Estas são as 14 empresas de capital de risco que vão injetar 500 milhões nas PME e “midcaps”

  • ECO
  • 29 Setembro 2022

Banco de Fomento escolheu 14 entidades para gerirem as verbas de 500 milhões de euros do Programa Consolidar, que se destinam a investir em pequenas e médias empresas.

O Banco Português de Fomento (BPF) escolheu 14 sociedades de capital de risco para gerirem um total de 500 milhões de euros em fundos. O montante vai servir para investir em pequenas e médias empresas, além de midcaps, segundo o anúncio feito nesta quinta-feira. O financiamento tem de ser atribuído até ao final de 2025, sob pena de ser devolvido.

O primeiro investimento numa empresa ao abrigo desta iniciativa “deverá ocorrer no primeiro semestre de 2023”, adiantou Tiago Simões de Almeida, administrador do BPF, aos jornalistas.

Estas foram as entidades escolhidas para gerir os fundos:

  • ActiveCap – investimento aprovado de 47 milhões de euros, com investimento privado de 20,14 milhões de euros, para financiamento entre cinco e oito milhões de euros para empresas “que se encontram em stress financeiro no pós-pandemia e necessitam de ser capitalizadas”;
  • CoRe Capital – investimento aprovado de 50 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 21,43 milhões de euros, para apostar no “crescimento, expansão e consolidação do tecido empresarial”, com tickets de 5 a 12,5 milhões de euros;
  • Crest Capital Partners – investimento aprovado de 50 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 21,43 milhões de euros, para apostar em novos negócios agrícolas;
  • Draycott – investimento aprovado de 50 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 21,43 milhões de euros, para apostar em pequenas e médias empresas em processos de profissionalização. O ticket médio de investimento será de 5 a 20 milhões de euros;
  • ECS Capital – investimento aprovado de 30 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 12,86 milhões de euros, para lançar o Fundo Capitalização e Crescimento, que suportará empresas impactadas pela Covid-19;
  • Fortitude Capital – investimento aprovado de 30 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 12,86 milhões de euros, para apostar exclusivamente em empresas portuguesas afetadas pela Covid-19;
  • Grosvenor (atual 3xP Global) – investimento aprovado de 30 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 12,86 milhões de euros, para lançamento de fundo dedicado a negócios de Ciências da Vida;
  • Growth Partners – investimento aprovado de 50 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 21,43 milhões de euros, para gerir fundo focado no investimento em PME e MidCaps, com mínimo de 60% das empresas portuguesas, afetadas pela Covid-19, e que se encontrem em negócios agrícolas, saúde, turismo, serviços, energias renováveis, transportes e logística;
  • HCapital Partners – investimento aprovado de 27,5 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 12,5 milhões de euros, focado em PME em fase inicial de crescimento em áreas como indústria, transportes, logística e serviços;
  • Horizon Equity Partners – investimento aprovado de 28 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 12 milhões de euros, para apostar em operações de venda ou de crescimento de participação. Valor de cada financiamento poderá atingir até 10 milhões de euros, prevendo-se 10 a 15 operações;
  • Inter-Risco – investimento aprovado de 44,8 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 19,2 milhões de euros, para lançar fundo de alavancagem a empresas que viram planos de crescimento adiados pela pandemia. Cada financiamento poderá atingir até 11,4 milhões de euros, esperando-se oito operações;
  • Oxy Capital – investimento aprovado de 30 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 12,86 milhões de euros, para gerir fundo que apoiará empresas industriais e do turismo afetadas pela pandemia;
  • Portugal Ventures – investimento aprovado de 32,5 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 13,93 milhões de euros, para apostar no crescimento e expansão de PME e MidCaps altamente tecnológicas. Cada operação poderá variar entre 1 e 5 milhões de euros, esperando-se até 20 investimentos;
  • Touro Capital Partners – investimento aprovado de 20 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 20 milhões de euros, para apostar em empresas industriais, agrícolas e de logísticas com “modelos de negócio comprovados, capacidade exportadora, situação financeira saudável e onde exista imperativo de mudança”.

Entre as 14 entidades escolhidas, há a Portugal Ventures, sociedade de capital de risco participada do BPF. Tiago Simões de Almeida afasta conflitos de interesse e garante que se trata de uma “transação de mercado”, que mereceu “pareceres favoráveis”.

Inicialmente, o Programa Consolidar contava com uma dotação de 250 milhões. Acabou por ser duplicado o valor para este programa de capitalização do Fundo de Capitalização e Resiliência.

O BPF recebeu, em fevereiro, 33 candidaturas de capitais de risco e sociedades gestoras de capital de risco que ascendem a mais de 1,3 mil milhões de euros de investimentos propostos, para a constituição de Fundos de Capital de Risco com uma dotação agregada superior a 3.100 milhões.

O investimento nos fundos de capital de risco a subscrever será “obrigatoriamente acompanhado de investimento privado, com uma comparticipação de, pelo menos, 30% do capital total de cada fundo. Assim, o total dos fundos a subscrever terá, no mínimo, uma dotação global disponível de 712 milhões de euros para capitalizar empresas, promovendo o crescimento, expansão e consolidação de projetos empresariais, bem como o desenvolvimento de novas áreas de negócio e novos produtos”, precisa o comunicado.

Uma lista com as sociedades de capital de risco escolhidas terá sido publicada no fim de semana, denunciou na quarta-feira o deputado Carlos Guimarães Pinto, da Iniciativa Liberal. O ministro da Economia desconhecia a situação. A lista contava com 13 entidades – acabaram por ser escolhidas 14.

(Notícia atualizada às 12h45 com mais informação)

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Ivo Rosa admite que desistia da candidatura à Relação se soubesse da acusação no processo disciplinar

  • Lusa
  • 29 Setembro 2022

O juiz Ivo Rosa reconheceu que teria desistido da candidatura à Relação de Lisboa se soubesse que seria acusado no processo disciplinar do Conselho Superior da Magistratura.

O juiz Ivo Rosa reconheceu que teria desistido da candidatura à Relação de Lisboa se soubesse que seria acusado no processo disciplinar do Conselho Superior da Magistratura (CSM), mas sempre tencionou deixar o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).

Segundo a exposição enviada este mês ao CSM e o requerimento apresentado em junho, a que a Lusa teve acesso esta quarta-feira, o magistrado afirmou estar convencido de que estava “absolutamente inocente” em relação aos factos invocados na ação do órgão de gestão e disciplina dos juízes e reiterou que “o único desfecho seria o arquivamento do processo disciplinar”.

Caso tivesse equacionado um desfecho de acusação teria apresentado a minha desistência ao concurso para os Tribunais da Relação e teria apresentado requerimento para a transferência para outros tribunais de primeira instância”, disse o juiz, sublinhando: “Era meu propósito, caso não tivesse ficado graduado para os Tribunais da Relação, concorrer no presente movimento judicial para outros tribunais de primeira instância”.

Ivo Rosa fundamentou a sua candidatura aos Tribunais da Relação por “pretender exercer funções como juiz desembargador”, além de defender que o TCIC tinha “deixado de ser um tribunal especializado” com a reorganização que foi efetuada no início de 2022. Por outro lado, assumiu também um desconforto no TCIC: “Permanecer no mesmo tribunal (…) constitui para mim (e creio que para a justiça também) uma situação desconfortável”.

“Por considerar que estou absolutamente inocente quanto aos factos em causa e estar convencido que o único desfecho seria o arquivamento, decidi manter o propósito de aceder ao Tribunal da Relação”, frisou, salientando que a acusação no processo disciplinar só foi conhecida no dia 6 de junho, uma data posterior ao prazo limite de 31 de maio para candidatura no movimento judicial ordinário.

O juiz, cuja promoção à Relação de Lisboa está suspensa em virtude do processo disciplinar, abordou ainda a sua situação pessoal e a instrução dos processos BES/GES e “O Negativo”.

Ivo Rosa alegou que, após o problema de saúde que teve no primeiro trimestre de 2022 e que o obrigou a uma cirurgia ao coração, ficou com a “capacidade de trabalho e de dedicação (…) muito mais limitada” e que o processo disciplinar o deixou numa “situação de bastante fragilidade emocional”.

Reconhecendo que o processo “O Negativo” já está na fase do debate instrutório e que, por isso, mantém a competência sobre a fase de instrução, Ivo Rosa admitiu uma visão distinta relativamente ao processo Universo Espírito Santo, até porque não se vislumbra data para o debate instrutório e pende sobre a instrução o prazo limite de fevereiro de 2023 imposto pelo CSM para a conclusão desta fase, que o magistrado disse ser “impossível de cumprir em virtude da complexidade do próprio processo”.

“Dado que deixei de ser o juiz 2 do TCIC e o processo em causa está distribuído ao juiz 2 do TCIC é meu entendimento que perdi a competência e que deixei de ser o juiz natural para a tramitação do mesmo”, afirmou, sem deixar de relevar a “grande dimensão e complexidade” do processo BES/GES.

Esta tomada de posição de Ivo Rosa é anterior ao requerimento apresentado por 10 arguidos e um assistente na instrução do processo BES/GES, no qual é alegada a ilegalidade da sua substituição pelo juiz Pedro Correia à frente da instrução, bem como a uma providência cautelar submetida ao Supremo Tribunal de Justiça pelos arguidos suíços deste caso e que já foi rejeitada “liminarmente” por falta de legitimidade dos requerentes.

O processo BES/GES contava inicialmente com 30 arguidos (23 pessoas e sete empresas), mas restam agora 26 arguidos, num total de 23 pessoas e três empresas.Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro. Segundo o Ministério Público (MP), cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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Future.Works oferece 250 oportunidades de trabalho e 250 bilhetes gratuitos

Adidas, Worten, Mercedes-Benz.io, Mollie, Tb.lx e Claranet são algumas das empresas que vão estar a recrutar.

O Future.Works Lisbon 22, iniciativa promovida pela Landing.Jobs e imatch, vai disponibilizar mais de 250 oportunidades de trabalho na área tech. Adidas, Worten, Mercedes-Benz.io, Mollie, Tb.lx e Claranet são algumas das empresas que dispõem de vagas. As empresas organizadoras do evento estão a oferecer 250 bilhetes para a conferência, que decorrer nos dias 7 e 8 de outubro.

“Portugal tem uma enorme escassez de profissionais de tecnologia, sendo fundamental complementar os meios tradicionais de formação de profissionais de tecnologias de informação com processos de requalificação de pessoas para a área das tecnologias. Sejam graduados de outras áreas do saber à procura de uma área com maior empregabilidade e melhores salários, sejam profissionais já com vários anos de experiência que queiram mudar para uma carreira de tecnologia, no Future.Works, vamos ter várias entidades de requalificação e mais de 25 empresas a recrutar ao longo do evento para mais de 250 vagas”, afirma Pedro Moura, chief marketing officer da Landing.Jobs, em comunicado.

O evento internacional vai realizar-se num formato híbrido, a partir do Centro de Congressos de Lisboa, e vai debater temas relacionados com o futuro do trabalho de uma perspetiva mais geral, desde a semana de quatro dias, até ao papel dos escritórios e do trabalho remoto, passando, também, pelos desafios de construir e gerir equipas distribuídas globalmente e com trabalhadores de culturas diferentes.

Worten, Critical Software, Diconium Digital Solutions, Claranet Portugal, IWG, Merdeces-Benz.io , Marley, Tyson, Tb.lx, Adidas, Molie e Relez são apenas algumas da empresas a disponibilizar as oportunidades. Todas as vagas podem ser consultadas aqui.

Para adquirir um dos 250 bilhetes gratuitos, os interessados devem aceder ao site https://future.works/ e, na tab “Tickets”, proceder ao registo usando o seguinte código: F.W22PROFT250MD

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O Teletrabalho e o Seguro de Acidentes de Trabalho

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  • 29 Setembro 2022

A designada Lei do Teletrabalho entrou em vigor em 1 de janeiro de 2022. No entanto, o teletrabalho já tinha consagração legal no nosso país. Saiba o que diz o Código do Trabalho.

De acordo com a lei, “considera-se teletrabalho a prestação em regime de subordinação jurídica do trabalhador a um empregador, em local não determinado por este, através do recurso a tecnologias de informação e comunicação.” [Código do Trabalho, doravante designado por CT, art. 165º, nº 1].

Direito ao regime de teletrabalho

Há que salientar que o trabalhador apenas tem direito a exercer a atividade em regime de teletrabalho no caso de ter filhos com idade até 3 anos ou, em determinadas situações, até aos 8 anos de idade, ou ainda, também, em determinadas condições, o trabalhador a quem tenha sido reconhecido o estatuto de cuidador informal não principal e ainda o trabalhador vítima de violência doméstica. [CT, art. 166-A].

Em qualquer destes contextos, é necessário que o teletrabalho seja compatível com a atividade desempenhada e que o empregador disponha de recursos e meios para o efeito [CT, art. 166-A].

Para além destas circunstâncias, é possível o teletrabalho, desde que haja acordo entre o empregador e o trabalhador, acordo este que terá de ser escrito.

Acordo para prestação de teletrabalho

“A implementação do regime de teletrabalho depende sempre de acordo escrito, que pode constar do contrato de trabalho inicial ou ser autónomo em relação a ele.” [CT, art. 166º, nº 2].

O acordo define, entre outras situações, o regime de permanência ou de alternância de períodos de trabalho à distância e de trabalho presencial.

O empregador é legalmente obrigado a celebrar um seguro de acidentes de trabalho, que garanta os seus trabalhadores, quer trabalhem presencialmente, quer em teletrabalho.

Local de trabalho

O acordo define também “o local em que o trabalhador realizará habitualmente o seu trabalho, o qual será considerado, para todos os efeitos legais, o seu local de trabalho.” [CT, art. 166º, nº 4, al. b)].

“O local de trabalho previsto no acordo de teletrabalho pode ser alterado pelo trabalhador mediante acordo escrito com o empregador.” [CT, art. 166º, nº 8].

A Lei do Teletrabalho veio aditar um novo preceito à Lei de Acidentes de Trabalho, consagrando que “no caso de teletrabalho ou trabalho à distância, considera-se local de trabalho aquele que conste do acordo de teletrabalho.” [art. 8º, nº 2, al. c)].

Teletrabalho no estrangeiro

Se o trabalhador pretender exercer a sua atividade em teletrabalho no estrangeiro, terá de existir concordância nesse sentido com o empregador, e, havendo, terá de constar no acordo de teletrabalho.

No que concerne ao contrato de seguro de acidentes de trabalho, terá de ser cumprida uma norma contemplada no respetivo clausulado, que determina que o empregador está obrigado “a comunicar previamente ao segurador a deslocação ao estrangeiro das pessoas seguras a território de Estado não membro da União Europeia, bem como a deslocação a território de Estado membro da União Europeia, caso seja superior a 15 dias, sob pena de responsabilidade por perdas e danos, inoponível às pessoas seguras.” [Apólice, cláusula 24ª, nº 1, c)].

Importância da celebração de um seguro de acidentes de trabalho

O empregador é legalmente obrigado a celebrar um seguro de acidentes de trabalho, que garanta os seus trabalhadores, quer trabalhem presencialmente, quer em teletrabalho.

O regime legal de reparação dos acidentes de trabalho aplica-se assim também às situações de teletrabalho, considerando-se local de trabalho o local constante no acordo de teletrabalho e tempo de trabalho todo aquele em que, comprovadamente, o trabalhador esteja a prestar o seu trabalho ao empregador.

O contrato de seguro de acidentes de trabalho garante o acidente de que o trabalhador possa ser vítima enquanto trabalha, em teletrabalho, no local identificado no acordo ou, em caso de alternância de períodos de trabalho à distância e de trabalho presencial, também no local onde exerce presencialmente a sua atividade profissional, e ainda, neste caso, as deslocações da sua residência para o local de trabalho e vice-versa.

Se o local acordado para o exercício da atividade à distância não for a residência do trabalhador, o seguro de acidentes de trabalho abrange também as deslocações para e do local do trabalho, nos termos acima referidos para o trabalho presencial.

Legislação: Teletrabalho – Lei nº 83/2021, de 6 de dezembro; Código do Trabalho – Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, alterada por diversos diplomas legais; Lei de Acidentes de Trabalho – Lei nº 98/2009, de 4 de setembro; Apólice de seguro obrigatório de acidentes de trabalho para trabalhadores por conta de outrem – Portaria nº 256/2011, de 5 de julho.

Texto por António Alvaleide, Formador da Academia Portuguesa de Seguros, Representante da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) na Comissão de Acompanhamento do Fundo de Acidentes de Trabalho (FAT)

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PJ faz buscas na Presidência do Conselho de Ministros

A PJ está a efetuar buscas em vários locais, entre eles, na sede da Presidência do Conselho de Ministros. Em causa estão suspeitas de corrupção e participação económica em negócio.

A Polícia Judiciária (PJ) está a efetuar buscas em cinco locais diferentes, entre eles, na sede da Presidência do Conselho de Ministros. Em comunicado, o Ministério Público explica que as buscas abrangem sociedades comerciais, empresas de contabilidade, residências particulares e organismos de administração pública. As diligências decorrem nas regiões de Lisboa, Coimbra, Porto e Braga.

“No inquérito investiga-se a eventual prática de crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio e falsificação de documento. Em causa estão factos relacionados com a adjudicação, através de ajuste direto, de contrato de prestação de serviços celebrado entre organismos da administração pública e sociedade comercial”, refere o Ministério Público.

A investigação é dirigida pelo Ministério Público com a coadjuvação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária. O inquérito está em segredo de justiça.

Segundo a CNN Portugal, o secretário-geral, David Xavier, é o alvo desta operação, estando sob suspeita o crime de corrupção e outros associados à violação de regras de contratação pública a empresas privadas, de bens e serviços para o Governo.

David Xavier é suspeito de obter benefícios pessoais, através de subornos, na aquisição para o Estado de sistemas informáticos a uma empresa do norte do país através de ajustes diretos que “alegadamente violam as regras de transparência”, refere a CNN.

Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministro, André Moz Caldas, confirmou as buscas na Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros e explicou que a atitude da Presidência do Conselho de Ministro é de “total cooperação com as autoridades”.

“As buscas foram feitas ao nível dos serviços, não incluíram buscas em gabinetes de membros do Governo. Significa apenas que os órgãos de polícia criminal e as autoridades judiciárias estão a fazer o seu trabalho, dando confiança a todos os portugueses que o sistema de justiça funciona”, sublinhou André Moz Caldas.

O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministro acrescentou também que esperam “celeridade” para que o prestigio das instituições não saia afetado e que o funcionamento da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros e das entidades que serve não seja afetado. Sobre as suspeitas que recaem sobre David Xavier, André Moz Caldas sublinhou apenas que não existem de momento “arguidos constituídos” e não vão fazer “juízos de valor” dando espaço à investigação criminal.

Já primeiro-ministro, António Costa, afirmou na Assembleia da República que não tem informações sobre as buscas, nem teria que ter, e garantiu que tomará as medidas disciplinares que forem necessárias.

(Notícia atualizada às 15h55)

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L’Oréal tem agora um escritório híbrido em Portugal

Uma das principais diferenças prende-se com a adaptação do escritório às novas tendências de trabalho flexível. Existem "bubbles" para pequenas reuniões, uma "content room" e uma "silent room".

A L’Oréal decidiu renovar o seu escritório em Portugal, situados em Miraflores, no concelho de Oeiras. O novo escritório, desenvolvido em comum com Espanha, que também irá mudar os seus escritórios no final do ano com a mesma filosofia, foi desenhado com o conceito “Go Flex, Go Tech, Go Well” em mente. Uma das principais diferenças prende-se com a adaptação do escritório às novas tendências de trabalho flexível. A empresa opera num modelo híbrido, que pretende manter.

“A renovação do escritório está alinhada com a modernidade que queremos trazer nas nossas formas de trabalhar, individuais ou colaborativas. Queremos garantir a flexibilidade potenciada pela tecnologia, permitindo uma melhoria no bem-estar e work-life balance dos colaboradores da sede, além de melhor pegada ambiental”, afirma Juan Alonso de Lomas, CEO da L’Oréal Espanha e Portugal, em comunicado.

O projeto de remodelação, iniciado em 2021 e a cargo do gabinete de arquitetura da Savills, pretende responder aos novos modelos de trabalho. A componente tecnológica e digital foi reforçada para facilitar, agilizar e maximizar a experiência de trabalho individual ou em equipa.

Os novos escritórios contemplam uma “maior amplitude das zonas de trabalho”, uma “melhor circulação” e a “criação de novos espaços”, todos equipados com tecnologia para reuniões híbridas, refere a empresa de cosmética. Além do espaço open space, em formato hot desking, foram criadas focus areas e zonas de trabalho consoante as necessidades do colaborador Existem bubbles para reuniões com um número de participantes mais reduzido, uma inspirational room, desenhada para formatos de brainstorming dinâmico e ainda uma content room, uma sala de produção de conteúdo.

O novo espaço em Miraflores conta também com phone booths, para trabalhar de forma isolada e concentrada, e uma silent room, uma sala silenciosa para reflexões, sem qualquer tipo de perturbação.

Com estas adaptações, a L’Oréal pretende continuar a fomentar o trabalho híbrido, mantendo o regime implementado atualmente: três dias de trabalho no escritório e até dois dias de trabalho a partir de casa.

“Estamos focados em melhorar a eficiência e agilidade das nossas equipas para impulsionar a ativação no mercado nacional de uma forma mais flexível, eficiente e competitiva”, salienta Juan Alonso de Lomas.

Através do programa Be Well, a L’Oréal oferece também ginásio, consultas de health coach, serviços de massagens e de manicure, sessões de nutrição e de sono.

“Na L’Oréal a saúde e o bem-estar físico e mental sempre foram uma prioridade. Consideramos que a forma como trabalhamos e os espaços onde o fazemos influenciam diretamente o desenvolvimento e o fortalecimento das equipas, bem como o bem-estar de cada colaborador. Tudo isto resulta numa equipa da L’Oréal em Portugal mais forte, alinhada e focada”, conclui Gonçalo Nascimento, country manager da L’Oréal em Portugal.

Percorra a fotogaleria para ficar a conhecer as novas instalações da L’Oréal Portugal:

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Porsche tem melhor entrada europeia na bolsa numa década

  • Lusa
  • 29 Setembro 2022

Apesar da situação tensa nos mercados financeiros, marca de desportivos do grupo Volkswagen passou a estar avaliada em mais de 76 mil milhões de euros.

O fabricante alemão de automóveis desportivos Porsche, uma subsidiária da Volkswagen (VW), entrou com sucesso na bolsa de Frankfurt e encaixou 9.400 milhões de euros, o maior negócio de ações europeu em mais de uma década.

O preço das ações da Porsche postas à venda subiu para 84 euros, acima do preço inicial de 82,50 euros, quando foi cotada pela primeira vez às 08:15 em Lisboa, avaliando o grupo Porsche em mais de 76.000 milhões de euros, apesar da atual situação tensa nos mercados bolsistas europeus. Ao mesmo tempo, o DAX 30 na Bolsa de Frankfurt, principal índice de referência, caiu 0,8% para 12.085 pontos. “É impressionante que uma entrada desta dimensão possa ser alcançada numa altura como esta”, disse Thomas Altmann da QC Partners Trust, citado pela Efe.

O diretor financeiro da VW, Arno Anlitz, mostrou-se satisfeito com a forma como decorreu a operação. “Estamos satisfeitos por termos sido capazes de realizar a operação com êxito”, disse. De acordo com Antlitz, a elevada procura das ações mostra a confiança que os investidores têm na Porsche.

A entrada em bolsa dará à Porsche uma maior independência empresarial.

Para a VW, por outro lado, as receitas da entrada em bolsa dar-lhe-ão mais flexibilidade na transição para a eletromobilidade e a transformação digital.

A empresa-mãe Porsche SE, controlada pelas famílias Piech e Porsche, recebe 25% das ações e uma ação adicional, dando-lhe poder de veto e uma forte influência nas decisões da empresa.

Cerca de 49% das receitas deverão ser recebidas pelos acionistas da VW, o que deverá ser aprovado por uma assembleia de acionistas em dezembro.

Além disso, estão previstos bónus especiais para os empregados. A VW refere 2.000 euros por empregado e a Porsche ainda não fixou qualquer valor.

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Desemprego estabiliza nos 6% em agosto

A taxa de desemprego de julho foi revista em alta para 6%. Em agosto, valor estabilizou, sendo o quarto mês consecutivo com ao mesmo nível.

A taxa de desemprego estabilizou nos 6% em agosto, sendo que o valor de julho foi revisto em alta (de 5,9% para 6%), segundo mostram os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira. É assim o quarto mês consecutivo que este indicador se mantém neste nível.

Comparando com o ano anterior, o valor da taxa de desemprego foi inferior ao do mês homólogo de 2021 em 0,3 pontos percentuais. Já a população inativa atingiu no mês passado o valor mais baixo desde fevereiro de 1998 (2.461,8 mil pessoas).

Em agosto de 2022, “estima-se que a população ativa tenha tido um acréscimo, em relação ao mês anterior, de 7,0 mil pessoas (0,1%) e que a população inativa tenha tido um decréscimo de 8,8 mil (0,4%)”, diz o INE, com base nos dados provisórios.

A explicar a diminuição da população inativa estiveram os decréscimos “observados nos três grupos de inatividade que a compõem, com destaque para o número de inativos à procura de emprego, mas não disponíveis para trabalhar (3,5 mil; 8,6%) e de outros inativos, os que nem estão disponíveis, nem procuram emprego (4,4 mil; 0,2%)”.

A subutilização do trabalho também diminuiu, abrangendo 612,6 mil pessoas em agosto, número inferior ao do mês anterior (3,9 mil; 0,6%), ao de três meses antes (4,5 mil; 0,7%) e ao do período homólogo de 2021 (31,4 mil; 4,9%). “A taxa de subutilização do trabalho correspondente foi estimada em 11,4% e seguiu uma evolução idêntica”, lê-se no destaque.

(Notícia atualizada às 11h30)

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Operadoras europeias temem “apagões” nas comunicações neste inverno

Crise energética pode ser a próxima prova de fogo às redes de telecomunicações na Europa, depois da pressão gerada pelo aumento do tráfego provocada pela pandemia.

O setor das telecomunicações europeu receia que a crise energética provoque apagões parciais nas redes de comunicações eletrónicas na Europa, em consequência de cortes no fornecimento elétrico neste inverno, noticia a Reuters.

Depois da pressão causada pelo aumento significativo de tráfego na pandemia, em resultado do teletrabalho e dos confinamentos, as operadoras enfrentam agora o desafio de manter as luzes acesas perante um corte no abastecimento de gás natural pela Rússia. O Kremlin fechou a torneira à Europa em retaliação pelas sanções, levantando a hipótese de racionamento de energia nos próximos meses mais frios.

Esta quinta-feira, a Reuters noticia que os Estados-membros da União Europeia estão a tomar medidas para garantir que as telecomunicações podem continuar a funcionar em caso de falhas na rede elétrica. No geral, os equipamentos que fornecem as redes móveis têm baterias que garantem energia em caso de falha elétrica, mas a autonomia rondará os 30 minutos, segundo a agência.

França, Suécia e Alemanha estarão entre os países em que o risco é superior. A Reuters indica que, em França, o Governo, as operadoras e a fornecedora de eletricidade EDF mantiveram conversações sobre este assunto no verão — o país enfrenta constrangimentos energéticos depois de a geração elétrica em vários dos seus reatores nucleares ter sido interrompida para manutenções. Na Suécia e na Alemanha, as operadoras também suscitaram estas preocupações.

Em Portugal, as operadoras também têm redundâncias para minimizar o risco de corte, mas não é claro o nível de risco de apagão no inverno. O ECO questionou Altice Portugal, Nos e Vodafone sobre estes receios, bem como a associação setorial Apritel, e está a aguardar resposta.

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Regulador pode obrigar companhias aéreas a indemnizar passageiros, diz tribunal europeu

Acordão do Tribunal de Justiça da UE diz que os Estados-Membros podem habilitar o regulador a obrigar uma transportadora aérea a indemnizar os passageiros.

Um acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia esclarece que os reguladores do transporte aéreo responsáveis pela aplicação do regulamento europeu sobre direitos dos passageiros podem, sendo-lhes atribuída essa competência, obrigar uma companhia a indemnizar os clientes.

Os Estados-Membros podem habilitar o organismo nacional responsável pela execução do regulamento a obrigar uma transportadora aérea a indemnizar os passageiros na sequência de queixas individuais apresentadas por estes”, afirma o comunicado divulgado esta quinta-feira pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE).

O acórdão tem origem numa queixa contra a polaca LOT dirigida ao regulador húngaro, devido a um atraso de mais de três horas num voo entre Nova Iorque e Budapeste. Aquela autoridade declarou uma violação do regulamento e impôs à LOT o pagamento de uma indemnização no montante de 600 euros a cada passageiro.

A LOT impugnou então a decisão do regulador no Tribunal de Budapeste-Capital, “considerando que a autoridade em questão não tinha competência para impor o pagamento dessa indemnização com o fundamento de que apenas os órgãos jurisdicionais nacionais estavam habilitados para esse efeito”, explica o comunicado.

O TJUE considerou que “embora o regulamento não obrigue um organismo nacional responsável pela sua execução a adotar medidas coercivas na sequência de queixas individuais apresentadas por passageiros aéreos, não proíbe os Estados-Membros de atribuírem tal competência a esse organismo”.

Em Portugal, o regulador responsável pela aplicação do regulamento europeu é a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC). No seu site, explica que lhe compete “investigar as infrações cometidas, resultantes da violação das disposições legais e regulamentares, assim como instaurar e instruir os correspondentes procedimentos sancionatórios e processos de contraordenação e aplicar aos infratores coimas e outras sanções previstas na lei”.

A ANAC realça, no entanto, que a competência sancionatória não inclui a determinação da atribuição das indemnizações ou reembolsos devidos aos passageiros, nos termos do Regulamento (CE) n.º 261/2004, pelo que os passageiros podem recorrer aos meios judiciais ou extrajudiciais para efetivar a sua pretensão.

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BCE não deve subir juros muito depressa, alerta Centeno

  • ECO
  • 29 Setembro 2022

Governador do Banco de Portugal considera que BCE não deve subir as taxas rapidamente, sob pena de prejudicar a economia. Centeno também não quer debate apressado sobre redução da carteira de dívida.

O Banco Central Europeu (BCE) não deve subir as taxas de juro muito rapidamente, pois poderia colocar um travão injustificado na economia, alertou esta quinta-feira o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno.

“Isso poderá diminuir o investimento num período em que precisávamos muito dele”, adiantou Centeno numa conferência na Lituânia, citado pela agência Reuters, acrescentando que subidas muito rápidas das taxas de juro podem obrigar o banco central a reverter os aumentos, o que seria prejudicial.

Desde julho, o BCE já subiu as taxas em 125 pontos base e prometeu mais subidas para conter a escalada da inflação que vai a caminho dos 10%, níveis históricos para a Zona Euro. Há quem defenda que o banco central deva voltar a aumentar as taxas em 75 pontos base na próxima reunião do conselho de governadores.

Centeno defende “passos mais pequenos quanto o possível”. “Há uma coisa com a qual estou sempre preocupado enquanto decisor, que é não ser forçado a voltar para trás no caminho que temos de seguir”, referiu o responsável português em entrevista dada à Bloomberg a partir da capital lituana.

“Se andarmos para frente e para trás, isso vai enviar sinais confusos aos mercados, aos agentes, aos nossos cidadãos – isso é mau”, salientou.

O antigo ministro das Finanças português considerou ainda que não se deve apressar o debate sobre a redução da carteira de obrigações do BCE, defendendo que o foco deve estar agora centrado na normalização da política monetária.

“Neste momento, a antecipação de outros debates pode, na minha opinião, ter um efeito desestabilizador que precisamos realmente de evitar”, disse Centeno. “Temos um caminho para a normalização da política monetária e esse é o foco neste momento”, acrescentou.

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Viúva de Rendeiro recusa herança do ex-banqueiro

  • ADVOCATUS
  • 29 Setembro 2022

Maria de Jesus Rendeiro decidiu recusar a herança deixada pelo ex-banqueiro. João Rendeiro deixou mais de 34.235 milhões de euros em dívidas e indemnizações por pagar.

João Rendeiro tinha deixado em testamento todos os seus bens e valores à sua esposa, Maria de Jesus Rendeiro, mas a viúva decidiu recusar a herança, segundo avançou o Expresso. Com a sua morte, o ex-banqueiro deixou mais de 34.235 milhões de euros em dívidas e indemnizações por pagar, bens arrestados e obras de arte apreendidas e desaparecidas.

Após o maior credor de Rendeiro ter solicitado ao juiz para prosseguir a ação contra Maria de Jesus Rendeiro, a decisão de renúncia foi validade pelo Tribunal da Relação de Lisboa. “A habilitação foi apenas pedida contra a viúva pelo que tem de improceder ante o repúdio levado a cabo”, refere o desembargador Rui Teixeira, num despacho a que o Expresso teve acesso.

Agora cabe ao Estado responsabilizar-se pelo pagamento das indemnizações pelos tribunais. Segundo refere o Expresso, o Estado é quem tem primazia sobre os outros credores e o pagamento dos cinco milhões de euros em impostos estará garantido. Depois, com o que resta, ficará saldada parte da dívida reclamada pela massa falida.

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