICCOPN incluem “a emanação de orientações/recomendações aos donos de obra” e “determinem, por um lado, a aceitação dos pedidos de prorrogação do prazo de execução das empreitadas, sem aplicação de multas ou penalização para as empresas e, por outro, o direito dos empreiteiros a uma compensação financeira que lhes permita fazer face aos custos acrescidos decorrentes desta situação”.

Pedem também a criação de mecanismos extraordinários, “semelhantes aos que foram adotados em outros países europeus”, adaptados ao contexto nacional, “designadamente a criação de um fundo público, ao qual as entidades adjudicantes possam aceder para compensar as empresas (como em Itália)” e a aprovação de um regime excecional e temporário de contratação pública para “maior celeridade às adjudicações e ao procedimento de atribuição do visto pelo Tribunal de Contas, preveja a redução do prazo de manutenção das propostas e de critérios uniformes de determinação do preço anormalmente baixo tendo em conta a média das propostas apresentadas em cada um dos procedimentos”.

A AICCOPN inclui ainda a proposta de “recuperação” do regime da Tentativa de Conciliação Obrigatória prevista no anterior Regime Jurídico das Empreitadas de Obras Públicas (RJEOP).

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Forbes classifica LaLiga como a competição premium com maior potencial de revalorização

  • Servimedia
  • 5 Abril 2022

A avaliação da revista coincide com do banco de investimento Rothschild, que após a entrada do fundo CVC na LaLiga, avaliou a competição espanhola de futebol em mais de 24 mil milhões de euros.

O painel de especialistas da Forbes analisou as competições desportivas premium com maior potencial de revalorização com base em seis critérios chave e concluiu que a espanhola LaLiga é a competição com maior potencial e alcance, à frente de outras como a Premier League, MLS, Fórmula 1 e ATP, noticia a Servimedia.

O desporto de alto nível tem provado ser uma das indústrias mais atrativas e rentáveis para os investidores. Apesar do impacto da pandemia também neste negócio, fundos de investimento e grandes investidores privados viram nas competições desportivas de alto nível um negócio lucrativo que move milhões de adeptos tanto em competições ao vivo como em ambientes digitais, o que também se traduz diretamente num movimento milionário a nível financeiro.

A avaliação da Forbes coincide com a efetuada pelo banco de investimento Rothschild, que após a entrada do fundo CVC na LaLiga, avaliou a competição em mais de 24 mil milhões de euros na altura da operação, mais do dobro dos 11.500 milhões em que avaliou a sua homóloga francesa numa operação semelhante.

A Serie A, que não procurou a unidade necessária da maioria dos clubes, foi avaliada em 17 mil milhões de euros. Competições como o MotoGP e a Fórmula 1, com potencial para crescer com a introdução de mais Grandes Prémios, foram avaliadas em 1,8 mil milhões e 4,4 mil milhões, respetivamente, pelos seus acionistas.

Entre os aspetos analisados pelo Comité de Especialistas da Forbes contam-se o volume de negócios de cada campeonato, a sua sustentabilidade económica, modelo de governação, presença em ambientes digitais, atração de capital e seguimento internacional. Após esta análise, a LaLiga revelou-se como a competição e o valor mais atrativo para os investidores devido ao seu extenso historial internacional, à solvência dos clubes que a compõem e à grande aceitação e acompanhamento do futebol como modalidade desportiva a nível global em comparação com outros desportos.

É precisamente o sucesso do futebol, com mais de mil milhões de adeptos em todo o mundo, que é um dos fatores que explica porque é que a LaLiga excede em potencial de revalorização competições como a NFL, NBA, MLB, NHL ou MLS. Só o futebol tem 20% mais seguidores do que o basquetebol e 40% mais do que o ténis e os desportos motorizados, de acordo com dados da última edição do Nielsen Fan Insights 2021.

Mas há outros aspectos chave quando se trata de calcular o valor de uma competição e o seu potencial futuro, e a presença internacional é um dos mais decisivos e contribuiu para a posição da LaLiga no topo deste ranking. De facto, o plano de internacionalização da competição espanhola é um dos principais eixos da LaLiga Impulso e ao qual uma grande parte dos fundos injetados pela CVC será atribuída para levar este concurso ao seu máximo esplendor.

A entrada da CVC na LaLiga com 1.994 milhões de euros foi também um impulso que melhora o seu potencial de revalorização, uma vez que envolve financiamento direto a clubes para a realização de projetos a médio e longo prazo, tais como a modernização de estádios, cidades desportivas e digitalização de clubes, entre outros grandes projetos para os quais até à data tinham acesso limitado a financiamento.

Como salienta a Forbes, a entrada da CVC poderia ser equiparada pela sua relevância ao momentum que os clubes da Bundesliga e da Ligue-1 francesa tiveram com o Campeonato do Mundo de 2006 e a UEFA Euro 2018, quando receberam um investimento público-privado de 1,401 milhões e 1,640 milhões de euros, respetivamente.

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Empresas de capital de risco pedem a Costa Silva para acelerar aplicação de verbas do PRR

  • Lusa
  • 5 Abril 2022

A APCRI quer que "os programas de mobilização de capital privado na economia portuguesa ao lado das verbas europeias do PRR, lançados pelo anterior governo, sejam acelerados e colocados no terreno".

A Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI) apelou esta terça-feira ao novo ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, para que a aplicação das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) seja acelerada.

Em comunicado, a APCRI afirma que já pediu uma audiência ao ministro da Economia e do Mar, defendendo que é necessário relançar os grupos de trabalho entre a associação e o Governo “para desenhar soluções que aumentem a capitalização das empresas”.

“A APCRI apela ao novo ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, para que os programas de mobilização de capital privado na economia portuguesa ao lado das verbas europeias do PRR, lançados pelo anterior governo, sejam acelerados e colocados no terreno“, pode ler-se no documento.

Segundo a associação, “a indefinição política dos últimos meses atrasou o funcionamento em pleno de instrumentos do Banco Português de Fomento para consolidar e regenerar PME portuguesas que precisam de capital e de melhor gestão para ganharem escala e concorrerem no mercado global”.

O presidente da APCRI, Luís Santos, refere que a APCRI “assumiu um compromisso de ‘cooperação estreita’ com o Ministério da Economia na anterior legislatura” com vista a aumentar a capitalização das empresas através das verbas do PRR.

Essa cooperação “incluía a participação da APCRI em grupos de trabalho para criar incentivos à participação de investidores em fundos de capital de risco portugueses e à criação de fundos focados em Portugal”, afirma Luís Santos Carvalho, citado no comunicado. “Esse trabalho foi interrompido e, agora, é necessário relançá-lo, reforça o líder da APCRI.

A associação que representa os setores de private equity, venture capital, capital de risco e capital semente em Portugal quer também apresentar ao novo titular da pasta da Economia e do Mar o estudo “Análise da Indústria do Capital de Risco em Portugal” concluído pelo ISCTE em outubro.

Segundo a APCRI, o estudo “mostra a capacidade que o setor tem de mobilizar capital privado para investir em empresas, atingindo notáveis taxas de rentabilidade e um alto nível de pagamento de impostos”.

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Wall Street no vermelho com investidores de olho na subida dos juros da dívida

Juros da dívida estão a levantar alertas de uma possível recessão no horizonte. Investidores aguardam pelas minutas do banco central.

Os principais índices de Nova Iorque estão a negociar em terreno negativo, com os investidores a analisarem os sinais de alerta no mercado da dívida e os últimos desenvolvimentos na Ucrânia.

O S&P 500 perde 0,06%, para 4.580 pontos, acompanhado pelo tecnológico Nasdaq, que recua 0,28%, para 14.491,50 pontos, contrariando o desempenho positivo da sessão anterior. O industrial Dow Jones soma 0,23%, para 35.001,04 pontos.

Os juros da dívida norte-americana subiram acentuadamente esta terça-feira, mas as yields de alguns títulos de curto prazo continuam acima das yields da dívida de longo prazo, explica a CNBC, um indicador de que os investidores estão a antecipar uma possível recessão no horizonte.

Os investidores estão ainda à espera da divulgação das minutas da Reserva Federal norte-americana (Fed) esta quarta-feira, que podem dar mais pistas sobre a trajetória de aumento de juros do banco central e as hipóteses de uma recessão.

No mercado de ações, o destaque é novamente o Twitter, cujas ações sobem 6,37% para 53,16 dólares, depois de ser noticiado que Elon Musk vai fazer parte do Conselho de Administração da empresa após ter comprado uma participação de 9,2% no capital. As ações da rede social disparam 27% na sessão anterior.

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Guimarães recebe segundo supermercado Mercadona

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  • 5 Abril 2022

Com uma área de venda da 1900m2, a nova loja da cadeia espanhola criou 65 novos postos de trabalho e conta com mais de 400 painéis solares para autoconsumo.

A Mercadona abriu esta terça-feira um novo supermercado em Guimarães, na freguesia de Urgezes (Cães de Pedra). Este é já o segundo supermercado da cadeia na cidade e foi construído numa zona central, junto à antiga Fábrica do Arquinho, respeitando o cariz histórico da zona, ao preservar a chaminé original e um estilo arquitetónico industrial.

A nova loja gerou 65 novos postos de trabalho, com contrato sem termo desde o primeiro dia, e dispõe de uma área de vendas de 1.900 m2, informou em comunicado. A construção da unidade seguiu o Modelo de Loja Eficiente da Mercadona, com corredores amplos. Dispõe de 140 lugares de estacionamento e contará também com dois lugares destinados ao carregamento de veículos elétricos, indo ao encontro do compromisso da empresa para com a mobilidade elétrica.

Ano após ano, a Mercadona tem continuado a apostar nas energias renováveis com o objetivo de complementar a necessidade energética, reduzir as emissões e melhorar o comportamento ambiental das suas lojas. Essa aposta foi feita, por exemplo, através da instalação de painéis solares em alguns supermercados, como é o caso da nova loja de Guimarães, que conta com 432 painéis solares e uma capacidade de produção de 200kW.

A nova loja da Mercadona, em Guimarães, faz parte do plano da empresa de investir 150 milhões de euros em Portugal em 2022 com a abertura de novas lojas.Mercadona

Ao gerar energia renovável de origem fotovoltaica nas coberturas das lojas, para autoconsumo, a empresa poupa aproximadamente 20% de energia elétrica anualmente. Essa aposta resulta também numa rede de lojas que, sem sacrificar qualidade de serviço, extrai o máximo rendimento possível dos recursos energéticos.

No âmbito da Política de Responsabilidade Social da empresa, este novo supermercado doará diariamente, e desde o primeiro dia, bens de primeira necessidade ao Lar de Santa Estefânia, instituição de solidariedade social local com mais de um século de existência, com o qual a cadeia de supermercados assinou um protocolo de colaboração.

De acordo com Domingos Bragança, Presidente da Câmara de Guimarães, este novo supermercado “é um investimento económico de importância para Guimarães”, referiu em comunicado. “Além de uma visão que vai ao encontro das políticas de sustentabilidade que preconizamos para o território, almejando a constituição de uma cadeia agroalimentar sustentável, o investimento cria novos postos de trabalho e aumenta e dinamiza a oferta na área alimentar e nas áreas de cuidados pessoais, do lar e dos animais, ao mesmo tempo que cria novas zonas comerciais de proximidade para mais bem-estar e qualidade de vida”, adiantou.

A Mercadona respeitou “o valor histórico e social desta zona tão importante para os vimaranenses”, ao “preservar a chaminé original e o estilo arquitetónico fabril deste local”, afirmou em comunicado Sofia Cardoso, diretora regional de Relações Externas Norte de Portugal da cadeia.

A empresa prevê investir 150 milhões de euros em Portugal em 2022 com a abertura de mais 10 lojas chegando a cinco novos distritos: Viseu, Leiria, Santarém, Setúbal e Lisboa.

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Abreu assessora acionistas particulares na venda de posição maioritária na Sirplaste

O trabalho de assessoria da Abreu Advogados envolveu uma equipa multidisciplinar liderada por Cláudia Santos Malaquias e com a coordenação global de Manuel Santos Vítor.

A Abreu Advogados assessorou um conjunto de acionistas particulares na venda da sua posição maioritária na Sirplaste, empresa portuguesa na reciclagem de resíduos plásticos, à SCG Chemicals, empresa da indústria petroquímica do continente asiático. A operação foi concluída esta terça-feira, dia 5 de abril.

O trabalho de assessoria da Abreu Advogados envolveu uma ampla equipa multidisciplinar liderada por Cláudia Santos Malaquias, advogada principal do escritório, e com a coordenação global de Manuel Santos Vítor, sócio, ambos da equipa de Societário, Comercial e M&A.

A Sirplaste é uma empresa pioneira em Portugal com mais de 45 anos de experiência no mundo da reciclagem de resíduos plásticos, uma atividade que se torna cada vez mais relevante para a sustentabilidade mundial. Tem vindo a desenvolver a sua atividade com reconhecimento, e expandido a mesma em diversos países europeus.

“Com a conclusão desta transação, a empresa poderá continuar a expansão e crescimento para alcançar outros mercados mundiais”, refere a firma.

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Cirurgias no privado pagas pelo Estado caíram 10% em 2021

O Estado recorreu menos aos privados para reduzir as listas de espera em 2021, tendo-se registado uma queda de 10% nas cirurgias realizadas através do SIGIC. Houve mais internalização, diz APHP.

O ano passado foi de recuperação para os hospitais privados, que registaram um aumento na maior parte de processos realizados. As cirurgias, por exemplo, aumentaram 25% face a 2020. No entanto, aquelas realizadas através do SIGIC — o sistema de gestão de inscritos para cirurgia que, quando um hospital público não pode garantir a realização da cirurgia atempadamente, possibilita a transferência para outro hospital, nomeadamente privados — caíram 10%, segundo os dados da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP).

Em 2021, foram realizadas mais de 222 mil cirurgias nos hospitais privados, um aumento de 25%, segundo o balanço da APHP. Apesar desta subida, houve umaredução de 10% no SIGIC: fizemos menos cirurgias contratadas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) que em 2020″, num total de 13.883, apontou Óscar Gaspar, presidente da associação, numa conferência de imprensa.

Tal “não tem a ver com a disponibilidade [dos privados], mas da parte do SNS as cirurgias foram internalizadas e o Estado recorreu aos privados para reduzir as listas de espera em menos 10% que 2020″, sinalizou. O responsável admitiu que não há menos doentes para operar”, mas deu conta de que, “a determinada altura, com o facto de os cuidados de saúde primários estarem com menos atividade, acabaram por referenciar menos e o ritmo de entrada nas listas de espera acabou por ser mais reduzido”.

Ainda assim, “houve internalização de cirurgias”, salientou Óscar Gaspar, referenciando que algumas notícias que têm surgido sobre maiores horas extra se podem prender com este efeito: “Tem havido um esforço do SNS em internalizar”, sendo que particularmente a norte do país “não tem de facto havido referenciação para hospitais privados”.

Estes dados, num ano em que houve “esforço para recuperar”, surpreenderam a associação, que assegura que os hospitais estão disponíveis, pelo que “terá havido uma decisão de não recorrer aos privados”. “Cada vez mais o SIGIC, esta colaboração que nos é pedida pelo Ministério de Saúde, é mais marginal na nossa atividade e não é por vontade própria”, reforçou também o responsável.

Questionado sobre as dificuldades nos pagamentos aos médicos no caso do SIGIC, o responsável recordou também que, tendo em conta a execução orçamental do SNS em 2021, “vemos que há défice histórico de 1.100 milhões de euros, lemos o Tribunal de Contas e o Conselho das Finanças Públicas alertarem que a contratualização dentro do próprio SNS não tem em conta a estrutura de custos, há subfinanciamento”. “O facto de essa contratualização não ter por base os dados fidedignos da estrutura de custos acaba por levar a que SNS tende a replicar contratualização com privados, e há casos em que privados dizem que não há condições”, referiu.

Olhando para o quadro geral da hospitalização privada, o presidente da APHP indicou que 2021 “ainda foi muito marcado pela Covid, com o primeiro trimestre marcado pela vaga terrível”, mas depois seguiram-se “nove meses de normalidade e retoma da atividade”. “Houve intenso trabalho da parte dos hospitais privados para recuperar atividade não realizada em 2020, recuperamos o que não tinha sido feito em 2020”, completou.

No que diz respeito aos atos médicos, realizaram-se mais 30% de consultas especialidade, 18% urgências e 25% cirurgias. Apenas nas urgências não se retomou ainda o nível de 2019, sendo que apesar de ter existido um crescimento em 2021, o número de pessoas que vai às urgências é ainda inferior aos níveis pré-pandemia.

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Portugal avança para nova emissão sindicada a 10 anos

IGCP contratou bancos para colocar no mercado uma nova linha de referência a dez anos. Portugal testa apetite de investidores num período marcado pela subida dos juros no mercado secundário.

Portugal prepara-se para realizar uma nova emissão de dívida sindicada. O IGCP contratou bancos para ajudar na colocação de uma nova linha de obrigações do Tesouro a dez anos, de acordo com a agência de informação financeira IFR. A operação poderá ter lugar esta quarta-feira, tendo em conta o histórico deste tipo de emissões.

É a segunda operação do género que a agência liderada por Cristina Casalinho realiza este ano. Logo a abrir o ano, o IGCP captou um financiamento de três mil milhões de euros com títulos a 20 anos, com uma taxa de juro a rondar os 1,2%.

Barclays, BBVA, CaixaBI, Deutsche Bank, JPMorgan e Santander são os bancos contratados pelo IGCP para venderem as obrigações com maturidade em 16 de julho de 2032 e que contam com ratings de Baa2 da Moody’s e de BBB da S&P e Fitch.

Portugal volta a testar o apetite dos mercados em condições bem mais turbulentas do que aquelas que encontrou ainda no arranque do ano, devido, sobretudo, à escalada da inflação (tendência agravada com a subida dos preços da energia, na sequência da guerra na Ucrânia) e à expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) tenha de ser mais agressivo na esperada normalização da política monetária. A inflação na Zona Euro atingiu um valor recorde de 7,5% em março.

Neste cenário, os juros das obrigações têm estado a subir de forma significativa nas últimas semanas em mercado secundário, com a yield dos títulos a dez anos a atingir máximos de três anos perto dos 1,5% — que serve de referência para este tipo de operações.

Este ano, Portugal tem de reembolsar os investidores em mais de oito mil milhões de euros relativamente a obrigações que vencem em outubro.

(Notícia atualizada às 14h20)

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Não é possível dar “compensação total” ao aumento do custo da energia, diz Medina

Medina reconheceu que não é possível compensar totalmente a subida do custo da energia e que só se pode esperar normalização dos preços dos combustíveis quando o conflito acabar.

Foi com uma dose de realismo que terminou a estreia de Fernando Medina em reuniões europeias. À saída do ECOFIN, o novo ministro das Finanças disse esta terça-feira que nenhum país conseguirá fazer a “compensação total” da recente subida do custo da energia, mesmo com as medidas adotadas a nível europeu. Para o futuro, Medina disse que só com o fim do conflito é que se pode esperar a normalização dos preços dos combustíveis.

Nós não temos possibilidade, nenhum país tem aliás, de haver uma compensação total do que tem sido este aumento fortíssimo dos custos de energia. Não teremos“, reconheceu em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3, referindo que essa “maior diminuição e o reequilíbrio dos preços só acontecerá quando o conflito terminar e os mercados se normalizarem relativamente aos produtos energéticos”.

“Discutimos estratégias de mitigação deste efeito [subida do custo da energia] com a consciência de que não é possível, sem o fim do conflito, ter uma solução mais efetiva relativamente a este tema”, acrescentou.

O sucessor de João Leão remeteu a resposta europeia à guerra e à crise energética para a comunicação da Comissão Europeia que deverá ser divulgada esta terça-feira à tarde, na qual deverá constar o quinto pacote de sanções. Medina sublinhou que há “unanimidade” entre os 27 Estados-membros sobre o caminho a seguir e admitiu que está em cima da mesa potenciais sanções às importações de energia russa.

Questionado sobre o impacto económico desta guerra em Portugal, Fernando Medina disse que há uma “enorme volatilidade e uma grande incerteza” e que esse impacto depende da “duração, da extensão, da profundidade do conflito e da forma como as economias se vão adaptar à situação”. No caso de Portugal, o ministro das Finanças considera que há um sinal positivo: “A taxa de poupança acumulada nos últimos dois anos é muito significativa”, disse, referindo ainda o dinamismo do setor do turismo.

Relativamente à nova proposta para o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), Medina voltou a não revelar eventuais novas medidas: “Sobre o Orçamento do Estado falarei quando o apresentar, caso contrário perderia interesse e não quero que isso aconteça“. Esta segunda-feira o ministro tinha garantido que o documento seria entregue este mês, mas não divulgou a data em que tal acontecerá.

À entrada do Eurogrupo, Medina garantiu que “o Orçamento terá uma resposta à crise e guerra na Ucrânia que tem naturalmente uma expressão negativa sobre a vida dos portugueses em aspetos que hoje são sentidos no dia-a-dia”, garantindo que “o Orçamento procurará dar resposta a essa dimensão”. “Estou a trabalhar muito intensamente para que possa apresentar muito em breve o Orçamento do Estado para 2022“, assegurou.

Portugal lamenta bloqueio polaco a tributação mínima para multinacionais

Fernando Medina lamentou que o Conselho Ecofin não tenha conseguido aprovar esta terça-feira novas regras para a tributação mínima sobre os lucros das multinacionais na UE, devido ao “bloqueio de um só país” — a Polónia. O ministro das Finanças disse que “uma nota menos feliz foi o facto de não ter sido aprovada a diretiva da taxação mínima, que iria permitir um avanço absolutamente essencial no combate à evasão fiscal, nomeadamente por parte de multinacionais deslocalizadas com operações em vários países, que mereceu a unanimidade de todos os países com a exceção de um”.

“É, de facto, um momento que não é um momento positivo. Portugal apoiou muito a presidência francesa neste trabalho desta diretiva, um instrumento muito importante de justiça fiscal, de angariação de receitas do ponto de vista do projeto europeu, de colocarmos todas as empresas num nível de concorrência semelhante, de evitar distorções fiscais entre países”, sublinhou, citado pela Lusa.

Medina reforçou que este “era um dossiê de grande importância”, comentou que “a presidência francesa [do Conselho da UE] fez um grande trabalho, a Comissão Europeia também”, mas, “infelizmente, com o bloqueio de um só país não é possível avançar já”. “Mas temos a expectativa de que este dossiê continue e que num outro momento possa ser aprovado e viabilizado”, acrescentou.

Questionado sobre as razões para a Polónia bloquear este dossiê, Medina disse que não esteve presente “nas negociações diretas que a presidência desenvolveu”, mas considera que “a questão é uma questão política mais vasta de relacionamento da Polónia com a União Europeia”.

“Eu só posso, como ministro das Finanças português, lamentar não avançarmos já com uma matéria que era da maior importância para todos, que era termos um nível de taxação mínima, reduzirmos a concorrência fiscal entre países, que, por via dos Tratados e do facto não ser uma política comum, ainda existe, e que deixa hoje de fora da taxação um conjunto muito importante de empresas, que geram rendimentos muito elevados, mas que acabam por conseguir não ser tributadas nas jurisdições mais importantes ou naquelas que interessaria que fossem tributadas, porque aproveitam melhor o sistema”, declarou.

O ministro insistiu que “esta diretiva permitiria colmatar essa lacuna, é uma ambição de quem acompanha o processo europeu e de quem acompanha todo o processo social e económico há muitos anos”. “Não foi possível agora, manteremos vivas as esperanças e o trabalho para que possa vir a ser possível num futuro próximo”, reiterou, citado pela Lusa.

A Comissão Europeia propôs, em dezembro passado, uma tributação mínima de 15% sobre os lucros das multinacionais na UE, como acordado na OCDE, visando “equidade e estabilidade” fiscal no espaço comunitário. A proposta apresentada estabelecia uma taxa de imposto efetiva de 15% na UE, como acordado por 137 países na OCDE, e inclui um conjunto comum de regras sobre o método de cálculo, de modo a que seja aplicada de forma adequada e coerente. As regras propostas seriam aplicáveis a qualquer grande grupo, tanto nacional como internacional, com uma empresa-mãe ou uma filial situada num Estado-membro da UE.

Desde há vários anos que a OCDE discute uma proposta relativa a impostos adaptados a uma economia globalizada e digitalizada, visando então exigir impostos às multinacionais, que os pagam onde lhes é mais favorável. Em julho passado, o G20 chegou a acordo sobre a implementação de um novo mecanismo tributário para as empresas multinacionais, abrangendo 130 países e jurisdições.

Já em outubro de 2021, a OCDE anunciou que 137 países acordaram a implementação de uma taxa mínima de 15% de IRC para empresas multinacionais a partir de 2023, pondo fim a anos de negociações.

(Notícia atualizada às 14h55 com mais informação)

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