Caso EDP: Tribunal da Relação devolve reforma a Manuel Pinho

O Tribunal da Relação mandou devolver a pensão de reforma do ex-ministro da Economia Manuel Pinho no âmbito do processo EDP.

O Tribunal da Relação mandou devolver a pensão de reforma a Manuel Pinho, segundo avançou a Sic Notícias. Em fevereiro, o valor mensal da pensão do ex-ministro da Economia tinha sido reduzida de 15.000 euros por mês para 2.115 euros no âmbito do processo EDP.

Segundo o Tribunal, esta decisão é tomada após a verificação de que não existem indícios de que a pensão fizesse parte do acordo corruptivo que alegadamente fez com Ricardo Salgado, refere a Sic Notícias.

Carlos Alexandre aplicou uma caução de seis milhões a Manuel Pinho e prisão domiciliária com pulseira eletrónica. O ex-ministro ficou assim como o arguido com a mais alta caução aplicada pela justiça portuguesa. Manuel Pinho foi constituído arguido no âmbito do caso EDP no verão de 2017 por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo.

No início de fevereiro, o juiz de instrução Carlos Alexandre aceitou o pedido de arresto de três imóveis do ex-ministro da economia e de 10 da mulher Alexandra Pinho e reduziu o valor mensal da reforma de Manuel Pinho.

O caso EDP está relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) no qual os antigos gestores António Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção do contrato das rendas excessivas, no qual, segundo o MP, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade.

Manuel Pinho foi constituído arguido no verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo (GES). No processo EDP/CMEC, o MP imputa aos antigos administradores António Mexia e Manso Neto, em coautoria, quatro crimes de corrupção ativa e um crime de participação económica em negócio.

O processo tem ainda como arguidos Ricardo Salgado, antigo presidente do GES, João Conceição, administrador da REN e antigo consultor de Manuel Pinho, e Artur Trindade, ex-secretário de Estado da Energia de um governo PSD.

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Hotéis batem recorde de receitas por quarto em agosto

Além do recorde de turistas, agosto de 2022 foi o mês mais rentável de sempre para os quartos em alojamentos, salienta INE, ficando mais de 20% acima dos valores pré-pandemia.

Os quartos renderam o maior valor de sempre para hotéis e alojamentos. Em agosto, o rendimento médio por quarto disponível atingiu os 137,2 euros, mais 21,1% do que no mesmo mês de 2019, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os recordes não ficaram por aqui para os donos dos alojamentos: as receitas totais aumentaram 24,9% face a agosto de 2019 e os proveitos de aposento atingiram os 639 milhões de euros, mais 25,7% do que no mesmo mês de 2019. Hotéis e estabelecimentos de alojamento local tiveram subidas superiores a 10% face a agosto de 2019; nos espaços de turismo rural e de habitação, a subida ronda os 60%.

Apenas por bater ficou o recorde da taxa líquida de ocupação-cama, que foi de 68,3% em agosto de 2022, menos 0,4 pontos percentuais do que em igual mês de 2019.

Desde o início do mês que se sabia que Portugal tinha batido o recorde de turistas: em agosto, os alojamentos registaram 3,4 milhões de hóspedes e 9,9 milhões de dormidas, mais 1,2% e 2,8%, respetivamente, na comparação com agosto de 2019, o anterior máximo histórico.

Lisboa e Albufeira concentram dormidas

Os dados do INE também revelam que os concelhos de Lisboa e de Albufeira concentraram 27,1% do total de dormidas do país e de 32,9% do total de dormidas dos estrangeiros. Na capital, houve 1,5 milhões de turistas, mais 2,1% do que o recorde de 2019. Na cidade algarvia, houve 1,2 milhões de dormidas, ficando 11,8% abaixo do recorde de agosto de 2019.

Funchal foi o terceiro concelho com mais dormidas em agosto, com 613,7 mil, mais 21,6% face a igual mês de 2019. O município do Porto ficou em quarto lugar, com 591,1 mil dormidas, mais 16% na comparação com agosto de 2019.

Nos primeiros oito meses do ano, o município do Funchal teve mais 8,2% de dormidas do que em igual período de 2019; no Porto, o aumento foi de 1,8%. Em Lisboa e Albufeira, o cenário é contrário, com descidas de 8,6% e de 17%, respetivamente.

(Notícia atualizada às 11h35 com mais informação)

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Bónus pagos aos banqueiros britânicos duplicaram desde a crise financeira

  • ECO
  • 14 Outubro 2022

Secretária-geral da Trades Union Congress acusa o Governo de enriquecer setor da banca enquanto “retém” salário de trabalhadores essenciais, criticando uma proposta do chanceler do Tesouro britânico.

Os bónus pagos aos banqueiros britânicos mais do que duplicaram desde a crise financeira de 2008, estima a entidade sindical Trades Union Congress (TUC), que acusa o Governo do Reino Unido de enriquecer este setor enquanto “retém” o salário de trabalhadores essenciais.

Segundo a entidade, os bónus no setor das finanças e seguros atingiram um valor médio recorde de 20 mil libras anuais, segundo dados citados esta sexta-feira pelo The Guardian. O cálculo surge em reação à proposta do chanceler do Tesouro britânico, Kwasi Kwarteng, que quer aumentar o limite nos bónus dos banqueiros.

A TUC avança que, entre 2008 e 2022, o bónus médio dos banqueiros aumentou 101% em termos reais. Por isso, defende que “não há justificação para aumentar o limite do bónus dos banqueiros – especialmente quando enfermeiros e assistentes de ensino precisam de um banco alimentar para sobreviver”, criticou a secretária-geral da TUC, Frances O’Grady.

Dados da Autoridade Bancária Europeia (EBA – sigla inglesa) mostram que 3.519 banqueiros no Reino Unido auferem o equivalente a mais de um milhão de euros anuais, um número sete vezes superior ao registado na Alemanha, que conta com o segundo maior número de banqueiros nesta categoria. Em simultâneo, 27 banqueiros do Reino Unido receberam o equivalente a mais de dez mil milhões de euros em 2019, enquanto dois gestores de ativos receberam entre 38 e 39 milhões.

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Investimento de 11 milhões cria 120 postos de trabalho no novo Hospital CUF do Porto

  • Lusa
  • 14 Outubro 2022

O novo hospital está instalado num edifício propriedade da Ordem da Trindade e tem uma área de mais de quatro mil metros quadrados.

O Hospital CUF Trindade é hoje inaugurado no Porto, representando um investimento de 11 milhões de euros e a criação de 120 postos de trabalho, disse à Lusa fonte da unidade de saúde.

Resultado de uma parceria com a Ordem da Trindade, instituição de solidariedade social com quase três séculos de história, a nova unidade de saúde da CUF “vem reforçar a oferta de cuidados no centro da cidade do Porto”, refere o comunicado.

O novo hospital está instalado num edifício propriedade da Ordem da Trindade e tem uma área de mais de quatro mil metros quadrados, divididos por três pisos de atividade assistencial, incluindo 30 especialidades médicas e cirúrgicas, contando ainda com 16 camas de internamento, três salas de bloco operatório e mais de 30 gabinetes de consultas, exames ou tratamento, prossegue a nota de imprensa.

A abertura decorrerá de forma faseada com a disponibilização imediata dos serviços de Consulta Externa e Imagiologia e, numa segunda fase, em novembro, com o Internamento, Bloco Operatório e Exames Especiais. O Atendimento Médico não Programado e o Hospital de Dia Médico e Oncológico entrarão em funcionamento no primeiro semestre de 2023, informa o hospital.

A nova unidade hospitalar está instalada num edifício histórico, propriedade da Ordem da Trindade, que investiu cerca de 12 milhões de euros na sua reabilitação e que contou com o financiamento do IFRRU2020 – Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas, assinala a nota de imprensa.

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Situação económica em 2023 “vai ser pior, lá fora e cá dentro”, alerta Horta Osório

  • ECO
  • 14 Outubro 2022

Horta Osório defende que o Governo "tem a vantagem e a responsabilidade de ter uma maioria absoluta", pelo que pode tomar medidas que considere importantes.

O gestor António Horta Osório alerta que a situação económica “para o ano vai ser pior, lá fora e cá dentro”. Numa entrevista à CNN Portugal, o português avisa que a inflação não se deve generalizar, sendo que os bancos centrais foram “complacentes” mas agora já estão “completamente comprometidos” em controlar as subidas de preços.

Horta Osório aponta que o próximo ano será “muito difícil” para Portugal, que é uma “pequena economia aberta” e tem “alguma latitude de ajustar os impactos internacionais”. “Essa latitude é limitada e não há dúvida que infelizmente o agravamento dos preços alimentares, da crise energética muito exacerbados pela guerra na Ucrânia levaram a uma inflação que se está a generalizar e não se deve generalizar – é um imposto oculto e injusto sobre a sociedade”, reitera.

O gestor alerta, assim, que as pessoas devem estar preparadas para o que aí vem, por forma a “tomar as medidas adequadas para se prepararem” e não sentirem um choque de surpresa. Horta Osório aponta ainda que o Governo “tem a vantagem e a responsabilidade de ter uma maioria absoluta” e pode tomar medidas que considere importantes.

O português, que estava à frente do Credit Suisse, falou também sobre a banca, apontando que não acredita que os bancos estejam a ter grandes ganhos após a crise, apesar de terem “muita liquidez”. “Não me parece que seja verdade que os bancos estejam a ter grandes ganhos porque se vir a rentabilidade dos capitais próprios ela é bastante inferior a 10%”, salienta.

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Francesa DPD “encomenda” hub de 28 milhões em Loures

Empresa de transporte expresso, com 24 milhões de encomendas por ano, 15 estações e 1.200 funcionários, junta sede e operações de São João da Talha e Olivais no novo parque do grupo belga VGP.

A DPD anunciou esta sexta-feira um investimento de 28 milhões de euros para criar um hub de distribuição de encomendas em Loures, na região de Lisboa, com uma área total de 12 mil metros quadrados. O novo espaço vai juntar a sede da empresa e as operações de São João da Talha (Loures) e Olivais (Lisboa).

Aquele que, quando as obras estiverem terminadas, em maio de 2023, passará a ser o maior hub de encomendas da empresa em Portugal, vai ficar situado no nó das autoestradas A40/A9 e reforçará a resposta às entregas na região da capital, nas localidades de Lisboa, Odivelas, Loures, Vila Franca de Xira, Mafra, Torres Vedras, Alenquer e Carregado.

Em 2021, a DPD Portugal entregou 23,8 milhões de encomendas, mais 10,8% em relação ao ano anterior, com a faturação a ascender a 88,5 milhões de euros. Em comunicado, o CEO, Olivier Establet, atribui este crescimento ao “aumento significativo e gradual” do comércio online no país e à “capacidade [da empresa] acompanhar a evolução das necessidades dos clientes B2B e B2C”.

Olivier Establet, CEO da DPD Portugal

Concorrente dos CTT no mercado doméstico do transporte expresso, a DPD detém 15 estações (Vila Real, Porto, Maia, Guarda, Viseu, Coimbra, Leiria, Torres Novas, Póvoa de Santa Iria, Lisboa, Corroios, Sintra, Évora, Faro e Funchal), uma frota de mais de 700 viaturas de distribuição e emprega cerca de 1.200 pessoas.

A transportadora de origem francesa é uma das primeiras inquilinas do novo VGP Park Loures, que será 100% dedicado à chamada logística de last mile. Liderada por José Ferreira, a operação do grupo belga VGP em Portugal arrancou em 2019, tendo inaugurado em novembro do ano passado o primeiro parque empresarial em Santa Maria da Feira, num investimento avaliado em 20 milhões de euros.

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Yerbo. Esta plataforma quer combater burnout das equipas tech

Português Francisco Vieira Mendes é o responsável pelo crescimento da Yerbo, plataforma para gerir o bem-estar mental dentro das equipas de tecnologia e evitar cenário de esgotamento.

Nasceu em plena pandemia e quer ajudar a combater o burnout nas equipas tech. Mas não só. A Yerbo, conta já com mais de 200 mil utilizadores, sobretudo na América do Norte e da América Latina, e tem o português Francisco Vieira Mendes entre os fundadores.

“Construímos um software que permite a gestão do bem-estar mental dentro das equipas de tecnologia e não só. Também trabalhamos com pessoas que estão em frente ao computador para evitar esgotamento crónico laboral (burnout) e também para proativamente gerirem o seu bem-estar. Assim, poderão atingir os seus objetivos de alto desempenho, que continuam a ser necessários, mas evitando os comportamentos que podem levar ao esgotamento”, explica o português, Francisco Vieira Mendes, um dos fundadores da plataforma.

A startup foca-se no indivíduo e nas suas equipas. “Quando a situação chega aos recursos humanos, normalmente já é demasiado tarde”, nota Francisco Vieira Mendes.

A Yerbo conta com a opção gratuita e a versão paga. A opção gratuita marcou o arranque da startup, em março de 2020, com o lançamento do Burnout Index. “É um índice que permite a qualquer pessoa, de forma gratuita, aferir o seu risco de estar num processo de stress crónico laboral”. Nas primeiras duas semanas, 100 mil pessoas participaram no inquérito, que coincidiu com a eclosão da Covid-19 no mundo.

Equipa da Yerbo trabalha de forma totalmente remota.

O produto definitivo da tecnológica foi disponibilizado no mercado no final de 2020 e é de uso individual. A plataforma conta com três secções de perguntas, elaboradas por uma equipa de ciência comportamental: “na primeira, os utilizadores indicam como se estão a sentir e abrem as suas emoções. Depois, medimos a questão do compromisso laboral com três fatores: foco, propósito e energia. No final, medimos o risco de esgotamento.”

Com mais de 200 mil utilizadores, a solução também emite alertas preventivos, caso alguém esteja com um nível de exaustão superior a um determinado patamar durante duas semanas. “Damos um alerta ao utilizador porque pode estar em risco de um esgotamento e sugerimos ações para combater isso — temos uma biblioteca de programas para trabalhar cada um destes fatores, como a exaustão e a auto-ineficácia.”

A versão paga conta com uma mensalidade e permite a um líder trabalhar com a sua equipa, embora os dados sejam anónimos. “Com base na informação coletiva, criamos um guião para a próxima conversa entre líder e um dos trabalhadores. Escolhendo alguém dentro da empresa, o sistema sugere que tópicos podem ser conversados durante uma reunião e com base nos dados dos inquéritos coletivos.”

América é o mercado e há mais capital a caminho

Até agora, a Yerbo tem apostado, sobretudo, nos mercados dos Estados Unidos e do Brasil, onde conta com alguns clientes corporativos. “Chegamos às empresas depois de os trabalhadores terem começado a preencher os inquéritos.”

O trabalho é totalmente remoto porque “o talento chega de qualquer lado” e “pode-se ser produtivo em qualquer tipo de ambiente”. Para Francisco Vieira Mendes, não haveria hipótese de implementar o modelo de trabalho híbrido. “A maior dificuldade seria termos 90% da equipa presencial e os restantes estariam espalhados, porque torna mais difícil as pessoas serem parte integrante da equipa.”

Com cerca de 650 mil euros já arrecadados, a Yerbo prepara-se para levantar uma ronda seed (semente) com um objetivo claro. “Aumentar a equipa e dar mais resposta ao mercado. Queremos ser 25 pessoas até ao final de 2023 para podermos dar resposta aos pedidos dos nossos utilizadores”. Maior automatização da plataforma e integração noutras aplicações são os principais pedidos dos clientes.

Francisco Vieira Mendes, cofundador e responsável de crescimento da Yerbo.

Do Porto para Bogotá

Natural do Porto, Francisco Vieira Mendes é a única pessoa da Yerbo na Colômbia, país onde esteve pela primeira vez há praticamente dez anos, no âmbito de uma candidatura ao programa internacional de estágios InovConacto. “Entrei na edição de 2013 e fui para Bogotá trabalhar para uma empresa de software de recursos humanos.”

Seis meses depois, o empreendedor foi contratado e, entretanto, tornou-se sócio da empresa tecnológica, criando toda a estratégia de marketing e de vendas. Em 2015, Francisco trouxe a empresa para Portugal, ocupando um escritório na comunidade de empresas tecnológicas Founders Founders, no Porto.

Mais tarde, Francisco acabou por voltar para Bogotá e acabou por ajudar a fundar a Yerbo, por causa do “histórico familiar de esgotamento”.

O regresso à Invicta não está a ser considerado, por questões pessoais. “Gosto muito de vir ao Porto mas também já sinto Bogotá como parte da minha vida.” Mais depressa, o empreendedor português admite vir a ser um nómada digital durante alguns meses e continuar a contribuir para prevenir problemas de saúde mental no mundo tecnológico.

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“Resistimos ao canto da sereia de aumentar o défice”, diz Medina

  • ECO
  • 14 Outubro 2022

Ministro das Finanças insiste que reduzir a dívida pública é uma prioridade e recusa que o Orçamento do Estado para 2023 seja de “austeridade”.

Fernando Medina defende as opções políticas no Orçamento do Estado para 2023 em entrevista ao Expresso esta sexta-feira, insistindo que reduzir a dívida pública é uma prioridade e recusando a palavra “austeridade” para classificar o documento.

“Não fomos nos cantos de sereia daqueles que diziam que a dívida não conta e que devíamos expandir o défice”, comenta o ministro das Finanças. Para Medina, a proposta de Orçamento conhecida esta semana representa um conjunto de medidas de apoio ao rendimento das famílias e à competitividade das empresas, mas considera que só se pode reduzir o défice porque há crescimento, previsto para 1,3% em 2023.

Medina considera a atual redução do défice como menor face à que estava no Programa de Estabilidade, mas relembra também que em 2022 ainda ocorreu um conjunto de despesas significativas, como as despesas com a Covid. Dado que este conjunto de despesas não se irá repetir, o esforço efetivo de redução do défice para 2023 é menor, assegura.

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EDP produz 6% mais eletricidade até setembro, mas hídrica afunda 53%. Duplica capacidade no solar

Geração de eletricidade da EDP cresceu nos primeiros nove meses do ano, tendo a quebra na produção hídrica sido compensada pela geração térmica. Grupo mais do que duplicou capacidade no solar.

A EDP publicou esta sexta-feira os dados operacionais previsionais dos nove meses até setembro, onde mostra um crescimento de 6% na produção de eletricidade face ao período homólogo, suportado “pelo aumento global da geração renovável e pelo aumento da geração térmica no mercado ibérico”. A produção hídrica caiu 53%.

A empresa detalha que o aumento da geração térmica compensou a queda significativa na produção de eletricidade nas barragens, “no seguimento da seca na Península Ibérica”. No Brasil, pelo contrário, “a melhoria da situação hídrica” permitiu uma “geração a carvão perto de zero”, nota o relatório.

No período, a EDP viu a geração eólica e solar aumentar 14%. É o “resultado da maior capacidade instalada”, que subiu 2% no segmento eólico, mas, principalmente, que mais do que duplicou no solar, ao crescer 101%, para 1.474 MW (na eólica, por comparação, aproxima-se dos 12 mil MW).

Segundo o relatório, na atividade comercial, no mercado ibérico, “o volume de eletricidade vendido aumentou 9% face ao período homólogo, refletindo principalmente o crescimento dos volumes vendidos a clientes empresariais em Espanha”. “No gás, os volumes vendidos diminuíram 9%” face ao mesmo período de nove meses de 2021.

No rescaldo da divulgação destes dados na CMVM, as ações da EDP negociavam em forte alta na bolsa de Lisboa. Os títulos subiam 2,13%, para 19,7 euros, beneficiado também do contexto geral de recuperação das bolsas.

Evolução das ações da EDP em Lisboa

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Governo e Banco de Portugal preparam mais medidas para o crédito à habitação

  • ECO
  • 14 Outubro 2022

Medina e Centeno estudam alterações aos regimes que monitorizam sinais que apontem para o incumprimento dos créditos para a compra de habitação permanente.

Além da redução do escalão no IRS, conhecida esta semana, o Governo está a preparar mais medidas para apoiar as famílias com crédito à habitação. O Ministério das Finanças e o Banco de Portugal estarão a desenhar alterações aos regimes que monitorizam sinais que apontem para o incumprimento dos créditos para a compra de habitação permanente, avança o Expresso esta sexta-feira.

O objetivo é evitar que as famílias deixem de pagar as prestações ao banco devido à subida dos juros, mas as alterações só vão entrar em vigor em 2023. Fernando Medina, ministro das Finanças, procura, assim, definir limites quantitativos que forcem a negociação, de modo que os bancos monitorizem as famílias quando a taxa de esforço atinge 40% dos rendimentos, ao invés de 50%.

Esta legislação já tinha sido atualizada aquando da pandemia. Há mais dois diplomas sobre o tema no Parlamento, do BE e do Livre, mas só poderão ser discutidos no fim de novembro, quando termina o debate parlamentar sobre o Orçamento. A entrada em vigor destas medidas deverá, por isso, acabar por resvalar para o próximo ano.

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Hoje nas notícias: Crédito à habitação, Medina e salários

  • ECO
  • 14 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, insiste que reduzir a dívida pública é uma prioridade e considera que o Governo resistiu “ao canto da sereia de aumentar o défice” com a proposta de Orçamento do Estado que apresentou esta semana. Conheça esta e outras notícias em destaque esta sexta-feira.

Governo prepara mais medidas para evitar incumprimentos no crédito à habitação

O Ministério das Finanças e o Banco de Portugal estão a preparar alterações aos regimes que monitorizam sinais que apontem para o incumprimento dos créditos para a compra de habitação permanente. O objetivo é prevenir que as famílias deixem de pagar as prestações ao banco devido à subida dos juros, mas as alterações só vão entrar em vigor em 2023. Medina procura, assim, definir limites quantitativos que forcem a negociação, de modo a que os bancos monitorizem as famílias quando a taxa de esforço atinge 40% dos rendimentos, ao invés de 50%.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

“Resistimos ao canto da sereia de aumentar o défice”, diz Medina

Em entrevista ao Expresso, Fernando Medina defende as opções políticas no Orçamento do Estado para 2023, insistindo que reduzir a dívida pública é uma prioridade e recusando a palavra “austeridade” para classificar o documento. “Não fomos nos cantos de sereia daqueles que diziam que a dívida não conta e que devíamos expandir o défice”, sublinhou. O ministro considera também que o investimento vai acelerar.

Leia a entrevista completa no Expresso (acesso pago).

Impostos dão 1,7 mil milhões de euros a “almofada” para pagar pensões

Vão ser transferidos 1.662 milhões de euros de receitas do IVA social, Adicional do IMI e do IRC para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), mais 212 milhões em relação a 2022, um crescimento de 15%. A consignação de receitas para este fundo, que serve de “almofada” em caso de rutura do sistema, supera em 500 milhões de euros os encargos com a atualização das pensões.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Desconto no IRC exclui salários que fiquem no mínimo

O incentivo fiscal para as empresas que aumentem salários, que dá uma majoração em 50% todos os custos inerentes a valorizações em linha com o acordo” assinado este domingo com os parceiros sociais, apenas são considerados os aumentos de vencimento que fiquem acima do valor do salário mínimo (que vai ser 760 euros). Desta forma, as empresas vão aumentar os salários desses trabalhadores em 8% mas estes valores não vão ser tidos em conta para o cálculo do benefício fiscal.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo prevê apoios a níveis pré-covid, mas economia é uma ameaça

Depois de dois anos em que as medidas de apoio da pandemia pesaram nas contas, o Governo prevê uma diminuição da dimensão dos apoios para níveis pré-Covid, no Orçamento para o próximo ano, apesar de ainda contemplar algumas medidas para combater a inflação. No entanto, se a situação for mais grave do que o esperado, com uma recessão por exemplo, o Executivo pode ter de gastar mais.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

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Greenvolt dispara 8% e EDP e BCP sobem 2% num final de semana feliz em Lisboa

  • ECO
  • 14 Outubro 2022

PSI liderou os ganhos na Europa, com a Greenvolt a disparar 8%. Grupo EDP e BCP somaram 2%. Petróleo cai 3% e penalizou Galp.

Foi um final de semana feliz em Lisboa, com o PSI a liderar os ganhos na Europa. A bolsa somou mais de 1,5%. A Greenvolt disparou quase 8%, à boleia de uma nota de research positiva desta sexta-feira. Com o petróleo a cair 3%, as ações da Galp acabaram por cair.

Em Wall Street, quatro dos mais importantes bancos dos EUA apresentaram resultados referentes à atividade dos últimos noves meses e as notícias não foram as melhores. JP Morgan, Wells Fargo, Citigroup e Morgan Stanley revelaram uma queda dos seus lucros como resultado do abrandamento da economia americana no último trimestre.

Os números do JP Morgan, o maior banco norte-americano, revelam uma queda homóloga de 17% dos lucros, mas ficaram acima do esperado pelos analistas levando as ações do banco a valorizarem 2% após o anúncio dos resultados. O Wells Fargo e o Citigroup registaram uma correção dos lucros de 27% e 24%, respetivamente, quando comparado com os valores registados em setembro de 2021. E os lucros do Morgan Stanley corrigiram 12%.

Siga aqui as notícias nos mercados.

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