Kiev denuncia novos ataques russos com drones ‘kamikaze’ iranianos

  • Lusa
  • 17 Outubro 2022

Autarca de Kiev confirmou que as explosões se deveram a ataques de drones, que provocaram um incêndio num edifício não residencial e danos em vários prédios de apartamentos.

As explosões sentidas na manhã de segunda-feira no distrito de Shevchenkiv, no centro da capital ucraniana, Kiev, deveram-se a “ataques de drones ‘kamikaze'”, disse o chefe de gabinete da presidência do país.

“Os russos acham que [este ataque] vai ajudá-los, mas mostra o seu desespero”, disse Andrey Yermak, na plataforma Telegram, acrescentando que foram usados ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) de fabrico iraniano.

Também no Telegram, o autarca de Kiev confirmou que as explosões se deveram a ataques de drones, que provocaram um incêndio num edifício não residencial e danos em vários prédios de apartamentos.

Os bombeiros e os serviços médicos e de emergência já estão no local e a autarquia da capital está a tentar recolher informações sobre possíveis vítimas, acrescentou Vitali Klitschko.

Após os primeiros ataques, um jornalista da AFP viu um drone a cair sobre um prédio, enquanto dois agentes policiais o tentavam abater com as suas armas de serviço.

Na sexta-feira, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse que as Forças Armadas russas têm atualmente “cerca de 300 unidades” de drones de combate fornecidos pelo Irão.

Segundo Reznikov, as autoridades russas estariam agora em negociações com Teerão para comprar mais alguns milhares desses aparelhos aéreos não tripulados, segundo a agência de notícias UNIAN.

“Se vai acontecer ou não, veremos. Mas devemos estar preparados para isso, para não ficarmos parados. Estamos a desenvolver sistemas para os repelir. O nosso Exército está a derrubá-los, já aprendemos como fazê-lo”, disse o ministro da Defesa ucraniano.

As autoridades ucranianas acusam desde agosto o Irão de fornecer os chamados “drones ‘kamikaze'”, que chocam com os alvos, ao Exército russo, embora Teerão tenha negado estar envolvido nessa transação, assim como Moscovo.

No final de setembro, a Ucrânia retirou as credenciais do embaixador iraniano em Kiev e anunciou uma redução significativa da presença diplomática iraniana.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

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Recuo do Governo britânico anima bolsas. Wall Street ganha até 2,5%

As bolsas europeias seguem no verde esta segunda-feira, enquanto os principais índices de Wall Street inverteram a tendência negativa em que fecharam na semana passada. Siga aqui o dia nos mercados.

Os mercados estão a ter um bom início de semana, com as bolsas a negociarem em alta. Em Wall Street, está em destaque o índice tecnológico, Nasdaq, que soma quase 2,50%, enquanto na Europa é a praça de Madrid que lidera os ganhos.

o principal índice nacional, o PSI, avança perto de 1,7%, para 5.429,48 pontos, estando as 15 cotadas a negociar em terreno positivo.

No Reino Unido, o novo ministro britânico das Finanças, Jeremy Hunt, reverteu praticamente o plano fiscal anunciado há menos de uma semana pelo seu antecessor. O novo responsável assumiu mesmo que o Governo pretende arrecadar mais 32 mil milhões de libras em receitas fiscais todos os anos.

Na Ásia, a economia chinesa terá mostrado uma recuperação significativa no terceiro trimestre, com os níveis de emprego a manterem-se estáveis, indicou a entidade de planeamento do Estado na segunda-feira. A informação foi divulgada na véspera do anúncio dos dados da economia.

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Administração Pública quer experimentar semana de quatro dias

  • ECO
  • 17 Outubro 2022

O Governo está a estudar desenvolver um projeto-piloto da semana de quatro dias de trabalho na Administração Pública, à semelhança do que vai ser feito no setor privado.

O Governo está a estudar desenvolver um projeto-piloto da semana de quatro dias de trabalho na Administração Pública, à semelhança do que vai ser feito no setor privado, adiantou a ministra da Presidência, em entrevista ao Público (acesso condicionado).

“A nossa ambição é, a par do que vai acontecer no setor privado [com a semana de quatro dias], também fazer um trabalho na Administração Pública com algumas diferenças, porque temos muitos serviços que não são compatíveis com esse tipo de organização do tempo de trabalho”, afirmou Mariana Vieira da Silva, garantindo que está a trabalhar “com o Ministério do Trabalho” para desenvolver “um projeto semelhante”.

A ministra garantiu ainda que há instituições públicas que querem experimentar esta possibilidade, mas sublinha que “também depende da metodologia que seja seguida”, nomeadamente se será numa organização em particular ou num conjunto”, para se conseguir avaliar o impacto.

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Hoje nas notícias: semana de quatro dias, crédito à habitação e pensões

  • ECO
  • 17 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo está a estudar desenvolver um projeto-piloto da semana de quatro dias de trabalho na Função Pública. A subida das taxas de juro está a provocar uma corrida às amortizações dos créditos à habitação. A marcar o dia está ainda a notícia de que a desvalorização da dívida pública e das ações ameaça as metas do Executivo para o Fundo de Estabilização. Conheça estas e outras notícias em destaque esta segunda-feira.

Administração Pública quer experimentar semana de quatro dias

O Governo está a estudar desenvolver um projeto-piloto da semana de quatro dias de trabalho na Administração Pública, à semelhança do que vai ser feito no setor privado. “A nossa ambição é, a par do que vai acontecer no setor privado, também fazer um trabalho na AP com algumas diferenças, porque temos muitos serviços que não são compatíveis com esse tipo de organização do tempo de trabalho”, sinalizou a ministra da Presidência, em entrevista ao Público. Mariana Vieira da Silva garante ainda que há instituições públicas que querem experimentar esta possibilidade.

Leia a entrevista completa no Público (acesso condicionado)

Portugueses estão a amortizar mais os créditos à habitação

A subida das taxas de juro está a provocar uma corrida às amortizações dos créditos à habitação. No ano passado, os portugueses amortizaram mais de 5,7 mil milhões de euros de créditos à habitação, o que representa um aumento de 30% face a igual período de 2020 e de 19% face a 2019. Nuno Rico, economista da Deco Proteste, explica que esta situação se deve a alguma liquidez gerada pelas famílias na pandemia, somada à previsível subida das taxas de juro.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso condicionado)

‘Almofada’ das pensões está 12% abaixo do valor de 2021

Nos primeiros nove meses do ano, o valor do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social ficou cerca de 12% abaixo do registado no período homólogo de 2021, para 21,7 mil milhões de euros. No Orçamento do Estado para 2023, o Governo conta que a ‘almofada’ das pensões atinja 26,5 mil milhões de euros, cobrindo mais de ano e meio em pensões. Para tal acontecer, será necessária a transferência de saldos e receitas adicionais e uma valorização dos ativos de 4%.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Pandemia aumentou números de pobres pela primeira vez desde 2014

Em 2020, o número de pessoas em risco de pobreza ou de exclusão social aumentou 12,5% face a 2019. O ano da chegada Covid-19 marcou o primeiro ano desde 2014 em que cresceu o número de desfavorecidos cresceu, segundo os dados da Pordata para o Dia Internacional da Pobreza. Em relação aos 27 países da União Europeia, Portugal é o segundo em que há mais pessoas a viverem em más condições materiais, isto é, em alojamentos com más condições.

Leia a notícia completa no Diário de Notícia (acesso pago)

Procura por elétricos e carros de luxo acima da média

O crescimento das vendas de carros elétricos e de luxo desde o início do ano está acima da média do mercado. A Maserati, por exemplo, conta com um aumento das vendas de 450% em relação ao início do ano, tendo comercializado 11 unidades. Na Bentley, o crescimento é de 125%. Nos veículos sem emissões, a Tesla cresce mais de 42%, tendo já matriculado 457 carros. Ao mesmo tempo, o mercado automóvel nos primeiros nove meses do ano está 1,1% abaixo dos números de 2021.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Irlandesa FinTrU abre escritório no Porto e quer criar 500 empregos em cinco anos

Multinacional de tecnologias para bancos de investimento instala "delivery center" no Porto. Operação liderada por Telmo Fernandes vai ocupar antigo concessionário automóvel na Rua de Santa Catarina.

Especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas que ajudam bancos de investimento a cumprir com as diferentes obrigações legais e regulamentares em todo o mundo, aFinTrU está a instalar um deliverycenter no Porto, estimando a criação de 500 novos empregos nos primeiros cinco anos de atividade. As primeiras 40 vagas vão ser preenchidas até ao final de 2022.

A nova operação desta empresa fundada em 2013 e sediada em Belfast, na Irlanda do Norte, vai ser liderada por Telmo Fernandes, que já chefiou em Portugal a área de recursos humanos de multinacionais como a Proef, a francesa Natixis, a plataforma africana Jumia ou a londrina SaltPay – e que até agora ocupava o cargo de Global Head of People & Culture na Byon Solutions.

Telmo Fernandes, Site Lead da FinTrU Porto

O mais recente escritório da FinTrU – junta-se aos que tem na Irlanda do Norte, Inglaterra (Londres), República da Irlanda (Dublin), Países Baixos (Maastricht) e Estados Unidos (Nova Iorque) — vai estar pronto até ao final do ano. Com perto de 3.000 metros quadrados, em plena Rua de Santa Catarina, no centro da cidade Invicta, as instalações resultam da reconversão de um concessionário automóvel, apurou o ECO. Vai ter “um vasto número de estacionamentos” e foi desenhado para ser um espaço de trabalho híbrido e “oferecer aos colaboradores um ambiente colaborativo a nível local e global”.

Focado nas áreas de KYC (Know Your Customer), Compliance, Legal, Risco & Controlo e Operações, este delivery center vai trabalhar diretamente com os clientes do grupo: bancos de investimento espalhados por diversas geografias. Foi classificado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) como um projeto de interesse estratégico nacional e teve igualmente o apoio da AICEP, com o presidente, Luís Castro Henriques, a destacar “a qualidade excecional do talento disponível em Portugal”.

Esta é uma das 42 novas empresas estrangeiras que decidiram entrar no mercado português em 2022 e que devem criar 6.100 novos postos de trabalho, segundo os números divulgados na semana passada pela agência pública. De saída da presidência, o responsável da AICEP adiantou em Viseu que, “se tudo correr bem e estiverem prontos os mecanismos de incentivos que estão neste momento em negociação, representam mais de 2.500 milhões de euros de investimento”.

“Tendo analisado uma série de localizações europeias, não tivemos dúvidas de que o Porto representa a melhor opção para a FinTrU como o nosso próximo delivery center.

Darragh McCarthy

Fundador e CEO da FinTrU

Em comunicado, a FinTrU anuncia ainda a abertura de um conjunto de vagas para recém-licenciados com a Academia de Serviços Financeiros, estando já abertas as candidaturas. Os candidatos podem ser de várias áreas de formação, com esta a ser apresentada como uma “estratégia fundamental” de crescimento da empresa, que já desenvolveu mais de 30 academias nos últimos oito anos em múltiplas localizações.

“Estou entusiasmado por fazer parte deste desafio. A cultura da empresa em investir no desenvolvimento das suas pessoas e os nossos clientes Tier 1 foram fatores fundamentais para me juntar à FinTrU e fazer parte deste excitante projeto. Vamos investir no desenvolvimento de um ecossistema no Porto, desenvolvendo academias para apoiar a nossa expansão”, indicou Telmo Fernandes, Site Lead da FinTrU Porto.

Com 1.100 colaboradores em vários países e destacada em março pelo Financial Times como uma das empresas de crescimento mais rápido da Europa, o fundador e CEO, Darragh McCarthy, sublinha que “à medida que a FinTrU continua a aumentar a carteira de clientes de bancos de investimento internacionais, [vê] esta expansão da pegada global como um passo muito importante na [sua] jornada empresarial”. “Tendo analisado uma série de localizações europeias, não tivemos dúvidas de que o Porto representa a melhor opção para a FinTrU como o nosso próximo delivery center”, acrescenta o empresário.

Darragh McCarthy, fundador e CEO da FinTrU

“Trabalhámos de perto com a AICEP, que foi fantástica na apresentação das oportunidades que o Porto tem para oferecer. O talento altamente qualificado, a próspera comunidade empresarial e a qualidade das universidades e do ensino confirmaram a nossa decisão. Os projetos sedeados no Porto serão integrados na estrutura de entrega da FinTrU, garantindo o elevado nível de padrões de qualidade que oferecemos aos nossos clientes globais”, detalha a chief of staff, Katrien Roppe.

Na mesma nota divulgada à imprensa esta segunda-feira, Ricardo Valente, vereador da Economia, Emprego e Empreendedorismo da Câmara do Porto, salienta, por outro lado, que este investimento é um “grande reconhecimento” da estratégia da autarquia nortenha, liderada pelo independente Rui Moreira, que diz estar a “construir uma cidade onde pessoas, empresas, oportunidades e conhecimento convergem para um verdadeiro hub de talento”.

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5 coisas que vão marcar o dia

O INE passa a "pente fino" os dados relativos ao movimento de passageiros nos aeroportos, já o Eurostat dá a conhecer a evolução do comércio internacional. IGCP reembolsa 8.400 milhões aos mercados.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os dados relativos ao movimento de passageiros nos aeroportos nacionais, enquanto o Eurostat passa a “pente fino” o comércio internacional de mercadorias na UE. Esta segunda-feira, a IGCP reembolsa 8.400 milhões aos mercados. Os combustíveis voltam a ficar mais caros esta semana.

Como recupera a aviação?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar os dados sobre a atividade dos transportes, com dados referentes a agosto deste ano. Em julho, os aeroportos nacionais receberam 2,8 milhões de passageiros, o que representa mais do dobro face a igual período do ano passado, mas ainda abaixo do valor pré-pandemia.

IGCP reembolsa 8.400 milhões aos mercados

Portugal abate esta segunda-feira uma parte da sua dívida pública de cerca de 280 mil milhões de euros, quando um cheque de 8.4000 milhões de euros. Em causa está uma linha de Obrigações do Tesouro que a agência abriu a 9 de setembro de 2015, por via de um sindicato bancário.

Como evoluem os novos créditos ao consumidor?

O Banco de Portugal (BdP) vai dar a conhecer os dados relativos ao crédito ao consumo referentes a agosto. Em julho, o montante dos novos financiamentos aos consumidores desceu pelo segundo mês consecutivo, segundo dados da instituição liderada por Mário Centeno. Nesse mês, foram celebrados 43.374 contratos de crédito pessoal, mais 3,2% do que no mês anterior, mas o montante contratado, de 302 milhões, desceu 2,1% em relação a junho.

Combustíveis voltam a subir

Os combustíveis voltam a ficar mais caro esta semana. O preço do gasóleo vai aumentar 6,5 cêntimos por litro e a gasolina deverá ficar cinco cêntimos mais cara, apurou o ECO junto de uma fonte do setor. Contas feitas, deverá passar a pagar 1,921 litros por litro de gasóleo simples e 1,875 por litro de gasolina, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas na semana passada, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), e que já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras

Eurostat divulga dados sobre comércio internacional de mercadorias

O Eurostat vai divulgar esta segunda-feira os dados relativos ao comércio internacional de mercadorias na União Europeia (UE) referentes a 2021. Os dados mais recentes do INE indicam que, em agosto deste ano, as exportações em Portugal aumentaram 32,6% e as importações cresceram 51,9%, face a igual período de 2021. Nesse sentido, o défice comercial agravou-se em 1.748 milhões de euros face a agosto do ano passado.

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Trabalhadores da Auchan vão ter 25 dias de férias em 2023

Com cerca de 8.500 pessoas sob a sua alçada, Clara Costa, a nova líder de pessoas da Auchan, considera que o grande desafio nos RH é trabalhar cada vez mais a experiência do colaborador.

A Auchan vai passar a oferecer aos seus colaboradores 25 dias de férias por ano, a partir de 2023, mais três do que aqueles a que a Lei obriga. A companhia espera que a medida — que pretende promover o bem-estar e o tempo de descanso das pessoas — contribua para melhorar a experiência do colaborador e responda às suas necessidades.

“Vamos passar para 25 dias de férias, já a aplicar em 2023. Este é também o caminho”, avança à Pessoas Clara Costa, diretora de recursos humanos da Auchan Retail, cargo que assumiu em agosto, em substituição de Jorge Filipe.

Esta não é, contudo, a primeira vez que a companhia decide aumentar os dias de férias dos seus colaboradores. “A primeira vez foi ainda antes da Covid. Demos mais dois dias de férias e foi algo que os colaboradores valorizaram muito, acho que até mais do que, às vezes, outro tipo de pequenos reconhecimentos. O tempo para estar com a família, o tempo de descanso, é algo que valorizamos e que a equipa também reconhece esse valor”, explica.

Com cerca de 8.500 pessoas debaixo da sua alçada — sendo que 90% está nas lojas — Clara Costa considera que o grande desafio nos recursos humanos é trabalhar cada vez mais a experiência do colaborador. “Aquilo que constatamos quando estamos do lado de cá a gerir é que fazemos muitos estudos e, por isso, achamos que sabemos aquilo que os colaboradores precisam, mas, na verdade, os estudos dão-nos os grandes grupos e nós temos de ir, cada vez mais, ao indivíduo.”

Quando vamos para a loja e falamos com as pessoas, concluímos que, muitas vezes, aquilo que nós propomos nem sempre é aquilo que a pessoa mais valoriza ou aquilo que a pessoa mais precisa. O grande desafio é propor uma experiência única ao colaborador. Costumo dizer que é um bocadinho como também queremos propor ao cliente.

Clara Costa

DRH da Auchan Retail

É no terreno que se apura se existe, realmente, um desencontro entre as medidas propostas pela companhia e as mais valorizadas pelos trabalhadores. “Quando vamos para a loja e falamos com as pessoas, concluímos que, muitas vezes, aquilo que nós propomos nem sempre é aquilo que a pessoa mais valoriza ou aquilo que a pessoa mais precisa. O grande desafio é propor uma experiência única ao colaborador. Costumo dizer que é um bocadinho como também queremos propor ao cliente.”

Flexibilizar o setor

Além de alargar os dias de férias — uma medida que também a Leroy Merlin implementou este ano, passando os seus trabalhadores a gozar de 23 dias por ano — a Auchan conta com uma série de outras medidas que visam, no fundo, aumentar a flexibilidade das suas pessoas com funções que não permitem o teletrabalho. E essas são a esmagadora maioria na retalhista alimentar.

“Agora falamos muito na questão do teletrabalho, mas, na verdade, não é uma questão para a maioria dos portugueses”, afirma Clara Costa. Para os 90% de profissionais da Auchan que estão nas lojas medidas como juntar as folgas semanais, permitir que os casais escolham se querem tirar férias e folgas de forma conciliada ou não, fazer o planeamento dos horários de trabalhos com dois meses de antecedência (não se usa o banco de horas) e permitir a troca de horários entre os colaboradores são bem vistas.

Para promover e apoiar a parentalidade, a empresa arrancou com duas creches, na Amadora e em Alfragide, em 2010 e 2012, respetivamente, com um escalão de pagamento associado ao rendimento do colaborador. Se for um diretor paga mais, se for um operador paga o mínimo, que ronda os 50/60 euros.

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Preços dos combustíveis voltam a subir e estão em níveis praticados no Verão

É preciso recuar a 17 de julho para encontrar o preço por litro do diesel mais caro e, no caso da gasolina, recuar a 1 de agosto. No espaço de uma semana preços subiram 18 cêntimos.

Gasolina e gasóleo estão a subir há três semanas consecutivas e já somam 18 cêntimos. Estão em níveis tão altos como os praticados no Verão, anulando as descidas verificadas nas semanas anteriores. De acordo com os dados avançados ao ECO por uma fonte do mercado, o litro de gasóleo vai aumentar 6,5 cêntimos esta segunda-feira, enquanto o litro de gasolina deverá subir cinco cêntimos. É preciso recuar a 17 de julho para encontrar o preço por litro do diesel mais caro e, no caso da gasolina, recuar a 1 de agosto.

Ou seja, quando for abastecer ao longo desta semana vai pagar 1,921 euros por litro de gasóleo simples, o combustível mais usado em Portugal, e 1,875 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas na segunda-feira passada, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), e que já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras. Estes valores ainda podem ser ajustados porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras.

Por exemplo, a semana passada, o preço do gasóleo subiu 10,4 cêntimos, e não 11,5 como inicialmente se apontava. Mas a gasolina, em vez de subir sete cêntimos, disparou 12,4 cêntimos. A subida mais elevada desde que existem dados disponíveis, que poderá ser parcialmente justificada pelo facto de o barril ter brent ter disparado 3,7% face ao dia anterior.

Estes valores incorporam os novos descontos aplicados no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP). Em outubro o Governo decidiu reduzir o desconto em 4,4 cêntimos na gasolina e 0,1 cêntimos no gasóleo, porque os preços dos combustíveis estavam a começar a abrandar. No entanto, com o corte na produção de crude por parte dos países da OPEP+ numa magnitude sem precedentes desde a pandemia – dois milhões de barris por dia – o “ouro negro” disparou.

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Serviço da dívida pública cai para metade em dez anos

O juro implícito da dívida pública será de 2,3% no final do ano, o valor mais baixo desde que Portugal aderiu ao Euro em 2001.

O Governo estima que o Estado pague 6,3 mil milhões de euros em juros da dívida pública este ano, cerca de 2,6% do PIB. Trata-se do valor absoluto mais baixo desde 2011. Mas não só. As contas da República contarão também com uma taxa de juro implícita da dívida pública de 2,3%, cerca de metade do verificado em 2012 e a mais baixa taxa desde a entrada de Portugal no Euro.

Desde 2001 que o custo dos juros e outros encargos com a dívida pública têm vindo a cair, segundo dados do Banco de Portugal. Porém, é notória a existência de um controlo mais severo do “monstro” da dívida, e particularmente dos juros, desde 2012.

Há dez anos, o Estado apresentava uma fatura acima dos 9 mil milhões de euros com o pagamento do serviço da dívida. Tratava-se de um valor equivalente a 5,4% do PIB, um recorde histórico nas contas públicas, que conferia uma taxa de juro implícita da dívida (rácio entre o valor dos juros do ano e o valor do stock da dívida do ano anterior) de 4,5%.

Na altura, Portugal estava sob intervenção da Troika, depois de a 6 de abril de 2011 o primeiro-ministro José Sócrates ter pedido ajuda externa ao Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu (BCE). É preciso recuar até 2004 para se encontrar um custo com os juros mais elevado do que o observado em 2012.

No próximo ano, apesar de o governo de António Costa prever um aumento de 8,2% (cerca de 518 milhões de euros) na fatura do serviço da dívida face a 2022, os 6,8 mil milhões de euros de juros que serão pagos pelo Tesouro representarão cerca de 2,7% do PIB e traduzirão uma taxa de juro implícita da dívida de 2,4%.

Fonte: INE, Banco de Portugal, Governo e ECO. A taxa de juro implícita da dívida pública consiste no rácio entre o valor dos juros do ano e o valor do stock da dívida do ano anterior.

 

Dívida pública a caminho dos 300 mil milhões de euros

A confirmarem-se as previsões do Governo de para 2022, o Estado deverá chegar ao final do ano com o valor de juros pagos mais baixo desde 2011. Porém, isso não significa que isso se deva a uma redução do stock da dívida pública ao longo deste tempo. Muito pelo contrário.

Desde a entrada de Portugal no Euro, em 2001, o stock da dívida pública cresceu a um ritmo médio anual de 6,8%, duplicando a cada 10,5 anos. Enquanto isso, o PIB (a preços correntes) cresceu, em média, 2,6% anualmente. Durante estes 22 anos nem por uma vez o stock da dívida registou uma correção anual.

Todavia, é também certo que apesar de nos últimos 10 anos a dívida ter continuado a aumentar, totalizando cerca de 222 mil milhões no final do ano passado, tem engordado a um ritmo mais lento: entre 2012 e 2021 o stock da dívida aumentou, em média, 3,3% por ano. E nos últimos cinco anos chegou mesmo a crescer a um rimo abaixo da taxa de crescimento PIB.

Fonte: Banco de Portugal, Governo e INE. Valores em mil milhões de euros.

Para o próximo ano, a proposta do OE 2023 aponta para um incremento de 4,7% do stock da dívida para 302 mil milhões de euros, cerca de 110,8% do PIB. Será a primeira vez que a dívida ultrapassará a barreira dos 300 mil milhões de euros.

A proposta de orçamento entregue por Fernando Medina, ministro das Finanças, na Assembleia da República a 10 de outubro, revela também a intenção de, no próximo ano, o Estado se financiar no mercado de dívida em 58,9 mil milhões de euros, 10% mais do que este ano. Grande parte do pacote de financiamento da máquina do Estado será realizado através da emissão de obrigações do Tesouro, onde o Estado pretende angariar 23,45 mil milhões de euros, 78% superior ao valor estimado para este ano.

Entre emissões e amortizações do Tesouro, o Governo prevê fechar o próximo ano com 12,86 mil milhões de euros de emissões líquidas de obrigações do Tesouro, um valor 3,7 vezes acima do estimado para este ano.

Sob um ambiente de fortes subidas das taxas de juro no mercado monetário, avizinha-se um desafio de grandes dimensões para o Estado e para o IGCP, a entidade que gere a dívida pública da República. Não só em 2023 mas sobretudo nos próximos anos, quando o Estado necessitar de fazer rollover à dívida que for vencendo e, com isso, ter de enfrentar emissões de dívida por um preço de duas, três e mais vezes superiores aquele que pagou quando emitiu dívida nos últimos cinco anos.

Só nos últimos seis meses, o custo de financiamento da República aumentou, em média, 163 pontos base, com Portugal a apresentar uma subida da yield ao longo de toda a curva de rendimento das suas obrigações. Os títulos a 10 anos passaram de uma yield de 1,85% a 14 de abril para os atuais 3,44%. E de acordo com o calendário de amortizações de dívida de médio e longo prazo do IGCP, entre o próximo ano e 2030 irão vencer 115,6 mil milhões de euros de obrigações do Tesouro, cerca de dois terços da totalidade de obrigações do Tesouro emitidas pelo Estado.

Fonte: IGCP. Valores em mil milhões de euros.

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Dívida pública dá tombo com IGCP a pagar hoje cheque de 8,4 mil milhões aos credores

Dívida pública prepara-se para dar um grande tombo esta segunda-feira: IGCP devolve 8,4 mil milhões de euros aos investidores. Medina quer chegar ao final do ano com rácio de 115%.

Portugal abate esta segunda-feira uma parte relevante da sua gigante dívida pública de cerca de 280 mil milhões de euros, quando o IGCP devolver aos mercados um cheque de 8,4 mil milhões relativos a uma linha de obrigações aberta há sete anos.

Em causa está uma linha de Obrigações do Tesouro que a agência que gere a dívida pública – agora liderada por Miguel Martin – abriu no dia 9 de setembro de 2015, por via de um sindicato bancário, lançando uma nova maturidade de referência no mercado que expira agora. Na altura, Portugal preparava-se para ir a eleições, no rescaldo da dura intervenção da troika no país, com Passos Coelho (então primeiro-ministro) a defrontar António Costa (viria a tirar-lhe o lugar no final desse ano). Tudo mudou desde então.

A emissão inicial permitiu um financiamento de três mil milhões de euros em títulos com um cupão de 2,2%. Mas depois disso o IGCP reabriu a linha numa dezena de ocasiões nos três anos seguintes, chegando a atingir os 10,7 mil milhões de euros em fevereiro de 2018.

Seguiram-se depois cinco operações de recompra antecipada destas obrigações, a última das quais em março deste ano, dentro da estratégia seguida por Cristina Casalinho (anterior presidente do IGCP) no sentido de “alisar” o perfil de reembolsos ao longo do tempo. Ainda assim, o Tesouro português chega agora ao fim desta linha com um saldo vivo de 8.401.261.937 euros, de acordo com os dados disponibilizados pela Reuters, dinheiro que terá de ser devolver aos investidores esta segunda-feira.

O ECO contactou o IGCP sobre este reembolso, mas não obteve uma resposta.

“Posição confortável”

Em maio deste ano, pouco antes de sair da liderança da agência, Cristina Casalinho sublinhou ao ECO que, “considerando a evolução do excedente de liquidez”, Portugal beneficiava de “uma posição confortável” para proceder a este reembolso sem dificuldades, isto quando o IGCP já levava metade do programa de emissão de obrigações cumprido.

Os dados da agência mostram emissões com Obrigações do Tesouro de 11,6 mil milhões de euros este ano – incluindo já o financiamento de mil milhões obtido na semana passada e operações de troca de dívida que realizou ao longo do ano. A “almofada financeira” — que Casalinho chegou a considerar que era uma espécie de “apólice de seguro” para tempos de crise — era de 8,8 mil milhões no final do ano passado e deverá recuar para 5,9 mil milhões no final deste ano. Dinheiro suficiente para “passar o cheque” esta segunda-feira.

Com este reembolso, a dívida pública deverá dar um tombo em outubro. Em agosto, a dívida pública situava-se nos 278,2 mil milhões de euros, de acordo com o Banco de Portugal. Portugal terminou o segundo trimestre do ano com um rácio de 126,7% do Produto Interno Bruto (PIB), estando a reduzir-se desde o final do primeiro trimestre do ano passado, à boleia do bom desempenho da economia neste período.

O Governo conta com uma descida da dívida pública para 115% do PIB no final deste ano, projetando nova queda em 2023 para os 110,8% do PIB, segundo a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.

Portugal enfrenta um calendário de reembolsos mais exigente nos próximos anos e num período de subida das taxas de juro da dívida, por conta da inflação e do aperto monetário do Banco Central Europeu (BCE). Daqui a um ano tem uma linha de 10,6 mil milhões de euros a vencer, e terá de devolver outros 10,5 mil milhões passados quatro meses, em fevereiro de 2024.

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Lisboa é o concelho menos apelativo para investir no arrendamento

A taxa de rendibilidade de um imóvel comprado hoje na capital e colocado no mercado de arrendamento é de apenas 4,2%, 110 pontos base abaixo da média nacional e inferior aos 5% que oferecia em 2018.

O mercado imobiliário continua a fervilhar por todo o país. Nos últimos quatro anos, o valor mediano do metro quadrado da avaliação bancária em Portugal cresceu a um ritmo médio de 10,25% ao ano e as rendas cresceram, em média, 8,3% ao ano.

Em Lisboa, o metro quadrado da avaliação bancária registou, nos últimos quatro anos, uma valorização média anual de 9,4%, colocando a capital no topo dos concelhos com o preço do metro quadrado mais elevado, com um imóvel de 100 metros quadrados a ser avaliado em cerca de 350 mil euros (3.500 euros por metro quadrado).

Em média, por cada 1000 euros de investimento na compra de uma casa em Lisboa, os senhorios recebem, por ano, menos de 500 euros de renda, o equivalente a uma yield de 4,1%. Em agosto de 2018, a taxa de rendibilidade média anual dos imóveis lisboetas arrendados era de 5%.

Porém, no mesmo período, as rendas dos novos contratos de arrendamento na capital subiram, em média, 4% ao ano. Isto fez com que o investimento imobiliário em Lisboa a pensar no mercado arrendamento tenha ficado menos apelativo. Aliás, atualmente, tendo em conta o preço do metro quadrado da avaliação bancária e as rendas praticadas no país, Lisboa é o concelho com mais de 100 mil habitantes menos apelativo para investir no mercado imobiliário com foco no arrendamento.

Em média, por cada mil euros de investimento na compra de uma casa em Lisboa, os senhorios recebem, por ano, menos de 500 euros de renda, o equivalente a uma yield de 4,1%. Em agosto de 2018, a taxa de rendibilidade média anual dos imóveis lisboetas arrendados era de 5%.

No extremo oposto está Vila Nova de Gaia, com a yield média do investimento imobiliário focado no arrendamento (rácio entre as rendas recebidas num ano pelo valor do imóvel) a atingir os 5,9%. Mesmo assim, é um valor longe da taxa de rendibilidade média de 7% que o concelho nortenho apresentava no primeiro semestre de 2018.

A queda da yield do investimento dos imóveis arrendados em Vila Nova de Gaia deve-se particularmente a uma subida acentuada dos imóveis na ordem dos 12,4% ao ano que não foi acompanhada pelo mercado de arrendamento, com as rendas a subirem, em média, 9,16% no concelho no mesmo período, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.

Rendibilidade média do arrendamento está a cair a pique

Fonte: INE. Yield do arrendamento calculado com base nos últimos dados disponíveis sobre o valor mediano da avaliação bancária e do valor mediado das rendas de novos contratos.

Em Portugal, a yield média do investimento imobiliário com foco no arrendamento é atualmente de 5,3%, cerca de 0,7 pontos percentuais abaixo do valor registado em dezembro de 2018. A queda da taxa de rendimento do investimento imobiliário focado no arrendamento é transversal a todo o país e é explicada, principalmente, por o valor das avaliações bancárias ter aumentado de forma mais acentuada do que o valor das rendas nos últimos anos.

Este comportamento foi particularmente intenso no último ano, como resultado da subida da taxa de inflação desde abril de 2021 para os atuais 9,28%, levando à boleia o preço dos imóveis, mas não o valor das rendas. E assim deverá continuar a suceder no próximo ano, por conta de duas variáveis: se por um lado a inflação não mostra sinais de vir a abrandar (empolando ainda mais o preço dos imóveis), por outro lado as rendas das casas e das lojas não poderão aumentar mais do que 2% em 2023, como resultado da revisão do Novo Regime de Arrendamento.

Entre os concelhos com mais de 100 mil habitantes onde a yield dos investidores mais caiu nos últimos quatro anos está Sintra: em junho, a taxa de rendibilidade do arrendamento estava nos 7,2% e hoje é de 5,4%. Esta disparidade de taxas é justificada pelo aumento recorde (em termos nacionais) de 14% do metro do quadrado de avaliação bancária desde 2018, em contrapartida de uma subida de 9,1% por ano das rendas.

Atualmente, metade dos 24 concelhos com mais de 100 mil habitantes oferecem uma taxa de rendibilidade média anual dos imóveis arrendados acima da média nacional (5,3%).

Yield do arrendamento dos maiores concelhos do país

Fonte: INE. Yield do arrendamento calculado com base nos últimos dados disponíveis sobre o valor mediano da avaliação bancária e do valor mediado das rendas de novos contratos.

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Presidentes da BPI VeP, Ageas V&P e Real vão debater futuro do Ramo Vida

  • ECO Seguros
  • 16 Outubro 2022

O primeiro painel da tarde da 3ª Conferência ECOseguros vai juntar Isabel Castelo Branco, Nelson Machado e Marta Graça Ferreira sobre como relançar os ramos Vida, Pensões e Reforma.

O primeiro Painel da tarde de dia 20 de outubro da 3ª Conferência Anual ECOseguros, terá como participantes Isabel Castelo Branco, presidente da BPI Vida E Pensões, Nelson Machado, responsável máximo pelas áreas Vida e Pensões do Grupo Ageas Portugal e Marta Graça Ferreira, presidente da Real Vida Seguros.

Isabel Castelo Branco, Nelson Machado e Marta Graça Ferreira falam sobre os novos caminhos para o Ramo Vida.

A partir do mote “Vida/poupança/reforma – O virar da página nos seguros de Vida e Pensões” será possível, num mesmo momento, ouvir diferentes perspetivas de importantes companhias de Ramo Vida com um fim comum, mas diferentes caminhos para chegar. Seguros financeiros ou de puro risco, preferir bancassurance ou canal mediação, capital português, ibérico ou europeu. E a opinião pessoal sobre o futuro de gestores com enorme conhecimento e disponibilidade para o partilhar com a assistência.

A edição deste ano, com o mote Resposta da indústria seguradora aos desafios económicos e sociais de 2023, será a primeira presencial já que nas primeiras realizações em 2020 e 2021 as restrições ditadas pela pandemia Covid-19 obrigaram à sua realização online. Terá lugar no próximo dia 20 de outubro, no Centro de Congressos de Lisboa. Pode inscrever-se aqui .

Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, entidade supervisora dos seguros e fundos de pensões, vai realizar o discurso de encerramento da Conferência.

Num último painel antes do encerramento, a 3ª Conferência Anual ECOseguros vai contar com os dirigentes das principais seguradoras a atuar em Portugal em todos os ramos de seguros. José Galamba de Oliveira, presidente a Associação Portuguesa de Seguradores, estará em debate com Pedro Carvalho, CEO da Tranquilidade/Generali, Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal e Teresa Brantuas, CEO da Allianz Portugal.

A III Conferência ECOseguros conta com o apoio do Grupo Ageas Portugal, Allianz, Caravela Seguros, CA Vida, Cleva Inetum, Cosec, EY, Fidelidade, Innovarisk, lluni, MPM, Real Vida Seguros e Tranquilidade.

Programa provisório

9.30 – Abertura

9.40 – O impacto do contexto macroeconómico no setor segurador

10.15 – O papel dos mediadores no melhorar a proteção dos consumidores e otimizar os custos dos segurados

11.15 – Coffee Break

11.30 – Tecnologia e seguros – O que esperar dos aumentos de eficiência e de novas oportunidades

12.30 – Intervalo para almoço

14.15 – Vida/poupança/reforma – O virar da página nos seguros de Vida e Pensões

Painel com a participação de:

– Isabel castelo Branco, CEO da BPI Vida e Pensões;

– Nelson Machado, CEO Vida & Pensões do Grupo Ageas Portugal;

– Marta Graça Ferreira, presidente da Real Vida Seguros.

15.15 – Longevidade, Seguros de saúde ou planos de saúde

16.00 – Os grandes desafios das seguradoras em ano económico desafiante

Painel com a participação de:

– José Galamba de Oliveira, presidente a Associação Portuguesa de Seguradores;

– Pedro Carvalho, CEO da Tranquilidade/Generali;

– Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade;

– Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal;

– Teresa Brantuas, CEO da Allianz Portugal.

17.00 – Encerramento por Margarida Corrêa de Aguiar, Presidente da ASF.

O ECOseguros é uma marca do ECO – Economia online, publicando um site noticioso, uma newsletter diária, o livro anual Seguros Yearbook em maio de cada ano, o Fórum Nacional de Seguros, cuja 1ª edição se realizou em julho no Porto e a Conferência Anual cuja 3ª edição se realiza no próximo dia 20 de outubro.

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