Portugal é o quinto país da UE que consumiu mais energias renováveis em 2020

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Janeiro 2022

Com uma quota de 22,1%, a União Europeia (UE) superou a meta do consumo final bruto de energias renováveis para 2020, fixada em 20%. Portugal teve uma quota de 34%, ultrapassando a sua meta nacional.

A quota de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto em 2020 na União Europeia (UE) foi de 22,1%, ou seja, cerca de dois pontos percentuais (p.p.) acima da meta para esse ano (20%). Segundo os dados publicados esta quarta-feira pelo Eurostat, Portugal ficou no quinto lugar no conjunto dos 27 Estados-membros, apresentando uma quota de 34%.

Com uma quota de 60,1%, a Suécia foi o país do bloco comunitário que teve o maior consumo final bruto de energias renováveis em 2020, excedendo em 11 p.p. a sua meta nacional. Seguem-se a Finlândia e a Letónia, que atingiram quotas de 43,8% e 42,1%, respetivamente.

Portugal (34%) ocupa o quinto lugar da tabela dos Estados-membros com maior quota de energia proveniente de fontes renováveis, tendo ultrapassado a meta nacional de 31%.

Pelo contrário, o menor consumo final bruto de energia proveniente de fontes renováveis registou-se em Malta (10,7%), no Luxemburgo (11,7%) e na Bélgica (13%).

Analisando as metas nacionais dos 27 Estados-membros da UE, apenas a França não atingiu a meta nacional de 24% que fixou para 2020, ficando-se por um consumo final bruto de energias renováveis de 19,1%, ou seja, 3,9 p.p. abaixo do objetivo definido.

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Inflação no Reino Unido dispara para máximos de três décadas

  • ECO
  • 19 Janeiro 2022

O índice de preços no consumidor aumentou 5,4% em termos homólogos em dezembro. A inflação homóloga do Reino Unido pode chegar aos 7% em abril.

O índice de preços no consumidor (IPC) do Reino Unido subiu para 5,4% em dezembro em termos homólogos, contra os 5,1% de novembro, o maior aumento desde 1992, anunciou o Office for National Statistics (ONS).

Os economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 5,2%. O aumento da inflação em dezembro foi impulsionado por uma subida dos preços dos alimentos, saúde e bens domésticos, enquanto os preços dos combustíveis — o principal motor do agravamento nos meses anteriores — permaneceram em máximos recentes.

A inflação homóloga britânica deverá atingir um pico em abril e chegar aos 7% à boleia do aumento do preço da energia. A taxa de inflação de 7%, ao acontecer, seria mais elevada que os 6% previstos pelo Banco de Inglaterra.

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Portugal obtém 1.500 milhões com juros negativos recorde a seis meses

Primeiro leilão de Bilhetes do Tesouro do ano traduziu-se num financiamento de 1.500 milhões e com os juros no prazo a seis meses em mínimos de sempre.

Portugal conseguiu levantar 1.500 milhões de euros em títulos de dívida de curto prazo e registou taxas ainda mais negativas nos Bilhetes do Tesouro com prazo de seis meses, algo que não deixa de surpreender face ao agravamento dos juros nos mercados de dívida em todo o mundo por causa da alta inflação e da pressão junto dos bancos centrais para subirem preço do dinheiro.

O IGCP obteve 495 milhões de euros em bilhetes com maturidade em julho e observou uma taxa de -0,596%, a mais baixa de sempre no prazo de meio ano. Compara com a taxa de -0,571% registada no leilão semelhante realizado em maio. A procura nesta linha foi forte, totalizou os 1.365 milhões, quase três vezes mais do que o Tesouro colocou, o que contribuiu para uma redução da taxa final.

Já no leilão de bilhetes com maturidade de 12 meses foram levantados 1.005 milhões de euros a um juro de -0,574%. Aqui registou-se um ligeiro agravamento da taxa em relação à última operação comparável, em junho, que teve um juro de -0,594%. Ainda assim, a taxa desta quarta-feira foi a segunda mais baixa de sempre. A procura atingiu os 1.675 milhões.

Contas feitas, o IGCP obtém assim os 1.500 milhões de euros que tinha definido como teto máximo para esta operação e com resultados robustos, nomeadamente a taxa de juro.

Taxa a 6 meses regista mínimo

Fonte: IGCP

Era expectável um agravamento dos juros neste leilão, tendo em conta o atual ambiente do mercado, em que a pressão inflacionista está a deixar cercados os bancos centrais em todo o mundo no sentido de subirem as taxas diretoras para travar uma aceleração insustentável dos preços.

É o que a Reserva Federal norte-americana se prepara para fazer: os investidores antecipam quatro subidas já este ano, a começar já em março, enquanto o Banco Central Europeu (BCE), apesar de também estar a ser pressionar a agir nesse sentido, tem afastado esse cenário pois considera que a a alta inflação está a ser suportada em fenómenos temporários.

"Os planos de compra de estímulos começaram a ser retirados e a expectativa dos mercados é que comecemos a assistir a subidas nas taxas de referência, movimento que já é visível nas taxas de médio e longo prazo, mas que ainda não afeta muito as de curto prazo.”

Filipe Silva

Diretor de investimentos do Banco Carregosa

Neste cenário, os juros da dívida da Zona Euro e dos EUA estão a agravar-se no mercado secundário, sendo o melhor reflexo do atual momento a inversão das taxas das obrigações alemãs a dez anos para terreno positivo esta quarta-feira, o que não acontecia desde maio de 2019, há três anos. Já a taxa portuguesa neste prazo está nos 0,643%, o valor mais alto desde junho de 2020, mantendo-se em alta depois da última reunião do BCE, em dezembro, que determinou o fim das compras de emergência.

“Os bancos centrais têm estado sob alguma pressão, devido aos fatores como inflação, interrupção nas cadeias de abastecimento e elevados preços de energia, fatores que os levaram a iniciar os primeiros ajustes às suas políticas monetárias, no entanto e como ainda estamos numa fase de recuperação das economias, não se esperam que estes ajustes sejam muito agressivos”, explica Filipe Silva, diretor de investimento do Banco Carregosa.

“Os planos de compra de estímulos começaram a ser retirados e a expectativa dos mercados é que comecemos a assistir a subidas nas taxas de referência, movimento que já é visível nas taxas de médio e longo prazo, mas que ainda não afeta muito as de curto prazo. É muito importante, e em particular para Portugal, poder continuar a beneficiar do cenário atual de taxas de juro baixas, para poder fazer face ao elevado nível de endividamento”, acrescenta o responsável.

Este foi o segundo financiamento de Portugal este ano, depois da emissão sindicada realizada na semana passada e através da qual a República se financiou em 3.000 milhões de euros em obrigações a 20 anos, tendo pago uma taxa de juro de perto de 1,2%.

(Notícia atualizada às 11h12)

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Airbus quer contratar 6.000 este ano. Um terço das vagas é para jovens

Cerca de 25% das novas contratações irão trabalhar na área da descarbonização, transformação digital e tecnologia cyber.

A Airbus anunciou que quer contratar 6.000 colaboradores este ano, com um terço das vagas a serem preenchidas por jovens licenciados. Cerca de 25% das novas contratações irão trabalhar na área da descarbonização, transformação digital e tecnologia cyber.

“A Airbus demonstrou resiliência durante a pandemia da Covid e lançou as bases para um futuro ousado na aviação sustentável. Depois desta vaga inicial de recrutamento, que terá lugar em todo o mundo e será transversal a todos os nossos negócios, o número de contratações externas será reavaliado antes de meados de 2022 e ajustaremos as nossas necessidades em conformidade”, anunciou Thierry Baril, Chief Human Resources & Workplace Officer, em comunicado.

“Não só iremos adquirir as skills que a Airbus necessita num mundo pós-Covid, mas daremos o nosso melhor para reforçar a diversidade em toda a companhia”, referiu ainda.

A decisão surge num momento em que a companhia se prepara para a produção dos A320 e pretende, até 2035, produzir um avião movido a hidrogénio. Em meados de abril de 2020, a empresa tinha reduzido a sua produção levando a uma vaga de cortes de postos de trabalho.

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Mais de 100 milionários pedem impostos sobre a riqueza

Um grupo de mais de 100 milionários de nove países assinou uma carta aberta para que os Estados apliquem impostos sobre a riqueza de forma a reduzir a desigualdade e diminuir a pobreza.

Aumentar os impostos sobre a riqueza dos mais ricos para arrecadar receitas para reduzir a pobreza e diminuir as desigualdades. É esta a solução sugerida por mais de 100 milionários de nove países diferentes que publicaram esta quarta-feira uma carta aberta direcionada a Governos e líderes empresariais, de acordo com um comunicado da Oxfam. O objetivo é influenciar as discussões de Davos, cuja edição online decorre até 21 de janeiro.

Estes milionários juntam-se assim a outros pedidos nos últimos anos por parte de algumas das pessoas mais ricas do mundo para que os Estados tributem mais a riqueza, principalmente na ressaca do impacto da crise pandémica, um período em que os dez homens mais ricos mais do que duplicaram as suas fortunas para um total de 1,5 biliões de dólares. Segundo a Oxfam, os 2.660 bilionários que existem no mundo têm um nível de riqueza equivalente ao PIB anual chinês.

De acordo com a análise feita pela Oxfam em conjunto com a Fight Inequality Alliance, o Institute for Policy Studies e os the Patriotic Millionaires, um imposto sobre a riqueza — à semelhança do que era proposto pela senadora Elizabeth Warren nas primárias do Partido Democrata em 2020 — de 2% para os milionários e de 5% para os bilionários iria gerar receitas de 2,52 biliões de euros por ano.

Tal receita poderia ser suficiente para tirar da pobreza 2,3 mil milhões de pessoas, produzir vacinas contra a Covid-19 suficientes para todo o mundo e prestar cuidados de saúde universais e proteção social para os cidadãos dos países de baixo e baixo/médio rendimento (cerca de 3,6 mil milhões de pessoas).

Tributem-nos a nós, os ricos, e tributem-nos já“, escrevem os signatários desta carta onde se argumenta que o mundo passou por um período de grande sofrimento nos últimos dois anos e, ao mesmo tempo, os mais ricos viram a sua riqueza aumentar sem pagar a sua quota justa de impostos.

Se os políticos e os CEO continuarem a ignorar esta “solução simples e eficaz”, os cidadãos em todo o mundo “continuarão a ver a sua alegada dedicação à resolução dos problemas do mundo como pouco mais do que uma performance”, acrescentam. Entre os signatários estão milionários e bilionários dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha.

Como milionários, sabemos que o atual sistema fiscal não é justo“, argumentam na carta. “Apenas alguns de nós podem dizer honestamente que pagam a sua quota justa de impostos”, acrescentam. Para os signatários “a verdade é que Davos não merece a confiança do mundo neste momento”, apontando o dedo ao “pequeno valor tangível” que foi produzido pelo encontro. “A história pinta um quadro particularmente sombrio sobre o desfecho de sociedades extremamente desiguais“, alertam.

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Brent sobe para novos máximos desde 2014

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2022

Aumento deve-se em parte à rutura de um oleoduto do Iraque para a Turquia, que provocou receios num mercado que ainda se debate com problemas de fornecimento de ‘ouro negro’.

O preço do petróleo Brent para entrega em março estava esta quarta-feira em níveis máximos desde 2014, a cotar-se a 88,01 dólares, contra 87,56 dólares no final da sessão anterior.

Segundo operadores citados pela Efe, o aumento deve-se em parte à rutura de um oleoduto do Iraque para a Turquia, que provocou receios num mercado que ainda se debate com problemas de fornecimento de ‘ouro negro’.

O corte foi causado por um incêndio no oleoduto Kirkuk-Ceyhan, que transporta petróleo do Iraque, o segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), para o porto turco de Ceyhan para exportação.

Esta situação vem juntar-se à previsão dos especialistas de que a oferta ficará aquém da procura de petróleo bruto até 2022, à medida que as economias globais reanimarem após o impacto do abrandamento económico dos EUA.

Além disso, a possibilidade de uma incursão militar russa na Ucrânia, que poderia afetar o equilíbrio do mercado mundial de energia, está também no centro das atenções dos investidores.

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Francisco Alegre Duarte será o novo embaixador em Angola, Pedro Pessoa e Costa parte para a Noruega

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2022

Para Pedro Pessoa e Costa, a mudança que acontece cerca de dois anos depois de assumir o cargo, decorrendo da rotatividade diplomática.

Quase dois anos depois de chegar a Angola, o embaixador português Pedro Pessoa e Costa vai trocar Luanda por Oslo, passando o posto a ser ocupado por Francisco Alegre Duarte, um diplomata que já passou anteriormente pelo país africano

A mudança, bem como os nomes, já circulava há alguns meses nos meios diplomáticos, mas só recentemente foi concretizada de forma oficial com a nomeação de Francisco Alegre Duarte como novo embaixador de Portugal em Luanda a 24 de dezembro, enquanto Pedro Pessoa e Costa viu esta semana publicada a sua nomeação para embaixador de Portugal em Oslo.

Para Pedro Pessoa e Costa, a mudança que acontece cerca de dois anos depois de assumir o cargo, nada tem de anormal, decorrendo da rotatividade diplomática.

Em declarações à Lusa, o embaixador sublinhou que se mantém num posto pelo “tempo que o Estado português entende que for necessário” e faz um balanço “extremamente positivo” da sua passagem por Angola, tanto em termos pessoais como profissionais.

É difícil encontrar um posto que seja tão interessante, tão desafiante, tão aliciante e, por vezes, tão extenuante como Angola”, onde a sua chegada coincidiu praticamente com o início da pandemia, tendo Angola encerrado fronteiras a 21 de março.

“Aquela máxima, primeiro estranha-se, depois entranha-se aplica-se muito aqui a Angola”, disse, sublinhando que “aprecia cada vez mais Angola e o povo angolano” e que a relação entre Portugal e Angola “é única”.

Assumindo que a sua passagem foi muito limitada pela pandemia, o que exigiu esforços suplementares da diplomacia português, para apoiar os voos de repatriamento/humanitários durante os seus meses em que as ligações aéreas estiveram suspensas, apontou ainda assim uma maior aproximação com a comunidade e as empresas portuguesas como uma das marcas do seu mandato.

Estima que tenha tido reuniões com quase uma centena de empresários portugueses e visitado mais de três dezenas de empresas: “assegurei a proximidade que parecia estar ausente e que parece se reconhecida por muitos”, disse, realçando o lançamento recente do fórum Portugal-Angola como uma oportunidade para que a comunidade empresarial em Angola crie mais laços e dê mais visibilidade às suas competências.

E se já tinha “boa imagem” das empresas portuguesas, esta saiu reforçada depois de ver como trabalham em Angola, afirmando que estão preparadas para se reinventar e diversificar áreas de atividade, e para enfrentar a entrada de novos concorrentes, face às investidas de Angola na busca de investidores internacionais.

As empresas portuguesas “criam emprego e mantiveram esse emprego durante a crise, essas empresas estão sempre a reinventar-se e começaram também a diversificar-se”, realçou, salientando que, para estar no mercado angolano, é preciso entendê-lo, sendo a partilha da mesma língua também uma vantagem no mundo dos negócios.

“Até que vários angolanos prefiram um vinho chileno a um português ainda levará muito tempo, temos um passado comum e uma ligação afetiva”, declarou Pedro Pessoa e Costa. De resto, “tudo está em mudança constante” e as empresas até poderão fazer parcerias com as de outros países, sugere.

Quanto às eleições gerais que se avizinham, marcadas para agosto, e que já não irá acompanhar, admite que exista um aumento das tensões políticas e sociais, “o que não é um exclusivo de Angola, pois qualquer período eleitoral é um momento de tensão em qualquer país”.

“O que espero, porque acredito no futuro do país, e que cada vez mais estes processos eleitorais sejam normalizados. Estou certo de que serão feitos esforços da parte de todos os partidos para que o ato eleitoral seja também um apelo ao civismo e a cidadania dos angolanos, tanto os que vivem em Angola como os da diáspora, e que tudo irá correr bem”, disse o diplomata.

Reiterando “o respeito grande” que sente pelo povo angolano “que merece sempre o melhor”, Pedro Pessoa e Costa conta mudar-se para a terra do bacalhau no decurso dos próximos dois meses, aproveitando este período para as despedidas em Angola, mas também para se preparar para o novo posto.

Da Noruega, destaca a relação bilateral “muito equilibrada” que mantém com Portugal e os interesses comuns em áreas como as energias renováveis, os oceanos e a economia do mar.

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Há um “bloqueio económico no acesso à Justiça”

  • ECO
  • 19 Janeiro 2022

A coordenadora executiva do Observatório Permanente da Justiça alerta que falta reflexão séria sobre os problemas da Justiça e reclama um compromisso sério para baixar o valor das custas judiciárias.

A coordenadora executiva do Observatório Permanente da Justiça denuncia que há um “bloqueio económico no acesso à Justiça”, não só pelo valor das custas judiciárias, como pelos critérios para receber apoio judiciário, diz em entrevista à Rádio Renascença (acesso livre).

Conceição Gomes realça que o setor da Justiça “não foi prioridade” para o Governo socialista. A coordenadora executiva do Observatório Permanente da Justiça considera que falta uma reflexão séria sobre os problemas da Justiça e reclama um “compromisso claro para baixar o valor das custas judiciárias”.

“Mas a verdade é que a Justiça, com exceção da questão da corrupção – e não se percebeu muito bem o que é que os partidos equacionavam – esteve praticamente ausente dos debates eleitorais”, lamenta a coordenadora executiva do Observatório Permanente da Justiça.

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Juros da dívida alemã voltam a terreno positivo três anos depois

Desde maio 2019 que a taxa das obrigações alemãs a dez anos estavam em terreno negativo. Voltam agora a negociar com valores positivos, com os bancos centrais pressionados pela inflação.

Três anos depois, os investidores voltam a exigir juros para deter obrigações alemãs a dez anos. A inversão para terreno positivo aconteceu esta quarta-feira de manhã, e numa altura em que os bancos centrais em todo o mundo estão a ser pressionados para subirem as taxas diretoras para fazer face à alta inflação.

A yield associada às Obrigações do Tesouro da Alemanha a dez anos entrou em terreno negativo em maio de 2019, ou seja, os investidores “pagaram” para ter dívida germânica em mercado secundário durante este período. Mas a taxa inverteu esta quarta-feira e está nos 0,014%, de acordo com os dados da Reuters/Refinitiv.

Juros alemães voltam a terreno positivo

Fonte: Reuters

Os juros da dívida dos governos da Zona Euro estão a ser impulsionados por aquilo que se acredita ser um novo ciclo na política monetária do Banco Central Europeu (BCE), perspetivando-se um agravamento do preço do dinheiro perante as pressões inflacionistas.

A região registou em dezembro a taxa de inflação mais alta desde a sua criação da moeda única, embora os responsáveis do banco central continuem a assegurar que a alta inflação é apenas um fenómeno temporário e a subida dos preços tenderá a estabilizar quando alguns fatores – como o disparo dos preços energéticos e problemas nas cadeias de distribuição — deixarem de estar presentes.

Portugal não foge a esta tendência. A taxa da dívida portuguesa no mesmo prazo está nos 0,643%, o valor mais alto desde junho de 2020, mantendo-se em tendência altista desde a última reunião do BCE, há um mês, que decidiu colocar um ponto final ao programa de compras de ativos de emergência. O IGCP vai esta quarta-feira ao mercado para emitir até 1.500 milhões em bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses e poderá já sentir o impacto da subida dos juros no último mês.

Enquanto o BCE se mantém, para já, irredutível na subida das suas taxas, a Reserva Federal norte-americana (Fed) tem vindo a sinalizar que poderá aumentar já em março. E a expectativa de uma abordagem mais agressiva, com quatro subidas já este ano, está a impulsionar os juros da dívida americana e, por arrasto, de outros países, incluindo os europeus.

A Fed tem reunião já na próxima semana e o contexto que está em cima da mesa antecipa um encontro muito aguardado pelos investidores.

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Cotação do barril Brent continua a subir e valoriza 0,52% para 87,96 dólares

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2022

Segundo especialistas, este aumento deve-se em parte a uma interrupção num oleoduto que vai do Iraque à Turquia. O preço do barril atinge máximo desde 2014.

O preço do barril do petróleo Brent, para entrega em março, abriu a subir no mercado de futuros de Londres a 87,96 dólares, um aumento de 0,52% face ao fecho do dia anterior, um máximo desde 2014.

O preço do petróleo do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou na terça-feira na Bolsa Internacional de Futuros a valer 87,56 dólares.

Segundo especialistas, este aumento deve-se em parte a uma interrupção num oleoduto que vai do Iraque à Turquia, que tem causado preocupação num mercado que ainda tem problemas com a oferta de ouro negro.

A interrupção deveu-se a um incêndio no oleoduto Kirkuk-Ceyhan, que transporta petróleo do Iraque, o segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), para o porto turco de Ceyhan para exportação.

Para a subida da cotação também contribuiu a perspetiva de a vaga de infeções com a variante Ómicron do novo coronavirus começar a baixar em alguns países.

Além disso, a possibilidade de uma incursão militar russa na Ucrânia, que pode afetar o equilíbrio do mercado mundial de energia, também está a atrair a atenção dos investidores

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Nas notícias lá fora: 5G, hackers e cripto

  • ECO
  • 19 Janeiro 2022

AT&T e Verizon vão adiar 5G perto de aeroportos nos EUA, enquanto o regulador europeu é a favor que se proíba cripto intensiva em energia. Europol desmantela rede VPN utilizada por hackers.

O regulador europeu dos mercados financeiros defende a proibição da mineração cripto intensiva em energia. Empresas de telecomunicações estudam aumentar os preços face à inflação. Os operadores de telefonia móvel AT&T e Verizon vão adiar 5G perto de aeroportos nos Estados Unidos. A Europol desmantelou uma rede privada virtual utilizada por hackers em ataques informáticos. Estas e outras notícias estão a marcar a atualidade internacional.

Financial Times

Regulador europeu é a favor que se proíba cripto intensiva em energia

O regulador europeu dos mercados financeiros, a ESMA (European Securities and Markets Authority), revela esta quarta-feira ao Financial Times que é a favor da proibição da mineração de criptomoedas (ou criptoativos), como é o caso da bitcoin e da ether, que consumam muita energia, nomeadamente energia renovável que podia ir para outras necessidades da sociedade. O sueco Erik Thedéen, vice-presidente da ESMA, diz que os reguladores estão a ponderar banir os atuais métodos de mineração para que estes sejam substituídos por alternativas menos intensivas em energia. A China baniu este tipo de mineração intensiva em energia em maio do ano passado.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês)

Cinco Días

Empresas de telecomunicações espanholas ponderam aumentar preços

Os principais operadores europeus estão a estudar aumentar os preços face ao impacto da inflação. No Reino Unido, a Virgin O2, uma subsidiária da Telefónica e Liberty, a Vodafone, a BT e a Hutchison tencionam aplicar aumentos de preços até 10%, o maior aumento em muitos anos. Em Espanha, os operadores podem aumentar os preços, embora a regulamentação exija que estes sejam justificados por fatores como a inflação ou aumentos de custos. Na Alemanha, os operadores não estão autorizados a indexar as tarifas à inflação, e só podem aumentar os preços se apresentarem argumentos credíveis para o aumento dos custos.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre/conteúdo em espanhol)

CNBC

AT&T e Verizon vão adiar 5G perto de aeroportos nos Estados Unidos

Os operadores de telefonia móvel AT&T e Verizon vão adiar temporariamente o desenvolvimento do 5G perto de “alguns aeroportos” nos EUA, para evitar um potencial “caos” receado pelos agentes do transporte aéreo. Uma decisão saudada pelo Presidente Joe Biden. A AT&T e a Verizon deveriam ativar esta nova tecnologia de internet móvel ultrarrápida no conjunto do país esta quarta-feira. Mas a autoridade federal de regulação da aviação (FAA, na sigla em Inglês), está preocupada com a possível interferência entre as frequências utilizadas pela 5G e instrumentos de bordo essencial à aterragem dos aviões em algumas condições, e exigiu ajustamentos.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

CNN

Europol desmantela rede VPN utilizada por hackers em ataques informáticos

Uma rede privada virtual (VPN) utilizada por criminosos para realizarem ataques de ransomware, que colocaram mais de cem empresas em risco de ciberataques, foi desmantelada, anunciou a Europol. A agência da polícia europeia revelou que investigadores na Europa e na América do Norte apreenderam ou interromperam, na segunda-feira, pelo menos 15 servidores que hospedavam utilizadores e também o site VPNLab.net, que forneceu a grupos criminosos comunicações protegidas e acesso à Internet. “O fornecedor VPN (…) foi usado para apoiar atos criminosos graves, como a implementação de ransomware (ataque informático com pedido de resgate) e outras atividades cibernéticas criminosas”, realçou a Europol.

Leia a notícia completa na CNN (acesso livre, conteúdo em inglês)

Reuters

China quer facilitar utilização de fundos de caução por parte dos promotores imobiliários

A China está a elaborar regras a nível nacional para facilitar o acesso dos promotores imobiliários aos fundos de pré-venda mantidos em contas caucionadas, numa tentativa de aliviar uma severa crise de liquidez no setor. As novas regras ajudariam os promotores a cumprir obrigações de dívida, a pagar aos fornecedores, e a financiar operações, deixando-os utilizar os fundos em caução que são atualmente controlados pelos governos municipais sem supervisão central. “Uma abrupta restrição das contas de caução por parte das autoridades locais após o crash de Evergrande sufocou a liquidez para alguns nomes de boa qualidade. Uma correção por parte do governo central é muito necessária”, disse Nan Li, professor associado de finanças na Universidade Jiao Tong de Xangai.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago/conteúdo em inglês)

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PSI-20 cai pela quarta sessão consecutiva. EDP Renováveis cede mais de 2%

A bolsa lisboeta arrancou esta quarta-feira em terreno negativo, somando quatro sessões consecutivas de quedas. A EDP Renováveis desvaloriza mais de 2%.

O PSI-20 está a desvalorizar 0,29% para os 5.601,56 pontos no início desta quarta-feira, negociando pela quarta sessão consecutiva em terreno negativo. A praça lisboeta acompanha assim as perdas registadas nas principais praças europeias.

Na Europa, Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvaloriza 0,4% no arranque da sessão. O alemão DAX cede 0,9%, o francês CAC perde 0,3%, o britânico FTSE desvaloriza 0,4% e o espanhol IBEX está inalterado.

Na sessão desta terça-feira, Wall Street tinha caído dado o receio dos investidores face à evolução das obrigações norte-americanas em função da expectativa relativa às taxas de juro.

Em Lisboa, a maioria das cotadas está a desvalorizar nos primeiros minutos da negociação desta sessão, a qual conta ainda com quatro cotadas inalteradas.

Nas quedas, o destaque vai para a EDP Renováveis com uma descida de 2,44% para os 18,4 euros. Mas a maior desvalorização é registada pela Novabase com uma queda de 2,9% para os 5,36 euros.

Nota ainda para a desvalorização de 0,87% da Sonae para 1,02 euros, de 0,86% da Mota Engil para 1,27 euros e de 0,85% do BCP para 16,26 cêntimos.

A travar maiores perdas em Lisboa está a Pharol com uma subida de 2,96% para os 9,05 cêntimos, seguindo-se a Jerónimo Martins que valoriza 0,56% para os 21,55 euros, a Corticeira Amorim com uma subida de 0,38% para os 10,64 euros e a Galp Energia com uma valorização de 0,24% para os 9,89 euros.

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