Nas notícias lá fora: criptomoedas, pandemia e greves

  • ECO
  • 1 Julho 2022

Vários aeroportos franceses, incluindo Charles-de-Gaulle e Orly vão ser afetados por novas greves esta sexta-feira e no fim de semana.

O cerco aperta-se às moedas digitais. A União Europeia fechou os detalhes de um acordo provisório que regula a transação de moedas digitais. O objetivo é assegurar um mercado harmonizado, dar segurança jurídica aos emissores criptográficos e garantir condições equitativas para os prestadores de serviços. Também nos Estados Unidos o regulador financeiro processou uma plataforma especulativa sul-africana, bem como o seu gestor, e reclama a devolução de 1,7 mil milhões de dólares depositados em moedas digitais por clientes. Por outro lado, o Banco Mundial aprovou a criação de um fundo para financiar investimentos para fortalecer as capacidades de prevenção, preparação e resposta à pandemia.

NBC News

União Europeia avança com regulamentação sobre transações de moedas digitais

A União Europeia acertou na quinta-feira os pormenores para firmar um acordo provisório que regula a transação de moedas digitais, numa altura em que os preços caíram e se pede um escrutínio mais rigoroso das criptomoedas. Os negociadores concluíram o acordo sobre um pacote de regras abrangente que vai regular a transação de moedas digitais a aplicar aos 27 Estados-membros, conhecidos como Mercados em Ativos Cripto (MiCA). “No Oeste selvagem do mundo das criptomoedas, o MiCA será um definidor de padrões global”, disse o legislador líder da UE na negociação das regras, Stefan Berger, em comunicado. As regras da UE sobre moedas digitais “assegurarão um mercado harmonizado, proporcionarão segurança jurídica aos emissores criptográficos, garantirão condições equitativas para os prestadores de serviços e assegurarão padrões elevados de proteção do consumidor”, acrescentou Berger.

Leia a notícia completa na NBC News (acesso livre, conteúdo em inglês)

US News Money

Regulador financeiro dos EUA reclama 1,7 mil milhões de dólares a fundo de moedas digitais

Uma agência de regulação financeira dos EUA (CFTC, na sigla em Inglês) processou uma plataforma especulativa sul-africana, bem como o seu gestor, e reclama a devolução de 1,7 mil milhões de dólares depositados em moedas digitais por clientes. Colocada em liquidação judicial em julho de 2021, a Mirror Trading International (MTI) garantia aos investidores rendimentos potenciais superiores a 100% por ano, graças a um algoritmo que permitiria efetuar operações no mercado cambial, mas que afinal era imaginário. Segundo a CFTC, a MTI e o seu principal responsável, o sul-africano Cornelius Johannes Steynberg, teriam aceitado mais de 1,7 mil milhões de dólares de depósitos na forma de bitcoins, dos quais uma parte proveniente de alguns 23 mil norte-americanos. Esta trata-se da “maior importante fraude compreendendo moedas digitais alguma vez tratada pela CFTC”, diz o regulador.

Leia a notícia completa no US News Money (acesso livre, conteúdo em inglês)

Franceinfo

Aeroportos franceses afetados por greves esta sexta-feira e no fim de semana

Vários aeroportos franceses, incluindo Charles-de-Gaulle e Orly, perto de Paris, serão afetados por novas greves esta sexta-feira e no fim de semana. As greves, que acontecem num contexto de inflação elevada e de forte retoma do tráfego, na sequência da pandemia de Covid-19, vão obrigar ao cancelamento esta sexta-feira de cerca de 17% dos voos com partida ou chegada ao aeroporto Charles-de-Gaulle (CDG), de acordo com a Autoridade Francesa de Aviação Civil (DGAC). Além disso, esta sexta-feira e durante todo o fim de semana, os trabalhadores das plataformas aeroportuárias parisienses estão a ser chamados por um grupo intersindical para se juntarem a uma greve multissetorial.

Leia a notícia completa na Franceinfo (acesso livre, conteúdo em francês)

France 24

Banco Mundial cria fundo para prevenir e responder a pandemias

O Conselho de Administração do Banco Mundial aprovou a criação de um fundo para financiar investimentos para fortalecer as capacidades de prevenção, preparação e resposta à pandemia (PPR). O foco deve ser em países de baixo e médio rendimento e o objetivo é lançar este fundo no outono. “O devastador custo humano, económico e social da Covid-19 destacou a necessidade urgente de uma ação coordenada para fortalecer os sistemas de saúde e mobilizar recursos adicionais”, defendeu o Banco Mundial em comunicado. “Mais de mil milhões de dólares (cerca de 955 milhões de euros) em compromissos financeiros foram já anunciados” para este fundo, incluindo contribuições dos Estados Unidos, União Europeia, além da Indonésia, Alemanha, Reino Unido, Singapura, Fundação Gates e Wellcome Trust.

Leia a notícia completa na France 24 (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Japan Times

Desemprego sobe em maio e confiança dos empresários piora no Japão

A taxa de desemprego no Japão subiu uma décima em maio para 2,6%, depois de três meses a cair, enquanto a confiança dos empresários nipónicos piorou pelo segundo trimestre consecutivo. No final de maio, o número de desempregados no país era de 1,8 milhões, o que representa um aumento de 40 mil pessoas, ou 2,3%, em relação ao mesmo mês de 2022, de acordo com os dados do Ministério da Administração Interna e Comunicação japonês. Também o banco central do Japão anunciou que a confiança dos empresários na evolução da economia japonesa piorou pelo segundo trimestre consecutivo, devido à guerra na Ucrânia, aos prolongados confinamentos na China e à crescente inflação.

Leia a notícia completa no The Japan Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Embalagens de plástico no takeaway pagam taxa de 30 cêntimos

  • Lusa e ECO
  • 1 Julho 2022

Medida destina-se a fomentar embalagens reutilizáveis na restauração e promover a redução de recipientes de utilização única. Supermercados criticam "forma e conteúdo" da nova contribuição.

As embalagens de plástico de uso único para refeições prontas a consumir estão a partir desta sexta-feira sujeitas a uma taxa de 30 cêntimos, uma medida que tinha sido anunciada para janeiro e adiada devido à pandemia de covid-19.

Segundo a lei, a taxa aplica-se a partir de 1 de julho a embalagens de utilização única de plástico ou multimaterial com plástico, e aplica-se a partir de 01 de janeiro de 2023 nas embalagens de alumínio ou multimaterial com alumínio.

Em causa estão nomeadamente as embalagens para takeaway e as das entregas a domicílio.

A medida destina-se a fomentar a introdução de sistemas de embalagens reutilizáveis na restauração e promover a redução de embalagens de utilização única.

“O fornecimento de refeições em regime de pronto a comer e levar ou com entrega ao domicílio revela uma clara tendência de crescimento tendo como resultado direto o aumento do consumo de embalagens de utilização única, o que torna ainda mais premente a introdução de medidas que permitam dissociar este crescimento do consumo de recursos e da produção de resíduos”, diz a portaria que regulamenta a mudança que agora entra em vigor.

O documento lembra que os estabelecimentos que forneçam refeições prontas a consumir em regime de pronto a comer e levar já são obrigados a aceitar que os seus clientes utilizem os seus próprios recipientes, pelo que há uma alternativa ao pagamento da contribuição.

As receitas da taxa serão dirigidas em metade para o Estado e 40% para o Fundo Ambiental, pode ler-se também na portaria.

O Governo já tinha proibido a partir de novembro do ano passado a colocação no mercado de outros produto de plástico de uso único, como a palhinhas ou cotonetes, talheres e pratos, varas para balões ou copos, transpondo parcialmente uma diretiva europeia.

Na norma que entra hoje em vigor há algumas exceções, uma delas para as embalagens que acondicionem refeições prontas a consumir que não são embaladas no estabelecimento de venda ao consumidor final, “uma vez que o estabelecimento não controla nestes casos o embalamento do produto, não permitindo assim que o consumidor tenha uma alternativa”, justifica-se.

Supermercados criticam “forma e conteúdo” da nova contribuição

Quem não está satisfeita com esta nova contribuição é a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que “sempre se mostrou comprometida com medidas que fomentem a utilização responsável do plástico”, mas considera “incompreensível a forma e o conteúdo da entrada em vigor” desta medida, num comunicado enviado às redações.

“Neste caso estamos perante uma decisão apressada sobre um diploma que não se adequa à realidade, penaliza operadores e consumidores e surge numa altura de enorme pressão sobre a atividade económica e o consumo, com níveis de inflação crescentes e instabilidade devido à situação de conflito na Ucrânia e respetivos impactos na cadeia de fornecimento e logística”, justifica.

A associação liderada por Gonçalo Lobo Xavier fala num diploma que tem “vários problemas de operacionalização, conceito e legitimidade”, atestada pela “dificuldade das entidades oficiais ligadas ao processo em explicar o seu âmbito, a sua fiscalidade e mesmo implementação, em data próxima da entrada em aplicação”. “A APED tudo fez para sensibilizar o Ministério do Ambiente e da Ação Climática para as dificuldades que uma implementação apressada poderia produzir no consumidor. Infelizmente o Ministério não foi sensível ao impacto nos consumidores”, conclui.

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Petróleo a caminho da terceira semana de quedas

Medo de uma recessão continua a pressionar os preços do petróleo. Depois da desvalorização de 3% na véspera, barril volta a cair esta sexta.

Os receios de uma recessão que baixe a procura e o consumo energético continuam a pressionar os preços do petróleo, que voltam a recuar na sessão desta sexta-feira, depois de terem afundado cerca de 3% na véspera.

O brent cede 0,4% para 108,6 dólares por barril em Londres e o crude WTI está em baixa de 0,6% para 105,16 dólares. Ambos os contratos caíram cerca de 3% na quinta.

“A incerteza em relação à política da OPEP em setembro e depois e os receios que subidas agressivas das taxas de juro pela Reserva Federal possam levar a uma recessão nos EUA e baixe a procura estão a penalizar o sentimento”, explica Tsuyoshi Ueno, economista do NLI Research Institute, citado pela agência Reuters.

Petróleo em queda

A OPEP+, que inclui os principais produtores de petróleo mundiais e a Rússia, anunciou esta quinta-feira que vai manter a estratégia de aumento da produção nas próximas duas reuniões, mas evitou desvendar o que se seguirá depois de setembro.

O Presidente americano, Joe Biden, irá fazer uma visita ao Médio Oriente em meados deste mês, incluindo uma visita à Arábia Saudita, com a política energética no topo da agenda perante a subida dos preços que estão a afetar os EUA e outros países. “Todas as atenções estão viradas para a Arábia Saudita ou outro país do Médio Oriente, se vão aumentar a produção a pedido dos EUA”, disse Ueno.

Entretanto, a Noruega prepara-se para uma greve de 74 trabalhadores das plataformas da Equinor Gudrun, Oseberg Sul e Oseberg Este no dia 5 de julho, com impacto em 4% da produção norueguesa.

Os analistas antecipam que o preço do petróleo se mantenha acima dos 100 dólares este ano na Europa e noutras regiões.

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Franceses da Vivalto Santé escolhidos para comprar Grupo Lusíadas

  • ECO
  • 1 Julho 2022

A Vivalto Santé ganhou a corrida e está em negociações para comprar o Grupo Lusíadas. Operação está avaliada em cerca de 200 milhões de euros e está a ser assessorada pelo Bank of America em Madrid.

A Vivalto Santé ganhou a corrida e está em negociações exclusivas para comprar o Grupo Lusíadas. Entre as propostas vinculativas apresentadas, o preço oferecido pelo grupo privado de saúde francês superou largamente as outras propostas, noticia o Jornal Económico (acesso pago).

Além deste grupo francês, estavam também na corrida à compra do Grupo Lusíadas o consórcio composto pela Ageas e Tranquilidade e a Ramsay Générale de Santé. O grupo de saúde português é detido pela norte-americana United Healthcare, que pretende fechar o negócio até 30 de julho.

A operação está avaliada em cerca de 200 milhões de euros e está a ser assessorada pelo Bank of America em Madrid. Em março, tinha sido noticiado que havia seis interessados na Lusíadas, incluindo a Luz Saúde. No início deste ano, o Grupo Lusíadas avançou com uma reorganização das unidades em Lisboa, com a Clínica de Santo António a mudar de designação, para Hospital Lusíadas Amadora, noticiou o ECO na altura.

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“Podia ter tido mais um bocadinho de jogo de cintura”, admite Rui Rio

  • ECO
  • 1 Julho 2022

Rui Rio assume que “podia ter tido mais um bocadinho de jogo de cintura” durante a liderança do PSD, mas apesar de admitir alguns erros, garante, que, nas “grandes questões” não se arrepende de nada.

A poucos dias de abandonar a liderança do PSD, Rui Rio assume ter gostado de ter sido líder dos social-democratas, referindo que este período foi “uma vivência muito intensa”, mas admite que “podia ter tido mais um bocadinho de jogo de cintura”. Em entrevista ao Público (acesso condicionado), reitera que no plano das “grandes questões” não se arrepende de nada.

“Muita gente diz que tenho de ter mais jogo de cintura. Acho que tive algum jogo de cintura, podia ter tido mais um bocadinho aqui e acolá…“, admite o antigo presidente da Câmara do Porto, sublinhando que teve “um jogo de cintura contido de molde a nunca perder a [sua] maneira de ser e as [suas] convicções”.

Passando a “pente fino”, os últimos quase cinco anos, Rui Rio considera que foram anos com “uma vivência muito intensa” e de “coisas positivas e coisas negativas”. Apesar de admitir alguns erros, o social-democrata reitera que no plano das “grandes questões” não se arrepende de nada. “Naquilo que é estratégia, linha de rumo, naquilo que é verdadeiramente relevante, não me arrependo de nada. Não é pelo facto de o resultado das eleições legislativas de janeiro [que deram a maioria ao PS] ter sido mau que vou dizer que mudava tudo para conseguir um resultado melhor”, sublinha. Quanto ao futuro, ainda não sabe o que quer “verdadeiramente” fazer.

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Bolsas abrem em baixa à espera da inflação na Zona Euro

Economistas antecipam subida da taxa de inflação na Zona Euro pra 8,5% em junho. Investidores aguardam pela divulgação deixando mercados à mercê da pressão vendedora.

Os principais índices de ações na Europa abriram a última sessão da semana em baixa, arrastando a bolsa de Lisboa, com os investidores atentos à atualização do valor da taxa de inflação na Zona Euro que será divulgada ainda esta manhã pelo Eurostat.

O PSI abriu a cair 0,52% para 6.013,47 pontos, com praticamente todas as cotadas abaixo da linha de água, sendo que BCP, EDP, EDP Renováveis e Jerónimo Martins – os pesos pesados nacionais – estão entre os piores desempenhos do dia e a pressionar ainda mais a praça portuguesa.

O banco cai 0,91% para 0,1635 euros, as quedas na família EDP situam-se entre 0,6% e 0,8% e a dona do Pingo Doce desliza 0,48% para 20,64 euros.

Lisboa acompanha o mau início dos pares europeus. O Stoxx 600, o índice de referência na Europa, está em queda de 0,8%, as praças de Paris e Madrid recuam entre 0,7% e 0,8% e é a praça de Frankfurt que regista a maior descida nos primeiros minutos: o DAX perde 1,2%.

Os investidores aguardam pelos novos dados da inflação na Zona Euro, na medida em que eles são importantes naquilo que será o rumo da subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE). Depois de ter ficado nos 8,1% em maio, o Eurostat divulga a estimativa rápida para junho. Os economistas apontam para uma aceleração da taxa para os 8,5%.

O BCE já anunciou que vai aumentar as taxas de juro de referência em 25 pontos base na reunião de 21 de julho. Também vai subir na reunião de setembro, mas ainda não se sabe a dimensão da subida, pois dependerá da persistência das tensões inflacionistas, segundo disse esta semana a presidente da instituição, Christine Lagarde, em Sintra. No entanto, a francesa admitiu que o banco central poderá ser mais agressivo, sinalizando uma subida de mais de 25 pontos base, caso a inflação não registe sinais de alívio.

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Segurança Social alvo de 3.300 queixas por ano

  • ECO
  • 1 Julho 2022

Em causa estão atropelos aos direitos dos cidadãos, em casos que vão desde erros do sistema, falta de articulação entre os serviços da própria Segurança Social ou com outros organismos públicos.

A Provedoria da Justiça recebe 3.300 queixas por ano relativamente à Segurança Social, noticia o Expresso (acesso pago). Em causa estão atropelos aos direitos dos cidadãos, em casos que vão desde erros do sistema, falta de articulação entre os serviços da própria Segurança Social ou com outros organismos públicos, representando danos financeiros ou testando a paciência dos cidadãos.

Entre os problemas detetados constam atrasos na prestação social de inclusão, que apoia pessoas com uma deficiência grave, da qual resulte uma incapacidade acima de 60%. Esta prestação só é concedida mediante a apresentação do atestado médico. No entanto, segundo o semanário, as juntas médicas estão atrasadas, pelo que há quem espere mais de dois anos pelo atestado e, consequentemente, pelo apoio. Nos primeiros cinco meses deste ano, a Provedoria da Justiça já recebeu 133 queixas sobre esta matéria.

Outro dos problemas apontados dizem respeito a atrasos na atribuição do abono de família, tendo já sido detetadas 200 queixas. A forma como são geridos os processos de dívida é outro problema, havendo casos de salários e contas penhoradas por dívidas inexistentes. Desde 2019, a Segurança Social já foi alvo de dez mil queixas, mas haverá muitas mais reclamações que não chegaram à Provedoria.

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Hoje nas notícias: Segurança Social, Rio e Lusíadas

  • ECO
  • 1 Julho 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Há 3.300 queixas por ano contra a Segurança Social. A poucos dias de abandonar a liderança do PSD, Rui Rio admite que “podia ter tido mais um bocadinho de jogo de cintura”. No plano empresarial, os franceses da Vivalto Santé ganharam a corrida para comprar grupo Lusíadas. Os distritos do Porto e de Braga são onde se verifica uma maior desigualdade nos preços da água.

Segurança Social alvo 3.300 queixas por ano

A Provedoria da Justiça recebe 3.300 queixas por ano relativamente à Segurança Social. Em causa estão atropelos aos direitos dos cidadãos, em casos que vão desde erros do sistema, falta de articulação entre os serviços da própria Segurança Social ou com outros organismos públicos, representando danos financeiros ou testando a paciência dos cidadãos. Desde 2019, a Segurança Social já foi alvo de dez mil queixas, mas haverá muitas mais reclamações que não chegaram à provedoria.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

“Podia ter tido mais um bocadinho de jogo de cintura”, admite Rui Rio

A poucos dias de abandonar a liderança do PSD, Rui Rio assume ter gostado de ter sido líder dos social-democratas, com “uma vivência muito intensa”, mas admite que “podia ter tido mais um bocadinho de jogo de cintura”. “Tive um jogo de cintura contido de molde a nunca perder a minha maneira de ser e as minhas convicções”, afirma, em entrevista ao Público. Ainda assim, e apesar de admitir alguns erros, Rui Rio reitera que no plano das “grandes questões” não se arrepende de nada.

Leia a entrevista completa no Público (acesso condicionado)

Franceses da Vivalto Santé escolhidos para comprar grupo Lusíadas

A Vivalto Santé ganhou a corrida e está em negociações exclusivas para comprar o Grupo Lusíadas. Entre as propostas vinculativas apresentadas, o preço oferecido pelo grupo privado de saúde francês superou largamente as outras propostas. A operação está avaliada em cerca de 200 milhões de euros e está a ser assessorada pelo Bank of America em Madrid.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Turcos e americanos tornam-se acionistas da antiga Triunfo e evitam falência

O grupo espanhol Cerealto, dono da antiga Triunfo, está à beira da falência, tendo registado prejuízos de 47 milhões de euros em 2021 e com dívidas a credores. Para evitar a insolvência, o fundo de investimento turco Afendis e o norte-americano Davidson Kempner tornaram-se esta semana acionistas maioritários do grupo espanhol. Novos donos vão injetar 130 milhões de euros na empresa, dos quais 80 para saldar as dívidas dos credores e os remanescentes 50 milhões para fornecer liquidez.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Diferença no preço da água penaliza consumidores do Porto e de Bragança

Os distritos do Porto e de Braga são onde se verifica uma maior desigualdade nos preços da água. As conclusões constam no ranking elaborado pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) e indicam que o município de Gondomar é o mais penalizador. Já São Vicente, na Madeira, é onde se verifica mais equidade.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível)

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Publicada em Diário da República revogação do despacho sobre futuro aeroporto de Lisboa

  • Lusa
  • 1 Julho 2022

Despacho, assinado pelo ministro das Infraestruturas, publicado em suplemento com data de quinta-feira, justifica a revogação imediata, referindo que “a solução deve ser negociada com a oposição".

A revogação do despacho de quarta-feira, determinada pelo primeiro-ministro, sobre a solução aeroportuária para a região de Lisboa foi publicada em Diário da República em novo despacho.

O despacho, assinado pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, publicado em suplemento com a data de quinta-feira, justifica a revogação imediata, referindo que “a solução deve ser negociada e consensualizada com a oposição, conforme indicação do senhor primeiro-ministro”.

Indica também que o teor do despacho revogado “é uma matéria de prioridade política e estratégica da maior importância e impõe uma tomada de decisão célere”

O despacho de quarta-feira determinava a “definição de procedimentos relativos ao desenvolvimento da avaliação ambiental estratégica do Plano de Ampliação da Capacidade Aeroportuária da Região de Lisboa”.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, determinou a revogação do despacho, e reafirmou que queria uma negociação e consenso com a oposição sobre esta matéria.

O despacho publicado na quarta-feira, assinado pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, determinava o “estudo da solução que visa a construção do aeroporto do Montijo, enquanto infraestrutura de transição, e do novo aeroporto stand alone no Campo de Tiro de Alcochete, nas suas várias áreas técnicas.”

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Governo renova descontos nos combustíveis por mais dois meses e anuncia medidas de apoio aos setores mais afetados

Executivo congela taxa de carbono por mais dois meses e avança com novas medidas para os setores mais afetados, incluindo transportes de mercadorias e passageiros e setor agrícola.

As medidas de mitigação do aumento dos preços dos combustíveis vão manter-se nos meses de julho e agosto, anunciou esta sexta-feira o Ministério das Finanças, incluindo os descontos por via do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) e o congelamento da taxa de carbono. Além disso, o Executivo anunciou novas medidas para os setores mais afetados.

Assim, o desconto no ISP equivalente a uma descida da taxa do IVA dos 23% para 13% vai manter-se nos meses de julho e agosto. Há quanto à compensação por via de redução de ISP da receita adicional de IVA decorrente de subidas de preços dos combustíveis, “o valor ficará estabilizado nos próximos dois meses”, com o Governo a colocar um ponto final nas atualizações semanais deste imposto.

Por outro lado, a atualização da taxa de carbono vai manter-se suspensa por mais dois meses. Desde o final do ano passado que o Governo não mexe nesta taxa devido ao aumento “extraordinário dos preços dos combustíveis” e de forma a não agravar ainda mais os custos energéticos para as famílias.

De acordo com as Finanças, considerando todas as medidas, a diminuição da carga fiscal será de 28,2 cêntimos por litro de gasóleo e 32,1 cêntimos por litro de gasolina. Este desconto será reavaliado em agosto.

Transportes de passageiros, mercadorias e setor agrícola com novos apoios

Além da renovação dos apoios transversais, o Governo aprovou novas medidas direcionadas para os setores mais afetados pela subida dos preços dos combustíveis:

  • Para o setor dos transportes de passageiros foram aprovados apoios financeiros para os autocarros e táxis, em moldes semelhantes aos concedidos em novembro de 2021 e março de 2022.
  • Para ambos os setores (mercadorias e passageiros) mantém-se a prorrogação por cinco anos da majoração de 120% no IRC dos custos com combustíveis (para os que não beneficiam do gasóleo profissional), e a flexibilização do pagamento das obrigações fiscais (IVA e retenções na fonte de IRS e IRC).
  • Para o setor agrícola é aumentado o desconto do ISP, que passa de 3,4 cêntimos por litro de gasóleo agrícola, para 6 cêntimos por litro, também por um período de dois meses.

(Notícia atualizada às 07h35)

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5 coisas que vão marcar o dia

Eurostat divulga estimativa rápida com inflação da Zona Euro em junho. Termina a segunda conferência dos oceanos com a participação do Presidente da República. Gás sobe e luz desce no regulado.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta sexta-feira dados referentes aos Índices de Preços na Produção Industrial e à despesa na saúde. O dia também vai ficar marcado pela entrada em vigor do aumento de 3,3% do gás natural no mercado regulado, e descida em paralelo de 2,6% da eletricidade nesse mercado.

Gás natural sobe e luz desce no regulado

Entram hoje em vigor as novas tarifas de gás natural e eletricidade no mercado regulado. Em causa está um aumento de 3,3% no preço do gás natural, prevendo-se outro aumento em outubro, segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Em paralelo, o preço da eletricidade desce 2,6%, afetando cerca de 921 mil clientes, que representam 6% do consumo total, assim como os clientes no mercado livre que tenham optado pela tarifa equiparada.

Inflação acelera na Zona Euro?

Também é hoje que o Eurostat publica a estimativa rápida da inflação na Zona Euro referente a junho. O indicador ganhou relevância este ano quando a invasão da Ucrânia pela Rússia agravou alguns dos problemas que tinham sido provocados pela Covid-19, como o estrangulamento das cadeias de abastecimento e a subida dos preços da energia. Na quinta-feira, o INE estimou que a taxa harmonizada em Portugal, a que é usada nas comparações europeias, acelerou para 9%. Os investidores vão estudar atentamente a trajetória do aumento dos preços na região.

INE faz contas à Saúde

O INE lança ainda um conjunto de dados referentes às Contas Satélite da Saúde. Os últimos dados disponíveis sobre a despesa na área da saúde, referentes ao ano de 2020, apontam para um crescimento de 0,4% da despesa total (no público e privado), tendo atingido 10,1% do PIB, o valor mais elevado desde 2009.

Termina a Conferência dos Oceanos

A segunda conferência mundial sobre os oceanos, da Organização das Nações Unidas (ONU), que decorreu ao longo da semana em Lisboa, termina esta sexta-feira. A sessão de encerramento irá ficar a cargo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Como vai a dívida pública?

No Ministério das Finanças, o mantra tem sido o da redução da dívida pública, perante o cenário de aumento das taxas de juro que se avizinha. Esta sexta-feira, o BdP vai atualizar, precisamente, as estatísticas da dívida pública, sendo que em abril deste ano registou-se um aumento de três mil milhões de euros, para 279 mil milhões de euros.

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Inflação que serve de referência para o aumento das rendas em janeiro já vai nos 4%

A atualização automática das rendas é feita com base na inflação registada em agosto. O indicador utilizado no cálculo tem vindo a acelerar e, em junho, está nos 4,1%.

A inflação tem vindo a acelerar e vai ter impacto em vários aspetos da economia, nomeadamente naqueles que utilizam este indicador para a atualização anual. É o caso das rendas, cuja atualização acontece de forma automática com base na inflação registada em agosto. Segundo as estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE) para junho, o indicador utilizado para esta atualização já atingiu 4,1%. Faltam ainda dois meses para se chegar ao valor que vai contar para a fórmula, mas os montantes já estão elevados.

A atualização automática das rendas é feita com base na inflação média dos últimos 12 meses registada em agosto, excluindo a componente da habitação. É com base nesse valor que o INE apura o coeficiente de atualização das rendas, que é depois publicado no Diário da República até 30 de outubro de cada ano.

Nos últimos dados publicados pelo INE, a inflação média sem habitação fixou-se nos 4,13% em junho, uma subida face aos 3,41% registados no mês anterior. O indicador está, assim, a acelerar, sendo ainda incerto qual será a evolução nos próximos dois meses, até se chegar ao valor de agosto.

Certo é que a inflação não tem dado sinais de abrandar e o Governo já se mostra preocupado com aumento automático das rendas por causa da inflação. “O Governo acompanha a preocupação que tem sido manifestada pelas várias associações”, disse ao ECO fonte oficial do gabinete do Ministério das Infraestruturas e Habitação, na semana passada.

Nessa altura, questionado sobre a possibilidade de o Executivo criar uma norma travão, ou algum tipo de medida que impeça que a atualização das rendas no próximo ano dê um salto brutal, a resposta do Ministério das Infraestruturas e Habitação foi: “Neste momento, o assunto ainda está em análise.”

O INE deverá divulgar uma estimativa rápida dos valores da inflação que servem para esta fórmula no final de agosto, confirmando os valores em meados de setembro.

Depois de o valor das rendas ter ficado congelado em 2021, a variação média dos preços (Índice de Preços do Consumidor) nos últimos 12 meses excluindo a habitação ditou que as rendas iriam subir 0,43% em 2022. Apesar disso, importa salientar que o senhorio não é obrigado a atualizar a renda de acordo com a inflação.

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