Fórum para a Competitividade vê PIB a crescer até 4,5% em 2022

O Fórum para a Competitividade prevê que o Governo vá falhar a meta de 2021 por algumas décimas e que em 2022 Portugal não irá crescer tanto quanto previa no Orçamento que foi chumbado.

Assumindo que adota uma “perspetiva mais prudente” do que outras instituições, o Fórum para a Competitividade atualizou esta quinta-feira as suas projeções económicas para Portugal, colocando o PIB a crescer entre 4,3% e 4,7% em 2021 e entre 2,5% e 4,5% em 2022. Ambos os números ficam abaixo da expectativa do atual Governo e significariam uma desaceleração do crescimento económico em 2022, enquanto a maioria das instituições prevê uma aceleração.

Várias fontes disponíveis consideram que a economia deve acelerar em 2022, podendo crescer acima de 5%, mas esta previsão deve ser lida com cautela, porque está relacionada com o atraso da recuperação portuguesa; porque há vários sinais de preocupação para este ano, em particular a persistência da inflação“, explica o diretor do Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade, Pedro Braz Teixeira, no relatório das Perspetivas Empresariais relativas ao quarto trimestre de 2021 divulgado esta quinta-feira.

Perante este enquadramento, na ótica do Fórum, é preferível adotar “uma perspetiva mais prudente, estimando que o PIB de 2022 possa crescer entre 2,5% e 4,5%, em linha com 2021 ou, se os cenários menos favoráveis se concretizarem, abaixo do registado no ano transato”. Para 2021 prevê um crescimento de 4,3% a 4,7%, semelhante à previsão da Católica, mas abaixo dos 4,8% previstos pelo Governo. O número oficial será divulgado a 31 de janeiro pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Sobre o quarto trimestre de 2021, o Fórum escreve que “as restrições então decididas conduziram a um abrandamento da atividade em Portugal, não permitindo recuperar aquele atraso”, mas não adianta previsões para esse período. A Católica prevê um crescimento de 0,4% em cadeia e de 4,4% em termos homólogos no quarto trimestre de 2021.

Para 2022 a dúvida está relacionada com o contexto internacional. “A escalada nos preços da energia continua muito forte, bem como as dificuldades no abastecimento de componentes à indústria, com um forte impacto sobre a inflação“, exemplifica Pedro Braz Teixeira, acrescentando que os bancos centrais deixaram de “encarar a subida de preços de forma despreocupada”, o que levou a uma revisão em alta das expectativas de subidas dos juros. “No caso do BCE, ainda não se antecipam subidas da taxa de referência, mas isto pode mudar ao longo de 2022“, alerta.

Taxa de inflação em Portugal pode chegar aos 4% em 2022, segundo o Fórum

Após uma taxa de inflação de 1,3% no conjunto de 2021, o Fórum para a Competitividade antevê uma “aceleração limitada da inflação em 2022, para entre 2% e 4%”, bem acima das previsões das restantes instituições. A Católica prevê 2%, o Banco de Portugal 1,8% e a OCDE 1,7%, apenas para citar as instituições que atualizaram recentemente os números.

Ainda assim, o Fórum admite que os preços vão desacelerar no médio prazo: “Até meados de 2022, é provável a persistência de tensões inflacionistas significativas, mas que deverão abrandar posteriormente“.

Na zona euro, têm sido os problemas dos preços da energia a dominar a aceleração do índice geral de preços, mas nos EUA tem havido também um forte impacto dos bloqueios nas cadeias de abastecimento“, explica ainda Pedro Braz Teixeira, recordando que até há pouco tempo o que preocupava os bancos centrais era o risco de deflação (queda dos preços), inclusive por causa do impacto da pandemia (que provocou uma redução do consumo sem precedentes).

Em relação ao mercado de trabalho, a previsão do Fórum é que a taxa de desemprego caia para entre 6% a 6,5% em 2022, uma vez que Portugal está próximo do “limite inferior da estimativa da taxa natural de desemprego (entre 6% e 7%)”, o que “torna previsível um claro abrandamento do desemprego, ainda que o PIB cresça de forma expressiva”.

A falta de mão-de-obra decorre de três conjuntos de problemas: conjunturais, da pandemia e estruturais“, identifica o Fórum, propondo soluções como o aumento da imigração, a proteção dos trabalhadores contra a Covid-19, a passagem da formação do IEFP para as empresas, garantir que os desempregados não perdem rendimento por aceitar um emprego e reduzir “a duração do subsídio de desemprego quando a taxa de desemprego é baixa”.

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Calçado desportivo vai crescer 50% na próxima década

A procura por ténis irá aumentar até 2030 devido à popularização da prática de desportiva e à democratização do seu uso em ambientes mais formais.

O calçado desportivo tem vindo a ganhar adeptos e a tendência é de crescimento. Em 2020, a indústria dos ténis foi avaliada em 109 mil milhões de dólares (96 mil milhões de euros). Em 2030, prevê-se que alcance os 165 mil milhões de dólares (146 mil milhões de euros), um aumento de 50,4%, de acordo com o relatório Athletic Footwear Market, elaborado pela Allied Market Research.

A procura por sneakers aumentará até 2030 devido à popularização da prática de desportiva e à democratização do seu uso em ambientes mais formais, explica a Allied Market Research. É o calçado de corrida que terá maior crescimento quando comparado com outro tipo de sneakers, noticia a Apiccaps.

O crescimento pode, no entanto, ser menor do que o previsto, devido ao aumento do custo das matérias-primas e dos transportes que está a afetar a economia e os vários setores de atividade a uma escala global.

O segmento homem domina o mercado do calçado desportivo e é esperado que a tendência se mantenha na próxima década. Dos white sneakers aos black sneakers, um artigo recente da GQ Inglesa dá conta que o universo dos ténis é cada vez mais “vasto, abrangente e repleto de aparições inesperadas”.

Além disso, começam a surgir vários modelos mais desportivos que tem atraído a atenção dos clientes, como os walking shoes e os running shoes, que além de serem utilizados na prática desportiva são usados no dia-a-dia.

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Resultados empresariais animam Wall Street, apesar da subida do desemprego

As principais bolsas norte-americanas abriram a sessão desta quinta-feira em alta, com os investidores a contrabalançarem os resultados empresariais com a subida dos pedidos de desemprego.

Os principais índices norte-americanos abriram a penúltima sessão da semana com o “pé direito”, com os investidores a contrabalançarem os resultados apresentados por algumas empresas e o aumento dos pedidos de desemprego.

O S&P 500 ganha 0,39% para 4.550,39 pontos, enquanto o industrial Dow Jones sobe 0,25% para 35.117,35 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq valoriza 0,87% para 14.465,53 pontos, isto depois de na sessão anterior ter recuado 1,1%, o que significa que ficou a 10,7% do máximo histórico alcançado em novembro do ano passado, pelo que o índice esteve em correção técnica.

Nesta sessão, os investidores estão a digerir os dados relativos ao mercado laboral, que têm vindo a aumentar na sequência do aumento de casos de infeção por Covid-19, que prejudica a atividade laboral. Na semana terminada a 15 de janeiro, houve um aumento de 55 mil pedidos de desemprego, com o valor atual a situar-se nos 286 mil pedidos, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho dos EUA. Este balanço supera as expectativas dos analistas consultados pela Reuters, que apontavam para 220 mil inscrições.

Em foco estão ainda os resultados apresentados por algumas empresas, nomeadamente da American Airlines, que registou perdas de 931 milhões de euros no quarto trimestre de 2021, dado que o surgimento da variante Ómicron veio atrasar a recuperação do setor da aviação. Neste contexto as ações da empresa cedem 0,72% para 17,19 dólares.

Já a seguradora norte-americana Travelers fechou o último trimestre de 2021 com receitas de 1.29 mil milhões de dólares, o que representa um aumento de 2% face às registadas no período homólogo. Nesta sessão, a empresa valoriza 3,48%. Nota positiva ainda para a Alcoa cujas ações somam 4,74% para 62,34 dólares, após apresentação de resultados.

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BCE antevê cenário de “inflação elevada durante mais tempo”

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2022

Os economistas do BCE preveem que a inflação na zona euro esteja próxima dos 2% em 2023 e em 2024 e que possa facilmente ultrapassar este nível.

O Banco Central Europeu (BCE) antevê um cenário de “inflação mais elevada durante mais tempo”, mas alguns membros do Conselho de Governadores do banco também estão preocupados com uma retirada prematura dos estímulos monetários.

As atas da reunião de política monetária de 16 de dezembro, que o BCE publicou esta quinta-feira, mostram que alguns membros disseram na altura que “um cenário de inflação mais elevada não poderia ser excluído por mais tempo”.

Os economistas do BCE preveem que a inflação na zona euro esteja próxima dos 2% em 2023 e em 2024 e que possa facilmente ultrapassar este nível.

Por conseguinte, alguns membros do Conselho de Governadores do BCE consideraram importante “preservar a flexibilidade para agir de forma decisiva para manter as expectativas de inflação ancoradas em ambas as direções e, assim, preservar também a credibilidade”.

Acrescentaram que o Conselho de Governadores do BCE deveria comunicar claramente que estava pronto para agir se as pressões sobre os preços se tornassem mais persistentes e a inflação ultrapassasse o objetivo por mais tempo do que o esperado.

Mas outros membros estavam preocupados com uma “retirada prematura dos estímulos monetários e da compra de ativos”.

O Conselho do BCE observa que “os participantes no mercado parecem questionar a credibilidade” das orientações sobre as medidas da sua política monetária.

Como resultado, os mercados “esperavam um primeiro aumento da taxa de juro numa data que era difícil de conciliar com as condições estabelecidas pelo Conselho do BCE para travar tal aumento”, referem as atas.

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Remessas de emigrantes sobem 1,6% em novembro para 299,1 milhões

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2022

Emigrantes portugueses enviam 299,1 milhões de euros, uma subida de 1,67%, enquanto os estrangeiros a trabalhar no país enviam 46,1 milhões, mais 6,9%. Portugueses na Suíça remetem 88,05 milhões.

As remessas dos emigrantes portugueses subiram 1,67%, para 299,1 milhões de euros, em novembro, enquanto os estrangeiros a trabalhar em Portugal enviaram mais 6,9% nesse mês, representando 46,1 milhões de euros, segundo o Banco de Portugal.

De acordo com os dados do Banco de Portugal, os emigrantes portugueses enviaram em novembro do ano passado 299,14 milhões de euros, que representam uma subida de 1,67% face aos 294,2 milhões de euros enviados em novembro de 2020.

Em sentido inverso, os estrangeiros a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países de origem 46,17 milhões de euros, representando uma subida de 6,9% face aos 43,19 milhões enviados no mesmo mês de 2020.

Os emigrantes portugueses na Suíça enviaram 88,05 milhões de euros em novembro, 13% acima dos 77,37 milhões enviados em novembro de 2020, ao passo que os portugueses em França enviaram 81,56 milhões de euros, menos 6,1% que os 86,92 milhões de euros enviados em novembro de 2020.

Olhando para o período desde janeiro até novembro, os emigrantes portugueses já enviaram 3.305,9 milhões de euros, o que representa uma ligeira subida de 0,8% face aos 3.277,1 milhões de euros enviados entre janeiro e novembro de 2021.

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Portugal bate recorde de novos casos: 56.426 infetados e 34 mortos

Os números da pandemia referentes às últimas 24 horas, segundo o boletim divulgado pela DGS, revelam mais 56.426 novos casos e 34 óbitos por Covid-19.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 56.426 novos casos de Covid-19, um novo máximo diário de infeções, o que eleva o número total de infetados desde o início da pandemia para 2.059.595 (mais de dois milhões de portugueses). O boletim da DGS desta quinta-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram 34 pessoas com a doença, perfazendo um total de 19.447 óbitos.

Esta quarta-feira Portugal ultrapassou o marco de dois milhões de portugueses infetados com Covid-19 desde o início da pandemia, pelo menos os identificados (o valor total deverá ser bem superior). A incidência média no território nacional está em 4.490,9 casos por 100 mil habitantes e o risco de transmissibilidade (Rt) nos 1,11.

A maioria dos infetados (384.568 de casos ativos) continua a recuperar em casa, com o número de pessoas hospitalizadas com Covid-19 a manter-se relativamente estável. Atualmente, 2.004 doentes estão internados em unidades hospitalares (mais 45 nas últimas 24 horas), dos quais 152 em unidades de cuidados intensivos (menos um).

Estes dados continuam a confirmar que, para já, o agravamento da situação epidemiológica em Portugal no que toca ao número de novas infeções não está a ter o mesmo impacto na pressão hospitalar (internamentos) do que em vagas anteriores, principalmente em comparação com o pico registado em janeiro de 2021, exatamente há um ano.

Boletim epidemiológico de 20 de janeiro:

O boletim dá conta de um total de 1.655.580 recuperados, mais 28.301 do que no balanço anterior. Neste momento, há 384.568 casos ativos em Portugal, mais 28.091 face a quarta-feira.

Há ainda 391.630 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 31.737 em relação ao balanço anterior.

A maioria dos 56.426 novos casos das últimas 24 horas concentrou-se no Norte e em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), que confirmaram, respetivamente, 24.422 e 17.341 novas infeções. A zona Centro contabilizou mais 8.253 casos, enquanto o Algarve somou 2.003 infeções e o Alentejo outras 1.912. O arquipélago dos Açores contabilizou 1.114 novos casos, e na Madeira foram identificados mais 1.381 casos.

Do total de 34 mortes, 16 ocorreram em LVT e 10 na zona Norte. Morreram mais seis pessoas infetadas com Covid-19 no Centro e as outras duas foram na região autónoma da Madeira.

(Notícia atualizada às 14h31 com mais informação)

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Ministério Público vai pedir levantamento da imunidade de Cabrita

  • ECO e Lusa
  • 20 Janeiro 2022

Após ter sido reaberto o processo, o Ministério Público quer que seja levantada a imunidade que o ex-ministro da Administração Interna tem por ser deputado. Só depois poderá ser constituído arguido.

Eduardo Cabrita gozava de imunidade por ser deputado, após se ter demitido de ministro da Administração Interna, pelo que o Ministério Público pediu à Assembleia da República para a levantar. Este é um passo prévio para o poder constituir arguido na investigação ao acidente mortal na A6 que foi reaberta. O socialista será interrogado pelo MP, assim como o seu chefe de segurança pessoal, o qual será ouvido já a 1 de fevereiro em Évora.

O pedido de levantamento da imunidade já foi enviado à Assembleia da República, a qual está dissolvida por causa das eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro. No pedido elaborado pelo DIAP de Évora é explicado que Cabrita poderá vir a ser acusado de homicídio por negligência por omissão — o qual é punível com até três anos de prisão ou pena de multa –, dado que podia ter dado ordens para reduzir a velocidade a Marco Pontes, o condutor do veículo onde seguia, o qual já foi acusado pelo MP.

O pedido de levantamento da imunidade parlamentar do ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, que se demitiu e ficou como deputado, foi feito pela magistrada do MP titular do inquérito no dia 14 deste mês, constatou esta quinta-feira a agência Lusa, ao consultar os autos do processo. Este mesmo pedido foi deferido, esta segunda-feira, pelo juiz do juiz do Juízo de Instrução Criminal do Tribunal de Évora, Marcos Ramos, que, no dia seguinte, enviou o requerimento dirigido ao presidente do parlamento.

Em causa está o atropelamento mortal na A6 de um trabalhador que estava naquela autoestrada onde o carro do ministro circulava a 166 quilómetros por hora. No despacho de reabertura do processo, o DIAP de Évora dizia que as “alegadas condutas omissivas” de Cabrita não foram “objeto de apreciação e decisão em sede de despacho de encerramento de inquérito”. Os procuradores determinavam assim que devem “ser realizadas as diligências suprarreferidas, e, a final, ser proferida decisão que aprecie da eventual responsabilidade com relevância criminal na produção dos factos a que se reportam os autos por parte de Eduardo Cabrita e Nuno Dias“.

António Costa rejeita que caso Cabrita possa ter influência na campanha

O líder do PS rejeitou esta quinta-feira que o pedido do Ministério Público de levantamento da imunidade parlamentar do ex-ministro Eduardo Cabrita possa ter impacto na campanha, estabelecendo uma separação entre as esferas da política e da justiça.

“Acho que as pessoas já todas se habituaram a uma ideia que é muito importante num Estado de direito democrático: à política o que é da política, à justiça o que é da justiça”, afirmou António Costa.

O secretário-geral do PS respondia aos jornalistas na cooperativa agrícola Carmim, em Reguengos de Monsaraz, num dia em que a Lusa noticiou que o Ministério Público solicitou à Assembleia da República o levantamento da imunidade parlamentar do deputado Eduardo Cabrita, para que possa ser constituído arguido e interrogado no caso do acidente mortal na A6 em que esteve envolvido o carro em que seguia quando era ministro da Administração Interna.

(Notícia atualizada com mais informação às 19h00)

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Estes são os 100 melhores países para os nómadas digitais em 2022. Portugal lidera

Portugal tem vindo a pontuar positivamente junto da comunidade nómada digital. Segurança, custo de vida e boas ligações de internet são apontadas como elementos positivos.

Numa altura que a pandemia atirou muitos colaboradores para o teletrabalho, outros tantos estão a abraçar a ideia de conciliar um trabalho com a descoberta de um novo país a partir do qual podem exercer as suas funções. E no ranking para a conquista dos novos nómadas digitais Portugal lidera. É o melhor país para trabalhar remotamente.

Um visto para o teletrabalhador, elevado nível de conhecimento de inglês da população local, o país ser politicamente estável, sem violência e o clima agradável são alguns dos fatores listados pelo Kayak.fr para colocar Portugal no topo de uma lista de mais de 100 países que o site de viagens francês analisou. Através do seu “Índice Voyages et Travail”, o site analisou cerca de 111 países, em função de 22 fatores, determinando quais os melhores para trabalhar à distância. De uma pontuação de zero a 100, Portugal pontua 100.

Espanha (93), Roménia (92), Ilhas Maurícia e Japão, ambos com uma pontuação de 90 em 100, completam o top 5 dos países mais atrativos para os nómadas digitais, segundo o ranking criado pelo Kayak.fr.

Não é a única lista onde Portugal tem vindo a pontuar positivamente junto da comunidade nómada digital. A Nomad List — que reúne os contributos de uma comunidade de mais de 37 mil nómadas digitais — destaca várias cidades portuguesas numa lista de milhares de cidades em todo o mundo avaliadas pela comunidade em parâmetros como custo de vida, internet ou segurança.

Globalmente, Lisboa lidera a lista, surgindo o Porto na quarta posição. Madeira — onde desde há pouco mais de um ano começou a funcionar a primeira aldeia nómada digital — surge na 15.ª posição. Ericeira (16.ª), Lagos (71.ª), Portimão (87.ª) são as cidades nacionais que surgem no Top 100.

Mas há mais. Braga (111.ª) e Açores (122.ª) — que também está a receber um hub para os nómadas digitais –, Coimbra (136.ª) e Aveiro (175.ª) estão igualmente listadas entre as 200 mais.

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CEO do Airbnb é agora nómada digital. Vai correr o mundo a trabalhar

Pandemia tem alterado padrões de aluguer na Airbnb. Uma em cada cinco noites reservadas durante o terceiro trimestre na Airbnb era para estadias de 28 ou mais dias.

Brian Chesky, CEO do Airbnb, decidiu abraçar uma nova forma de trabalhar: o nomadismo digital. Vai correr mundo e viver em casas disponíveis na plataforma de aluguer temporário. Motivos? “A pandemia criou a maior mudança na forma de viajar desde o advento do transporte aéreo comercial. Pela primeira vez, milhões de pessoas podem viver onde quiserem. O trabalho remoto libertou muitas pessoas — obviamente não todas, mas uma grande fatia — da necessidade de estar no escritório todos os dias”, justificou o CEO numa publicação da rede social Twitter.

Todas as semanas, o CEO do Airbnb vai viver numa cidade diferente, regressando ocasionalmente à sua residência habitual em São Francisco, nos Estados Unidos. “Por agora a minha casa será algures no Airbnb”, salienta Chesky.

E não está sozinho nessa decisão. Com a pandemia a levar milhões de trabalhadores em todo o mundo para o trabalho remoto — com muitas companhias a abraçar o trabalho à distância como modelo de trabalho mesmo num momento de pós-pandemia –, muitos colaboradores têm optado por mudar a sua zona habitual de residência.

Um fenómeno que tem tido reflexos nos próprios padrões de aluguer de espaços da plataforma. Uma em cada cinco noites reservadas durante o terceiro trimestre na Airbnb foi para estadias de 28 ou mais dias. E quase metade das reservas no mesmo período para estadias de, pelo menos, sete dias, o que compara com 44% em 2019, refere a plataforma numa publicação feita no blogue da empresa.

Nos 12 meses anteriores a setembro, mais de 100 mil pessoas reservaram estadias de 90 ou mais dias, e mais de 300 mil candidataram-se a uma das 12 vagas disponíveis para viver em qualquer lugar através do Airbnb durante um ano, informa ainda a companhia.

Viver em Itália por um 1 euro

Recentemente, a empresa abriu uma candidatura para dar a possibilidade de uma pessoa — juntamente com família (no máximo dois adultos e duas crianças), o companheiro ou um amigo — viver durante um ano numa casa em Sambuca, em Itália.

“É uma casa tradicional de três andares localizada numa pequena vila que se tornou famosa graças à sua campanha “Casas a 1 Euro”. Como em muitas outras localidades italianas, a população de Sambuca tem diminuído ano após ano, pelo que em 2018 foi lançada esta iniciativa para promover o património cultural da área, encorajar o investimento estrangeiro e atrair população mais jovem para revitalizar a povoação e devolvê-la ao seu ambiente alegre e movimentado”, refere a empresa em comunicado de imprensa.

Os candidatos devem ter mais de 18 anos, estar disponíveis para se mudar para a aldeia na Sicília a 30 de junho de 2022 e durante, pelo menos, três meses consecutivos, e ter um nível de inglês fluente (falar italiano é uma vantagem).

“A pessoa selecionada terá a oportunidade de fazer parte de um programa de orientação: aprender italiano e assistir a aulas de cozinha italiana. Os candidatos devem comprometer-se a hospedar uma divisão da casa durante pelo menos 9 meses”, precisa.

Os interessados podem dirigir-se a airbnb.pt/1eurohouse e completar o formulário, depois de ler atentamente o regulamento disponível no website.

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Lesados do BPP pedem destituição da comissão liquidatária do banco ao tribunal

São 6.000 lesados que reclamam 1.600 milhões por causa da falência do BPP A Privado Clientes avança com pedido de destituição da comissão liquidatária junto do tribunal por ausência de atividade.

Os lesados do BPP entregaram junto do Tribunal do Comércio de Lisboa um pedido de destituição da comissão liquidatária responsável pelo BPP, que foi nomeada há mais de 11 anos pelo Banco de Portugal. Alegam “a falta de transparência e de comunicação” e ainda a “ausência de atividade” para os elevados gastos com a comissão liderada por Manuel Mendes Paulo, de acordo com um comunicado da associação Privado Clientes.

São cerca de 6.000 os clientes lesados do BPP, que reclamam 1,6 mil milhões de euros. Os ativos do banco ascendem a 900 milhões, insuficiente para os créditos reclamados. O fim do BPP foi decidido em 2010 e ainda hoje há milhares de lesados que procuram ser ressarcidos pela comissão liquidatária, através dos ativos que ainda restam.

A fuga de João Rendeiro em setembro para a África do Sul e a detenção do ex-banqueiro no início de dezembro trouxe o tema do BPP de novo para o centro da discussão pública.

“A falta de transparência e de comunicação, a enorme ausência de atividade da comissão liderada por Manuel Mendes Paulo, junto com uma série de questões que tem sido notícia na Comunicação Social ao longo dos últimos meses e a ausência de respostas da entidade responsável pela massa falida do BPP, levou a Privado Clientes entender não estarem reunidas condições para que a atual comissão liquidatária possa prosseguir a sua atividade”, justifica a associação em comunicado enviado às redações.

A associação diz que foi sempre ignorada pela comissão liquidatária nas diversas tentativas de contacto que fez no último ano: “Ninguém respondeu na sede da comissão, ou nenhum responsável da comissão que pudesse representar a instituição esteve presente no seu lugar físico de trabalho”.

A Privado Clientes refere ainda que “tudo leva a crer” que a comissão liquidatária em funções “quer perpetuar-se às custas dos credores” e falam em gastos anuais de quatro milhões de euros com a equipa liderada por Manuel Mendes Paulo.

A comissão liquidatária, segundo a Privado Clientes, conta com 28 colaboradores, que “custam, em média, mais de 70 mil euros anuais, pagos com o dinheiro dos credores”. O presidente Manuel Paulo ganha 4.650 euros por mês e os vogais José Pedro Simões e José Vítor Almeida ganham, cada um, 3.500 euros mensais, de acordo com a associação lidera por Jaime Antunes.

Outra crítica apontada à comissão liquidatária: não cumpre a ordem imposta pelo tribunal de indicar quanto cada credor tem a receber, “tentando-se desenvencilhar de todas as formas do cumprimento de tal obrigação”.

Também “não indica quanto é a potencial receita das ações em tribunal” e “não faz pagamentos, pelo menos parciais, aos credores”, acrescenta a Privado Clientes, que espera “a nomeação de uma nova comissão Liquidatária possa ser um passo no sentido de tornar a liquidação do BPP num processo mais célere, claro e transparente“.

(Notícia atualizada às 14h16)

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Santander mantém Altri nas “top picks” em 2022

Altri entre as escolhas do Santander, que considera que o spin-off total da Greenvolt vai cristalizar valor e que a empresa pode beneficiar da recuperação dos preços da celulose na China.

A Altri ALTR 0,41% volta a estar entre as “top pick” do Santander este ano, a lista anual das ações preferidas que o banco elege como podendo beneficiar da retoma económica. A escolha da papeleira é explicada com os aumentos nos preços da pasta de celulose, anúncio de novos investimentos no setor e a colocação em bolsa do capital da Altri na Greenvolt.

A Altri representa “uma oportunidade para ganhar exposição com desconto no setor da pasta de celulose, apostando na recuperação dos preços da celulose na China”, pode ler-se no research do banco a que o ECO teve acesso. O Santander vê boas notícias no horizonte, designadamente o reabastecimento após o ano novo chinês.

Além disso, o Santander recorda que a Altri, que também foi “top pick” em 2021, tenciona fazer o spin-off total da Greenvolt no segundo trimestre, que levará os acionistas da Altri a receberem um dividendo em espécie de 450 milhões de euros, o equivalente a 60% das ações da Greenvolt. “Acreditamos que isto pode ser uma ocasião de cristalização de valor”, sublinham os analistas, que atribuem à Altri um preço-alvo de 9,70 euros, contra os atuais 5,72 euros.

Entre as restantes “top picks” do Santander encontra-se a fabricante automóvel Gestamp, o banco Unicaja, a empresa de segurança Prosegur, a consultora Indra, a produtora de aço inoxidável Acerinox e a construtura CAF. O banco removeu desta lista a farmacêutica Rovi e a construtora Sacyr alegando “falta de catalisadores significativos”.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Morais Leitão e VdA ganham prémios da Euronext

Na lista da melhor "Law Firm", na área de Equity, a Morais Leitão foi a vencedora. Estava nomeada com a Vieira de Almeida. Na área de Bonds, a VdA foi a distinguida. Concorria com o BPI e a PLMJ.

A Morais Leitão e a Vieira de Almeida acabam de ser premiados, na área de Equity e de Bonds, respetivamente, nos Euronext Lisbon Awards.

A Euronext anunciou esta quinta-feira a lista de nomeados e vencedores da 11ª edição dos Euronext Lisbon Awards. Criados em 2011, os Euronext Lisbon Awards distinguem emitentes, intermediários financeiros, e outras instituições e pessoas que, no ano anterior à atribuição, se destacaram no mercado de capitais. Incluindo escritórios de advogados.

Na lista da melhor “Law Firm”, na área de Equity, a Morais Leitão foi a vencedora. Estava nomeada com a Vieira de Almeida. Na área de Bonds, a Vieira de Almeida ganhou, numa nomeação que dividia com o departamento Jurídico Banco BPI e com a PLMJ.

Os Euronext Lisbon Awards são atribuídos com o apoio de um júri, composto pelos membros do PSI 20 Committee. Poderão ser convidadas outras individualidades não fixas para fazer parte do júri em cada edição. O júri reserva-se o direito de convidar entidades externas para contribuir na avaliação dos candidatos, bem como de não atribuir alguma das distinções, caso entenda não estarem reunidas as condições adequadas.

No caso da categora da “Law Firm”, é selecionada “a firma de advogados mais ativa, considerando os montantes e o número de emissões de ações e obrigações cotadas nos mercados geridos pela Euronext Lisbon em que estiveram envolvidas. Caso duas ou
mais firmas estejam envolvidas na mesma emissão, ambas são consideradas”, segundo comunicado da Euronext.

 

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