Centeno incentiva bancos a promoverem acesso a contas “low-cost” aos refugiados ucranianos

Bancos portugueses devem "promover o acesso dos cidadãos ucranianos deslocados em Portugal à conta de serviços mínimos bancários", diz Banco de Portugal.

Na sequência de uma nota da Autoridade Bancária Europeia (EBA), o Banco de Portugal (BdP) recomendou esta sexta-feira aos bancos portugueses a facilitarem o acesso de refugiados ucranianos às contas de serviços mínimos bancários, numa tentativa de “favorecer a inclusão financeira” dos mesmos. A instituição liderada por Mário Centeno diz que as contas “low-cost” devem ser apresentadas “como primeira alternativa”.

O BdP afirma que “as instituições de crédito que desenvolvem a sua atividade em território nacional deverão promover o acesso dos cidadãos ucranianos deslocados em Portugal à conta de serviços mínimos bancários, apresentando este produto como primeira alternativa no contexto de pedidos de abertura de conta”, lê-se no comunicado enviado esta sexta-feira.

A instituição liderada por Mário Centeno recorda que “a conta de serviços mínimos bancários permite aos clientes bancários que cumpram as respetivas condições de acesso beneficiar de um conjunto de serviços bancários considerados essenciais a custo reduzido“. E que os bancos “deverão também ter em consideração a existência de medidas simplificadas de identificação e diligência na abertura de contas de depósito à ordem”.

No mesmo comunicado, o BdP clarifica que o título de residência concedido a estrangeiros autorizados a residir em território nacional “constitui um documento de identificação idóneo para a comprovação dos elementos identificativos que do mesmo constem”.

Além disso, “podem ser adotadas medidas simplificadas de identificação e diligência quando sejam disponibilizados produtos ou serviços financeiros limitados e claramente definidos, que tenham em vista aumentar o nível de inclusão financeira de determinados tipos de clientes no sistema bancário nacional, aqui se incluindo os beneficiários do regime de proteção temporária que pretendam aceder a serviços bancários no território nacional”.

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Uma TELLES nova, verdadeiramente nacional

  • BRANDS' ADVOCATUS
  • 1 Abril 2022

Carlos Lucena, Sócio Fundador e Presidente do Conselho de Administração da TELLES, fala do crescimento e da afirmação da TELLES não só como instituição mas como uma verdadeira sociedade de advogados.

As 150 pessoas que hoje trabalham na TELLES, das quais 120 advogados, os milhões de euros que temos ao nosso dispor em sistemas informáticos, as tão agradáveis instalações dos nossos escritórios de Lisboa e do Porto e as diferentes áreas de trabalho em que prestamos serviços – desde os recursos naturais à fiscalidade, da tecnologia à laboral, do M&A à energia -, cobrindo todas as necessidades das empresas e das famílias empresárias, tudo no âmbito de uma firma verdadeiramente nacional, não são fruto do impulso de um momento ou de uma congregação de astros, antes resultando de um trabalho importante de décadas.

A junção, nos últimos sete anos, de sócios como o Nuno Lourenço, a Leyre Prieto, o Miguel Nogueira Leite, o João Magalhães Ramalho, o André Gonçalves, o João Araújo, o Pedro V. Monteiro, a Ivone Rocha, o Bruno Azevedo Rodrigues, o Gonçalo Pinto Ferreira, o Abílio Rodrigues e a Sofia Pamplona vieram trazer-nos valências acrescidas nas áreas da insolvência e da negociação de passivos, do direito da concorrência, do imobiliário e urbanismo, da fiscalidade, da propriedade intelectual e no mundo da tecnologia e dos sistemas de informação, do direito bancário e financeiro, da energia, ambiente e recursos naturais e do direito laboral, da fiscalidade internacional e da mobilidade de pessoas e empresas.

Carlos Lucena, Sócio Fundador e Presidente do Conselho de Administração da TELLES

Trata-se de uma TELLES nova, verdadeiramente nacional, colocando de lado muitas das características que decorriam de termos nascido no Porto e termos sido formados num mesmo espaço geográfico, à imagem de um mesmo grupo de advogados. Uma TELLES que deixou de estar vocacionada para clientes portugueses, passando a ter muitas relações internacionais.

Nestes anos coincidiram factos relevantes, uns mais felizes e outros profundamente tristes, que marcaram a história da TELLES: a morte do Luis Telles de Abreu, sócio fundador e referência em tantos domínios; a minha substituição como managing partner, funções que exercia desde o nosso inicio; a alteração do nosso modelo de instalações; a adoção de sistemas informáticos e de machine learning ao nível do que de melhor se usa; a profissionalização das áreas de gestão do escritório; a saída do Henrique Moser; a colaboração na TELLES de profissionais do Direito hoje doutorandos em áreas científicas decisivas; o inicio do nosso apoio a instituições tão essenciais, como a Fundação de Serralves, a Casa da Música e o Museu Soares dos Reis; o aumento do nosso apoio a iniciativas de responsabilidade social, na área da sustentabilidade, na área social ou no apoio a jovens que necessitam de ajuda; a adoção da marca TELLES como sinal distintivo da nossa firma.

Este ciclo seguiu-se a dez anos, iniciados em 2005, de crescimento e de afirmação da TELLES não só como instituição, mas como uma verdadeira sociedade de advogados, com diferentes centros de saber jurídico, devidamente preparados, organizados em departamentos de atuação profissional.

Foram dez excitantes anos, em que o relacionamento ativo com advogados e firmas de grande relevo, portuguesas e estrangeiras, noutros estádios de desenvolvimento mais adiantado, como a PLMJ, SRS, VdA e Morais Leitão, ou com firmas de assessoria a advogados, de que destaco a FIND, ou com associações como a ASAP, nos permitiram grandes aprendizagens. Foram anos em que se juntaram a nós, como sócios da TELLES, advogados de elevada craveira, alguns tendo feito percurso connosco, outros vindo de outras casas de advocacia, como o Pedro Almeida e Sousa, a Mariana Ferreira Martins, o Francisco Espregueira Mendes, o Miguel Carvalho, o Fernando Pizarro Monteiro e a Joana Telles de Abreu, alguns dos quais são hoje referencias da advocacia nacional nas áreas de prática a que se dedicam.

Foram os anos da abertura do nosso escritório de Lisboa, da junção à TELLES do advogado brilhante e do homem inteligente que foi o José António Martinez, que deu um impulso decisivo à nossa afirmação enquanto sociedade também de Lisboa e, nessa medida, enquanto sociedade nacional. A integração da sua equipa, no final da primeira década do século XXI, foi também o primeiro momento em que a TELLES se viu confrontada com a necessidade de criar espaços de valorização e crescimento profissional para quem, em grupo, tinha feito o seu percurso noutras firmas: em que a Telles de Abreu, Lucena e Associados se passou a denominar, com o objetivo de potenciar a nossa afirmação institucional, Telles de Abreu e Associados.

1992, ano da nossa constituição formal enquanto sociedade de advogados, e 2004, ano em que estivemos a alguns minutos de nos fundirmos com uma das grandes firmas de advocacia nacionais, a quem agradeço o muito que nos ensinou, foram os anos estruturantes da nossa firma. Em que nos constituímos com a firma Telles de Abreu, Delgado, Lucena e Associados; da saída do Rui Delgado; da afirmação do nosso núcleo fundacional de sócios, integrado pelo Miguel Torres, que iniciou a sua colaboração connosco em 1989, pela Cristina Ferreira, em 1991, pelo André Noronha, em 1992; em que o nosso escritório deixou os velhos espaços da Rua Sá da Bandeira, para o prédio da Rua da Restauração, movimento que nos deu um profundo élan enquanto coletivo; em que demos estágio a muitos jovens que hoje marcam profundamente as universidades, os escritórios e as empresas em que trabalham; em que o pequeno escritório que, então, o Luis Teles de Abreu, o Rui e eu formávamos constituiu os alicerces desta casa em que com tanto gosto trabalhamos.

E, quase no fim, voltamos ao seu início: o Luis Telles de Abreu, que me deu estágio em 1983, então já advogado de grande prestígio, pessoa encantadora, com um excecional sentido de humor, e que, tendo herdado de seu sogro, Dr. Artur Santos Silva, o seu muito prestigiado e bem conhecido escritório de advocacia fundado em 1936, teve a grandeza de permitir que, com base nesse estabelecimento, construíssemos a TELLES, da qual estou certo que muito se orgulharia hoje.

Mantendo os valores que sempre nos nortearam, somos uma sociedade de advogados com um ADN muito próprio e com uma estratégia estruturada de crescimento contínuo que nunca esquecerá a grande família de sócios, colaboradores, clientes e parceiros que fez de nós o que somos hoje e o que seremos amanhã.

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Medicina de precisão torna-se ferramenta chave na luta contra o cancro

  • Servimedia
  • 1 Abril 2022

Esta nova tendência na medicina passa por dar uma combinação de medicamentos adequada ao perfil biológico de cada doente.

A medicina de precisão é uma nova tendência na medicina, cujo objetivo é dar a um paciente específico uma combinação de medicamentos adequada ao seu perfil biológico, e tornou-se um instrumento-chave na luta contra o cancro. A Sociedade Espanhola de Patologia Anatómica sublinha a sua importância na alteração do prognóstico destas doenças, noticia a Servimedia.

Quando uma pessoa é diagnosticada com cancro, recebe o mesmo tratamento que outras pessoas com o mesmo tipo e fase de cancro, sem ter em conta as particularidades da pessoa ou o cancro de que sofre. No entanto, graças à aplicação de ferramentas inteligentes ao campo médico, especialmente na área do diagnóstico e adaptação de tratamentos, as características individuais de cada paciente podem ser tidas em conta, incluindo as características genómicas e moleculares tanto dos tumores como dos próprios pacientes, conseguindo uma maior eficácia no tratamento, evitando ao máximo os possíveis efeitos secundários e racionalizando também as despesas de saúde.

A presidente da Federação das Associações Médicas Científicas Espanholas (Facme), Pilar Garrido López, salientou no último Comité de Saúde do Senado que se espera que nos próximos anos sejam diagnosticados mais 40% de doentes com cancro, mas que o problema está em garantir que os doentes possam viver bem e durante muito tempo. A este respeito, a medicina de precisão poderia ser a chave para aumentar tanto o tempo como a qualidade de vida dos pacientes,

José del Corral, CEO da empresa espanhola KeyZell, que está a desenvolver um sistema inovador de inteligência artificial que pretende ser o futuro da medicina de precisão em oncologia (Oncology Precision System), afirmou que “identificar o tratamento mais adequado para um paciente com um perfil genético e epigenético específico é um grande desafio para os profissionais médicos. Portanto, acreditamos que a Inteligência Artificial seja uma ferramenta chave, pois é capaz, a partir de uma grande quantidade de dados (tais como informação genómica, história médica e tratamentos aprovados), reconhecer padrões que lhe permitem encontrar a combinação de fármacos que terá a maior eficiência para o paciente.”

Neste sentido, a Federação Espanhola de Empresas de Tecnologia da Saúde (Fenin) destaca a medicina de precisão como uma das linhas específicas para avançar na luta contra o cancro, que também faz parte da Estratégia contra o Cancro do Conselho Interterritorial e do Plano Europeu.

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Inflação na Zona Euro acelera para 7,5% em março, um novo recorde

A inflação na Zona Euro deverá ter disparado para 7,5% em março, depois de ter atingido 5,9% em fevereiro, segundo a última estimativa do Eurosotat. Renova máximos.

A inflação na Zona Euro terá acelerado para os 7,5% em março, face aos 5,9% registados em fevereiro, de acordo com as estimativas rápidas divulgadas esta sexta-feira pelo Eurostat. Depois de ter atingido o valor mais elevado desde o início da série em fevereiro, a inflação voltou assim a bater um recorde e renovou os máximos.

“Olhando para as principais componentes da inflação na área do euro, espera-se que a energia tenha a taxa homóloga mais elevada em março (44,7%, face a 32,0% em fevereiro)”, diz o Eurostat. Os preços da energia têm sido aqueles onde se tem notado um maior aumento, que foi agravado devido à guerra entre a Ucrânia e a Rússia.

Segue-se a componente dos alimentos, álcool e tabaco (5,0%, comparado com 4,2% em fevereiro), bens industriais não energéticos (3,4%, face a 3,1% em fevereiro) e serviços (2,7%, face a 2,5% em fevereiro), de acordo com os dados do gabinete de estatísticas da União Europeia.

O Eurostat divulga também as estimativas rápidas para as taxas de cada Estado-membro, que mostram que é na Lituânia que se regista uma inflação mais elevada: foi de 15,6% em março. O valor foi também elevado na Estónia (14,8%), nos Países Baixos (11,9%) e na Letónia (11,2%).

Portugal encontra-se mais para o fim da tabela, com a terceira taxa mais baixa da Zona Euro. As estimativas rápidas do Eurostat contabilizam uma taxa de 5,5%, mais elevada do que aquelas divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística, que apontam para uma inflação de 5,3%, o valor mais alto desde junho de 1994.

Algumas razões que ajudam a explicar este desempenho podem prender-se com a menor utilização de gás para aquecimento face ao centro da Europa, bem como ao facto de que a atualização das tarifas de eletricidade no mercado regulado é feita trimestralmente. Além disso, a retoma da economia nacional está mais atrasada, apesar de o país ter começado a recuperar.

Abaixo de Portugal neste indicador encontra-se apenas França, que regista uma taxa de 5,1%, e Malta, com uma inflação de 4,6% em março, segundo as estimativas do gabinete de estatísticas europeu.

(Notícia atualizada às 10h55)

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Gás russo continua a chegar à Europa, apesar do ultimato de Putin para que seja pago em rublos

Apesar do prazo imposto por Putin para o pagamento em rublos, a Europa continua a receber gás russo. O preço do gás natural está a recuar 2% na Europa.

O gás natural russo ainda está a fluir para a Europa, apesar do prazo estabelecido pelo Presidente Vladimir Putin para interromper o fornecimento aos clientes que se recusem a pagar em rublos, avança a Reuters. Os futuros de referência do gás natural na Europa estão a recuar para os 122,50 euros por MWh (megawatt-hora).

Na quinta-feira, o presidente russo Vladimir Putin assinou um decreto a exigir que os pagamentos pelo gás natural fossem feitos apenas em rublos, uma decisão que os países europeus recusaram unanimemente cumprir, considerando-a uma violação dos contratos existentes. O pagamento do gás ao abrigo dos contratos a longo prazo da Gazprom em março tinha como prazo o dia 1 de abril.

Segundo foi noticiado esta quinta-feira, a Gazprom, o maior conglomerado de energia da Rússia, estava a estudar uma interrupção total do fornecimento de gás natural à Europa.

Mesmo assim, não houve sinal esta sexta-feira de uma interrupção imediata, pelo menos até meio da manhã, refere a Reuters. Os fluxos permaneceram constantes através de dois dos três principais oleodutos que levam gás russo para a Europa. Também a própria Gazprom disse que continua a fornecer à Europa através da Ucrânia, de acordo com os pedidos dos consumidores.

Neste contexto, depois de ter vindo a subir nos últimos dias, o contrato Dutch TTF Gas está esta manhã a cair 2,71%, para 122,50 euros por MWh.

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Guerra domina cimeira UE-China tendo em vista apoio chinês para fim do confronto

  • Lusa
  • 1 Abril 2022

Esta não será, porém, uma cimeira dominada pelos laços económicos, como de costume, mas antes pela guerra na Ucrânia.

A União Europeia (UE) e a China reúnem-se esta sexta-feira numa cimeira por videoconferência que será dominada pelo conflito na Ucrânia e na qual o bloco comunitário exortará a esforços chineses para acabar com as hostilidades russas no país vizinho.

Com arranque previsto para as 10:00 (hora local, menos uma em Lisboa), a 23.ª Cimeira UE-China começa com uma sessão de trabalho entre os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acompanhados pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, juntamente com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.

Segue-se, à tarde, uma outra sessão entre os dirigentes da UE e o Presidente chinês, Xi Jinping, numa cimeira ainda realizada à distância devido às restrições relacionadas com a covid-19. Esta não será, porém, uma cimeira dominada pelos laços económicos, como de costume, mas antes pela guerra na Ucrânia, em altura de aceso confronto armado devido à invasão russa do país no final de fevereiro.

“Não será uma cimeira ‘business as usual’ [‘como habitual’, numa tradução livre], pois queremos ver a China a usar a sua influência, enquanto potência económica e geopolítica, para garantir o respeito pelas leis internacionais com vista ao restabelecimento da ordem de segurança global”, afirmaram, na quinta-feira, fontes europeias numa antecipação da cimeira.

O bloco comunitário vai, assim, “apelar à China para influenciar a Rússia a acabar com as hostilidades”, de acordo com as mesmas fontes. Até porque “a China tem responsabilidades importantes enquanto membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, adiantaram.

A ideia será, então, usar este alto encontro diplomático para cooperação entre Ocidente e Oriente com vista ao fim da guerra na Ucrânia, exortando ainda a China a não apoiar a Rússia para ultrapassar as sanções financeiras aplicadas pela UE contra o regime russo, como congelamento de bens.

Pequim tem mantido uma posição ambígua em relação à invasão russa da Ucrânia, já que se recusou a condená-la, mas já tentou distanciar-se da guerra iniciada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, apelando ao diálogo e ao respeito pela soberania dos outros países.

A China defendeu, por um lado, que a soberania e a integridade territorial de todas as nações devem ser respeitadas – um princípio de longa data da política externa chinesa e que pressupõe uma postura contra qualquer invasão -, mas ao mesmo tempo opôs-se às sanções impostas contra a Rússia e apontou a expansão da NATO para o leste da Europa como a raiz do problema.

A invasão russa do território ucraniano, iniciada em 24 de fevereiro, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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Rússia acusa Ucrânia de bombardear depósito de petróleo em território russo

  • Lusa
  • 1 Abril 2022

A Rússia acusou a Ucrânia de ter bombardeado um depósito de petróleo localizado nos arredores da cidade russa de Belgorod.

A Rússia acusou a Ucrânia de ter bombardeado um depósito de petróleo localizado nos arredores da cidade russa de Belgorod, próximo da fronteira russo-ucraniana, causando um grande incêndio.

“O incêndio no depósito de petróleo ocorreu depois de um ataque aéreo de dois helicópteros das Forças Armadas ucranianas, que entraram em território russo em baixa altitude. Não há vítimas”, disse o governador de Belgorod, Viacheslav Gladkov.

Os serviços de emergência indicaram que o fogo se alastrou para oito tanques de crude, cada um com capacidade de 2.000 metros cúbicos.

“Existe o risco de o fogo se continuar a espalhar”, disse uma fonte citada pela agência de notícias oficial russa TASS, especificando que o local do depósito de petróleo abriga um total de 27 tanques, 14 deles afetados pelo incêndio.

O Ministério para Situações de Emergência russo informou que cerca de 170 bombeiros e camiões estão envolvidos nas operações para apagar o incêndio.

Belgorod está localizada a cerca de 30 quilómetros da fronteira com a Ucrânia e a cerca de 70 quilómetros de Kharkiv, a cidade mais importante do leste da Ucrânia, que está cercada pelos russos.

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Importações da UE com origem na China disparam para 472 mil milhões em 2021

As importações da UE da China registou uma taxa média de crescimento anual de 6% entre 2011 e 2021, de acordo com o Eurostat.

O comércio entre a União Europeia (UE) e a China aumentou “significativamente” em 2021, indica o Eurostat. Tanto as exportações do bloco para a China como as importações atingiram um pico, revelam os dados divulgados esta sexta-feira, aumentando o défice comercial da UE com a China.

Apesar de a pandemia ter diminuído o comércio entre as duas potências em 2020, o ano seguinte trouxe não só uma recuperação como um salto nas trocas comerciais. As exportações da UE para a China atingiram os 223 mil milhões de euros em 2021, enquanto as importações da China se fixaram em 472 mil milhões, em ambos os casos o máximo. A taxa média de crescimento anual das importações foi de 6% entre 2011 e 2021.

Com as importações sempre a um nível mais elevado, a UE registou continuamente um défice comercial com a China na última década. Este défice aumentou de 129 mil milhões de euros em 2011 para um valor máximo de 249 mil milhões de euros em 2021.

Em 2021, a China foi o terceiro maior parceiro nas exportações de bens da UE (10% das exportações extra-UE). Os principais produtos foram máquinas e veículos (52% das exportações para a China), outros produtos manufaturados (20%) e produtos químicos (15%).

nas importações, a China fica mesmo no topo, ao ter sido o principal parceiro, sendo que as maiores encomendas acabaram por ser nas mesmas categorias de produtos do que as exportações.

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Berlengas passam hoje a cobrar taxa turística diária de 3 euros

  • Lusa
  • 1 Abril 2022

Visitantes entre os 6 e os 18 anos e maiores de 65 anos pagam apenas 1,5 euros. Receitas vão ficar "preferencialmente afetas à promoção das medidas de valorização".

Os visitantes da ilha da Berlenga, ao largo de Peniche, passam a partir desta sexta-feira a pagar uma taxa turística de três euros por dia, por se tratar de um espaço natural e haver limitações no número diário de entradas. Visitantes entre os 6 e os 18 anos e maiores de 65 anos vão pagar metade do valor, segundo uma portaria do Governo publicada no início deste ano em Diário da República.

As receitas da cobrança da taxa turística vão ficar “preferencialmente afetas à promoção das medidas de valorização”, desde obras de saneamento, gestão de resíduos e de abastecimento de água de uso público, implementação de alternativas de fornecimento de energia elétrica sustentável e melhorias das infraestruturas existentes no cais do Carreiro do Mosteiro, com vista ao embarque e desembarque de pessoas.

A ilha da Berlenga, no distrito de Leiria, tem um limite diário condicionado a 550 visitantes em simultâneo, estabelecido por portaria, não só para minimizar os efeitos do turismo sobre as espécies e habitats naturais sensíveis, como também tendo em conta a pequena dimensão terrestre do arquipélago. A capacidade de carga humana exclui residentes sazonais habituais, prestadores de serviços e representantes das entidades oficiais com jurisdição na Reserva Natural das Berlengas.

O acesso condicionado de turistas decorreu também de estudos científicos e já estava previsto no regulamento do Plano de Ordenamento da Reserva, em vigor desde 2008, mas nunca chegou a ser fixado até meados de 2019. Um estudo da Universidade Nova de Lisboa concluiu que visitavam anualmente a ilha da Berlenga mais de 65.650 pessoas, das quais 43.250 na época alta (meses de verão).

O arquipélago, no distrito de Leiria, foi classificado em 2011 como Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), tem estatuto de reserva natural desde 1981, é Sítio da Rede Natura 2000 desde 1997 e foi classificado como Zona de Proteção Especial para as Aves Selvagens em 1999.

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Ryanair com esperança nos “slots” da TAP a concurso para aumentar presença em Lisboa

  • Lusa
  • 1 Abril 2022

Michael O'Leary acredita que "será muito difícil não atribuir o concurso à Ryanair". E diz que poderá "operar cerca de três aeronaves adicionais em Lisboa" caso receba os slots.

A Ryanair diz ter “muita esperança” no concurso para aceder aos 18 slots diários de que a TAP irá prescindir no aeroporto de Lisboa, após imposição de Bruxelas para aprovar o plano de reestruturação, prevendo três aeronaves adicionais.

Apresentámos a proposta para as faixas horárias [para a aterragem e descolagem — slots] e cumprimos claramente todos os requisitos [porque] temos aviões de grande porte e comprometemo-nos a basear esses aviões em Lisboa e também a acrescentar voos adicionais de e para Lisboa”, declara o presidente executivo do grupo Ryanair, Michael O’Leary, em entrevista à Lusa.

Questionado sobre as expectativas para o concurso, o responsável da companhia aérea irlandesa de baixo custo vinca: “Tenho muita esperança e penso que será muito difícil não atribuir o concurso à Ryanair”.

Ressalvando não ser possível “avançar já com os planos concretos porque nem sequer se sabe quais são estas 18 faixas horárias”, Michael O’Leary assinala que “a suposição é de que estas faixas horárias são suficientes para operar cerca de três aeronaves adicionais em Lisboa“, acrescentando que já demonstraram que podem “operar mais três aviões em Lisboa”.

“No inverno tínhamos uma base de sete aviões em Lisboa, mas tivemos de reduzir essa base para quatro aeronaves durante o verão porque não tínhamos slots suficientes e estamos amargamente desapontados por o Governo português não ter respondido ao pedido para libertar essas faixas horárias da TAP porque nos teria permitido manter essas rotas abertas e continuar a crescer, o que esperemos fazer com estes slots”, assinala.

Ainda relativamente ao concurso, o presidente executivo da Ryanair indica que a empresa está “à espera de novos aviões maiores provenientes da Boeing”. “O que significa que podemos utilizar essas faixas horárias de forma mais eficiente do que a TAP […] e agregar mais passageiros por faixa horária do que qualquer outra companhia aérea na Europa”, adianta Michael O’Leary.

O concurso para aceder aos 18 slots diários de que a TAP irá prescindir no aeroporto de Lisboa, após imposição da Comissão Europeia para dar aval ao plano de reestruturação, arrancou no final de fevereiro, estando prevista uma decisão para junho. Nos detalhes do concurso, consultados pela Lusa, lê-se que o prazo para manifestações de interesse terminou em 24 de março, seguindo-se uma comunicação da lista das transportadoras que o fizeram até 25 de abril e, depois, 12 de maio é a data final para apresentação oficial de propostas.

Previsto está que, na semana de 13 de junho, a Comissão Europeia divulgue a decisão sobre a avaliação das propostas e que, por volta de 25 de julho, seja assinado o acordo de transferência de faixas horárias, para o arranque da operação em 30 de outubro próximo.

Ryanair reforça frota com 200 aviões até 2027 e 30 vão estar sediados em Portugal

A companhia aérea low-cost Ryanair prevê um reforço da frota europeia com 200 aviões até 2027, dos quais 30 estarão sediados em Portugal, voltando a pedir a abertura de um aeroporto no Montijo para crescer em Lisboa. “Nos próximos cinco anos, estaremos a receber 200 novos aviões e temos um plano que prevê que cerca de 15%, ou seja 30, dessas novas aeronaves estarão sediadas em Portugal”, avança Michael O’Leary.

Vamos certamente crescer no Porto, vamos crescer em Faro e na Madeira, […] mas o grande desafio é, será que podemos crescer em Lisboa?”, questiona. Lembrando que a Ryanair “continua a apelar à abertura do [novo aeroporto no] Montijo”, Michael O’Leary critica que o Governo continue “a adiar a abertura”, por preocupações ambientais.

Precisamos de abrir urgentemente o [novo aeroporto do] Montijo porque Lisboa é a cidade da Europa que tem as melhores perspetivas de turismo para os próximos cinco ou 10 anos”, mas ainda assim “o tráfego em Lisboa está atualmente limitado a cerca de 24 milhões de passageiros na Portela”, reforça o responsável.

Segundo Michael O’Leary, o tráfego total no aeroporto de Lisboa “poderia ser de 40 milhões de passageiros e será de 40 milhões de passageiros nos próximos cinco ou 10 anos, particularmente se o Montijo abrir”. Além disso, “mais slots precisam de ser disponibilizados em Lisboa”, adianta.

Os aeroportos portugueses movimentaram 24,8 milhões de passageiros em 2021, um valor superior em 39% a 2020, mas inferior em 58% em relação a 2019, antes da pandemia, segundo a Vinci, dona da ANA – Aeroportos de Portugal. De acordo com os dados publicados pela Vinci, o aeroporto de Lisboa fechou 2021 com pouco mais de 12,1 milhões de passageiros, um aumento de 31% em relação a 2020 e uma queda de 61% face a 2019.

No caso do Porto, no ano passado movimentou 5,8 milhões de passageiros, mais 32% do que no período homólogo e menos 55% face a 2019. Faro, com 3,2 milhões de passageiros, registou um aumento em relação a 2020 de 48% e uma redução em relação a 2019 que atingiu os 64%. Pela Madeira passaram cerca de dois milhões de passageiros, uma subida de 73% em termos homólogos e uma redução de 40% face a 2019 e, por fim, o movimento de passageiros nos Açores foi de 1,6 milhões de passageiros, mais 80% do que em 2020 e menos 34% do que em 2019.

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Lone Star põe consultora internacional a escolher CEO do Novobanco

  • ECO
  • 1 Abril 2022

Korn Ferry foi a consultora contratada para encontrar o próximo presidente-executivo do Novobanco. António Ramalho deixa liderança em agosto.

A saída de António Ramalho da liderança do Novobanco foi conhecida esta quinta-feira, mas já estava informalmente acordado com a Lone Star que o CEO sairia este ano. De acordo com o Jornal Económico (acesso pago), a maior acionista da instituição contratou a consultora internacional Korn Ferry para identificar o perfil adequado do futuro presidente executivo.

O processo de sucessão foi desencadeado há uma semana e já há nomes identificados para o lugar de António Ramalho, diz aquele jornal, havendo uma boa probabilidade de o novo CEO não ser português. O Banco de Portugal, a Comissão de Acompanhamento do Novobanco e o Ministério das Finanças só souberam da saída de Ramalho na manhã desta quinta-feira.

António Ramalho deixa a liderança do Novobanco em agosto e as razões para esta saída não foram explicadas. O CEO disse apenas que este é “o momento certo para anunciar o seu desejo de deixar o cargo que assumiu há cerca de seis anos”. Contudo, há semanas afirmou estar comprometido totalmente com o sucesso do banco até ao fim do mandato para o qual foi reeleito em outubro de 2020.

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Ryanair: Mesmo com reservas “muito fortes”, subir preços dos bilhetes “é inevitável”

  • Lusa
  • 1 Abril 2022

Michael O'Leary afirma ser "inevitável" que os preços dos bilhetes aéreos aumentem, “principalmente das outras” transportadoras.

Apesar de estar a registar reservas “muito fortes” para o verão em Portugal, a Ryanair admite que “é inevitável” que os preços dos bilhetes aéreos aumentem, “principalmente das outras” transportadoras, devido à atual situação mundial.

“Penso que é inevitável que os preços subam no verão, particularmente se o petróleo se mantiver a 100 dólares por barril”, afirma o CEO Michael O’Leary, em entrevista à Lusa. Ainda assim, “a Ryanair está numa situação bastante favorável, na medida em que cobrimos cerca de 80% do nosso combustível até março de 2023 [comprado] a entre 64 e 73 dólares por barril, pelo que pelo menos comprámos o nosso combustível”, acrescenta.

Numa altura em que os valores do Brent batem máximos, Michael O’Leary diz prever “aumentos de preços provenientes principalmente das outras companhias aéreas que não estão bem cobertas e que terão de repercutir estes preços muito mais elevados do petróleo”. “Nós não somos price takers [empresas que aceitam o preço formado no mercado] e, por isso, gerimos o nosso negócio para preencher os nossos voos”, ressalvou Michael O’Leary.

A inflação é, por estes dias, mais acentuada no que toca aos preços energéticos, tendo os preços dos combustíveis disparado nas últimas semanas e alcançado os níveis mais altos da última década devido aos receios de redução na oferta provocada pela invasão russa da Ucrânia. Este aumento dos combustíveis pressiona também o setor da aviação, que ainda está a tentar recuperar das consequências da pandemia, o que poderá resultar em bilhetes de avião mais caros. O combustível representa até 35% dos custos operacionais das companhias aéreas.

Na entrevista à Lusa, Michael O’Leary revela ainda que a guerra da Ucrânia levou ao cancelamento dos voos da companhia aérea de baixo custo de e para o país, num total de mais de 2.000 voos cancelados entre 24 de fevereiro e 26 de março (com média de 50 rotas diárias) e num total de cerca de 300 mil passageiros só em março. Além disso, “tem havido um declínio no tráfego com destino à Europa Oriental, como para a Polónia, e o número de visitantes para a Polónia, para a Eslováquia e Roménia e os Estados Bálticos estão em baixa”, destaca.

Por seu lado, “há um aumento do número de voos para fora desses países, principalmente de refugiados ucranianos que tentam encontrar-se com amigos e familiares por toda a Europa”, conclui o responsável irlandês. As mais recentes previsões internacionais indicam que as transportadoras aéreas europeias não deverão apresentar lucros até 2023 ou 2024, na melhor das hipóteses.

Ryanair com reservas “muito fortes” para verão em Portugal dada a conjuntura

A Ryanair garante ter reservas “muito fortes” de voos para Portugal este verão, considerando que o turismo balnear português será “um dos beneficiários” da recuperação pós-pandemia e das tensões geopolíticas causadas pela guerra da Ucrânia, dada a localização. “Neste momento, as reservas para lugares como Portugal e Espanha […] estão muito fortes para este verão. As praias da Europa Ocidental serão as principais beneficiárias tanto da recuperação da covid-19 como da guerra na Ucrânia”, declara o Michael O’Leary, em entrevista à Lusa, em Bruxelas.

Assim, “haverá menos pessoas a viajar na Europa de Leste e mais pessoas na Europa Ocidental, mas ainda não tenho números”, acrescenta o responsável da companhia aérea irlandesa de baixo custo.

Segundo Michael O’Leary, antes do início da guerra da Ucrânia, a Ryanair esperava aumentar, este ano, o tráfego aéreo em toda a Europa para 10% acima do que se assistia no pré-pandemia, mas há risco de “essa meta não ser alcançada”. “Antes do covid-19, transportámos 149 milhões de passageiros e esperávamos transportar 175 milhões de passageiros este ano, mas esse número é muito frágil” e depende “se há más notícias na Ucrânia ou sobre o covid-19 no próximo inverno”, reconhece.

Já em Portugal, a Ryanair está convicta numa atividade operacional superior ao pré-pandemia. “Irá crescer acima dos níveis de tráfego antes da covid-19”, prevê Michael O’Leary, lembrando ainda a nova base com duas aeronaves na Madeira.

O setor da aviação foi um dos mais afetados pela pandemia, tendo as companhias aéreas europeias perdido cerca de 500 milhões de passageiros entre 2020-2021 em comparação com 2019 e despedido 150 mil funcionários. Mas com 72,4% da população total na UE com o esquema de vacinação anticovid completo e 52,5% com dose adicional de reforço, o setor aéreo já vê sinais de recuperação, que é afetada contudo pelas tensões geopolíticas.

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