Inflação em Espanha nos 10,8% em julho, valor mais alto em 38 anos

  • Lusa
  • 29 Julho 2022

Inflação em Espanha acelera para 10,8% em julho, à boleia da subida dos preços dos alimentos, bebidas não alcoólicas e da eletricidade. A inflação subjacente teve uma variação estimada de 6,1%.

A inflação em Espanha foi de 10,8% em julho, o valor mais alto em 38 anos, desde setembro de 1984, segundo uma estimativa do instituto nacional de estatística (INE) espanhol divulgada esta sexta-feira.

Em junho, a inflação em Espanha foi 10,2%, menos seis décimas do que o valor estimado para este mês.

“Esta evolução deve-se, principalmente, à subida dos preços dos alimentos e bebidas não alcoólicas e da eletricidade“, segundo o instituto de estatística espanhol, que sublinha que em julho de 2021 o preço da eletricidade baixou.

Por outro lado, os preços do vestuário e do calçado estão este ano, em julho, a diminuir menos do que em julho de 2021, segundo o instituto.

Sem os preços dos alimentos não elaborados e da energia (inflação subjacente), a variação estimada dos preços é 6,1%, em relação a julho de 2021, o que, “se se confirmar, será a mais alta desde janeiro de 1993”, lê-se num comunicado do INE de Espanha.

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Nas notícias lá fora: espionagem, lucros e semicondutores

  • ECO
  • 29 Julho 2022

A Petrobras teve um lucro recorde de 19 mil milhões de euros. Já os lucros da Apple caíram cerca de 10% no segundo trimestre e a Amazon registou prejuízos de 2.028 milhões de dólares.

A Comissão Europeia encontrou ‘indícios’ de uma infiltração do spyware Pegasus em telemóveis de vários responsáveis. O principal alvo foi o comissário da Justiça, Didier Reynders. A época de resultados continua ao rubro com as petrolíferas a registar lucros recorde: a Petrobrás anunciou um ganho de 19 mil milhões de euros no primeiro semestre. Nos Estados Unidos, o Congresso aprovou uma lei que atribui 52 mil milhões de dólares de subvenções para relançar a produção de semicondutores no país.

Reuters

Comissão Europeia encontrou ‘indícios’ de infiltração do spyware Pegasus em telemóveis de vários responsáveis

A Comissão Europeia encontrou ‘indícios’ de uma infiltração do spyware Pegasus em telemóveis de vários responsáveis, tendo como alvo, em particular, o comissário da Justiça, Didier Reynders. Numa carta com a data de segunda-feira, Reynders disse à deputada europeia Sophie in’t Veld, que recebeu em novembro do ano passado um alerta da Apple de que o seu telemóvel poderia ter sido alvo de um possível ataque pelo software Pegasus, desenvolvido pela israelita NSO Group. Outros membros da comissão receberam notificações semelhantes. Os alertas desencadearam uma investigação que não “confirmou que o Pegasus tenha conseguido infetar os aparelhos, pessoais ou profissionais, do comissário” para a Justiça ou de outro qualquer funcionário.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Valor Econômico

Petrobras anuncia lucro recorde de 19 mil milhões no primeiro semestre

A Petrobras, a maior empresa petrolífera brasileira, obteve um lucro líquido de 98,89 mil milhões de reais (cerca de 19 mil milhões de euros) no primeiro semestre deste ano, o valor mais alto da sua história. Este recorde da empresa estatal brasileira tem como causa o aumento dos preços do petróleo bruto. De acordo com a declaração enviada ao mercado, o lucro do gigante brasileiro nos primeiros seis meses deste ano foi 124,6% superior ao do mesmo período de 2021. Horas antes da apresentação dos resultados, a Petrobras tinha anunciado uma distribuição de dividendos recorde, numa altura em que o Governo de Jair Bolsonaro pressiona para que as empresas estatais reforcem os cofres públicos.

Leia a notícia completa no Valor Econômico (acesso condicionado)

CNBC

Lucros da Apple caem 10% no segundo trimestre

Os lucros da Apple caíram cerca de 10% no segundo trimestre do ano para 19.442 milhões de dólares (19.071 milhões de euros), apesar de uma crise no fabrico e das pressões da inflação. As receitas cresceram 2% para 82.959 milhões de dólares, contra 81.434 milhões de dólares no segundo trimestre de 2021, resultados que ficaram acima das previsões dos analistas. A gigante tecnológica já tinha alertado que as receitas seriam perturbadas por problemas na cadeia de abastecimento – agravadas pelos confinamentos na China. Os lucros garantem 1,20 dólares por ação. Os ganhos da Apple foram impulsionados pelas vendas do iPhone, que registaram uma subida homóloga de 3%.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Guardian

Amazon com prejuízo de 1,98 mil milhões no segundo trimestre

A Amazon registou prejuízos de 2.028 milhões de dólares (1.989 milhões de euros) no segundo trimestre do ano, após perdas de 3.900 milhões de dólares num investimento na fabricante de automóveis elétricos Rivian. Entre abril e junho, a gigante do comércio a retalho online teve receitas de 121.234 milhões de dólares, tendo subido 7% em termos homólogos. “Apesar de a inflação aumentar os custos de combustível, energia e transporte, estamos a fazer progressos em custos mais controláveis (…), incluindo na melhoria da produtividade da nossa rede de centros de triagem e logística”, referiu o presidente da empresa, Andy Jassy. O seu produto de ‘cloud’, o AWS, gerou receitas 19.739 milhões de dólares, num resultado que excedeu as expectativas dos analistas.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

Bloomberg

EUA aprovam apoios para produção de semicondutores

O Congresso dos EUA aprovou uma lei que atribui 52 mil milhões de dólares de subvenções para relançar a produção de semicondutores no país e dezenas de milhares de milhões suplementares para investigação e desenvolvimento. O texto, que já tinha aprovado na véspera pelo Senado, recolheu 243 votos favoráveis, entre os quais 24 republicanos, e 187 contrários. A lei tem agora de ser ratificada pelo presidente Joe Biden, para quem representa uma vitória importante e uma boa notícia no período pré-eleitoral que se vive. Ela “vai diminuir os custos da vida quotidiana, cria empregos industriais bem pagos no país e reforçar o lugar de líder dos EUA na indústria do futuro”, comentou Biden, em comunicado divulgado a seguir à votação.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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CaixaBank com lucros de 1.573 milhões de euros no primeiro semestre

  • Lusa
  • 29 Julho 2022

No primeiro semestre deste ano, o banco espanhol CaixaBank teve lucros de 1.573 milhões de euros, o que representa uma queda de 62,4% face ao registado em igual período de 2021.

O banco espanhol CaixaBank teve lucros de 1.573 milhões de euros no primeiro semestre, menos 62,4% do que no mesmo período do ano passado, quando os resultados tiveram o impacto extraordinário da fusão com o Bankia.

Comparando parâmetros homogéneos, os lucros no primeiro semestre cresceram 17,1% e se forem excluídos os efeitos da fusão com o Bankia, os ganhos aumentaram 23,1% entre janeiro e junho, em relação aos mesmos meses de 2021, segundo um comunicado divulgado esta sexta-feira pelo CaixaBank, o dono do BPI em Portugal.

O presidente executivo (CEO) do grupo CaixaBank, Gonzalo Cortazar, considerou esta sexta-feira “muito positivo” o resultado do banco no primeiro semestre e destacou “o forte crescimento da atividade comercial”.

Num vídeo enviado aos jornalistas, Gonzalo Cortazar realçou o aumento da concessão de crédito nos primeiros seis meses do ano, com aumentos de 58% de novos empréstimos para habitação e de 57% no crédito a empresas. A concessão de crédito ao consumo aumentou também 21%.

O CEO do CaixaBank sublinhou que o rácio de crédito malparado baixou para 3,2% no primeiro semestre e que este é o valor mais baixo desde final de 2008.

Gonzalo Cortazar referiu também que os ativos dos clientes aumentaram 20.000 milhões de euros neste período, apesar da “volatilidade dos mercados”.

Segundo os dados divulgados esta sexta-feira pela instituição, os ativos globais dos clientes ascendiam a 624.087 milhões de euros no final de junho, mais 0,7% do que há um ano, e os ativos sob gestão eram 145.324 milhões, menos 8%, “devido ao comportamento desfavorável dos mercados”.

No mesmo comunicado, o CaixaBank atribui também a melhoria dos resultados comparáveis no primeiro semestre à diminuição em 5,6% dos gastos correntes por causa das sinergias geradas com a fusão com o Bankia e à redução em 16,8% das dotações para insolvências.

O grupo diminuiu em 7,5% as despesas com pessoal com a saída voluntária de mais de 6.400 trabalhadores da instituição em Espanha.

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Oligarca russo suspeito de crime organizado aguarda nacionalidade portuguesa

  • ECO
  • 29 Julho 2022

Gavril Yushvaev tem uma fortuna avaliada em 1,7 mil milhões, registo criminal e é suspeito de ligações ao crime organizado. Foi certificado como judeu sefardita e espera nacionalidade portuguesa.

Há mais um oligarca russo a aguardar o pedido de nacionalidade portuguesa. Trata-se de Gavril Yushvaev, um empresário e filantropo russo, com uma fortuna avaliada em 1,7 mil milhões de euros e que tem registo criminal e é suspeito de ligações a organizações criminosas, avança o Público (acesso condicionado).

Nascido em 1957, em Makhachkala, capital da República Russa do Daguestão, Gavril Yushvaev tem uma fortuna avaliada pela Forbes em 1,7 mil milhões de euros e tem vários negócios, desde os laticínios ao imobiliário, passado pelo petróleo, gás natural, agricultura e alta tecnologia. Na década de 80, foi condenado por roubo e esteve nove anos num campo de prisioneiros, segundo o mesmo jornal.

Além disso, em 2013 foi sinalizado pelas autoridades espanholas como estando ligado a organizações criminosas da Europa de Leste, por suspeitas de branqueamento de capitais. Este é o quinto oligarca russo a ser certificado pela Comunidade Israelita do Porto (CIP) como descendente de judeus sefardita, à semelhança de Roman Abramovich, Andrei Rappoport (ambos já naturalizados), Lev Leviev e God Nisanov (que aguardam o pedido).

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Lesados do BES receiam perder direitos com fim de comissões

  • ECO
  • 29 Julho 2022

Lesados do BES e do Banif podem deixar de pagar comissões bancárias pelas ações e obrigações falidas. Embora vários bancos isentem os clientes das comissões, situação gerou queixas à CMVM.

A partir desta sexta-feira, os lesados do Banco Espírito Santo (BES) e do Banif – Banco Internacional do Funchal vão poder deixar de pagar comissões bancárias pelas ações e obrigações falidas, avança esta sexta-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).

Esta alteração era já há muito solicitada pelos investidores, contudo os lesados do BES receiam que possam vir a perder direitos em caso de um futuro acordo com o Executivo. A mudança foi introduzida com o novo Código de Valores Mobiliários, e em causa estão ações e obrigações emitidas pelo BES, mas sem valor desde a resolução do banco em agosto de 2014.

Os títulos em questão continuaram a existir tendo sido guardados junto de instituições financeiras, e embora os bancos possam, na prática, cobrar comissões por estes ativos, vários isentaram os clientes. No entanto, a situação gerou várias queixas junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Agora, passa a ser possível transferir as ações e obrigações para o BES “mau”, a comissão liquidatária do banco.

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Lisboa no verde à boleia da Sonae e grupo EDP

Lisboa arranca a sessão em terreno positivo, acompanhando a tendência europeia. Sonae e grupo EDP puxam por Lisboa, mas Altri trava ganhos mais expressivos, após apresentar resultados.

A bolsa de Lisboa arranca a última sessão da semana com o “pé direito”, impulsionada pelos ganhos da Sonae e do grupo EDP. No entanto, a Altri está a travar ganhos mais expressivos, ao recuar mais de 5%, após apresentar resultados.

Pela Europa, o Stoxx 600 avança 0,4%, enquanto o francês CAC-40 soma 1,1%, o espanhol IBEX-35 valoriza 0,8%, o o alemão DAX sobe 0,6% e o britânico FSTE 100 avança 0,2%. Lisboa acompanha o sentimento positivo vivido no “Velho Continente”, com o PSI a subir 0,45% para 6.188,52 pontos, impulsionada pelos ganhos da Sonae e grupo EDP.

As ações da empresa dona do Continente avançam 1,84% para 1.16 euros, tendo chegado a subir mais de 2% no arranque da sessão e um dia depois de a Sonae ter comunicado ao mercado que registou lucros de 118 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, isto é, um aumento de 89% face aos 62 milhões reportados no mesmo período de 2021, que tinha sido afetado pela pandemia.

Pelo grupo EDP, a subsidiária EDP Renováveis soma 2,22% para 25,77 euros, no dia em que anunciou que comprou 70% da Kronos Solar Projects GmbH, uma empresa de desenvolvimento solar, por 250 milhões de euros. Já a “casa-mãe” valoriza 1,84% para 5,014 euros. Na quinta-feira, a elétrica portuguesa reportou lucros de de 306 milhões no primeiro semestre de 2022, um valor 11% inferior ao registado em igual período do ano passado.

Ainda pelo setor energético, a GreenVolt valoriza 1,01% para 8,99 euros, ao passo a REN se mantém inalterada a cotar nos 2,77 euros por ação, após ter visto os lucros aumentaram 16% no primeiro semestre, para quase 46 milhões de euros.

Em contraciclo e a evitar ganhos mais expressivos do índice de referência nacional está a Altri. As ações da papeleira recuam 5,10% para 6,135 euros, depois de na quinta-feira ter anunciado lucros de quase 70 milhões de euros até junho, uma subida de 56,9% face ao mesmo período do ano passado.

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Brent sobe 2% para os 104 dólares por barril

Desempenho acontece numa altura em que as atenções se centram na próxima reunião da OPEP e dos seus aliados, onde os produtores deverão discutir as quotas de produção para o mês de setembro.

Após quatro dias consecutivos a subir, a cotação do Brent voltam a subir ligeiramente para os 104 dólares. Este desempenho acontece numa altura em que as atenções se voltam para a próxima reunião da OPEP+ e aumentam os receios relativos a uma recessão.

Pelas 20h15 de Lisboa, o brent, que serve de referência às importações nacionais, sobe 2,04% para 103,91 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 2,25% para 98,59 dólares.

Este desempenho acontece numa altura em que as atenções se centram na próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dos seus aliados liderados pela Rússia, marcada para a próxima semana, e onde os produtores de “ouro negro” deverão discutir as quotas de produção para o mês de setembro e possivelmente para o resto do ano de 2022.

Fontes consultadas pela Reuters apontam que os produtores deverão manter a produção de petróleo inalterada em setembro, contudo outras duas fontes admitiram que um aumento modesto poderá ser discutido.

Além disso, os receios relativos a uma recessão estão também a limitar os ganhos. No segundo trimestre deste ano, o PIB dos EUA encolheu 0,9% a um ritmo anualizado, isto é, o segundo trimestre consecutivo de contração económica (ajustando os dados à inflação, a queda foi de 0,2%) e o que coloca a maior economia mundial em recessão técnica.

(Notícia atualizada às 20h15 com novas cotações)

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Construção do novo aeroporto de Lisboa deverá demorar, pelo menos, um ano a arrancar

  • ECO
  • 29 Julho 2022

Construção do novo aeroporto vai levar, pelo menos, mais um ano a arrancar devido à necessidade de nova Avaliação Ambiental. Em caso de realização de concurso público poderá levar mais tempo.

A construção do novo aeroporto na região de Lisboa vai demorar, pelo menos, um ano a arrancar, mesmo se a localização escolhida for no Montijo, avança esta sexta-feira o Expresso (acesso pago).

O atraso é justificado pela exigência de haver uma nova Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) para avaliar os projetos do ponto de vista ambiental, económico e social, tal como pedido pelo líder do PSD. Sem a AAE, a construção do novo aeroporto arrisca sair mais cara com novos processos em tribunal, como ficou evidenciado com uma ação posta em marcha pela associação ambientalista Zero, que foi entretanto recusada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto com base numa AAE que estaria em curso.

A nova avaliação estratégica levará, pelo menos, um ano se for realizada pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), pois sendo um organismo do Estado, não é necessário abrir um concurso público para escolher a entidade. A solução poderá ser a escolhida, já que Governo e PSD veem a empresa pública espanhola encarregue da AAE anterior como uma potencial interessada no negócio, o que seria incompatível com uma decisão justa.

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1.º Direito com acordos para dar casa a mais de 52 mil famílias

Já há 185 autarquias com soluções habitacionais em curso para 52.436 famílias a viver em situações indignas de habitação. Já foram entregues mais de mil casas.

O programa 1.º Direito, que visa acordos entre o Estado e as autarquias para dar casa a quem mais precisa, chegou a mais de metade dos municípios no país. Já são 185 câmaras municipais com soluções em curso para mais de 52 mil famílias.

A iniciativa nasceu no verão de 2018 com o objetivo de “dar resposta às famílias que vivem em situação de grave carência habitacional”. A ideia passa pela assinatura de acordos entre o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e os vários municípios do país para a disponibilização de habitação às famílias mais carenciadas. Nestes quatro anos, mais de metade dos municípios nacionais já têm acordos celebrados.

São neste momento 185 autarquias com soluções habitacionais em curso para 52.436 famílias a viver em situações indignas de habitação, de acordo com os dados adiantados ao ECO pelo Ministério da Habitação.

Numa análise mais fina, a Área Metropolitana de Lisboa é a região do país que concentra o maior número de acordos, num total de 20.672 (39% do total nacional). Seguem-se o Norte com 16.981 acordos (32%), o Alentejo (5.330), o Centro (4.191), o Algarve (3.798) e por fim as ilhas com 1.464 acordos.

Uma vez celebrados os acordos entre o Estado e as autarquias, segue-se a contratualização dos mesmos com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). É este instituto que vai identificar os imóveis (dos quais é proprietário) que podem ser canalizados para o 1.º Direito. E de todos os acordos já celebrados, já estão contratualizadas com o IHRU cerca de 3.000 habitações, das quais cerca de um terço com obra concluída.

Estão ainda em fase de contratualização com o IHRU cerca de 1.500 novas soluções habitacionais, diz o ministério liderado por Pedro Nuno Santos ao ECO.

Até ao momento, através do 1.º Direito, já estão concluídas 1.070 casas, a maioria na Área Metropolitana de Lisboa (772 habitações) e no Norte (261).

Através do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), 26.000 destas habitações serão financiadas a 100% a fundo perdido. As remanescentes serão financiadas com partilha de encargos entre o IHRU e o município, como definido nos respetivos acordos de colaboração.

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Hoje nas notícias: Aeroporto, BES e oligarcas

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Construção de novo aeroporto de Lisboa irá demorar, pelo menos, um ano a arrancar mesmo com a localização escolhida. Lesados do Banco Espírito Santo (BES) e do Banif deixam de pagar comissões bancárias pelas ações e obrigações falidas, mas lesados do BES receiam perder direitos. Oligarca russo com registo criminal e suspeito de ligações a organizações criminosas aguarda pedido de nacionalidade portuguesa. Estas são algumas das notícias que se destacam nos jornais desta sexta-feira.

Novo aeroporto de Lisboa deverá demorar, pelo menos, um ano a arrancar

A construção do novo aeroporto na região de Lisboa vai demorar, pelo menos, um ano a arrancar, mesmo se a localização escolhida for o Montijo, avança o Expresso. O atraso é justificado pela exigência de haver uma nova Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) para avaliar os projetos do ponto de vista ambiental, económico e social, tal como pedido pelo líder do PSD.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Lesados do BES receiam perder direitos com fim de comissões

A partir desta sexta-feira, os lesados do Banco Espírito Santo (BES) e do Banif – Banco Internacional do Funchal vão poder deixar de pagar comissões bancárias pelas ações e obrigações falidas. Esta alteração era já há muito solicitada pelos investidores, contudo os lesados do BES receiam que possam vir a perder direitos em caso de um futuro acordo com o Executivo.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Oligarca russo suspeito de crime organizado aguarda nacionalidade portuguesa

Há mais um oligarca russo a aguardar o pedido de nacionalidade portuguesa. Trata-se de Gavril Yushvaev, um empresário e filantropo russo, com registo criminal e suspeito de ligações a organizações criminosas. Este é o quinto oligarca russo a ser certificado pela Comunidade Israelita do Porto (CIP) como descendente de judeus sefardita, à semelhança de Roman Abramovich, Andrei Rappoport (ambos já naturalizados), Lev Leviev e God Nisanov (que aguardam o pedido).

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Empresas públicas com maior flexibilidade nas contratações

Os serviços da Administração Pública vão ter mais autonomia para aprovar despesas sem autorização das Finanças, bem como a possibilidade para substituírem autonomamente funcionários, segundo as mudanças introduzidas pelo Ministério das Finanças com o novo Decreto-Lei de Execução Orçamental. As alterações foram aprovadas esta quinta-feira em Conselho de Ministros, entrando em vigor nos próximos dias. Um trabalhador com vários anos de carreira, que esteja de saída pode agora ser substituído por alguém com um salário mais baixo de início de carreira.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Empresa portuguesa associada a esquema de pirâmide recebeu fundos europeus

A portuguesa Sabores Púrpura arrecadou mais de 90 mil euros em fundos europeus ao abrigo do Portugal 2020 — entre abril de 2021 e março de 2022 – enquanto manteve uma parceria de fornecimento com a Juicy Fields; uma plataforma de investimento em canábis associada a um esquema de pirâmide, do qual saíram milhares de investidores portugueses lesados. A atribuição de fundos do Portugal 2020 teve como objetivo a aquisição de equipamentos para a expansão das soluções farmacêuticas da Sabores Púrpura, no Algarve, pode ler-se. A parceria entre a Sabores Púrpura e a Juicy Fields já possuía um certificado de parceria a 1 de julho de 2020, segundo documentos assinados por ambos os CEO.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

 

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EDP Renováveis compra 70% da Kronos Solar e entra na Alemanha e Países Baixos

EDPR compra 70% da Kronos por 250 milhões de euros, que será pago à data da conclusão da transação e uma taxa de sucesso adicional a pagar durante 2023-28 dependente da capacidade solar entregue.

A EDP Renováveis comprou 70% da Kronos Solar Projects GmbH, uma empresa de desenvolvimento solar, por 250 milhões de euros. Com esta aquisição a empresa liderada por Miguel Stilwell consegue entrar na Alemanha e nos Países Baixos.

“A EDPR adquire 70% da Kronos por um preço de aquisição de 250 milhões de euros, que será pago à data da conclusão da transação, e uma taxa de sucesso adicional a ser paga durante 2023-28 que estará dependente da capacidade solar entregue pela Kronos no mesmo período”, esclarece a empresa em comunicado enviado ao mercado. “A transação também inclui uma call/put option nos outros 30% de participação minoritária, exercível de 2028 em diante, com o preço da opção a ser definido pelo estado dos projetos renováveis em desenvolvimento da Kronos à data”, acrescenta a mesma nota.

Estes 30% ainda detidos pelos fundadores da empresa que vão continuar “envolvidos na gestão diária do negócio”.

A Kronos tem um portfólio de 9,4 GW (7,5 GWac) de projetos solares em diferentes fases de desenvolvimento e localizados na Alemanha (4,5 GW), França (2,7 GW), Países Baixos (1,2 GW) e Reino Unido (0,9 GW). Dos 9,4 GW de pipeline de projetos em desenvolvimento, 0,2 GW estão prontos a construir, detalha o comunicado na CMVM.

A empresa liderada por Miguel Stilwell explica esta operação com a possibilidade de entrar no mercado alemão e holandês que “beneficiam de objetivos renováveis ambiciosos, dado o aumento da importância dada à segurança da entrega de energia e da sua independência”. Além disso, “a Alemanha, mercado doméstico da Kronos, representa cerca de 50% do portfólio de desenvolvimento solar adquirido e o seu Governo anunciou recentemente o “Easter Package” que se destaca pelos seus objetivos ambiciosos de capacidade renovável, com o objetivo de ter 360 GW de capacidade renovável instalada até 2030”. Para cumprir esta meta, a Alemanha pretende instalar 155 GW de capacidade solar, cerca de 40% das adições de capacidade solar na UE, oq ue a transformará num dos maiores mercados de capacidade solar no mundo e num dos mercados com o crescimento mais acelerado.

Ao assumir o controlo desta empresa alemã, a EDPR passa a estar presente em 12 mercados europeus, que representam mais de 90% das adições de capacidade solar esperadas na UE até 2030. Além disso, a “entrada nestes novos mercados cria oportunidades de expandir não só
em solar como também noutras tecnologias, nomeadamente em eólico através de hibridização e novo pipeline eólico, e também em hidrogénio e baterias”, explica a empresa no mesmo comunicado.

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Decacórnio de entregas de mercearia Getir faz “ajustes” em Portugal

"Ajustes" terão passado pelo foco em menos lojas e a não renovação de "alguns contratos a termo". Fontes ouvidas pela Pessoas apontam fecho de cinco lojas e redução de cerca de 40 pessoas.

A Getir está a focar o “atendimento em menos lojas” e a fazer “ajustes” no seu número de colaboradores em Portugal, confirmou fonte oficial da empresa de entregas de mercearia à Pessoas. Em Espanha, a decacórnio turca está a reduzir estrutura: terá fechado até 20 lojas e reduzido em cerca de 20% o seu número de colaboradores.

Em Portugal a empresa admite estar a fazer “ajustes”. “A Getir opera em Lisboa com quase 200 colaboradores e mantém-se totalmente empenhada na sua atividade em Portugal e no serviço oferecido”, começa por dizer fonte oficial da empresa de entregas à Pessoas.

“Devido à época de verão e à mudança de hábitos das pessoas nesta altura, a empresa tem focado o seu atendimento em menos lojas, continuando a prestar serviço em quase todas as áreas onde anteriormente já operava. Esta decisão implicou alguns ajustes devido às necessidades do negócio e alguns contratos a termo não foram renovados”, refere ainda.

A companhia não adiantou quantos trabalhadores foram impactados pelo foco no “atendimento em menos lojas”, nem comentou os números apurados pela Pessoas junto a fontes do mercado que dão conta que as medidas terão impactado cinco da dezena de lojas que a Getir tem em Portugal, afetando a área de operações: dark stores (gerentes e pickers) e estafetas, ou seja, entre 20-30% dos colaboradores, cerca de 40 pessoas.

Devido à época de verão e à mudança de hábitos das pessoas nesta altura, a empresa tem focado o seu atendimento em menos lojas, continuando a prestar serviço em quase todas as áreas onde anteriormente já operava. Esta decisão implicou alguns ajustes devido às necessidades do negócio e alguns contratos a termo não foram renovados.

Fonte oficial Getir

Em Espanha, a empresa de entregas ultra-rápidas terá dispensado cerca de 20% das pessoas só nas lojas – cerca de 50 pessoas – e encerrado 20 dark stores, metade dos quais em Madrid, avançou a Business Insider España. (conteúdo aberto em espanhol) De acordo com a publicação, a empresa terá enviado uma mensagem aos colaboradores referindo que as lojas terão entrada numa fase de “hibernação” com reabertura prevista para depois do verão.

No final de maio, a Getir anunciou um corte de 14% da força de trabalho a nível global, devido ao “aumento da inflação e a deterioração das perspetivas macroeconómicas em todo o mundo”, afetando cerca de 4.500 colaboradores.

Mas no início de maio, em Portugal a empresa anunciava o reforço da sua “cobertura na área metropolitana de Lisboa, com a chegada a Odivelas e ainda com a abertura de duas novas lojas em Campo de Ourique e no Bairro Madre Deus”, elevando para dez o número de lojas e mais de 200 o número de colaboradores, depois de em março ter concluído com sucesso uma ronda de investimento série E de 768 milhões de dólares, elevando para 11,8 mil milhões de dólares a sua avaliação.

“Com este último investimento, a Getir torna-se o primeiro decacórnio de entrega de compras da Europa, tendo arrecadado até ao momento 2 mil milhões de dólares”, destacou na altura em comunicado enviado às redações.

Fundada em 2015 em Istambul, por Nazim Salur, a Getir entrou em Portugal em outubro do ano passado, depois do Reino Unido (janeiro de 2021), Holanda (maio de 2021), Alemanha e França (junho de 2021) e Espanha e Itália (setembro 2021), tendo-se seguido os EUA. Em maio, estava em 50 cidades em três continentes.

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