Queijos aumentam 10% com subida das matérias-primas

“Dada a subida de preços das matérias-primas, a Queijos Santiago vai acompanhar esta tendência e, por isso, irá aumentar os preços dos seus produtos na ordem dos 10%" em abril.

O grupo Queijos Santiago vai aumentar em 10% os seus produtos para fazer face à subida dos preços das matérias-primas.

“Dada a subida de preços das matérias-primas e o que se sente em todo o mercado, a Queijos Santiago vai acompanhar esta tendência e, por isso, irá aumentar os preços dos seus produtos na ordem dos 10%, durante o mês de abril”, confirmou a ECO fonte oficial da empresa que conta com quatro unidades de produção.

A Queijos Santiago, fundada em Castelo Branco em 1918, é a maior produtora nacional de queijo fresco. Está presente em mais de 20 países, e produz mais de 200.000 queijos por dia nas suas cinco unidades: Montemuro (Mafra), Palmela, Torres Vedras, Abrantes e Portalegre, cuja construção se deveria ter iniciado em 2015, mas só arrancou em 2019 com um apoio de fundos europeus de 430,75 mil europeus. Além disso tem um centro logístico na Venda do Pinheiro.

Com a guerra na Ucrânia houve um agravamento dos custos da energia, mas também das rações e, consequentemente, dos custos de produção do leite utilizado no fabrico dos queijos de vaca, ovelha ou cabra. São três tipos utilizados pela Queijos Santiago na gama de 70 produtos que coloca no mercado: desde queijos curados, frescos, requeijão.

O setor já estava a braços com dificuldades devido ao aumento dos custos de produção na sequência da seca e a necessidade de recorrer mais a rações para alimentar os animais. Como cerca de 40% do milho usado na alimentação animal vem da Ucrânia, a situação apenas se agravou com a guerra.

Mas o pior ainda pode estar para vir porque os produtores de leite defendem que “os ligeiros aumentos” no preço do leite no início de 2022 “vieram com um ano de atraso e foram absorvidos por novos aumentos de custos”, frisou Carlos Neves, secretário-geral da Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep), num artigo de opinião no Jornal de Notícias. E defendem a necessidade de voltar a aumentar os preços.

“Não conseguimos antecipar quanto nos vai custar produzir cada litro de leite nos próximos meses. Hoje produzimos o leite suficiente para alimentar Portugal, mas se não recebermos o suficiente para alimentar os nossos animais não poderemos garantir que continuaremos a abastecer o nosso país como até aqui”, defende a Aprolep, num comunicado recente.

A Queijos Santiago é responsável pela recolha, produção, embalamento e distribuição de todos os seus produtos e por isso também acaba por ser mais afetada pelo aumento dos preços dos combustíveis e não apenas da energia utilizada nas várias fábricas.

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Nas notícias lá fora: Preços, Iberdrola e genoma

  • ECO
  • 1 Abril 2022

Dos aumentos acentuados dos preços no Reino Unido, passando pelos negócios globais que caem para o nível mais baixo desde o início da pandemia, conheça as notícias que marcam o dia lá fora.

Dos aumentos acentuados dos preços no Reino Unido, passando pelos negócios globais que caem para o nível mais baixo desde o início da pandemia, até ao primeiro genoma humano completo, saiba quais são as notícias que estão a marcar o dia lá fora.

Bloomberg

Aumentos acentuados dos preços empurram milhões no Reino Unido para pobreza

O custo de aquecer uma casa, tomar banho ou cozinhar uma refeição atingiu novos níveis para milhões de pessoas no Reino Unido na sexta-feira, quando os preços da energia doméstica atingiram um recorde, numa altura em que vai também entrar em vigor um aumento nos impostos. O aumento do custo de vida repentino, a par com a inflação alta, fará com que a conta de energia doméstica média aumente em 693 libras no próximo ano. Depois de uma onda de frio, há avisos de alguma neve nos próximos dias, sendo que as baixas temperaturas vão forçar muitos a escolher entre aquecer as casas e ou gerir os orçamentos domésticos apertados.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Financial Times

Fusões e aquisições caem para o nível mais baixo desde o início da pandemia

A atividade global de fusões e aquisições caiu para o nível mais baixo desde o início da pandemia, com o aumento da inflação, regulamentação mais rígida e a guerra na Ucrânia a levar a uma desaceleração no que tinha sido um período recorde de fusões e aquisições. No primeiro trimestre de 2022, foram fechados pouco mais de um bilião de dólares em negócios, 23% abaixo do mesmo período do ano passado, com todos os continentes a enfrentar um declínio na atividade de fusões e aquisições, segundo dados da Refinitiv.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Cinco Días

Capitalização bolsista da Iberdrola supera Inditex e reina em Madrid

A chegada de Marta Ortega à presidência não-executiva da Inditex coincide com a perda do título de empresa com maior capitalização bolsista em Madrid. A empresa foi, assim, ultrapassada pela Iberdrola, que encerrou a sessão de quinta-feira com um valor de mercado de 63.860,6 milhões de euros, contra 61.647,7 milhões do grupo têxtil fundado por Amancio Ortega.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Reuters

Cientistas publicam o primeiro genoma humano completo

Uma equipa de quase 100 cientistas publicou o primeiro genoma humano completo, preenchendo lacunas remanescentes de esforços anteriores. Em 2003, investigadores tinham revelado o que foi anunciado na altura como a sequência completa do genoma humano, mas cerca de 8% não tinha sido totalmente decifrado. Agora, foi divulgada uma pesquisa mais completa, que irá permitir aprofundar os estudos genéticos, nomeadamente sobre mutações que causam doenças.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

CNN

“Grande resignação” está a tornar-se global

O fenómeno a que os especialistas já chamam de “great resignation” (a grande resignação, em português), após um número recorde de norte-americanos ter decidido deixar os empregos, está a alargar-se ao resto do globo. Os números mais recentes mostram que as demissões também aumentaram no Reino Unido, Austrália e França. Os especialistas apontam que uma onda de resignações não se materializou ainda em países como Alemanha e Singapura, mas pesquisas indicam que os trabalhadores também estão de olho na saída.

Leia a notícia completa na CNN (acesso livre/conteúdo em inglês).

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Lisboa no vermelho com Galp a cair quase 2%

Bolsa nacional abriu a última sessão da semana em terreno negativo, contrariando os ganhos ligeiros do resto da Europa. Galp representa a descida mais acentuada do PSI.

A bolsa nacional abriu a última sessão da semana em terreno positivo, com praticamente todas as cotadas no vermelho. O destaque são os títulos da Galp Energia, que perdem quase 2%, numa altura em que o preço do petróleo está a deslizar nos mercados internacionais. Lisboa contraria, assim, a tendência do resto da Europa.

O PSI está a recuar 0,33%, para 6.017,14 pontos, com apenas duas cotadas no verde e duas inalteradas, estando as restantes em terreno negativo. Lisboa não acompanha, assim, a tendência do Velho Continente, numa altura em que o índice de referência europeu, Stoxx 600, está a valorizar 0,28% para 457,14 pontos, assim como, por exemplo, os índices espanhol, francês e alemão.

A contribuir para este desempenho da bolsa de Lisboa estão, sobretudo, as ações da Galp Energia, que caem 1,65%, para 11,325 euros, representando a maior queda desta sessão. Este comportamento acontece numa altura em que o preço do ouro negro está a desvalorizar nos mercados internacionais. O barril de Brent perde 1,75%, para 102,88 dólares, enquanto o WTI recua 2,27%, para 98 dólares.

Ainda nas quedas, destaque para a EDP, que cai 0,2%, para 4,456 euros, e para a EDP Renováveis, que desliza 0,26%, para 23,28 pontos. A Jerónimo Martins está a recuar 0,14%, para 21,7 euros e a Nos perde 0,26% para 3,804 euros.

A impedir uma queda mais acentuada do índice estão os títulos da Corticeira Amorim, que somam 0,2% para 10,08 euros, e os da Mota-Engil, que avançam 0,15% para 1,35 euros.

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Mais 30 países juntam-se aos EUA e libertam petróleo das reservas estratégicas

  • ECO
  • 1 Abril 2022

As forças russas devolveram o controlo da antiga central nuclear de Chernobyl às autoridades ucranianas. Negociadores de ambos os lados da barricada voltam às negociações por videochamada.

O presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou que mais de 30 países se juntaram aos EUA na libertação de barris de petróleo das suas reservas nacionais estratégicas, de forma a estabilizar os mercados energéticos internacionais, avançou esta sexta-feira a Agence France Presse.

Negociadores ucranianos e russos retomaram as negociações por videochamada esta sexta-feira, entretanto atingidas por um alegado ataque das forças ucranianas e um depósito de combustível em solo russo.

Entre as notícias que marcam o dia está a de que a Rússia transferiu o controlo de Chernobyl para as autoridades ucranianas. Há ainda novas sanções dos EUA contra Moscovo, agora no setor tecnológico.

Acompanhe os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia neste liveblog.

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Carris Metropolitana apresentada hoje entra em funcionamento em 1 de junho

  • Lusa
  • 1 Abril 2022

A operação da Carris Metropolitana representa um investimento de cerca de 1,2 mil milhões de euros e vai permitir aumentar o serviço de transporte rodoviário em cerca de 35%.

A Carris Metropolitana, marca única e integrada dos transportes urbanos da Área Metropolitana de Lisboa, é lançada esta sexta-feira oficialmente, entrando em funcionamento em 01 de junho na área de alguns municípios da margem Sul e nas restantes um mês depois.

A rede de serviço de autocarros será composta por cerca de 820 linhas rodoviárias, que servirão aproximadamente 2,8 milhões de potenciais utilizadores. A operação Carris Metropolitana entrará em funcionamento em 01 de junho na área 4, a de menor dimensão relativa aos municípios da margem Sul, e as restantes áreas, 1, 2 e 3, irão entrar em operação um mês mais tarde, em 01 de julho.

A AML em termos de circulação de transportes ficou dividida por quatro áreas, sendo que a área 1 engloba as carreiras dos municípios da Amadora, Oeiras e Sintra, e intermunicipais de ligação a Lisboa e Cascais, que vão ser operadas pela empresa Viação Alvorada, tendo 133 linhas (35 das quais novas).

Já a área 2 corresponde aos municípios de Mafra, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira (operados pela empresa Rodoviária de Lisboa) e intermunicipais de ligação a Lisboa, com 218 linhas (31 novas), enquanto a área 3, corresponde a Almada, Seixal e Sesimbra, que será operada pela empresa Arriva, e intermunicipais de ligação ao Barreiro e Lisboa, com 116 linhas (43 novas).

A área 4 diz respeito aos municípios de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal e será operada pela empresa Alça Todi, e intermunicipais de ligação ao Barreiro e Lisboa. Esta área prevê 111 linhas (21 novas).

Em comunicado, a AML refere que a operação da Carris Metropolitana representa um investimento de cerca de 1,2 mil milhões de euros e vai permitir aumentar o serviço de transporte rodoviário em cerca de 35%. Em declarações à Lusa na quinta-feira, primeiro-secretário metropolitano, Carlos Humberto, adiantou que a entrada em funcionamento da Carris Metropolitana vai acabar com 902 tipologias de bilhetes, sendo criadas três novas.

“Todos desaparecem, são 902 tipologias de bilhetes que desaparecem e são criadas três novas tipologias, compra a bordo ao motorista ou pré-comprado”, disse.

Os 18 municípios que integram a AML são Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira. Segundo a AML, a sustentabilidade ambiental será promovida através da renovação e qualificação da frota, com uma diminuição da idade média dos autocarros de 15 anos para menos de um ano e a inclusão de uma quota de veículos não poluentes e energeticamente eficientes.

No lançamento da Carris Metropolitana, que terá início pelas 16:00, no Pátio da Galé, em Lisboa, deverão intervir o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, a presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Carla Tavares, o primeiro-secretário metropolitano, Carlos Humberto de Carvalho, e o presidente do conselho de administração da TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa, Faustino Gomes.

Durante a cerimónia está prevista a realização de um pequeno desfile de moda, para dar a conhecer o fardamento da Carris Metropolitana, desenhado pelo estilista Nuno Gama, e a exibição, no exterior, de autocarros com a nova imagem.

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Quebra prevista na produção de cereais na Ucrânia ameaça alimentação mundial

  • Lusa
  • 1 Abril 2022

A Ucrânia colheu no ano passado 106 milhões de toneladas de cereais, um recorde absoluto que este ano deve diminuir entre 25% a 50%.

Com os terrenos de cultivo arrasados pelas bombas e os agricultores mobilizados para a guerra, a invasão russa pode reduzir para metade a colheita de cereais na Ucrânia, fundamental para a alimentação mundial, alertou esta quinta-feira o Governo ucraniano.

A Ucrânia colheu no ano passado 106 milhões de toneladas de cereais, um recorde absoluto que este ano deve diminuir entre 25% a 50%, referiu o ministro da Agricultura ucraniano, em entrevista à agência France Presse (AFP). De resto, este é, segundo Mykola Solsky, um “prognóstico otimista”.

A invasão russa da Ucrânia virou a indústria agrícola daquele país de ‘pernas para o ar’, na altura em que esta antiga república soviética, famosa pelos seus solos negros muito férteis, era o quarto maior exportador mundial de milho e estava a caminho de se tornar o terceiro maior exportador de trigo. Parte das regiões com solo fértil, especialmente no sul, como Kherson, Zaporozhye ou Odessa, estão a ser atormentadas por hostilidades.

Um dos problemas é a ida de muitos agricultores para o Exército, ou para a defesa territorial, que cria uma escassez de mão-de-obra, refere o ministro. Por isso, o Governo procura criar um “sistema de isenções temporárias” que permite aos trabalhadores não serem mobilizados para o campo de batalha. Apesar da guerra, os ucranianos já começaram a semear trigo, cevada, aveia, girassol ou soja, mas a mudança da situação no terreno está a obrigar as quintas e as autoridades a improvisarem.

“Não sabemos quais culturas serão plantadas (…) Cada agricultor ou quinta tomará a sua decisão com base na disponibilidade de sementes, fertilizantes, pesticidas e combustível”, explica Mykola Solsky.

A falta de combustível é outra das dores de cabeça principais, visto que antes do conflito este era entregue principalmente pela Rússia e Bielorrússia, bem como através de portos marítimos cujo acesso está hoje bloqueado pelas forças russas. As últimas semanas têm piorado este cenário, porque Moscovo tem procurado atingir vários grandes depósitos de combustível, principalmente no oeste do país, que até então tinha sido relativamente poupado.

“O inimigo dirige cinicamente os seus ataques contra os depósitos de combustível, sabendo que estamos a preparar-nos para a campanha de sementeira, para impedi-la”, acusa o ministro. Solsky garante que “estão a caminho” novos fornecimentos, mas não adianta detalhes. O governo está ainda “a trabalhar para aumentar a capacidade de exportação”, nomeadamente com a ajuda dos caminhos-de-ferro, assegura.

A Ucrânia tem reservas suficientes para alimentar a sua própria população, que antes da guerra era de cerca de 40 milhões de pessoas. Esta autossuficiência foi garantida, especialmente porque o governo proibiu ou limitou a exportação de muitos produtos alimentícios, como trigo, açúcar, aveia, carne bovina ou aves. Mas as exportações, cruciais para a balança económica do país mas também para a alimentação mundial, deverão ser afetadas.

A Rússia foi acusada na terça-feira, perante o Conselho de Segurança da ONU, de criar, através da sua ofensiva militar contra a Ucrânia, uma crise alimentar mundial que pode ter repercussões em particular no norte da África e no Médio Oriente.

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Hoje nas notícias: Governo, Novobanco e criptomoedas

  • ECO
  • 1 Abril 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Após o aviso de Marcelo Rebelo de Sousa sobre uma possível saída antecipada de António Costa, o Expresso noticia que a eventual ida para um cargo europeu não deverá acontecer em 2024. Os jornais desta sexta-feira focam-se também na saída de António Ramalho, sendo que o substituto deverá ser escolhido por uma consultora internacional contratada pelo Lone Star. O CEO, que está de saída em agosto, defende que a sua integridade “nunca foi posta em causa”. Estas e outras notícias marcam as manchetes nacionais.

Costa fica em 2024 e adia sonho europeu

A especulação à volta de uma saída de António Costa para um cargo europeu era muita, tanto que o Presidente da República decidiu mencioná-la indiretamente no discurso da tomada de posse do novo Governo, fazendo um alerta ao primeiro-ministro sobre a substituição da cara das eleições a meio do mandato. Tal já não estará nos planos do chefe do Executivo: “Para o primeiro-ministro, é óbvio desde 30 de janeiro que não será candidato a qualquer cargo europeu em 2024”, disse ao Expresso uma fonte próxima de António Costa.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Lone Star põe consultora internacional a escolher CEO do Novobanco

António Ramalho anunciou que vai deixar a liderança do Novobanco em agosto, antes de terminar o mandato. O Lone Star, maior acionista do banco, decidiu contratar uma consultora externa para identificar o perfil adequado do futuro CEO do Novobanco. A consultora escolhida é a Korn Ferry, sendo que há grande probabilidade de o novo presidente executivo ser um gestor estrangeiro.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

“A minha integridade nunca foi posta em causa”, diz António Ramalho

“Herdei um conjunto de problemas e deixo um conjunto de soluções.” É assim que António Ramalho resume os seis anos em que esteve a liderar o Novo Banco, preparando-se agora para abandonar esse cargo. “A minha integridade profissional nunca foi posta em causa e não creio que alguma vez venha a ser”, diz António Ramalho, referindo-se a todas as polémicas que envolveram a instituição nos últimos anos.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Nova telescola custou três milhões de euros à RTP

A RTP investiu cerca de três milhões de euros para colocar em antena, entre 2020 e 2021, a nova telescola. Os custos de implementação do projeto, que contou com a colaboração do Ministério da Educação, foram totalmente suportados pelo serviço público de rádio e TV. No ano passado, a RTP gastou mais de 500 mil euros em acessibilidade para os seus programas, nomeadamente língua gestual, legendagem em teletexto e audiodescrição.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Casas já podem ser compradas com criptomoedas

A Ordem dos Notários (ON) está a ultimar um regulamento para a compra de imóveis em criptomoedas, sem necessidade da sua conversão em moe­da fiduciária. Mas, em contrapartida, exige aos investidores que forneçam dados detalhados sobre a origem do dinheiro, incluindo provas da compra das criptomoedas que vão ser usadas como meio de pagamento. Tudo será comunicado às autoridades.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

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Assembleia de Representantes da mutualista Montepio aprova contas de 2021 com lucro de 44,6 milhões

  • Lusa
  • 1 Abril 2022

Os resultados líquidos positivos de 44,6 milhões de euros que foram registados permitem inverter a tendência de prejuízos registada nos últimos anos, sublinha a mutualista.

A Associação Mutualista Montepio Geral teve um resultado positivo de 44,6 milhões de euros em 2021, invertendo a tendência de prejuízo dos últimos anos, segundo o relatório e contas aprovado esta quinta-feira em Assembleia de Representantes.

A Assembleia de Representantes da Associação Mutualista Montepio Geral aprovou esta quinta-feira o relatório e contas de 2021, com 24 votos a favor e cinco contra, num total de 29 membros presentes ou representados, refere a mutualista em comunicado. Os resultados líquidos positivos de 44,6 milhões de euros que foram registados permitem inverter a tendência de prejuízos registada nos últimos anos, sublinha.

“A margem associativa da maior associação mutualista portuguesa cresceu 47,6 milhões de euros, situando-se em 120 milhões de euros, assim como também cresceu o número de associados (para 602.000). Este crescimento da base associativa revelou uma inversão da tendência de perda de associados que se verificava desde 2015, iniciada já no último trimestre de 2020 e consolidada no ano de 2021”, pode ler-se.

“Os rácios de liquidez melhoraram (passando de 7,9% para 11%), acompanhados pelo crescimento do ativo (aumentou 4,8% face a 2020, atingindo 3.716,3 milhões de euros no final de 2021). Outro dado positivo a destacar é a recuperação em 82,2%, entre 2017 e 2021, dos ativos por impostos diferidos que se vêm registando desde 2017”, acrescenta.

As contas da mutualista tinham reservas por parte da auditora PwC devido a dúvidas na contabilização de ativos por impostos diferidos, o que influencia os resultados.

Em 2020, a Associação Mutualista Montepio Geral teve prejuízos de quase 18 milhões de euros, melhor do que os resultados negativos de 408,8 milhões de euros de 2019. Então, na certificação legal de contas, a PWC considerou mais uma vez que o valor registado em ativos por impostos diferidos (então de 867,6 milhões de euros) não era totalmente recuperável.

O presidente da Associação Mutualista do Montepio Geral, Virgílio Lima, citado na nota de imprensa, destaca “o virar de página que foi, finalmente, alcançado ao longo do último ano e que permitiu recolocar o maior grupo mutualista português no rumo do crescimento sustentado”. “Arrumámos a casa ao longo do último mandato, compete-nos agora consolidar este caminho de forma sólida”, realça Virgílio Lima, eleito em dezembro como presidente até 2025.

O relatório e contas de 2021 revela também, segundo o comunicado, “a simplificação e racionalização do grupo com o objetivo de obter sinergias e o aumento de valor para o Associado, uma das bandeiras da candidatura de Virgílio Lima à presidência”.

Nomeadamente, mediante a simplificação da área de negócio imobiliário – em dois anos passou de quatro entidades para uma única –, a recomposição da área de gestão de ativos – com a próxima fusão das duas sociedades gestoras de organismos de investimento coletivo e a liquidação da entidade In Posterum, ACE, que não tinha atividade, salienta o comunicado.

A Assembleia de Representantes é o novo órgão associativo da Associação Mutualista Montepio Geral, sendo os seus 30 membros eleitos pelo método de Hondt. É neste órgão que são debatidos e votados documentos fundamentais da vida da mutualista Montepio (que até à mudança de estatutos tinham de ir a assembleia-geral).

Edmundo Martinho eleito presidente da mesa da Assembleia de Representantes

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, foi eleito presidente da mesa da Assembleia de Representantes da Associação Mutualista Montepio Geral, depois de várias tentativas falhadas, disse à Lusa um dos membros.

Em sessões anteriores havia duas listas candidatas: uma composta por elementos que concorreram nas eleições de dezembro pela Lista A (liderada por Virgílio Lima, que venceu essas eleições) que propunha para presidente Edmundo Martinho e como secretários Ivo Pinho e Isabel Silva; a outra lista juntava elementos das listas da oposição das eleições de dezembro (B, C e D) e propunha a presidente a gestora Conceição Zagalo e a secretários Viriato Silva e José Nogueira.

Contudo, os resultados das votações tinham sido inconclusivos. Na primeira votação houve um empate (15 votos para cada lista) e à segunda, na abertura da urna, estavam 32 votos quando os membros da Assembleia de Representantes são 30, pelo que a votação foi anulada e foi marcada nova votação.

Na reunião desta quinta-feira foi a votação apenas a lista de Edmundo Martinho, a qual foi aprovada ainda que com votos brancos.

 

Nas eleições de dezembro passado para os órgãos sociais da Mutualista Montepio, a lista A obteve 47,31% dos votos para a Assembleia de Representantes, a lista D 24,23% dos votos, a lista C 16,23% e a lista B 10,06% dos votos.

Assim, a lista A elegeu 15 membros para a Assembleia de Representantes (o primeiro eleito foi Vítor Melícias, padre), a lista D sete representantes (o primeiro eleito foi Conceição Zagalo, gestora), a lista C cinco representantes (o primeiro eleito foi Ana Drago, socióloga e ex-deputada pelo BE) e a lista B três representantes (o primeiro eleito foi João Costa Pinto, foi vice-governador do Banco de Portugal e presidente da Caixa de Crédito Agrícola, mas que não pode tomar posse por ser presidente do banco da Fundação Oriente, pelo que o primeiro representante desta lista é José Nogueira.

As eleições de dezembro passado da Associação Mutualista Montepio Geral elegeram Virgílio Lima como presidente até 2025.

Virgílio Lima já era presidente da mutualista desde 2019, quando era administrador e sucedeu a Tomás Correia, que saiu envolto em polémica face a investigações a atos de gestão seus pelos supervisores.

A próxima reunião da Assembleia de Representantes será em maio, quando serão analistas as contas consolidadas de 2021 da Associação Mutualista Montepio Geral.

(Notícia atualizada às 12h07)

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Petróleo prolonga quedas e WTI já negoceia abaixo dos 100 dólares

Os preços do petróleo continuam a cair, no rescaldo da decisão dos EUA de libertarem reservas e à espera de uma reunião da AIE onde pode ser tomada uma decisão semelhante pelos países consumidores.

Os preços do petróleo estão a prolongar a queda de quinta-feira, dia em que a Casa Branca anunciou a maior libertação de petróleo de sempre da reserva estratégica norte-americana. A decisão está a ter impacto na cotação do crude nos mercados internacionais e, em Nova Iorque, o contrato de WTI transaciona abaixo dos 100 dólares, o que não acontecia desde meados de março.

Pelas 11h30 em Lisboa, os futuros do Brent somam 0,02% para 104,53 dólares, num desempenho instável, oscilando entre somas e perdas. Enquanto isso, o WTI recuava 0,31% para 99,97 dólares. Segundo a Reuters, o petróleo caminha para encerrar a semana com perdas na ordem dos 13%, a maior queda semanal dos últimos dois anos.

Evolução do Brent:

A agência recorda estar prevista a realização de uma reunião da Agência Internacional de Energia (AIE) esta sexta-feira, onde deverão ser discutidas outas libertações de reservas por parte dos países consumidores de petróleo, paralelas à anunciada pelos EUA na quinta-feira. Há um mês, os países chegaram a um acordo para a libertação de 60 milhões de barris de petróleo.

Ora, esta semana, marcada por mais uma subida dos preços dos combustíveis, o Presidente dos EUA anunciou na quinta-feira que a decisão de libertar um milhão de barris de petróleo por dia da reserva estratégica dos EUA. Joe Biden também vai pedir ao Congresso que imponha penalizações financeiras às empresas de petróleo e gás que arrendam terras públicas, mas não estão a produzir.

Neste contexto, os investidores estão expectantes em relação à dimensão da libertação de reservas que possa sair da reunião da AIE. Numa nota, contudo, a consultora Eurasia Group indica que os preços do petróleo podem inverter a tendência de queda se a libertação for adiada ou se o volume das entregas for inferior ao anunciado pela Casa Branca, de acordo com a Reuters.

Os investidores digerem ainda a decisão da OPEP+ de aumentar a oferta de 432 mil barris diários a partir de maio. Esta quinta-feira, o cartel do petróleo disse que a “atual volatilidade” dos preços está ligada aos “acontecimentos geopolíticos em curso” e não aos fundamentos do mercado, uma referência à invasão da Rússia à Ucrânia. A Rússia é considerada aliada da organização dos países exportadores.

(Notícia atualizada às 11h39 com novas cotações)

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KPMG Portugal avança para regime híbrido em abril. Vai experimentar este modelo durante seis meses

O modelo laboral junta-se a outros benefícios já implementados, como quatro dias de descanso adicional (três no período de Natal e um à escolha dos colaboradores) e dispensa no dia de aniversário.

A KPMG Portugal está a ultimar alguns detalhes para avançar com um novo modelo de trabalho híbrido já em abril. Numa primeira fase, este regime mais flexível será testado durante seis meses. Os colaboradores cujas funções sejam compatíveis com o teletrabalho vão passar a poder decidir, em primeiro lugar, se querem ou não aderir ao modelo e, em segundo lugar, escolher a partir de onde pretendem trabalhar, sabe a Pessoas.

“A KPMG pretende implementar um modelo de trabalho híbrido que permitirá o colaborador decidir se quer aderir a esse modelo híbrido; e, se o mesmo for compatível com a sua atividade, uma componente (ainda não definida) de exercício de funções em local distinto do local habitual de trabalho (entendendo-se este como os escritórios da KPMG e as instalações de clientes)”, avança fonte oficial da KPMG Portugal à Pessoas.

“Pretendemos divulgar [este novo modelo] aos nossos profissionais, em abril, e será aplicado experimentalmente durante um período de seis meses”, esclarece a mesma fonte oficial da empresa.

Em Espanha, a companhia anunciou esta semana que vai oferecer aos 5.000 colaboradores no país vizinho a oportunidade de trabalhar quatro semanas por ano num local à escolha dentro do país. Ou seja, quatro semana por ano de trabalho remoto (nacional).

Em Portugal, a consultora não esclarece esse detalhe, abrindo apenas a porta para uma parte do tempo — que ainda não está definida — que pode ser destinada ao trabalho a partir de outro local que não seja o habitual de trabalho.

A KPMG tem vindo a analisar, não apenas as formas de organização de trabalho que têm vindo a ser discutidas a nível global pela rede KPMG Internacional, mas também as formas de organização de trabalho que foram testadas noutras organizações, em Portugal e no estrangeiro.

Fonte oficial da KPMG Portugal

“Ao longo deste período, e já depois do alívio das restrições impostas pelas autoridades portuguesas, a KPMG continuou a adotar um modelo de trabalho flexível e tem vindo a analisar, não apenas as formas de organização de trabalho que têm vindo a ser discutidas a nível global pela rede KPMG Internacional, mas também as de organização de trabalho testadas noutras organizações, em Portugal e no estrangeiro, sobretudo as que desenvolvem atividade de prestação de serviços profissionais”, refere.

Em paralelo, a liderança da consultora tem estado atenta à opinião que os colaboradores têm expressado, formal e informalmente, quanto a estas matérias, bem como à profunda alteração e desafio que a digitalização e o trabalho remoto trazem ao equilíbrio e à conciliação entre a vida pessoal e profissional e ao desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas.

Quatro dias de descanso adicionais e dia de aniversário

Algumas das medidas que a empresa em Espanha pretende adotar já estão implementadas em Portugal. A decisão da empresa vizinha, avançada esta terça-feira pelo Expansión (acesso condicionado, conteúdo em espanhol), inclui também a flexibilidade de horários, a tarde livre no dia de aniversário e duas tardes por mês sem reuniões internas. Esta última para que os profissionais possam fazer uma melhor gestão do tempo e otimizar o dia de trabalho, especialmente nas funções que requerem maiores níveis de concentração.

Em Portugal, onde a empresa conta com 1.300 colaboradores, existem contudo outros benefícios no campo da flexibilidade, aos quais o modelo híbrido se irá agora juntar. “Manteremos os outros benefícios já existentes, nomeadamente a atribuição a todos os colaboradores de quatro dias de descanso adicional (três no período de Natal e um à escolha dos colaboradores), bem como do dia de aniversário“, detalha.

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Tem mais de 30 anos? Há novas regras no crédito à habitação a partir de hoje

A partir desta sexta-feira há novas regras para os novos créditos à habitação. Quem tem entre 30 e 35 anos só pode pedir financiamento até 37 anos. Prazo desce para 35 anos para os mais velhos.

Depois de em 2018 ter colocado travões ao crédito à habitação, o Banco de Portugal apertou ainda mais as regras. Esta sexta-feira entram em vigor novas recomendações relativas à limitação máxima para as novas operações de financiamento para a compra de casa, mas só para os clientes com mais de 30 anos.

A partir de sexta-feira, quem tem entre 30 a 35 anos só pode pedir financiamento a um prazo máximo de 37 anos, enquanto, para quem tem mais de 35 anos, o limite à maturidade encolhe para 35 anos. Para os clientes com idade até 30 anos, nada se altera, mantendo-se os 40 anos de limite máximo do contrato. No entanto, para os casais que se dirijam ao banco para contratarem um crédito para comprar casa conta a idade do membro mais velho.

Esta recomendação é dirigida aos bancos, sendo que as instituições são obrigadas a explicar-se junto do supervisor se ultrapassarem aqueles limites. O objetivo é promover a adoção de critérios de concessão prudentes, reforçando a resiliência do setor financeiro, bem como o acesso dos clientes a um financiamento sustentável.

O regulador justificou ainda a medida macroprudencial com a necessidade de “convergência da maturidade média dos novos contratos de crédito à habitação para 30 anos até ao final de 2022”. E se até 2019 as perspetivas eram positivas, a pandemia veio inverter a tendência de diminuição da maturidade das novas operações de crédito à habitação. No final de 2021, o prazo médio das novas operações situa-se em 32,5 anos, ainda longe da meta estabelecida, segundo o relatório de acompanhamento da recomendação macroprudencial divulgado na quinta-feira pela entidade liderada por Mário Centeno.

Os dados revelaram ainda que, no quarto trimestre de 2021, 46% dos novos créditos tinham maturidades entre os 35 e os 40 anos, 25,9% tinham maturidade entre os 20 e os 30 anos, 21,6% dos novos créditos tinham maturidade entre os 30 e os 35 anos, 5,6% entre os dez e os 20 anos, enquanto apenas 0,6% dos novos créditos tinham uma maturidade igual ou inferior a dez anos.

Perante este cenário, o Banco de Portugal sinaliza que vai continuar a “monitorizar os critérios de concessão de crédito e o cumprimento da recomendação”, admitindo que “poderá adotar medidas adicionais”, por forma a atingir o objetivo estabelecido.

Certo é que os altos prazos dos empréstimos à habitação refletem-se na idade com que as pessoas vão acabar de pagar o crédito. De acordo com os últimos dados do banco central, quase dois terços das pessoas que eram mutuárias de crédito à habitação no final de 2021 terão mais de 70 anos quando terminarem de reembolsar a dívida e cerca de um quarto terão mais de 75 anos. Ou seja, já estarão na idade de reforma.

Em fevereiro, os bancos emprestaram aos portugueses 1.275 milhões de euros para habitação. A instituição liderada por Mário Centeno destaca ainda que a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação subiu para 0,87% (contra 0,81% em janeiro), em linha com a subida das taxas Euribor. E a tendência é para escalarem ainda mais. Tal como o ECO noticiou, os encargos mensais com o empréstimo à habitação vão dar o maior salto em dois anos para quem tem contrato associado à Euribor a três e a seis meses e cuja taxa seja revista em abril.

Não obstante a estas alterações, continuam em vigor os outros dois travões implementados em julho de 2018: o limite no rácio entre o montante do financiamento face ao valor do imóvel que serve de garantia (LTV, [loan-to-value, em inglês]) abaixo dos 90% nos novos créditos à habitação destinados à aquisição e um teto máximo de 50% para o rácio entre os encargos com créditos e o rendimento familiar. O Banco de Portugal sinaliza que as instituições estão a cumprir estas regras.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que o Governo apresenta o programa para a legislatura, a inflação vai continuar no topo da agenda e os apoios para responder à subida dos preços da energia começam a chegar ao terreno.

Mais de dois meses depois da vitória nas eleições antecipadas, com maioria absoluta, António Costa entrega o programa do Governo na Assembleia da República. Há também novos números para a inflação, indústria e dívida pública.

Apresentação do programa de Governo

O Programa do XXIII Governo Constitucional, empossado na quarta-feira pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já foi aprovado ontem em reunião do Conselho de Ministros e será entregue hoje na Assembleia da República. O documento, que António Costa já disse que será muito similar ao programa que o PS apresentou nas legislativas de janeiro, será discutido pelos deputados no final da próxima semana.

Dados sobre inflação na Zona Euro

Um dia depois de a estimativa rápida divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística mostrar que a inflação em Portugal acelerou para 5,3% em março, a taxa mais elevada desde 1994, é a vez do Eurostat divulgar a primeira estimativa sobre a subida dos preços no espaço da Zona Euro, relativa igualmente ao mês que acaba de terminar.

Arrancam apoios a táxis e autocarros

É também esta sexta-feira que arranca o apoio do Governo que pode abranger um universo de cerca de 11 mil autocarros e 12 mil táxis. Este novo auxílio pela subida dos preços dos combustíveis é pago de uma só vez e abrange o período de abril a junho. Os transportes públicos rodoviários podem receber 1.890 euros e os táxis 342 euros.

Novos números para a indústria e dívida pública

Enquanto o Instituto Nacional de Estatística (INE) avança com dados sobre a produção industrial, relativos a fevereiro, o Banco de Portugal prepara-se para divulgar dados relevantes relativos à dívida e ao financiamento das administrações públicas, para o mesmo período de referência.

Conferência do Banco de Portugal em Lisboa

O Banco de Portugal organiza esta manhã a conferência “Fortalecer o capital social: o papel dos bancos centrais”, que vai contar com a presença do governador Mário Centeno e também dos homólogos do Banco de Espanha (Pablo Hernández de Cos) e do Banco da Irlanda (Gabriel Makhlouf). A sessão está marcada para o Museu do Dinheiro, em Lisboa, a partir das 9h30.

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