5 coisas que vão marcar o dia

Nova reunião do Governo com sindicatos da Função Pública é o destaque do dia marcado pela confirmação dos dados do turismo relativos a agosto.

A reunião da ministra da Presidência com os sindicatos da Função Pública é o destaque da agenda desta sexta-feira. A acabar a semana, nota também para o primeiro dia do congresso da AHRESP, a confirmação dos dados do turismo relativos a agosto e ainda o final da greve parcial na Transtejo.

Negociações com Função Pública

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, reúnem-se com os sindicatos da Administração Pública, a partir das 10 horas, com a Frente Comum. Segue-se o STE, pelas 11 horas, e a FESAP, pelo meio-dia. Haverá declarações no final dos encontros.

Reunião informal do Eurogrupo nos Estados Unidos

Realiza-se na sede do FMI, em Washington, uma reunião informal do Eurogrupo. Os ministros das Finanças da Zona Euro vão encontrar-se com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, para abordarem perspetivas e riscos da economia transatlântica.

Confirmação dos dados do turismo

Já se sabe que Portugal teve mais turistas em agosto do que no mesmo mês de 2019. Mas só nesta sexta-feira serão tornados públicos os dados das receitas dos alojamentos, assim como o rendimento por quarto, métricas decisivas para definir a rentabilidade deste setor da economia.

Fim da greve na Transtejo

Iniciada na segunda-feira, termina nesta sexta-feira, pelas 24 horas, a greve de três horas por turno de serviço e a todo o trabalho suplementar na Transtejo, a empresa que assegura as ligações fluviais entre o Cais do Sodré e destinos como Cacilhas e Montijo.

Começa congresso da AHRESP

“Sustentabilidade: Utopia ou Sobrevivência?” é o principal mote para o congresso deste ano da AHRESP. A associação que junta hotelaria, restauração e estabelecimentos similares junta-se em Coimbra nesta sexta-feira e no sábado. A sessão de abertura contará com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do ministro da Economia, António Costa e Silva.

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Capitais de risco contestam decisões do Banco de Fomento no Programa Consolidar

"Tendo sido apresentadas 33 candidaturas e selecionadas 14 para investimento pelo Fundo de Capitalização e Resiliência, haverá, seguramente, 19 candidatos insatisfeitos", disse ao ECO fonte oficial.

O Banco de Fomento recebeu vários pedidos de esclarecimento de capitais de risco que ficaram de fora do Programa Consolidar, cujos resultados foram anunciados no final de setembro. Das 33 candidaturas apresentadas em fevereiro, apenas foram selecionadas 14 e nem todas se conformaram com a decisão de serem afastadas da gestão de 500 milhões de euros em fundos.

“Confirma-se que foram recebidas exposições/pedidos de esclarecimento de alguns candidatos, as quais estão a ser respondidas pelo Banco Português de Fomento, em alguns casos precedidas de reuniões com os interessados”, confirmou ao ECO fonte oficial do Banco de Fomento. “Tendo sido apresentadas 33 candidaturas e selecionadas 14 para investimento pelo Fundo de Capitalização e Resiliência, haverá, seguramente, 19 candidatos insatisfeitos, mantendo-se o Banco Português de Fomento disponível para responder a todos os pedidos de esclarecimentos que sejam apresentados”, acrescentou a mesma fonte.

O Programa Consolidar, financiado pelo Fundo de Capitalização e Resiliência (que, entretanto, já teve luz verde do Tribunal de Contas), prevê que as sociedades de capital de risco assegurem a subscrição de fundos com uma dotação mínima de 40 milhões de euros cada um. Além disso, o investimento nos fundos de capital de risco a subscrever será “obrigatoriamente acompanhado de investimento privado, com uma comparticipação de, pelo menos, 30% do capital total de cada fundo. Assim, o total dos fundos a subscrever terá, no mínimo, uma dotação global disponível de 712 milhões de euros para capitalizar empresas, promovendo o crescimento, expansão e consolidação de projetos empresariais, bem como o desenvolvimento de novas áreas de negócio e novos produtos”, como explicava o comunicado com o anúncio final da decisão.

Confirma-se que foram recebidas exposições/pedidos de esclarecimento de alguns candidatos, as quais estão a ser respondidas pelo Banco Português de Fomento, em alguns casos precedidas de reuniões com os interessados.

Fonte oficial do Banco de Fomento

Apesar de o banco ter recebido vários pedidos de esclarecimento reitera “o entendimento quanto à robustez da metodologia adotada para o processo de avaliação e de seleção das candidaturas apresentadas ao Programa Consolidar”, acrescenta a mesma fonte.

“Os critérios foram bastante objetivos ao nível da seleção, nomeadamente ao nível do impacto previsto”, disse ao ECO Luís Santos Carvalho. No entanto, o presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI) recorda que o BPF deu a todos os que não foram selecionados o direito de audição prévia.

Não estamos perante um concurso público. É algo diferente”, precisou. Por isso, os pedidos de esclarecimento não têm efeito suspensivo.

De acordo com as regras, o que poderá levar o Banco de Fomento a não injetar dinheiro nas capitais de risco é se estas não conseguirem, no espaço de seis meses, levantar o capital privado necessário ou se não conseguirem assegurar a dotação mínima de 40 milhões de euros.

A APCRI já tinha alertado para a necessidade de o Programa Consolidar “não sofrer mais atrasos”, para “recuperar o período entre o fecho das candidaturas ao programa em fevereiro e o anúncio dos resultados”, em comunicado. O financiamento tem de ser atribuído até ao final de 2025, sob pena de ser devolvido.

No entanto, o ECO sabe que as capitais de risco selecionadas não receberam ainda as minutas do contrato.

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Juízes reformados podem voltar aos tribunais, desde que não ganhem mais

O OE volta a prever que os magistrados possam continuar nos tribunais, mesmo depois de jubilados e sem compensação extra. Desde 2021, apenas 26 o fizeram e só para terminar "trabalho pendente".

O Orçamento do Estado para 2023 volta a prever que os magistrados possam continuar nos tribunais, mesmo depois de reformados (jubilados) mas sem compensação extra. “Mediante autorização expressa dos respetivos conselhos, os magistrados jubilados podem prestar serviço judicial, desde que esse exercício de funções não importe qualquer alteração do regime remuneratório atribuído por força da jubilação”, pode ler-se na proposta do OE para o próximo ano.

Uma possibilidade que já está contemplada no Estatuto dos Magistrados Judiciais (EMJ) desde 2020 mas que tem tido pouca adesão dos juízes. Desde 2021 até aos dias de hoje, apenas 26 juízes pediram para continuar ao serviço dos tribunais e apenas para terminar “trabalho pendente” durante alguns meses.

Antes de 2020, o Estatuto dos Magistrados Judiciais previa que os juízes conselheiros jubilados pudessem continuar a prestar serviço judicial mediante autorização expressa. Com a alteração em 2020, o EMJ passou a prever o alargamento desta possibilidade também a juízes de direito e a juízes desembargadores, os da primeira instância e dos tribunais da Relação.

Segundo dados avançados ao ECO/Advocatus pelo Conselho Superior da Magistratura, “desde 2021 solicitaram autorização para continuar a exercer funções após a jubilação 26 juízes, normalmente apenas por alguns meses e por forma a terminarem trabalho pendente”, explicou o CSM. A medida, prevista no EMJ desde 2029, não tem suscitado adesão principalmente pela falta de incentivos. O que não acontece com os médicos. Na altura, o Ministério da Justiça assumia a discriminação, dizendo que previa-se dar resposta imediata à escassez destes profissionais de saúde.

1.701,1 milhões de euros vão para a Justiça e PRR financia com 267 milhões

O Programa Orçamental da Justiça para 2023 revela um total de 1.701,2 milhões de euros de receita total consolidada e uma dotação de despesa total consolidada de 1701,1 milhões de euros, representando um crescimento de 19,9% face à estimativa de execução até final de 2022.

O Programa de Recuperação e Resiliência financia em 267 milhões de euros a digitalização da Justiça e da investigação criminal. De acordo com o documento, a verba proveniente do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) será aplicada em investimento em plataformas digitais de tribunais, de documentação de cidadãos e empresas, de investigação criminal e forense, de gestão, mas também em infraestruturas e equipamentos tecnológicos.

“Das reformas e investimentos para 2023, destacam-se: A entrada em vigor do quadro jurídico que cria um regime legal de incentivo à extinção da instância por acordo judicial e extrajudicial; a apresentação de medidas no âmbito da reforma da jurisdição administrativa e fiscal, por via de medidas de natureza gestionária e organizativa, de simplificação processual e incremento da utilização de novas tecnologias; a modernização do sistema de suporte à investigação criminal, incluindo a implementação de novas Interfaces dos sistemas de interceção, assegurando também a interoperabilidade com congéneres europeias e internacionais”, lê-se no relatório.

Segundo o relatório relativo ao Orçamento do Estado — apresentado esta segunda-feira pelo ministro das Finanças, Fernando Medina — do total da receita consolidada, 53,5% são representados pelas receitas próprias, sendo o restante financiamento proveniente de receitas de impostos afetos ao Programa (38,8%) e de fundos europeus (7,7%).

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Câmaras vão poder aumentar endividamento para garantir projetos com fundos europeus

Municípios vão poder usar 100% da margem disponível de endividamento para assegurar o financiamento nacional de projetos cofinanciados com fundos comunitários.

O Governo vai permitir aos municípios aumentarem os níveis de endividamento para poderem assegurar o financiamento nacional de projetos que contam com incentivos comunitários.

De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2023, entregue no Parlamento na segunda-feira, as câmaras que respeitem os limites de endividamento definidos na lei, vão ter uma folga adicional para garantir que os projetos que têm fundos europeus avançam, reduzindo o risco de devolução de verbas a Bruxelas.

A lei determina que “a dívida total de operações orçamentais do município” – incluindo serviços municipalizados, as entidades intermunicipais e associativas, as empresas locais e as cooperativas, tal como as fundações – não pode ultrapassar, a 31 de dezembro de cada ano, “1,5 vezes a média da receita corrente líquida cobrada nos três exercícios anteriores”. E quem cumpre estes limites, podia todos os anos aumentar em 20% este limite de endividamento. “Sempre que um município cumpra o limite previsto, só pode aumentar, em cada exercício, o valor correspondente a 20% da margem disponível no início de cada um dos exercícios”, lê-se na lei.

Mas agora este limite é aumentado para 100%, com o OE2023, mas “exclusivamente para assegurar o financiamento nacional de projetos cofinanciados na componente de investimento não elegível”.

Com o prazo de execução do Portugal 2020 a chegar ao fim – o ano de 2023 será de conclusão do quadro comunitário de apoio – e com os constantes alertas de que há atrasos na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e na entrada em vigor do Portugal 2030, o Executivo optou por tomar medidas que garantam a aceleração da execução dos fundos.

Na proposta de OE2023, a ministra da Presidência assume como uma das prioridades acelerar a execução dos fundos europeus. No caso do PT2020 “o estímulo” é executar e encerrar os “projetos, com vista à plena absorção da dotação disponível, à maximização dos resultados e ao encerramento com sucesso de mais um ciclo de programação”.

“O PT2020 tem como meta atingir os 87% de execução até ao final de 2022 e a plena absorção da dotação em 2023″, o último ano de execução. Até ao final de agosto, de acordo com os dados da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, a taxa de execução do PT2020 era de 77%. Ou seja, o Executivo espera executar dez pontos percentuais em quatro meses. Para isso conta com a bolsa de recuperação e tem previstos mais exercícios de reprogramação de verbas. “Os últimos”, tudo para não devolver verbas a Bruxelas.

Já ao nível do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Portugal 2030 – que “constituem fortes instrumentos para impulsionar a transformação estrutural do país nesta década” – “uma das principais prioridades” para 2023 “é garantir a concretização integral e atempada dos investimentos e reformas, nomeadamente através do cumprimento das metas e dos marcos acordados com a Comissão Europeia, o que exige um cuidadoso exercício de planeamento e de mobilização de todos os atores envolvidos”.

Os alertas de atrasos têm surgido de todos os quadrantes: Tribunal de Contas, Banco de Portugal, Conselho das Finanças Públicas e até da Comissão de Acompanhamento do PRR.

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Patrões confiam em início de “ciclo” de redução fiscal com OE2023

Apesar de pedirem mais ambição, associações empresariais dão benefício da dúvida ao Governo no OE2023, crendo numa nova trajetória de desagravamento fiscal ao longo da legislatura de maioria absoluta.

A proposta do Orçamento do Estado para 2023 podia ir mais longe, “não responde às necessidades” da atual conjuntura económica, mas “Roma e Pavia não se fizeram num só dia”. “Este é o primeiro de um ciclo de quatro orçamentos e o importante é que, Orçamento após Orçamento, seja incorporada a redução da carga fiscal para empresas e famílias, e a consequente melhoria generalizada das condições de vida”, resume António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP).

Prometendo não desistir da redução da taxa do IRC para uma meta mínima de 17% e de uma baixa também gradual da derrama estadual, em Barcelos, o patrão dos patrões deu o mote para a reação dos empresários ao documento apresentado por Fernando Medina. A principal confederação patronal do país diz ao ECO que prefere “aguardar pela versão final, depois da discussão na especialidade” para analisar mais em detalhe as medidas. “Este é o momento de os partidos negociarem, apesar da maioria absoluta. É o tempo do Parlamento”, acrescenta.

Também a Associação Empresarial de Portugal (AEP) acredita que o facto de o OE contemplar medidas plurianuais do acordo aprovado em concertação social “permitirá, nos próximos anos, reduzir a incerteza e conferir uma maior previsibilidade, estabilidade e paz social”, frisando que “este é o caminho para uma trajetória de maior confiança, com impacto na atração e na realização de investimento”. Ainda assim, nota que partindo de um quadro macroeconómico “relativamente otimista”, face ao contexto de incerteza crescente, teme que as medidas “possam não ser suficientes para a concretização desse cenário”.

A associação mais representativa dos patrões do Norte, presidida por Luís Miguel Ribeiro, elogia as medidas que prometem “resolver fragilidades” ao nível dos incentivos ao investimento, da capitalização das empresas e dos ganhos de escala, ou da redução dos custos da energia. Por outro lado, frisa que este documento “mostra pouca determinação no que toca à redução estrutural da carga fiscal sobre as empresas e sobre os recursos humanos, sobretudo os mais qualificados, fatores essenciais para a melhoria da produtividade e da competitividade e da retenção e atração de talento”.

Luis Miguel Ribeiro, presidente da AEP, em entrevista ao ECO - 13SET22
Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEPRicardo Castelo/ECO

O presidente da APIMA (indústria do mobiliário), Joaquim Carneiro, corrobora que o OE2023 “reflete algumas das importantes conquistas alcançadas em sede de concertação social e prevê um conjunto de medidas que permitirão aliviar, ainda que de forma insuficiente, alguma da pressão e constrangimentos a que as empresas estarão sujeitas”. “Incentivos de extrema importância”, reforça, num cenário que descreve como de enorme instabilidade económica, inflação galopante e sérios constrangimentos sociais e políticos na cadeia logística internacional.

Em declarações ao ECO, o empresário de Paços de Ferreira, que é dono da Animovel, insiste, porém, na necessidade de uma “urgente desburocratização da máquina do Estado, nomeadamente nos organismos que tutelam os apoios e incentivos das empresas, mas igualmente ao nível dos licenciamentos e fiscalizações”. “Se os mecanismos financeiros são de grande importância, a facilitação do acesso aos mesmos, a celeridade dos processos e flexibilidade de aplicação adquirem igual prioridade, sob pena de estes apoios se tornarem quase inacessíveis para uma significativa parte das empresas”, adverte.

Joaquim Carneiro, presidente da APIMA (mobiliário)

“Um pequeno passo no sentido certo”. É desta forma que o líder da associação da indústria do têxtil e do vestuário (ATP) classifica a proposta apresentada pelo ministro das Finanças. Citado pelo T Jornal, Mário Jorge Machado destaca o “comprometimento para o crescimento em 2% da produtividade”, que, não sendo feito “por decreto”, passa por maior flexibilidade no plano fiscal e laboral. O gestor frisa que “é o aumento da produtividade – e não o das vendas [pela subida] dos preços – que permite às empresas pagar melhor, gerar mais emprego e aumentar a riqueza do país”.

“Em Portugal não promovemos o trabalho, despromovemos o trabalho. Quando pedimos às pessoas para trabalharem mais, esse prémio é taxado no IRS. Não estamos a ser um país amigo do trabalho e Portugal tem um problema de produtividade. Enquanto os salários não estiverem indexados à produtividade, continuaremos a ser um país pobre”, concorda César Araújo, presidente da ANIVEC, para quem “até mil euros as pessoas não deviam pagar IRS”.

Em Portugal não promovemos o trabalho, despromovemos o trabalho. (…) Enquanto os salários não estiverem indexados à produtividade, continuaremos a ser um país pobre.

César Araújo

Presidente da ANIVEC (vestuário)

O líder da indústria portuguesa do vestuário e da confeção, que detém a Calvelex, atesta ainda que, depois de saírem de uma pandemia, de enfrentarem o colapso da cadeia de fornecimento a nível global e de estarem a suportar todos os meses a crise energética nas faturas da eletricidade e do gás natural, “não se pode exigir mais às empresas, que estão asfixiadas na sua tesouraria e precisam de ter uma redução da carga fiscal – e não só no IRC”.

Os industriais da metalurgia e metalomecânica relevam igualmente a importância de terem sido “abertos alguns precedentes no sentido de desagravar fiscalmente as empresas” e das medidas anunciadas para conter a escalada dos preços do gás e da energia elétrica. “Será fundamental que se prossiga a trajetória de redução das tarifas de acesso às redes. A proposta de orçamento parece ir nesse sentido, o que aplaudimos”, acrescenta a AIMMAP.

Parece-nos importante que tenham sido abertos alguns precedentes no sentido de desagravar fiscalmente as empresas.

Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP)

Numa reação enviada ao ECO, a associação que representa o setor mais exportador da economia nacional lamenta, no entanto, que o Executivo tenha optado por “não cumprir a sua obrigação no sentido de aumentar os salários líquidos dos trabalhadores, impondo que esse ónus seja assumido exclusivamente pelos empregadores”. A alternativa defendida é que os montantes respeitantes aos aumentos salariais de 2023 não fossem tributados em sede de IRS.

Ricardo Costa, presidente da AEMinhoDR

Embora note “o sinal relativamente ao acordo sobre os rendimentos” na proposta orçamental, também a Associação Empresarial do Minho reitera o foco numa “descida efetiva, concreta e duradoura dos impostos sobre o trabalho”. Lamenta que continue a haver “uma disparidade muito grande entre aquilo que as empresas pagam aos trabalhadores e aquilo que os mesmos efetivamente recebem”, assim como a tributação sobre horas extraordinárias ter ficado de fora do OE2023.

A associação sediada em Braga e liderada por Ricardo Costa, particulariza o caso do incentivo fiscal ao aumento dos salários, que depende de uma valorização superior a 5,1% no próximo ano, de não haver um aumento do leque salarial na empresa e se esta estiver debaixo das contratações coletivas. Calcula que se destina a 24,5% das empresas, deixando de fora “praticamente todas as PME”, e que “poderá beneficiar indiretamente apenas cerca de 20% da população ativa em Portugal”. “Esta medida parece-nos insuficiente, pouco esclarecida e, definitivamente, não estrutural”, avalia a AEMinho.

José Eduardo Carvalho, presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), declara ao ECO que “este Orçamento tem avanços, mas claramente ainda [há] caminho a percorrer no desejável aumento da produtividade e competitividade das empresas”. Quanto ao enquadramento macroeconómico apresentada pelo Executivo socialista, que já foi contrariado pelo FMI, e as medidas inscritas no diploma, diz que “representam um equilíbrio entre, por um lado, ajudar a economia e, por outro, a necessidade de prudência orçamental dada a elevada dívida pública existente e a necessidade de conter a inflação”.

A par da descida generalizada do IRC esperamos que se crie um enquadramento fiscal ainda mais favorável às fusões e aquisições para garantir o desejável redimensionamento das empresas.

José Eduardo Carvalho

Presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP)

Já no que toca a medidas alternativas, o líder desta câmara de comércio e indústria responde que, a par de uma “descida generalizada” do IRC, espera que seja criado um “enquadramento fiscal ainda mais favorável às fusões e aquisições para garantir o desejável redimensionamento das empresas”; defende o desagravamento das tributações autónomas e a anulação das contribuições extraordinárias setoriais; por último, o aumento da percentagem sobre os lucros tributáveis passiveis de report dos prejuízos fiscais.

Alexandre Meireles, presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE)ANJE

Finalmente, a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) congratula-se com a anunciada redução seletiva do IRC para as empresas que valorizem os salários e invistam em investigação e desenvolvimento (I&D). Ainda que, reclama o organismo presidido por Alexandre Meireles, devesse também majorar “outros comportamentos social e ambientalmente responsáveis por parte das empresas e outros fatores críticos de competitividade, como as transições digital e energética”. Além disso, conclui, o desagravamento fiscal deve ser “compreensível e exequível para as empresas, sob pena de não produzir os efeitos desejados”.

(Notícia atualizada às 10h30 com reação da AIMMAP)

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Organização da Jornada Mundial da Juventude vai custar 36,5 milhões, estima o Governo

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

O reforço aprovado esta quinta foi de 20 milhões de euros, mais IVA, elevando a estimativa dos custos da responsabilidade do Governo para 36,5 milhões de euros.

O Governo estima gastar 36,5 milhões de euros na organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJLisboa2023), que se realiza em Portugal em agosto de 2023, com a presença do Papa Francisco. O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um reforço de 20 milhões de euros, mais IVA, para a organização da JMJ, segundo fonte do gabinete da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares.

A mesma fonte esclareceu à agência Lusa que foi aprovada uma alteração à Resolução do Conselho de Ministros relativa à organização da JMJ que compete ao Governo, “reforçando as competências do grupo de projeto para a JMJ 2023 e garantindo a capacidade financeira para fazer face às novas responsabilidades que o Governo teve de assumir”.

O reforço aprovado foi de 20 milhões de euros, mais IVA, elevando a estimativa dos custos da responsabilidade do Governo para 36,5 milhões de euros, adiantou a fonte. De acordo com o gabinete da ministra, estas contas não incluem ainda custos com segurança, mobilidade, saúde, entre outras, “uma vez que as inscrições para o evento abrem apenas nas próximas semanas e tudo dependerá do total de participantes”.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de agosto de 2023, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

Além da verba estimada pelo Governo, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) anunciou em meados de setembro que prevê investir, pela sua parte, “mais de 30 milhões de euros” na JMJ, tendo o vice-presidente da autarquia adiantado que o processo de repartição de responsabilidades já “foi concluído”.

“Está em avaliação, mas estimamos que sejam mais de 30 milhões de euros”, indicou a 13 de setembro à Lusa o vice-presidente da CML, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), que tem a competência executiva de preparação e organização da JMJLisboa2023.

No início de agosto, no âmbito de uma segunda visita aos terrenos que vão acolher o evento, nas duas margens do rio Trancão, entre Lisboa e Loures, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, responsável no Governo pelo grupo de projeto para a JMJLisboa2023, recusou falar sobre o valor total estimado para a realização do evento.

A realização da JMJLisboa2023 vai envolver “vários espaços da cidade de Lisboa – nos quais decorrerão eventos diários e uma programação diversificada –, nomeadamente Parque Tejo, Parque Eduardo VII, Terreiro do Paço, Alameda Dom Afonso Henriques e/ou Parque da Belavista”, segundo a proposta, que elenca as várias tarefas da câmara nestes espaços, desde a recuperação do aterro sanitário de Beirolas aos palcos com área para ‘backstage’.

A JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude. A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

A edição de 2023, que será encerrada pelo Papa Francisco, esteve inicialmente prevista para este ano, mas foi adiada devido à pandemia da covid-19.

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Descobrirpress de Jacques Rodrigues declarada insolvente

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

A Descobrirpress é presidida por Jacques Rodrigues, dono do grupo Impala, e tem como atividade a edição de revistas e de outras publicações periódicas.

O tribunal judicial da comarca de Lisboa Oeste, juízo de comércio de Sintra, declarou na semana passada a insolvência da Descobrirpress, do dono do grupo Impala, de acordo com sentença a que a Lusa teve esta quinta-feira acesso.

“No tribunal judicial da comarca de Lisboa Oeste, juízo de comércio de Sintra (…), no dia 04 de outubro de 2022, ao meio-dia, foi proferida sentença de declaração de insolvência do (s) devedor (es) Descobrirpress – Serviços Editoriais e Gráficos”, lê-se no documento. “São administradores do devedor Jacques da Conceição Rodrigues (…), Lucília Maria da Conceição Simões” e “Cláudio Bruno Simões Rodrigues”, refere a sentença de declaração de insolvência.

Ficam “advertidos os devedores do insolvente de que as prestações a que estejam obrigados, deverão ser feitas ao administrador da insolvência a não ao próprio insolvente”. O tribunal também adverte “os credores do insolvente de que devem comunicar de imediato ao administrador de insolvência a existência de quaisquer garantias reais de que beneficiem”. O prazo para a reclamação de créditos foi fixado em 30 dias.

A Descobrirpress é presidida por Jacques Rodrigues, dono do grupo Impala, e tem como atividade a edição de revistas e de outras publicações periódicas.

Em fevereiro de 2021, no parlamento, o credor Luís Monteiro Pereira, no âmbito de uma audiência dos trabalhadores do grupo Impala com o grupo de trabalho da Comissão de Trabalho e Segurança Social, afirmou que a Impala, dona das revistas Nova Gente e Maria, mantinha “ordenados em atraso” desde 2011 e contava, na altura, com 174 ex-trabalhadores à espera de receber créditos salariais, num valor acumulado de 2,85 milhões de euros.

“Neste momento existem 174 ex-trabalhadores da Impala em continuada espera para receber os créditos salariais, alguns há mais de 10 anos“, afirmou, na altura, salientando que os créditos “que a empresa se recusa a pagar” rondam os 2,85 milhões de euros.

Na sua intervenção, Luís Monteiro Pereira começou por apontar a transferência “da faturação que é produzida pela empresa base, inicialmente Impala Editores”, que designou por editora, “para outra empresa detida por si”, que atualmente é a Impala Multimédia. Este movimento trata-se de “uma manobra ilusória”, já que a segunda empresa faturou entre outubro de 2009 e dezembro de 2011 “120 milhões de euros sem ter um único funcionário ao seu serviço”, prosseguiu.

E desde 2012 a 2019″ a faturação foi de 156 milhões de euros, “tendo tido no máximo cinco funcionários em simultâneo durante este período. E porquê? Porque os 200 e tal funcionários que a empresa tinha mantiveram-se na editora [Impala Editores]”, referiu. Apontou a criação “de uma teia de mais de uma dezena e meia de sociedades à volta desta editora”, da “família” do empresário Jacques Rodrigues, que “não têm qualquer atividade”.

Estas empresas “não têm qualquer atividade que não seja prestar serviços entre si, retirando os recursos financeiros à editora e criando uma falsa ideia de debilidade financeira para permitir, com base nisso”, um dos passos da estratégia do grupo, que é “o sucessivo recurso ao instrumento PER – Plano Especial de Revitalização”, que a empresa “viu como uma oportunidade para diluir o pagamento das suas dívidas, ou não o fazer de todo”, acusou o representante dos trabalhadores.

No fundo, “transformou a editora numa mera prestadora de serviços, passando o produto da sua atividade para uma empresa terceira que decidia qual o valor dessa prestação de serviços, à medida da vontade dos acionistas, e que, com sucessivas reduções desse valor, fez com que fossem simuladas dificuldades financeiras muito além das reais na editora”, argumentou.

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UE prolonga mais um ano sanções à Nicarágua após crise diplomática

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

A UE aponta a decisão “injustificada” do país, liderado por Daniel Ortega, de expulsar do país a chefe da delegação diplomática da UE e cortar relações diplomáticas com os Países Baixos.

A União Europeia prolongou esta quinta-feira por mais um ano a imposição de sanções à Nicarágua, após a decisão “injustificada” de expulsar a máxima representante diplomática europeia no país e cortar relações com os Países Baixos. O Conselho da UE indicou em comunicado que prolongou o prazo legal definido para estas medidas restritivas seletivas até 15 de outubro de 2023, perante a situação naquele país latino-americano.

Esta decisão, explicou o Conselho, surge após a decisão “injustificada” do regime nicaraguense, liderado pelo Presidente Daniel Ortega, de expulsar do país a chefe da delegação diplomática da UE e cortar relações diplomáticas com os Países Baixos, bem como a resposta recíproca da UE de declarar ‘persona non grata’ no bloco comunitário a chefe da Missão da República da Nicarágua na UE.

Este regime de sanções foi imposto pela União Europeia em outubro de 2019 contra pessoas e entidades “responsáveis por violações ou abusos dos direitos humanos ou pela repressão da sociedade civil e da oposição democrática na Nicarágua”, bem como contra aqueles que levaram a cabo “políticas ou atividades que minaram a democracia e o Estado de direito”.

As medidas restritivas atualmente em vigor aplicam-se a um total de 21 pessoas e três entidades. As pessoas em causa estão sujeitas ao congelamento de bens, e os cidadãos e empresas da UE estão proibidos de lhes disponibilizar fundos. As pessoas singulares estão ainda proibidas de viajar, o que as impede de entrar ou transitar pelos territórios dos países do bloco comunitário.

No entanto, a UE reafirmou o seu “contínuo compromisso” com o povo nicaraguense e com a defesa da democracia, o Estado de direito e os direitos humanos no país latino-americano. “A atual crise política na Nicarágua deve resolver-se através de um verdadeiro diálogo entre o Governo e a oposição. A UE continua aberta ao diálogo com a Nicarágua, desde que este decorra de forma respeitosa”, concluiu o Conselho na sua nota.

A Nicarágua, um país de 6,5 milhões de habitantes, vive uma crise sociopolítica desde abril de 2018. A UE sancionou familiares e o círculo próximo de Ortega, incluindo a sua mulher, a vice-presidente Murillo, e vários dos seus filhos, sob a acusação de atentarem contra os direitos humanos e a democracia.

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Serviço de subscrição com publicidade da Netflix custará 5,49 euros/mês

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Outubro 2022

A publicidade nos serviços de streaming não é uma novidade, mas vai chegar à Netflix a partir de novembro. Por enquanto, o novo plano ainda não estará disponível em Portugal.

A nova subscrição da Netflix com publicidade vai custar 5,49 euros por mês (6,99 dólares nos EUA), terá menos filmes e séries do que o seu atual plano base e não vai permitir descarregar conteúdos, anunciou esta quinta-feira a plataforma de streaming. Para já, esta modalidade ainda não ficará disponível em Portugal, estando prevista apenas em 12 países a partir de novembro.

Em comunicado, a empresa refere que a nova modalidade, que passará a ser a mais barata entre os tipos de subscrição disponibilizados pela Netflix, oferecerá até 720p/HD de qualidade de vídeo e uma média de quatro a cinco minutos de anúncios publicitários por hora de visualização.

Por outro lado, manter-se-á “a enorme variedade de séries e filmes”, bem como “a experiência de visualização personalizada” e a “disponibilidade do plano numa vasta gama de TV’s e dispositivos móveis”. Alterar ou cancelar o tipo de subscrição continuará a poder ser feito em qualquer altura.

Mas, em comparação com o atual plano básico – cujo preço é de 7,99 euros –, nem todo o catálogo de filmes e séries da plataforma estará disponível “devido a restrições de licenciamento”, nas quais a Netflix garante estar “a trabalhar”. Além disso, não será possível descarregar títulos.

“Os nossos atuais planos e assinantes não serão afetados, uma vez que a nova proposta se soma aos planos sem anúncios já disponíveis”, garantiram responsáveis da plataforma de streaming, em conferência de imprensa.

Ainda não se sabe quando é que a nova subscrição chega a Portugal. Em agosto, a Netflix, citada pela revista Variety, explicou que ia optar por “começar em alguns mercados onde os custos com a publicidade são significativos”. Canadá, México, Alemanha, Austrália, Brasil, Coreia do Sul, EUA, França, Itália, Japão, Espanha e Reino Unido são as primeiras escolhas da plataforma.

A nova estratégia da Netflix surge depois de a empresa ter perdido 200 mil assinantes entre janeiro e março deste ano, algo que não acontecia há uma década, e depois cerca de um milhão no segundo trimestre, o que levou a uma quebra de receitas e de valor de mercado.

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+M

Edson Athayde integra Global Creative Council da FCB Global

  • + M
  • 13 Outubro 2022

A FCB Lisboa, recorde-se, ganhou um Grand Prix no Festival de Cannes, o primeiro atribuído a uma agência portuguesa e foi considerada uma das 20 agências mais criativas da Europa. 

Edson Athayde, CEO e CCO da FCB Lisboa, passou a integrar o Global Creative Council (GCC) da FCB Global.

Liderado por Susan Creddle, global chair e global CCO da FCB, este órgão reúne duas vezes por ano os líderes criativos considerados mais destacados da rede, para avaliar e debater o trabalho criativo da agência e a criatividade publicitária em geral, com o objetivo de elevar o desempenho criativo da agência e promover o seu melhor trabalho, explica a FCB. A primeira reunião do GCC com a participação de Edson Athayde é na próxima semana, nos EUA.

Fazer parte de um organismo global como este não é algo comum para um publicitário que trabalha a partir de Portugal. Trata-se de um reconhecimento do trabalho que a FCB Lisboa tem feito ao longo dos anos e uma aposta no futuro”, diz o criativo citado em comunicado.

A FCB Lisboa, recorde-se, ganhou um Grand Prix no Festival de Cannes, o primeiro atribuído a uma agência portuguesa, e foi considerada uma das 20 agências mais criativas da Europa.

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Líder do PSD acusa Governo de “desnorte” e “desleixo” na privatização da TAP

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

Em 2016 houve "um crime político e um crime financeiro” na TAP, diz Montenegro, lembrando que há sete anos o mesmo Governo, que agora quer vender a empresa, nacionalizou-a.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, acusou esta quinta-feira o Governo de “desnorte, desleixo e irresponsabilidade” em relação ao processo de privatização da TAP, atuação que “não pode passar em claro”.

Este Governo, há sete anos, escolheu nacionalizar parte do capital da TAP. Escolheu sem estar obrigado a isso por nenhum compromisso anterior” e “escolheu remeter para o Estado o risco da operação que a TAP envolve enquanto operadora de transporte aéreo”, lembrou o líder social-democrata, em Estremoz (Évora).

Mas, “agora, sete anos depois, o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas, como se nada se tivesse passado, anunciam a pretensão de privatizar a empresa”, disse Montenegro.

“De facto, isto é de um desnorte, de um desleixo, de uma irresponsabilidade que não pode passar em claro. As escolhas têm consequências e eu quero que os portugueses estejam atentos às consequências das escolhas voluntárias, assumidas, convictas do Governo do Partido Socialista”, criticou.

À margem de uma visita a uma quinta produtora de vinhos, no concelho de Estremoz, no âmbito do programa “Sentir Portugal” que está a realizar esta semana no distrito de Évora, o líder ‘laranja’ abordou em declarações aos jornalistas a TAP e o respetivo processo de privatização, lembrando que estes assuntos estiveram hoje em discussão no parlamento, num debate de urgência pedido pelo PSD.

Segundo Luís Montenegro, em resultado da escolha feita pelo executivo socialista, de nacionalizar parte do capital da transportadora aérea nacional, “os contribuintes portugueses já puseram na TAP mais de três mil milhões de euros”. “E, porventura, se contabilizarmos estes sete anos, até mais do que isso. E não sabemos o que é que virá ainda a seguir”, deixou em aberto.

O Governo fez “um primeiro processo de nacionalização parcial do capital”, depois fez “um segundo processo de nacionalização total do capital da TAP para, ao fim e ao cabo, oferecerem agora ao mercado a possibilidade de adquirir a empresa”.

Questionado pela agência Lusa, Luís Montenegro reiterou que “aquilo que o Governo fez em 2016, revertendo o processo de privatização da maioria do capital [da TAP] que tinha sido iniciado pelo Governo anterior, foi um crime político e um crime financeiro”.

O líder do PSD foi ainda questionado pela Lusa sobre o aumento de capital que o Estado vai propor à assembleia-geral da TAP – marcada para 11 de novembro -, seguido de uma redução em igual valor, e injeção de 10 milhões de euros, numa operação que não será acompanhada pelos outros acionistas, segundo uma convocatória.

“A TAP, com os socialistas, é um poço sem fundo e, portanto, por isso é que os socialistas, eles próprios já perceberam isso, agora já falam em privatização. Agora, estas coisas não podem ser incólumes”, criticou.

Para Montenegro, “não se pode brincar com milhares de milhões de euros, dos impostos dos portugueses, das empresas e das famílias portuguesas, e fazer de conta que nada se passa”, argumentou.

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3ª Conferência ECOseguros: Maiores seguradores vão debater 2023

  • ECO Seguros
  • 13 Outubro 2022

O painel final vai juntar os líderes das maiores seguradoras portuguesas de todos os ramos. Fidelidade, Ageas Portugal, Tranquilidade, Allianz . Galamba de Oliveira falará pela APS.

Protagonistas vão debater seguros em 2023 no dia 20 outubro: José Galamba de Oliveira (APS), Rogério Campos Henriques (Fidelidade), Steven Braekeveldt (Ageas Portugal), Teresa Brantuas (Allianz Portugal e Pedro Carvalho (Tranquilidade).

O Painel final da 3ª Conferência Anual ECOseguros vai contar com os dirigentes das principais seguradoras a atuar em Portugal em todos os ramos de seguros. José Galamba de Oliveira, presidente a Associação Portuguesa de Seguradores, estará em debate com Pedro Carvalho, CEO da Tranquilidade/Generali, Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal e Teresa Brantuas, CEO da Allianz Portugal.

Sob o tema Os grandes desafios das seguradoras em ano económico desafiante, este painel vai permitir um olhar sobre as principais ameaças e oportunidades que toda a indústria seguradora vai enfrentar, com enfoque nas companhias de seguros.

A edição deste ano, com o mote Resposta da indústria seguradora aos desafios económicos e sociais de 2023, será a primeira presencial já que nas primeiras realizações em 2020 e 2021 as restrições ditadas pela pandemia Covid-19 obrigaram à sua realização online. Terá lugar no próximo dia 20 de outubro, no Centro de Congressos de Lisboa.

Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, entidade supervisora dos seguros e fundos de pensões, vai realizar o discurso de encerramento da III Conferência anual do ECOseguros que tem lugar no Centro de Congressos de Lisboa.

A III Conferência ECOseguros conta com o apoio do Grupo Ageas Portugal, Allianz, Caravela Seguros, CA Vida, Cleva Inetum, Cosec, EY, Fidelidade, Innovarisk, lluni, MPM, Real Vida Seguros e Tranquilidade.

A inscrição para estar presente no Centro de Congressos de Lisboa no dia 20 de outubro é gratuita devendo ser realizada através da plataforma acessível aqui .

O programa está praticamente finalizado e contará com diferentes painéis que vão permitir discutir os temas mais relevantes para a mediação de seguros, para as seguradoras, para o Ramo Vida, para o Ramo saúde, para a regulação e para a indústria seguradora em geral.

Programa provisório

9.30 – Abertura

9.40 – O impacto do contexto macroeconómico no setor segurador

10.15 – O papel dos mediadores no melhorar a proteção dos consumidores e otimizar os custos dos segurados

11.15 – Coffee Break

11.30 – Tecnologia e seguros – O que esperar dos aumentos de eficiência e de novas oportunidades

12.30 – Intervalo para almoço

14.15 – Vida/poupança/reforma – O virar da página nos seguros de Vida e Pensões

15.15 – Longevidade, Seguros de saúde ou planos de saúde

16.00 – Os grandes desafios das seguradoras em ano económico desafiante

Painel com a participação de:

– José Galamba de Oliveira, presidente a Associação Portuguesa de Seguradores;

– Pedro Carvalho, CEO da Tranquilidade/Generali;

– Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade;

– Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal;

– Teresa Brantuas, CEO da Allianz Portugal.

17.00 – Encerramento por Margarida Corrêa de Aguiar, Presidente da ASF.

O ECOseguros é uma marca do ECO – Economia online, publicando um site noticioso, uma newsletter diária, o livro anual Seguros Yearbook em maio de cada ano, o Fórum Nacional de Seguros, cuja 1ª edição se realizou em julho no Porto e a Conferência Anual cuja 3ª edição se realiza no próximo dia 20 de outubro.

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